Boletim ABNT Mar 2013

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boletim

ISSN - 0103-6688

ABNT

Março 2013 | volume 11 | nº 127

A presença da mulher na normalização Com dedicação e profissionalismo, as mulheres imprimem sua forma de atuar em normalização e contribuem para a construção de uma sociedade pautada por qualidade, eficiência e segurança.


Cursos Destaques de abril e maio de 2013 Acessibilidade a edificações, vias públicas e sistemas de transporte coletivo - Interpretação da ABNT NBR 9050:2004 São Paulo – 17 a 19/04 Porto Alegre – 08 a 10/05 Sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) - ABNT NBR NM 323:2010 São Paulo – 02 e 03/05 Instalações elétricas de baixa tensão III - ABNT NBR 5410:2004 - Edificações de grande porte São Paulo – 14 a 17/05 Gestão de riscos - Princípios e diretrizes - ABNT NBR ISO 31000:2009 São Paulo – 13 e 14/05 Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso - ABNT NBR ISO 14001:2004 Salvador – 09 e 10/04 São Paulo – 22 e 23/04 Rio de Janeiro – 13 e 14/05 Programa de educação ambiental São Paulo – 12/04 Porto Alegre - 15/04 Cerflor - Programa Brasileiro de Certificação Florestal Porto Alegre - 15/04

MASP (Métodos para análise e solução de problemas) São Paulo - 02/04 Salvador - 07/05 Rio de Janeiro - 21/05 Atendimento ao cliente - Qualidade de serviço para pequeno comércio - Requisitos gerais - ABNT NBR 15842:2010 São Paulo - 16/04 Capacitação de RD (Representante da Direção) para Sistemas de gestão da qualidade Salvador - 04/04 São Paulo – 13/05 Rio de Janeiro - 22/05 Cálculo de incerteza de medição São Paulo – 16 e 17/05 Auditoria interna de produtos para saúde (ABNT NBR ISO 13485:2004) - Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão - ABNT NBR ISO 19011:2012 São Paulo – 10 e 11/04 Auditores líderes em SGSI: Sistemas de gestão da segurança da informação, baseado na ABNT NBR ISO/IEC 27001:2005 São Paulo – 08 a 12/04

Auditoria interna ambiental - (ABNT NBR ISO 14001:2004) - Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão - ABNT NBR ISO 19011:2012 Salvador – 11 e 12/04 São Paulo – 24 e 25/04 Rio de Janeiro – 15 e 16/05

Sistema integrado de gestão (Qualidade, Meio ambiente e Saúde e segurança ocupacional) Salvador – 09 e 10/05 São Paulo – 20 e 21/05

Gestão dos aspectos e impactos ambientais Porto Alegre – 16 e 17/04 São Paulo – 24 e 25/04

Normas do vestuário infantil: Uniforme escolar e vestibilidade São Paulo - 07/05

Gases Efeito Estufa - Princípios e requisitos para a quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) - ABNT NBR ISO 14064:2007 São Paulo – 24 e 25/04

Vestuário - Referenciais de medidas do corpo humano Vestibilidade para homens corpo tipo normal, atlético e especial - ABNT NBR 16060:2012 São Paulo - 08/05

Portaria MS Nº 2914/2011 - Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade Porto Alegre - 18/04 São Paulo - 24/05

Sistemas de gestão para sustentabilidade de eventos - Requisitos com orientações de uso - ABNT NBR ISO 20121:2012 São Paulo – 17/05

Veja a programação completa no site: www.abnt.org.br Informações e inscrições: cursos2@abnt.org.br Tel.: (11) 2344 1722 / 1723


{ Editorial

Mulheres na normalização

O

Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, também tem significado forte na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nesta edição do Boletim ABNT, aproveitamos para abordar a atuação feminina na normalização, mostrando algumas das

mulheres que têm contribuído para o reconhecimento da nossa organização. Com mais de 70 anos de existência, a ABNT vem escrevendo a sua história calcada no profissionalismo e na dedicação de homens e mulheres. Se, no início, a normalização era um campo predominantemente masculino, atualmente as mulheres têm ocupado um espaço relevante, destacando-se cada vez mais em cargos operacionais e de liderança. Enfatizando a importância da presença feminina, prestamos uma homenagem póstuma à nossa querida Rosa Maria Correa, gestora do Comitê Brasileiro de Informação e Documentação (ABNT/CB-14), que faleceu em novembro passado. Convidamos ex-alunos, amigos e companheiros de trabalho para dar depoimentos e recebemos significativas manifestações de reconhecimento e agradecimento à profissional que dedicou mais de 30 anos à normalização. Seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento do setor de Informação e Documentação no Brasil. Por fim, desejamos um feliz Dia da Mulher a todas as colaboradoras que atuam na normalização. Saibam que seu trabalho tem sido fundamental para

Ricardo Fragoso Diretor-geral

a construção de uma sociedade regida pela segurança, qualidade e eficiência. Aproveitamos para reiterar a importância da participação da sociedade no processo de normalização, sejam homens ou mulheres dispostos a se juntar à ABNT nessa grande empreitada de fazer das normas técnicas as melhores ferramentas para a conquista do desenvolvimento sustentável e, consequentemente, de um mundo melhor.

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} Expediente CONSELHO DELIBERATIVO: Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa

{ Sumário

Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria

05

lhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (SINAEES), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A

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(ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira (CTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON)

Entrevista Uma vida dedicada às Normas Técnicas

/ Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial

Consumidor Cuidando da saúde de seus olhos

(CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Sindicato da Indústria de Apare-

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/ Sócio Contribuinte Microempresa: MÉTRON Acústica Engenharia e Arquitetura Ltda., / Sócio

Consumidor Agora é com os lojistas

Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Conselho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados e ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

13

Dúvidas

14

Capa

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MPE

CONSELHO FISCAL Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar CONSELHO TÉCNICO:

CIT, um apoio indispensável

Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38) DIRETORIA EXECUTIVA: Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso/ Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim

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Antonio Carlos Barros de Oliveira/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira

Parceria com a Fijo

ESCRITÓRIOS:

Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 (atendimento.rj@abnt.org.br) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017-3600

25

– Fax (11) 3017.3633 (atendimento.sp@abnt.org.br) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, gru(atendimento.bh@abnt.org.br) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendi-

poa@abnt.org.br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/BA – Telefone: (71) 3329-4799 (atendimento.ba@abnt.org.br) EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT: Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares /

Desvendando selos e declarações ambientais Reunião do ISO TC 207 WG 9

Brasília/DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 (atendimento.df@abnt.org.br) –

– Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.

