Boletim ABNT Mai 2012

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ISSN - 0103-6688

ABNT

Maio 2012 | volume 10 | nº 117

Segurança é fundamental Do campo à mesa, as normas técnicas de segurança de alimentos protegem os consumidores de contaminações e suas consequências danosas. Aliadas a regulamentos, ainda agregam qualidade e confiança para toda a cadeia de suprimentos.


Cursos

Destaques de maio e junho de 2012 Acessibilidade a edificações mobiliário espaços e equipamentos urbanos - ABNT NBR 9050:2004 São Paulo – 23, 24 e 25/05

Passivo ambiental em solo e água subterrânea: Investigação confirmatória - ABNT NBR 15515-2:2011 São Paulo - 04 e 05/06

Aplicação da norma ABNT NBR 10151:2000 ao controle do ruído no meio ambiente - Conceitos, procedimentos e uso de instrumentos de medição Brasília – 17 e 18/05 São Paulo – 21 e 22/06

Responsabilidade social - ABNT NBR 16001:2004 e ABNT NBR ISO 26000:2010 Rio de Janeiro – 04 e 05/06/06 Porto Alegre – 28 e 29/06

Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais ABNT NBR 15635:2008 São Paulo – 18 e 19/06 Sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) - ABNT NBR NM 323:2010 São Paulo – 11 e 12/06 Regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação RDC 216:2004 São Paulo – 14 e 15/06 Cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais ABNT NBR 14565:2007 São Paulo - 04 e 05/06 Sistemas de gestão da energia - Requisitos com orientações para uso ABNT NBR ISO 50001:2011 São Paulo - 04 e 05/06

Auditoria interna da qualidade (ABNT NBR ISO 9001:2008) - Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão - ABNT NBR ISO 19011:2012 São Paulo - 24 e 25/05 Rio de janeiro – 13 e 14/06 Indústrias do petróleo, gás natural e petroquímica - Sistemas de gestão da qualidade específicos do setor - Requisitos para organizações de fornecimento de produtos e serviços ABNT ISO/TS 29001:2010 São Paulo - 28/05 BPL - Boas Práticas de Laboratórios São Paulo – 11 e 12/06 Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho OHSAS 18001:2007 Rio de Janeiro – 21 e 22/06 Implantação do plano de gerenciamento de resíduos de saúde – PGRSS São Paulo - 28 e 29/05

Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas ABNT NBR 5419:2005 Porto Alegre - 22 e 23/05 Rio de Janeiro – 26 e 27/06

Aplicação de gerenciamento de risco a produtos para a saúde ABNT NBR ISO 14971:2009 São Paulo - 31/05 e 01/06

Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e manutenção São Paulo - 16, 17 e 18 /05

Auditor líder em Sistemas de gestão da segurança da informação (ABNT NBR ISO/IEC 27001:2005) - Diretrizes para auditoriais de sistema de gestão - ABNT NBR ISO/IEC 19011:2012 São Paulo – 18, 19, 20, 21 e 22/06

Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivas ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 1: Ambientes com gases e vapores inflamáveis Rio de Janeiro - 17/05

Gestão de riscos de segurança da informação ABNT NBR ISO/IEC 27005:2008 São Paulo - 24 e 25/05

Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivas ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 2: Ambientes com pós combustíveis Rio de Janeiro - 18/05 Curto circuito, coordenação e seletividade em MT ABNT NBR 14039:2005 e BT - ABNT NBR 5410:2004 São Paulo – 11, 12 e 13/06 Gestão de riscos - Princípios e diretrizes - ABNT NBR ISO 31000:2009 São Paulo - 17 e 18/05 Brasília – 12 e 13/06 Trabalhos Acadêmicos Brasília - 15 e 16/05 Porto Alegre -05 e 06/06 Rio de Janeiro – 18 e 19/06 Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio Sistemas de Gestão Ambiental - ABNT NBR 14004:2005 São Paulo - 31/05 e 01/06 Gestão de Riscos e Crises Ambientais São Paulo - 04 e 05/06

Sistema integrado de gestão (Qualidade, Meio ambiente e Saúde e segurança ocupacional) São Paulo – 17 e 18 /05 Governança corporativa de tecnologia da informação ABNT NBR ISO/IEC 38500:2009 São Paulo – 14/06 Etiquetagem de têxteis com ênfase na norma ABNT NBR NM ISO 3758:2010 São Paulo - 15 e 16/05 Otimização das compras de têxteis hospitalares São Paulo - 12 e 13/06 Meios de hospedagem – Sistema de gestão da sustentabilidade – Requisitos - ABNT NBR 15401:2006 Rio de Janeiro - 31/05 e 01/06 Gases Efeito Estufa - Princípios e requisitos para a quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) - ABNT NBR ISO 14064:2007 São Paulo – 21 e 22/05

Veja a programação completa no site: www.abnt.org.br Informações e inscrições: cursos2@abnt.org.br Tel.: (11) 2344 1722 / 1723


[ Editorial ] Alimentos seguros ao consumidor

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ocada na segurança e na qualidade dos alimentos produzidos e comercializados no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atua no controle sanitário de forma coordenada com estados e municípios em todo o território nacional. Em sintonia com esse trabalho, as normas técnicas têm oferecido importante contribuição para que a sociedade tenha à disposição alimentos realmente seguros. A Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104) tem se dedicado à elaboração de diversas normas com o objetivo de estabelecer parâmetros para o controle na contaminação dos alimentos, destacando-se entre elas a ABNT NBR ISO 22000:2006 e a ABNT NBR 15635:2008. Usando como base o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), as boas práticas e os controles operacionais essenciais (higienização, tratamento térmico, resfriamento, manutenção e distribuição), essas normas promovem o controle da contaminação alimentar, desde o campo até a mesa do consumidor. Entretanto, torna-se fundamental também qualificar o profissional do setor. Por isso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) disponibiliza normas que possibilitam aos trabalhadores em serviços de alimentação a conquista de um certificado de competência. É o caso da ABNT NBR 15033:2004, voltada ao manipulador de alimentos, e a ABNT NBR 15048:2004, direcionada a quem exerce função de supervisão. Com o objetivo de disseminar a importância da certificação, a ABNT e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) desenvolveram um projeto que já resultou na aprovação de 120 estabelecimentos nas cidades que vão receber a Copa de 2014. Para as empresas certificadas, além de poderem atestar a eliminação de riscos de contaminação alimentar, a certificação trouxe uma série de benefícios, tais como melhora na qualidade da matéria-prima, redução do desperdício, aumento da competitividade e satisfação do cliente. Segurança de alimentos é coisa séria. Governo, empresas e entidades de classe concordam que, aliadas à legislação, as normas técnicas da ABNT ajudam a garantir alimentos seguros aos consumidores.

Ricardo Fragoso Diretor-geral


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CONSELHO DELIBERATIVO: Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (SINAEES), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: MÉTRON Acústica Engenharia e Arquitetura Ltda., / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Con-

selho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

CONSELHO FISCAL Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas

Segurança é fundamental Do campo à mesa, as normas técnicas de segurança de alimentos protegem os consumidores de contaminações e suas consequências danosas. Aliadas a regulamentos, ainda agregam qualidade e confiança para toda a cadeia de suprimentos.

[ Sumário ] Capas Boletim.indd 10

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03 [ Capa ]

Segurança é fundamental

09 [ Entrevista ]

Sempre vigilantes

12 [Artigo] ISO 9001 completa 25 anos

13 [Institucional] Vestibilidade para homens Garantia de qualidade Mais um benefício aos associados Obras com rapidez e eficiência

16 [Dúvidas]

Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar CONSELHO TÉCNICO: Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38) DIRETORIA EXECUTIVA: Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso (rfragoso@abnt.org.br) / Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior (csamorim@abnt.org.br) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone (eugenio@abnt.org.br)/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira (odilao.teixeira@abnt.org.br) ESCRITÓRIOS: Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 (atendimento.rj@abnt.org.br) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 (atendimento.sp@abnt.org.br) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 (atendimento.bh@abnt.org.br) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 (atendimento.df@abnt.org.br) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento.pr@ abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@ abnt.org.br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/ BA – Telefone: (71) 3329-4799 (atendimento.ba@abnt.org.br) EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT: Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares / Publicidade: imprensa@abnt.org.br / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia (MTB 50.448) Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa, Redação e Revisão: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Boletim ABNT: Maio 2012 – Volume 10 – Nº117 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação (rpdiagrama@gmail.com) / Impressão: Type Brasil. PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA: www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

17 [ Turismo e Normalização ] ISO/ TC 2228 reúne-se em Seul

18 [ Consumidor ] A presença do PET

20 [ Foco na MPE ]

Por boas práticas nos serviços de alimentação Da inovação ao sucesso

22 [ Negócios ]

Capacitação ofere novos cursos na área ambiental Redes de proteção Seus produtos com valor agregado

23 [ Normalização em Movimento ] ABNT NBR ISO/IEC 31010 Playgrounds em Consulta Nacional ABNT NBR 13883:2012 ABNT ISO TS 22002-1 Manejo florestal Brasil no ISO/IEC JTC 1 ABNT NBR ISO 19011:2012

24 [ Notícias da Certificação ] Parceria entre ABNT e Simespi Rótulo Ecológico ABNT Página na internet Curso de Rotulagem Gojo daz divulgação

25 [ Fique por Dentro ] 28 [ Certificações ]


[ Capa ]

Segurança é fundamental Do campo à mesa, alguns cuidados são essenciais para evitar a contaminação dos alimentos. As normas técnicas ajudam a cadeia de suprimentos a oferecer produtos seguros, que não ameacem a saúde do consumidor.

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Paulo Bruno, coordenador da ABNT/CEE-104

A ABNT NBR ISO 22000:2006 é direcionada para organizações de qualquer setor envolvido direta ou indiretamente com a cadeia produtiva de alimentos: agropecuária, indústria, transporte, distribuição e serviços de alimentação, identificando os perigos potenciais à segurança do produto desde a obtenção da matériaprima até o consumo. A norma tem como base o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), reconhecido internacionalmente, assim como os pré-requisitos e boas práticas (conjunto de técnicas e recomendações para realizar determinada atividade), que tornam possível estabelecer o controle das etapas de preparo de alimentos. “Além disso, o processo de gestão descrito pela ABNT NBR ISO 22000:2006 constitui uma estratégia de trabalho que promove a melhoria contínua do Sistema”, afirma o coordenador da ABNT/ CEE-104 e assessor técnico da Diretoria de Educação Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-Departamento Nacional), Paulo Bruno. Os diretores da Dzetta - Projetos & Consultoria, assessores técnicos do Programa Alimentos Seguros (PAS) e membros da ABNT/CEE-104, Cristina Prata Neves e Paschoal Guimarães Robbs, ressaltam que na produção de alimentos seguros o objetivo é eliminar ou minimizar qualquer risco à saúde do consumidor. “Em vista disso, as normas técnicas são fundamentais para padronizar procedimentos, operações e cuidados para a produção de alimentos com os perigos controlados (inócuos) e de qualidade”, justifica Cristina. Os assessores ainda comentam que a organização que faz uso de normas técnicas de alimentos está agregando mais segurança e qualidade ao seu produto. “Isso pode ser usado como uma eficaz ferramenta de marketing para o seu negócio”, observa Robbs. Além da ABNT NBR ISO 22000:2006, fazem parte da “família” as seguintes normas: ABNT ISO/ TS 22004:2006, Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Guia de aplicação da ABNT NBR ISO 22000:2006; ABNT ISO/TS 22003:2007, Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para organismos de auditoria e certificação de sistemas de gestão da segurança de alimentos; e

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uem costuma fazer refeições fora de casa precisa redobrar a atenção, buscando alimentos que tenham qualidade nutricional e não ofereçam riscos à saúde. Mas também nos lares essa preocupação deve ser mantida, pois basta um descuido em um dos elos da cadeia de suprimentos para que a segurança seja ameaçada. A adoção de boas práticas, desde o campo até o comércio varejista e os serviços que oferecem alimentos processados, é fundamental. E as normas técnicas contribuem para a disseminação de métodos de controle da contaminação. No acervo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) há documentos que atendem toda a cadeia de suprimentos, como embalagens, máquinas, análise de alimento e bebidas, controle de temperatura alimentar e competência pessoal em serviço de alimentação. Destacam-se as normas elaboradas pela Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104), como a ABNT NBR ISO 22000:2006, Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos e a ABNT NBR 15635:2008, Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênicosanitárias e controles operacionais essenciais.


