Boletim ABNT Mar/Abr 2015

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boletim ABNT, v. 12, n. 144, Mar/Abr 2015

CRISE Hテ好RICA: UMA REALIDADE BRASILEIRA

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EDITORIAL ÁGUA: fonte da vida Sabemos que a água é um recurso essencial à vida. Nossa dependência vai além das necessidades biológicas: precisamos dela para limpar nossas casas, lavar nossas roupas, irrigar plantações, gerar energia e outras utilidades. Sem contar que nossa saúde depende fundamentalmente da qualidade da água que consumimos. A eficiência do abastecimento e a gestão da infraestrutura hídrica englobam poder público, empreendedores, e usuários de água em geral, desde a sua captação até o seu uso e disposição final. Uma vez que já existem ferramentas e tecnologia para a obtenção de eficiência hídrica devemos aplicá-las, entretanto é fato que precisamos repensar nosso comportamento social e culturalmente arraigados para reduzir o consumo, reciclar, reutilizar, e abolir o desperdício. A normalização busca, cada vez mais, desenvolver normas que proporcionam qualidade e segurança para os recursos naturais através do conhecimento de centenas de especialistas apresentado pelos países membros da ISO e outras organizações que trabalham com a norma ISO. E a ABNT disponibiliza em seu acervo um conjunto de normas que estabelecem critérios para a qualidade da água, e para o consumo mais sustentável, como a norma para reutilização da água para fins não potáveis. Essa é uma forma simples de preservação desse patrimônio mundial, pois as pequenas ações de economia, quando somadas, geram grandes resultados. Neste momento crítico de crise hídrica, nada melhor do que ficar atento para evitar o desperdício. Utilize a água com mais parcimônia e inteligência!

Ricardo Fragoso diretor-geral

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Conselho Deliberativo - Presidente: Dr. Pedro Buzatto Costa Vice-Presidente: Dr. Pierangelo Rossetti São Membros Natos: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da Defesa. Sócios Mantenedores: Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Siemens Ltda., Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (Sinaees), Sindicato da Indústria de Máquinas (Sindimaq), WEG Equipamentos Elétricos S/A. Sócio Contribuinte: Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Schneider Electric Brasil, Instituto Aço Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon/SP). Sócio Contribuinte Microempresa: MÉTRON Acústica Engenharia e Arquitetura Ltda. Sócio Colaborador: Mario William Esper. Conselho Técnico – Presidente: Haroldo Mattos de Lemos. Comitês Brasileiros: Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04), Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), Comitê Brasileiro Odonto-médico-hospitalar (ABNT/CB-26). CONSELHO FISCAL Presidente: Nelson Carneiro São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar CONSELHO TÉCNICO: Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

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DIRETORIA EXECUTIVA: Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso/ Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior/ Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone/ Diretor Adjunto de Certificação - Antonio Carlos Barros de Oliveira/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira ESCRITÓRIOS: Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 (atendimento.rj@abnt.org.br) – São Paulo: Rua Conselheiro Nebias, 1131 – Campos Elíseos – 01203-002 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax (11) 3017.3633 (atendimento.sp@abnt.org.br) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 (atendimento. bh@abnt.org.br) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 (atendimento.df@abnt.org.br) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento. pr@abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@abnt.org.br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedade – 40060-001 – Salvador/BA – Telefone: (71) 3329-4799 (atendimento.ba@abnt.org.br) EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT: Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares/ Publicidade: imprensa@abnt.org.br / Jornalistas responsáveis: Monalisa Zia (MTB 50.448) e Priscila Souza (MTB 69.096) / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia e Priscila Souza / Colaboração: Oficina da Palavra / Assessoria de Imprensa: Approach Comunicação Integrada. Boletim ABNT: Mar/Abr 2015 – Volume 12 – Nº144 / Periodicidade: Bimestral / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: Dídio Art & Design (comunicacao@didionet.com.br) / Impressão: Mais Type.

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PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA: www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3660 – Fax: (11) 3017-3633

International Organization Standardization

International Electrotechnical Commission

Comisión Panamericana de Normas Técnicas

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Asociación Mercosur de Normatización

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Sucesso entre EMPREENDEDORES

Em seu esforço permanente para disseminar a normalização técnica aos mais diversos segmentos da sociedade, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) começou bem a sua participação no circuito de feiras e eventos setoriais de 2015. Na Feira do Empreendedor de São Paulo, realizada nos dias 7 a 10 de fevereiro no Pavilhão Anhembi, seu estande foi visitado por 1.800 pessoas. A Feira do Empreendedor é uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na qual os visitantes têm a oportunidade de receber consultorias individuais e coletivas sobre abertura e manutenção de um negócio próprio, participar de palestras e conhecer tendências, entre outras informações.

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Parceira do Sebrae por meio de convênio que possibilita o acesso às normas técnicas para empreendedores dos mais diversos setores, a ABNT ainda atraiu cerca de 120 participantes em duas palestras, nos dias 7 e 9 de fevereiro, com o tema “Normas Técnicas: Competitividade para seu Negócio”. Ambas foram ministradas pelo coordenador do Centro de Informação Tecnológica e para Negócios (CIT), Rafael Sorrija, e pelo gerente de Articulação Nacional, Roberto Silva Santos. A ABNT também marcou presença na Feira Internacional de Revestimentos, a Expo Revestir 2015, que aconteceu nos dias 3 a 6 de março, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer) com apoio da ApexBrasil, o evento chegou à sua 13ª edição, considerada a melhor de todos os tempos, recebendo mais de 60 mil visitantes em busca de novidades em soluções e acabamentos. No seu estande, a ABNT fez cerca de 500 atendimentos.