Normalização em movimento Instalação de Comissão de Estudo

po 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344

mento.pr@abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001

Negócios Gestão de riscos

Júnior/ Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone/ Diretor Adjunto de Certificação -

Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ –

A presença da mulher na Normalização

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Feiras

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Novos Sócios

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Notícias da Certificação

Publicidade: imprensa@abnt.org.br / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) e Priscila Souza (MTB 69.096) / Assessoria de Imprensa, Redação e Revisão: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Boletim ABNT: Março 2013 – Volume 11 – Nº127 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação (rpdiagrama@gmail. com) / Impressão: Type Brasil. PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA: www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3660 – Fax: (11) 3017-3633

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| Boletim ABNT | Março/2013

Selo de sustentabilidade Assintecal Rotulagem ambiental Claro é certificada

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Consumidor {

Cuidando da saúde de seus olhos

C

om cores, formatos e preços dos mais variados, ócu-

armação, quando submetidas ao calor intenso, não produ-

los de sol são fundamentais, pois protegem os olhos

zem chamas, capazes de provocar um incêndio. Além disso,

da luz solar e, principalmente, dos efeitos nocivos

há orientações e testes para verificar a qualidade do material

provocados pelos raios ultravioleta, identificados pe-

e a resistência do acessório.

las siglas UVA, para a radiação presente durante todo o ano, e

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

UVB, para aquela que ocorre com maior intensidade durante

Tecnologia (Inmetro) entende que os óculos de sol são

o verão.

artigos associados à saúde dos consumidores e, por isso, já

Especialistas afirmam que a exposição em excesso à radiação ultravioleta, em longo prazo, pode causar lesões graduais

empreendeu diversos testes no produto, com base na ABNT NBR 15111:2004.

ao olho humano e até mesmo a perda total da visão. Por isso,

Para garantir sua saúde e segurança, o consumidor pode

além da questão estética, ao comprar o acessório o consumi-

observar alguns requisitos básicos no momento da compra

dor deve levar em consideração a qualidade e a procedência

de óculos de sol, começando pela verificação do nível de pro-

do produto.

teção contra a radiação ultravioleta (UVA e UVB) que as lentes

Desde 2004, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui em seu acervo a ABNT NBR 15111 - Proteção

oferecem. Essa informação deve constar em uma etiqueta, em um adesivo fixado no acessório ou em um manual.

pessoal dos olhos - Óculos de sol e filtros de proteção contra

Adquira os óculos de sol em um estabelecimento comer-

raios solares para uso geral. A norma estabelece as caracte-

cial que apresente garantia e procedência do produto. Expe-

rísticas físicas (mecânicas, ópticas etc.) para óculos de sol e

rimente os óculos e verifique se as lentes envolvem todo o

filtros de proteção solar com potência nominal nula, que não

olho, evitando ao máximo a penetração de luz e observe se

sejam lentes para óculos corretivos, mas previstos para uso

elas não provocam nenhum desconforto visual. Certifique-se

geral na proteção contra radiações solares e também para

também de que os óculos não tenham saliências ou arestas

uso social, inclusive no trânsito.

que possam interferir no conforto ou provocar lesões.

A ABNT NBR 15111:2004 vem contribuir para a melhoria

Mais um alerta importante: os óculos de sol não podem

dos produtos que são comercializados no mercado brasilei-

interferir na percepção correta das cores de sinalização do

ro, porque relaciona diversos requisitos que os fabricantes de

trânsito. Existem alguns modelos no mercado que são impró-

óculos de sol devem seguir e orienta a respeito dos ensaios a

prios para dirigir, pois suas lentes não permitem a distinção

serem realizados para garantir qualidade e segurança para o

adequada das cores, ou são muito escuras. De acordo com a

consumidor.

Norma Brasileira, em casos como esses os óculos de sol de-

No ensaio de transmitância, por exemplo, avalia-se quan-

vem apresentar a advertência “impróprio para transitar/diri-

to da radiação solar efetivamente atravessa a lente dos ócu-

gir” ou o símbolo característico fixado de alguma forma no

los de sol. Já o teste de inflamabilidade verifica se a lente e a

produto para a devida orientação do consumidor.

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{ Entrevista

Uma vida dedicada às

Normas técnicas

Nesta edição, a ABNT faz uma homenagem póstuma a Rosa Maria Correa, gestora do ABNT/CB-14. Ex-alunos, amigos e companheiros de profissão destacam o trabalho dessa profissional, que lutou durante mais de 30 anos pelo desenvolvimento do setor de informação e documentação.

Q

uem teve o privilégio de conhe-

Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ao

te dela qualquer tentativa de imposição das

cer Rosa Maria Correa, gestora

longo de sua carreira implantou bibliotecas

suas ideias.

do Comitê Brasileiro de Infor-

e trabalhou em instituições de ensino como

A Rosa tinha por princípio o respeito aos

mação e Documentação da

a Universidade Presbiteriana Mackenzie, Fa-

colegas. A palavra e o conhecimento eram

culdades Integradas Rio Branco e Unesp.

suas armas, primando sempre pela demo-

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-14), descreve-a como uma mu-

Rosa Maria participou da Associação Pau-

cracia e pelo respeito, também, ao conhe-

lher de postura firme, mas que sabia escutar

lista de Bibliotecários e do Conselho Regio-

cimento dos colegas. Com a Rosa, aprendi

e respeitar a opinião de todos ao seu redor.

nal de Biblioteconomia - 8ª Região (CRB-8).

muito profissionalmente. Solucionar dúvi-

Uma profissional dedicada e exemplar, sem-

Também ministrou cursos à distância pela

das, dar esclarecimentos e mediar impasses

pre, em busca de novos conhecimentos. Com mais de 30 anos de atuação na área da normalização, a professora Rosa, como era carinhosamente chamada, faleceu em 18 de novembro de 2012, deixando um importante legado para o setor de informação e documentação. Em 1971, Rosa Maria formou-se em Biblioteconomia e Documentação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo

(FESPSP). Em 2008, concluiu o

mestrado em Ciência da Informação pela

Federação Brasileira das Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (Febab). Além de gestora do Comitê Brasileiro de Informação e Documentação, era instrutora nos cursos sobre trabalhos acadêmicos promovidos pela ABNT. Nesta entrevista especial, ex-alunos, amigos e companheiros de trabalho prestam uma homenagem a Rosa Maria Correa.