[ Capa ] “O processo de gestão descrito pela ABNT NBR ISO 22000:2006 constitui uma estratégia de trabalho que promove a melhoria contínua” zação interna do estabelecimento, incluindo saudáveis hábitos de educação continuada.

Refeição fora do lar

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Cristina Prata Neves, assessora técnica do Programa Alimentos Seguros (PAS)

ABNT NBR ISO 22005:2008, Rastreabilidade na cadeia produtiva de alimentos e rações - Princípios gerais e requisitos básicos para planejamento e implementação do sistema.

Prontos para consumo A ABNT NBR 15635:2008, Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais é destinada a organizações que trabalham com alimentos prontos para o consumo. “A norma trata das Boas Práticas, conforme a legislação em vigor no Brasil, e alguns controles operacionais essenciais (higienização, tratamento térmico, resfriamento, manutenção e distribuição), promovendo o controle de contaminação alimentar”, explica o coordenador da ABNT/CEE-104, Paulo Bruno. A legislação a que Bruno se refere é o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovado pela Resolução - RDC nº 216 em 2004. O documento abrange os procedimentos que devem ser adotados nos serviços de alimentação, a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. “A ABNT NBR 15635:2008 atende melhor às micro e pequenas empresas de alimentos que ainda não trabalham com uma ferramenta de segurança de alimentos e precisam entrar nesse universo, qualificar e certificar seu serviço”, informa Bruno. O coordenador enfatiza que a implantação das normas de alimentos seguros reduz efetivamente as perdas de matéria-prima e favorecem uma melhor organi-

Todos os elos da cadeia produtiva do alimento, desde o plantio, colheita, criação/abate, transporte, armazenagem, embalagem, distribuição, manipulação até o serviço de refeições devem adotar medidas para disponibilizar um alimento seguro, controlando os perigos à saúde do consumidor. “Cada elo da cadeia deve controlar os perigos sob sua responsabilidade, e o consumidor deverá também aplicar em casa regras importantes para que o produto adquirido continue sendo seguro. Por isso, a segurança dos alimentos vai da produção no campo à mesa”, salienta Paschoal Guimarães Robbs. Mas, quais são as garantias do consumidor que se alimenta fora do lar? Representante de um setor que reúne aproximadamente um milhão de empresas e gera seis milhões de empregos diretos em todo o país, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estimula o setor a aplicar normas técnicas, além das boas práticas e da legislação vigente para serviços de alimentação.

Paschoal Guimarães Robbs, assessor técnico do Programa Alimentos Seguros (PAS)

“Recomendamos que se orientem por normas, porque elas ensinam a fazer o que é tecnicamente correto. O empresário economiza no uso de matériaprima, adquire conhecimento de como fazer corretamente a higienização dos alimentos e também garante maior agilidade e produtividade ao estabelecimento”, ressalta o presidente da Abrasel-SP, Joaquim Saraiva de Almeida.


[ Capa ] “A ABNT NBR 15635:2008 atende melhor às micro e pequenas empresas de alimentos que ainda não trabalham com uma ferramenta de segurança” Um alimento contaminado não traz apenas um grande prejuízo para o cliente. “A imagem do restaurante é prejudicada diante de um registro de intoxicação alimentar”, alerta Almeida. Com um aumento do número de consumidores que fazem refeições fora de casa e diante da expectativa de grandes eventos internacionais que serão realizados no Brasil (Copa do Mundo em 2014 e Olimpíada em 2016), o presidente da Abrasel-SP faz uma recomendação ao setor: “Precisamos melhorar a qualidade de nossos serviços cada vez mais. Por isso, é fundamental estimular a qualificação profissional e investir em programas de reciclagem e que sigamos as orientações que já temos à disposição no mercado como, por exemplo, as normas técnicas.”

estabelecimento de serviço de alimentação no setor de turismo - Segurança de alimentos; e a ABNT NBR 15048:2004, Turismo - Supervisor que atua em estabelecimento de serviços de alimentação no setor de turismo - Segurança de alimentos. A ABNT NBR 15033:2004 é voltada a profissionais que exercem atividades de garçom, cozinheiro, bartender, commis (ajudante de salão), confeiteiro, pizzaiolo, entre outras. Esta norma descreve a competência relacionada à segurança de alimentos.

Brigitte Bertin , sócia-diretora da Bioqualitas Análises de Alimentos e Treinamentos Ltda.

“Os requisitos definidos na norma indicam que um profissional, para ser considerado competente em segurança de alimentos, deve ser capaz de manter higiene pessoal ao manusear alimentos e bebidas; conservar a adequada higiene no local de trabalho, inclusive no que se refere à prevenção da propagação de pragas; prevenir contaminação dos alimentos e bebidas; e prevenir doenças transmitidas por alimentos (DTA)”, informa o sócio-executivo da Sextante Ltda, Guilherme A.Witte Cruz Machado, que utilizou a norma durante a sua experiência como coordenador do Núcleo de Certificação de Pessoas do Instituto de Hospitalidade. Já a ABNT NBR 15048:2004 é aplicável aos profissionais que têm ocupações como a de maître, chefe-executivo de cozinha, gerente de alimentos e bebidas e outros que atuam na função de supervisão. “Além de atender aos requisitos da norma ABNT NBR 15033:2004, o supervisor deve ser capaz de orientar os profissionais, entender e identificar os pontos de controle de forma que possam ser implementados monitoramentos necessários à segurança de alimentos em um estabelecimento de alimentos e bebidas e orientar quanto à aplicação de medidas de controle sempre que forem observadas falhas nos procedimen-

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Joaquim Saraiva de Almeida, presidente da Abrasel-SP

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A capacitação constante do profissional é importante para o cumprimento das boas práticas de manipulação em todas as etapas das atividades relacionadas aos alimentos. “Para garantir melhores condições de segurança nos serviços de alimentação e atender à demanda do mercado por profissionais qualificados, foram elaboradas normas de competência para o setor”, comenta a farmacêutica e microbiologista de alimentos Brigitte Bertin, sócia-diretora da Bioqualitas Análises de Alimentos e Treinamentos Ltda. e participante de três Comissões de Estudo da ABNT. Destacam-se nessa área as normas: a ABNT NBR 15033:2004, Turismo - Manipulador que atua em

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Qualificação profissional


[ Capa ] “A imagem do restaurante é prejudicada diante de um registro de intoxicação alimentar” Creditos Valdeneia BarbosaCOVISA

tos que comprometam a segurança de alimentos”, explica Machado. Brigitte Bertin lembra que os profissionais podem obter certificação, se atenderem aos requisitos das normas de competência para serviços de alimentação. “A certificação dessas competências possui reconhecimento nacional e, consequentemente, facilita o engajamento do profissional no mercado de trabalho”, ela conclui.

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Questão de saúde pública São inúmeros os prejuízos que o consumo de alimentos contaminados, incluindo a água não potável, pode provocar: gastroenterite, intoxicação, lesões no sistema digestivo e, em casos mais graves, a morte. A Anvisa atua justamente com o intuito de promover e proteger a saúde da população e intervir nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada com os estados, os municípios e o Distrito Federal. (leia entrevista na pág. 09) Na cidade de São Paulo, a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, realiza ações por meio da Gerência de Vigilância de Produtos e Serviços de Interesse à Saúde (GPSIS), visando ao controle da qualidade dos alimentos e dos serviços a eles relacionados. A nutricionista e técnica da Subgerência de Vigilância de Alimentos da Covisa, Martha Virginia Gewehr Machado, explica que no ato da inspeção sanitária, quando constatadas irregularidades que comprometem a segurança dos alimentos, as autoridades sanitárias lavram auto de infração. “Quaisquer locais, produtos, equipamentos, procedimentos que possam, direta ou indiretamente, acarretar riscos à saúde da população, devem ser objeto de monitoramento e inspeção sanitária”, ela informa. Segundo a nutricionista, entre as principais irregularidades encontradas nos estabelecimentos vistoriados estão: a manipulação de alimentos crus e cozidos concomitantemente, o que pode acarretar a contaminação cruzada (quando as bactérias presentes nas carnes cruas e nos vegetais, bancadas e utensílios não lavados podem ser transferidos para os pratos prontos para o consumo); e procedimentos inadequados executados pelos manipuladores, como não lavar as mãos quando necessário, utilizar anéis, relógios e pulseiras, estar com as unhas longas e com esmaltes, o que dificulta a higiene correta das mãos.

Martha Virginia Gewehr Machado, técnica da Subgerência de Vigilância de Alimentos da Covisa

“Tudo isso pode comprometer a segurança dos alimentos preparados, pois as mãos não higienizadas, unhas longas e o hábito de falar sobre os alimentos podem ser fontes de contaminação”, ressalta Martha Virgínia.

Direito do consumidor O Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê a proteção da vida e da saúde contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos. Portanto, a alimentação segura também é um direito dos cidadãos. A questão é contemplada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) desde a sua criação. “O objetivo primordial é ter um aumento na qualidade dos alimentos postos no mercado de consumo brasileiro, para isso a principal reivindicação reside no âmbito da melhora da informação prestada pelas empresas aos consumidores”, explica a advogada do Idec, Mariana Ferraz. O Idec tem uma postura permanente de exigir melhor qualidade dos alimentos e suficiente informação nos rótulos dos produtos. “Por isso, iniciamos um programa contínuo e o Idec já realizou mais de 50 testes de alimentos, envolvendo milhares de produtos”, conta Mariana. Ela lista uma série de irregularidades alarmantes: azeites fraudados; farinhas, chocolates, leites pasteurizados e palmitos contaminados por bactérias; águas minerais com excesso de flúor; alimentos dietéticos com problemas na composição; sal de cozinha sem iodo; arroz contaminado por agrotóxicos; derivados de amendoim com uma substância altamente cancerígena; pizzas


[ Capa ] “Mãos não higienizadas, unhas longas e o hábito de falar sobre os alimentos podem ser fontes de contaminação” com excesso de aditivos e balas com aditivos proibidos em muitos países.

A ABNT é acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) como um Organismo de Certificação de Produtos (OCP) para Serviços de Alimentação, conforme a norma

São inúmeros os prejuízos que o consumo de alimentos contaminados, incluindo a água não potável, pode provocar: gastroenterite, intoxicação, lesões no sistema digestivo e, em casos mais graves, a morte. A Anvisa atua justamente com o intuito de promover e proteger a saúde da população e intervir nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada com os estados, os municípios e o Distrito Federal. Na cidade de São Paulo, a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, realiza ações por meio da Gerência de

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Benefícios da certificação

Questão de saúde pública

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Nos testes, o Idec constatou também que cerca de 40% dos alimentos avaliados apresentaram problemas de rotulagem e, consequentemente, descumpriram o Código de Defesa do Consumidor. “Todos os dados das avaliações são enviados às empresas fabricantes que, muitas vezes, adotam medidas corretivas, como a retirada de produtos do mercado, melhoria dos processos de produção e mudanças na rotulagem”, revela a advogada. A entidade também encaminha os resultados dos testes às autoridades responsáveis pela fiscalização de alimentos e ao Ministério Público, quando há configuração de crime contra o consumidor e à saúde pública. “Para o consumidor é fundamental que os alimentos disponibilizados para o consumo sejam seguros tanto sob o aspecto nutricional, quanto sanitário”, orienta a consultora técnica do Idec, Silvia Vignola, lembrando que é essencial que os estabelecimentos cumpram normas compulsórias, estabelecidas pelos órgãos reguladores governamentais. A consultora também aponta os benefícios que a adoção voluntária de normas técnicas pode trazer: “Ao estabelecer parâmetros, as normas podem orientar a atividade de estabelecimentos para atingir esse propósito. Com a crescente preocupação ambiental, outro critério importante é a produção sustentável desses produtos”.