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As feiras de negócios têm sido um importante canal para a ABNT divulgar seus produtos e serviços. Além de apresentar as normas técnicas ao público, também distribui em seu estande boletins, gibis e folders sobre cursos e oferece informações sobre os sistemas ABNTColeção e ABNTCatálogo. A Gerência de Articulação Nacional da ABNT ainda participou de dois eventos, em janeiro: no dia 6, a cerimônia de transmissão do cargo à nova secretária do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Patrícia Iglecias Lemos; e no dia 9, a cerimônia de posse do secretário de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga; do superintendente do Departamento de Energia Elétrica (DAEE), Ricardo Borsari, e do presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman. O gerente Roberto Silva Santos representou o presidente e demais diretores da ABNT. Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 7

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Dia do consumidor 15 de Marรงo Dia_consumidor_ABNT_144.indd 8 Pag Dupla.indd 2

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s normas técnicas são uma poderosa arma para o consumidor lutar por seus direitos. o esta elecer padr es reguladores capa es de garantir a ualidade de produtos industriais a racionali ação da produção e processos entre outros aspectos a normali ação tam ém contri ui para ue fornecedores adotem oas práticas e dessa forma evitem pre uí os para os consumidores. conscienti ação de todas as partes envolvidas produtores comerciantes rgãos de governo entidades de defesa entretanto é o elemento fundamental para ue ano a ano os direitos do consumidor se consolidem. Entre lutas e vit rias o dia de março será sempre um motivo para comemoração. está sempre presente no seu dia a dia visando a ualidade e o em-estar dos consumidores. i ue atento aos produtos ue voc consome. eli dia do Consumidor

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segurança de aparel os para cuidados da pele para utli ação doméstica e prop sitos similares cu a tensão nominal não se a superior a

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corretivos e ue se destinem a proteger contra radiação solar para uso geral para fins sociais e domésticos entre os uais transitar e dirigir.

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inferior do calçado - Saltos -

de ouro puro a ser aplicada nos revestimentos

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de oias fol eadas e pressas em milésimos de

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para proteção solar filtros para proteção solar

eterminação da

resist ncia ao arrancamento de pregos e para-

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FEIRAS FEIRAS

TECNOMULTIMEDIA INFOCOMM BRASIL – FEIRA INTERNACIONAL DE SISTEMAS AUDIOVISUAL, DOMÓTICA, SINAL DIGITAL E COMUNICAÇÃO CORPORATIVA

FEIRA + FÓRUM HOSPITALAR 22ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios. e m io e Local: o e te No te o lo Mais informações: o it l om

APOIOS

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EXPOSEC – FEIRA INTERNACIONAL DE SEGURANÇA e m io Local: o lo o o o i o mi te Mais informações:

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TISSUE WORLD SÃO PAULO

2ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL SOBRE RUÍDO, VIBRAÇÃO E PERTURBAÇÃO SONORA e b il e e e b il e NA i te io l o ie ti o ob e o o Local: m i i l e o lo l o Nob e e i e te o o B il it A l io A iet i to e Bel i t o lo Mais informações: o e e i i o om b

Categoria: Indústria de Papel e Celulose. e m io e Local: T m i o e te A io ill Bo o i e to Am o o lo Mais informações: ti e o l om o lo

8ª EDIÇÃO FELOC EXPO RENTAL 2015 E EVENTO SIMULTÂNEO: 8ª Edição do ALUGAR BRASIL, Encontro Brasileiro de Locadores de Equipamentos. e e m io e Local: T otel o e tio Atib i o o i om e o m i Atib i Mais informações: le o b

FEIPLASTIC Feira Internacional do Plástico e io e Local: il o e o i e o A embi A l o o to o lo Mais informações: ei l ti om b

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14º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO e o e Realização: IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização Local: oA A io o lo Mais informações: ibib il o b

FORN&CER 8º Encontro Internacional de Fornecedores, Cerâmica e Mineração e Local: e e

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ROOFING EXPO BRASIL 2015 Feira Internacional de Telhados, Coberturas e Impermeabilização

11ª EDIÇÃO REDES SUBTERRÂNEAS DE ENERGIA ELÉTRICA/2015 4ª EDIÇÃO DO ILUMEXPO/2015 - 4ª EXPOSIÇÃO E FÓRUM DE GESTÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA e o e Local: e t o e o e Mais informações:

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Feira e Conferência da Indústria de Petróleo e Gás

III PRÊMIO NACIONAL DE SUSTENTABILIDADE LEGAL e Local:

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M&T EXPO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, FEIRA E CONGRESSO. e o e Local: o lo o o o i o mi te Mais informações:

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FFIC – FEIRA DE FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES e

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PEQUENOS

NEGÓCIOS

Reparo de VEÍCULO

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Cada vez mais o setor de Reparo de Veículo evolui com as normas técnicas, não por acaso essa é uma das áreas que mais desenvolveu normas, justamente para balizar e aperfeiçoar os procedimentos adotados durante a reparação de um veículo que é algo complexo e exige além de conhecimento técnico e precisão, também responsabilidade profissional, que visa tomar todo o cuidado para garantir o bom funcionamento do veículo sem colocar em risco sua segurança. No Brasil, há mais de 90 mil oficinas mecânicas e, embora sejam na maioria Pequenos Negócios, elas geram mais de 700 mil empregos diretos e respondem pela manutenção de 80% da frota circulante estimada em 32,5 milhões de veículos, entre automóveis comerciais leves, caminhões e ônibus. Para que essas pequenas empresas do setor automotivo mantenham-se competitivas, são condições primordiais atender padrões cada vez mais elevados para produtos e serviços, além da qualidade e o atendimento a requisitos técnicos. Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 13

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PEQUENOS

NEGÓCIOS

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Contudo, o acordo firmado entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a ABNT, possibilita que os Pequenos Negócios também participem do processo de normalização e passem a usufruir dos benefícios das normas técnicas. Além do acesso às normas técnicas, sentia-se a necessidade de despertar nos pequenos empresários o desejo de absorver os conhecimentos que as mesmas podem agregar ao seu negócio (norma de especificação de produto, norma de ensaio de produto, norma de processos de gestão, entre outras). Assim surgiram as Oficinas de Aplicação de Normas Técnicas direcionadas ao empresário de Pequenos Negócios.

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Esta técnica se difere de um curso ou de um workshop, porque na Oficina ocorrem dinâmicas em que há práticas realizadas pelo próprio empresário, supervisionadas pelo educador. O Empresário é despertado para desenvolver atividades na sua empresa que podem envolver um suporte à distância do Centro de Informação Tecnológica e para Negócios (CIT), da ABNT, através de seus serviços e desta forma, a empresa poderá chegar até a maturidade para a implantação de uma norma técnica. Para este caso, serão utilizados programas de suporte como, a exemplo do Sebraetec, em ações presenciais coletivas, individuais e à distância, que o apoiará na correta implantação da norma, bem como a contratação de certificadoras, para aquelas que desejam vir a buscar uma certificação.