A serviço da normalização no Brasil Tive a oportunidade de conviver com a Rosa tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Em ambos os casos, ela era muito positiva, boa ouvinte, racional e ponderada. Tinha uma memória invejável e passava-me a impressão de que jamais esquecia o teor das conversas pessoais e discussões profissionais. Como profissional era extremamente justa. Apesar de seu notório conhecimento no âmbito da normalização (decorrente do profundo conhecimento técnico

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como

bibliotecária

especialista

eram uma constante em sua atuação. Rosa Correa foi uma das grandes responsáveis pelo respeito conquistado pelo Comitê Brasileiro de Informação e Documentação (ABNT/CB-14), respeito este, pautado pelo profundo conhecimento que ela tinha no assunto. Ela realmente “vestiu a camiseta” em prol da normalização da informação e documentação no Brasil. Ana Vera Finardi Rodrigues, coordenadora da Comissão de Estudo de Documentação (CE-14000.01) do ABNT/CB-14 e bibliotecária-chefe da Biblioteca Setorial da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Uma mulher brilhante Tenho muito boas lembranças da Rosa. Talvez as mais significativas, e que eram de sua natureza: sua inteligência sempre aguçada e sua generosidade ao ensinar e explicar algo. Ela tinha uma personalidade forte, sempre. Era muito franca e transparente.

em catalogação e muitos anos de ABNT),

Como era muito inteligente, estudiosa e

momentos de impasse, comuns na ativi-

competente no que fazia, exigia isso tam-

dade de elaboração e revisão das normas,

bém das pessoas. Às vezes, algumas pesso-

nunca, em momento algum, houve por par-

as sentiam-se intimidadas, mas eu sempre

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Entrevista } gostei da forma como a Rosa instigava-nos

documentação e informação e, com a ABNT,

Dôra Nogueira, assessora técnica da Ge-

a pensar, de como exigia que eu pensasse

pôde discutir com outros profissionais

rência de Documentação Técnica do Ser-

sobre a teoria e prática. Ela se chateava com

revisões e determinações importantes e

viço Nacional de Aprendizagem Comercial

gente interessada em cortar etapas, que

que são utilizadas por variados grupos de

(Senac) - Departamento Nacional.

não estudava ou pensava e queria fórmulas

pessoas.

prontas.

Mostrou ainda que o bom profissional, ao

Temos que dar o exemplo

Embora fosse uma das grandes da Bi-

se especializar em determinada área da sua

blioteconomia brasileira, Rosa não era es-

profissão, ganha prestígio, segurança e cre-

Em setembro de 2000, por volta do fim

trela. Não competia com ninguém, embora

dibilidade para atuar de forma autônoma e

do meu trabalho de defesa da dissertação

com propriedade. Além, claro, de contribuir

de mestrado, intitulada “Ensino da Metodo-

não fugisse de uma boa discussão filosófica sobre catalogação ou normalização. Reconhecia o saber verdadeiro nos colegas de profissão, quando esses o tinham. Ela contribuiu enormemente para o estudo da normalização, sua valorização e aplicação. Gostava de quebrar paradigmas e acho que ela fez isso todo o tempo, sem infringir a ética, provocando o pensar mais filosófico e, ao mesmo tempo, sendo objetiva e prática, buscando a colaboração das pessoas com quem ela trabalhava. É difícil explicar, porque parece que traduzir uma norma, estudá-la, adaptá-la ou mesmo criá-la é coisa fácil e que basta seguir um manual, mas não é assim. Ela sempre imprimiu o rigor necessário para o estudo das normas, sem jamais trazer os louros só para ela. Estou feliz em falar um pouquinho da Rosa, que foi realmente uma das pessoas mais influentes no meu saber profissional. Não agradeci o suficiente pela oportunidade de tê-la como professora, consultora, colega e depois amiga. Ela era brilhante! Beatriz Pinheiro da Guia, chefe do Serviço de Documentação e Informação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

com os profissionais e com a profissão. Por fim, Rosa deixa para nós um legado que envolve o ensino e a aprendizagem. Mostranos que somente compartilhando e discutindo ideias com bibliotecários e estudantes da área é que crescemos profissionalmente. Cristiane Camizão Rokicki, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia - 8ª

trabalhos acadêmicos. Em 2001, após 21 das 23 sugestões serem aprovadas, fui convidado pela própria professora Rosa Correa a participar das reuniões realizadas pelo ABNT/CB-14 para a atualização da norma

Uma lição de vida

sentação.

Lembro-me de uma palestra que a Rosa ministrou em Maceió. Após um período de tratamento, mesmo ainda debilitada, a Rosa aparece em público e consegue transmitir vida, força. Ela parecia iluminada. Olhei para aquela mulher e perguntei-me: “Como ela consegue? Que lição de vida!” Portadora de um conhecimento ímpar, a Rosa era muito séria, exigente, bem pontual nas suas colocações. Sobre normas e catalogação, ela reinava, mas sabia ouvir e ceder, isso quando convencida. Respeitava a opinião dos colegas, mesmo quando não concordava. A maior contribuição que a Rosa deixou

Um grande legado

que hoje atua nas comissões do ABNT/CB-

2003, criamos um guia de normalização.

com 23 sugestões sobre a padronização dos

ABNT NBR 14724:2011 - Informação e do-

para a normalização foi o grupo de trabalho

eventos de Biblioteconomia. Juntas, em

Contraditórias”, enviei uma cópia à ABNT

Região (CRB-8).

Tecnologia (Inmetro).

Faz 20 anos que conheço a Rosa de

logia Científica: Inviabilidade das Normas-

14. Em sua gestão, ela integrou, conciliou, coordenou e contribuiu para o crescimento do Comitê. Se hoje o Comitê atua fortemente, deve-se à atuação da Rosa. A maior lição que ela nos deixou foi for-

Durante esse período, pude aprender e

ça e determinação. Ela não falava isso, mas

compreender a dimensão do trabalho que

estava estampado em seu semblante: “De-

a Rosa exercia na ABNT e como era impres-

sistir, nunca!”. Por mais debilitada que se en-

cindível a nossa participação, profissionais

contrasse, ela estava atuando, debatendo,

da informação, nas questões sobre a divul-

participando. Um exemplo foi sua participa-

gação e disseminação das normas de docu-

ção no Encontro Nacional de Catalogadores,

mentação para o público leigo.

no Rio de Janeiro, em outubro de 2012.

cumentação - Trabalhos acadêmicos - ApreNo início foi uma época difícil, de poucos recursos. Trabalhávamos no Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB), onde poucos, mas insistentes e persistentes voluntários debatiam acirradamente sobre os temas necessários e propostos. Naquela época, todas as integrantes eram conhecidas pelo primeiro nome e eu, o único homem a fazer parte da comissão, fui gentilmente batizado pela Rosa de “Professor”. Ela sempre nos passou a imagem de uma professora apaixonada pelo trabalho que realizava, insistente e persistente nas diretrizes que traçava. “Se queremos ver as pessoas usando as regras que criamos, temos que primeiro, dar o exemplo de usá-las”, Rosa dizia. Como profissional, era íntegra, enérgica, desafiante, firme e respeitadora das opiniões alheias. No entanto, estas deveriam ser fundamentadas e acompanhadas de sentido, veracidade e serem apontadas de forma e hora certas. Rogo a todos os amigos e colegas que continuam a fazer parte do ABNT-CB/14, que não deixem os serviços esmorecerem. Perdemos sim uma peça fundamental desse jogo, mas com sabedoria e dedicação saberemos suplantar tal perda, pois a vida tem