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Mariana Ferraz, advogada do Idec

de requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais (ABNT NBR 15635:2008). Já foram certificadas 47 empresas participantes de um programa piloto do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Existe um contrato celebrado entre o Sebrae e a ABNT com o objetivo de prestar serviços de auditoria, conforme a ABNT NBR 15635:2008, visando à certificação de 120 estabelecimentos sediados nas doze cidades que vão receber a Copa de 2014”, comenta o gerente comercial de Certificação de Sistemas, Luiz Boschetti. As empresas que atenderem de forma plena aos requisitos da norma receberão certificados com validade de três anos. “Para garantir que os estabelecimentos certificados continuem ajustados ao padrão normativo, serão realizadas duas auditorias de manutenção com periodicidade anual”, informa Boschetti. Ao longo dos próximos anos, o gerente comercial acredita que o número de empresas interessadas na certificação de serviços de alimentação terá um crescimento expressivo: “Isso deverá ocorrer em virtude do aumento da fiscalização dos órgãos reguladores do setor, da maior atenção dos consumidores às irregularidades apresentadas e da constante exposição na mídia dos estabelecimentos flagrados na condição de não observância dos preceitos regulatórios aplicáveis ao setor”. A conquista do certificado, entretanto, também traz grandes benefícios aos serviços de alimentação. “A certificação sinaliza, de forma inconteste, aos clientes, fornecedores, colaboradores internos, investidores e à concorrência, que o estabelecimento implementou as melhores práticas aplicáveis ao segmento”, conclui Boschetti.


[ Capa ]

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“Para o consumidor é fundamental que os alimentos disponibilizados para o consumo sejam seguros tanto sob o aspecto nutricional, quanto sanitário” Vigilância de Produtos e Serviços de Interesse à Saúde (GPSIS), visando ao controle da qualidade dos alimentos e dos serviços a eles relacionados. A nutricionista e técnica da Subgerência de Vigilância de Alimentos da Covisa, Martha Virginia Gewehr Machado, explica que no ato da inspeção sanitária, quando constatadas irregularidades que comprometem a segurança dos alimentos, as autoridades sanitárias lavram auto de infração. “Quaisquer locais, produtos, equipamentos, procedimentos que possam, direta ou indiretamente, acarretar riscos à saúde da população, devem ser objeto de monitoramento e inspeção sanitária”, ela informa. Segundo a nutricionista, entre as principais irregularidades encontradas nos estabelecimentos vistoriados estão: a manipulação de alimentos crus e cozidos concomitantemente, o que pode acarretar a contaminação cruzada (quando as bactérias presentes nas carnes cruas e nos vegetais, bancadas e utensílios não lavados podem ser transferidos para os pratos prontos para o consumo); e procedimentos inadequados executados pelos manipuladores, como não lavar as mãos quando necessário, utilizar anéis, relógios e pulseiras, estar com as unhas longas e com esmaltes, o que dificulta a higiene correta das mãos.

Silvia Vignola, consultora técnica do Idec

Esforço recompensado O proprietário da Robsdri Pizzaria. em São João Del Rei (MG), Robson Antonio Argamim, sabe muito bem da importância das boas práticas na manipulação de alimentos. Ele participou do Programa Alimentos Seguros (PAS), criado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Sebrae com a adesão das demais entidades do “Sistema S” (Sesc, Sesi e Senac), e que tem o objetivo de disseminar as boas práticas e o Sistema APPCC em todo território nacional por meio de seminários, cursos para técnicos, material didático e consultorias às empresas da cadeia produtiva de alimentos. Após o PAS, Argamim foi convidado a participar do projeto piloto do Sebrae, recebendo consultoria da entidade para adequar seu estabelecimento às orientações da norma ABNT NBR 15635:2008.“É muito prazeroso ouvir elogios dos clientes que conhecem as exigências e o rigor do processo de certificação, pois eles sabem o quanto tivemos de nos esforçar. O público tem visto nosso estabelecimento com outros olhos”, ele comemora. A sócia-proprietária da Pousada Villa Alferes, em Tiradentes (MG), Mara Nascimento, passou por experiência semelhante. “Tivemos de adaptar vários aspectos da empresa, inclusive a parte física. O processo de certificação não é fácil, depende muito da vontade do empresário em melhorar, mas o resultado é tão visível e satisfatório que vale a pena”, garante. Mara lembra também da importante atuação de consultoria prestada pelo Sebrae, que acompanhou todas as fases de adaptação da empresa. “Não sabíamos nem preencher uma planilha. O pessoal teve paciência em explicar e motivar a equipe para dar continuidade ao processo”, conta Mara. O resultado de tanto esforço é facilmente percebido. “Entre os benefícios da certificação, conforme a norma ABNT NBR 15635:2008, estão a melhoria da qualidade dos produtos e serviços, a redução do desperdício, o aumento da competitividade e a satisfação e fidelização do cliente”, declara a sócia-proprietária da Pousada Villa Alferes

Fique atento! * Ao entrar em qualquer estabelecimento que forneça alimentos, observe a limpeza do local, a organização e a presença de pragas, assim como a higiene dos colaboradores. * Sempre que possível, visite a cozinha do estabelecimento. * Evite alimentos como ostras, carnes mal passadas e maioneses, se não conhece o estabelecimento. Opte por ovos com gema cozida (dura). * No self service, verifique se os alimentos quentes (por exemplo, caldos, sopas, feijão, feijoadas) estão

em equipamentos capazes de manter a temperatura correta (mínimo de 60ºC). * Observe se os alimentos lácteos, os embutidos e as hortaliças são mantidos sob refrigeração. * Na dúvida, consulte o responsável técnico pelo estabelecimento. Esse profissional responde pelos procedimentos que devem garantir a segurança dos alimentos servidos. * A falta de higiene deve ser comunicada ao serviço de vigilância sanitária de seu município


[ Entrevista ]

Sempre vigilantes Para reduzir as doenças causadas por alimentos contaminados, a Anvisa busca aumentar a segurança e a qualidade dos produtos comercializados no Brasil.

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Após a Lei n° 11.346/2006, o Brasil adota a seguinte definição para segurança alimentar e nutricional: consiste na realização do

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Como a Anvisa define o conceito de segurança alimentar?

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atua no controle da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos a vigilância sanitária, assim como nos ambientes, nos processos, nos insumos e nas tecnologias a eles relacionados. Sua atividade se dá de forma coordenada com estados e municípios em todo o território nacional. A Agência também atua no controle de portos, de aeroportos e de fronteiras, lidando com questões na área de vigilância sanitária internacional. A Gerência-Geral de Alimentos (GGALI) da Anvisa coordena programas e iniciativas voltadas para segurança alimentar, prevenção e controle da obesidade, redução do sódio e qualidade nutricional dos alimentos. “Nosso objetivo é promover modos de vida e alimentação adequada e saudável para a população brasileira”, informa a biomédica e gerente-geral de Alimentos da Agência, Denise Resende. Em entrevista ao Boletim ABNT, ela aborda a questão da segurança alimentar e da saúde pública, as boas práticas para a fabricação e o preparo de alimentos e a contribuição de normas técnicas na garantia de produtos seguros e na conquista de maior credibilidade das empresas entre seus clientes.

Denise Resende, gerente-geral de Alimentos da Anvisa

direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Dentro desse conceito abrangente, a qualidade nutricional e sanitária aparece como um dos componentes indissociáveis da segurança alimentar. E, mais especificamente, quando tratamos da qualidade sanitária estamos remetendo o alimento seguro ao consumo, sem contaminantes e outros agentes intrínsecos que possam causar danos à saúde.

O componente relativo à qualidade sanitária dos alimentos também é conhecido como inocuidade ou segurança dos alimentos. Por que a segurança alimentar é uma questão de saúde pública? Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), há a ocorrência anual de 1,2 bilhão de episódios diarreicos e 2,2 milhões de óbitos associados ao consumo de alimentos contaminados. Apesar de sabermos que, no Brasil, os dados que dispomos sobre doenças associadas ao consumo de alimentos (conhecidas pela sigla DTA) são subnotificados, segundo o Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério


[ Entrevista ]

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“A qualidade nutricional e sanitária aparece como um dos componentes indissociáveis da segurança alimentar” da Saúde, há uma média de 568.341 casos de DTA por ano. Os maiores prejuízos da DTA recaem sobre os consumidores, que nas formas agudas apresentam sintomas comuns (diarreia, vômito, náuseas, dor de cabeça, cólicas) os quais comprometem sua qualidade de vida e capacidade laboral, e outros mais graves e menos frequentes, com sequelas maiores (efeitos neurológicos, danos graves aos rins, abortos, entre outros). Há ainda efeitos cumulativos, principalmente associados à presença de substâncias tóxicas e consequência de reincidências de quadros agudos. Desses, destacamos efeitos carcinogênicos, neurológicos e ou associados a doenças reumáticas. Mas os prejuízos não estão restritos ao consumidor. Hoje os critérios de segurança dos alimentos são requisitos essenciais para ganhar mercados e, sob outra ótica, com a melhoria dos sistemas de alertas e comunicação, o eventual envolvimento de uma empresa em um surto ou evento associado a seu produto repercute cada vez mais, trazendo sérios prejuízos financeiros e quebrando uma frágil relação de confiança com o consumidor. O que são as boas práticas para fabricação e serviços de alimentação? As empresas que fabricam e preparam alimentos devem incorporar na sua prática medidas que permitam garantir aos seus consumidores alimentos cada vez mais seguros. Essas medidas passam por todo o processo de fabricação e preparo, incluindo as condições estruturais e a conscientização de seus colaboradores. Uma das principais medidas necessárias é a seleção de sua matéria-prima (de seus fornecedores), colocando o aspecto sanitário

como critério primeiro para essa seleção. A partir de então, todas as etapas de produção ou preparo devem incorporar medidas de controle que possam minimizar ou eliminar os perigos, com foco naquelas que são mais críticas. As empresas devem ir além de seu processo, conscientizando os agentes futuros dessa cadeia a fim de que as medidas necessárias em fase ulterior também sejam adotadas. Nessa abordagem geral, estamos falando essencialmente das boas práticas de fabricação e preparo de alimentos. Estamos, ainda, reforçando todos os princípios do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), que continua sendo uma das ferramentas mais poderosas na prevenção de problemas sanitários. Mas não podemos nos esquecer de observar as exigências previstas na legislação sanitária, afinal, elas contêm os deveres das empresas na garantia de alimentos mais seguros para a população. Sinteticamente, e na ótica da vigilância sanitária, as boas práticas para a fabricação e preparo de alimentos são procedimentos que devem ser adotados por indústrias e serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos preparados com a legislação vigente. Por que é importante a capacitação contínua do pessoal envolvido em qualquer etapa da cadeia produtiva de alimentos? As pessoas são um elo essencial em todo o processo de produção e preparação de alimentos, assumindo importância crítica ao desempenhar atividades que são imprescindíveis na prevenção de riscos associados aos alimentos. Além disso, o pessoal também representa uma importante fonte de

