Boletim ABNT Jul 2012

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ISSN - 0103-6688

ABNT

Julho 2012 | volume 10 | nº 119

O carro do futuro é “verde” Híbrido, flex, elétrico, ou com célula a hidrogênio? A tecnologia traz novas opções para a indústria automobilística e as normas técnicas ajudam a consolidar esses avanços na direção de um veículo de preço acessível, que alie segurança, desempenho, design e conforto e, principalmente, não agrida o meio ambiente.



[ Editorial ] Desafio sobre rodas

E

statísticas internacionais apontam que já há mais de 1 bilhão de veículos em circulação no mundo. Esse número é preocupante, considerando-se que, em sua maioria, eles são movidos pela queima de combustíveis fósseis, que liberam na atmosfera gases como o dióxido de carbono, um dos principais responsáveis por produzir o efeito estufa. Além de enfrentar a acirrada competição característica do setor e driblar a crise econômica mundial, a indústria automobilística tem o desafio de produzir veículos com requisitos de segurança e de desempenho cada vez melhores, que sejam eco-amigáveis, disponibilizando-os no mercado a preços competitivos. Diante desse cenário, a Associação de Normas Técnicas (ABNT) tem procurado contribuir para a construção de soluções inovadoras para a indústria automobilística, em total sintonia com os principais organismos internacionais de normalização. Seu acervo reúne mais de 500 normas técnicas para o setor automotivo, que oferecem diretrizes sobre segurança, desempenho, qualidade, ergonomia e meio ambiente. A preservação ambiental, por sinal, tem sido contemplada nas estratégias do setor automotivo já há algum tempo. Muitas montadoras têm investido na produção de veículos que dependam de fontes de energia limpa. Por seu lado, a ABNT, junto da International Organization for Standardization (ISO) e da e International Electrotechnical Commission (IEC), está trabalhando na normalização de particularidades do carro elétrico, desde a construção de seu motor até as estações de combustíveis e tomadas para abastecimento, ou melhor, recarga de energia. O biocombustível e o hidrogênio também estão sendo celebrados como combustíveis eficientes na batalha em defesa do meio ambiente, e a ABNT vem se dedicando à normalização para ambas as fontes renováveis. Estamos em um momento da história em que as transformações acontecem a grande velocidade. Cabe aos organismos de normalização acompanhar essa evolução, estimulando o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e garantindo que elas possam beneficiar toda a sociedade. As normas técnicas ajudam o construir o carro do futuro.

Ricardo Fragoso Diretor-geral


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Julho 2012 | volume 10 | nº 119

CONSELHO DELIBERATIVO: Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (SINAEES), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: MÉTRON Acústica Engenharia e Arquitetura Ltda., / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Con-

selho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

CONSELHO FISCAL Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar CONSELHO TÉCNICO: Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

O carro do futuro é “verde” Híbrido, flex, elétrico, ou com célula a hidrogênio? A tecnologia traz novas opções para a indústria automobilística e as normas técnicas ajudam a consolidar esses avanços na direção de um veículo de preço acessível, que alie segurança, desempenho, design e conforto e, principalmente, não agrida o meio ambiente.

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[ Sumário ] 03 [ Capa ]

O carro do futuro é “verde”

10 [ Entrevista ]

Em busca da competitividade e inovação

14 [Artigo] Una norma para gestão de PD&I

15 [Institucional] Norma para auditoria de sistemas de gestão tem nova versão Para seu conhecimento Protegendo o consumidor Feiras e Eventos

20 [Dúvidas] 21 [ Turismo e Normalização ]

ISO/TC 228 obtém programas na Coréia do Sul

DIRETORIA EXECUTIVA: Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso (rfragoso@abnt.org.br) / Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior (csamorim@abnt.org.br) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone (eugenio@abnt.org.br)/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira (odilao.teixeira@abnt.org.br) ESCRITÓRIOS: Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 (atendimento.rj@abnt.org.br) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 (atendimento.sp@abnt.org.br) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 (atendimento.bh@abnt.org.br) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 (atendimento.df@abnt.org.br) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento.pr@ abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@ abnt.org.br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/ BA – Telefone: (71) 3329-4799 (atendimento.ba@abnt.org.br) EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT: Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares / Publicidade: imprensa@abnt.org.br / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa, Redação e Revisão: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Boletim ABNT: Julho 2012 – Volume 10 – Nº119 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação (rpdiagrama@ gmail.com) / Impressão: Type Brasil. PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:

22 [ Consumidor ]

Para imprimir com qualidade

23 [ Negócios ] Atenção ao passeio no solo e na água Educação ambiental Governança em TI Nova norma para berços de balanço ou movimento pendular

24 [ Normalização em Movimento ] Atualização do acesso de Normas: compromisso de todos os Organismos Nacionais de Normalização

26 [ Notícias da Certificação ] Tripler recebe Rótulo Ecológico ABNT Fórum Tecnológico no Crea - RJ

27 [ Notícias ] Investindo em sustentabilidade

28 [ Fique por Dentro ]

www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

32 [ Certificações ]


[ Capa ]

O carro do futuro é “verde”

O i-Miev, automóvel elétrico da Mitsubishi

Normas técnicas têm um papel fundamental para o setor automotivo, ao promoverem o uso de novas tecnologias para a segurança das pessoas e contribuirem para a produção de veículos eco-amigáveis.

O

s desafios da indústria automotiva são cada vez maiores diante da acirrada competição do setor, da conjuntura macroeconômica mundial e da necessidade de reduzir seu impacto ambiental. Por sua vez, o consumidor também está mais exigente e deseja adquirir um veículo por um preço acessível, que seja seguro, alie desempenho e eficiência ao design e conforto, possua aparatos tecnológicos e ainda ofereça soluções para a questão do meio ambiente. É possível reunir tantas exigências em um só produto? As montadoras têm provado que sim. O segredo é o investimento em pesquisa, inovação e tecnologia. Trabalhando em sinergia com a indústria automobilística e com organismos internacionais de normalização, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

www.abnt.org.br

tem procurado atender às demandas de fabricantes, fornecedores e autoridades governamentais. Dessa forma pode oferecer soluções ao consumidor e também responder ao grande desafio do século 21, contribuindo para a produção de veículos eco-amigáveis. A ABNT mantém em seu acervo mais de 550 normas técnicas para o setor automotivo, que beneficiam a indústria e a sociedade. Elaboradas pelo Comitê Brasileiro Automotivo (ABNT/CB-05), essas normas envolvem aspectos como segurança, ergonomia, desempenho, métodos de teste, terminologia, simbologia, meio ambiente e o uso de novas tecnologias. São exemplos as normas de: ensaios de frenagem e desempenho de sistemas de freios (ABNT NBR 10967:2010); requisitos de proteção ao ocupante com ensaios de impacto frontal (ABNT NBR 15300:2005,

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[ Capa ] “Estamos transitando para patamares mais altos de qualidade e de eficiência”

José Luiz Albertin, chefe de secretaria do Comitê Brasileiro Automotivo (ABNT/CB-05)

partes 1, 2 e 3); cintos de segurança (ABNT NBR 7337:2011); dispositivos de retenção para crianças (ABNT NBR 14400:2009); e medição do consumo de combustível (ABNT NBR 7024:2010), entre inúmeras outras. De acordo com o chefe de Secretaria do ABNT/CB05, José Luiz Albertin, os grandes desafios enfrentados pelo Comitê Brasileiro Automotivo estão associados ao momento por que passa o país e aos avanços da tecnologia. “Estamos transitando para patamares mais altos de qualidade e de eficiência. Há uma maior integração com as regras internacionais e isso demanda processos mais rápidos e robustos de fazer normas, com ênfase no planejamento e na rapidez de execução”, ressalta. Acompanhando a normalização internacional junto ao Comitê Técnico ISO/TC 22, Road Vehicles, do qual o ABNT/CB-05 atua como espelho, Albertin destaca que tem havido um importante debate sobre “segurança no uso”, tratando da relação entre as funções disponibilizadas e o usuário. O objetivo é inibir situações nas quais o que é um serviço ao condutor vire-se dramaticamente contra ele, sem que haja uma falha causadora. Entre as tecnologias em destaque no setor automotivo, Albertin aponta o emprego da segurança ativa, que age independente da ação do condutor. “Temos veículos comerciais operando no Brasil com dispositi-

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vos que avaliam continuamente a distância e a razão de aproximação do veículo à frente e param, independente do condutor, se as leituras indicarem falta de segurança”, explica o chefe de Secretaria do ABNT/ CB-05. De acordo com Albertin, alguns modelos importados possuem sensoriamento de presença para evitar acidentes com pedestres. “Assisti à apresentação técnica de uma estrutura em aço que se expande em caso de colisão. É para ser aplicada em colunas de porta e nas laterais de veículos. Algo que faz a função de estrutura variável em prol da segurança”, ele observa. O emprego de novas tecnologias no comando e na interação dos veículos é fundamental e também está na pauta dos normalizadores. “O volume de dados manuseados no veículo, tanto no seu funcionamento e controle pelo operador, quanto para atender à relação do veículo e passageiros com o meio externo, é enorme e crescente. Essas tecnologias devem ser normalizadas dentro do contexto automotivo”, anuncia Albertin.

Segurança e tecnologia A utilização de tecnologias de informação (TI) e de comunicação conhecidas como Sistemas Inteligentes de Transporte e Tráfego (ou ITS, do inglês, Intelligent Transport Systems) tem contribuído de forma relevante para a segurança do condutor e o desempenho do veículo. As normas técnicas também tratam desse aspecto, agregando recursos de TI ao setor automotivo e propondo soluções integradas. “O objetivo do ITS é promover a mobilidade do usuário mediante informações, em tempo real, que orientem seu deslocamento, origem-destino, com rapidez (menor tempo de percurso) e, sobretudo, com segurança”, informa o superintendente do Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-16), Hélio Antonio Moreira. Ele exemplifica a vantagem da utilização do ITS: “Imagine uma cidade equipada com: painéis de mensagens variáveis e informativos (baseados em LED) instalados nas vias urbanas; detectores individualizados de veículos equipados com leitura automática de placas; estações meteorológicas e detectores de lâmina d’água das vias urbanas”. Com todo esse aparato de ITS, de acordo com Moreira, o usuário da malha viária dessa cidade teria condições de obter as informações em seu computador (palm top, tablet, notebook) ou smartphone, sobre o tempo de percurso entre dois pontos; rotas a serem www.abnt.org.br


[ Capa ] “ Juntas, ISO e IEC estão elaborando normas para o carro elétrico” seguidas e o melhor caminho, sem encontrar congestionamentos ou alagamentos. Já os órgãos governamentais teriam informações sobre os veículos e seus proprietários. Muitas dessas tecnologias já estão funcionando. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) está começando a colocar em prática o Sistema de Identificação Automática de Veículos (Siniav). “De uma forma bastante resumida, podemos dizer que serão instalados chips nos veículos, para que possam ser identificados eletronicamente por antenas dispostas no sistema viário, que enviará as informações para centrais de processamento”, explica Moreira.