Rosa era uma profissional autêntica e éti-

Particularmente, a Rosa foi uma das minhas

ca. Com personalidade forte e com vocação

maiores incentivadoras. Se hoje sou essa

para o ensino, conseguia transmitir seus co-

profissional, devo isso a ela. Cresci muito

nhecimentos para diferentes profissionais e

nestes últimos dez anos, com a Rosa. Ficou

estudantes. Ela se comprometeu profissio-

uma lacuna na nossa área... Rosa, saudade

de continuar. Gino Bimestre Filho, mestre na Organização Guará de Ensino, coordenador pedagógico da Faculdade de Administração, coordenador da Gerência de Práticas e professor de Metodologia Científica das Faculdades de Administração e Ciência

nalmente pelo desenvolvimento da área da

eterna.

Contábeis.

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} Entrevista Referência brasileira No âmbito profissional, Rosa Correa era sempre correta e nos presenteava com seu conhecimento profundo da área em que atuava. No âmbito pessoal, era uma grande pessoa, inteligente, amiga e sempre gentil. O papel da Rosa no campo da Normalização foi e é muito importante. Ela era a principal referência brasileira nesta área, destacando sua participação no ABNT/CB-14, ministrando cursos em todo o Brasil; como professora, atuando em entidades de classe; como autora, publicando importantes obras. No ABNT/CB-14, ela sempre direcionou os trabalhos com muito conhecimento e competência. Em todas as discussões e definições das normas era sempre nela que encontrávamos o balizamento correto, o melhor direcionamento, sempre trazendo à tona seu profundo conhecimento de toda a área da normalização focada na informação e documentação e ainda da catalogação. A Rosa deixa uma grande contribuição, todo o conhecimento que nos apresentou, sabendo que ainda não podemos contar com alguém que esteja à altura dela. Isabel Merlo Crespo, bibliotecária da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), participante do ABNT/CB14 e coordenadora da Comissão de Estudo de Identificação e Descrição (CE-14:000.03) de 2005 até 2012.

Mentora de todos

do porquê de se usar normas para elaborar

vários cursos e eventos, ministrava aulas e,

ou fabricar algo. Rosa sempre defendia o

em 2008, conseguiu concluir o seu Mestra

trabalho da ABNT. A professora Rosa deixa

do que era um sonho e uma exigência para

a grande lição de que para aprender mais

continuar na docência.

obre qualquer assunto é fundamental focar

Creio que suas maiores contribuições são

nele e continuar buscando respostas. Enfim,

a visibilidade e a usabilidade das normas

a Rosa nos ensinou a lutar pela vida e por

brasileiras de documentação e informa-

aquilo em que acreditamos. Digo nós, pois acredito que possa falar por todos do nosso grupo. Ela era nossa mentora, aquela que sempre saberia a resposta para as nossas dúvidas! Laura Regina Salles Aranha, secretária da Comissão de Estudo de Documentação (CE-14000.01) do ABNT/CB-14.

equipe multidisciplinar, a Rosa conseguiu alavancar um mercado que parecia estático e arcaico. Depois da nova edição das normas ABNT NBR 6023 e ABNT NBR 10520, em 2002, as instituições, principalmente as universidades, começaram a cobrar maiores padrões de qualidade na documentação,

Estímulo ao padrão de qualidade

pois se percebeu que as normas eram dinâ-

Conheci a Rosa em um evento promovido

te todas as normas do ABNT/CB-14 come

pela ABNT em 1997, na Faculdade de Medi-

çaram a ser revisadas periodicamente. São

cina da Universidade de São Paulo (USP).

várias as lições que ela nos deixou. O nosso

micas e estavam atualizadas, de acordo com as necessidades da sociedade. Daí em dian-

A proposta desse evento era justamente

trabalho quase voluntário para a sociedade

reunir um grupo para revisar as normas de

já é uma das grandes lições. E outras tão

documentação. A princípio as maiores de-

importantes, como a dedicação, o esforço,

mandas da sociedade da informação eram

a aceitação das diferenças e o comprome-

as normas de Referência e de Citações,

timento. Agradeço a ela por tudo que nos

respectivamente, ABNT NBR 6023 e ABNT

ensinou e pelo legado que nos deixa.

NBR 10520.

Margot Terada, bibliotecária na Compa-

Nessa época o ABNT/CB-14 era chamado de Comitê Brasileiro de Finanças, Bancos, Seguros, Comércio, Administração e Documentação, com um Subcomitê de Documentação (SC 14:001, e uma Comissão de Estudo de Representação Descritiva dos Registros do Conhecimento (CE 14:001.05), cuja presidente era a Rosa Maria Correa.

Rosa era uma mulher íntegra e firme em

A Rosa também foi professora de catalo-

suas convicções. Ela vivia tudo intensamen-

gação na Fundação Escola de Sociologia e

te. Aprofundava-se em qualquer questão

Política de São Paulo (FESPSP) no período

que fosse de seu interesse. Estudava muito

da minha formação (entre 1983-1985), mas

e era uma excelente professora. Quando

ção no território nacional. Junto com uma

não fui aluna dela.

nhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Mulher de garra Conheci a Rosa nas reuniões do Comitê Brasileiro de Informação e Documentação. Era sempre ligada e moderna, super atualizada e aberta a tudo que pudesse renovar. Enérgica, mas também muito amiga. Rosa era uma mulher de garra, firmeza, companheirismo e cordialidade. Uma das

falamos do ABNT/CB-14, imediatamente,

A posição da Rosa nas comissões do

muitas contribuições que deixou para o

pensamos na Rosa, como se eles fossem

ABNT/CB-14 era sempre firme e segura.

setor de normalização foi seu conhe-

sinônimos. Ela contribuiu muito com a nor-

Uma profissional de conhecimento profun-

cimento. Minha participação no ABNT/CB-

malização. Esteve presente desde o início da

do em catalogação que conseguia dirimir

14 deve-se a ela, pois a disposição da Rosa

formação da Comissão de Estudo de Docu-

várias dúvidas do grupo formado por dife-

era fora de série.

mentação (CE-14000.01) do ABNT/CB-14.

rentes tipos de profissionais e de diversos

Maria Solange de Oliveira Pereira Fierro,

Em seus cursos ela sempre iniciava ex-

segmentos da sociedade. Sempre dedicada

pesquisadora assistente – bibliotecária do

plicando a importância da normalização,

ao trabalho, escreveu livros, participou de

Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

8

| Boletim ABNT | Março/2013

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Entrevista }

Margot Terada

Ana Vera Finardi Rodrigues

Dôra Nogueira

Maria Solange de Oliveira Pereira Fierro

Cristiane Camizão Rokicki e Rosa Correa

Isabel Merlo Crespo

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Beatriz Pinheiro da Guia

Gino Bimestre Filho

Laura Regina Salles Aranha

Boletim ABNT | Março/2013 |

9



Consumidor {

Agora é com os lojistas Na última etapa de implementação, a Portaria do Inmetro sobre eletrodomésticos e similares envolve o mercado varejista.