contaminação para o alimento, por isso mesmo deve ter uma conduta muito bem estabelecida. Ou seja, requer um processo de contínua sensibilização e capacitação a fim de evitar desvios de conduta que normalmente estão associados à falta de conhecimento. A Anvisa também se dedica à orientação sobre boas práticas nutricionais. Quais são elas? As Boas Práticas Nutricionais (BPN) são medidas que visam orientar os serviços de alimentação (estabelecimento no qual o alimento é manipulado, preparado, armazenado e/ou exposto à venda) na preparação de alimentos com menores teores de açúcar, gordura trans, gordura saturada e sódio, contribuindo para uma alimentação mais saudável. A adoção das BPN é voluntária. O pão francês foi o primeiro alimento a ter um Guia de Boas Práticas Nutricionais. Esse alimento é um dos que mais contribui para a ingestão de sódio pela população, pois é tradicionalmente consumido no café da manhã e, às vezes, no lanche. As associações representantes dos setores produtivos e os órgãos de vigilância sanitária estão divulgando o Documento de Referência para Guias de Boas Práticas Nutricionais da Anvisa, que apresenta modelo para elaboração de guias específicos para preparo de alimentos. De acordo com recomendação da OMS, a redução do consumo de sal para 5 gramas/dia, por exemplo, diminuiria em 10% a pressão arterial da população brasileira, em 15% os óbitos por acidente vascular cerebral e em 10% os óbitos por infarto. Com essa redução, 1,5 milhão de brasileiros não precisariam de medicação para hipertensão e a expectativa de vida dos hipertensos seria aumentada em até quatro


Acreditados (OIVA), os Organismos de Inspeção Acreditado

[ Entrevista ] “No Brasil há uma média de 568.341 casos de doenças associadas ao consumo de alimentos por ano” anos. Mais informações podem ser obtidas no site da Anvisa. Como a Anvisa atua na fiscalização de fabricantes de alimentos e estabelecimentos comerciais?

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou uma série de normas sobre segurança alimentar, como a ABNT NBR ISO 22000:2006 e ABNT NBR 15635:2008. Em sua opinião, de que forma as normas técnicas podem auxiliar fabricantes e serviços

Ambas as normas técnicas são certificáveis. Como a senhora avalia esse tipo de certificação? Essa certificação é um tipo de resposta legítima e independente do setor regulado a demandas do mercado ou de outras partes interessadas, sendo, portanto, dissociado do papel regulatório das autoridades governamentais. Inclusive, uma das vantagens desses tipos de auto-regulação é a capacidade e ou sensibilidade de identificar necessidades ou demandas não absorvidas pelas autoridades governamentais. De modo que a certificação encontra uma forte convergência com os interesses da saúde pública ao atribuir um valor diferencial às empresas que se preocupam com a gestão da segurança de alimentos. Que conselho a senhora dá para fabricantes e comerciantes sobre a importância da segurança alimentar? Assumam os cuidados com a inocuidade e a qualidade nutricional dos alimentos como principal estratégia para sobrevivência e crescimento em um mercado cada vez mais competitivo.

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As vigilâncias sanitárias, ao identificar irregularidades, seguem o rito previsto na Lei Federal nº 6437/77, combinado com os seus códigos locais. Ao final do processo administrativo sanitário, a empresa pode sofrer uma série de sanções, como cancelamento de registros ou autorizações, apreensão de produtos, interdição da produção e ou multas.

Coube a área de alimentos a coordenação do Grupo de Trabalho no âmbito da Anvisa, instituído pela Portaria nº 1.201, de 18/08/11, para fins de organização das ações de vigilância sanitária relativas a Eventos em Massa. Para efeito dessa Portaria consideram-se Eventos em Massa as atividades coletivas que por motivo comum reúnam elevado contingente de pessoas vindas de todas as partes do país e ou do mundo. Baseando-se no risco potencial dos alimentos preparados nos serviços de alimentação e do comércio de alimentos em vias e espaços públicos, a Anvisa desenvolveu um projeto que focaliza ações prioritárias de intervenção nesses segmentos, com o objetivo de garantir a oferta de alimentos seguros ao consumo e minimizar a repercussão negativa de eventuais surtos alimentares durante a realização da Copa de 2014 e Olimpíada de 2016. Os órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais, das cidades que serão sede desses eventos no Brasil, estão elaborando um plano de ação específico, em que estão contempladas as atividades de inspeção nos serviços de alimentação.

Essas normas incorporaram requisitos que já estão previstos em legislação, entretanto, foram bem além dos aspectos legais. Ou seja, elas incorporaram outros requisitos que já foram absorvidos no mercado, quer seja como tendência ou forma de sobrevivência à competitividade crescente. Assim sendo, elas normalmente servem de apoio àquelas empresas que querem garantir maior credibilidade entre seus clientes ou mesmo ampliar mercados. Para a vigilância sanitária, focamos em um benefício principal: elas contribuem para a oferta de alimentos mais seguros à população.

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Qual é a ação da vigilância sanitária, durante uma inspeção, quando encontrada alguma irregularidade?

Diante de dois grandes eventos internacionais, a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016, a Anvisa pretende realizar alguma ação especial voltada aos estabelecimentos de serviços de alimentação?

de alimentação?

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A Anvisa, por meio da GGALI, exerce um papel de coordenador das atividades de controle de alimentos realizadas pelos entes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Em outras palavras, a GGALI não atua diretamente na fiscalização de fabricantes de alimentos e estabelecimentos comerciais, excetuando os casos em que o apoio é solicitado pelo órgão de vigilância sanitária. As atividades de inspeção de fabricantes de alimentos e estabelecimentos comerciais são uma responsabilidade das vigilâncias sanitárias estaduais ou municipais, dependendo da forma de organização do serviço em cada Estado. Como parte da função de coordenador, a GGALI desenvolve atividades que visam aprimorar a harmonização de procedimentos entre os serviços de vigilância sanitária, define alguns temas prioritários que devem ser tratados em âmbito nacional e, principalmente, define requisitos comuns por meio de seus atos normativos. A fiscalização é parte indissociável do processo regulatório, é o exercício do poder delegado pela sociedade para fazer cumprir os requisitos de produção necessários à garantia de alimentos mais seguros ao consumo.

Importante reforçar que, nesse processo, estão previstos instrumentos que permitem à empresa autuada exercer seu direito à ampla defesa e ao contraditório.


[ Artigo ]

ISO 9001 completa 25 anos

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* Por Oceano Zacharias

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m 26 de março de 1987, foi oficialmente lançada a primeira norma da família ISO 9000. Enquanto para nós era uma novidade, para os Estados Unidos e muitos países da Europa ela surgiu como uma velha conhecida: era a BS 5750 com outro nome. Mas isto não tirou o brilho do lançamento, afinal oficializava-se a primeira norma com foco em qualidade de abrangência internacional, com aval plurinacional. Um belíssimo primeiro passo! Qualidade é um fenômeno mercadológico que ocorre nas situações em que a oferta supera a curva de demanda. Aqui no Brasil, nos anos 80, devido ao “fechamento dos portos”, a curva de oferta raramente atendia ao potencial de demanda – portanto não vivenciávamos a qualidade em sua plenitude. De qualquer forma uma época interessante, porque tomávamos conhecimento de alguns movimentos que a qualidade exercia em países mais desenvolvidos, aterrissando por aqui o Programa “5 S”, o CCQ (grupos de debate), o TQM (qualidade total) etc. A condição dos países desenvolvidos no início dos anos 90, de oferta

acima de demanda, já havia transformado o freguês em cliente, e as empresas precisavam evidenciar, principalmente para os países importadores, que tinham procedimentos garantindo a qualidade conforme requisitos do cliente. Com isto a versão de 1994 teve uma aceitação muito maior que a da sua antecessora: em um ano houve mais certificações do que nos sete primeiros anos. Por outro lado, esta nova norma estava demasiadamente atrelada à anterior, tanto no aspecto de ser estratificada para organizações (Inspeção e Testes 9003, Produção 9002 e Projeto 9001), como e também na formalidade do controle da qualidade – reminiscência das normas de qualidade de origem militar; a estratificação propiciou que muitas empresas optassem indevidamente pela ISO 9002 para fugirem do famigerado 4.4 exigido pela ISO 9001, enquanto o formalismo da norma gerou dois grandes insucessos: procedimentos burocráticos que empapelavam as organizações e a atividade denominada pomposamente de Auditoria Interna, que nada mais era do que uma inspeção de conferência documental tipo “cara-crachá”. Estas fraquezas seriam futuramente evidenciadas quando as organizações necessitassem fazer a adequação para a versão seguinte (2003 foi o único ano da história da 9000 que se encerrou com queda no total de certificações!). O ano 2000 foi um marco! Um ano cheio de zeros, bruxos prevendo o final dos tempos, o bug do milênio (o

tal do bug 2k) e até artigos sobre este novo milênio que esqueciam que o novo milênio seria só no ano seguinte! E no meio disto tudo nasce a nova versão oferecendo uma abordagem absolutamente distinta e distante da antecessora, agora muito moderna com jargão atualizado. Esta norma possibilitou enormes vantagens, desde a abertura à desburocratização até a ênfase em processo propriamente dito. A norma atual, de 2008, é praticamente igual à versão de 2000, porém com melhorias terminológicas e adequações à ISO 14000 e traz principalmente correções e ajustes na definição de “produto” (que estava errada na de 2000 por incompatibilizar com o conceito de processo), nos objetivos da qualidade que de “coerentes” devem ser agora “consistentes” com a política da qualidade e na exigência de análise crítica da “eficácia” das ações preventiva e corretiva – pena que todos estes pontos passam totalmente despercebidos na maioria das auditorias. Para encerrar, merece o comentário de que temos hoje uma ISO 9001 muito boa, madura e atualizada aos ditames da Gestão Empresarial. Lamentável é saber que muitas empresas ainda não utilizam esta norma como ferramenta de ganho e de controle, mas apenas como um mal necessário

* Oceano Zacharias é consultor e palestrante em Gestão Empresarial


[ Institucional ]

Vestibilidade para homens A ABNT NBR 16060:2012 chegou para facilitar o mercado de roupas masculinas.