Hélio Antonio Moreira, superintendente do Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-16)

Duas cabeças pensam melhor A International Organization for Standardization (ISO) e a International Electrotechnical Commission (IEC) têm trabalhado de forma integrada para desenvolver as melhores soluções para o setor automotivo . Exemplo de como esta parceria vem sendo realizada é a elaboração de normas técnicas para o carro elétrico. Os dois organismos criaram um Grupo de Trabalho Conjunto (JWG IEC TC 69/ISO TC 22) e a IEC mantém um Conselho de Gestão Estratégica (SMB Strategic Group 6: Electrotechnology for Mobility), ambos, direcionados para lidar com os novos desafios impostos pela tecnologia do carro elétrico. “Esse Conselho busca justamente fornecer uma visão estratégica e dar assistência às necessidades de normalização sobre sistemas e produtos a serem utilizados para conexão entre o veículo elétrico e a infraes trutura de fonte de energia”, destaca o superintenwww.abnt.org.br

Norma técnica é essencial A importância das normas técnicas para a indústria automobilística é reconhecida na Mitsubishi Motors do Brasil. “No mundo inteiro, a indústria automobilística faz uso de normas e, no caso do Brasil, a ABNT vem acompanhando a evolução das normas internacionais, para adaptálas à realidade brasileira”, declara o diretor de Engenharia e Planejamento da empresa, Reinaldo Muratori. Com seu Sistema de Gestão da Qualidade certificado conforme a ABNT NBR ISO 9001, a montadora está se preparando para obter a certificação ambiental. “Já adotamos a ABNT NBR ISO 14001 como parâmetro em nossa produção e desenvolvimento de novas tecnologias”, destaca o diretor. Para lidar com a forte concorrência no setor, ele acredita que é necessário buscar constantemente a inovação e tecnologias atualizadas. “Os parâmetros são baseados em normas técnicas, que são essenciais para a evolução tecnológica”, argumenta. O diretor da Mitsubishi também observa que a ISO e a ABNT devem estar atentas aos recursos de informática relacionados à indústria automobilística, afinal, os carros são cada vez mais equipados com computadores e softwares. “Outro ponto que merece atenção é a normalização para veículos híbridos e elétricos. Normas para os motores a combustão, não são válidas, necessariamente, para motores elétricos”, comenta. Muratori garante que a indústria automobilística não vive sem normas: “Esta é a única maneira de padronizar testes, fazer comparações e certificar a qualidade dos veículos”

Reinaldo Muratori, diretor de Engenharia e Planejamento da Mitsubishi Motors do Brasil

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[ Capa ] “O carro elétrico não emite quaisquer gases nocivos ao ambiente e, por isso, é considerado 100% ecológico” dente do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB03), José Sebastião Viel. Antes mesmo da criação desses grupos, a IEC já iniciava a normalização para veículos que têm como fonte de energia a eletricidade, em seu Comitê Técnico Electric Road Vehicles and Electric Industrial Trucks (IEC/TC 69), cujo escopo é elaborar normas interna cionais para veículos rodoviários impulsionados (total ou parcialmente) eletricamente por fonte de alimentação autônoma, e para caminhões elétricos industriais. O ABNT/CB-03 criou a Comissão de Estudos de Veículos Elétricos (CE03:069.01), espelho da IEC. “Iniciamos os trabalhos para elaboração das Normas Brasileiras correspondentes às publicadas pelo IEC/TC 69”, informa Viel. Essa comissão também está atuando no desenvolvimento das normas de plugues, tomadas, conectores e entradas de veículo - carga condutiva de veículos elétricos (Partes 1 e 2), conforme documento

IEC 62196 já publicado pelo Subcomitê IEC SC 23H, Industrial plugs and socket-outlets.

O carro elétrico A sustentabilidade hoje está no foco de toda e qualquer empresa, independentemente de seu ramo de atuação. Para o setor automotivo, lidar com essa questão é ainda mais relevante. Por isso, as montadoras têm investido em tecnologias que ajudam a produzir veículos que causem menos impacto ao meio ambiente. E o carro elétrico tem sido a grande aposta do setor. “É um tipo de veículo que utiliza propulsão por meio de motores elétricos, faz uso de energia limpa e renovável. Não emite quaisquer gases nocivos ao ambiente e, por isso, é considerado 100% ecológico”, destaca Viel.

Mitsubishi: segurança e meio ambiente A Mitsubishi Motors do Brasil chegou ao país em 1991 e destaca-se por ser detentora de algumas das mais desenvolvidas tecnologias automotivas do mercado. “Nossas tecnologias visam sempre proporcionar aos clientes o máximo de performance, conforto e segurança em qualquer situação”, afirma o presidente da montadora, Robert Rittscher, exaltando ainda que a tecnologia 4x4, que acabou se tornando um DNA da marca, foi 12 vezes campeã do Rally Dakar, o mais difícil do mundo. Entre as novas tecnologias desenvolvidas pela empresa destaca-se o sistema RISE (Reinforced Impact

Robert Rittscher, presidente da Mitsubishi Motors do Brasil

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Safety Evolution). “Presente em toda linha Mitsubishi, esse sistema consiste em uma estrutura de carroceria monobloco com chassi integrado, que garante grande resistência a torções nas situações extremas”, revela Rittscher. Ele explica que em caso de colisões este sistema direciona a força do impacto para longe dos passageiros, deformando apenas as extremidades. No quesito sustentabilidade, a Mitsubishi também está um passo a frente, sendo uma das empresas que mais investiu em carros elétricos e híbridos no mundo. “Com o modelo Mitsubishi i-Miev, fomos a primeira montadora a produzir e comercializar um modelo elétrico em larga escala. Ainda pensando na sustentabilidade, somos autossuficientes na obtenção, utilização e tratamento da água de nossa fábrica em Catalão (GO)”, destaca o presidente. Quanto ao carro do futuro, ele acredita que será menor, mais econômico e mais tecnológico, características que estabelecerão novos padrões de qualidade para o mundo automotivo. “A ciência busca hoje alternativas para cuidar mais do meio ambiente, sendo que todo desenvolvimento visa à sustentabilidade. Por esse motivo, o carro do futuro precisará ser o mais ´verde` possível. As normas técnicas têm papel fundamental nesse processo, definindo essas novas diretrizes”, conclui Rittscher www.abnt.org.br


[ Capa ] “A bioenergia pode substituir parcial ou totalmente os combustíveis derivados de fontes fósseis”

O superintendente do ABNT/CB-03 explica que os veículos elétricos fazem uso de bancos de baterias como fonte primária de energia. Armazenada nas baterias em forma química, essa energia é convertida em elétrica, que por sua vez é transportada até os motores que farão sua conversão em energia mecânica, proporcionando que o veículo se movimente. Montadoras também estão desenvolvendo modelos elétrico-híbridos, que são uma combinação de tecnologias de motor elétrico e a combustão. Além do forte apelo ambiental, os veículos elétricos tem outro importante atributo. “Como vantagem ainda é possível elencar a diminuição da poluição sonora, já que não emitem praticamente ruído, sendo extremamente silenciosos quando comparados aos convencionais com motor à combustão”, destaca Viel. Contudo, o fator preço é uma forte desvantagem, pois atualmente o carro elétrico tem um valor muito elevado, quando comparado com o equivalente a combustão.

Crédito Cortesia UNICA - Foto Niels Andreas

José Sebastião Viel, superintendente do ABNT/CB-03

Bioenergia (ABNT/CEE-128), Luiz Fernando do Amaral. Ele também é gerente de Sustentabilidade da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). O objetivo da ABNT/CEE-128 é coordenar a atuação do Brasil junto ao Comitê Técnico ISO/TC 248, Sustainability Criteria for Bioenergy. “Existem na ISO inúmeras normas técnicas consolidadas para a qualidade de biocombustíveis, mas não para sustentabilidade aplicada à produção, ao consumo e à distribuição”, comenta Amaral. A bioenergia (luz do sol transformada em energia através da fotossíntese das plantas e pelo metabolismo dos animais) usada como combustível traz importantes contribuições ao meio ambiente. O consultor de Emissões e Tecnologia da Unica, Alfred Szwarc, enumera as principais: é renovável; sua produção pode ser descentralizada (em diversos locais), possibilitando o seu uso em escala regional; menor emissão de poluentes como partículas, óxidos de enxofre e monóxido de carbono; menor emissão de gases de efeito estufa, particularmente o gás carbônico. “A bioenergia pode substituir parcial ou totalmente os combustíveis derivados de fontes fósseis, que são finitas, estendendo a vida das reservas de petróleo e de carvão mineral”, justifica Szwarc.

Diferentes disponibilidades de energia Se o carro elétrico ainda é um tipo de tecnologia cara e distante do bolso da maioria da população, os veículos movidos a etanol, os modelos flex (fazem uso de etanol e de gasolina) e com baterias mais eficientes, já conquistaram seu espaço. O Brasil é um dos líderes mundiais na produção de biocombustíveis líquidos (como etanol e biodiesel), assim como de outras formas de bioenergia (como carvão vegetal renovável). “Somente a cana-de-açúcar e o carvão vegetal representam 28% de toda a energia do país”, destaca o coordenador da Comissão de Estudo Especial de Critérios de Sustentabilidade em www.abnt.org.br

Alfred Szwarc, consultor de Emissões e Tecnologia da Unica

O futuro do hidrogênio O hidrogênio é o terceiro elemento mais abundante da Terra, segundo o National Renewable Energy Laboratory (NREL), dos Estados Unidos. Sua transformação em fonte de energia é uma alternativa eficaz ao uso dos combustíveis fósseis, para a redução dos impactos ambientais. De acordo com o coordenador da Comissão de Estudo Especial de Tecnologias de Hidrogênio

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[ Capa ] “Do carro no futuro espera-se uma integração total com nosso modo de viver”

(ABNT/CEE-67), Gerhard Ett, outra propriedade importante do hidrogênio é que ele possui uma densidade energética três vezes superior à gasolina e cinco vezes superior ao etanol. “O hidrogênio gera energia sem emissão de poluentes, cheiro e barulho. A autonomia hoje é próxima dos veículos de passeio, ao contrário das baterias dos veículos 100% elétricos que ficam entre 80 a 150 Km”, explica o coordenador da ABNT/CEE-67.

Segundo Ett, já há centenas de veículos no mundo utilizando célula a combustível (geradores eletroquímicos de energia, em que se converte a energia química das moléculas de hidrogênio em eletricidade). Algumas montadoras prometem lançar um novo modelo de veículo a célula a combustível, em 2015. “De acordo com projeções internacionais, o custo será inferior ao motor a combustão, pois, assim como os veículos elétricos, necessitam de muito menos acessórios e componentes para funcionar”, destaca Ett.