D

esde o dia 1º de janeiro, os lojistas não podem mais vender produtos eletrodomésticos e similares sem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) cumprindo-se, dessa forma, a

última etapa prevista na Portaria nº 371, de 29 de dezembro de 2009, que determina a obrigatoriedade da certificação. Agora é o comércio varejista que está na mira da fiscalização. Por seu lado, o consumidor final poderá facilmente identificar se o produto foi certificado e, portanto, se atende aos requisitos de segurança estabelecidos em norma técnica. Para fabricantes e importadores de eletrodomésticos e similares, o prazo para liberação de estoques de produtos não certificados terminou em 1º de julho do ano passado. As organizações de grande porte, entretanto, mobilizaram-se desde a época da publicação da Portaria, preparando-se para a certificação. “O processo de certificação dura em média 60 dias, mas há casos que se estenderam por mais tempo, porque dependem do prazo que os fabricantes precisam para deixar seus produtos em conformidade com a norma ABNT NBR IEC 60335, que trata da segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares”, informa Alexandre Kozik, gerente Adjunto de Desenvolvimento de Negócios e gestor de certificação da área de eletroeletrônicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Como um dos principais Organismos de Certificação de Produtos (OCP) acreditados pelo Inmetro para fazer a certificação de eletrodomésticos, a ABNT certificou mais de 4.000

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produtos, tendo entre seus clientes a Taiff e a GA.MA Italy, ambas atuando na área de produtos elétricos para beleza. As pequenas indústrias, de acordo com Kozik, demoraram um pouco mais para buscar a certificação, mas não tem outra saída. “Hoje há lojistas que temem comprar de indústrias que não certificaram os produtos, o mercado está refratário”, ele comenta. Se de um lado a Portaria nº 371 veio inibir, principalmente, importações de produtos que poderiam proporcionar riscos ao usuário, de outro, na opinião de Kozik, ajuda a fomentar na indústria nacional as boas práticas de fabricação e produtos mais seguros. Ele justifica: “Agora a fiscalização do Inmetro vai às lojas e, se encontrar algum produto que desrespeite o regulamento, chegará até o fabricante. Ninguém quer correr esse risco”.

Garantia ao consumidor O coordenador da área de Engenharia de Produtos da Taiff, Geremias dos Santos, faz uma avaliação positiva da iniciativa do Inmetro, cujo principal objetivo é evitar acidentes com os usuários. “A certificação veio para dar mais segurança ao consumidor, pois filtra os produtos que chegam ao mercado e prestigia as empresas sérias que se sobressaem pela qualidade de seus produtos. Ao mesmo tempo, retira do mercado ou pelo menos força as demais empresas a dar atenção à qualidade de seus produtos, preocupando-se em atender os requisitos determinados pela norma técnica e pela Portaria do Inmetro”, ele afirma. Boletim ABNT | Março/2013 |

11


} Consumidor O usuário final, como reitera Geremias dos Santos, é o grande beneficiário: “Ele terá, por trás de cada produto, o aval

empresas, já que as obri ga a agregar um mínimo de qualidade aos produtos.

de um órgão de credibilidade e saberá que aquilo que está

“Antes desta nova regulamentação, as empresas que não

comprando passou por testes rigorosos e teve sua qualidade

ligavam muito para qualidade e segurança economizavam

atestada para po-

nos

insumos

e

der entrar no mer-

componentes dos

cado hoje”.

produtos de ma-

A Taiff iniciou

neira significativa,

o processo de cer-

em relação aos fa-

tificação logo que

bricantes com pa-

a Portaria foi pu-

drões internos mais

blicada

exigentes,

e,

atual-

tendo

mente, tem todas

assim a possibili-

as famílias de pro-

dade de derrubar

dutos certificadas.

preços e às vezes

São secadores ma-

deixar fora da con-

nuais

cabelo,

corrência

alisado-

mais

de

pranchas ras,

aquelas

sérias”,

co-

menta Leonard.

modeladores,

equipamentos para

Essa manobra,

podologia, máqui-

segundo o diretor

nas de corte, depi-

geral, pode parecer

ladores, secadores

melhor para o con-

de

entre

sumidor, em curto

outros, de uso do-

prazo, mas o deixa

méstico

coluna,

em

exposto a produ-

salões de cabelei-

tos potencialmente

reiros profissionais,

perigosos

totalizando

103

bém dificulta que

produtos apresen-

o mercado evolua

tados nas tensões

mais

ou

de 127V e 220V.

Maior competitividade O diretor geral da GA.MA Italy, Felipe Leonard, entende

e tam-

rapidamen-

te, invista em desenvolvimento e ofereça tecnologias mais modernas e seguras. “E todos sabemos que, quando uma ‘melhor tecnologia’ pode ser produzida em escalas maiores, seu custo cai e, no médio e longo prazo, o consumidor recebe produtos melhores e com preços acessíveis”, ele adverte.

que as certificações eram necessárias para aumentar e ga-

A GA.MA Italy obteve certificação para todos os seus pro-

rantir a segurança do consumidor, além de levar para cima o

dutos, nas três linhas que atualmente comercializa: pran-

patamar de qualidade dos produtos no mercado. Ele também

chas, secadores e máquinas de corte de cabelo. São mais de

acredita que a iniciativa melhora a competitividade entre as

200 itens.

Para seu conhecimento Esta seção é destinada à divulgação de processos, termos e curiosidades utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados à normalização. Nesta edição destacamos:

12

| Boletim ABNT | Março/2013

Estado da arte - É o estágio de desenvolvimento de uma capacitação técnica em um determinado momento, em relação a produtos, processos e serviços, baseado em descobertas científicas, tecnológicas e experiências consolidadas e pertinentes. Fonte: ABNT ISO IEC Guia 2.