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Nova norma traz benefícios às confecções e aos consumidores

Maria Adelina observou que uma norma ISO de 1987 já preconizava a importância de se considerar a altura da criança, levando-se em conta ainda a etnia e a faixa etária. Ou seja, já naquela época havia consenso de que era impossível limitar a grade de tamanhos aos tipos físicos convencionais. Esta constatação guiou a elaboração da ABNT NBR 15800:2009, que traz anexa uma tabela com 24 medidas diferentes, e da ABNT NBR 16060:2012, com 18 medidas. “Nosso objetivo não é reiventar a roda, mas disseminar um conhecimento já aplicado por algumas empresas”, destacou a superintendente. Sem restringir a criatividade dos modelistas, a norma orienta que as roupas masculinas, incluindo as de malha e de banho, contenham em etiquetas, tags ou na própria embalagem indicações das medidas do corpo ao qual as peças se destinam, além da grade tradicional de tamanhos. Na ABNT NBR 16060:2012, Vestuário — Referenciais de medidas do

corpo humano — Vestibilidade para homens corpo tipo normal, atlético e especial, as empresas encontrarão, por exemplo, as referências em centímetros dos perímetros do quadril e da cintura e do comprimento de pernas para a confecção de uma calça. E esta orientação vale também para o consumidor que, conhecendo as suas medidas, não terá de usar os provadores das lojas e pode comprar roupas pela internet, sem risco de errar no tamanho. Na avaliação de Maria Adelina, as confecções vão adotar o novo sistema de medidas, que beneficia produtores e consumidores. “A norma promove a qualidade e a confiança”, ela assegurou, já anunciando que o próximo trabalho do ABNT/CB-17, previsto para começar ainda neste semestre, será a norma de vestibilidade para o público feminino. “Teremos o desafio da diversidade de peças e a vantagem da experiência da elaboração das duas normas anteriores”, concluiu

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Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) realizou evento em São Paulo, no dia 18 de abril, para lançamento da norma de vestibilidade para homens, que vinha gerando grande expectativa no mercado. Inovadora no segmento de vestuário masculino, a ABNT NBR 16060:2012 oferece referências de medidas dos tipos físicos normal, atlético e especial, trazendo benefícios para as confecções, o comércio e os consumidores. O diretor de Relações Externas da ABNT, Carlos Santos Amorim Junior, abriu o evento destacando que a norma, de aplicação voluntária, trará muitas vantagens ao setor. “Ela deverá contribuir, principalmente, para que as empresas de pequeno porte tenham acesso ao conhecimento”, ele afirmou. Em breve, 20 mil exemplares de uma cartilha sobre a nova norma, com o título “Que roupa se encaixa ao tamanho do meu corpo?” serão disponibilizados por meio da parceria entre a ABNT e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A superintendente do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/ CB-17), Maria Adelina Pereira, ao iniciar a apresentação da ABNT NBR 16060:2012, afirmou que o mercado precisava de uma iniciativa desse tipo, devido à mudança do biótipo do brasileiro, que exige maior variedade de opções. A partir dessa percepção é que foi elaborada a ABNT NBR 15800:2009, sobre vestuário para bebê e infanto-juvenil, fazendo crescer a curiosidade das confecções quanto à norma de vestibilidade para homens.


[ Institucional ]

Garantia de qualidade

A plataforma elevatória veicular Ellevare, fabricada pela gaúcha Pegg, recebe certificação da ABNT.

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Pegg Ltda., uma empresa de Caxias do Sul (RS) que se dedica ao desenvolvimento de produtos e componentes para a indústria, especialmente encarroçadores de ônibus, obteve em janeiro deste ano a Marca de Conformidade ABNT para a sua plataforma para ônibus Ellevare, destinada ao deslocamento de pessoas com mobilidade reduzida. Concluiu, assim, um processo desafiador, cujo resultado o diretor técnico Jairo Pellenz define como “fantástico”. Pioneira no mercado, a Ellevare constitui-se de plataforma elevatória e rampa de acesso veicular, apresentando como aspecto mais inovador a tração elétrica. Está em conformidade com duas Normas Brasileiras: a ABNT NBR 15646:2011, Acessibilidade - Plataforma elevatória veicular e rampa de acesso veicular para acessibilidade em veículos com características urbanas para o transporte coletivo de passageiros Requisitos de desempenho, projeto, instalação e manutenção; e a ABNT NBR 15570:2011, Transporte — Especificações técnicas para fabricação de veículos de características urba-

nas para transporte coletivo de passageiros. O projeto de certificação foi desenvolvido de 2007 a 2008, com base nas duas normas técnicas, mas apenas em agosto de 2011 a Pegg iniciaria o processo, concluído em dezembro, ou seja, no prazo de cinco meses, e que lhe daria direito de receber, em janeiro, o certificado com a Marca de Conformidade ABNT. A empresa enfrentou alguns desafios, como o desenvolvimento do produto de acordo com as normas técnicas, sem alterar a qualidade, mas com um novo conceito e a custo reduzido. Para Jairo Pellenz, o resultado valeu todo o esforço empreendido. “A certificação significa a concretização de um projeto, a garantia da qualidade de nosso produto e o atendimento às normas da ABNT, então considero essa conquista como algo fantástico”, entusiasma-se o diretor técnico. Com mais de 20 anos de experiência no mercado, a Pegg já fornecia produtos para empresas de transporte público. Logo que recebeu o certificado da ABNT, iniciou um processo

visando à comercialização de suas plataformas para fabricantes de carrocerias de ônibus. Estimulada pela conquista, a empresa agora se prepara para obter a certificação de seu sistema de gestão da qualidade, em conformidade com a ABNT NBR ISO 9001:2008. “Dessa forma, vamos comprovar que a Pegg se destaca pela busca de novas tecnologias, que tornam seus produtos mais competitivos no mercado, mais práticos na sua operação e ecologicamente corretos”, conclui Jairo Pellenz

Mais um benefício aos associados Neste mês de maio, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) passou a oferecer mais um benefício aos seus associados: a visualização de normas antes da aquisição. “O serviço estará disponível pelo site www.abnt. org.br , e os associados poderão utilizá-lo com o CNPJ e senha, que são fornecidos a todos quando fazem a adesão. Para apresentarmos o novo benefício enviaremos uma correspondência informando a senha e o acesso ao sistema”, afirma Roberto Santos, gerente de Articulação Nacional. O objetivo desse novo benefício é melhorar e facilitar o acesso e a pesquisa de normas a todo o quadro associativo. Para facilitar o entendimento, o assessor de TI, Nelson Al Assal, explica passo a passo como o sistema vai funcionar:

• O serviço permitirá ao associado a prévisualização da norma técnica, por uma vez, por um tempo limite, suficiente para que ele leia rapidamente e verifique se é a norma adequada para a compra. • O associado tem permissão para clicar em um botão VISUALIZE ANTES DE COMPRAR e se autenticar. Para isso ele necessita ter a plataforma java instalada em seu computador (computadores em geral já tem isso pré-instalado). • A norma abre normalmente por um tempo de 15 segundos por página (ex: 20 pg -> 300 segundos ou 5 minutos) respeitando um limite de no máximo 10 minutos. Caso algum associado tenha dificuldade basta contatar a área de TI pelos telefones (11) 3017.3642 / 3601 ou pelo e-mail verick@abnt.org.br


[ Institucional ]

Obras com rapidez e eficiência Nova norma da ABNT orienta a construção de paredes de concreto moldadas no local, em formas removíveis.

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boletim ABNT 15 maio | 2012

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou, no dia 10 de abril, a ABNT NBR 16055:2012, Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações — Requisitos e procedimentos, que deverá auxiliar muito as construtoras do país, nestes tempos em que canteiros de obras surgem por toda parte. O sistema construtivo não é novo, já foi muito usado no Brasil e no exterior, de acordo com Arnoldo Wendler, coordenador da Comissão de Estudo do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02) responsável pela elaboração da norma. Mas a iniciativa da ABNT vem ao encontro do atual momento do setor. “Estamos em uma fase de ampla utilização porque o sistema depende da execução de uma grande quantidade de unidades e com velocidade. Hoje o mercado brasileiro oferece estas condições para a utilização deste sistema construtivo”, observa Wendler. Algumas características da norma: utilização de formas removíveis: utilização de concreto de densidade normal; concretagem simultânea de paredes e lajes; utilização de telas soldadas nas paredes e todas as suas ligações; e incorporação de elementos construtivos, desde que aprovados pelo engenheiro de estruturas.

Canteiro de obras em diferentes fases da construção de paredes: quantidade e velocidade

A opção por formas removíveis, como destaca o coordenador, permite o seu uso repetidas vezes. A construção das paredes tem a seguinte sequência: • montagem das armaduras, instalações elétricas e outros elementos construtivos incorporados; • colocação de formas de paredes, escoramentos e forma de laje; • complementação da armadura de laje e elétrica; • concretagem de todo o conjunto; • retirada das formas no dia seguinte, para reutilização. A norma, por sinal, também estabelece requisitos para as formas. “No capítulo 18, temos condições de resistência, rigidez e estanqueidade

das formas, assim como do processo de montagem e desmontagem”, informa Wendler. A ABNT NBR 16055:2012 pode ser adotada por empresas de diferentes portes, que tenham empreendimentos com um número elevado de unidades e que possam se utilizar da velocidade do processo, mas Arnoldo Wendler alerta: “É de extrema importância a correta especificação, dosagem, lançamento e cura do concreto, material básico do sistema”. Atendidos os requisitos da norma, estarão asseguradas a rapidez, a economia com a reutilização da forma e a qualidade de acabamento


[ Dúvidas ] 1.Gostaria de saber qual norma da ABNT traz informações sobre o método de determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em águas. Carlos Eduardo Risonho – Globe Química S.A. – Cosmópolis – SP

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2.Peço que me informem qual norma da ABNT trata de cores de segurança para os locais de trabalho. Fernando Fernandez – Volkswagen do Brasil – Taubaté – SP

A indicação dos riscos por meio de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. 3.Gostaria de saber se existe na ABNT alguma norma técnica para cadeira plástica. Karina Keron – Secretaria Municipal de Assistência Social – São José do Rio Preto – SP

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 14776:2001 - Cadeira plástica monobloco - Requisitos e métodos de ensaio, que especifica os métodos de ensaio e os requisitos exigíveis para aceitação das cadeiras plásticas monobloco. A Norma define cadeira plástica monobloco como aquela produzida em uma única etapa, com as costas em posição fixa, sem partes móveis, com ou sem braço, pelo processo de injeção, destinada ao assentamento de uma pessoa.

Observamos que a sensação de conforto térmico é essencialmente subjetiva. Devido às grandes variações individuais, fisiológicas e psicológicas, não é possível determinar condições que possam proporcionar conforto para 100% das pessoas. Os parâmetros estipulados nesta parte da ABNT NBR 16401 definem o ambiente térmico em que a maioria da pessoas (80% ou mais), de um grupo homogêneo em termos de atividade física e tipo de roupa usada, é suscetível de expressar satisfação em relação ao conforto térmico. Esta parte da ABNT NBR 16401 aplica-se a pessoas adultas, em boa saúde, que estejam no recinto há mais de 15 minutos. 5.Preciso saber qual norma da ABNT é usada para identificação de tubulações por cores (por exemplo: água, água de combate a incêndio, vapor, ar comprimido etc.) Isaias Caldas – I.C.A. Assessoria e Consultoria S/S Ltda. – Três Rios – RJ

Claudio da Rocha – Autônomo – Fortaleza – CE

A ABNT responde: A norma de seu interesse é a ABNT NBR 6493:1994 - Emprego de cores para identificação de tubulações, que fixa as condições exigíveis para o emprego de cores na identificação de tubulações para a canalização de fluidos e material fragmentado ou condutores elétricos, com a finalidade de facilitar a identificação e evitar acidentes.

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 16401-2:2008 - Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários - Parte 2: Parâmetros de conforto térmico. Esta parte da ABNT NBR 16401 especifica os

Esta Norma aplica-se à identificação de tubulações de maneira geral e pode ser complementada por normas específicas, indicadas pela necessidade de determinadas atividades.

4.Qual norma da ABNT dá os parâmetros aceitáveis de climatização em ambientes de escritório?

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A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR ABNT NBR 7195:1995 – Cores para segurança, que fixa as cores que devem ser usadas para prevenção de acidentes, sendo empregadas para identificar e advertir contra riscos.

parâmetros do ambiente interno que proporcionem conforto térmico aos ocupantes de recintos providos de ar-condicionado.

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A Norma define demanda bioquímica de oxigênio (DBO) como sendo a quantidade de oxigênio necessária para a oxidação biológica e química das substâncias oxidáveis contidas na amostra, nas condições de ensaio.

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A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 12614:1992 - Águas - Determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) - Método de incubação (20°C, cinco dias) - Método de ensaio, que prescreve o método de determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em amostras de coleções líquidas em geral, efluentes domésticos e industriais, Iodos e água de mar.


