Boletim ABNT Jul 2011

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ISSN - 0103-6688

ABNT

julho 2011 | volume 9 | nº 107

Férias sem pesadelo Normas técnicas orientam os meios de hospedagem a oferecer serviços cada vez melhores aos seus clientes. O atendimento a requisitos de sustentabilidade, qualificação profissional, turismo de aventura e segurança de alimentos, entre outros, agrega diferenciais para os estabelecimentos e garante a satisfação dos hóspedes.


Um mundo de Normas Técnicas ao seu alcance.

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PENSOU NORMAS TÉCNICAS, PENSOU ABNT


[ Editorial ] O turismo em evolução

O

turismo é uma das atividades que mais se destacam na geração de emprego e renda, o que possibilita melhorias significativas na qualidade de vida tanto das pessoas que trabalham no setor, como das comunidades onde os empreendimentos estão instalados. Não por acaso, o setor é alvo de investimentos e programas especiais do governo e da iniciativa privada. Com a proximidade de dois grandes eventos internacionais no Brasil, a Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada (2016), o setor hoteleiro tem investido em infraestrutura e na qualificação dos seus profissionais. Afinal, um país que tem no turismo uma de suas mais vigorosas fontes de divisas e que é privilegiado por atrações naturais em todo o seu território não pode falhar na oferta de meios de hospedagem de qualidade. Da parte da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) não faltam iniciativas para promover a melhoria contínua do setor. Uma parceria firmada com o Ministério do Turismo, por exemplo, vem possibilitando a disseminação de normas técnicas para o setor e a participação do Brasil no processo de normalização internacional. Com este estímulo, pudemos intensificar a elaboração de normas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54). O mercado conta com normas para turismo de aventura e ecoturismo, que estabelecem requisitos de segurança para diversas modalidades. Há também as normas de competências de pessoal, estimulando a profissionalização de trabalhadores e proporcionando confiabilidade aos estabelecimentos. A sustentabilidade passou a fazer parte da gestão de meios de hospedagem de todos os portes, e normas técnicas ensinam os passos para se obter, com sucesso, a conjugação dos aspectos econômico, ambiental e social. O interesse das empresas em demonstrar seu desempenho à sociedade é crescente. Nesse meio, a conquista de um certificado significa muito. Vale lembrar que a ABNT é o único Organismo Certificador qualificado pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) para executar as auditorias em conformidade com as Normas Brasileiras para sistemas de gestão da sustentabilidade e de segurança em turismo de aventura. Com a chegada das férias escolares de inverno e o aumento da demanda turística, o setor se expõe de novo ao desafio de mostrar sua competência. E terá de mostrá-la ainda para receber visitantes de todos os pontos do mundo nos próximos anos. As normas técnicas estão aí, apontando caminhos e ajudando a imprimir um cenário onde não cabe amadorismo.

Ricardo Fragoso Diretor-geral


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COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO:

ISSN - 0103-6688

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Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa

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Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTec), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos

Férias sem pesadelo Normas técnicas orientam os meios de hospedagem a oferecer serviços cada vez melhores aos seus clientes. O atendimento a requisitos de sustentabilidade, qualificação profissional, turismo de aventura e segurança de alimentos, entre outros, agrega diferenciais para os estabelecimentos e garante a satisfação dos hóspedes. capa julho.indd 1

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S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Conselho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FISCAL Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar CONSELHO TÉCNICO: Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38) DIRETORIA EXECUTIVA: Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso (rfragoso@abnt.org.br) / Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior (csamorim@abnt.org.br) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme

[ Índice ] 03 [ Capa ]

Férias sem pesadelos

12 [ Entrevista ]

Receber bem, para receber sempre

16 [ Artigo ] Brasil e Reino Unido lideram normalização internacional em Turismo de Aventura

17 [ Institucional ] O mundo recebe a ISO 50001 Pioneirismo no mercado de carbono Organizações confirmam participação Presença em eventos internacionais A marca ABNT em evidência

Teixeira (odilao.teixeira@abnt.org.br)

22 [ Dúvidas ]

ESCRITÓRIOS:

23 [ Notícias ]

Tolstoy De Simone (eugenio@abnt.org.br)/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista

Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 (atendimento.rj@abnt.org.br) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 (atendimento.sp@abnt.org.br) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 (atendimento.bh@abnt.org.br) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/ DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 (atendimento.df@abnt.org.br) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento. pr@abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento.pr@abnt. org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/ RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@abnt.org. br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/BA – Telefone: (71) 3329-4799 (atendimento.ba@abnt.org.br) EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT: Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares / Número Avulso: R$ 10,00 / Assinatura: eventos@abnt.org.br / Assinatura Anual: R$ 100,00 / Publicidade: eventos@abnt.org.br / Redação: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Bianca Vendrame / Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Coordenação: Laila Pieroni / Revisão: Claudia D’Elia / Boletim ABNT: Julho 2011 – Volume 9 – Nº107 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: Liete Lucas Pereira (lietelucas@gmail.com) / Impressão: Type Brasil. PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA: www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

Estímulo à certificação ambiental Setor de petróleo discute a ISO 26000 Nova Comissão de Estudo ABNT em workshop sobre Cloud Computing Secretaria Central da ISO recebe certificações

26 [ Consumidor ]

Uma boa noite de sono

28 [ Turismo e Normalização ] A reunião do ISO/TC 228 na Itália

29 [ Foco na MPE ]

Por boas práticas no comércio

32 [ Notícias da Normalização ] 33 [ Calendário ] 35 [ Novos Sócios ] 36 [ Certificações ]


[ Capa ]

Férias sem pesadelos Um amplo conjunto de normas técnicas de turismo e segurança alimentar possibilita que os meios de hospedagem ofereçam aos clientes atendimento de primeira, para que realizem atividades de ecoturismo com segurança e ainda se alimentem bem sem o risco de comprometer a saúde.

O

de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e gestor do ABNT/CB-54, Alexandre Sampaio, o Ministério do Turismo (MTur) tem contribuído para a melhoria do setor e deu um incentivo com a criação do programa Bem Receber Copa, que está em curso e visa ao treinamento de mais de 300 mil profissionais em todo o país. “Existe uma mobilização tanto do empresariado quanto do Governo, no sentido de propiciar o mínimo de qualificação adequada para esse contingente de mão de obra, que vai atender aos turistas nos próximos eventos esportivos”, assegura Sampaio.

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primeiro passo de quem está planejando uma viagem é escolher o destino. Então, começa uma pesquisa pelas melhores opções de meios de hospedagem e essa escolha geralmente leva em conta a qualidade das acomodações e a relação custo-benefício dos serviços oferecidos. Até parece simples, mas ainda assim, em alguns casos, o cliente sente-se frustrado e enganado quando chega ao lugar em que fez reserva. Para que as férias não se tornem um pesadelo, é importante pesquisar bem os meios de hospedagem e as atividades que serão realizadas ao longo do período. Afinal, o objetivo é relaxar, divertir-se e não ficar enfrentando problemas. O Regulamento Geral dos Meios de Hospedagem, que faz parte da legislação brasileira de turismo, define os serviços mínimos necessários ao hóspede, entre eles, atendimento na portaria 24 horas, conservação, limpeza e manutenção das instalações e equipamentos. Ainda envolve edificações, acústica do ambiente, instalações elétricas, hidráulicas e acessibilidade, que devem estar de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Em uma rápida pesquisa na internet, encontram-se incontáveis reclamações sobre meios de hospedagem, as quais são capazes de deixar qualquer um se sentindo num daqueles filmes da série Férias Frustradas, com o ator Chevy Chase. As queixas vão de mau atendimento e falta de funcionários, quartos em péssimas condições de higiene, cheirando a mofo, até a impossibilidade de falar com a gerência, mesas insuficientes no restaurante e, pior ainda, situações em que pertences e dinheiro dos hóspedes sumiram das acomodações. Podem ser exceções no enorme universo da hotelaria, mas não devem acontecer. A aplicação de normas elaboradas no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54) possibilita que muitos desses problemas sejam facilmente sanados. Com a proximidade de dois grandes eventos internacionais no Brasil, a Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada (2016), o setor hoteleiro tem investido em infraestrutura e na qualificação dos seus profissionais. Segundo o presidente da Federação Brasileira

Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e gestor do ABNT/CB-54

Para auxiliar nesse desafio, a ABNT disponibiliza um conjunto de normas de qualificação de pessoal (veja quadro na página 7) que estabelecem os resultados esperados e as competências mínimas em diversas funções como bartender, recepcionista, camareira, gerente de meios de hospedagem, entre outras. E há programas de certificação da ABNT que avalizam os bons resultados. “A certificação de pessoas ainda está se disseminando no Brasil, mas ela é importante, pois significa também uma confiança maior em serviços bem prestados”, assegura o diretor da Sextante Ltda. e consultor do ABNT/CB-54, José Augusto Pinto de Abreu.


[ Capa ] “A certificação de pessoas ainda está se disseminando no Brasil”

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José Augusto Pinto de Abreu, diretor da Sextante Ltda. e consultor do ABNT/CB-54

Sustentabilidade no turismo

quistou o certificado da ABNT após participar do Programa de Certificação em Turismo Sustentável, uma iniciativa do Instituto de Hospitalidade, em parceria com o Conselho Brasileiro de Turismo Sustentável (CBTS). “Sentimos a necessidade de participar desse programa para direcionar nossa gestão, que sempre se preocupou com a sustentabilidade, no sentido de melhorar nossas práticas e, consequentemente, monitorar nosso desempenho”, conta Campos. Durante aproximadamente um ano e quatro meses, Campos participou de cursos e oficinas onde aprendeu a organizar os registros das ações do hotel, conhecer e colocar em prática a ABNT NBR 15401:2006. “Desde então entramos em um processo contínuo e natural, no qual seguir a norma tornou-se parte da gestão de nosso empreendimento”, ele afirma. O gerente orgulha-se de mostrar uma relação de ações sustentáveis que tornam seu hotel modelo em toda a região. Entre elas estão: o uso de papel reciclado; reaproveitamento da água excedente para uso no jardim; reciclagem de velas utilizadas no restaurante; utilização de energia solar para aquecimento de água; utilização máxima de iluminação natural (solar); substituição de lâmpadas incandescentes por eletrônicas de baixo consumo de energia; e transformação de todo lixo orgânico em composto para uso nas áreas verdes. Com MBA em Gestão de Negócios Sustentáveis, Beatriz Martins, diretora da pousada Ville La Plage, em Búzios, Rio de Janeiro, aceitou o convite do MTur e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas

Muito discutida nos últimos anos, a questão da sustentabilidade também chegou ao setor de turismo. “Em todo o mundo, há uma preocupação com os impactos causados pelo turismo. E o Brasil é um dos países pioneiros a desenvolver uma norma para promover um sistema sustentável de gestão para meios de hospedagem”, destaca Abreu. A ABNT NBR 15401:2006 - Meios de hospedagem - Sistema de gestão da sustentabilidade – Requisitos tem foco no conceito conhecido por Triple Bottom Line, que compreende três esferas: a econômica, a ambiental e a social. “Na prática, a norma trata dos impactos ambientais da construção e da operação dos meios de hospedagem, consumo de energia e de água, geração de trabalho e renda, estímulo ao uso de mão de obra e fornecedores locais”, explica Abreu. No aspecto econômico, a norma aborda a viabilidade do empreendimento. “Ter um plano de negócios desenvolvido, ter foco na qualidade, requisitos de segurança para os hóspedes e trabalhadores são alguns dos elementos que estão na dimensão econômica”, ressalta o consultor. Em sintonia com essa questão, em 2007, Dário Campos, gerente do Hotel de Lençóis, na região da Chapada Diamantina, Bahia, con- Hotel de Lençóis, na Chapada Diamantina, Bahia


[ Capa ] “Em todo o mundo, há uma preocupação com os impactos causados pelo turismo” Empresas (Sebrae Regional) para participar do programa Bem Receber. “Inscrevi a empresa, e todos os chefes e lideranças do nosso empreendimento participaram das oficinas e dos cursos de hospitalidade. No final, sentimo-nos motivados para continuar e focar a certificação, conforme a ABNT NBR 15401:2006”, ela comenta.

Ainda segundo o Regulamento Geral dos Meios de Hospedagem, no item relacionado à infraestrutura das edificações, os empreendimentos devem oferecer facilidades construtivas, de instalações e de uso, para pessoas com deficiência, de acordo com a ABNT NBR 9050:2004 – Acessibilidade a edificações,

Beatriz Martins, diretora da pousada Ville La Plage, em Búzios, Rio de Janeiro

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Acessibilidade

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O comprometimento de toda a equipe com atitudes sustentáveis é um dos benefícios trazidos pele certificação e Beatriz Martins destaca ainda mais vantagens. “Além dos conceitos da sustentabilidade, a norma da ABNT foca muito a gestão do negócio e isso é fundamental para a pequena empresa, pois ela fica organizada e os setores funcionam interligados”, conclui. Na opinião do gestor do ABNT/CB-54, Alexandre Sampaio, a norma de sustentabilidade para meios de hospedagem é contemporânea, clara e de aplicação para qualquer segmento hoteleiro. “Ela se junta a um rol de ferramentas que o empresário pode utilizar em sua hospedagem para propiciar uma gestão moderna, mais segura e eficiente, em busca do melhor atendimento a turistas brasileiros e estrangeiros”, garante.