Multitarefa e ecológico

Prius, o hídrido da Toyota que está chegando ao mercado brasileiro

Além da competição própria do setor, os fabricantes de automóveis ainda precisam lidar com a crise econômica mundial. Diante dessa realidade, vai se destacar quem desenvolver e implementar soluções ao consumidor que agreguem melhor preço, segurança, conforto, desempenho, novas tecnologias e sustentabilidade. Certamente este será o carro do futuro. “Do carro no futuro espera-se uma integração total com nosso modo de viver. Não estará mais na garagem, terá funções integradas à nossa casa. Será um habitáculo que nos possibilite continuar as atividades

Nissan: inovação japonesa para todos A Nissan do Brasil tem apresentado constante evolução no mercado nacional, nos últimos anos. Em 2010 o crescimento foi de 54,6%. No ano passado, atingiu 88%. “Estamos oferecendo veículos com inovação japonesa para todos, com preços altamente competitivos”, afirma o diretor de Marketing, Carlos Murilo Moreno. Entre as metas da empresa está o lançamento de dez produtos com novas tecnologias e sustentabilidade, até 2016. Já houve muitos avanços. Moreno destaca que todos os veículos da marca possuem airbag de série e, de acordo com o modelo, estão disponíveis tecnologias como chave inteligente, câmara de auxílio à ré, motores com baixo consumo de combustível e baixa emissão de poluentes. A empresa também se destaca quando o assunto é sustentabilidade, sendo uma das pioneiras na produção de veículos que minimizam impactos ambientais. “O modelo Nissan LEAF é um marco para a história da indústria automotiva, por ter sido projetado como um carro elétrico que seria produzido e vendido em larga escala”, revela. Algumas unidades foram trazidas ao Brasil para test drive no Nissan Inova Show, evento de relacionamento com o consumidor

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que percorrerá mais de 30 cidades, de norte a sul do país. “A visão da Nissan para o carro do futuro é oferecer um automóvel que atenda às necessidades dos clientes mais exigentes, mas sem prejudicar o meio ambiente. Ou seja, oferecer modelos sustentáveis do ponto de vista ambiental e econômico”, conclui o diretor Carlos Murilo Moreno

Carlos Murilo Moreno, diretor de Marketing da Nissan do Brasil

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[ Capa ] “As normas técnicas são instrumento essencial para o desenvolvimento tecnológico e industrial”

Gerhard Ett, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Tecnologias de Hidrogênio (ABNT/CEE-67)

necessárias ao nosso dia a dia”, enfatiza o chefe de Secretaria do ABNT/CB-05, José Luiz Albertin. Ele complementa: “Usar um carro deixará de ser um período

de tempo entre dois pontos. Será uma extensão das funções que teremos em nossas casas e escritórios”. De forte tendência multitarefa, o carro do futuro será também ecológico. “Compartilho a opinião com dezenas de especialistas de vários segmentos de mercado, o futuro será o hidrogênio. O que se discute é quanto do mercado e quando, daqui a cinco, dez ou quinze anos”, argumenta o coordenador ABNT/CEE67, Gerhard Ett. O consultor de Emissões e Tecnologia da Unica, Alfred Szwarc, acredita que as tecnologias que estão sendo desenvolvidas para os carros do futuro possibilitarão o uso cada vez mais eficiente da bioenergia, e a normalização tem contribuição fundamental nesse processo. Ele assegura: “As normas técnicas são instrumento essencial para o desenvolvimento tecnológico e industrial e continuarão a ser no futuro, independentemente da matriz energética.”

Toyota: novidades ainda em 2012 Ainda neste segundo semestre de 2012, a Toyota do Brasil deverá inaugurar sua fábrica em Sorocaba (SP). Chamada de Ecofactory, a nova unidade foi projetada para atender aos requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental (ABNT NBR ISO 14001:2004). A certificação deve ocorrer no início de 2013. Outra novidade da montadora anunciada para o segundo semestre é a comercialização do modelo híbrido Prius. “Com esse plano, a Toyota do Brasil espera incrementar sua presença no mercado brasileiro e, desta forma, contribuir com os planos da Toyota Motor Corporation, que tem previsão de vendas mundiais recorde para 2012, de 8,48 milhões de unidades”, revela o gerente-geral da Toyota Mercosul, Ricardo Bastos. Lançado em 1997, o Prius foi o primeiro veículo equipado com motores a gasolina e elétrico, utilizando a tecnologia Toyota Hybrid Synergy Drive, a ser produzido em escala comercial. Atualmente, 15 unidades estão circulando pelas ruas do país, para tornar o modelo importado conhecido no mercado. O Prius é equipado com um motor a combustão (à gasolina) e outro elétrico. Essa inovação permite que o condutor utilize quatro modos de condução (normal, veículo elétrico, economy e power) para otimizar a dirigibilidade e o consumo de combustível. Com grande aceitação mundial, o Prius tornou-se um modelo entre os veículos com tecnologia sustentável. “Suas vendas, ao longo desses 14 anos, já ultrapassaram a marca de 2,3 milhões de unidades em todo o mundo, sendo www.abnt.org.br

mais de 1 milhão apenas nos Estados Unidos”, comenta Bastos. No quesito segurança, o gerente-geral salienta que o Prius obteve a classificação máxima nas provas da European New Car Assessment Programme (EuroNCAP) , devido à sua alta capacidade de absorção de impactos e proteção aos passageiros em acidentes. Também conta a favor do Prius sua total integração com o meio ambiente. Segundo Bastos, o veículo tem 85% de material reciclável, incluindo os componentes da bateria de alta voltagem, que podem ser reutilizados. A tecnologia Hybrid Synergy Drive produz aproximadamente 44% menos dióxido de carbono (CO2) em comparação com um veículo convencional da mesma cilindrada. “A Toyota busca sempre investir em tecnologia e serviços ao consumidor. Dessa forma, a empresa acredita em crescimento do mercado e de competição saudável, onde esses itens aparecem como diferenciais”, finaliza Bastos.

Ricardo Bastos, gerente-geral da Toyota Mercosul

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[ Entrevista ]

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Cledorvino Belini, presidente da Anfavea

Em busca de competitividade e inovação O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, projeta a consolidação da indústria automobilística brasileira em nível mundial. Sua fórmula consiste em investimento privado e políticas governamentais para o setor e inclui o uso de normas técnicas que estimulem a inovação. 10 Boletim ABNT

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ledorvino Belini é referência mundial no setor automotivo. Como presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (Sinfavea), ele vem colocando toda a sua experiência a serviço da consolidação da indústria automobilística brasileira. Acompanhando a carreira de Belini é fácil compreender por que ele foi escolhido para assumir tamanha responsabilidade. Com mais de quatro décadas de trabalho no Grupo Fiat, ele desenvolveu e implementou estratégias de gestão e de negócios que levaram o conglomerado a se tornar um dos líderes de mercado. As ações de sucesso renderamlhe o reconhecimento profissional. Após ocupar diferentes posições no Grupo, Belini conquistou o reconhecimento máximo: é presidente da Fiat do Brasil, do Grupo Fiat para a América Latina e integra o Conselho Executivo do Fiat Group (GEC), a mais elevada instância executiva do conglomerado. “A maior parte da minha carreira de executivo foi construída no Grupo Fiat, e para mim é motivo de orgulho ter dado minha parcela para o crescimento e fortalecimento da empresa no país, que abriga a indústria e o mercado mais importantes para a Fiat, depois da matriz”, ele afirma. Na gestão da Anfavea, Belini tem atuado para tornar a indústria automobilística brasileira mais competitiva. A fórmula para o sucesso, ele já tem: “Investimento privado e políticas governamentais que prestigiem a produção no país, e também estimulem a adoção de novos patamares tecnológicos e de permanente inovação”. Nesta entrevista ao Boletim ABNT, Cledorvino Belini fala sobre os grandes desafios enfrentados pelo setor automotivo www.abnt.org.br


[ Entrevista ] brasileiro, de como a Anfavea se articula para fortalecer e impulsionar o mercado e ainda sobre sustentabilidade e a importância das normas técnicas para a indústria de automóveis. Quais são as suas principais metas na presidência da Anfavea? A atual diretoria, da qual sou presidente, foi eleita para a gestão de abril de 2010 a abril de 2013. Além de dar continuidade ao trabalho daqueles que nos antecederam, temos como bandeira a elevação da competitividade da indústria automobilística brasileira, o que se faz com investimento privado e políticas governamentais que prestigiem a produção no país e também estimulem a adoção de novos patamares tecnológicos e de permanente inovação. O objetivo, em ambiente global altamente competitivo, é consolidar nossa indústria entre as principais, em nível mundial. Quais são os grandes desafios enfrentados do setor automotivo nacional atualmente? Numa só palavra, é competitividade. Produzir no Brasil tem uma série de singularidades. Vivemos em plena democracia, com livre trânsito da iniciativa privada, e esse valor é excelente, porque demonstra aos investidores que é seguro investir no país. Mas precisamos mais: temos problemas de infraestrutura, custo de capital para produção, custos financeiros, logística, custos tributários elevados. Ou seja, todos esses itens e muitos outros, que podemos denominar de dificuldades de se produzir no Brasil, afetam a possibilidade de concorrer em igualdade de condições com as demais indústrias de países emergentes. Essas dificul dades são entraves à nossa indústria que, apesar disso, continua investindo e ampliando a capacidade de produção no Brasil, em razão www.abnt.org.br

razão do potencial de mercado automotivo brasileiro de médio e longo prazos.

“Temos como bandeira a elevação da competitividade da indústria automobilística brasileira, o que se faz com investimento privado e políticas governamentais” De que forma Anfavea se articula para impulsionar o setor automotivo? Nossa atuação se dá em dois níveis: um é estritamente técnico, procurando colaborar com as autoridades na construção de normas técnicas, para que sejam eficientes e eficazes, e que tenham prazos razoáveis para implantação. Por exemplo, a obrigatoriedade do freio com sistema ABS e o airbag vem sendo implantada conforme cronograma, de modo a permitir que a indústria possa introduzir tais equipamentos em todas as suas linhas de produtos, paulatinamente, o que é bom para o consumidor, para a indústria e para o país. Em outro nível, interagimos em caráter institucional, procurando levar às autoridades as dificuldades que enfrentamos em termos setoriais e macroeconômicos. Falamos, ouvimos e procuramos em conjunto as melhores soluções para todos: sociedade, indústria, governo, trabalhadores, consumidores. Como exemplos, temos o novo regime automotivo para o período 2013-2017 [conforme Decreto nº 7.716/2012], que valorizará a produção no país, e as recentes medidas adotadas visando neutralizar este momento desfavorável de mercado e de produção.

Como o setor automotivo brasileiro tem enfrentado a concorrência dos importados? As importações de veículos evoluíram de 90 mil unidades em 2005 para cerca de 900 mil veículos em 2011. Ou seja, a participação dos importados no mercado brasileiro passou de 5% para 24% no período. Esse crescimento aconteceu fundamentalmente pela perda de competitividade do produto fabricado no país, devido aos custos internos de produção maiores (até 60% superior aos do exterior) e também devido à questão cambial estimulando a importação. Agora, com o novo regime automotivo, teremos as bases para melhorar as condições de produção nacional, porém devem ser atacadas ineficiências estruturais brasileiras que repercutem nos custos das empresas dentro e fora dos portões das fábricas. A expectativa é de que, dentro do Plano Brasil Maior, tenhamos políticas estruturais de competitividade para a indústria brasileira. Desde o início do ano, o setor automotivo brasileiro vinha registrando queda das vendas e alta dos estoques. Agora, com a política de reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciadas pelo Ministério da Fazenda, quais são as expectativas? Com as medidas adotadas, a expectativa é de que possamos encerrar 2012 com crescimento de mercado interno, em nível de PIB, e também crescimento da produção, embora em menor nível. As nossas previsões iniciais são de um mercado total da ordem de 3,77 milhões de unidades (entre nacionais e importados) e produção de 3,5 milhões de veículos este ano. As novas medidas já estão agindo sobre o mercado e esperamos que o ritmo de vendas possa ser retomado com normalidade.