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PEQUENOS

NEGÓCIOS

O conteúdo das Oficinas procura transmitir de forma convincente, que através do uso das normas técnicas, o empresário poderá introduzir inovações nos seus produtos e processos, melhorando assim sua produtividade e qualidade. Consequentemente, tornará sua empresa mais competitiva, alavancando novos serviços, produtos e resultados financeiros. Como resultado espera-se que a norma técnica seja implantada com sucesso, podendo reverter em ganhos produtivo e financeiro para o empreendimento. Dentro da metodologia, foram previstos dois formatos de oficinas: Tipo 1: Neste modelo se enquadram os Pequenos Negócios que ainda não possuem conhecimento de uma norma técnica e dos processos que envolvem a normalização, cujo grau de maturidade ainda é insipiente - entenda-se grau de maturidade, a empresa que tenha condição de utilizar o conjunto de elementos ligados a concorrência, qualidade, inovação e sustentabilidade, proporcionando sua competitividade no mercado global. Nesta oficina o foco é preparar o empresário para o uso da norma técnica no seu negócio.

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Neste tipo, deverão ser enquadradas àquelas que: • Tem produtos, processos ou serviços similares aos seus concorrentes; • Não fazem uso de nenhum sistema de aferição de qualidade (5 “S”); • Inovação não faz parte da estratégia de seu negócio – não trabalha com ferramentas de marketing e nem com redes sociais, e não possui sistemas automatizados (controle de estoque, CRM, ERP, gestão de negócios e etc); • Tem crescimento econômico igual ou inferior aos seus concorrentes. Tipo 2: Aqui se enquadram os Pequenos Negócios que já ouviram falar a respeito de uma norma técnica, confundem-na com regulamento técnico, tem noção do processo de normalização mas não entendem como podem participar, e estão vivenciando algum tipo de desafio, podendo ser enquadradas àquelas que: • Possuem produtos ou serviços com valor agregado; • á conhecem ou até já fazem uso de algum tipo de sistema de aferição de qualidade (5 “S”, gabaritos e etc); • Estão buscando inovar de forma esporádica, sem ser um processo contínuo); • Têm crescimento igual ou superior aos concorrentes.

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Por demanda dos projetos de encadeamento produtivo e carteira de projetos setoriais do Sebrae, além da demanda direta do mercado, o público não deve exceder 20 inscritos por oficina, pelo tipo de resultado que se espera alcançar. Na parceria firmada com o Sebrae, a ABNT contratou a empresa Indexare - Assessoria em Gestão da Informação, que concebeu a ideia do projeto, observando as reinvindicações dos parceiros. Como parte do método, foram realizadas em março, duas Oficinas-piloto, do tipo 2, sendo uma no segmento de Reparo de Veículo, com dois encontros em Fortaleza (CE) e Varejo da Moda, de encontro único, em Maringá (PR). Em ambas, o resultado foi acima das expectativas dos parceiros, com participação de empresários, 100% do projetado para o número recomendável. “Com esta entrega a ABNT confirma sua percepção de que o pequeno empresário está ávido por conteúdo de qualidade e de fácil acesso e compreensão”, palavras do gestor do convênio e diretor Adjunto de Negócios da ABNT, Odilão B. Teixeira, que vem se empenhando em demonstrar para o parceiro Sebrae a importância de se ter ações com medição de resultado na ponta. Sua diretoria, que é voltada para o mercado, está preocupada em fazer do acervo de normas da ABNT, que gira hoje em torno de 9 000, ser realmente utilizado pelo Pequeno Negócio. “Não adianta fazermos normas, se não as usamos” - visto o interesse e empenho

o m e li em m o i i iloto o ti o e o m o e me to e e o e e lo om oi e o t o e eo o ee o t o i o

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o t o o o o ti i e elo o io t e i e e e em e o t t e e ol ime to oi i o e e ol ime to e m i e me to oi i o ti o

demonstrado pelos gestores de carteira dos projetos setoriais, Srs. Luiz Claudius Coelho Ferreira Leite – Unidade de Atendimento Coletivo – Serviços (Reparo de Veículo) e Wilsa Sette (Varejo de moda). Os próximos passos a serem dados com este produto tem dois focos, sendo um as entregas destes dois segmentos temáticos para a Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia (UAIT) que em parceria com a Universidade Corporativa Sebrae (UCE), divisão responsável pela formação dos educadores deverão em parceria com a Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia (UAIT) e ABNT, repassar a metodologia através da formação de um ou mais grupos de instrutores, que ministrarão num futuro próximo as oficinas, em nível nacional, sob a coordenação do Sistema Sebrae. O outro foco é a continuidade, pelo convênio, através da equipe da Indexare, empresa contratada para desenvolvimento das oficinas do desenvolvimento de mais 08 segmentos para oficinas do tipo 2, as quais não terão execução de piloto. Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 19

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Da mesma forma, a ABNT irá estruturar um banco de instrutores e incluirá as oficinas em sua grade de cursos, como um novo produto, uma nova forma de realizar o fomento do mercado por normas técnicas. Mais de 30 normas técnicas elaboradas no âmbito do Comitê Brasileiro Automotivo (ABNT/ CB-05) compõem a coleção para o setor de reparo. São documentos sobre retífica de motores, radiadores, bomba elétrica de combustível, reparação e pintura de componentes de carroçaria, critério de seleção de pneus para reforma, eletrônico e iluminação, sistema elétrico, entre outros temas. Devido a parceria ABNT/Sebrae, essa e outras coleções estão disponíveis gratuitamente para os Pequenos Negócios, além de normas técnicas por 1/3 do preço de mercado, mediante cadastro na página http://portalmpe.abnt.org.br/

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CRISE Hテ好RICA: uma realidade brasileira