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Dário Campos, gerente do Hotel de Lençóis

mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, que atualmente está em fase final de revisão, devendo em seguida ser submetida à Consulta Nacional. A coordenadora da Comissão de Estudo de Edificações e Meio (CE-40:001.01) do Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-40), Adriana de Almeida Prado, responsável pelo processo de revisão, ressalta que a ABNT NBR 9050 tem todas as especificações de como uma edificação deve ser para atender às exigências de acessibilidade. “É necessária a leitura completa da norma, especialmente os capítulos de circulação, acesso, sanitários, sinalização e comunicação, bem como o de mobiliário. No capítulo de equipamentos há um item destinado aos locais de hospedagem, com mais algumas exigências”, ela informa. A aplicação da ABNT NBR 9050:2004 é compulsória, conforme Lei Federal n° 10.098, de 2000, regulamentada pelo Decreto Federal n° 5296, de 2004. “Esse decreto deu prazos para as edificações serem adaptadas e estes já venceram. A fiscalização cabe aos Conselhos dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Conselhos de Idosos, ou qualquer outro que trate de assuntos de Direitos Humanos”, alerta a coordenadora. Outra forma de reivindicar acessibilidade nos meios de hospedagem, de acordo com Adriana, é fazer uma denúncia ao Ministério Público. “Esse órgão tem legitimidade para fiscalizar a aplicação das leis e poderá ajuizar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para ser sanada a irregularidade. Caso isto não aconteça, neste TAC estará definida uma multa, que poderá ser mensal ou diária, a ser paga até a correção”.


[ Capa ] “Entramos em um processo contínuo e natural, no qual seguir a norma tornou-se parte da gestão”

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Adriana de Almeida Prado, coordenadora da Comissão de Estudo de Edificações e Meio (CE-40:001.01), do Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-40)

Mas somente adaptações na infraestrutura não são suficientes. A coordenadora destaca como de fundamental importância o treinamento e a qualificação de toda a equipe que trabalha nos meios de hospedagem. “Para atingirmos uma acessibilidade plena é necessário derrubar as barreiras físicas e as atitudinais”, conclui Adriana.

Turismo de aventura Conforme definição do MTur, “turismo de aventura compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não competitivo”. Cabem nessa definição práticas como arvorismo, ciclismo, atividades equestres, caminhadas, rapel, tirolesa, mergulho, rafting, entre outras. “Fazer atividades em meio à natureza é saudável e seguro para toda a família. Com certeza, o turismo de aventura e o ecoturismo compõem um segmento que ganha cada vez mais importância”, ressalta o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), Jean-Claude Razel. O Brasil tornou-se referência no segmento de turismo de aventura, sendo pioneiro na elaboração de normas técnicas específicas (veja quadro na página 8), com algumas servindo de base para a criação de normas internacionais. O processo de elaboração de normas técnicas para o setor é decorrente do programa Aventura Segura, uma iniciativa do MTur com o Sebrae Nacional e a Abeta. “O intuito era profissionalizar e qualificar o segmento e foi escolhido o caminho das normas técnicas. Além de voluntária, a norma é decorrente de um

debate democrático e é evolutiva, pois se pode regularmente fazer adaptações, enquanto que com uma lei esse processo seria mais complicado”, conta Razel. Segundo ele, o caminho da normalização foi um enorme sucesso. “Hoje existem mais de 20 normas técnicas específicas para turismo de aventura no Brasil. Esse acervo dá seriedade e consistência ao segmento”, exalta o presidente da Abeta. Em 2010, as empresas que prestam serviços de ecoturismo e turismo de aventura puderam iniciar o processo de certificação, conforme a ABNT NBR 15331:2005 - Turismo de aventura - Sistema de gestão da segurança – Requisitos. De acordo com dados mais recentes da Abeta, 84 empresas de ecoturismo e turismo de aventura foram certificadas em conformidade com a ABNT NBR 15331:2005. Desse total, 76 receberam a certificação da ABNT. “A certificação contribui para tirar a imagem de que essas atividades são perigosas ou restritas a um determinado perfil de pessoa”, observa Razel. A intensa utilização de normas técnicas pelas empresas que prestam esse tipo de serviço tem tornado o segmento uma referência nos quesitos operacional, organizacional e de segurança. Razel adverte: “Hoje, se você abrir uma empresa de turismo de aventura, não pode deixar de dar atenção às normas, pois o seu uso, uma hora ou outra, vai ser cobrado, principalmente se acontecer algum problema”.

Jean-Claude Razel, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura

Segurança alimentar Durante as férias, o consumidor deve estar atento também à alimentação. Alimentos mal conservados ou manuseados sem os devidos cuidados causam graves problemas à saúde. “O consumidor pode


[ Capa ] “A norma da ABNT foca muito a gestão do negócio e isso é fundamental para a pequena empresa” sofrer desde diarreia, crises de vômito e paralisia, até vir a óbito”, afirma a farmacêutica e microbiologista de alimentos, sócia da Bioqualitas, Brigitte Bertin, que durante quatro anos coordenou a Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104).

Competência de Pessoal em Turismo Conheça algumas Normas Brasileiras sobre competência de pessoal em turismo: • ABNT NBR 15044:2004 - Turismo - Gerente de meios • • •

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Não por acaso, segurança de alimentos exige seriedade e atenção às normas técnicas que balizam o setor. “A segurança de alimentos é a garantia de um alimento inócuo, sem perigos biológicos, químicos ou físicos capazes de causar danos à saúde ou à integridade do consumidor”, define Brigitte, autora do livro Segurança de Alimentos no Comércio, Atacado e Varejo (Editora Senac). No acervo de normas destacam-se a ABNT NBR 15635:2008 - Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais e a ABNT NBR ISO 22000:2006 - Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos. “Ambas abordam as boas práticas e tratam do controle das cinco etapas fundamentais para o preparo de alimentos: tratamento térmico; higienização de hortifrúti; resfriamento forçado; manutenção e distribuição fria; e manutenção e distribuição quente. Controlando essas cinco etapas, consegue-se chegar a um nível de segurança de alimento bem interessante”, assegura Brigitte.

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Brigitte Bertin, sócia da Bioqualitas e ex-coordenadora da Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104)

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de hospedagem - Competência de pessoal; ABNT NBR 15024:2004 - Turismo - Bartender - Competência de pessoal; ABNT NBR 15018:2004 - Turismo - Garçom em função polivalente - Competência de pessoal; ABNT NBR 15025:2004 - Turismo - Commis - Competência de pessoal; ABNT NBR 15021:2004 - Turismo - Cozinheiro em função polivalente - Competência de pessoal; ABNT NBR 15029:2004 - Turismo - Caixa - Competência de pessoal; ABNT NBR 15034:2004 - Turismo - Reparador polivalente ou can-fix-it - Competência de pessoal; ABNT NBR 15030:2004 - Turismo - Hospitalidade para profissionais operacionais - Competência de pessoal; ABNT NBR 15035:2004 - Turismo - Recepcionista em função polivalente - Competência de pessoal; ABNT NBR 15036:2004 - Turismo - Recepcionista que atua em função especializada - Competência de pessoal; ABNT NBR 15038:2004 - Turismo - Concierge - Competência de pessoal; ABNT NBR 15039:2004 - Turismo - Mensageiro Competência de pessoal; ABNT NBR 15040:2004 - Turismo - Auditor noturno - Competência de pessoal; ABNT NBR 15041:2004 - Turismo - Chefe de reservas - Competência de pessoal; ABNT NBR 15042:2004 - Turismo - Chefe de recepção - Competência de pessoal; ABNT NBR 15043:2004 - Turismo - Atendente de reservas - Competência de pessoal; ABNT NBR 15045:2004 - Turismo - Chefe de governança - Competência de pessoal; ABNT NBR 15046:2004 - Turismo - Capitão-porteiro - Competência de pessoal; ABNT NBR 15047:2004 - Turismo - Camareira ou arrumador - Competência de pessoal; ABNT NBR 15037:2004 - Turismo - Gerente de camping - Competência de pessoal.


[ Capa ] “A certificação contribui para tirar a imagem de que as atividades de turismo de aventura são perigosas”

Turismo de Aventura Confira algumas das normas de turismo de aventura disponíveis no acervo da ABNT: • ABNT NBR 15501:2011 - Turismo de aventura • •

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Técnicas verticais - Requisitos para produto; ABNT NBR 15502:2011 - Turismo de aventura Técnicas verticais - Procedimentos; ABNT NBR 15508-1:2011 - Turismo de aventura Parque de arvorismo - Parte 1: Requisitos das instalações físicas; ABNT NBR 15508-2:2011 - Turismo de aventura Parque de arvorismo - Parte 2: Requisitos de operação; ABNT NBR 15503:2008 - Turismo de aventura - Espeleoturismo de aventura - Requisitos para produto; ABNT NBR 15500:2007 - Turismo de aventura Terminologia; ABNT NBR 15453:2006 - Turismo de aventura Turismo fora de estrada em veículos 4x4 ou bugues Requisitos para produto; ABNT NBR 15400:2006 - Turismo de aventura - Condutores de canionismo e cachoeirismo - Competência de pessoal; ABNT NBR 15399:2006 - Turismo de aventura - Condutores de espeleoturismo de aventura - Competências de pessoal; ABNT NBR 15397:2006 - Turismo de aventura - Condutores de montanhismo e de escalada - Competência de pessoal; ABNT NBR 15398:2006 - Turismo de aventura - Condutores de caminhada de longo curso - Competências de pessoal; ABNT NBR 15383:2006 - Turismo de aventura - Condutores de turismo fora de estrada em veículos 4x4 ou bugues - Competências de pessoal; ABNT NBR 15370:2006 - Turismo de aventura - Condutores de rafting - Competências de pessoal; ABNT NBR 15334:2006 - Turismo de aventura Sistema de gestão da segurança - Requisitos de competências para auditores; ABNT NBR 15331:2005 - Turismo de aventura - Sistema de gestão da segurança - Requisitos; ABNT NBR 15285:2005 - Turismo de aventura - Condutores - Competência de pessoal; ABNT NBR 15286:2005 - Turismo de aventura - Informações mínimas preliminares a clientes.

O controle das etapas de preparo de alimentos é baseado no Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), reconhecido internacionalmente. E foi com o objetivo de promover a implantação desse processo em toda a cadeia de produção de alimentos no Brasil que surgiu, em 1998, o Programa Alimentos Seguros (PAS). Na época, o programa criado em parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Departamento Nacional) e o Sebrae Nacional era chamado de Projeto APPCC. “Em 2001, outras organizações do Sistema S, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Social da Indústria (Sesi) se uniram à parceria e se mantêm juntas até hoje nesse trabalho de promoção e implantação de ferramentas da segurança de alimentos”, comenta o assessor técnico da Diretoria de Educação Profissional do Senac Departamento Nacional e atual coordenador da ABNT/CEE-104, Paulo Bruno.

Paulo Bruno, assessor técnico do Senac-DN

O sucesso do PAS, segundo Bruno, estimulou parcerias específicas com outras instituições, como a ABNT, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empre-


[ Capa ] “Os benefícios da certificação são muitos, como credibilidade no mercado, com os bancos e nossos clientes” Micro e Pequenas Empresas (MPE Brasil), na categoria serviços de turismo. “Os benefícios da certificação são muitos, como credibilidade no mercado, com os bancos e nossos clientes. As pessoas entram e sentem-se seguras com todo o atendimento. Muitas portas se abrem. Tem também o detalhe do aprendizado, que é um bem incalculável!”, ressalta o empresário.