[ Turismo e Normalização ]

ISO/TC 228 reúne-se em Seul

Para seu conhecimento Esta seção é destinada à divulgação de processos, termos e curiosidades utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados à normalização. Nesta edição destacamos a norma ABNT NBR 9050:2004, sobre Acessibilidade. Desde 2004, a ABNT NBR 9050 (versão corrigida em 2005) é um instrumento que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando

do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade, de modo a garantir que todas as pessoas possam se orientar e se deslocar facilmente em um ambiente, permitindo segurança e independência a todos. Esta norma está sendo revisada em breve o projeto será submetido à Consulta Nacional

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abstenções. Os países que votaram a favor com comentários foram: Brasil, França, Malásia, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Trinidad e Tobago, enquanto que os países que votaram negativo foram: Finlândia, Alemanha e Reino Unido. Os comentários recebidos serão analisados na próxima reunião, onde será decidido por consenso se os projetos de norma de turismo de aventura passarão para a fase de DIS, que é a penúltima e a mais abrangente em termos de participação, antes da publicação como norma ISO. O WG 10 - Environmentally friendly accommodation establishments vai se reunir para analisar os comentários feitos à primeira minuta de documento, que recebeu contribuições da Suíça e do Reino Unido. A reunião anterior, que foi realizada em novembro de 2011, na Turquia, teve uma pequena participação. Agora será, realmente, a primeira oportunidade para se analisar com mais profundidade os trabalhos que estão a ser desenvolvidos por este grupo de trabalho. O Brasil enviará uma delegação à Coréia do Sul e participará de todas as reuniões

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do da votação desses documentos: ISO/CD 14489-1 – Safe Delivery of Adventurous Activity – Parte 1: Risk Management, ISO/CD 14489-2 – Safe Delivery of Adventurous Activity – Parte 2: Leader Competence e ISO/ CD 14489-3 – “Safe Delivery of Adventurous Activity – Parte 3: Information to Clients. De uma forma geral, os projetos de norma foram bem recebidos pelos membros da ISO. O ISO/CD 14489-1 contou com 16 votos a favor, sendo 7 votos de aprovação com comentários (Brasil, França, Malásia, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Trinidad e Tobago), 3 votos contra (Finlândia, Alemanha e Reino Unido) e 17 abstenções. O ISO/CD 14489-2 recebeu 15 votos a favor, sendo 8 votos de aprovação com comentários, 4 contra e 16 abstenções. Os países que votaram a favor com comentários foram Barbados, Brasil, França, Malásia, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Trinidad e Tobago, enquanto os votos negativos foram dados por Dinamarca, Finlândia, Alemanha e Reino Unido. O ISO/CD 14489-3 contou com 17 votos a favor, sendo 7 votos de aprovação com comentários 3 contra, 16

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comitê técnico ISO/TC 228 – Tourism reúne-se em Seul, na Coréia do Sul, nos dias 20 a 25 de maio. Nesse periodo, além da Plenária, haverá reuniões de seis grupos de trabalho: WG2 – Health tourims services; WG3 – Tourist information and reception services at Tourist Information Offices; WG5 – Beaches; WG6 – Natural protected areas ; WG7 – Adventure tourism; e WG10 – Environmentally friendly accommodation establishments. Vários desses grupos estão desenvolvendo normas de requisitos de serviços as quais, em alguns casos, incluem prescrições de sistemas de gestão. Estas terão de ser reavaliadas em virtude de uma decisão do Technical Management Board (ISO/TMB), que esclarece a política da ISO de que normas de serviços não podem ter requisitos de sistemas de gestão e normas de sistemas de gestão não podem ter requisitos de desempenho de serviços. Este é o caso dos WG2, WG3, WG 5 e WG 6. Quanto ao WG 7 – Adventure Tourism, que é liderado pelo Brasil, os documentos foram votados na fase de Committee Draft (CD). No dia 29 de março, foi divulgado o resulta-


[ Consumidor ]

A presença do PET

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ue atire a primeira pedra quem nunca usou ou comprou uma embalagem PET! O produto chegou ao Brasil em 1988, sendo utilizado primeiramente na indústria têxtil. A partir de 1993 passou a ter forte expressão no mercado de embalagens, principalmente para os refrigerantes. Atualmente o PET está presente no acondicionamento de diversos tipos de bebidas, óleo de cozinha etc. O PET – Poli (Tereftalato de Etileno) - é um poliéster, polímero termoplástico. É considerado o melhor plástico para fabricação de embalagens de produtos comestíveis, cosméticos, medicamentos, produtos de higiene, entre outros. Devido à alta resistência de impacto e química, é capaz de conter os mais diversos produtos com total higiene e segurança, tanto para o conteúdo quanto para o consumidor. Para garantir os atributos e a qualidade do PET, os fabricantes podem se basear em normas técnicas. A ABNT disponibiliza as seguintes normas: ABNT NBR 15395:2006, Garrafa soprada de PET para refrigerantes e águas - Requisitos e métodos de ensaio. Esta norma estabelece os requisitos mínimos de qualidade e os métodos de ensaio exigíveis para garrafas sopradas de PET, personalizadas ou genéricas, não retornáveis, destinadas ao acondicionamento de refrigerantes e águas. ABNT NBR 15410:2006, Tampas plásticas com rosca para acondicionamento de refrigerantes e água

- Requisitos e métodos de ensaio. Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e os métodos de ensaio para tampas plásticas com rosca, não dotadas de bico dosador, para garrafas para acondicionamento de refrigerantes e água. O PET oferece vários benefícios. Para os consumidores, é extremamente leve e 100% reciclável, podendo ser facilmente separado de outros produtos. Para a indústria e o comércio, evita desperdício de material, embalagem e produto e possui ótima resistência química, permitindo o envase de variados líquidos. E para o meio ambiente o sistema de fechamento eficiente também traz a sua contribuição. Pode-se dizer que o PET é ambientalmente correto, porque é inerte e não gera chorume em lixões e ater-

ros, o que preserva a água subterrânea e os rios. Por ser muito leve, exige o mínimo de matéria-prima na sua fabricação, além de economizar combustível e minimizar a emissão de gases de efeito estufa. Ao comprar produtos oferecidos em embalagens de PET e ao fazer o descarte correto, o consumidor contribuir para a preservação do meio ambiente e também para a geração de empregos na área da reciclagem. O Organismo de Normalização Setorial de Embalagem e Acondicionamento Plásticos (ABNT/ONS51) é o responsável pelas normas referentes ao assunto. Para mais informações basta entrar em contato com o analista responsável Rodrigo Canosa (rodrigo.canosa@ abnt.org.br)


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[ Foco na MPE ]

Por boas práticas nos serviços de alimentação

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ão importa o tamanho da empresa. Se ela atua no mercado de serviços de alimentação, deve colocar a segurança em primeiro lugar, guiando-se por normas técnicas. E não faltam incentivos às boas práticas, como o Programa Alimentos Seguros (PAS), que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mantém em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e outras entidades do chamado Sistema “S”. As empresas da área de alimentos que participam do PAS são conscientizadas da importância de implementar a ABNT NBR 15635:2008 - Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênicosanitárias e controles operacionais essenciais. A recompensa é a certificação concedida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), além do reconhecimento dos clientes, que têm a garantia de receber produtos de qualidade, livres de contaminações. Pequenos empreendedores, mesmo aqueles que se lançam no mercado confiantes em seus processos artesanais para a preparação de alimentos, não podem ignorar as orientações oferecidas pelas normas técnicas. A coordenadora da Comissão de Estudos de Segurança de Alimentos da ABNT, Brigitte Bertin, assegura que as micro e pequenas empresas (MPE) também podem aplicar a ABNT NBR ISO 22000:2006 - Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na ca-

deia produtiva de alimentos, normaque é considerada mais complexa. “Qualquer fabricante de produtos alimentícios pode implantar, implementar e manter a norma de Gestão da Segurança de Alimentos. No entanto algumas empresas precisam buscar apoio externo para auxiliá-las na implantação e isso pode ser feito por consultores especializados ou com treinamentos para a capacitação de seus próprios profissionais”, afirma Brigitte, justificando que, apesar de não ser difícil, a implantação é trabalhosa e requer conhecimento técnico. Para facilitar a tarefa das empresas, existe a ABNT NBR ISO 22004:2006 - Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Guia de aplicação da ABNT NBR ISO 22000:2006. Brigitte comenta que este Guia está sendo revisado na ISO e em breve será disponibilizado, como uma ótima ferramenta de ajuda. “Já existe um CD em inglês distribuído pela ISO chamado How to Use ISO 22000, e o guia em ela-

boração vai ser baseado nesta ferramenta”, ela informa. Especialista em microbiologia de alimentos, Brigitte alerta que as empresas devem garantir a segurança dos produtos que oferecem, primeiramente, certificando-se de que as Boas Práticas estejam bem implementadas (pré-requisitos). Ela ensina: “Depois devem implantar o Sistema APPCC (Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e utilizar um modelo de gestão para gerenciar isso tudo, que é a própria ABNT NBR ISO 22000”. De acordo com a coordenadora, é obrigatório que os alimentos não ofereçam riscos à saúde nem à integridade dos consumidores. “A ABNT NBR ISO 22000:2006 estabelece os requisitos que as empresas devem atender para dar esta garantia, ou seja, quando ela obtém a certificação, significa que atingiu este objetivo e oferece produtos seguros para o consumo”, conclui Brigitte Bertin


[ Foco na MPE ]

Da inovação ao sucesso

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MPE, que pode adotar essa postura desde seus momentos iniciais”, ele alerta. A utilização da ABNT NBR ISO 9001:2008, sobre gestão da qualidade, por exemplo, pode ser uma iniciativa de inovação, que ocorrerá se a empresa for bem sucedida no mercado a partir do atendimento aos requisitos estabelecidos na Norma. Félix argumenta que “se o empreendedor, ao implementar a boas práticas apresentadas na Norma ,obtiver mais lucro, maior competitividade ou outro resultado positivo, então ele provavelmente implementou também alguma inovação de gestão”. De acordo com Júlio Félix, é muito importante que as empresas, especialmente as MPE, adotem a prática de consultar, aplicar e ter sempre atualizadas as normas relacionadas às suas atividades: “Os empresários precisam ter em mente que ali reside o estado da arte dos conhecimentos de suas atividades e é por esse caminho que podem melhorar muito sua competitividade”

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de Tecnologia do Paraná (Tecpar). “Associar a inovação com grandes empresas, como a Apple ou a Petrobras, estruturadas e com grandes orçamentos, é correto, mas não significa que pequenas empresas ou empreendimentos recém criados não possam inovar. Pelo contrário, é muito comum pequenas empresas começarem ao identificar uma oportunidade de negócio e inovar a partir daí”, comenta Felix, lembrando que esse é o caso típico das empresas em incubadoras tecnológicas. Coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão de Pesquisa, Desenvolvimento e Informação (ABNT/CEE-130), Júlio Félix ensina que é preciso criar um ambiente propício à inovação para que ela seja possível, independentemente do porte da empresa. “Por meio da aplicação de técnicas, ferramentas e conhecimentos sistematizados, a empresa passa a fazer a gestão de seu processo de inovação, que a transforma profundamente. Isso é ainda mais importante para a

boletim ABNT

A empresa até pode ter se lançado no mercado trabalhando com um produto ou processo bem sucedido em outras organizações. Afinal, o pequeno empreendedor, que começa com capital reduzido, não quer e nem pode correr riscos, principalmente quando ele já tem um nicho definido, com retorno financeiro suficiente para pagar as contas e manter um certo padrão de vida. Mas, até quando? Se as exigências dos clientes crescem, é preciso acompanhá-las. Ao contrário daqueles que ousam, identificam tendências e até se antecipam a elas, quem se mantém na estrada reta, com medo de se perder, pode estar renunciando a boas surpresas ao fim de um atalho. A busca pelo novo nem precisa ser um lance genial. Na maioria das vezes, basta uma simples mudança de rumo, seja em grandes corporações, seja em micro e pequenas empresas (MPE). O que importa é que haja um ambiente favorável para a inovação, como ensina Júlio Felix, diretor-presidente do Instituto