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[ Entrevista ] Como é atuar por mais de 40 anos no Grupo Fiat? Ao longo desses anos, quais das estratégias que o senhor colocou em prática foram fundamentais para impulsionar a empresa a ser uma das líderes de mercado? Para uma empresa avançar são necessários desafios permanentes e equipes motivadas, que pensem por si e procurem as soluções mais adequadas dentro de um contexto de políticas e objetivos. Creio que a receita, para dizê-la em poucas palavras, é essa. Como o setor automotivo vem lidando com as questões da sustentabilidade e redução dos impactos ambientais? Acabamos de realizar um seminário denominado “Veículos e Sustentabilidade” para debater o status da indústria automobilística em em termos de processos industriais e produtos diante da sustentabilidade. Constatamos que a indústria automobilística brasileira vem avançando muito nas melhores práticas de processos industriais e também no que diz respeito a produtos. Os indicadores são precisos sobre a redução de uso de insumos essenciais como água e energia, com aumento da reciclabilidade e reaproveitamento, decorrendo daí a diminuição de material encaminhado a aterros e assim por diante. Em matéria de emissões e ruídos dos produtos, estamos em linha internacional. Como exemplo, basta citar que um veículo leve atualmente fabricado no país emite 28 vezes menos poluentes que um veículo fabricado no final dos anos 1980. E vale a pena tam-

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bém lembrar nossa colaboração no desenvolvimento do carro movido exclusivamente a etanol, e mais recentemente o flex, que pode rodar com qualquer mistura de etanolgasolina, sendo o etanol relevante como cadeia econômica e também como parceiro eficiente no combate ao dióxido de carbono(CO2). A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem em seu acervo centenas de normas para o setor automotivo, que tratam de segurança, tecnologia, desempenho, meio ambiente, entre outras. Como o senhor avalia a importância das normas técnicas para a indústria automobilística? Normas técnicas são essenciais para marcar o desenvolvimento. Elas dão o norte, deixam claro, objetivamente, qual o caminho a seguir. O tema fica transparente, e ajuda a combater a concorrência nociva, daqueles que não seguem as normas. Tem ainda a virtude de facilitar a vida do consumidor na operação e manutenção de seu veículo.

“O carro do futuro já está nas ruas e sua dinâmica tecnológica é constante” Como as empresas são estimuladas a aplicar normas técnicas? A normalização é chave na indústria automobilística, de modo que

cada agente econômico procura cercar-se, a si e aos fornecedores, de todas as normas técnicas que julga indispensáveis e necessárias à atividade, além de certamente cumprir as compulsórias. A esse propósito, a Anfavea, o Sindipeças e outras entidades criaram, em 1996, o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), entidade sem fins lucrativos, acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), com o objetivo exclusivo de promover certificações de produtos, serviços e sistemas do setor automotivo. Qual é a relação entre normas técnicas, inovação e tecnologia para o setor automotivo? As relações são dialéticas. O desenvolvimento e a inovação terminam por se constituir em normas. As normas, por seu turno, exigem novos desenvolvimentos e inovações. Como será o carro do futuro? Quais são as tendências? O carro do futuro já está nas ruas e sua dinâmica tecnológica é constante. Suas tendências ficam claras, se levarmos em conta as necessidades de mobilidade e fluidez do trânsito e outras preocupações da sociedade. São carros menores, de alta economicidade e diversidade de combustíveis, com emissões reduzidas, cercado por engenhos de segurança veicular e com alto conteúdo de eletrônica e de conectividade. Esse, a nosso ver, é o veículo do futuro, que a engenharia dos fabricantes desenvolve continuamente

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[ Artigo ]

Uma norma para gestão da PD&I * Por Júlio C. Felix

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esde 3 de dezembro de 2011 está em vigor a norma ABNT NBR 16501:2011, que trata de Diretrizes para Sistemas de Gestão da Pesquisa, do Desenvolvimento e da Inovação (PD&I). Essa Norma traz orientações para desenvolvimento e implementação de sistemas de gestão da PD&I e potencialmente é aplicável a qualquer organização, independentemente de seu porte, tipo e atividade. Cabe destacar que é uma grande oportunidade para as micro e pequenas empresas, em especial as de base tecnológica, organizarem suas rotinas e criar diferencial competitivo. A Norma é fundamental para a sociedade brasileira atual, pois pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) são fatores críticos determinantes para o crescimento econômico. Esse trinômio é a chave para a sustentabilidade empresarial e é o critério que permite distinguir as empresas em relação ao seu grau de maturidade na gestão desses elementos e na capacidade de utilizá-los com o fator central para competir na “sociedade do conhecimento”. Embora sempre se trate de uma tarefa árdua e que envolve a coordenação do conhecimento e das vontades de inúmeros agentes, a elaboração das normas brasileiras pode

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apropriar-se de experiências internacionais com o mesmo objetivo. A experiência espanhola de normalizar as atividades de PD&I é a base para a elaboração e adequação dessas normas no Brasil. O esquemas de processo da PD&I proposto para a Norma de diretrizes para sistemas de gestão da PD&I está baseado em modelos consagrados como o de “enlace de cadeia” de Kline, que representa a complexidade e a incerteza que envolvem um processo de PD&I, e a relação entre a inovação e as atividades de pesquisa e desenvolvimento. As atividades de PD&I são difíceis de medir e necessitam de uma coordenação constante entre os conhecimentos técnicos requeridos e a necessidade de mercado, para resolver simultaneamente as obrigações econômicas, tecnológicas e outros tipos que requer o processo de PD&I. Especificamente sobre a Norma sobre Diretrizes de Sistemas de Gestão da PD&I, pode-se fazer os seguintes destaques. Ela trata da sistematização das atividades de PD&I e o aproveitamento do “saber fazer” interno da organização; estabelece os objetivos e metas que auxiliem a controlar os recursos associados a estas atividades; permite o planejamento, organização e o con-

trole das atividades de PD&I, resulta em muitos casos na economia de recursos e na melhoria da motivação e envolvimento dos colaboradores; melhora a imagem empresarial e sua competitividade em relação a outras empresas do setor (nacional e internacional); contribui para sistematizar a atividade de vigilância tecnológica a fim de antecipar às mudanças do mercado e identificar novas oportunidades de melhoria; permite integrar a gestão da PD&I a outros sistemas de gestão implantados na organização. Como conclusão, é importante destacar que o processo de construção das normas para algo tão complexo como as atividades de PD&I não se encerra. A comissão ainda tem a tarefa de propor mais textos para outras dimensões do tema e atualizar constantemente o seu conteúdo. Encontram-se em fase de Consulta Nacional dois outros Projetos de Normas elaborados pela Comissão de Estudo Especial de Gestão da PD&I da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CEE-130): PN 130:000.00-002 – Terminologia e PN 130:000.00003 – Diretrizes para elaboração de projeto de PD&I. Mas o caminho já está sendo trilhado e o futuro é promissor * Júlio C. Felix é diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar)

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[ Institucional ]

Norma para auditoria de sistemas de gestão tem nova versão Com escopo ampliado, a ABNT NBR ISO 19011:2012 está mais abrangente e didática.

Evento de lançamento, em São Paulo: norma teve 100% de aprovação na ISO

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ABNT NBR ISO 19011:2012, Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão está à disposição de auditores, avaliadores, líderes de equipe de auditoria, gestores de programas de auditoria e organizações que realizam auditorias de sistemas de gestão de qualquer natureza. Antes direcionada a auditorias de sistemas de gestão da qualidade e ambiental, a norma teve seu escopo ampliado, sendo essa a sua principal mudança, de acordo com Leonam Mendes dos Reis, que coordenou a Comissão de Estudo do Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25) responsável pela adoção do documento como Norma Brasileira. Esta norma, cuja primeira versão foi publicada em 2002, auxilia as organizações a otimizar a integração de seus sistemas de gestão, permitindo uma auditoria única, o que evita a duplicação de esforços e a interrupwww.abnt.org.br

ção do trabalho nas áreas que estão sendo auditadas. O lançamento da nova versão aconteceu em evento organizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) no dia 25 de abril, em São Paulo. O processo de revisão foi iniciado na International Organization for Standardization (ISO) em 2008, contemplando as normas de gestão da qualidade (ISO 9001) e gestão ambiental (ISO 14001), além de outras, como a ISO/IEC 27001 (gestão de segurança da informação) e a ISO 28000 (gestão de segurança para a cadeia logística), visando à sua harmonização. Quando foi votada na ISO, no final de 2011, a nova norma obteve 100% de aprovação dos países com direito a voto, incluindo o Brasil. “Além de participarmos presencialmente e com a emissão de voto, diversas discussões foram levadas pelo Brasil, como, por exemplo, os aspectos de self-audit, culminando

com a introdução do termo “autodeclaração” na introdução da norma. Também contribuímos com aspectos específicos referentes a competência e avaliação de auditores; na seção referente ao programa da auditoria (seção 5), entre outras”, comenta Reis. Na versão anterior a norma tinha 25 páginas e agora tem 53 e isso, de acordo com Reis, deve-se à maior abrangência da norma, que também ficou mais didática. Além da ampliação do escopo para auditoria de sistemas de gestão de qualquer natureza, o coordenador aponta as alterações mais importantes: maior integração com a ABNT NBR ISO/IEC 17021:2011, Avaliação de conformidade - Requisitos para organismos que fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão; introdução e ênfase nos métodos de auditoria remota e do conceito de risco; e inserção do principio da confidencialidade.

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[ Institucional ] Reis ainda observa que informações adicionais foram incluídas em um novo Anexo B, resultando na remoção das caixas de textos de ajuda da versão 2002; o processo de avaliação e de determinação de competência tornou-se mais robusto; e foram incluídos exemplos ilustrativos de habilidades e conhecimentos de disciplina específicos (novo Anexo A).

Estratégia Ariosto Farias Junior, membro do Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25) e coordenador da Comissão de Estudo de Gestão da Segurança da Informação do Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados (ABNT/CB-21), também participou dos trabalhos de revisão da norma internacional. Ele comenta que a ampliação do escopo faz parte da estratégia da ISO, que criou um grupo denominado Joint Technical Coordination Group (ISO/ TMB/JTCG), com o objetivo de harmonizar todas as normas de sistemas de gestão, incluindo a sistemática de auditoria destes Sistemas. “Esta ampliação auxiliará as organizações a otimizar a integração de seus sistemas de gestão, permitindo uma auditoria única, otimizando custos, reduzindo a duplicação de esforços e minimizando os impactos nas atividades das áreas e processos que estão sendo auditadas”, explica Farias Junior, complementando que o escopo da nova ABNT NBR ISO 19011:2012 expandiu a sua aplicação para refletir a situação atual das múltiplas normas de sistemas de gestão existentes nas organizações. A primeira iniciativa, lembra Farias Junior, ocorreu em 2002, quando os Comitês ISO TC 176 (Qualidade) e ISO TC 207 (Gestão Ambiental) publicaram a ISO 19011, Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. “Hoje existem 15 normas de sistemas de gestão desenvolvidas pelos vários Comitês da ISO, já publicadas

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ou em fase de revisão e elaboração, a exemplo do projeto ISO CD 16125, Fraud countermeasures and controls - Security management system –Requirements, do Comitê ISO TC 247.