Para quem vai sair de férias

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Sempre é bom reunir informações sobre como fazer escolhas seguras e confiáveis para ter aquele merecido descanso durante as férias. “Um conselho que ofereço é pesquisar em sites e revistas de viagens. Esses meios de comunicação costumam fazer indicações de locais com mínimos referenciais de qualidade, atendimento e preço”, revela o gestor do ABNT/CB-54, Alexandre Sampaio. Outra sugestão é pesquisar sobre meios de hospedagem nos sites de sindicatos patronais do setor. “Damos uma ampla difusão dos nossos associados em portais mantidos pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) ou por meio de publicações impressas, nas quais divulgamos empresas que primam pela qualidade, pelo potencial de atendimento, pela higiene e padrões de conforto e serviço, que servem de orientação para o consumidor”, comenta o gestor. O presidente da Abeta, Jean-Claude Razel, estimula as pessoas a buscarem maior contato com a natureza e a realizarem atividades ao ar livre. Contudo, é importante adotar alguns cuidados. “Antes de praticar qualquer atividade, a pessoa deve receber todas as orientações a respeito do tipo escolhido, duração e nível de empenho de exercício físico. Para isso elaboramos a norma de informações mínimas preliminares para praticantes de turismo de aventura, a ABNT NBR 15286:2005”, ele argumenta. Mais uma orientação que o presidente da Abeta considera importante é procurar as empresas que estão certificadas para realizar essas atividades. Por fim, Razel indica consultas ao próprio site da Abeta, assim como o site Viagem na Natureza (www.viagem-natureza.com.br), que ele acredita ser uma das melhores Kiko Prado (à direita), proprietário da Pousada Casa de Taipa, em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, junto dos sócios Ruy Mazurek (ao lado dele), Marlos Camilo (na fontes de informação sobre o segmento. cabeceira da mesa) e os colaboradores do estabelecimento

boletim ABNT

sa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Direta ou indiretamente, milhares de estabelecimentos brasileiros envolvidos com a produção de alimentos (campo, indústria, distribuição e serviços de alimentação) já foram beneficiados com apoio do PAS na implantação e implementação de ferramentas da segurança de alimentos”, ele afirma. O coordenador da ABNT/CEE-104 contabiliza que só no ano passado cerca de 50 estabelecimentos brasileiros foram beneficiados com apoio do PAS, Sebrae e ABNT para implantação da ABNT NBR 15635:2008, como forma de promoção e divulgação desse tipo de certificação. Um exemplo é a Pousada Casa de Taipa, em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte. “Sentimos a necessidade de buscar a nossa qualificação e também qualificar nossos colaboradores. Em 2009, junto ao Sebrae/RN, nos inscrevemos no programa Turismo Melhor e um dos itens exigidos era a certificação da nossa cozinha no PAS. Ao final de todo o processo, nós obtivemos os melhores pontos”, lembra um dos proprietários do estabelecimento, Kiko Prado. A parceria com o Senac/RN levou o estabelecimento a conquistar mais uma qualificação. “Em 2010, juntamente com outras empresas, fomos convidados a fazer parte do projeto de qualificação mais avançada, que ao final do processo levaria à certificação ABNT, conforme a ABNT NBR 15635:2008”, conta Prado. Esse feito rendeu ao empreendimento premiações do Senac/RN e o Prêmio de Competitividade para


[ Capa ] “O consumidor tem o direito de pedir para visitar a cozinha e conhecer como é a higiene do local”

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A internet também é a primeira sugestão que a coordenadora da Comissão de Estudo de Edificações e Meio do ABNT/CB-40, Adriana de Almeida Prado, indica para a pessoa com deficiência física escolher onde se hospedar durante as férias. “Pesquise em sites de hotéis de seu interesse, e esses devem ser acessíveis (garantir o aumento de letras e mudança de cores, entre outras exigências), para confirmar se de fato as instalações foram adaptadas às exigências das normas de acessibilidade”, ressalta. A escolha de um restaurante é outro item que exige atenção redobrada. “O ideal é conhecer a cozinha do estabelecimento, identificando suas condições higiênicas e sanitárias”, alerta o coordenador da ABNT/CEE-104, Paulo Bruno. Além disso, ele relacio-

Faça parte da ABNT

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na alguns dos requisitos mínimos indicados no Programa Alimentos Seguros que o consumidor pode observar: se o local está limpo; se as lixeiras estão limpas e cobertas; se os ambientes estão livres de cheiros estranhos, insetos e animais domésticos; se as pessoas que preparam ou servem os alimentos estão vestidas com roupa limpa, unhas cortadas, cabelo protegido; se os alimentos lácteos, os embutidos e as hortaliças são mantidos sob refrigeração; e se os alimentos quentes encontram-se em equipamentos capazes de manter a temperatura correta (mínimo de 60°C). Brigitte Bertin complementa: “O consumidor tem o direito de pedir para visitar a cozinha e conhecer como é a higiene do local. Afinal, é a sua saúde e de sua família que estão em jogo”

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ANA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS


[ Entrevista ]

Receber bem, para receber sempre

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O ministro do Turismo, Pedro Novais, fala sobre os preparativos para os megaeventos esportivos que acontecerão no País, revela os desafios e reconhece a importância das normas técnicas para proporcionar qualificação e competitividade ao setor.

Pedro Novais, ministro do Turismo

P

edro Novais começou a carreira como professor. Foi funcionário do Banco do Brasil e depois ingressou no Ministério da Fazenda, onde permaneceu por mais de 30 anos. Nascido na cidade de Coelho Neto, no Maranhão, foi secretário da Fazenda do estado e deputado estadual.

Em 2010, elegeu-se para o sétimo mandato como deputado federal. No dia 3 de janeiro deste ano, Novais tomou posse no Mistério do Turismo (MTur). Em seu discurso, já mostrou a que veio, apontando algumas das metas do Plano Nacional de Turismo (20112014).

Entre os objetivos destacados pelo ministro, estão a ampliação da infraestrutura turística, ações de qualificação de mão de obra e programas para inclusão de idosos, jovens e pessoas com deficiência no turismo, assim como o fortalecimento da parceria com outros ministérios na preparação da Copa do Mundo (2014) e da Olimpíada (2016). Recentemente, Novais assinou a portaria que institui o Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass). “É um importante passo para possibilitar a concorrência justa entre os meios de hospedagem do país e auxiliar os turistas em suas escolhas”, ele garante. Por sinal, esse sistema será uma importante ferramenta para orientar o consumidor e uma referência fundamental na preparação do País para receber os megaeventos que acontecerão nos próximos anos. Para qualificar o setor, Novais conta também com um convênio firmado entre o MTur e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que viabiliza nos sites de ambos o acesso gratuito às normas de turismo. “As normas técnicas trazem os requisitos de competência e desempenho que a sociedade e os consumidores esperam das empresas e dos profissionais”, ressalta. Em entrevista ao Boletim ABNT, o ministro Pedro Novais fala do papel do turismo na economia, dos benefícios do SBClass, dos desafios do setor e


[ Entrevista ] “Temos uma expectativa de 74 milhões de desembarques domésticos neste ano, o que representa um incremento de mais de 5 milhões sobre o número total de desembarques registrado no ano passado” do suporte técnico oferecido pelas normas. Confira: Quanto o setor de turismo brasileiro movimenta?

A adesão ao sistema é voluntária. Para fazer parte do SBClass, os meios de hospedagem devem estar no Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur) do MTur. O SBClass foi construído pelo MTur em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Para elaborar o sistema, o MTur estudou experiências de 24 países. Quais são os quesitos avaliados em uma hospedagem de acordo com o SBClass?

Recentemente o senhor assinou a Portaria que institui o Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass). Como vai funcionar?

O SBClass está fundamentado em uma série de requisitos aos quais os meios de hospedagem devem atender, tais como:

O novo Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass) é um importante passo para possibilitar a concorrência justa entre os meios de hospedagem do País e auxiliar os turistas em suas escolhas. O uso da simbologia de estrelas vai padronizar a apresentação da oferta dos meios de hospedagem brasileiros, garan-

lados às instalações e aos equipamentos;

• infraestrutura: requisitos vincu-

• serviços: requisitos vinculados à

oferta de serviços;

• sustentabilidade: requisitos vin-

culados às ações de sustentabilidade (uso dos recursos de maneira ambientalmente res-

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Hoje a participação do turismo no PIB do País representa 3,6%, podendo alcançar 6% em 2020. Isso porque o turismo doméstico vai

Segundo o artigo 23 da Lei do Turismo (nº 11.771/2008), são considerados meios de hospedagem os empreendimentos destinados a prestar serviços de alojamento temporário, ofertados em unidades de frequência individual e de uso exclusivo do hóspede, bem como outros serviços de hospedagem necessários, mediante adoção de instrumento contratual e cobrança de diária.

Como ocorre a adesão ao SBClass?

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Qual é a participação do setor turístico no Produto Interno Bruto (PIB) do País?

Qual a definição do MTur para meios de hospedagem?

tir maior segurança ao consumidor e criar um referencial de mercado para o empresariado. De acordo com a Portaria nº 100, de 16 de junho de 2011, os meios de hospedagem foram divididos em sete categorias, que podem receber de 1 a 5 estrelas, conforme as novas regras: Hotel de 1 a 5 estrelas; Resort de 4 ou 5 estrelas; Hotelfazenda de 1 a 5 estrelas; Cama & Café de 1 a 4 estrelas; Hotel histórico de 3 a 5 estrelas; Pousada de 1 a 5 estrelas; e Flat/apart-hotel de 3 a 5 estrelas. boletim ABNT

As atividades características do turismo empregam um contingente estimado em 7,2 milhões de pessoas. É um setor que está dando melhores perspectivas de vida aos agricultores familiares, aos artesãos, aos artistas populares, aos pequenos comerciantes e às pequenas empresas do ramo da alimentação. Essas perspectivas positivas estão sendo percebidas da mesma forma pelos grandes empresários do segmento hoteleiro, empresas operadoras, agências de viagens, companhias aéreas e de transporte interestadual. Segundo a Pesquisa Anual da Conjuntura Econômica do Turismo (Pacet), as agências de viagens, operadoras e locadoras de automóveis estimam um aumento de faturamento, neste ano, de mais de 22%. O reflexo disso na economia do turismo é muito palpável, já que existem cada vez mais brasileiros nos aeroportos e nos terminais rodoviários. Temos uma expectativa de 74 milhões de desembarques domésticos neste ano, o que representa um incremento de mais de 5 milhões sobre o número total de desembarques registrado no ano passado. Entre 2005 e 2010, registrou-se a expansão de 34% no número de viagens domésticas. É um número relevante e que deve continuar em crescimento.

continuar impulsionando o setor. A pesquisa Economia do Turismo Uma Perspectiva Macroeconômica 2003-2007, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada no ano passado, mostra que o setor de turismo cresceu mais que a economia brasileira entre 2003 e 2007, em termos percentuais. A atividade teve um crescimento de 22%, em comparação ao aumento de 19,3% da economia como um todo. Um dos responsáveis por esse resultado positivo é a nova classe média: cerca de 40 milhões de pessoas passaram a ter acesso ao turismo em sua prateleira de consumo.


[ Entrevista ] “Hoje a participação do turismo no PIB do País representa 3,6%, podendo alcançar 6% em 2020” ponsável, socialmente justa e economicamente viável).

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Os requisitos são divididos em mandatórios (ou seja, de cumprimento obrigatório pelo meio de hospedagem) e eletivos (de livre escolha do meio de hospedagem, tendo como base uma lista predefinida). São itens como: serviços de recepção, guarda-valores e alimentação; tamanhos de apartamentos e de banheiros; disponibilidade de restaurantes; medidas para redução de consumo e coleta seletiva de resíduos, entre outros. Como um meio de hospedagem pode demonstrar sua conformidade às exigências do SBClass? Para ser classificado na categoria pretendida, o meio de hospedagem deve ser avaliado por técnicos dos institutos estaduais de pesos e medidas vinculados ao Inmetro, demonstrando o cumprimento de 100% dos requisitos mandatórios e 30% dos requisitos eletivos (para cada conjunto de requisitos). Esses requisitos estão definidos pelas matrizes publicadas junto à Portaria nº 100, do MTur. Quantos são os meios de hospedagens disponíveis no país? De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE), os empreendimentos que se enquadram no conceito de “meio de hospedagem” adotado pelo MTur totalizam 15 mil. Desses, quase 50% estão hoje cadastrados no Cadastur (disponível em www.cadastur.turismo.gov.br). São 6.037 meios de hospedagem em situação regular, distribuídos nos 27 estados da Federação. Hoje, esse número atende perfeitamen-

te à demanda usual de turistas brasileiros e estrangeiros que visitam os diversos estados do País. Essa quantidade será suficiente para atender à demanda da Copa do Mundo? Para 2014, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) estabelece que a rede hoteleira de uma sede de Copa do Mundo deve dispor de uma quantidade de leitos correspondente a 30% da capacidade do estádio que abrigará os jogos. Segundo o estudo Placar da Hotelaria 2015, realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), dez das 12 cidades que abrigarão os jogos terão uma oferta de leitos acima da recomendada pela Fifa. Apenas Cuiabá (MT) e Manaus (AM) teriam déficit de leitos para a competição. No entanto, a pesquisa indica necessidade de atenção do setor hoteleiro diante de investimentos excessivos nas duas cidades, o que poderá acarretar um cenário de capacidade ociosa após a Copa. De acordo com a FOHB, alternativas como aluguel de apartamentos por temporada ou recrutamento de navios/cruzeiros ociosos, a exemplo do que ocorreu na Olimpíada de Atenas, na Grécia, em 2004, são possibilidades interessantes. Como os meios de hospedagem brasileiros estão se preparando para receber milhares de turistas internacionais? O MTur trabalha focado na qualificação dos profissionais e gestores do setor, por meio do programa Bem Receber Copa. Entre os contemplados, estão os trabalhadores do ramo da hotelaria. Essa é uma estratégia para melhorar o padrão de qualidade do atendimento ao

turista e para tornar o País mais competitivo no setor. Em 2010, qualificamos 16 mil profissionais que trabalham na “linha de frente” do turismo – aqueles que terão contato direto com os turistas. Entre eles estão funções como a de capitão-porteiro, governança, mensageiro, recepcionista e gerência média de hotelaria. Em 2011, o Bem Receber Copa vai criar mais 20 mil novas vagas, batendo a meta de qualificar, até junho de 2013, 45 mil profissionais somente no segmento da hotelaria. Em relação à infraestrutura, quais têm sido os desafios do setor para abrigar os dois eventos? Os desafios que o Brasil enfrenta para sediar os megaeventos esportivos são proporcionais ao grande legado que ficará para o País. E para que possamos aproveitar todo o potencial de desenvolvimento que a Copa do Mundo e os jogos olímpicos nos oferecerão, precisamos fazer nossa parte. No caso do MTur, a ampliação e melhoria do parque hoteleiro nacional e a modernização e ampliação da infraestrutura turística dos destinos do Brasil sempre foram investimentos prioritários. Um desafio urgente é a reestruturação e a modernização dos aeroportos nacionais, que são as principais portas de entrada para os turistas. Quais medidas vêm sendo tomadas quanto à questão dos aeroportos? Os aeroportos estão sob responsabilidade da recém-criada Secretaria da Aviação Civil da Presidência da República. No entanto, o MTur, em parceria com a Infraero, investe também na melhoria de aeroportos regionais. O MTur destinou R$ 160 milhões para obras de infraestrutura nos aeroportos regionais