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O momento é mais que propício para aprendermos a valorizar mais a água e utilizá-la com parcimônia e inteligência. As pessoas podem e devem contribuir e muito, mudando hábitos que reduzam o consumo da água e usando tecnologias e equipamento poupadores da mesma, devido à crise hídrica, e consequentemente energética, por problemas enfrentados pelos sistemas de abastecimento de água em algumas regiões do Brasil, onde mais de 14 milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo e de municípios do interior dependem do abastecimento de água do Sistema Cantareira. Desde meados do ano passado, o nível baixo do reservatório fez com que o sistema precisasse recorrer ao chamado volume morto, reserva abaixo do nível baixo da captação da represa. Todavia, essa situação não é vivenciada somente pela população de São Paulo. No Rio de Janeiro, por exemplo, o nível do reservatório de Paraibuna, principal sistema que abastece o Estado, alcançou o volume morto no último mês. Fatores como crescimento populacional, desmatamento, urbanização descontrolada, esgoto, uso indiscriminado de agrotóxicos, emissão de poluentes, entre outros, alteraram o ciclo natural da água, causando as secas e as enchentes modificando sua composição, o que constitui grande risco à saúde. Em entrevista ao Boletim ABNT, especialistas no assunto falaram das suas atuações neste cenário, suas perspectivas e opiniões em relação a crise. Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 23

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ANA A Agência Nacional de Águas (ANA) tem basicamente três missões importantes: regular o acesso a água bruta em bacias hidrográficas federais, monitorar esses corpos d’água e coordenar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh). Em tempos de crise hídrica como a que estamos vivendo, quando os índices pluviométricos registrados têm sido muito baixos desde 2012 no Nordeste e desde 2013 no Sudeste, todas essas vertentes ganharam ainda mais importância e destaque, pois, como toda crise, a oportunidade que estamos tendo com o atual regime hidrológico é, além de aprimorar o Sistema, ajudar a sociedade a conhecer mais sobre gestão de recursos hídricos no Brasil. É importante salientar que a ANA não atua sobre o setor de serviços de saneamento, incluindo a distribuição de água tratada. E essa é uma questão que a crise hídrica tem ajudado a esclarecer. A atuação da ANA encontra-se focada na outra ponta, na disponibilidade de água bruta, dos rios e reservatórios, e na sua utilização compartilhada entre os diversos usuários, dentre os quais as com-

panhias de saneamento. É o que chamamos de regulação dos usos da água. “A ANA autoriza o uso da água em rios federais, por meio de outorgas e fiscaliza o seu cumprimento, além de definir, junto com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, no caso das usinas hidrelétricas, regras de operação de reservatórios. A regulação dos serviços de saneamento é uma atribuição local, que cabe aos Estados, como geralmente é o caso de grandes regiões metropolitanas, ou aos municípios”, comenta Gisela Forattini, diretora da Área de Planejamento (AP), da ANA. Segundo a diretora, em sua missão de fortalecer o Singreh, a ANA vem trabalhando fortemente em articulação com os estados e setores usuários, para o melhor encaminhamento de ações no sentido de minimizar os efeitos da crise hídrica. Além disso, desde 2013, a Agência tem oferecido recursos financeiros de seu orçamento, por meio do programa Progestão, para os Estados aprimorarem a gestão de suas águas. Os recursos são desembolsados mediante o cumprimento de metas estabelecidas conjuntamente entre a ANA e o Estado. Esses são bons exemplos do que a ANA vem fazendo de novo.

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Com relação à sua vertente regulatória, a ANA vem atuando fortemente, principalmente no Nordeste e no Sudeste, onde a seca tem sido severa. Na região sudeste, suas ações se deram principalmente sobre as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e sobre os reservatórios da bacia do rio Paraíba do Sul. No Cantareira, as ações regulatórias fixadas pela ANA e pelo Departamento de Água e Energia do Estado de São Paulo (DAEE), para atual período crítico, incluem a redução gradual da retirada de água dos reservatórios do Sistema Cantareira, por parte da Sabesp, e a gestão e acompanhamento dos usos da reserva estratégica, conhecida como volume morto. A ANA defende a adoção de regras mais conservadoras e restritas no Cantareira, que promovam maior eficiência na utilização dos volumes disponíveis dos reservatórios, face às incertezas do atual evento climático com relação ao futuro e isso tem sido um debate constante com o Estado de São Paulo. “No Paraíba do Sul, acabamos de chegar a um acordo histórico com os três estados que dividem a bacia: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com relação à renovação das regras de operação dos reservatórios da Bacia, para que as regiões afetadas, caso enfrentem, no futuro, uma nova seca como a atual, estejam mais preparadas para lidar com os riscos. Além disso, em articulação com os Estados, foram definidas as condições para aprovar a proposta feita por São Paulo de interligar os reservatórios Jaguari (no Rio Jaguari, afluente do Paraíba do Sul, em SP) e Atibainha (Sistema Cantareira), em prol da segurança hídrica”, afirma Gisela.

No Nordeste, a ANA tem concentrado sua atuação sobre a bacia do rio São Francisco e em diversos reservatórios de abastecimento localizados nessa região, além de definir regras específicas que vão de revezamento à suspensão da irrigação para garantir o abastecimento público, como por exemplo no açude Armando Ribeiro Gonçalves, no Rio Grande do Norte, e nos sistemas Curema-Mãe D’água e Eng. Ávidos-São Gonçalo e o açude Epitácio Pessoa, na Paraíba. Junto com o Ministério da Integração, a ANA vem desenvolvendo o Plano Nacional de Segurança Hídrica, com o objetivo de definir diretrizes, conceitos e critérios que permitam a seleção e detalhamento de intervenções estratégicas no País, para garantir oferta de água para o abastecimento humano e uso em atividades produtivas e ainda reduzir os riscos associados a eventos críticos, como secas e inundações. Segundo Gisela Forattini, considerando a variabilidade natural das chuvas e as incertezas que existem nos processos de previsão climática, é necessário ampliar as capacidades de adaptação e de resposta a futuros eventos hidrológicos críticos por meio do fortalecimento do Sistema de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, principalmente dos órgãos gestores estaduais e dos comitês de bacia, que são a esfera participativa da gestão dos recursos hídricos. Além disso, o poder público precisa discutir o aumento da reserva de água e, para isso, é preciso que os governos, em todas as esferas, executem obras estratégicas e reforcem o planejamento futuro, considerando as incertezas climáticas que estamos vivendo. Isto, de certa forma, está sendo nacionalmente debatido no âmbito do Plano Nacional de Segurança Hídrica. Também é preciso modernizar a regulação e fortalecer a articulação setorial e interinstitucional visando a resolução de conflitos. Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 25