Abrangência “Hoje existem 15 normas de sistemas de gestão desenvolvidas pelos vários Comitês da ISO, já publicadas Leonam Reis destaca que, com a revisão, a ABNT NBR ISO 19011:2012 tornou-se de interesse não só do Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25) e do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB38), como também das Comissões de Estudo Especiais de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104), de Gestão de Segurança da Cadeia Logística (ABNT/CEE-97) e de Gestão de Energia (ABNT/CEE-97) e da Comissão de Estudo de Gestão da Segurança de Informação do ABNT/CB-21. Para Renato Pedroso Lee, superintendente do ABNT/CB-25, a maior abrangência da norma significa que a maioria dos sistemas de gestão tem a mesma filosofia e a mesma premissa. “O que os diferencia são as questões específicas que, numa auditoria do sistema de gestão, são perfeitamente ajustáveis. No fundo todos os sistemas de gestão estão voltados para o sistema de gestão da organização como negócio”, ele justifica. “Na minha visão, todas as normas de sistema de gestão deveriam ser agrupadas numa única norma. A própria ISO já definiu a estrutura única que deve ser seguida por todas as normas de gestão, e este é o primeiro passo para essa possível unificação”, avalia o superintendente do ABNT/ CB-25.

Competências Uma das novidades da ABNT NBR ISO 19011:2012 foi destacada por Leonam Reis no evento de lançamento. É a parte que trata de premissas

para competência dos auditores, assunto que avançou muito em relação à versão anterior. A Lei de Crimes Ambientais, como alertou o coordenador, prevê que um auditor seja chamado aos tribunais para justificar por que uma empresa que causa impactos ambientais recebeu um certificado. O novo Anexo A da norma relaciona conhecimentos e habilidades recomendados aos auditores de disciplinas específicas. Para gestão ambiental, por exemplo, são indicadas: estatísticas e métricas sobre meio ambiente; quantificação e gestão de emissões de gases de efeito estufa; e tecnologias renováveis e de baixo carbono. A pesquisadora do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) Ana Júlia Guerra do Nascimento Ramos, destaca que a ABNT NBR ISO/IEC 17011:2005, Avaliação de Conformidade – Requisitos gerais para os organismos de acreditação que realizam acreditação de organismos de avaliação de conformidade (OAC) preconiza a importância da ABNT NBR ISO 19011 quando esclarece no item Termos e Definições que avaliação da competência de um OAC compreende avaliação da competência de todas as operações, incluindo a do pessoal. “Os critérios de competência são a base para a credibilidade de sistemas de avaliação da conformidade e, consequentemente, para as auditorias, pois impulsionam os auditores a desenvolverem suas competências e proficiências na realização das auditorias”, afirma Ana Julia, que participou do processo de revisão da norma como membro do ABNT/CB-25. Ana Júlia enfatiza: “A nova versão estabelece que confiança no processo de auditoria e a capacidade para atender a seus objetivos dependem da competência dos indivíduos e mostra claramente essa visão no aprimoramento da etapa de planejamento na descrição mais abrangente das diretrizes dos papéis e responsabilidades da pessoa que gerencia o www.abnt.org.br


[ Institucional ] programa de auditoria, que inclui a competência necessária para gerenciar o programa e seus riscos associados”.

Aprimoramento Na área de Certificação da ABNT, a nova versão da norma de diretrizes para auditoria de sistemas de gestão também recebe uma boa avaliação. “Ela contribui como uma orientação para os auditores, na melhoria de sua atuação e competência e para organizações e organismos de certificação, que poderão adotar as diretrizes em seus procedimentos internos em relação à realização de auditorias e de definição de competência de seus auditores”, comenta a analista técnica Kátia Fernandes, que coordena as auditorias de sistemas de gestão da qualidade. Kátia também destaca a inclusão do Anexo A, com diretrizes e exemplos ilustrativos de conhecimentos e habilidades de auditores de disciplinas específicas. “Estes exemplos podem ser adotados pelo usuário da norma, no papel de auditor, aprimorando seus conhecimentos e habilidades, ou pelo organismo de Certificação, que poderá definir os seus critérios de competência de auditor“, afirma. Entre as principais melhorias implementadas na norma, a analista técnica da ABNT aponta o uso de métodos de auditoria remota, levando em consideração a abrangência do

envolvimento entre o auditor e o auditado, em duas formas: com interação humana, por meio de comunicação interativa, realizando entrevistas, complementando lista de verificação e questionários, realizando análise crítica documental com a participação do auditado; ou sem interação humana, realizando análise crítica documental (registro e análise de dados, por exemplo).

Lançamento em Aracaju O Movimento Competitivo Sergipe (MCS) promoveu, em maio, a apresentação da ABNT NBR ISO 19011:2012, no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Aracaju, em Sergipe. Cerca de 70 pessoas compareceram ao evento, no qual foram também homenageadas diversas empresas que conquistaram certificação para seus Sistemas de Gestão Integrada (SGI). “O lançamento em Aracaju foi coroado pelo sucesso”, comemora Marcel Menezes Fortes, presidente do Conselho Superior do MSC. “A participação de Ariosto Farias foi fundamental para o êxito, principalmente por sua iniciativa de procurar a nossa entidade e pela aula de gestão que nos ofertou”. Fortes também manifestou sua satisfação com o apoio recebido da ABNT e dos especialistas brasileiros envolvidos na elaboração da norma, Renato Pedroso Lee e Leonam Men-

des dos Reis. Além do Sebrae de Sergipe, colaboraram para a realização do evento a consultoria Estado da Arte e a Rede Petrogas

Capacitação de auditores A ABNT, por meio de sua área de Capacitação, oferece vários cursos focados na competência dos auditores. Confira: • Auditor interno de sistema de gestão da segurança de alimentos (ABNT NBR ISO 22000:2006) - São Paulo, 6 e 7 de agosto • Auditor interno ambiental (ABNT NBR ISO 14001:2004) - São Paulo, 19 e 20 de julho; Rio de Janeiro, 16 e 17 de agosto • Auditor interno da qualidade (ABNT NBR ISO 9001:2008) - São Paulo, 26 e 27 de julho, 3 e 4 de outubro e 28 e 29 de novembro; Rio de Janeiro, 5 e 6 de setembro • Auditor interno da qualidade em laboratório (ABNT NBR ISO/ IEC 17025:2005) - Rio de Janeiro, 31 de outubro e 1º de novembro • Auditor interno da saúde e segurança ocupacional (OHSAS 18001:2007) - São Paulo, 10 e 11 de julho e 10 e 11 de outubro • Auditor interno de sistema integrado de gestão (ABNT NBR ISO 9001:2008, ABNT NBR ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007) - São Paulo, 10 e 11 de julho e 3 e 4 de dezembro

Para seu conhecimento Esta seção é destinada à divulgação de processos, termos e curiosidades utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados à normalização. Nesta edição destacamos o que são Normas comparáveis. Normas comparáveis são normas sobre os mesmos produtos, processos ou serviços, aprovadas por diferentes organismos com atividade de

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normalização, nas quais requisitos diferentes são baseados nas mesmas características e avaliados pelos mesmos métodos, permitindo, sem ambiguidade, a comparação de diferenças nos requisitos. Nota: Normas comparáveis não são normas harmonizadas (ou equivalentes). Referência: ABNT ISO/IEC GUIA 2: Normalização e atividades relacionadas – Vocabulário geral (2002)

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[ Institucional ]

Protegendo o consumidor

Em workshop promovido pelo Copolco, em Fiji, representantes de 26 países discutiram a importância das normas para evitar falsificações e fraudes.

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oi realizada no dia 15 de maio, em Nadi, Fiji, a 34ª Reunião do Comitê da ISO de Políticas do Consumidor (Copolco), que este ano teve como tema “Como os consumidores sabem o que estão recebendo?”, apresentando a aplicação de normas internacionais como forma de evitar falsificações e fraudes. O assunto foi discutido em um workshop, que reuniu 115 participantes de 26 países, entre consumidores, autoridades e representantes da indústria. Diante do crescimento das falsificações de produtos, devido o aumento do comércio global e e-commerce, o evento enfocou como as normas internacionais e progra-

mas de vigilância do mercado podem garantir a segurança e a saúde dos consumidores, evitar fraudes e a deturpação de produtos. Os participantes destacaram que a cooperação internacional é essencial para combater a falsificação e a fraude. Além disso, as normas podem harmonizar esforços, difundir boas práticas e promover a confiança dos consumidores. A Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) compareceu ao evento e fez uma apresentação sobre a experiência do país na fiscalização do mercado.

[ Feiras e Eventos ] Feira do Empreendedor do RN

Local: São Paulo - SP

01 a 04 de agosto de 2012 (14h às 22h)

Para mais informações: www.Ideti.com.br

Local: Cento de Convenções de Natal/RN Av. Senador Dinarte Medeiros Mariz S/Nº – Ponta Negra – Natal - RN Para mais informações: http://feiradoempreendedor.rn.sebrae. com.br FENASAN - Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente XXIII Encontro Técnico AESabesp 06 a 08 de Agosto de 2012 Local: Expo Center Norte - Pavilhão Branco Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SP Para mais informações: www.fenasan.com.br Brazilian Retail Week 2012 30 e 31 de Julho a 1 de Agosto 2012 Local: Hotel Transamérica - São Paulo/SP Para mais informações: http://exporetail.com.br/ FEBRAMEC 2012 - Feira Brasileira da Mecânica e Automação Industrial 06 a 10 de agosto de 2012 - 19ª. Edição Local: Parque de Exposições - Festa da Uva - Caxias do Sul/RS Para mais informações: www.febramec.com.br CLOUD COMPUTING - Congresso de Cloud Computing SAAS, Security, Virtualização e Gestão de Datacenters 7 e 8 de Agosto de 2012 - 4ª. Edição

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II Congresso ANDAV e Agrinsumos & Induspec - Fórum de Distribuidores e Revendas Agropecuárias 07 a 09 de agosto de 2012 Local: Transamérica Expo Center Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/ SP Para mais informações: www.andav.com.br/congresso.aspx VII SEMANA DE ENGENHARIA CIVIL - UFRJ Tema: “Na Construção dos Jogos” 13 a 17 de Agosto de 2012 Local: Centro Tecnológico da UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro/RJ Para mais informações: www.semanadacivil.poli.ufrj.br 20ª PHOTOIMAGE BRAZIL - Feira Internacional de Imagem e 3º Brazil Consumer Eletrônicos Expo 14 a 16 de Agosto de 2012 (terça a quinta 14h às 16h) Local: Expo Center Norte - Pavilhão Vermelho - São Paulo. Para mais informações: http://www.bcee.com.br 41° Encontro Nacional da Indústria de CERÂMICA VERMELHA 15 a 18 de agosto de 2012 Local: Campo Grande - Mato Grosso do Sul Para mais informações: www.anicer.com.br/encontro41

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[ Dúvidas ] 1.Tenho dúvidas em relação à acessibilidade a sanitários para cadeirantes. A ABNT tem alguma norma que dê informações sobre o assunto? Adauto Luís – Rio Preto Com. de Peças e Bicicletas – São José do Rio Preto - SP

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida:2005 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. O objetivo desta norma é proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos. 2.Quais são as normas da ABNT que trazem informações sobre as dimensões corretas de cadeiras e mesas escolares? Talles Eduardo -Centro Universitário Salesiano de São Paulo – Lorena - SP

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 14006:2008 - Móveis escolares - Cadeiras e mesas para conjunto aluno individual, que estabelece os requisitos mínimos, exclusivamente para conjunto aluno individual, composto de mesa e cadeira, para instituições de ensino em todos os níveis, nos aspectos ergonômicos, de acabamento, identificação, estabilidade e resistência. A norma define aspectos ergonômicos como sendo os critérios essenciais para o conforto, uso e segurança do aluno na relação com o conjunto cadeira e mesa. 3.Gostaria de saber qual norma oferece informações com relação a tamanho de fonte, margens etc., para formatação de trabalhos acadêmicos. Valéria Alves – Estudante – São José dos Campos - SP