[ Entrevista ] “O SBClass é um importante passo para possibilitar a concorrência justa entre os meios de hospedagem do país e auxiliar os turistas em suas escolhas”

Quais benefícios as normas técnicas trazem para o setor turístico? As normas são a base do conhecimento técnico e profissional de um setor. Elas trazem os requisitos de competência e desempenho que a sociedade e os consumidores esperam das empresas e dos profissionais. Pequenas e grandes empresas, jovens estudantes e profissionais experientes podem seguir as normas como referência para a qualificação e conhecimento. Já o consumidor tem nas normas uma referência de padrões de qualidade e segurança. Existe resistência do setor ou alguma dificuldade em relação ao uso das normas técnicas? De uma maneira geral o uso de normas no setor de serviços é novo em todo o mundo. No Brasil, o turismo é pioneiro nesta estratégia. As normas estão sendo cada vez mais disseminadas e utilizadas. No turismo de aventura e na hotelaria, o uso já está mais presente. Em outros segmentos, ainda estamos trabalhando para ampliar o seu uso. Mas sabemos que a cada ano milhares de downloads de normas técnicas são feitos por meio dos sites do MTur e da ABNT, e isso significa que o re-

Como as normas técnicas têm auxiliado a prática do turismo de aventura e a acessibilidade de pessoas com deficiência? No turismo de aventura, o MTur desenvolve um trabalho que virou referência mundial. O plano de desenvolvimento do setor foi baseado em normas técnicas para empresas e profissionais. Hoje, temos aproximadamente 100 empresas certificadas em sistema de gestão da segurança e mais de 6 mil profissionais qualificados. Com isso, o setor está mais estruturado e teve excelentes ganhos de competitividade. Porém, esse trabalho está apenas começando e deve se fortalecer com a proximidade de eventos esportivos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Em breve chegaremos à marca de 300 empresas certificadas e 8 mil profissionais qualificados. Quando o assunto é acessibilidade no turismo, temos diversas publicações baseadas em normas técnicas. Esses documentos estão apoiando empresas e profissionais que querem atender, com excelência, aos turistas com mobilidade reduzida. Por fim, quando se fala em meios de hospedagem, por que é importante também tratar da questão da segurança alimentar? Naturalmente, qualquer consumidor que se hospeda em um hotel também tem a expectativa de se alimentar eventualmente no mesmo local. Portanto, uma das competências que os meios de hospedagem devem desenvolver diz respeito ao planejamento e à segurança alimentar

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O Ministério do Turismo incentiva a certificação em sustentabilidade para meios de hospedagem. Temos um projeto, chamado Turismo 100%, que prevê a certificação de 300 meios de hospedagem em sustentabilidade até o fim de 2012. Esta certificação está baseada na ABNT NBR 15401:2006 – Meios de hospedagem - Sistema de gestão da sustentabilidade – Requisitos - e incentiva que os meios de hospedagem adotem em suas atividades práticas ambientais e sociais, como eficiência energética e envolvimento da comunidade no empreendimento, por exemplo.

A parceria do Ministério do Turismo com a ABNT visa à disseminação das normas técnicas brasileiras para o turismo. Esta parceria, iniciada em 2003 e fortalecida nos últimos anos, é inédita no Brasil e tem como objetivo ampliar o uso das normas técnicas brasileiras por profissionais e empreendimentos do setor turístico.

conhecimento da importância da norma técnica é cada vez maior.

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Qual é o posicionamento do MTur com relação à certificação dos meios de hospedagem?

O MTur e a ABNT têm um convênio desde 2003. Quais são os objetivos dessa parceria?

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brasileiros desde 2003. Os repasses tiveram como objetivo a revitalização de pistas, construção de terminais, aquisição de equipamentos, entre outros, fundamentais para a recuperação e modernização de nossos aeroportos. O Governo Federal quer trabalhar unido por um Brasil que dê exemplo dentro e fora de campo. Turismo, esporte, transporte, saúde, aeroportos, acessibilidade rodoviária, terminais náuticos, hotéis, receptivo em geral, tudo funcionando como um organismo integrado. Para que isso aconteça, os problemas precisam de soluções adequadas e prioridade nos investimentos. Portanto, o papel do governo, juntamente com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Fifa, é fazer o diagnóstico, levantar os projetos e estabelecer um planejamento para os estados. Depois, partimos em busca de parcerias, porque a iniciativa privada será fundamental para credenciar o Brasil a receber bem a Copa.


[ Artigo ]

Brasil e Reino Unido lideram normalização internacional em Turismo de Aventura * Por Gustavo Timo

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ais de 30 especialistas de 13 países reunidos com um só propósito: debater e somar experiências diversas, a fim de compor três documentos que se transformarão em normas técnicas internacionais no âmbito da International Organization for Standardization (ISO). O encontro aconteceu em maio, na Itália, e foi mais uma etapa rumo à normalização internacional do segmento - um processo inédito e bastante comemorado pelo setor. Desde 2009, o Brasil lidera, em parceria com o Reino Unido, o Grupo de Trabalho (WG7) de Turismo de Aventura, no âmbito do Comitê Técnico de Turismo (TC 228) da ISO. Argentina, Brasil, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Malásia, Nova Zelândia, Portugal, Quênia, Trinidad e Tobago, Tunísia e a Suíça - com a participação ilustre do gerente do Departamento de Programas Técnicos de Normalização da ISO, Stefan Marinkovic – marcaram presença no debate. Entre os destaques do encontro: participações da Nova Zelândia (presencial) e de associações e entidades representativas da indústria do setor (Adventure Travel Trade Association - ATTA) e dos consumidores (European consumer voice in standardisation - Anec). Eles se uniram aos chamados experts e representantes dos organismos de normalização de vários países para a discussão de três documentos de Turismo de Aventura: Sistema de Gestão da Segurança; Líder/condutor - Competências de pessoal; e Informações a clientes.

O debate avançou mais uma etapa e, em outubro próximo, os especialistas vão reunir-se no Rio de Janeiro, com o objetivo de deixar os documentos prontos para serem enviados ao Comitê Técnico de Turismo da ISO para votação e comentários. Ou seja, o debate sai do âmbito do Grupo de Trabalho e passa a ser analisado em uma esfera mais ampla. A previsão é que as três normas técnicas estejam publicadas até o início de 2013. Na prática, a existência destas normas representa um caminho seguro para reduzir a distância entre mercados com interesses similares. Este processo é o reflexo das necessidades e tendências mercadológicas mundiais, abrindo a possibilidade de adequação das empresas interessadas. Cada país tem uma cultura e experiências muito particulares no que tange aos segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura, o que acirra o debate em torno do tema normalização. Contudo, isso é essencial para fortalecer este processo, pois uma norma internacional deve ser implementada com eficácia em países diferentes, com realidades totalmente díspares. Atualmente, o Brasil é tido como referência internacional do segmento, com 28 normas técnicas publicadas no âmbito da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), além de adotar um processo de certificação de Sistemas de Gestão da Segurança das empresas com respaldo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O Brasil lidera um importante processo que afetará a comercialização

de produtos de Ecoturismo e Turismo de Aventura em vários países. Estamos elevando o padrão de qualidade e de segurança para o consumidor final em amplitude mundial, replicando o modelo nacional. É um investimento direto em tecnologia por parte do Governo Federal (Ministério do Turismo) e da ABNT. A Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) tem um papel altamente estratégico neste processo, sendo responsável pela representação técnica da delegação brasileira, além de atuar na preparação que fomenta as discussões do Grupo de Trabalho, assumindo uma série de tarefas de coordenação. O conhecimento da Abeta tem como base as ações do Programa Aventura Segura (executado em parceria com o Ministério do Turismo e Sebrae Nacional), maior iniciativa de qualificação e certificação em Ecoturismo e Turismo de Aventura já realizada no Brasil, que conta hoje com aproximadamente 100 empresas com Sistemas de Gestão da Segurança certificados

* Gustavo Timo é coordenador-geral da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta)


[ Institucional ]

Sustentabilidade

O mundo recebe a ISO 50001 Publicada em vários países no dia 15 de junho, a norma internacional de gestão da energia terá lançamento especial no Brasil.

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A busca da eficiência energética como aliada da produção, reduzindo danos ambientais e garantindo maior competitividade no mercado, já vinha mobilizando organizações ao redor do mundo quando a ISO, em 2008, decidiu criar uma norma sobre sistemas de gestão da energia. A ABNT é parceira do American National Standards Institute (ANSI) na secretaria do comitê ISO/PC 242 - Energy Management, responsável pela elaboração da ISO 50001. Eduardo Lima, analista técnico da ABNT e secretário da Comissão de Estudo Especial de

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Engajamento do Brasil

Gestão e Economia de Energia (ABNT/CEE-116), que é espelho do Comitê da ISO, explica que a norma poderá ser aplicada por organizações de todos os tipos e tamanhos, independentemente de condições geográficas, culturais ou sociais. O sucesso de sua implementação dependerá, entretanto, do compromisso em todos os níveis e funções e, especialmente, da alta direção. A norma recomenda às organizações vários procedimentos como, por exemplo, adoção de critérios de eficiência na compra de equipamentos, estruturação e cuidados adicionais na operação e manutenção de equipamentos, conscientização e treinamento com relação aos aspectos vinculados ao uso adequado da energia. “As organizações deverão definir um padrão inicial de uso da energia em seus processos e atividades e adotar ações de melhoria ao longo do tempo, com foco no nível de consumo e na eficiência energética”, informa Lima. Espera-se que a norma seja também uma aliada do governo nas políticas públicas destinadas a promover o uso eficiente de energia. É o caso, no Brasil, do Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030), lançado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que estipula uma redução de 10% do consumo de energia no país até 2030

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implementação, manutenção e melhoria de um sistema de gestão da energia, com o propósito de habilitar uma organização a seguir uma abordagem sistemática para atendimento da melhoria contínua de seu desempenho energético, incluindo eficiência energética, uso e consumo de energia. Para a ISO, trata-se de uma publicação de alto nível, tanto que mereceu também, no dia 17 de junho, um evento de lançamento, ao qual compareceram o diretor técnico da ABNT, Eugenio De Simone, e o coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão e Economia de Energia (ABNT/CEE-116), espelho do grupo internacional, Alberto Fossa.

boletim ABNT

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vai lançar, no dia 7 de julho, a ABNT NBR ISO 50001:2011 – Sistemas de gestão da energia – Requisitos com orientações para uso, em evento marcado para as 10 horas, em São Paulo (Rua Minas Gerais, 190). A norma é uma adoção da ISO 50001:2011 – Energy management systems Requeriments with guidance for use, publicada dia 15 de junho pela International Organization for Standardization (ISO) e países membros, incluindo o Brasil, em meio à expectativa de vir a promover um impacto positivo sobre cerca de 60% do uso de energia no mundo. Ao justificar a importância da norma, o Secretário-Geral da ISO, Rob Steele, comentou que uma organização não pode controlar os preços da energia, as políticas do governo ou da economia global, mas pode melhorar a sua gestão de energia. “Um melhor desempenho energético pode proporcionar benefícios rápidos para uma organização, maximizando o uso de fontes energéticas e reduzindo o custo e o consumo de energia. Também fará contribuições positivas para reduzir o esgotamento dos recursos energéticos e atenuar os efeitos do uso de energia em todo o mundo, como o aquecimento global”. A nova norma especifica requisitos para o estabelecimento,


[ Institucional ]

Sustentabilidade

Pioneirismo no mercado de carbono

boletim ABNT

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Norma técnica publicada recentemente deverá ajudar a regular o setor no País.

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ABNT NBR 15948:2011, Mercado voluntário de carbono — Princípios, requisitos e orientações para comercialização de reduções verificadas de emissões, foi publicada no dia 16 de maio e terá em breve um lançamento para toda a sociedade, marcando mais uma iniciativa pioneira da normalização brasileira. Pela primeira vez, o mercado voluntário de créditos de carbono no país terá uma regra para seguir, o que deverá resultar em estabilidade e segurança. “Mercado bom é mercado regulado”, assegura Marco Antonio

Fujihara, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Mercado Voluntário de Carbono (ABNT/ CEE-146), que durante mais de um ano dedicou-se à elaboração da norma. A nova norma especifica princípios, requisitos e orientações para comercialização de Reduções Verificadas de Emissões (RVE) no mercado voluntário de carbono no País. Inclui requisitos para elegibilidade das reduções de emissões, transparência de informações e registro de projetos, entre outros. Segundo Fujihara, os requisitos da ABNT NBR 15948:2011 deverão funcionar como um filtro para evitar que iniciativas que não estejam verdadeiramente comprometidas com a redução de emissões de gases de efeito estufa sejam levadas adiante. Desde 2009 o setor privado vinha discutindo na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a necessidade de se desen-

volver um mecanismo que o auxiliasse a atingir uma economia de baixo carbono. Surgiu daí a demanda por uma norma e a instalação da ABNT/CEE-146. Não faltaram desafios à Comissão até chegar ao documento final. “Éramos mais de 100 pessoas divididas em quatro grupos, cada um com uma parte da norma. Como não existia um texto-base, tivemos de criar tudo a partir de nossa própria experiência”, lembra o coordenador. A instabilidade do mercado em nível nacional ainda não permite que se façam grandes projeções sobre a aplicação da norma, mas não há dúvidas de que se trata de um importante ponto de partida para a autorregulação. “É um primeiro passo que permitirá que o Brasil ingresse num novo patamar de redução de emissões, de modo que as empresas não apenas forneçam créditos, mas também possam comprá-los, contribuindo ainda mais para o combate às mudanças climáticas”, conclui Fujihara

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[ Institucional ]

Exponorma 2011

Organizações confirmam participação Este ano o evento focará a confiança gerada por produtos e serviços que atendem às normas técnicas.