[ Negócios ]

Redes de proteção O mercado de redes de proteção para edificações já conta com uma Norma Brasileira, com três partes. Fabricantes e instaladores podem aplicar os requisitos da norma para garantir a proteção de pessoas, principalmente as crianças, em janelas, sacadas, mezaninos, escadas e outros locais que exigem maior cuidado contra o risco de queda fortuita. São as seguintes as partes da norma: • ABNT NBR 16046-1:2012, Redes de proteção para edificações - Parte 1: Fabricação da rede de proteção, que especifica os requisitos mínimos para fabricação de redes de proteção como, por exemplo, que o material utilizado seja resistente a impactos e a tração;

• ABNT NBR 16046-2:2012, Redes de proteção para edificações - Parte 2: Corda para instalação da rede de proteção, que especifica os requisitos mínimos do conjunto de fios não metálicos torcidos ou trançados, utilizado para a fixação da rede de proteção; • ABNT NBR 16046-3:2012, Redes de Proteção para Edificações - Parte 3: Instalação, que contempla o procedimento para instalação da rede, observando os cuidados necessários quanto ao substrato em que ela será instalada (alvenaria, madeira, estrutura metálica), o espaçamento máximo entre os elementos de fixação e entre a rede e o substrato, além de outros aspectos

Seus produtos com valor agregado A ABNT vem oferecendo um novo serviço para promover produtos de empresas que se utilizam de Normas Técnicas nas suas atividades. É a norma patrocinada. Ao associar sua marca a uma norma técnica, a empresa tem a oportunidade de promover seus

produtos e, ao mesmo tempo, disseminar o conhecimento técnico consolidado. Entre em contato conosco pelo email claudinei@ abnt.org.br e conheça as formas de aliar seus produtos a uma norma da ABNT

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zadores de alimentos; RDC 216:2004 -Regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação; RDC 17:2010 - Boas práticas para a fabricação de medicamentos; RDC 59:2000 - Boas práticas de fabricação de produtos médicos; NIT DICLA 035 - Requisitos Gerais para laboratórios segundo os princípios das BPL; NIT DICLA 036 - Papel e responsabilidade do diretor de estudos em BPL; NIT DICLA 037 - Aplicação dos princípios de BPL a estudos de curta duração; DICLA 038 - A aplicação dos princípios BPL a sistemas informatizados; NIT DICLA 040 - Fornecedores e BPL; NIT DICLA 043: - Aplicação dos princípios da BPL à Organização e ao Gerenciamento de Estudos em Múltiplas Localidades (Multi -site). Os cursos de auditoria interna baseados na nova norma ABNT NBR ISO 19011:2012 – Diretrizes para auditorias de sistemas de gestão já estão ocorrendo. Tratam de auditoria da qualidade, ambiental, de segurança da informação e na área de alimentos

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A grade de cursos na área ambiental foi ampliada para melhor atender á demanda, passando agora a contar com os seguintes títulos: Passivo ambiental em solo e água subterrânea: Avaliação preliminar - ABNT NBR 15515-1:2007 Versão corrigida:2011 e Investigação confirmatória - ABNT NBR 15515-2:2011; Gestão de Riscos e Crises Ambientais; Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio - Sistema de Gestão Ambiental - ABNT NBR ISO 14004:2005; Gases Efeito Estufa - Princípios e requisitos para a qualificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) - ABNT NBR ISO 14064:2007, Política Nacional de Resíduos para a Indústria, Saúde e Setor Público e Implantação do plano de gerenciamento de resíduos de saúde – PGRSS. Para complementar os conhecimentos dos participantes dos cursos da ABNT, foram agregados treinamentos sobre regulamentos técnicos, tais como: RDC 275:2002 - Estabelecimentos produtores/industriali-

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Capacitação oferece novos cursos na área ambiental


[ Normalização em Movimento ]

ABNT NBR ISO/IEC 31010 Foi publicada, no dia 4 de abril, a ABNT NBR ISO/IEC 31010:2012, Gestão de riscos - Técnicas de Segurança para o processo de avaliação de riscos. Após meses de trabalho da Comissão de Estudo Especial de Gestão de Riscos (ABNT/CEE-63), já está à disposição da

sociedade a adoção da ISO/IEC 31010, cujo escopo é apoiar a ABNT NBR ISO 31000:2009 e fornecer orientações sobre a seleção e aplicação de técnicas sistemáticas para o processo de avaliação de riscos.

ABNT NBR 13883:2012 No dia 4 de abril, foi publicada a nova versão da ABNT NBR 13883:2012, Segurança de artigos para festas - Requisitos e métodos de ensaio. Esta Norma

determina os critérios técnicos para a realização de ensaios para artigos de festas e aplica-se a artigos de festas novos e no estado em que são comercializados.

ABNT ISO TS 22002-1 Foi publicada no final de abril a ABNT ISO/TS 22002-1, Programa de pré-requisitos na segurança de alimentos – Parte 1: Processamento industrial de

alimentos, uma especificação técnica internacional elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos.

Manejo florestal O Projeto de Norma 103:000.00-003/01, Florestas urbanas – Manejo de árvores, arbustos e outras plantas lenhosas – Parte 1: Poda e o Projeto de Revisão da ABNT NBR 14789, Manejo florestal sustentável

— Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, da Comissão de Estudo Especial de Manejo Florestal, foram encaminhados no início de maio para Consulta Nacional, por 60 dias.

Brasil no ISO/IEC JTC 1 O Brasil será representado em mais uma reunião plenária do ISO/IEC JTC 1 SC 7 – Information Technology - Software and systems engineering, na semana de 19 a 25 de maio, que acontecerá na ilha de Jeju (Coréia do Sul). Também haverá participação brasilei-

ra na reunião plenária do ISO/IEC JTC 1 SC 38 – Information Technology - Distributed application platforms and services (DAPS), marcada para o período de 21 a 25 de maio, em Berlim (Alemanha).

ABNT NBR ISO 19011:2012 A nova versão da ABNT NBR ISO 19011, Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão foi publicada em abril. A Norma fornece orientação sobre auditoria de sistemas de gestão e é aplicável a todas as orga-

nizações que necessitem realizar auditorias internas ou externas de sistemas de gestão ou gerenciar um programa de auditoria.

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(Playgrounds - Parte 6: Instalação); e 120:000.00001/7 (Playgrounds - Parte 7: Inspeção, manutenção e utilização). Estes documentos deverão cancelar e substituir a ABNT NBR 14350-1 (Segurança de brinquedos de playground Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio) e ABNT NBR 14350-2 (Segurança de brinquedos de playground Parte 2: Diretrizes para elaboração de contrato para aquisição/fornecimento de equipamento de playground).

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boletim ABNT

A norma para playgrounds, com sete partes, está circulando em Consulta Nacional. Os Projetos são os seguintes: 120:000.00-001/1 (Playgrounds - Parte 1: Terminologia); 120:000.00-001/2 (Playgrounds Parte 2: Requisitos de segurança); 120:000.00-001/3 (Playgrounds - Parte 3: Requisitos de segurança para pisos absorventes de impacto); 120:000.00-001/4 (Playgrounds - Parte 4: Métodos de ensaios); 120:000.00-001/5 (Playgrounds - Parte 5: Projeto da área de lazer); 120:000.00-001/6

boletim ABNT

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Playgrounds em Consulta Nacional


[ Notícias da Certificação]

Rótulo Ecológico ABNT

Página na internet

Foram certificadas recentemente com o Rótulo Ecológico ABNT as seguintes empresas: Artline (mobiliário de escritório); Beaulieu (extensão de escopo para inserir outra linha de carpete Vivencio); e a reformadora de pneus Paludo

Está disponível, a todos os interessados, uma página na internet dedicada exclusivamente ao Rótulo Ecológico ABNT, contendo empresas certificadas, perguntas mais frequentes sobre o assunto e muitas outras informações: www.abntonline.com.br/ rotulo

Curso de Rotulagem

Gojo faz divulgação

A ABNT, representada por Andréia Oliveira, participou do workshop “Como começar, desenvolver e promover um programa de Rotulagem ambiental Tipo 1”, realizado em Bangkok, na Tailândia, nos dias 5 a 7 de março. O evento teve o objetivo de estimular a troca de experiências entre os organismos de certificação a respeito do Programa de Rotulagem Ambiental (Ecolabelling)

A Gojo América Latina realizará evento em São Paulo, no dia 29 de maio, para divulgação do Rótulo Ecológico ABNT conquistado para a sua linha de higienizadores Purell® (higienizador instantâneo para as mãos em gel e espuma) e também o higienizador Gojo Mild Foam Hand Wash Fragrance Free

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estimula a busca da melhoria contínua. Ele lembrou que as empresas que se propõem a implantar um SGQ têm como objetivo principal a satisfação de seus clientes, e para que isto ocorra buscam assegurar a qualidade dos seus produtos, processos e serviços, beneficiando-se com a melhoria da produtividade e aumento da competitividade. A certificação é também um indicador para os consumidores de que o produto, processo ou serviço atende a padrões mínimos de qualidade. Antonio Parente fez a entrega do Certificado de Conformidade de Sistema de Gestão da Qualidade às seguintes empresas: Equipe Indústria Mecânica Ltda.; Gromar Indústria e Comércio Ltda.; Morel Modelação Real Ltda. – EPP; Mutti Equipamentos Industriais Ltda.; e Vectra Indústria e Comércio de Peças Agrícolas Ltda. Na ocasião, o próprio Simespi também recebeu seu certificado

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Surgem os primeiros resultados do Acordo de Cooperação realizado entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Siderúrgicas e Fundições de Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras (Simespi). No dia 16 de março, o sindicato realizou evento, em Piracicaba (SP), para homenagear as empresas associadas que já eram certificadas e as primeiras que obtiveram a certificação da ABNT para seus Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) em conformidade com a ABNT NBR ISO 9001:2008. O presidente do Simespi, Tarcisio Angelo Mascarim, falou sobre o programa denominado “Simespi Rumo à ISO”, que oferece aos associados, gratuitamente, consultoria e orientação no processo de implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, visando à conquista da certificação. Por sua vez, o representante da ABNT, Antonio S. Parente, destacou a importância da certificação, que

boletim ABNT

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Parceria entre ABNT e Simespi


[ Fique por Dentro ] Reuniões das Comissões de Estudo ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial ABNT/CEE-124

MAIO Escadas Transportáveis

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ABNT/CEE-146

Mercado Voluntário de Carbono

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ABNT/CEE-174

Análise Sensorial

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ABNT/CEE-166

Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

3

ABNT/CEE-166

Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

4

ABNT/CEE-161

Blindagem e Sistema de Blindagem

ABNT/CEE-135

8

Radiações Ionizantes

16

ABNT/CEE-157

Microbiologia de Alimentos

17

ABNT/CEE-72

Tabaco e Produtos de Tabaco

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ABNT/CEE- 111

Responsabilidade Social

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ABNT/CEE- 111

Responsabilidade Social

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ABNT/CEE-168

Símbolos Gráficos

ABNT/CEE-109

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Segurança e Saúde Ocupacional

ABNT/CEE-94

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Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas

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março | 2012 25 boletim ABNT

ABNT/CEE-162

4

Análises Químicas de Cobre e Níquel

8

ABNT/CEE-24

Sistemas de Detecção e Alarme Contra Incêndio

ABNT/CEE-106

11

Análises Ecotoxicológicas

ABNT/CE 21:038.00

12,13 e 14

Plataformas e Serviços de Aplicartivos Distribuídos

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Recursos Hídricos

ABNT/CEE-97

13

Gestão de Segurança para Cadeia Logística

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Elaboração de Orçamentos e Formação de Preços de Empreendimentos de Infraestrutura

[ Novos Sócios ] 16/03/2012 a 15/04/2012 Nome / Razão Social Alexandre Beraldi Santos

Categorias INDIVIDUAL ESTUDANTE

Assis Moura Ehealth Informática Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

Associação Educacional Nove de Julho

COLETIVO MANTENEDOR

CISABRASILE Ltda.