A ABNT responde: A ABNT NBR 14724:2011 - Informação e documentação - Trabalhos acadêmicos – Apresentação especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de professores, especialistas designados e/ou outros). Esta norma pode ser aplicada aos trabalhos acadêmicos e similares. 4.Gostaria de saber qual norma da ABNT trata da construção de recipientes para armazenar e transportar gás liquefeito de petróleo (GLP). Werley Moreira de Carvalho – Lider Gás – Ipatinga – MG

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A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 8460:2011 - Recipientes transportáveis de aço para gás liquefeito de petróleo (GLP) — Requisitos e métodos de ensaios, que especifica os requisitos mínimos exigíveis, peças acessórias e ensaios, para o projeto, fabricação, alteração e segurança no enchimento dos recipientes transportáveis destinados ao acondicionamento de gás liquefeito de petróleo (GLP), construídos de chapas de aço soldadas por fusão. Esta norma é aplicável a todos os recipientes para GLP com capacidade volumétrica de 5,5 L até 500 L. 5.Preciso saber qual é a norma da ABNT que traz requisitos de segurança para redes deproteção utilizadas em janelas e sacadas de apartamentos. Cristiane Rodrigues de Oliveira – Araras – SP

A ABNT responde: Existe uma norma técnica, com três partes. São as seguintes: - ABNT NBR 16046-1:2012 - Redes de proteção para edificações - Parte 1: Fabricação da rede e proteção, que especifica os requisitos mínimos para fabricação de redes de proteção para edificações. Esta Norma aplica-se a redes para proteção de janelas, sacadas, escadas, mezaninos, parapeitos, floreiras e outras aplicações semelhantes destinadas à segurança e proteção em edificações. - ABNT NBR 16046-2:2012 - Redes de proteção para edificações - Parte 2: Corda para instalação da rede de proteção, que especifica os requisitos mínimos de fabricação de cordas utilizadas para instalação de redes de proteção fabricadas conforme ABNT NBR 16046-1. - ABNT NBR 16046-3:2012 - Redes de Proteção para Edificações - Parte 3: Instalação, que estabelece os requisitos mínimos para instalação de redes de proteção para edificações, fabricadas de acordo com a ABNT NBR 16046-1.

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[ Turismo e Normalização ]

ISO/TC 228 obtém progressos na Coréia do Sul

O

comitê ISO/TC 228 – Tourism reuniu-se de 20 a 25 de maio, em Seul, na Coréia do Sul. Foi realizada a Plenária do Comitê e também se reuniram 6 grupos de trabalho: WG2 – Health tourism services; WG3 – Tourist information and reception services at Tourist Information Offices; WG5 – Beaches; WG6 – Natural protected areas; WG7 – Adventure tourism; e WG10 – Environmentally friendly accommodation establishments. A reunião teve a presença de representantes de 19 países, além de três organizações não governamentais, como liaisons. As atividades resultaram em progressos significativos. Uma das questões críticas que afetavam o trabalho de vários desses grupos era a inclusão de requisitos de sistemas de gestão nas normas de serviços. O ISO/TMB – Technical Management Board , o órgão técnico máximo da ISO – já tinha se pronunciado, de maneira definitiva, esclarecendo que a política é de que normas de serviços não podem ter requisitos de sistemas de gestão e normas de sistemas de gestão não podem ter requisitos de desempenho de serviços. Nas reuniões de Seul este problema foi superado, revisando-se os projetos de normas e retirando-se todas as cláusulas relacionadas a requisitos

de sistema de gestão. Contudo, isso foi feito de maneira diferente em cada grupo. No caso do texto de praias (WG5 – Beaches), foi o Brasil que apresentou a proposta de como solucionar o problema, uma vez que nas reuniões preparatórias a Comissão de Estudo da ABNT dedicou-se especificamente esse assunto. Outro progresso importante foi observado no WG 2, que trata de serviços turísticos na saúde. Há três textos em desenvolvimento (Spa de bem estar, Spa médico e Talassoterapia). Este era um WG que estava com os trabalhos muito atrasados. Nesta reunião reportaram um avanço concreto nos textos. Contudo, ainda não atingiram o estágio de projeto do comitê (CD). O documento sobre centros de informações turísticas (em desenvolvimento pelo WG 2) passou para o estágio de Projeto de norma Internacional (DIS), o penúltimo antes de se converter em Norma Internacional. Avanço relevante foi também o alcançado nas normas de turismo e aventura (WG 7 – Adventure Tourism). O trabalho é liderado pelo Brasil. Dois documentos foram elevados a DIS: o ISO/DIS 14489-1 – Safe Delivery of Adventurous Activity – Parte 1: Risk Management e o ISO/DIS 14489-3

– Safe Delivery of Adventurous Activity – Parte 3: Information to Clients. Já quanto ao documento acerca das competências mínimas dos condutores, o tema conta com várias visões divergentes, razão pela qual ficou decidido que o texto deve ser publicado como um Technical Report (relatório técnico). Desta maneira, o WG7 vai se reunir novamente por ocasião da próxima plenária do ISO/TC 228, que acontecerá em maio de 2013, em Portugal. Espera-se que essa reunião seja muito concorrida, inclusive porque serão analisados vários projetos já na fase DIS. A elevação dos projetos de norma de segurança no turismo de aventura para a fase DIS, que é a penúltima e a mais abrangente em termos de participação, antes da publicação como norma ISO, é um passo muito importante. Também houve reunião do WG 10 - Environmentally friendly accommodation establishments . A discussão foi intensa e profunda e decidiu-se que o documento a ser publicado deve ser uma norma de diretrizes para orientar o desenvolvimento de normas com requisitos ambientais para meios de hospedagem, para programas de certificação

Parceria ABNT e SEBRAE Nossa norma é ajudar você a crescer A ABNT e o SEBRAE firmaram um convênio que possibilita às MPE, após breve cadastro, o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.

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[ Consumidor ]

C

Para imprimir com qualidade

om a evolução da tecnologia gráfica, os fabricantes investiram no aprimoramento das impressoras, tanto para uso doméstico, como profissional. No mercado são encontrados diversos tipos que atendem às expectativas de quem quer uma simples impressão de um documento, ou busca a reprodução de fotos em alta qualidade, por exemplo. Atualmente, são mais utilizadas as impressoras a jato de tinta e a laser. As primeiras funcionam com cartuchos pretos e ou coloridos, e as impressoras a laser com toners. É comum que os fabricantes de impressoras orientem sobre a melhor tinta a ser usada, contraindicando marcas desconhecidas. O usuário precisa ficar atento e identificar quando há baixo rendimento de cartuchos e toners para avaliar se está na hora de substituí-los ou se é algum problema com a impressora. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) disponibiliza normas que estabelecem métodos para fabri-

22 Boletim ABNT

julho 2012

cantes e laboratórios verificarem o rendimento de cartuchos e toners. São as seguintes: - ABNT NBR ISO/IEC 24711:2011, Determinação do rendimento de cartuchos de tinta para impressoras coloridas a jato de tinta para dispositivos multifuncionais que contenham componentes de impressora. Esta norma permite a avaliação do rendimento de cartuchos de tinta para cartuchos contendo tinta (ou seja, para cartuchos de tinta integrados e para cartuchos de tinta sem cabeças de impressão integradas) para impressoras coloridas a jato de tinta; - ABNT NBR ISO/IEC 19798:2011, Determinação do rendimento de cartuchos de toner para impressoras coloridas e para dispositivos multifuncionais que contenham componentes de impressora. A norma especifica um processo para determinar o rendimento de cartuchos de toner em número de páginas para impressoras eletrofotográficas coloridas, empregando um arquivo padrão de teste típico do consumidor de escritório;

- ABNT NBR ISO/IEC 24712:2011, Páginas de teste de cor para a medição do rendimento de equipamento de escritório, que define páginas de teste coloridas para a medição do rendimento de consumo de cartuchos de toner colorido e de tinta colorida; ABNT NBR ISO/IEC 19752:2006, Tecnologia da informação - Método para determinar o rendimento de cartuchos de toner para impressoras eletrofotográficas monocromáticas e para dispositivos multifuncionais que contenham componentes de impressora. A Norma descreve um método para avaliação do rendimento de cartuchos contendo toner (ou seja, para cartuchos de toner completos e para cartuchos de toner sem fotocondutor) para impressoras eletrofotográficas monocromáticas. As normas foram elaboradas pela Comissão de Estudo Especial de Cartuchos para Impressoras (ABNT/CEE-122). Para mais informações sobre as publicações do setor, contate o analista técnico responsável, Guilherme Guelfi www.abnt.org.br


[ Negócios ]

Atenção ao passivo no solo e na água São comuns os casos de famílias que adquirem imóveis construídos em áreas que foram, por algum tempo, ocupadas para depósito de rejeitos. O problema ocorre até mesmo em grandes empreendimentos, surpreendendo seus ocupantes com os riscos à saúde e à segurança por causa de contaminação advinda de atividades anteriores no terreno em foram erguidos. Contribuindo na disseminação dos procedimentos necessários para evitar essas ameaças, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) promoveu, em junho, o primeiro curso “Passivo ambiental – Avaliação preliminar em solo e água subterrânea - ABNT NBR 15515-1:2007”, com a participação de empresas

e instituições especializadas em tecnologia ambiental ou preocupadas com o impacto de suas atividades no meio ambiente. O curso apresenta as etapas de trabalho necessárias para constatar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de contaminação ou fontes de contaminação associadas às atividades atuais ou passadas, tais como produção, manuseio de insumos, matérias primas ou resíduos, abordando métodos para estudos históricos e sobre o meio físico, preenchimento de fichas e elaboração de relatórios. Para agosto, está agendado o curso que trata da avaliação confirmatória, conforme a ABNT NBR 15515-2:2011

Educação ambiental No dia 13 de junho, foi realizado o mini curso piloto de Educação Ambiental, com somente quatro horas de duração, atendendo aos seguintes objetivos: demonstrar que a Educação Ambiental é parte fundamental de qualquer projeto de sustentabilidade empresarial; disseminar as vantagens da inserção da Educação Ambiental nos programas de educação empresarial corporativa; harmonizar conhecimentos sobre as etapas de desenvolvimento de um programa de Educação

Ambiental Empresarial Corporativa; proporcionar conhecimento e métodos para o desenvolvimento corporativo da Educação Ambiental, visando preparar as organizações para a implementação de projetos ambientais e socioambientais. Sensibilizados para o tema, os participantes agora poderão aprofundar os conhecimentos em outros treinamentos que integram a grade da ABNT

Governança de TI A ABNT recebeu, também em junho, a primeira turma do treinamento sobre a norma ABNT ISO/IEC 38500:2009, Governança Corporativa de TI. Os participantes puderam discutir como os princípios propostos na norma, e adotados pelo guia Cobit (Control Objectives for Information and related Technology) em sua versão 5, possibilitam uma avaliação objetiva da conformidade da governança de TI. A ABNT ISO/IEC 38500:2009 está intimamente ligada

às principais decisões de TI e, embora não se destine à certificação, constitui um “guarda-chuva” para a adoção das normas relacionadas à gestão da TI que suportam a governança, entre as quais ABNT ISO/IEC 10006:2006, ABNT ISO/IEC 15504:2008, ABNT ISO/IEC 20000:2011 e ABNT ISO/IEC 15999:2008. Estas normas constituem padrões formais de gestão de TI, que podem servir para estruturação e avaliação da conformidade com base em evidências objetivas