A

 ATENÇÃO!

A ABNT Certificadora tem novo endereço em São Paulo: Avenida Paulista, 726 – 10º andar - Bela Vista – São Paulo - SP - 01310-910

Telefones: (11) 2344-1733 (Certificação de Sistemas) e (11) 2344-1734 (Certificação de Produtos) OBS.: Os telefones da ABNT Capacitação também mudaram. Anote: (11) 2344-1726 e (11) 2344-1725

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porque incorporam características essenciais relacionadas à qualidade, segurança e eficiência, entre outras. O evento conta até agora com os seguintes patrocinadores: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Petrobras, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os interessados em participar do congresso já podem fazer inscrições pelo site www.exponorma.com.br

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tórios em várias partes do mundo. Atua na prestação de serviços de certificação, treinamentos e normalização. O Exponorma terá como tema “Normas técnicas: construindo confiança global”, o mesmo do Dia Mundial da Normalização, celebrado em 14 de outubro. Desde a primeira edição, em 2007, o evento comemora no Brasil a data dedicada aos especialistas que oferecem seus conhecimentos para a elaboração de normas técnicas mundo afora. O objetivo este ano é mostrar que produtos ou serviços que atendem às especificações ou aos requisitos de uma norma técnica tornam-se mais confiáveis,

boletim ABNT

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) acelera os preparativos do Exponorma – Congresso e Exposição, que acontecerá nos dias 18 a 20 de outubro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Na área de exposição, com estandes disponíveis a partir de 12 m2, estarão empresas e outras organizações que adotam normas técnicas em seus produtos e processos. Já confirmaram a participação como expositores: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati); British Standards Institution (BSI); Instituto Aço Brasil (IABr), Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo (Sinafer). O BSI, que estreia este ano no Exponorma, é um grupo com sede em Londres, na Inglaterra, e escri-


[ Institucional ]

Presença em eventos internacionais

A

Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) esteve presente, no mês de maio, em quatro eventos internacionais: • Assembleia Geral da Comissão

Pan-Americana de Normas Téc-

nicas (Copant), nos dias 12 e 13, em Santiago, Chile. • Reunião do Conselho Direti-

vo da Associação Mercosul de Normalização (AMN), nos dias 16 e 17, em Mendoza, Argentina.

• Simpósio Internacional de Me-

trologia, nos dias 18 a 20, em Havana, Cuba.

• 33ª Reunião do Comitê da ISO de Políticas do Consumidor (Copolco), nos dias 24 a 26, em Londres, Inglaterra

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A marca ABNT em evidência

C

om o objetivo de divulgar seus produtos e serviços, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem aproveitado todas as oportunidades para cumprir sua missão: disseminar a normalização técnica pelos mais diversos setores da sociedade. Além de apresentar as normas ao público, a entidade distribui em seus estandes boletins, gibis e folders sobre cursos, bem como oferece informações sobre os sistemas ABNTColeção e ABNTCatálogo. Nos meses de maio e junho, a ABNT esteve presente em duas grandes feiras:

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• 13ª Feira Internacional de

Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura – Feimafe, que aconteceu no período de 23 a 28 de maio, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. A feira mostrou máquinas, equipamentos e ferramentas da mais avançada tecnologia mundial e inovação, produzidos por expositores que representavam 1.341 marcas do Brasil e do exterior (Alemanha, Argentina, China, Espanha, Estados Unidos, Índia, Itália, França, Taiwan e Turquia).

Cerca de 300 pessoas visitaram o estande da ABNT. • 27ª Feira Internacional de Em-

balagens, Processos e Logística para as indústrias de Alimentos e Bebidas – Fispal Tecnologia, realizada no período de 07 a 10 de junho, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. A feira apresentou as principais novidades e tendências do mercado, proporcionando aos visitantes as mais diversas soluções para cada negócio. Cerca de 100 pessoas visitaram o estande da ABNT

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[ Dúvidas ] Qual é a norma da ABNT sobre cintas de amarração de carga em veículos? Tenho interesse em saber mais especificamente qual norma é voltada para cálculo de tensões para o conjunto de amarração. Stéfani Menezes - Columbus McKinnon do Brasil Ltda. – Cotia - SP

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A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 15883-1:2010 - Cintas têxteis para amarração de cargas — Segurança — Parte 1: Cálculo de tensões, que especifica o processo de avaliação para meios de amarração para carga e as combinações dos conjuntos de amarração, abrangendo as exigências técnicas para minimizar as situações de perigo passíveis de ocorrer durante o transporte de cargas. Visando à eliminação de quedas acidentais ou por falha de um conjunto de amarração que colocam em risco a segurança e a integridade física das pessoas (envolvidas no transporte ou não), esta parte da ABNT NBR 15883 especifica as exigências para os cálculos de tensões necessários para atender aos requisitos de segurança, durabilidade, capacidade e condições de uso. Esta parte da ABNT NBR 15883 foi elaborada para utilização por todas as pessoas envolvidas no transporte, considerando as características (adaptação) e condições do veículo, o tipo de carga a ser amarrada, o tipo de via de transporte (rodoviário, ferroviário ou marítimo) a ser utilizada e outros fatores importantes que influenciam na segurança. Ela também especifica os requisitos mínimos para o cálculo de tensões para conjunto de amarração, visando ao dimensionamento correto da amarração para o transporte seguro de cargas, seja rodoviário, ferroviário, fluvial ou marítimo, ou em combinações correspondentes. Trabalho para uma empresa francesa que venderá secadores de cabelo. Gostaria de saber qual norma traz a determinação do ruído emitido por este equipamento. Bruno Koenig – Altios do Brasil – São Paulo – SP

A ABNT responde: Temos duas normas sobre o assunto: - ABNT NBR 13910-2-2:1998 - Diretrizes de ensaios para a determinação de ruído acústico de aparelhos eletrodomésticos e similares - Parte 2: Requisitos particulares para secadores de cabelo, que se aplica a secadores de cabelo do tipo manual para uso doméstico ou similar, com e sem acessórios, tais como difusores e concentradores, com aquecimento ou não. Deve ser aplicada em conjunto com a ABNT NBR 13910-1:1997. - ABNT NBR 13910-1:1997 - Diretrizes de ensaios para a determinação de ruído acústico de aparelhos eletrodomésticos e similares - Parte 1: Requisitos gerais, que se refere a métodos de engenharia (grau 2 de acordo com a ISO 2204) para a determinação de níveis de potência sonora, expressos em decibéis (dB) com referência a uma potência sonora de 1 picowatt (1 pW), de ruído acústico de condução aérea dentro da faixa de frequências de interesse, incluindo as bandas de oitava entre 125 e 8 000 hertz (Hz), nas condições de operação prescritas do aparelhos a ser medido.

Gostaria de saber se existe alguma norma na ABNT referente à gestão de segurança para a cadeia logística. Thereza Cristina Bandoli – Senai – Itaperuna – RJ

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR ISO 28000:2009 - Especificação para sistemas de gestão de segurança para a cadeia logística, que especifica os requisitos para um sistema de gestão de segurança, incluindo aspectos fundamentais para a cadeia logística. A gestão de segurança está vinculada a muitos outros aspectos da administração do negócio, incluindo as atividades controladas ou influenciadas por organizações que impactam a segurança da cadeia logística. Esses aspectos devem ser considerados diretamente, onde e quando tiverem impacto sobre a gestão de segurança, inclusive no transporte de mercadorias ao longo da cadeia logística. A ABNT NBR ISO 28000:2009 pode ser aplicada por organizações de todos os portes, na fabricação, serviço, armazenamento ou transporte em qualquer fase da produção ou da cadeia logística que deseja: a) estabelecer, implementar, manter e melhorar o sistema de gestão de segurança; b) assegurar a conformidade com a política de gestão de segurança existente; c) demonstrar essa conformidade a outros; d) obter certificação/registro do seu sistema de gestão de segurança por um Organismo de Certificação de terceira parte acreditado; ou e) efetuar uma autoavaliação e autodeclaração de conformidade com esta Norma.


[ Notícias ]

Estímulo à certificação ambiental

ABNT prestigia homenagem a empresas que buscam a sustentabilidade.

O

Uma série de eventos mobiliza trabalhadores, sindicatos e empresários, em sete capitais.

A

Federação Única dos Petroleiros (FUP) está realizando em sete capitais o ciclo de seminários “Nova Norma Internacional de Responsabilidade Social e o Movimento Sindical”. O objetivo do evento é promover um amplo debate sobre possíveis impactos que a implementação da ABNT NBR ISO 26000:2010 – Diretrizes sobre responsabilidade social poderá trazer para os trabalhadores e suas organizações. Eduardo São Thiago, gerente de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e cossecretário do Grupo de Trabalho sobre Responsabilidade Social da ISO, participa da mesa “Processo de Elaboração da ISO 26000”, expondo as etapas de desenvolvimento da norma e a importância da sua publicação. Membros da delega-

ção brasileira na ISO também fazem apresentações. Já foram realizados dois seminários, em junho, em São Paulo e no Rio de Janeiro. A programação dos próximos eventos é a seguinte: • Salvador (BA) - 07/07/2011 -

Local: Hotel Deville Salvador

• Recife (PE) - 21/07/2011 - Local:

Dorisol Recife Grande Hotel

• Brasília (DF) - 02/08/2011 - Local:

Hotel Mercure Brasília Líder

• Vitória (ES) - 18/08/2011 - Local:

Pier Vitória Hotel

• Manaus (AM) - 13/09/2011 -

Local: Hotel Tropical Manaus

Para mais informações e inscrições, acesse: http://fupresponsabilidadesocial.mgiora.com.br/

Desenvolvimento humano Em setembro, Eduardo São Thiago participará de outro evento para divulgar a norma de Responsabilidade Social: a conferência “Desenvolvimento Humano RJ”, que acontecerá nos dias 13 a 15, no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro. O objetivo é fomentar a responsabilidade das empresas em um mercado superaquecido, com setores que impactam diretamente o meio ambiente, saúde das pessoas e geração de empregos. O evento está sendo organizado pela empresa Infinity Conferences & Exhibitions. Mais informações podem ser obtidas por e-mail: marketing@infinityce.com.br

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Setor de petróleo discute a ISO 26000

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bém a aplicação de normas como a OHSAS 18001, sobre segurança, higiene e saúde no trabalho; e a SA 8000, que orienta as empresas para práticas sociais; bem como a realização dos Inventários de Emissões e Projetos de Mecanismo de Noite de comemoração: 5.000 certificações no País Desenvolvimento Limpo (MDL). sentantes dos patrocinadores, de orO evento foi realizado na sede do ganismos de certificação, do Instituto Conselho Regional de Química e, além Nacional de Metrologia, Normalizade dirigentes das empresas homena- ção e Qualidade Industrial (Inmetro) geadas, reuniu autoridades, repre- e consultores, entre outros

boletim ABNT

diretor de Relações Externas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Carlos Santos Amorim Junior, esteve presente ao evento promovido pela Revista Meio Ambiente Industrial (RMAI), no dia 2 de junho, em São Paulo, para comemorar a marca de 5.000 certificações ambientais emitidas no País. Com essa iniciativa, a RMAI procura divulgar o desempenho das organizações que se destacam por suas ações voltadas para o desenvolvimento sustentável por meio da implantação do Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001). Na avaliação, é considerada tam-


[ Notícias ]

Nova Comissão de Estudo

Normas para aparelhos para melhoria da qualidade da água para uso doméstico estão no foco dos trabalhos.

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E

m reunião com a participação de representantes de 24 entidades, foi reativada, em maio, a Comissão de Estudo Especial de Aparelho para Melhoria da Qualidade da Água para Consumo Humano (ABNT/CEE-165). Seu objetivo é a revisão das ABNT NBR 14908:2004 - Aparelho para melhoria da qualidade da água de uso doméstico - Aparelho por pressão e ABNT NBR 15176:2004 - Aparelho para melhoria da qualidade da água de uso doméstico - Aparelho por gravidade. No dia 14 de junho ocorreu a primeira reunião de trabalho da Comissão. Os integrantes iniciaram o estudo dos Projetos de Revisão das duas normas e aprovaram o calendário de reuniões. A próxima reunião ficou marcada para o dia 18 de julho, das 9 às 13 horas, na ABNT (Rua Minas Gerais, 190, Higienópolis, São Paulo).