COLETIVO CONTR. - C

CNH Latin América Ltda.

COLETIVO CONTR. - A

Eber Sanzovo Santiago

INDIVIDUAL

Geanne Gomes de Moura

COL. CONTR.M.EMP.

Human SP Ltda EPP

COL. CONTR.M.EMP.

Luceplus Importadora de Produtos Elétricos Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

Pandora Informática Ltda.

COLETIVO CONTR. - C

Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná

COLETIVO CONTR. - D

SPQR Tecnologia da Informação Ltda Me

COL. CONTR.M.EMP.

Suzana Casa da Silva

INDIVIDUAL

Victor de Paula Brandão Aguiar

INDIVIDUAL

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maio | 2012

ABNT/CEE-65

Sistemas de Prevenção Contra Explosão

ABNT/CEE-81

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ABNT/CEE-80

boletim ABNT

JUNHO


[ Fique por Dentro ]

Eventos Lançamento da Norma ABNT NBR 16501:2011 – Diretrizes para sistemas de gestão da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação (PD&I) 8 de maio de 2012 Horário: 15h Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 – Meireles – Fortaleza – CE. Inscrições: eventos@abnt.org.br

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Feiras

FENASAN - Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente XXIII Encontro Técnico AESabesp 06 a 08 de Agosto de 2012 Local: Expo Center Norte - Pavilhão Branco Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SP Para mais informações: www.fenasan.com.br

Apoio CNASI - Congresso Latino-Americano de Auditoria de TI, Segurança da Informação e Governança 14 e 15 de Maio de 2012 - 9ª. Edição - Local Brasília/DF 16 e 17 de Julho de 2012 - 2ª. Edição - Local Recife/PE 23 a 24 de Outubro de 2012 - 21ª. Edição - Local São Paulo/SP Para mais informações: www.Ideti.com.br Seminário de Gerenciamento de Mídias e Redes Sociais & Socialização Web 16 de Maio de 2012 - 1ª. Edição - Local Brasília/DF 18 de Julho de 2012 - 1ª. Edição - Local Recife/PE Para mais informações: www.Ideti.com.br FIMA BRASIL - Feira Industrial de Manutenção e Automação 15 a 18 de maio de 2012 Local: Mendes Convention Center Av. Gen. Francisco Glicério, 206 - Santos/SP Para mais informações: www.fimabrasil.com.br

março | 2012

1ª. Feira da Indústria de Fundações e Geotecnia SEFE7 - Seminário de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia 17 a 20 de junho de 2012 Local: Transamérica Expo Center Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/SP Para mais informações: www.acquacon.com.br/sefe7

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Seminário de Responsabilidade Social 11 de maio de 2012 Horário: 8h30 às 17h30 Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CE Para mais informações e inscrições: eventos@abnt.org.br

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maio | 2012

Seminário de Energias Renováveis 09 de maio de 2012 Horário: 8h30 às 17h30 Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CE Para mais informações e inscrições: eventos@abnt.org.br


[ Fique por Dentro ] ECOFAIR BRASIL - Feira Ambiental de Inovações Regionais 16 a 20 de Maio 2012 Local: Clube União Recreativo Rua Francisco Paulo Brajon 650 - Jardim Guadalajara - Sorocaba/SP Para mais informações: www.ecofair.com.br M&T EXPO 2012 - 8ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção 6ª Feira Internacional de Equipamentos para Mineração 29 de Maio a 02 de Junho de 2012 Local: Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 - São Paulo/SP Para mais informações: http://www.mtexpo.com.br Medical Design & Manufacturing - MD&M Brazil 26 e 27 de junho de 2012 Local: Transamérica Expo Center Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/SP Para mais informações: www.mdmbrazil.com.br

CONAEND & IEV - Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção e 16ª Conferência Internacional sobre Evaluacións de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales 16 a 19 de julho de 2012 Local: Centro de Convenções Frei Caneca Rua Frei Caneca, 569 - Bela Vista - São Paulo - SP Para mais informações: www.abendi.org.br/conaend_iev Brazilian Retail Week 2012 30 e 31 de Julho a 1 de Agosto 2012 Local: Hotel Transamérica - São Paulo/SP Para mais informações: http://exporetail.com.br/

Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse www.abnt.org.br/eventos

Parceria ABNT e SEBRAE Nossa norma é ajudar você a crescer A ABNT e o SEBRAE firmaram um convênio que possibilita às MPE, após breve cadastro, o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.

www.abnt.org.br/paginampe

maio | 2012

9º COBEE - Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e ExpoEficiência Energética 2012 11 a 12 de Julho de 2012 Local: Centro de Convenções Frei Caneca Rua Frei Caneca, 569 - Bela Vista - São Paulo - SP Para mais informações: www.metodoeventos.com.br/9eficienciaenergetica

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AUTOCOM - Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio 26 a 28 de junho de 2012 - 14ª. Edição Local: Expo Center Norte - São Paulo - SP Para mais informações: www.autocom2012.com.br

boletim ABNT

23° Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2012 26 a 28 de Junho de 2012 Local: Transamérica Expo Center Rua Dr Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro – São Paulo/SP Para mais informações: www.acobrasil.org.br/congresso2012


Certificações RAZÃO SOCIAL: PLÁSTICOS MB LTDA (MB). ESCOPO: CADEIRAS PLÁSTICAS MONOBLOCO.. NORMA: ABNT NBR 14776:2001 DATA DA CONCESSÃO: 23/03/2012

RAZÃO SOCIAL: COMPANHIA NACIONAL DE CIMENTO - CNC (CNC ) ESCOPO:CIMENTO PORTLAND. MODELOS: CP II-F-32, CP II-E-40, CP IV-32 E CP V-ARI.. NORMA: ABNT NBR 5733: 1991, ABNT NBR 5736: 1991 e ABNT NBR 11578:1991 DATA DA CONCESSÃO: 27/02/2012 A fábrica Brennand Cimentos encontra-se em operação na Cidade de Sete Lagoas – MG, desde abril de 2011, produzindo o Cimento Nacional. O empreendimento é composto por jazidas para a exploração de calcário e argila, principais matérias-primas do cimento, e uma unidade industrial para produção, estabelecida às margens da BR 040. Todo o processo foi conduzido dentro dos padrões ambientais exigidos e mantém uma postura de responsabilidade, clareza e respeito com todos os envolvidos: funcionários, prestadores de serviços, fornecedores e comunidades próximas ao empreendimento.

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Construção civil: residenciais, industriais e comerciais Prestação de serviços de mão-de-obra, Pavimentação, saneamento básico, viárias, rede de água potável, pluvial, esgoto sanitário e industrial, construção, exploração, manutenção e operação de sistemas de tratamento de água e esgoto, Serviços de terraplanagem, drenagem, pavimentação, paisagismo e urbanização, abertura de canais e barragens, Gerenciamento, projeto, consultoria, fiscalização, operação e execução de projetos de contratos.

RAZÃO SOCIAL: ISIS TRANSPORTES E LOCAÇÕES LTDA. ESCOPO: TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS QUIMICOS PERIGOSOS E NÃO PERIGOSOS - CARGA GRANEL E CARGA EMBALADA. NORMAS: SASSMAQ DATA DA CONCESSÃO: 13/03/2012 Composto pelas empresas “Isis Transportes e Terminais” e “Conline VS Serviços de Cargas e Transportes”, o Grupo Isis é uma das mais completas empresas de transportes e terminais Redex. O terminal, na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, em Cubatão, recinto definitivo Redex de aproximadamente 60.000 m2, está localizado em um ponto estratégico, servindo ao porto de Santos tanto a margem direita como a esquerda. O Grupo Isis possui uma grande e moderna frota própria de caminhões personalizados e rastreados, e equipamentos de ultima geração, com máquinas de pequeno, médio e grande porte.

maio | 2012

Computer Store está presente no mercado há duas décadas, transformando o conhecimento adquirido em excelência no atendimento e soluções corretas e necessárias para o desenvolvimento e distribuição de tecnologia, montagem de micros e assistência técnica aos seus clientes e parceiros.

RAZÃO SOCIAL: CONSTRUTORA GMS AZEVEDO LTDA. ESCOPO: EXECUÇÃO DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 25/01/2012

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RAZÃO SOCIAL: COMPUTER STORE COMERCIO LTDA. ESCOPO: INTEGRAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE MICROCOMPUTADORES E NOTEBOOKS. NORMAS: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 13/02/2012

A Orthoflex sempre desenvolve e aperfeiçoa suas atividades e produtos. Busca por novas tecnologias, modernização de equipamentos, desenvolvimento de matéria-prima, capacitação de colaboradores e melhoria do design são o seu dia a dia. Produz ao mês 60 mil unidades, parque fabril de 26.000m2, área de 42.000 m2, 50 caminhões, mais de 400 funcionários e 35 representantes pelo Brasil. Para ofertar os melhores produtos no mercado, temos a CERTIFICAÇÃO INMETRO. É garantia, reafirmação e valorização de nossos 24 anos de trabalho e respeito aos clientes lojistas e aos consumidores finais.

boletim ABNT

maio janeiro| |2012 2012

A Plasticos MB está presente no mercado há mais de 20 anos, desenvolvendo utilidades domésticas. Somos uma empresa familiar e através do nosso trabalho bucamos alcançar a excelência e qualidade, para estar entre as principais indústrias de nosso segmento. Prezamos pela satisfação, honestidade, lealdade e, acima de tudo, pelo respeito. Plásticos MB, verdadeira paixão pela família braileira.

RAZÃO SOCIAL:ORTHOFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COLCHÕES LTDA (ORTHOFLEX). ESCOPO: COLCHÃO DE ESPUMA FLEXÍVEL DE POLIURETANO . NORMA: ABNT NBR 13579-1:2003 / ABNT NBR 13579-2:2003 DATA DA CONCESSÃO: 15/02/2012


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Para humanos, a cadeia de suprimento de alimentos é maior do que na natureza.

ABNT lança a coletânea eletrônica de Sistemas de Gestão de Segurança de Alimentos A cadeia de suprimentos que coloca os alimentos da fazenda na nossa mesa é maior do que na natureza Ela pode atravessar continentes e inclui produtores, processadores, armazenadores, transportadores e o comércio varejista. A família de normas ABNT NBR ISO 22000 ajuda a todos os tipos de envolvidos na cadeia de suprimentos a implementar sistemas de gestão que garantam que os alimentos que nós consumimos sejam seguros.

www.abnt.org.br/catalogo COLETÂNEA DE NORMAS TÉCNICAS

SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DE ALIMENTOS


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Participe do maior evento de normalização do país! Conheça produtos e serviços que atendem às normas técnicas e oferecem qualidade, segurança e eficiência.

Novo Local

Centro de Convenções Frei Caneca Rua Frei Caneca, 569 - 5º pavimento São Paulo - SP

30 e 31 de outubro de 2012 www.exponorma.com.br

janeiro | 2012

Prepare-se para o Exponorma 2012


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