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Dúvidas { 1. Gostaria de receber informações a respeito da Norma da

balhador, tais como ambiente complexo, tráfego de veículos e veloci-

ABNT que trata de porta corta-fogo para saídas de emergên-

dades observadas. O anexo A fornece uma descrição dessas classes de

cia.

visibilidade. Roy Cuglovici - Vault Blindagem Arquitetônica – São Paulo – SP

4. Qual é a norma da ABNT que traz informações sobre proA ABNT responde: Existe a ABNT NBR 11742:2003 - Porta corta-fogo

cedimentos para abastecimento de veículos em postos

para saída de emergência. Essas portas são indicadas para instalação

vendedores de combustíveis?

nos seguintes locais, conforme recomendações constantes em 4.9: a) Márcia Silva – Posto Mania Ltda. – Fortaleza – CE

antecâmaras e escadas de edifícios; b) entrada de escritórios e apartamentos; c) áreas de refúgio; d) paredes utilizadas na separação de riscos industriais e comerciais e compartimentos de áreas, desde que

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 15594-1: 2008 - Armazena-

utilizadas exclusivamente para passagem de pessoal; e) locais de aces-

mento de líquidos inflamáveis e combustíveis - Posto revendedor de

so restrito, que se comunicam diretamente com rotas de fuga; f) aces-

combustível veicular (serviços) Parte 1: Procedimento de operação,

so às passarelas e intercomunicação entre edifícios; g) portas em corre-

que estabelece os procedimentos mínimos para uma operação segura

dores integrantes de rotas de fuga; h) acesso a recintos de medição,

e ambientalmente adequada para capacitação da equipe e elaboração

proteção e transformação de energia elétrica.

do plano de operação do posto revendedor de combustíveis líquidos veiculares, no que se refere à operação de abastecimento de combus-

2. Preciso de informações sobre normas que abordem o armazenamento de produtos agrotóxicos. Marney Vieira Vitor – Pindaré-Mirim – MA A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 9843:2004 - Agrotóxico e

afins - Armazenamento, movimentação e gerenciamento em armazéns, depósitos e laboratórios, que estabelece os requisitos exigíveis

tíveis líquidos. As demais operações do posto revendedor de combustível veicular são tratadas em outras partes desta Norma ou em outras normas específicas.

5. Gostaria de saber se a ABNT possui alguma norma técnica destinada ao segmento de eventos. Marlene Matias - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – São Paulo - SP

para o armazenamento adequado de agrotóxicos, visando preservar a qualidade do produto, bem como a prevenção de acidentes. Esta norma pode ser aplicada por armazenadores, usuários, fabricantes, transportadores e comercializadores.

3. Gostaria de saber se existe alguma norma da ABNT que estabeleça os requisitos para coletes refletivos a serem utilizados, por exemplo, em pátios de aeroportos. Pablo Franco Miranda - Infraero – Brasília – DF A ABNT responde: A norma em questão é a ABNT NBR 15292:2005 –

Artigos confeccionados - Vestuário de segurança de alta visibilidade, que estabelece o desempenho dos materiais visíveis a serem utilizadas no vestuário de alta visibilidade, específica as áreas mínimas e sugere o posicionamento dos materiais (retrorrefletivos e fluorescentes) e cores

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR ISO 20121:2012 - Sistemas de

gestão para sustentabilidade de eventos — Requisitos com orientações de uso, que especifica os requisitos de um sistema de gestão para sustentabilidade de eventos de qualquer tipo ou atividades relacionadas a eventos, bem como fornece orientações sobre a conformidade com esses requisitos. Esta Norma é aplicável a qualquer organização que deseje: estabelecer, implementar, manter e melhorar um sistema de gestão para sustentabilidade de eventos; garantir que esteja em conformidade com sua política de desenvolvimento sustentável estabelecida; e demonstrar conformidade voluntária com esta Norma por primeira parte (autodeterminação e autodeclaração), segunda parte (ratificação da conformidade por partes que tenha um interesse na organização, como clientes ou por outras pessoas em seu nome), ou terceira parte independente (por exemplo, organismo de certificação).

para vestuário usado para aumentar a visibilidade e segurança de trabalhadores.

O objetivo desta norma é tratar da melhoria da gestão da sustentabilidade em todo o ciclo da gestão de eventos. Guias e informações

A norma identifica as classes de risco de visibilidade e recomenda

adicionais estão disponíveis em anexos da norma para apoiar a sua

modelos apropriados para o vestuário, com base nos riscos do tra-

implementação.

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Boletim ABNT | Março/2013 |

13


{ Capa

A presença da mulher na

Normalização Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a ABNT destaca a atuação feminina no campo da normalização. Com dedicação e profissionalismo, elas contribuem para a construção de uma sociedade pautada por qualidade, eficiência e segurança.

C

omemorado em 8 de março, o Dia

Entre eles, destaca a composição da dire-

Internacional da Mulher tornou-se

toria, que implementou uma nova forma

um marco das conquistas sociais,

de gestão. “A atual administração está tra-

políticas e econômicas das mu-

balhando para o fortalecimento da ABNT

lheres. A Associação Brasileira de Normas

desde 2003, e só temos motivos para come-

Técnicas (ABNT) aproveita a ocasião para

morar”, destaca Laila.

apresentar histórias de profissionalismo

Esse mesmo período é destacado pela

e competência de dezenas mulheres que

secretária executiva do Comitê Brasileiro

atuam no campo da normalização.

de Máquinas e Equipamentos Mecânicos

Com suas experiências e funções dis-

(ABNT/CB-04), Aparecida Regina Formicola,

tintas, seja no acervo, na comunicação, na

que há 21 anos atua em normalização. De

capacitação de profissionais, no processo

acordo com ela, desde o início da gestão

de normalização, na gestão e secretaria

do presidente do Conselho Deliberativo

das Comissões de Estudo e Comitês Técni-

da ABNT, Pedro Buzatto Costa, houve uma

cos, essas mulheres têm contribuído para a

grande melhoria nos processos.

construção de uma sociedade pautada pela

“A informatização da informação foi fun-

qualidade, eficiência, segurança, saúde e

damental. Hoje temos ferramentas interativas como o Livelink, o acervo digital que

sustentabilidade. A gerente de Editoração e Acervo da ABNT, Janaína da Silva Mendonça, com 32 anos de casa, participou de importantes momentos da história da normalização brasileira. Em sua gestão, por exemplo, ela destaca como inesquecível a primeira publicação de normas pelo processo de editoração eletrônica, em 1989, com a série ABNT NBR ISO 9000, sobre Sistemas de Gestão da Qualidade. Na época, só havia computador no Centro de Processamento de Dados (CPD). Então tivemos que fazer a transição de uma máquina de escrever para trabalhar em computador, que era uma grande novidade tecnológica para todos”, lembra Janaína. No final dos anos 90, conta Janaína, uma grande conquista foi transformar as normas em papel para arquivo digital, gerando o sistema print on demand, no qual a impressão da norma era realizada no momento da venda. Dessa forma, não era preciso ter esto-