ABNT/CEE-165 retoma trabalho, com a revisão de duas normas

A Comissão tem o seguinte escopo: Normalização de aparelhos para melhoria da qualidade da água para consumo humano, compreendendo aparelhos para tratamento de água potável ou bruta (não residuária), para ponto de entrada e ponto de uso, projetados para se-

rem usados na redução de substâncias específicas que possam estar presentes na água de fornecimento público ou privado, de qualidade conhecida, destinados à melhoria de suas características, no que concerne aos requisitos, métodos de ensaio e terminologia

ABNT em workshop sobre Cloud Computing

Especialistas reunidos no evento foram convidados a participar das atividades de normalização.

A

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) participou, no dia 14 de junho, do Workshop Cloud Computing, organizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), que é ligada à Universidade de São Paulo (USP). O evento teve como principal objetivo estimular o debate sobre os seis principais aspectos desse modelo de computação:

Tendências em Cloud Computing; Segurança; Interoperabilidade e Padrões; Aspectos Econômicos da Nuvem; Privacidade; e Soberania de Dados. O painel “Interoperabilidade, Economia e PPPs” foi apresentado pelo professor Flávio da Silva, do Instituto de Matemática da USP, e como debatedores Nelson Al Assal Filho, gerente de Tecnologia da In-

formação da ABNT, e Corinto Meffe, representante do Ministério do Planejamento. O expositor fez uma explanação didática do que consiste o conceito de Cloud Computing e quais os seus ganhos, enquanto Nelson Al Assal ressaltou a importância do desenvolvimento de normas nacionais e internacionais para dar segurança e eficiência a esse novo modelo de hospedagem


[ Notícias ]

participantes do evento para que se integrem à Comissão de Estudo brasileira e conheçam o trabalho de normalização da ABNT. Professores renomados da área de tecnologia de importantes universidades brasileiras foram convidados para apresentar trabalhos científicos preparados especialmente para o workshop. O programa proposto teve a finalidade de atualizar o conhecimento, a percepção e a capacidade de um grupo de 40 gestores do setor público nos níveis federal, estadual e municipal para aplicações de Cloud Computing, que pode contribuir para a formulação de políticas sociais, econômicas e tecnológicas e para a implementação de programas estratégicos de governo e projetos

Responsável pela coordenação de uma rede de organismos nacionais de normalização de 160 países, a Secretaria Central da ISO, em Genebra, na Suíça, recebeu pela quarta vez a certificação ISO 9001 (sistema de gestão da qualidade) e o seu primeiro certificado ISO 14001 (sistema de gestão ambiental).

N

o dia 14 de abril, o Secretário-Geral da ISO, Rob Steele, e o vice-secretáriogeral, Kevin McKinley, apresentaram os certificados referentes à ISO 9001 e à ISO 14001, recebidos de Léandre Berclaz, auditorlíder do organismo de certificação (Swiss Association for Quality and Management Systems – SQS). Rob Steele comentou: “Certificação não é uma exigência da ISO 9001 ou da ISO 14001, mas com mais de um milhão de organizações ao redor do mundo certificadas por uma ou outra, ou ambas as normas, a Secretaria Central da ISO tem a obrigação de mostrar que pode ser certificada com sua pró-

pria certificação. Estou orgulhoso da maneira que os nossos funcionários têm respondido ao desafio”. Entretanto, Steele observou que “o mais importante não é o certificado na parede, mas sim o nosso comprometimento com a melhoria contínua para servir melhor nossos clientes e acionistas”. A Secretaria Central da ISO é o centro de um sistema que envolve cerca de 160 organismos nacionais de normalização e aproximadamente 3.300 especialistas, responsáveis por um acervo de 18.600 Normas Internacionais destinadas a governos, empresas e sociedade. Suas atividades incluem a coordenação do processo de elabo-

ração, publicação e distribuição de normas, além de uma gama de serviços, como treinamentos para os membros da ISO. Os dois certificados abrangem todo o escopo do trabalho da Secretaria Central. A primeira certificação de seu sistema de gestão da qualidade foi recebida em maio de 1996. Quanto ao sistema de gestão ambiental, sua implementação possibilitou a redução de impactos, sendo observado menor consumo de papel e energia. O objetivo principal é reduzir em 4% suas pegadas de carbono até 2014 Fonte: ISO website (21/04/2011)

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Secretaria Central da ISO recebe certificações

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arquitetura específica, possam funcionar em outro caso o cliente deseje. O gerente de Tecnologia da Informação da ABNT ainda apresentou as tendências de cada bloco geográfico com relação ao enfoque de normalização em Cloud Computing: os europeus focados em segurança da informação e privacidade; os americanos mobilizados na definição de padrões para aplicações; e os asiáticos preocupados com infraestrutura. Com exemplos práticos, ele mostrou como as normas ajudam na interoperabilidade não apenas de sistemas, mas também entre fornecedores, compradores e consumidores, garantindo a confiança e padrões necessários para a efetivação das transações. Ao final, Al Assal Filho reiterou o convite aos

boletim ABNT

e processamento de aplicações e informações. O representante da ABNT também falou sobre esforços da Comissão de Estudo de Serviços e Plataformas de Aplicações Distribuídas (CE 21:038.00), que é espelho do Subcomitê 38 do JTC1, o Comitê de Tecnologia da Informação da International Organization for Standardization (ISO), e do foco de normalização em temas como Níveis de Serviço (SLA), confidencialidade dos dados, segurança de informação, interface entre bancos de dados e compatibilidade entre plataformas de diferentes fornecedores e arquiteturas tecnológicas. Esses temas, segundo Al Assal Filho, são fundamentais para que aplicações que estejam funcionando em um determinado provedor, ou numa


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[ Consumidor ]

Uma boa noite de sono

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or nas costas e desconforto é o pior pesadelo para qualquer pessoa. Nada como um colchão de qualidade que proporcione uma noite de sono e o merecido descanso para enfrentar o dia seguinte. O mercado oferece colchões dos mais diversos tipos e preços. Há os macios, os mais duros, com molas, os produzidos com fibras de bambu, entre outros. Mas como saber qual é o mais indicado e ter a garantia de não comprar gato por lebre? Claro que o consumidor não precisa ter profundo conhecimento técnico para saber qual o melhor colchão, porém deve ficar atento às garantias oferecidas e às marcas dos fabricantes que são certificados porque adotam normas técnicas. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui quatro normas sobre colchões elaboradas no âmbito do Comitê Brasileiro de Mobiliário (ABNT/CB-15) e nas quais os fabricantes encontram requisitos para garantir a qualidade, além de ter um diferencial

perante seus concorrentes. São elas: - ABNT NBR 13579-1:2006 - Colchão e colchonete de espuma flexível de poliuretano - Parte 1: Bloco de espuma. Estabelece os requisitos e os métodos de ensaio para a espuma flexível de poliuretano que compõe os colchões e colchonetes. Esta norma está sendo revisada e deve ser publicada ainda este ano. - ABNT NBR 13579-2:2011 - Colchão e colchonete de espuma flexível de poliuretano e bases Parte 2: Revestimento. Estabelece os requisitos e os métodos de ensaio para os materiais têxteis utilizados como revestimento de colchões e colchonetes de espuma flexível de poliuretano e bases. - ABNT NBR 15413-1:2011 - Colchão de molas e bases - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio. Estabelece os requisitos e os métodos de ensaio para colchões de molas e bases. - ABNT NBR 15413-2:2011- Colchão de molas - Parte 2: Revesti-

mento. Estabelece os requisitos e os métodos de ensaio para os materiais utilizados como revestimento de colchões de molas e bases. No âmbito do Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar (ABNT/ CB-26) há uma outra norma, de uso mais restrito: - ABNT NBR IEC 60601-2-35:2006 - Equipamento eletromédico Parte 2-35: Prescrições particulares para segurança no uso médico de cobertores, almofadas e colchões destinados para aquecimento. O objetivo desta norma é estabelecer requisitos para os dispositivos de aquecimento que minimizem os riscos ao paciente e ao operador, além de ensaios para verificação de conformidade. Parasabermais, acessewww.abnt. org.br/catalogo ou entre em contato com os comitês técnicos. O analista responsável pelo ABNT/CB-15 é Guilherme Guelfi (gguelfi@abnt.org.br) e pelo ABNT/CB-26 é Denise Araújo (denise.araujo@abnt.org.br)


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[ Turismo e Normalização ]

A reunião do ISO/TC 228 na Itália Propostas relacionadas à hotelaria foram as que mais geraram polêmica.

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Comitê Técnico de Turismo da ISO (ISO/TC 228 – Tourism and related services) e cinco de seus Grupos de Trabalho (centros de informação turística, praias, áreas protegidas, turismo de aventura e meios de hospedagem ambientalmente amigáveis) reuniram-se no período de 16 a 20 de maio, em Viterbo, na Itália. A reunião plenária do ISO/TC 228 contou com a presença maciça de representantes europeus. A delegação brasileira foi composta por cinco membros, representantes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), Sextante Ltda. e Praia Secreta Treinamento Empresarial. O tema que gerou uma grande polêmica foi o da hotelaria. Os representantes das organizações empresariais europeias enfatizaram que o trade não concorda com a inclusão de normas para hotelaria, restaurantes e agências de viagem. A maioria das delegações da Europa, destacadamente Reino Unido, Itália, Alemanha e França, reiterou a mesma posição, tendo em vista que nos seus países não há con-

senso sobre o tema, ou porque as empresas do setor se opõem. Houve uma grande pressão e todas as propostas de novo item de trabalho relacionadas a hotéis foram retiradas. Espera-se que em um futuro próximo não sejam mais apresentadas propostas nestes campos, não obstante haver a notícia de que o Quênia pretendia apresentar algo relacionado com a sustentabilidade. Outro ponto bastante controverso foi a informação oficial de que o TMB havia rejeitado a solicitação relativa à inclusão da seção de sistemas de gestão em normas de serviços. Essa decisão afeta profundamente os projetos em desenvolvimento por vários WG (praias, centros de informação turística, áreas protegidas e Spas), que terão que ser todos revistos e ter seus conceitos revisitados. A próxima reunião plenária do ISO/TC 228 será realizada em Seul, Coreia do Sul, de 20 a 25 de maio de 2012.

Grupo de Trabalho de Turismo de Aventura A 2ª reunião do ISO/TC 228/WG7 (Adventure Tourism) foi concorri-

da, com mais de 20 participantes, a maior participação no TC até agora. Durante a reunião, foram discutidos todos os comentários recebidos relacionados aos três documentos de trabalho (gestão da segurança, competências mínimas para condutores e informações para clientes). Os três documentos progrediram bastante, sendo decidido que: • o documento de sistema de

gestão deverá incorporar a estrutura-padrão da ISO para as normas de sistemas de gestão;

• o conceito da norma de infor-

mações seria ampliado para incluir a etapa de realização do serviço e informações pertinentes após a realização do serviço, que não constavam na proposta original.

As reuniões dos Grupos de Trabalho de praias, centros de informação turística, áreas protegidas e turismo de aventura serão realizadas em conjunto no Rio de Janeiro, no período de 03 a 07 de outubro de 2011

Para seu conhecimento Esta seção é destinada à divulgação de processos e termos utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nesta edição destacamos o que é um Organismo de Avaliação da Conformidade. É um organismo que realiza os serviços de avaliação da conformidade, ou seja, demonstração de que os requisitos especificados relativos a um produto, processo, sistema, pessoa ou organismo são atendidos


[ Foco na MPE ]

Por boas práticas no comércio

H

Durante 15 dias, a equipe da New Windows utilizou a ABNT NBR 15842:2010 como base para definir etapas e processos a serem seguidos, relacionando os novos parâmetros a atividades que eram realizadas antes do conheci-

Manual renovado A facilidade de entendimento também é o primeiro aspecto da norma apontado por Carlos

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Ferramenta de gestão

mento da norma. Constatou-se ainda que os formulários anexados ao documento facilitam a comunicação com o cliente e a mensuração dos dados. “Além disso, dispomos de uma solução de ERP (Enterprise Resource Planning) que gera números de protocolos e disponibiliza a qualquer momento o posicionamento do atendimento ao cliente, sem custo adicional. Desta forma, estamos desenvolvendo um atendimento mais transparente e eficaz”, comemora Rocha, que prevê a aplicação integral da norma até o final de setembro. O sócio-administrador da New Windows manifesta a certeza dos benefícios da norma para toda a empresa, por estabelecer parâmetros não apenas para o tratamento de reclamações, mas também para a qualidade do produto e a segurança no trabalho. “De forma básica e compreensível, a norma regulamenta alguns processos de gestão, proporcionando a conservação de credibilidade e confiabilidade de um pequeno negócio”, ele ressalta.