Nova norma para berços de balanço ou movimento pendular As mamães poderão embalar seus bebês nos berços com mais conforto e segurança. Foi publicada no dia 28 de maio a seguinte norma, com duas partes: • ABNT NBR 16067-1:2012, Berços, berços de balanço ou pendular de até 900 mm para uso doméstico - Parte 1: Requisitos de segurança. Esta parte da norma estabelece requisitos de segurança para berços, berços de balanço ou de movimento pendular medindo internawww.abnt.org.br

mente até 900 mm, visando à prevenção de acidentes com crianças e bebês. • ABNT NBR 16067-2:2012, Móveis – Berços, berços de balanço ou pendular de até 900 mm para uso doméstico - Parte 2: Métodos de ensaio. Esta parte da norma descreve os métodos de ensaio que avaliam a segurança de berços, berços de balanço ou pendular medindo internamente até 900 mm para uso doméstico

23 Boletim ABNT

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[ Normalização em Movimento ]

Atualização do acervo de Normas: compromisso de todos os Organismos Nacionais de Normalização

A

preocupação com a globalização do mercado há muito tempo vem sendo tema de debates, em particular pelo ponto de vista técnico. Tanto assim que a International Organization for Standardization (ISO), em 1994, publicou o Guia 59 (Code of good practice for standardization), cujo conteúdo está alinhado com o anexo 3 do Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT), da Organização Mundial do Comércio (OMC). Este Guia visa garantir que as normas técnicas elaboradas possam embasar regulamentos técnicos, harmonizando o papel da sociedade e do governo. Para garantir a eficácia de suas normas técnicas, os organismos de normalização devem buscar permanen-

de projeto, evitando assim que impeçam ou inibam o comércio internacional. A resposta a esta conscientização está refletida na redução do número total de Normas Brasileiras, resultado do “saneamento” do acervo, visando garantir que não sejam mantidas normas cujo conteúdo esteja obsoleto e que poderia colocar em risco a própria sociedade. Além da atualização, a ABNT também está buscando a padronização do acervo quanto aos modelos de apresentação de normas técnicas. Desde a sua fundação, a ABNT chegou a ter 11 modelos diferentes, que hoje estão reduzidos a apenas quatro. Apesar desta redução, é ainda necessária a padronização destes formatos, de maneira a facilitar ao consumi-

temente a atualização desses documentos, para que estas estejam alinhados com as exigências de mercado, condição sine qua non para a competitividade das empresas e para o crescimento da economia. Entre as boas práticas apresentadas pelo Guia 59, podemos destacar, além da previsão de que as normas sejam revistas periodicamente, que elas sejam escritas de modo que sua utilização não venha a induzir a erro o usuário das normas. Por conta disto, a ABNT vem investindo fortemente, nos últimos anos, na conscientização da sociedade quanto à necessidade de manter em seu acervo apenas as Normas Brasileiras que representem efetivamente o estado da arte dos assuntos tratados e na premissa de que os requisitos estejam expressos em termos de desempenho, em vez de características descritivas ou

dor a identificação de que a norma que tem em mãos é realmente um documento válido desenvolvido pela ABNT

24 Boletim ABNT

julho 2012

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25 Boletim ABNT

julho 2012


[ Notícias da Certificação]

Tipler recebe Rótulo Ecológico ABNT A Recapadora Tipler promoveu cerimônia na sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), no dia 31 de maio, para receber o Rótulo Ecológico ABNT, uma comprovação de que atua em conformidade com normas e procedimentos para rotulagem ambiental de pneus reformados. O evento foi aberto pelo presidente do Setcergs, José Carlos Silvano, que destacou a importância da conquista da Tipler e seu comprometimento com a sustentabilidade. Na sequência, Rosemar Silva, integrante da Gerência de Certificação de Sistemas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fez palestra sobre o tema “Rotulagem Ambiental e a Sustentabilidade no Transporte”. Rosemar apresentou as normas e procedimentos internacionais para rotulagem ambiental de produtos

e falou sobre o processo específico para pneus reformados criado pela ABNT, ressaltando os benefícios gerados para o setor de transportes. A representante da ABNT entregou o certificado conquistado pela Recapadora Tipler ao gerente Jorge Schmitz e ao auditor técnico Anderson da Rosa. Este é o primeiro Selo Verde conferido a uma recapadora da região metropolitana de Porto Alegre. A Tipler já havia sido a primeira do Brasil a conquistar o registro no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Em seu discurso, o gerente da Tipler agradeceu o reconhecimento ao trabalho realizado com foco na sustentabilidade e na rentabilidade dos clientes e compartilhou a conquista com toda a equipe da unidade, assim como com os clientes, motivo maior que impulsiona a empresa buscar a melhoria contínua.

Fórum Tecnológico no Crea - RJ Foi realizado no dia 31 de maio, na sede do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), o Fórum Tecnológico Preparatório para a Rio+20, com o objetivo de discutir necessidades globais e contribuir para o Rascunho Zero da conferência mundial Rio+20. O evento reuniu instituições de ensino, associa-

ções profissionais e a ABNT, representada por Andréia Mendonça de Oliveira, que destacou a importância da rotulagem ambiental. Temas relacionados a agricultura, cidades sustentáveis e combate à pobreza foram debatidos, para que se pudesse oferecer uma posição consolidada ao documento da conferência mundial

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[ Notícias ]

Investimento em sustentabilidade A Gojo América Latina promoveu evento em São Paulo para divulgar suas práticas sustentáveis e o Rótulo Ecológico ABNT que conquistou.

A

s organizações estão percebendo, cada vez mais, a importância de adotar boas práticas para minimizar o impacto de suas atividades no meio ambiente. É o caso da Gojo, líder mundial em soluções de bem estar e higiene das mãos, que detém seis selos ambientais. Um deles é o Rótulo Ecológico ABNT, exibido em São Paulo no dia 29 de maio, durante evento que a Gojo América Latina promoveu para divulgar a sua política de sustentabilidade. “A conquista do Rótulo Ecológico ABNT é um marco importante para a nossa jornada de sustentabilidade no Brasil e ajuda a demonstrar o nosso investimento constante, dedicação e compromisso com questões ambientais globais. Esperamos que este selo ajude a estabelecer novos parâmetros de sustentabilidade neste mercado”. afirmou Flávio Leal, presidente da Gojo América Latina, na abertura do evento. A linha de antissépticos instantâneos Purell e os sabonetes e xampus em espuma Gojo são os produtos certificados pela ABNT. Segundo Leal, a Gojo América Latina trouxe um conceito inovador, focado no bemestar e na higiene da pele. “No Brasil ainda não se fala em saúde da pele”, observou, reiterando o esforço da empresa para introduzir novas tecnologias, como faz em todo o mundo. O diretor-geral da ABNT, Ricardo Fragoso, enalteceu a conquista da Gojo e ressaltou que a certificação e o Rótulo Ecológico são o caminho a ser seguido, no futuro, por todas as organizações preocupadas em comprovar ao mercado que adotam práticas sustentáveis. Os procedimentos e diretrizes para obtenção do Rótulo Ecológico foram apresentados pelo gerente de Certificação de Sistemas da ABNT, Guy Ladvocat. Ele citou as normas técnicas que devem ser atendidas pelas empresas e comentou que a Gojo foi a primeira, no segmento de higiene pessoal, a buscar a certificação ambiental. “Um produto certificado tem melhor padrão de qualidade e demonstra a preocupação da empresa em oferecer aos clientes a opção que não agrida o meio ambiente. Quem recebe este rótulo foi auditado em todos os processos de produção e está em conformidade com as melhores práticas do mercado”, explicou Ladvocat. Por sua vez, a diretora global de sustentabilidade da Gojo, Nicole Korarik, disse que a empresa tem atualmente o maior conjunto de produtos certificados por terceira parte, como reflexo de uma política que prioriza formas sustentáveis de trabalho, liderança www.abnt.org.br

e aprendizado, responsabilidade econômica, gestão ambiental e colaboração das partes interessadas. “Queremos ter a liderança em produtos que promovam mudanças no mundo”, assinalou Nicole. Para demonstrar que as boas práticas ambientais fazem bem para os negócios, a diretora informou que em 2011 a Gojo registrou um crescimento de 10 por cento no mercado de produtos para higiene das mãos. A preocupação com a sustentabilidade estendese aos clientes, por meio de programas como o Gojo Green Higyene, que estimula a limpeza das mãos com antissépticos. “Acreditamos que o Rótulo da ABNT também vai inspirar confiança nos clientes do Brasil”, afirmou Nicole. A Gojo tem, além do Rótulo Ecológico ABNT, os seguintes selos: Ecologo Certified, Green Seal Certified, USDA Certified Biobased Product, todos dos Estados Unidos; EU Ecolabel, da União Européia, e o australiano Good Environmental Choice Australia (Geca)

A Natureza agradece A linha de antissépticos Purell tem origem em um sabonete para remoção de graxa e óleo, criado em 1946, em Ohio (Estados Unidos) para substituir produtos químicos utilizados na época. Os ingredientes dos produtos são obtidos a partir de recursos renováveis, como etanol, glicerina natural e óleos de coco, de milho e de jojoba. As formulações atendem aos requisitos de biodegradabilidade da Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica (OECD) e as embalagens são sustentáveis, fabricadas com garrafas PET recicláveis. Não oferecidos no varejo, os antissépticos são utilizados no Brasil por grandes empresas e alguns dos principais hospitais, para higienização das mãos de seus funcionários

27 Boletim ABNT

julho 2012


[ Fique por Dentro ] Reuniões das Comissões de Estudo ABNT/CB - 06 - Comitê Brasileiro Metroferroviário

AGOSTO

CE-06:400.01

Sinalização

7

CE-06:100.04

Traçado e Infra-estrutura

7

CE-06:100.02

Trilhos e Fixações

CE-06:100.01

Dormentes e Lastros

CE-06:300.04

Rodas, Eixos, Rolamentos e Rodeiros

CE-06:100.03

Aparelho de Mudança de via e Cruzamentos

CE-06:300.01

Vagões, Truques, Engates e Acessórios

8 9 10

10 Locomotivas, Truques, Engates e Acessórios

CE-06:300.02

8

ABNT/CB-11 - Comitê Brasileiro de Couro, Calçados e Artefatos de Couro

JULHO

CE-11:100.04

Resíduos Líquidos

27

CE-11:100.01

Insumos

27

CE-11:100.02

Ensaios Físicos e Químicos em Couro

19

CE-11:300.02

Adesivos para Calçados e Correlatos

25

CE-11:200.03

AGOSTO Conforto de Calçados 14

CE-11:300.01

Construção Superior do Calçado

15

CE-11:300.05

Componentes Metálicos

8

CE-11:100.03

Ensaios Biológicos em Couro

14 ABNT/CB - 15 - Comitê Brasileiro do Mobiliário

AGOSTO

CE-15:003.03 Armários e Arquivos 8 ABNT/CB - 17 - Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário

JULHO

17 CE-17:800.02 Tecidos Industriais ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados

JULHO

CE-18:307.04

Concreto Leve

CE-18:300.04

Concreto Compactado com Rolo

CE-18:600.15

Produtos de Fibrocimento

17

CE-18:600.18

Produtos de Cimento Reforçados com Fibras, Fios e Filamentos

17

CE-18:200.01

Agregados para Concreto

19

CE-18:100.08

Calda de Cimento para injeção

20

CE-18:100.06

Cal

26

7 6

AGOSTO

CE-18:307.02

Concreto Leve

2

CE-18:600.15 Produtos de Fibrocimento 14 ABNT/CB - 24 - Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio CE-24:202.03

JULHO Sistemas de Detecção e Alarme Contra Incêndio 13 ABNT/ONS-27 - Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica

JULHO

CE-27:400.08

Rótulos e etiquetas autoadesivas

CE-27:400.02

Tintas gráficas

CE-27:400.03

Colorimetria

CE-27:400.03

Colorimetria

18 18 18

19 Processos em Impressão Digital

CE-27:300.04 CE-27:200.01

28 Boletim ABNT

17

Pré-impressão eletrônica

julho 2012

20

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Reuniões das Comissões de Estudo

JULHO

CE-27:200.02

Gerenciamento de cores

20

CE-27:300.07

Pós-impressão

24

CE-27:300.01

Processos em Offset

26

CE-27:400.09

Impressos de Segurança

31

AGOSTO

CE-27:300.06

Controle de Processo de reprodução Gráfica

1

CE-27:300.03

Processos de Rotogravura

2

CE-27:500.01

Questões Ambientais e Segurança

7

CE-27:300.05

Processos em Flexografia

9

CE-27:400.08

Rótulos e etiquetas autoadesivas

14

CE-27:400.03

Colorimetria

CE-27:400.02

Tintas gráficas

15 15

ABNT/ONS-34 - Organismo de Normalização Setorial de Petróleo

JULHO

CE-34:007.01

Comissão de Estudo de Etanol Combustível

26

CE-34:007.02

Comissão de Estudo de Biodiesel

17

CE-34:000.02

Comissão de Estudo de Combustível e Produtos Especiais

18

CE-34:000.03

Comissão de Estudo de Lubrificantes

25

CE-34:000.05

Comissão de Estudo de Sistemas de Transportede de Petróleo e Derivados

31

AGOSTO 14

CE-34:000.01

Comissão de Estudo de Asfalto

CE-34:000.02

Comissão de Estudo de Combustíveis e Produtos Especiais

15

CE-34:000.03

Comissão de Estudo de Lubrificantes

22

CE-34:000.04

Comissão de Estudo de Distribuição e Armazenamento de Combustíveis

9

Comissão de Estudo Especial de Aplicações e Métodos Estatísiticos

10

CEE 83

3 90ª Reunião do Comitê do Comitê Gestor ABNT/CB-38

ABNT/CB - 41 Comitê Brasileiro de Minérios de Ferro

AGOSTO

CE-41:000.00.02

GT RX Pastilha Fundida 15

ABNT/CB-50 Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore para Indústria do Petróleo e Gás Natural

AGOSTO

CE-50:000.05

Tubos de Revestimento, Produção e Perfuração

14

CE-50:000.06

Sistemas e Equipamentos de Processo

16

CE-50:000.07

Estruturas Oceânicas

16

SC-50:001

14

Sistemas de Transporte por Dutos

ABNT/ONS-58 Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos

JULHO

CE-58:000.02

Radiografia

26

CE-58:000.11

Termografia

27

AGOSTO

CE-58:000.03

Análise de Vibrações - GTN Petróleo

1

CE-58:000.14

Inspeção Eletromagnética

8

ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial

JULHO

ABNT/CEE-182

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Fertilizantes e Corretivos de Solo

19

29 Boletim ABNT

julho 2012


Reuniões das Comissões de Estudo ABNT/CEE-168

Símbolos Gráficos

27

ABNT/CEE-151

Pesquisa Social de Opinião e de Mercado

31

AGOSTO

1

ABNT/CEE-97

Gestão de Segurança para Cadeia Logística

ABNT/CEE-106

Análises Ecotoxicológicas

ABNT/CEE-174

Análise Sensorial

13

ABNT/CEE-103

Manejo Florestal

15

ABNT/CEE-93

Gestão de Projetos

10

ABNT/CEE-135

Radiações Ionizantes

15

ABNT/CEE-162

Elaboração de Orçamentos e Formação de Preços de Empreendimentos de Infraestrutura

9

Segurança dos Brinquedos

10

ABNT/CEE-100

7,8 e 9

ABNT/CEE-134

Modelagem de Informação da Construção

10

ABNT/CEE-65

Recursos Hídricos

15

[ Novos Sócios ] 16/05/2012 a 15/06/2012 Nome / Razão Social

Categorias

Antônio Carlos Totti Júnior

INDIVIDUAL

Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento - ASFAMAS

COLETIVO CONTR. - D

Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco - ITEP/OS

COLETIVO CONTR. - D

Conslit Indústria de Materiais Plásticos Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

Davi Vieira Ricardo Gonçalves

INDIVIDUAL

Edson Gomes

INDIVIDUAL

Eduardo Conde Ramos

INDIVIDUAL

Elisa de Medeiros Ravagnani

INDIVIDUAL

Escola de Bombeiros do Estado de São Paulo - Ltda. ME Fabiana do Amaral Cortinolle

COL. CONTR.M.EMP. INDIVIDUAL

Fatos e Dados Serviços de Desenvolvimento Organizacional Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

Garopabasurf Provedor de Acesso a Redes de Telecomunicações Ltda.

COLETIVO CONTR. - C

Gastão Gracie Neto

INDIVIDUAL

Inácio Marcelino de Oliveira

INDIVIDUAL

Júlio César Ribeiro

INDIVIDUAL

Mangels Industrial Ltda.

COLETIVO CONTR. - B

Milton Donizete Lucas

INDIVIDUAL

Mogar Dreon Gomes Filho

INDIVIDUAL

Pedro Roberto Alves Azevedo

INDIVIDUAL

Rafael Finardi Xidieh

INDIVIDUAL

SEA Comércio e Serviços Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

Sertenco Controle Tecnológico e Consultoria Ltda.

COLETIVO CONTR. - C

Vanessa Puggina de Holanda

30 Boletim ABNT

julho 2012

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Certificações RAZÃO SOCIAL: LATYN DO BRASIL COMERCIO DE MATERIAIS SANITARIOS E HIDRAULICOS LTDA. (LATYN DO BRASIL) ESCOPO: CONEXÕES DE FERRO FUNDIDO MALEAVEL, COM ROSCA NBR - ISO 7-1, PARA TUBULAÇÕES, CLASSE 150 LIBRAS NORMA: ABNT NBR 6943:2000 DATA DA CONCESSÃO: 09/05/2012

janeiro | 2012

A Latyn do Brasil comercializa produtos hidráulicos, sempre atendendo aos requisitos das normas e dando efetivo tratamento às reclamações de nossos clientes, visando à satisfação de suas necessidades. Para tal, trabalha no estabelecimento de procedimentos orientados para a melhoria contínua de seus processos de negócio, produtos e serviços, com a integração dos funcionários, gerência, parceiros e fornecedores.

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RAZÃO SOCIAL: MIZU S.A ESCOPO: SGQ-RECEBIMENTO E MISTURA DE MATÉRIAS PRIMAS, FABRICAÇÃO, ESTOCAGEM E EXPEDIÇÃO DE CIMENTO NORMAS: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 10/05/2012

A Mizu S/A - Filial RJ tem como objetivo: Recebimento e mistura de matérias primas, fabricação, estocagem, comercialização e expedição de Cimento Portland. A empresa está sob licença de órgãos operacionais para realizar a fabricação de Cimento Portland pelo processo de mistura a frio de Cimento Industrial (clínquer, calcário e gesso) e Escória Moída de Alto Forno, certificada pela norma ABNT NBR ISO 9001:2008.

RAZÃO SOCIAL:CONTESP CONTABILIDADE NO ESTADO DE S.P S/S LTDA. ESCOPO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CONTÁBEIS, DE ESCRITURAÇÃO FISCAL, LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS E ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 27/02/2012

Prestamos serviços nas áreas contábil, fiscal e trabalhista, com constantes investimentos em estrutura e tecnologia para atender indústrias, comércios, prestadores de serviços e transportadoras. Para a Contesp, parceria é estar ao lado dos clientes e entender seus problemas, de modo a oferecer soluções adequadas. Buscamos sempre uma boa relação custo-benefício e praticidade, realizando serviços de qualidade com rapidez e suprindo todas as necessidades dos clientes.

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RAZÃO SOCIAL: EQUIPE INDUSTRIA MECÂNICA LTDA. ESCOPO: SGQ-PROJETO, DESENVOLVIMENTO, FABRICAÇÃO E MANUTENÇÃO DE BOMBAS CENTRIFUGAS HORIZONTAIS (BRF,EQ NORMALIZADA, EQ-EQP, EQTA, SN), CENTRIFULGAS HORIZONTAIS C/ ROTOR ABERTO, AXIAL, BIPARTIDA (EQB), DESLOCAMENTO POSITIVO, IRRIGAÇÃO, DE ALTA PRESSÃO E MÉDIA PRESSÃO NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 09/02/2012 Fundada em 1967, a Equipe Indústria Mecânica Ltda. desenvolve e fabrica bombas centrífugas, bombas horizontais com rotores fechado ou aberto, de alta pressão, deslocamento positivo, bipartidas, axiais ou verticais, entre outras, de acordo com a necessidade do cliente. Em suas instalações a Equipe possui máquinas operatrizes e equipamentos de tecnologia avançada, bem como um ótimo sistema tecnológico utilizado para o controle da produção e administração geral, atendendo a todos os padrões internacionais de qualidade e focando principalmente o pós venda e a garantia de qualidade total nos seus produtos e serviços.

RAZÃO SOCIAL: BECFLEX INDUSTRIA E COMÉRCIO DE COLCHÕES LTDA EPP ESCOPO:FABRICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE COLCHÕES EM ESPUMA CONVENCIONAL, ESPUMA AG (AGLOMERADOS) E BOX PARA COLCHÕES NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 10/05/2012

Fundada em Bariri (SP), no ano 2000, a BECFLEX iniciou suas atividades na fabricação de colchões à base de espumas de poliuretano. Com o passar dos anos foi se aprimorando. A permanente modernização e geração de novas linhas de produtos impulsionaram o desenvolvimento da empresa, surgindo a necessidade da implantação do Sistema de Gestão da Qualidade com base na ABNT NBR ISO 9001:2008.Hoje a BECFLEX conta com uma vasta linha de colchões além de comercializar camas box e travesseiros. Mais informações: www.becflex.com.br

RAZÃO SOCIAL: WDS GRAF PRINT. IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE MÁQUINAS TEXTÊIS ESCOPO: PRODUÇÃO DE ETIQUETAS(ADESIVAS E NÃO ADESIVAS, TECIDOS), IMPRESSÕES EM GERAL, UTILIZANDO PROCESSO DE OFF-SET, FLEXOGRAFIA, TIPOGRAFIA, HOT STAMPING, BATIDA E DRY OFF-SET NORMAS: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 12/01/2012

Atuamos no mercado disponibilizando para a sua empresa o que há de mais moderno e eficiente no setor de impressos gráficos. Trabalhamos na fabricação de etiquetas (adesivas e não adesivas) para colchão em tecido, confecções e fitas comemorativas. Oferecemos impressões em geral, utilizando processo de off-set, flexografia, hot stamping, batita e dry off-set, tags, pastas, solapas, cartuchos, entre outros produtos.

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