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“As normas técnicas são sempre elementos balizadores da boa técnica e são utilizadas na elaboração de diversos estudos realizados pelas instituições envolvidas na regulação de recursos hídricos, no cumprimento das atribuições legais, assim como pelos setores usuários de água quando da elaboração de projetos de empreendimentos que usam a água no seu negócio ou processo produtivo,” relata Gisela. Segundo a diretora, as normas técnicas ainda são essenciais para garantir a confiabilidade das medições em campo, exigidas em resoluções da ANA em suas ações regulatórias ou de fiscalização, como também para simulações hidrológicas de diferentes cenários. Exemplo disto é a Resolução ANA nº 425, de 2004, que estabelece critérios para medição de volume de água captada para grandes usuários em bacias prioritárias. Em 2005, a ANA participou da Comissão de Estudo Especial de Recursos Hídricos, da ABNT, para normalizar sistemas de medição de vazão e volume de água bruta e de efluentes.

Atualmente a Comissão, atua com três grupos de trabalho denominados por GT de Águas, GT de Efluentes e GT de Irrigação, focados especificamente na criação e adequação de normas ISO que tratam da medição de vazão/volume de águas (bruta, tratada e de reuso) e de efluentes (doméstico, comercial e industrial). “Tínhamos a água como um recurso inesgotável que hoje atingiu níveis críticos e poderá chegar ao colapso total, principalmente em grandes metrópoles, devido a aspectos de planejamento e gestão. Precisamos estar preparados para enfrentar crises”, relata o coordenador da ABNT/CEE65, Nilson Massami Taira.

Recursos Hídricos A Comissão de Estudos Especial de Recursos Hídricos (ABNT/CEE-65), da ABNT, foi criada em 2005 a partir de uma demanda da Agência Nacional de Águas (ANA) que na época identificou a carência de normas brasileiras que pudessem dar sustentação técnica na elaboração de resoluções de outorga, fiscalização e uso de recursos hídricos em corpos d’água de domínio da União. Na época, foi elaborado um plano onde foram criados seis Grupos de Trabalho (GT).

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Segundo o coordenador, as ações de planejamento dependem fortemente de métricas confiáveis para que a gestão seja efetiva. As métricas da “indústria da água” merecem especial atenção, em especial quando se busca a eficiência hídrica e energética. A Comissão vem trabalhando na criação de normas que buscam melhorar a confiabilidade das métricas da indústria da água por meio de recomendações para especificação, aplicação e calibração de sistemas de medição de vazão e volume de água e efluentes. Como observado pela ANA em 2005, ainda existe uma grande carência de normas que deem suporte técnico científico nos projetos, operação e manutenção de soluções de engenharia no setor. A falta de normas específicas reconhecidas pela sociedade e seus representantes dificulta as ações das agências reguladoras na fiscalização das atividades das empresas e concessionárias de cada setor. Um dos objetivos da ABNT/CEE-65 é a normalização para os sistemas de medição de vazão e volume nas capacitações de água bruta, para os diversos fins, nos lançamentos de efluentes e para os processos de uso racional da água na agricultura irrigada no que concerne aos requisitos e métodos de ensaio. No momento a Comissão está trabalhando na adoção da ISO 16399 - Meters for irrigation water.

Embasa Empresa associada a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (AESB). Graças à prioridade de governo, com a criação do Programa Água para Todos – maior programa em execução no país, com mais de 8,5 bilhões de investimentos - ao planejamento e investimento de mais de 4 bilhões na execução de obras estruturantes e de ações emergenciais realizadas pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa) e pelo governo estadual nos últimos oito anos, a Bahia não corre risco iminente de enfrentar uma situação de crise hídrica equivalente à que vem ocorrendo no sudeste do País. Nesse período, foram beneficiadas mais de 6,6 milhões de pessoas no estado. Dentre as ações de segurança hídrica realizadas pela Embasa desde 2007, destacam-se a implantação de onze grandes adutoras, algumas com mais de 200 quilômetros de extensão, cinco barragens, ampliação de dezenas de sistemas integrados de abastecimento de água e obras emergenciais, que ajudaram minimizar e mitigar os efeitos da maior estiagem dos últimos 60 anos no estado. Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 27

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Principais obras (Barragens): • Barragem de Cristalândia, para atender a região de Brumado; • Barragem de Riacho de antana, para atender a sede do município e localidades rurais vizinhas; • Barragem do rio Tijuco, para atender as sedes dos municípios de Mulungu do Morro e Souto Soares, além de diversas localidades da região; • Barragem de erra Preta, que atende às sedes de Planalto e Barra do Choça; • Barragem de agoa do Torta, na região dos municípios de Igaporã e Matina; • Barragem do Colônia, para atender aos municípios de Itabuna e Itapé (em processo licitatório); • Barragem do Rio Catolé, para atender aos municípios de Vitória da Conquista, Belo Campo e Tremendal (em processo licitatório). Principais Obras (Grandes adutoras): • Adutora do ão rancisco: leva a água do São Francisco para a microrregião de Irecê por meio de 132 km de tubulações. Foi a alternativa encontrada para viabilizar o fornecimento na região, anteriormente abastecida pela Barragem de Mirorós, cujos níveis vinham diminuindo constantemente; • Adutora do Algodão: leva a água do ão Francisco para a região de Guanambi, por meio de 265 km de tubulações; • Etapa da adutora do algodão - com 5 m de adutora para atender ao município de Caetité e mais quatro municípios e 34 pequenas localidades; • Adutora de Pedras Altas: interligou a Barragem de Pedras Altas, em Capim Grosso, ao sistema de abastecimento de água do Sisal, beneficiando 12 sedes e 173 localidades de 21 municípios da região; • Adutora do Catolé: obra emergencial concluída em seis meses pela Embasa, para levar água às barragens de Água Fria I e II, que abastecem Vitória da Conquista. É composta de 15,3 km de tubulação, três estações elevatórias e um barramento no rio Catolé Grande.