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trazendo linguagem mais técnica e exigências de difícil atendimento. A New Windows adquiriu a ABNT NBR 15842:2010 em busca de parâmetros para o tratamento de reclamações, visto que um trabalho de consultoria focado neste quesito teria custos altos para uma microempresa. Segundo Rocha, a aquisição desta e de outras normas foi possível devido à parceria entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a ABNT. “Além de reduzir custos, o convênio possibilita a melhoria de produtos e serviços disponibilizados no mercado brasileiro”, ele destaca. A aplicação da norma faz parte de um esforço que vem sendo empreendido pela empresa nos últimos dois anos, com investimentos em novos equipamentos, soluções de gestão de negócios e adequação dos produtos às regras da construção civil. Rocha argumenta que as reclamações são comuns em qualquer empresa de manufatura ou comércio e, com a ABNT NBR 15842:2010, ele tem a expectativa de tratá-las sem que seja necessário elevar os custos operacionais.

boletim ABNT

á um ano a ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos gerais - está auxiliando empresas de vários pontos do País no atendimento aos clientes e na gestão de negócios. Publicada em 8 de junho do ano passado, a norma elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Serviço em Pequeno Comércio (ABNT/CEE-79) entrou em vigor no mês seguinte, com a proposta de contribuir para o desenvolvimento de uma área de negócios de alta relevância para a economia nacional, tanto pelo número de estabelecimentos, como pelos empregos gerados e seu impacto para as cidades. Em suas 13 páginas, a norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e serviços adicionais nos estabelecimentos comerciais, que permitam satisfazer as expectativas do cliente. O coordenador da ABNT/CEE-79, Elter Santos, comenta: “Embora as regras, na prática, possam ser seguidas por todos os tipos de estabelecimentos, elas foram pensadas mesmo para o pequeno comércio”. Foi justamente essa característica da norma que entusiasmou William Cruz da Rocha, sócioadministrador da New Windows, uma microempresa familiar que há dez anos funciona em Curitiba (PR) comercializando esquadrias. “O aspecto mais importante é a facilidade de compreensão da metodologia proposta, bem como o tratamento das reclamações, de maneira prática e com baixo custo para a empresa”, ele avalia, observando que outras normas que conhece são voltadas para estabelecimentos de médio e grande porte,


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[ Foco na MPE ]

Alberto Gordon, sócio-proprietário da Guine Boutique, que comercializa moda feminina clássica desde 1963. Ele pertence à segunda geração do grupo familiar, com duas lojas em shoppings, uma na capital paulista e outra em Ribeirão Preto. A empresa já tinha um manual de normas próprias, mas, como revela Gordon, vinha recebendo adendos, correções e atualizações. “Virou um Frankenstein”, ele comenta. Quando soube da existência da ABNT NBR 15842:2010, decidiu adquiri-la, principalmente por causa do custo. Era uma oportunidade para reorganizar o manual da empresa. Ao ler a norma, Gordon encontrou mais do que esperava. “Uma vez que sua linguagem e abordagem são claras e fáceis de entender, resolvi que os aspectos abordados na norma da ABNT substituiriam os que estão no nosso manual”, informa o empresário. Alguns requisitos fixados pela norma foram avaliados por Gordon como mais importantes para a operação de suas lojas. “Um deles é o 4.4, que trata do fluxo dos documentos gerados na compra e venda; o outro é o 4.5, que aborda o principal ativo da empresa: os produtos.”

Sete objetivos A ABNT NBR 15842:2008 foi desenvolvida com base em uma metodologia Servqual (instrumento de mensuração da qualidade de serviços percebida pelo cliente) e critérios de gestão da qualidade da ABNT NBR ISO 9001:2008. Com sua aplicação, deverão ser alcançados sete objetivos: • melhorar a qualidade dos servi-

ços prestados ao cliente;

"Os estabelecimentos comerciais têm claramente a definição de cada elemento da sua cadeia de valores" • melhorar a gestão nos estabele-

cimentos comerciais;

• melhorar a imagem dos estabe-

lecimentos comerciais perante seus clientes;

• melhorar as competências pro-

fissionais;

• profissionalizar a gestão dos es-

tabelecimentos comerciais, potencializando o desenvolvimento dos recursos humanos;

• proporcionar

aos clientes uma garantia de percepção da qualidade dos serviços oferecidos;

• diferenciar os estabelecimen-

tos comerciais que adotem esta norma, por meio da qualidade do serviço.

Uma série de procedimentos é recomendada para os seguintes requisitos do serviço: cortesia, credibilidade, capacidade de resposta, compreensão do cliente, confiança, comunicação, segurança e acesso. A norma oferece também requisitos dos elementos tangíveis, como instalações e mobiliário, e de pessoal, envolvendo imagem e competência profissional. De acordo com o coordenador da ABNT/CEE-79, Elter Santos, a vantagem da aplicação dessa norma é que os estabelecimentos comerciais têm claramente a definição de cada elemento da sua cadeia de valores, como fornecedores, clientes e atividade de venda, por exemplo. Basta seguir as orientações e colher os resultados. A norma tem preço de mercado de R$ 59,25, mas por meio do convênio entre a ABNT e o Sebrae as micro e pequenas empresas podem adquiri-la por 1/3 deste valor, mediante cadastro no site www.abnt. org.br/paginampe. Dependendo do segmento comercial, é possível também obter, gratuitamente, coleções de normas setoriais que auxiliam os estabelecimentos a conquistar competitividade e novos mercados


FENATRAN 2011. VOCÊ NÃO PODE FICAR DE FORA DE UM EVENTO COM TANTA CARGA DE INOVAÇ ÃO. Os maiores players nacionais e internacionais do segmento de transportes estarão na Fenatran 2011. É a sua oportunidade de fazer excelentes negócios, conhecer os produtos e serviços mais modernos e as perspectivas de um mercado que não para de crescer. Garanta já a sua credencial.

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[ Notícias da Normalização ]

Fique ligado! Participe! • Serviços de abastecimento de

água e de esgotamento sanitário - Instalada a Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE-166) para adotar as Normas ISO da série 24500 que tratam das atividades relacionadas aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário.

boletim ABNT

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julho | 2011

• Aparelho para melhoria da qua-

lidade da água para consumo humano - Reativada a Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE-165)

com o objetivo de revisar as ABNT NBR 14908 e ABNT NBR 15176, de modo a atualizar e aperfeiçoar os seus requisitos. • Análise sistemática - A ABNT

agradece a todas as pessoas que participaram da Análise Sistemática do 1º semestre de 2011. Os mais de 400 votos recebidos comprovam que a sociedade reconhece a importância da normalização e da manutenção do acervo para a difusão da tec-

nologia e das boas práticas que promovem o desenvolvimento econômico e social. Em breve a ABNT iniciará o processo de Análise Sistemática do 2º semestre de 2011, propondo a confirmação de Normas Brasileiras publicadas no período de 1998 a 2001 e que ainda não tiveram atualização. A sua participação é muito importante para que possamos manter o acervo de normas atualizado e servir cada vez melhor à sociedade brasileira

Normalização Internacional em movimento! Acompanhe a participação brasileira no mundo ISO! Venha fazer parte. n A

delegação brasileira que participou da última plenária do ISO/IEC JTC 1 SC 7 retornou com ótimas notícias: a versão da série 20000 (Serviços de TI) para micro e pequenas empresas será elaborada pelo “Study Group on feasibility of preparing guides and profiles based on ISO/IEC 20000 and targeted at Very Small Entities”, do qual o Brasil participará. • ISO TC 34 (Food Products) CAG

Meeting

A reunião do ISO/TC 34 Chair Advisory Group (CAG) aconteceu em Paris, França, nos dias 19 e 20 de maio, e contou com a participação de representantes dos países que compõem o grupo consultivo da Liderança do

Comitê (entre eles, Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos e França). Entre os principais destaques, tivemos a apresentação da Secretaria sobre o trabalho desenvolvido pela ABNT em relação ao Plano de Ação para implementar a participação dos países em desenvolvimento. • ISO TC 135/SC 9 (Acoustic

Emission Testing)

A 4° reunião do ISO/TC 135/SC 9 foi realizada no dia 11 de maio, em Porto de Galinhas, no Recife (PE), com a participação de diversos especialistas de países como Alemanha, Argentina, Brasil, Itália e Japão. Um dos principais destaques foi o reconhecimento do trabalhodo Brasil no Subcomitê, que contou com a participação do chair do ISO TC 135 – Non-destructive Testing, Hajime Hatano (Japão).

• ISO/PC

248 (Sustainability criteria for bioenergy) A 2° reunião do ISO PC 248 aconteceu nos dias 16 a 20 de maio, em Frankfurt, Alemanha, e contou com a participação de mais de 120 especialistas representando mais de 20 países. A delegação brasileira teve grande destaque e interferência, principalmente nos trabalhos do Working Group 3 (que trata dos aspectos sociais, econômicos e ambientais). A condução do trabalho deste grupo é parceria do Brasil com a Suécia. Verificou-se um aumento da participação dos países em desenvolvimento, assim como suas contribuições positivas nos trabalhos. O Brasil desempenhou papel relevante, quando não de liderança, entre tais países


[ Calendário ]

Reuniões das Comissões de Estudo CE-02:136.01

CE-18:600.15 CE-18:300.06 CE-18:600.07 CE-18:600.21 CE-21:007.25 CE-21:007.10 CE-21:007.24 CE-21:034.00 CE-21:038.00 CE-24:202.03 CE-26:080.01 CE-26:090.01 CE-26:130.01 CE-26:140.01 CE-26:020.01 CE-26:020.02

dia 19 26 dia 2 2 21 dia 19 dia 9 9 3 dia 25 dia 11 4 3 2 dia 8 dia 29 30 18 25 dia 5 5

julho | 2011

CE-17:100.03 CE-17:700.03 CE-17:800.02

dia 21 21 21 26 26 dia 5 4 10 4 10 3 10 9 9 10 11 11

33

CE-15:002.03 CE-15:007.03

dia 3

boletim ABNT

CE-05:103.05 CE-05:103.05/3 CE-05:105.01/2 CE-05:105.02/3 CE-05:108.01 CE-05:101.01 CE-05:102.01/1 CE-05:102.01/7 CE-05:102.02 CE-05:102.03 CE-05:103.02 CE-05:105.01/3 CE-05:105.02/3 CE-05:106.03 CE-05:106.05 CE-05:106.06 CE-05:106.07/1

ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil Agosto Desempenho de edificações ABNT/CB-05 - Comitê Brasileiro Automotivo Julho Sistema de freios Material de fricção Ensaios de impacto “Crash test” Cadeirinha de criança Trator agrícola Agosto Terminologia Filtros Geradores Emissões de veículos leves Emissões de veículos pesados Sistema de embreagem Película (insulfilm) Cadeirinha de criança Iluminação veicular Baterias automotivas Compatibilidade eletromagnética TMC - Traffic Message Channel ABNT/CB-15 - Comitê Brasileiro de Mobiliário Julho Móveis para dormitório Revestimento e acabamento ABNT/CB-17 - Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário Julho Solidez de cor em produtos têxteis Artigos confeccionados para vestuários incluindo roupas profissionais Tecidos industriais ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados Julho Produtos de fibrocimento Agosto Durabilidade do concreto Elementos de concreto para manutenção e monitoramento de sistemas de saneamento Paredes de concreto ABNT/CB-21 - Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados Julho Operações de tecnologia da informação Agosto Processos de software Engenharia de sofwares e sistemas - Perfis de ciclo de vida para micro-organizações Descrição de documentos e processos de linguagem Plataformas e serviços de aplicativos distribuídos ABNT/CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio Agosto Sistemas de detecção e alarme de incêndio ABNT/CB-26 - Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar Julho Contraceptivos mecânicos Esterilização de produtos para saúde Avaliação biológica de produtos para saúde Artigos não duráveis de puericultura Agosto Aspectos comuns para segurança de equipamento eletromédico Equipamento eletromédico


[ Calendário ]

boletim ABNT

34

julho | 2011

CE-26:060.01 CE-26:060.02 CE-26:070.01 CE-26:080.01 CE-26:090.01 CE-26:130.01 CE-26:140.01 CE-26:150.01

Equipamento respiratório e de anestesia 1e2 Gases para uso hospitalar, seus processos e suas instalações 8 Implantes ortopédicos 9 Contraceptivos mecânicos 30 Esterilização de produtos para saúde 25 Avaliação biológica de produtos para saúde 15 Artigos não duráveis de puericultura 22 Gestão da qualidade 4 ABNT/ONS-27 - Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica Julho dia CE-27:200.01 Pré-impressão eletrônica 18 CE-27:200.02 Gerenciamento de cores 18 CE-27:300.01 Processos em offset 28 CE-27:300.04 Processos em impressão digital 21 CE-27:300.07 Pós-impressão 26 CE-27:400.02 Tintas gráficas 20 CE-27:400.03 Colorimetria 20 CE-27:400.05 Livros didáticos 26 e 27 Agosto dia CE-27:300.03 Processos em rotogravura 4 CE-27:300.05 Processos em flexografia 11 CE-27:300.06 Controle de processo de reprodução gráfica 3 CE-27:400.07 Materiais de ensino e aprendizagem 11 CE-27:400.10 Paderonização de autoenvelopes 10 CE-27:500.01 Questões ambientais e segurança 2 CE-27:500.02 Higiene e ergonomia 2 ABNT/CB-41 - Comitê Brasileiro de Minérios de Ferro Agosto dia CE-41:000.01 Amostragem 12 CE-41:000.02 Análise química 8 ABNT/CB-43 - Comitê Brasileiro de Corrosão Agosto dia CE-43:000.01 Corrosão atmosférica 11 CE-43:000.02 Pintura industrial 10 CE-43:000.03 Proteção catódica 8 CE-43:000.05 Terminologia 11 ABNT/CB-50 - Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore para a Indústria do Petróleo e Gás Natural Agosto dia CE-50:000.05 Tubos de revestimento, produção e perfuração 9 CE-50:000.06 Sistemas e equipamentos de processo 11 CE-50:002.01 Amarras e acessórios 5 SC-50:001 Sistemas de transporte por dutos 9 ABNT/CB- 54 - Comitê Brasileiro de Turismo Julho dia CE-54:003.01 Turismo de aventura - Ocupações 20 CE-54:003.02 Turismo de aventura - Sistema de gestão da segurança 19 CE-54:003.03 Turismo de aventura - Informações preliminares a clientes 20 ABNT/ONS-58 Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos Julho dia CE-58:000.02 Radiografia 28 Agosto dia CE-58:000.01 Métodos superficiais 9 CE-58:000.03 Análise de vibrações 10 CE-58:000.14 Inspeção eletromagnética 17 ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial Julho dia ABNT/CEE-67 Tecnologias de Hidrogênio 28 ABNT/CEE-94 Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas 27 ABNT/CEE-109 Segurança e Saúde Ocupacional 20 ABNT/CEE-112 Serviços Financeiros 19 ABNT/CEE-116 Gestão e Economia de Energia 19 ABNT/CEE-129 Resíduos de Serviços de Saúde 25 ABNT/CEE-130 Gestão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 28 ABNT/CEE-135 Radiações Ionizantes 20