14

| Boletim ABNT | Março/2013

Janaína da Silva Mendonça, gerente de Editoração e Acervo da ABNT

que de todas as normas em vigor. Em 2008, houve ainda a reestruturação e atualização

permite mais agilidade para pesquisar as Normas Brasileiras e internacionais, temos facilidade de confrontar os projetos com as normas da International Organization

do acervo e a substituição da base de dados da ABNT. Na época, o acervo continha normas com 11 formatos (leiautes) diferentes e era necessário reduzir esse número para apenas quatro. A Gerência de Editoração e Acervo foi criada na ocasião para cuidar desse processo. “Com esta estrutura pudemos reunir em um só setor toda a história das normas e disseminar a informação sobre elas. Isso foi importante não apenas para a minha carreira, mas acredito que tenha impactado positivamente na atividade de lançamento das normas”, avalia Janaína. Atuando desde 1992 na ABNT, a gerente de Comunicação e Eventos Laila Pieroni Ribeiro também esteve presente em im portantes momentos da história da entidade.

Aparecida Regina Formicola, secretária executiva do Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04)

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Capa } for Standardization (ISO). A ABNT fez mui-

ticipação ampla e de liderança que a norma-

tas melhorias para facilitar o trabalho dos

lização brasileira atingiu na ISO.

“O pleno conhecimento de normas nacionais e internacionais foi objetivo perma-

Comitês e, principalmente, dos chefes de

Thásia comenta que um dos maiores de-

nente durante a vida profissional de minha

secretaria, que atuam com os processos de

safios de sua carreira no ABNT/CB-41 acon-

mãe. Ela considerava as normas ABNT de

normalização no dia a dia”, destaca Apare-

teceu em 1982, quando o grupo novato,

alto nível, muito claras e objetivas”, lembra

cida Regina.

e ainda sem reconhecimento, começou a

Catia.

participar dos trabalhos no Comitê Técni-

Engenheira metalúrgica, há mais de 30

co Iron ore and direct reduced iron da ISO

anos atuando no setor produtor de aço,

(ISO/TC 102). “Atualmente, o mesmo ABNT/

Catia participou de comissões de estudo do

Desde 2006, Aparecida Stucchi é chefe

CB-41 está entre as delegações mais atuan-

Comitê Brasileiro de Siderurgia (ABNT/CB-

de Secretaria do Organismo de Normaliza-

tes e respeitadas e entre os que mais detêm

28), é sócia da ABNT e membro do Conselho

ção Setorial de Tecnologia Gráfica (ABNT/

posições de liderança no Comitê da ISO”, ela

Deliberativo representando o Instituto Aço

ONS-27). Aparecida, que também é gerente

destaca.

Brasil, na categoria Contribuinte. Sua atua-

Dedicação e envolvimento

da Associação Brasileira de Tecnologia Grá-

Para a chefe de secretaria do ABNT/CB-41,

ção também foi fundamental para a ABNT,

fica (ABTG), está entre os grandes profissio-

atuar na normalização é transformador: “O

em 2002, quando ela trabalhou no levanta-

nais que têm enriquecido a normalização.

processo de elaboração de uma norma é um

mento de recursos para o Plano Master de

Durante o período como chefe de Se-

dos melhores meios para o crescimento dos

recuperação da associação.

cretaria, 66 normas técnicas estiveram sob

profissionais envolvidos e para o seu treina-

os cuidados de Aparecida, entre lançamen-

mento em diversos aspectos”.

Participando de comissões de estudo do ABNT/CB-28, destaca-se também a con-

tos, revisões e substituições. “É um trabalho

tribuição de Catia para a estruturação dos

que exige não só conhecimento técnico,

Programas Setoriais da Qualidade de esqua-

mas também dedicação e envolvimento

drias, telhas e tubos de condução de fluidos

dos especialistas da área. Nosso objetivo é o

em aço, representando o Instituto Aço Brasil

desenvolvimento da indústria gráfica brasi-

no ABNT/CTC-06, o comitê de certificação de aços planos e seus produtos para uso na

leira”, ela destaca.

construção.

Aparecida explica que cabe à secretaria

“A normalização e a certificação de pro-

dar o suporte aos profissionais do setor para

dutos e processos constituem bases para

o bom andamento dos trabalhos de norma-

aumento de produtividade, redução de

lização, ter conhecimento específico sobre

custos e acesso a mercados, além de pro-

como elaborar normas técnicas e também

piciarem ao consumidor maior segurança

sobre o funcionamento da estrutura da

e confiabilidade no produto”, enfatiza a di-

ABNT.

retora de Mercado e Economia do Instituto

Com o desafio de substituir o engenheiro

Aço Brasil.

Heitor de Moura Estevão, um dos criadores

Sua história de trabalho e dedicação à

do Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/

normalização vai mais além. Catia também

CB-25), Edi Martins dos Santos assumiu a

atua no Centro Brasileiro da Construção

Secretaria Executiva em 2010. “Sempre que

em Aço (CBCA), gerido pelo Instituto Aço

preciso conto com a ajuda dos profissionais da ABNT e a orientação do Dr. Heitor, um grande homem e um dos maiores incen-

Aparecida Stucchi, chefe de Secretaria do Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica (ABNT/ONS-27)

tivadores da Qualidade no Brasil”, ela revela. Para Edi, já faz muito tempo que as mulheres vêm ampliando a participação nos diversos campos. “Na normalização não é

Brasil. “O objetivo é fomentar o uso do aço na construção. Diante disso, unindo a atividade profissional e a engenharia, passei a atuar também junto aos Comitês Brasileiros

Desde a infância

de Construção Civil (ABNT/CB-02) e de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-24)”, ela comenta.

diferente. Sempre recebi o reconhecimento

Embora ainda hoje muitas pessoas desco-

pelo meu trabalho e ajuda para vencer os

nheçam a normalização ou subestimem seu

desafios impostos ao Comitê”, afirma a se-

valor, a diretora de Mercado e Economia do

cretária executiva do ABNT/CB-25.