Principais obras (Sistemas de abastecimento de água): • dentre os vários sistemas de abastecimento de água implantados, destacam-se o sistema integrado de Santana, para atender ao município de Santana e mais quatro municípios no oeste baiano, o de Pedro Alexandre, Cafarnaum, e a ampliação e melhorias do sistema integrado de abastecimento de Serrinha-Conceição do Coité, servindo a sete municípios e beneficiando mais de 300 mil pessoas. Principais obras (ampliações de sistemas): • uplicação de adutoras de água bruta e tratada e duplicação da Estação de Tratamento – ETA Principal; • Ampliação do istema integrado de eira de Santana.

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Situação dos Reservatórios Na Região Metropolitana de Salvador, os principais reservatórios estão com nível dentro do previsto para esta época do ano. As barragens de Ipitanga I e II estão com 95% de sua capacidade máxima de acumulação, a barragem Joanes I está com 75%, a Joanes II está com 86%, a barragem de Santa Helena está com 94,22% e a barragem de Pedra do Cavalo está com 70%. Em todo o estado, das 19 principais barragens utilizadas pela Embasa, 16 estão com volume percentual acima de 70%, sendo que 11 delas estão com mais de 90% da sua capacidade. Dos 364 municípios baianos onde a empresa atua, apenas Caetité, um pequeno município no sudoeste baiano, encontra-se em situação de racionamento. A solução definitiva ocorrerá com a entrada em operação da segunda etapa da adutora do Algodão, que abastecerá o município com água do Rio São Francisco. A obra, que já conta com 84% de execução, tem previsão de conclusão para julho de 2015.

“Temos que fazer a gestão e gerenciamento dos recursos hídricos de forma adequada, com planejamento, recuperação das nascentes e das matas ciliares, recuperação e revitalização de bacias. Fazer campanhas, não apenas em épocas de crise, do uso racional e consciente de água, combater as perdas nos sistemas de abastecimento de água. Realizar estudos de novas alternativas de abastecimento e aproveitar o máximo a prática de utilização de água de chuva, não apenas no semiárido, mas principalmente nas grandes cidades, revendo o padrão de construção para dotar os imóveis para a sua captação e desenvolver estudos de aplicação em larga escala do reuso de águas servidas. Além disso, devemos realizar investimentos em técnicas mais adequadas, modernas e eficientes de irrigação, evitando-se o desperdício, afinal mais de 70% dos recursos hídricos são utilizados na irrigação. Cultivar culturas adequadas a cada região. No caso da energia, rever a matriz energética brasileira com utilização de novas formas alternativas de produção de energia, a exemplo da eólica e solar”, relata Abelardo de Oliveira Filho, presidente da Embasa. Segundo o presidente, o investimento em técnicas mais eficientes de irrigação e o desenvolvimento de sistemas sanitários mais modernos, como descargas mais econômicas, são etapas importantes no combate ao desperdício. Mas um dos primeiros passos é fiscalizar melhor o sistema de coleta e distribuição de água.

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No Brasil, cerca de 40% da água tratada por esse sistema acaba perdida antes de chegar à população por vazamentos nos canos, ligações clandestinas e redes com defeitos por falta de manutenção. “É uma perda muito acima do considerado adequado. A meta do Plano Nacional de Saneamento, definido em junho de 2013, é que o Brasil diminua esse índice de perdas na distribuição de água para 31% até 2033. Mas ainda é um número bem modesto: em algumas cidades da Alemanha e do Japão, esse índice é de apenas 11%. Na Austrália, que passou por um período histórico de secas, a média sobe para 16%, ainda bem menos que a gente”, afirma Abelardo. Temos uma excelente ei Nacional de Recursos Hídricos, a 9.433. O que temos que fazer é colocá-la em prática, a exemplo da instalação e funcionamento pleno dos Comitês de Bacias, a cobrança pelo uso da água e a utilização desses recursos nas próprias bacias e envolver toda a sociedade para a importância da utilização de todos os instrumentos da lei”, finaliza Abelardo.

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Dia Mundial da Água No dia 22 de março, foi comemorado o Dia Mundial da Água. Sabemos que esse é um recurso essencial para a vida humana e a importância da sua preservação, afim de garantir um futuro melhor para toda população. A reutilização da água para fins não potáveis é uma forma simples de preservação desse patrimônio mundial, pois as pequenas ações de economia quando somadas geram grandes resultados. A normalização busca cada vez mais desenvolver normas que proporcionam qualidade e segurança para os recursos naturais através do conhecimento de centenas de especialistas apresentado pelos países membros da ISO, e outras organizações que trabalham com a norma ISO. A ABNT disponibiliza em seu acervo a norma ABNT NBR ISO 24512:2012 - Atividades relacionadas aos serviços de água potável e de esgoto — Diretrizes para a gestão dos prestadores de serviços de água e para a avaliação dos serviços de água potável. Esta Norma fornece diretrizes para a gestão dos prestadores de serviços de água e para a avaliação dos serviços de água potável. Além disso, é aplicável aos prestadores de serviços de água de propriedade pública ou privada. Ela não favorece qualquer modelo relativo à propriedade ou à prestação dos serviços. É importante analisarmos quais atitudes estamos tomando para a preservação dos recursos hídricos, buscando sermos mais racionais, favorecendo o desenvolvimento humano, econômico e sustentável. Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 31

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AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

em pauta

No dia 20 de março, foi realizada a primeira reunião da Comissão de Estudo de Avaliação da Conformidade (ABNT/CE – 25:000.04) - espelho do ISO-CASCO, pertencente ao Comitê Brasileiro da Qualidade – (ABNT/CB-25). Os objetivos da reunião foram: – Criar o grupo espelho do ISO-CASCO no Brasil. – Criar um grupo de pessoas capaz de participar da discussão sobre os temas relativos ao CASCO e difundi-los no país; – Dar apoio técnico aos coordenadores de cada WG (Working Group), independentemente do WG ter um grupo de trabalho específico ou não; – Incumbir ao grupo espelho do ISO-CASCO elaborar a posição brasileira para tomada de decisão sobre as votações e posicionamentos relativos às normas e documentos do CASCO; – Criar um grupo de pessoas que entendam do tema avaliação da conformidade, e não só de uma Norma específica.