[ Calendário ]

ABNT/CEE-65 ABNT/CEE-72 ABNT/CEE-73 ABNT/CEE-80 ABNT/CEE-97 ABNT/CEE-100 ABNT/CEE-102 ABNT/CEE-105 ABNT/CEE-120 ABNT/CEE-125 ABNT/CEE-149 ABNT/CEE-159 ABNT/CEE-166

Agosto Recursos Hídricos Tabaco e Produtos de Tabaco Tubos e Acessórios de Polietileno Sistemas de Prevenção contra Explosão Gestão de Segurança para a Cadeia Logística Segurança dos Brinquedos Segurança de Artigos Escolares Copos Plásticos Descartáveis Termoformados Segurança de Playgrounds Matérias-Primas para Uso na Indústria de Borracha Redes de Proteção para Edificações Persianas Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

dia 3 9 11 1 10 12 1 1 3 9 2 10 3

Comissões de Estudo Criadas CE-26:120.02 CE-55:004.01 ABNT/CEE-162

35 julho | 2011

Feiras I Encontro Nacional de Tecnologia Metroferroviário

05 e 06 de julho de 2011 Local: Escola Politécnica Av. Luciano Gualberto, Travessa 3, 380 - Cidade Universitária - São Paulo - SP Para mais informações, www.revistaferroviaria.com.br/encontro

Rio Ambiente 2011

Centro Empresarial Firjan 06 a 08 de julho de 2011 Local: Centro Empresarial Firjan Av. Graça Aranha, 01 - Centro - Rio de Janeiro – RJ Para mais informações, www.rioambiente.com.br

Apoio Institucional Nova Norma Internacional de Responsabilidade Social e o Movimento Sindical Rio de Janeiro – 21/06 Salvador – 05/07 Recife – 21/07 http://fupresponsabilidadesocial.mgiora.com.br

Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse www.abnt.org.br/eventos

[ Novos Sócios ] 16/05/2011 a 15/06/2011 Nome / Razão Social DEVIDRO COMÉRCIO E SERVIÇO LTDA. VER TV COMUNICAÇÕES S.A. NOVA MOTORES E GERADORES ELÉTRICOS LTDA. JORGE SOARES DE ALMEIDA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA CERÂMICA – ANICER - MANTENEDOR

boletim ABNT

Classificação e terminologia de produtos de apoio para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida Terminologia (Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento) Comissão de Estudo Especial de Elaboração de Orçamentos de Obras e Serviços de Construção Civil

Categorias COL. CONTR.M.EMP. COL. CONTR.M.EMP. COLETIVO CONTR. - B INDIVIDUAL MANTENEDOR


Certificações RAZÃO SOCIAL: LISY SOLUÇÕES EM METALURGIA LTDA. (LISY SOLUÇÕES)

RAZÃO SOCIAL: OPINIÃO CONSULTORIA LTDA.

ESCOPO: GUARDRAIL - DEFENSAS METÁLICAS.

ESCOPO: PESQUISA DE MERCADO E OPINIÃO - PESQUISA DE MARKETING.

NORMA: ABNT NBR 6970:1999 e ABNT NBR 6971:1999

NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008

DATA DA CONCESSÃO: 20/04/2011

A missão da Opinião Consultoria é produzir informações relevantes por meio de pesquisas sociais, de opinião e de mercado, que auxiliem os clientes na gestão de seus negócios.

RAZÃO SOCIAL: ORGANIZAÇÃO CONTÁBIL FISCONTAL LTDA.

RAZÃO SOCIAL: LIMA CONTABILIDADE E AUDITORIA LTDA.

ESCOPO: CONSULTORIA E EXECUÇÃO DE SERVIÇOS CONTÁBEIS E ADMINISTRATIVOS. NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008

ESCOPO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS ÁREAS CONTÁBIL, FISCAL, DE DEPARTAMENTO PESSOAL E LEGALIZAÇÃO.

boletim ABNT

julho | 2011

A Opinião Consultoria investiu na implantação do Sistema de Gestão Integrada da Qualidade comprometido com processos eficientes, métodos de gestão de projetos, melhoria contínua e inovação. Este Sistema certifica o diferencial da empresa, que é a visão estratégica da informação alinhada com o processo decisório dos clientes.

36

A LISY SOLUÇÕES EM METALURGIA LTDA. iniciou no mercado de galvanização por imersão a quente em 1995. 16 anos depois, mais do que consolidada neste segmento, está diversificando suas atividades colocando no mercado seu novo produto – defensa metálica. A LISY DEFENSAS METÁLICAS já nasceu sendo a primeira empresa com certificação deste produto, por um dos maiores órgãos certificadores do país, a ABNT. www.lisy.com.br 11 4193.4725/7310.6150 - CERTIFICADO DE CONFORMIDADE Nº 241.001/11.

DATA DA CONCESSÃO: 14/04/2011

DATA DA CONCESSÃO: 29/03/2011 Para nós da Fiscontal a busca da qualidade é uma obsessão, e temos como inspiração o poeta inglês John Ruskin, que escreveu há quase 200 anos: “A qualidade nunca se obtêm por acaso; ela é sempre o resultado do esforço inteligente.” Endereço: RUA DR. OLAVO EGIDIO, 812 - SÃO PAULO - SP - BRASIL CEP: 02037-001 - SANTANA - CNPJ: 62.110.515/0001-00 - Telefone: (Fax) 11 2971-5500 - Contato: SARAH SEGETI (qualidade@ gruposegeti.com.br) Fone: 11 2971-5500 - Contato: ANDREIA SEVERINO (andreia.severino@fiscontal.com.br)

RAZÃO SOCIAL: RENOSUL RENOVADORA DE PNEUS LTDA. EPP ESCOPO: REFORMA DE PNEUS. NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 07/04/2005 A Renosul Pneus atua no segmento de reforma de pneus de carga e passageiros há mais de 18 anos, estando localizada em Guarulhos SP, com planta fabril de aproximadamente 2000 m2.

NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 14/04/2011 Lima Contabilidade e Auditoria há 65 anos presta serviços nas áreas contábil, fiscal, de departamento pessoal e legalização, promovendo, através de seu sistema de gestão da qualidade, a sua melhoria continua, com alto padrão de qualidade, objetivando satisfazer com eficácia as expectativas de seus clientes.

RAZÃO SOCIAL: G SECI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS CONTRA INCÊNDIO LTDA. ESCOPO: FABRICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE FECHADURAS, DOBRADIÇAS E BARRA ANTIPÂNICO PARA PORTA CORTA-FOGO. NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 26/06/2008 A G.SECI equipamentos contra incêndio faz parte do setor metalmecânico em Nova Friburgo. Atualmente produz e comercializa dobradiças e fechaduras para porta corta-fogo e está iniciando a produção de barras antipânico duplas e simples.


CURSOS Destaques de julho e agosto de 2011 - Requisitos para os processos de Sistemas de gestão de medição ição - ABNT NBR 10012:2004 med medição e equipamentos de 7 20/0 e 19 o: Paul São

iliário espaços e equipamentos Acessibilidade a edificações - mob urbanos - ABNT NBR 9050:2004 São Paulo: 20, 21 e 22/07 Brasília: 17, 18 e 19/08

o de uma organização Gestão para o sucesso sustentad - ABNT NBR ISO 9004:2010 São Paulo: 23/08

argas atmosféricas

Proteção de estruturas contra desc - ABNT NBR 5419:2005 Porto Alegre: 26 e 27/07 São Paulo: 22 e 23/08 Rio de Janeiro: 29 e 30/08

s para o trata-

o do cliente – Diretrize Gestão de qualidade - Satisfaçã mento de reclamações 10002:2005 nas organizações - ABNT NBR ISO 7 22/0 São Paulo:

ão Instalações elétricas de baixa tens e segurança - ABNT NBR 5410:2004 - Proteção Porto Alegre: 04, 05, 06 e 07/07 São Paulo: 08, 09, 10 e 11/08

ecedores

Avaliação e qualificação de forn São Paulo: 09/08

cios - Parte 1: Código de prática Gestão de continuidade de negó 9-2: e 2: Requisitos - ABNT NBR 1599 - ABNT NBR 15999:2007 - e Part 2008 Rio de Janeiro: 04 e 05/08

rizes - ABNT NBR ISO 31000:2009 Gestão de riscos - Princípios e diret São Paulo: 21 e 22/07 Brasília: 16 e 17/08 Requisitos com orientações para Sistemas da gestão ambiental 04 1:20 1400 ISO NBR - ABNT São Paulo: 18 e 19/07 Rio de Janeiro: 08 e 09/08

uso

de coberturas em áreas urbanas Água de chuva - Aproveitamento - ABNT NBR 15527:2007 s isito Requ veis para fins não potá Porto Alegre: 19/07 São Paulo: 17/08 s de sistemas

trizes para auditoria Auditoria interna ambiental - Dire 19011:2002 ISO NBR T de gestão ambiental - ABN São Paulo: 20 e 21/07 Rio de Janeiro: 10 e 11/08 1Manejo de águas pluviais - Parte Porto Alegre: 20/07 São Paulo: 29/08

Quantidade

2Manejo de águas pluviais - Parte Porto Alegre: 21/07 São Paulo: 30/08

Qualidade

risco a produtos para a Aplicação de gerenciamento de 09 - ABNT NBR ISO 14971:20 São Paulo: 06 e 07/07 São Paulo: 22 e 23/08

saúde

s

de gestão da qualidade - Requisito Produtos para saúde - Sistemas NBR ISO 13485:2004 para fins regulamentares - ABNT 7 19/0 e 18 São Paulo: ilidade a produtos para a saúde Aplicação da engenharia de usab T NBR IEC 60601-1:2011 - ABNT NBR IEC 62366:2010 e ABN 7 27/0 e 26 o: São Paul a e saúde no trabalho Sistemas de gestão de seguranç 18001:2007 – ABNT NBR 18801:2010 e OHSAS 7 27/0 e 26 iro: Rio de Jane São Paulo: 18 e 19/08 a da informação - Requisitos Sistemas de gestão de seguranç e ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 06 1:20 2700 IEC ISO/ - ABNT NBR ica - Código de prát São Paulo: 29 e 30/08 sistema de gestão da segurança Indicadores de desempenho do T NBR ISO/IEC 27004:2010 ABN na ado Base da informação São Paulo: 25/07 ma de gestão da segurança da Auditoria interna do SGSI - Siste 1:2006 2700 IEC ISO/ NBR T informação ABN São Paulo: 31/08 e 01/09

is industriais, comerciais e ambienta Análise de riscos em atividades s risco e os perig de ção tifica - Técnicas de iden São Paulo: 18 e 19/08

NBR 16001:2004 e Responsabilidade social - ABNT ABNT NBR ISO 26000:2010 São Paulo: 15 e 16/08 e -Diretrizes para a gestão da Sistemas de gestão de qualidad dade em empreendimentos - ABNT NBR ISO 10006:2006 São Paulo: 01 e 02/08

mação

quali-

T e -Diretrizes para aplicação da ABN Sistemas de gestão de qualidad ais acion ções educ NBR ISO 9001:2000 nas organiza - ABNT NBR 15419:2006 São Paulo: 10/08 Cálculo de incerteza de medição São Paulo: 14 e 15/07 São Paulo: 02 e 03/08 e de serviço para pequeno Atendimento ao cliente – Qualidad NBR 15842:2010 T ABN is gera s isito comércio - Requ São Paulo: 24/08

ologia da infor Governança corporativa de tecn 09 0:20 3850 IEC - ABNT NBR ISO/ São Paulo: 08/08

se na ABNT NBR Etiquetagem de têxteis com ênfa 8 São Paulo: 11 e 12/0

NM ISO 3758:2010

e documentação de produtos Transporte marítimo, rotulagem as Brasileiras e legislação Norm osos perig uos resíd e químicos s 7 15/0 São Paulo: 14 e de gestão da sustentabilidade Meios de hospedagem – Sistema 06 1:20 1540 NBR T ABN s isito – Requ Brasília: 19 e 20/07 Porto Alegre: 30 e 31/08

Veja a programação completa no site: www.abnt.org.br Informações e inscrições:(11) 2344 1721/ 1722 e cursos2@abnt.org.br



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