– Fazer dos membros da comissão um grupo que possa dar suporte ao especialista que está trabalhando em uma Norma específica. – Que todos os membros da comissão recebam os documentos atualizados do CASCO, os pedidos de votação, e que possam opinar sobre estes. – É papel do grupo espelho monitorar e orientar os WG que venham a ser estabelecidos. – Propor revisões das normas do CASCO, assim como novos temas a serem trabalhados pelo Comitê. – Que a participação seja aberta, assim, especialistas podem ser indicados para contribuírem na Comissão de Estudo. A ideia é que em cada reunião, cada coordenador dos WG’s possa atualizar os status do trabalho e responder dúvidas. Participaram da reunião representantes das entidades ABNT, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Labelo e TÜV Rheinland.

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Pergunte à

ABNT Qual é a norma referente à avaliação de bens para imóveis urbanos? Marco Aurélio Freitas – A.B. PIMPÃO – CONSULTORIA – ME - Curitiba – PR

A ABNT responde: Para avaliação de imóvel urbano (imóvel situado dentro do perímetro urbano definido por lei), temos a ABNT NBR 146532:2004 – Avaliação de bens - Parte 2: Imóveis urbanos. Esta parte da norma fornece os procedimentos para a avaliação de imóveis urbanos, quanto a: • classificação da sua natureza; • instituição de terminologia, definições, símbolos e abreviaturas; • descrição das atividades básicas; • definição da metodologia básica; • especificação das avaliações; • requisitos básicos de laudos de avaliação. Visa também detalhar os procedimentos gerais da ABNT NBR 14653-1, no que diz respeito à avaliação de imóveis urbanos, inclusive glebas urbanizáveis, unidades padronizadas e servidões urbanas.

Qual norma que especifica o modo de determinação para as dimensões de roupas masculinas? Marcelo Ribeiros dos Santos – INTER INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONFECÇÕES LTDA – ME – São Paulo.

A ABNT responde: Para medidas de vestibilidade de roupas masculinas, temos a Norma Técnica ABNT NBR 16060:2012 – Vestuário — Referenciais de medidas do corpo humano — Vestibilidade para homens corpo tipo normal, atlético e especial. Esta Norma estabelece um sistema de indicação de tamanhos de roupas para homens de corpo tipo normal, atlético e especial (incluindo roupa de malha e roupa de banho).

Para essa norma veja no PortalMPE - www.abnt. org.br/paginampe, publicações de interesse: Gibi - ABNT NBR 16060 - Que roupa se encaixa ao meu tamanho de corpo? Guia de Implementação - Normalização para Confecção.

Qual é a norma da ABNT para cabo de aço de uso em pontes rolantes? João Gabriel Gonçalves – KLB INDÚSTRIA DE CABOS DE AÇO LTDA – Criciúma – SC

A ABNT responde: Para cabo de aço para pontes rolantes e outros equipamentos de movimentação de carga, temos a Norma Técnica - ABNT NBR ISO 4309:2009 - Equipamentos de movimentação de carga - Cabos de aço - Cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte. Esta Norma detalha diretrizes para os cuidados, instalação, manutenção e inspeção do cabo de aço em serviço em um equipamento de movimentação de carga, bem como relaciona os critérios de descarte a serem aplicados para promover o uso seguro do equipamento de movimentação de carga. É aplicável aos seguintes tipos de equipamento de movimentação de carga: • Pórticos de cabo; • Guindastes em balanço (guindaste de coluna, guindaste móvel de parede e guindaste velocípede); • Guindastes de convés; • Guindastes estacionários; • Guindastes flutuantes; • Guindastes móveis; • Pontes rolantes; • Pórticos e semipórticos rolantes; • Guindastes com pórtico ou com semipórtico; • Guindastes locomotivas; • Grua.

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Também é aplicável a equipamentos de movimentação de carga que utilizam gancho, garra, eletroímã e caçamba, assim como para escavação ou empilhamento, podendo ser operados manual, mecânica, elétrica ou hidraulicamente, e em talhas e moitões que utilizam cabos de aço.

Pretendemos montar uma fábrica de argamassa colante para assentamento de piso cerâmico e gostaríamos de conhecer as normas para esse produto.

Qual a norma da ABNT utilizada para o reaproveitamento da água de chuva?

A ABNT responde: Para argamassa colante industrializada, temos as seguintes normas: ABNT NBR 14081-1:2012 - Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 1: Requisitos. Esta norma estabelece os requisitos para argamassas colantes industrializadas destinadas ao assentamento de placas cerâmicas pelo método de camada fina. ABNT NBR 14081-2:2012 - Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 2: Execução do substrato-padrão e aplicação da argamassa para ensaios Esta norma estabelece os procedimentos para execução e caracterização do substrato padrão e para aplicação da argamassa colante industrializada para os ensaios de tempo em aberto, resistência de aderência à tração e deslizamento.. ABNT NBR 14081-3:2012 - Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 3: Determinação do tempo em aberto. Esta norma estabelece um método para determinação do tempo em aberto para argamassa colante industrializada destinada ao assentamento de placas cerâmicas em pisos e paredes pelo método da camada fina, utilizando carga estática.. ABNT NBR 14081-4:2012 - Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 4: Determinação da resistência de aderência à tração. Esta norma estabelece um método p ara determinação da resistência de aderência, medida através de arrancamento por tração simples para argamassa colante industrializada destinada ao assentamento de placas cerâmicas em pisos e paredes pelo método da camada fina. ABNT NBR 14081-5:2012 - Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Parte 5: Determinação do deslizamento. Esta norma estabelece o método para determinação do deslizamento de placas cerâmicas, quando assentadas com argamassa colante industrializada em parede, pelo método da camada fina.

Luiz Alberto Antunes – DELTA ENGENHARIA – Recife – PB

A ABNT responde: Para aproveitamento de água de chuva, temos a Norma Técnica – ABNT NBR 15527:2007 – Água de chuva — Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis — Requisitos. Esta Norma fornece os requisitos para o aproveitamento de água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis. Esta Norma se aplica a usos não potáveis em que as águas de chuva podem ser utilizadas após tratamento adequado como, por exemplo, descargas em bacias sanitárias, irrigação de gramados e plantas ornamentais, lavagem de veículos, limpeza de calçadas e ruas, limpeza de pátios, espelhos d’água e usos industriais. Água de chuva - água resultante de precipitações atmosféricas coletada em coberturas, telhados, onde não haja circulação de pessoas, veículos ou animais.

Gostaria de saber sobre normas da ABNT para produção de própolis e também se é possível alimentar a colmeia artificialmente? Diassis Leite dos Santos - Estudante - Belo Horizonte – MG

A ABNT responde: Para própolis temos a Norma Técnica - ABNT NBR 16168:2013 - Apicultura — Própolis — Sistema de produção no campo. Esta Norma especifica os requisitos para instalação do apiário, manejo das colmeias, coleta, acondicionamento, transporte e armazenamento da própolis. Quanto à alimentação artificial de abelhas esta norma informa que esta alimentação, deve ser utilizada exclusivamente para a manutenção e fortalecimento das colmeias. Os insumos utilizados para a alimentação artificial como pólen, mel, açúcares e outros, devem ter a origem e/ou composição conhecida e não podem ser fonte de contaminação da colmeia e de seus produtos. Quando houver necessidade de alimentação artificial das colônias, o apicultor deve realizar manejo específico para garantir que essa prática não contamine a produção da própolis.

Eliezer Sanches – São Paulo -SP

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 37

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Para seu CONHECIMENTO Esta seção é destinada à divulgação de processos, termos e curiosidades utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados à normalização. Nesta edição destacamos os canais de atendimento e comunicação disponíveis aos usuários de normas. Para atingir um crescimento econômico que seja desenvolvido sustentavelmente, é preciso refletir qual o caminho a seguir para alcançar os resultados esperados. E esses resultados podem ser alcançados por meio do uso de um ativo importantíssimo, a informação! A Norma Técnica, como informação relevante, é indispensável para que qualquer organização possa tomar as decisões mais acertadas é, sobretudo, um documento que é elaborado para garantir que pro-dutos e serviços estejam alinhados às demandas da sociedade. Assim, a ABNT dispõe de diversos canais para atender seus usuários:

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CERTIF CERTIFICADAS ABNT NBR 13430:2000

ISO 9001:2008

• Escadas domésticas metálicas.

• Quality Management Systems – Requirements.

ABNT NBR ISO 9001:2008

ABNT NBR 15860

• Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos.

ABNT NBR 15786:2010

• Móveis para escritório – móveis para teleatendimento, call center e telemarketing – Requisitos e métodos de ensaio.

• Móveis – Berços e Berços dobráveis infantis tipo doméstico.

ISO 9001:2008

• Quality Management Systems – Requirements.

ABNT NBR 13961:2010 • Móveis para escritório – Armários

ABNT NBR 13966:2008

• Móveis para escritório – Mesas – Classificação e características físicas dimensionais e requisitos e métodos de ensaio

ISO 9001:2008

• Quality Management Systems – Requirements.

ISO 9001:2008

• Quality Management Systems – Requirements.

ISO 9001:2008

• Quality Management Systems – Requirements.

ABNT NBR 13579-1:2011 • Colchão e colchonetes de espuma flexível de poliuretano e bases. Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio.

ABNT NBR 13579-2:2011

• Colchão e colchonetes de espuma flexível de poliuretano e bases. Parte 2: Revestimentos.

ISO 9001:2008

• Quality Management Systems – Requirements.

Mar/Abr 2015 | boletim ABNT • 39

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O que rolou nas

40 • boletim ABNT | Jan/Fev 2015

redes sociais


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NOME

CATEGORIA ASSOCIADO

FORMAX QUIMIPLAN COMPONENTES PARA CALÇADOS LTDA.

COLETIVO CONTR. - C

PRO-RAD CONSULTORES EM RADIOPROTEÇÃO S/S LTDA.

COLETIVO CONTR. - C

IBA – INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES

COLETIVO CONTR. - D

2TREE CONSULTORIA E MEIO AMBIENTE LTDA.

COL. CONTR.M.EMP.

AVENA AR CONDICIONADO LTDA. - ME

COL. CONTR.M.EMP.

Novos sócios

DEMETER - PROJETOS AGRONÔMICOS E REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS COL. CONTR.M.EMP. LTDA. - ME INCONTROL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MEDIDORES DE VAZÃO E NÍVEL COL. CONTR.M.EMP. LTDA. ISABELLA DE CASTRO TEIXEIRA - ME

COL. CONTR.M.EMP.

J.F. DE OLIVEIRA VIEIRA & CIA LTDA. ME

COL. CONTR.M.EMP.

LABORATÓRIO LABCO NOUS DO BRASIL LTDA.

COL. CONTR.M.EMP.

OTIMIZA COMÉRCIO DE MÓVEIS E SERVIÇOS LTDA. - ME

COL. CONTR.M.EMP.

SULBRINQUEDOS IND. E COM. LTDA.

COL. CONTR.M.EMP.

SYSTEM SAFETY COMÉRCIO MANUTENÇÃO E SUPRESSÃO A INCÊNDIO COL. CONTR.M.EMP. LTDA. - ME FRANCISCO GLICIO DA SILVA CAXEIXA

INDIVIDUAL

GILBERTO SELESTRIM

INDIVIDUAL

LINDENBERG DE SOUSA LIMA

INDIVIDUAL

MARTIN KRUEL ELBERN

INDIVIDUAL

PAULO FERREIRA GUIMARÃES

INDIVIDUAL

ROGÉRIO ABEN ATHAR DE SOUSA

INDIVIDUAL

ROGÉRIO MACHADO BATISTA

INDIVIDUAL

RONALDO LIMA PEREIRA

INDIVIDUAL

SIMONE ALBUQUERQUE DA ROCHA

INDIVIDUAL

ESPELHOS de prata Uma imagem refletida sem distorções e defeitos é o que garante um espelho que atende a Norma Técnica - ABNT NBR 14696:2015 - Espelhos de prata - Requisitos e métodos de ensaio. Esta Norma especifica os requisitos gerais e métodos de ensaio para avaliar a durabilidade e a qualidade dos es-

pelhos de prata manufaturados, utilizados na construção civil e na indústria moveleira. Este espelho é um produto obtido pelo processo de deposição de um filme de prata sobre um substrato de vidro plano incolor ou colorido. Esta Norma não se aplica a espelhos curvos, metalizados e automotivos.

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