Instituto Aço Brasil, Catia Mac Cord Simões

Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/

Antes mesmo de cursar Engenharia, a superintendente do Comitê Brasileiro de

Muitos momentos marcaram a trajetória

Coelho, lembra que seu primeiro contato

CB-18), Inês Laranjeira da Silva Battagin, já

de mais de 30 anos da chefe da Secretaria

com as normas técnicas foi ainda na infân-

conhecia algumas normas de concreto e

do Comitê Brasileiro de Minérios de Ferro

cia. Sua mãe, Clara Mac Cord, foi chefe do

estruturas. “Essas normas pertenciam ao

(ABNT/CB-41), Thásia de Medeiros. Entre as

Laboratório de Análises da Central do Brasil,

meu pai e hoje fazem parte do acervo de

conquistas, ela se orgulha de ver hoje a par-

durante a década de 1950.

minha biblioteca particular. Tenho alguns

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Boletim ABNT | Março/2013 |

15


} Capa exemplares que datam do início da história

recida Calcagni Batista comemora a consti-

da ABNT e até ajudei a reconstituir parte do

tuição de um acervo com 163 normas, das

acervo da entidade”, ela revela.

quais 118 estão tecnicamente atualizadas,

Seu interesse foi acentuado na faculdade, com consultas e estudos de algumas

incluindo atualizações conforme a normalização internacional.

normas. No entanto, a escolha por trabalhar

Para Luciana, é uma experiência extrema-

de forma mais expressiva na normalização

mente gratificante colaborar com o setor de

técnica veio com o tempo e em função de

ferramentas no que diz respeito à normali-

diversos trabalhos profissionais que reali-

zação técnica. “Desde a instalação do ABNT/

zou.

CB-60, o Sindicato da Indústria de Artefatos

Para Inês, atuar como superintendente

de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no

do ABNT/CB-18 permite divulgar as normas

Estado de São Paulo (Sinafer), sua secretaria

brasileiras e difundir a cultura da normali-

técnica, recebe técnicos, engenheiros, pro-

zação em diversos foros, eventos técnicos,

fessores, consultores e diversos represen-

cursos de graduação ou pós-graduação,

tantes do setor que se reúnem para desen-

publicações de artigos e capítulos de livros.

volver normas que garantam a qualidade e

Ela vem cumprindo esse papel com maes-

segurança das ferramentas fabricadas no

tria e justifica: “Sempre é motivo de satisfa-

Brasil”, ela destaca.

ção quando uma norma é publicada, pois

Além de ser um importante trabalho

além de representar um reconhecimento

para o setor, a chefe de Secretaria observa

do meio técnico pelo trabalho realizado, é

que a atuação do ABNT/CB-60 contribui

também o momento em que se oferece à

com a sociedade brasileira, reduzindo riscos

sociedade uma importante ferramenta tra-

de acidentes, incentivando a concorrência

Vestimentas de Alta Visibilidade, que tem

balho”.

honesta dos produtos brasileiros com os si-

contribuído para reduzir atropelamentos de

milares importados e, principalmente, mos-

profissionais que atuam em estradas e nas

trando para o mundo que o setor no Brasil

ruas”, ela destaca.

acompanha o desenvolvimento tecnológico

A secretária executiva do ABNT/CB-04, Apa-

aplicado na fabricação de ferramentas.

recida Regina Formicola, é da mesma opi-

Experiência gratificante Quatro anos depois de iniciar suas ativi-

Thásia de Medeiros, chefe da Secretaria do Comitê Brasileiro de Minérios de Ferro (ABNT/CB-41)

dades como chefe de Secretaria do Comitê

O interesse pela normalização acompa-

nião: “É muito importante quando vejo uma

Brasileiro de Ferramentas Manuais e Usina-

nha a superintendente do Comitê Brasilei-

norma do ABNT/CB-04 publicada. É mais um

gem (ABNT/CB-60), em 2008, Luciana Apa-

ro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17),

objetivo alcançado, o nosso trabalho sendo

Maria Adelina Pereira, desde que ela cursou o ensino técnico. “Encantei-me com as normas, pois elas são uma bússola segura orientando-nos a fazer certo da primeira vez. Somou-se a isso a atuação da minha professora de Controle de Qualidade, a sra. Eliane Rodrigues, e a continuidade foi consequência da necessidade inicial”, ela afirma. Para Maria Adelina, nada é mais gratificante do que receber a confirmação de que a partir do momento em que o mercado passou a exigir a aplicação de uma determinada norma, a sociedade foi beneficia da Para Maria Adelina, nada é mais gratifi-

Edi Martins dos Santos, secretária executiva do Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25)

16

| Boletim ABNT | Março/2013

valorizado e reconhecido”. A dedicação de Aparecida Regina à normalização é tanta que ela não se imagina realizando outra atividade. “Fui tomando conhecimento e gosto pela normalização. Hoje ela está incorporada em mim, no meu sangue. Esse trabalho é muito estimulante. A cada dia aprendo algo novo. Por isso, sou apaixonada pela normalização”, ela declara.

Complementando dades

habili-

cante do que receber a confirmação de que

As mulheres também têm ocupado posi-

a partir do momento em que o mercado pas-

ções de destaque na normalização regional

sou a exigir a aplicação de uma determina-

e internacional. Prova disso tem sido a atu

da norma, a sociedade foi beneficiada. “De

ação da secretária executiva da Comissão

fato, não tem preço. Exemplo disso ocorreu

Pan-Americana de Normas Técnicas (Co-

com a norma ABNT NBR 15292:2005, sobre

pant), Kory Eguino. Há quase três anos na

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Capa }

acredita que isso enriquece os debates fornecendo outro ponto de vista. “Normalmente as mulheres têm a capacidade de se concentrar mais sobre os detalhes e realizar tarefas múltiplas simultaneamente, permitindo-lhes, no campo da normalização, garantir um trabalho mais limpo e refinado”, afirma a secretária executiva da Copant. Kory ainda destaca a capacidade de comunicação das mulheres, atributo muito importante para se alcançar o consenso durante o processo de normalização em um Comitê Técnico.

Maria Adelina Pereira, Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17)

Ademilde Muniz de Castro, gerente de Capacitação da ABNT

função, ela também ostenta no currículo a experiência de oito anos como diretora exe-

mens, o que torna o campo da normalização

cutiva do Organismo Boliviano de Normali-

muito fértil para o desenvolvimento de uma

zação (Ibnorca).

carreira. “É comum ouvir uma instrutora fa-

“A presença das mulheres na normaliza-

lando: ‘Adorei a norma nova!’. Uma expres-

ção em nível nacional, regional e internacio-

são que raramente se ouve dos homens”,

nal está se tornando cada vez mais impor-

comenta a gerente de Capacitação.

tante, desde o trabalho puramente técnico

Trabalhando há 26 na ABNT, a gerente

de estudo, análise e elaboração de normas,

de Planejamento e Projetos, Márcia Cristina

até níveis de políticas e decisões tanto em

de Oliveira, reitera que as mulheres são mais

os organismos de normalização nacionais

observadoras e detalhistas. Somado a isso, o

quanto internacionais”, ela informa.

poder de concentração feminino também é

Kory cita como exemplo os organismos nacionais de normalização membros da Copant. “São 28 membros ativos. Desses, 39% são liderados por mulheres, especialmente na América Latina e no Caribe, áreas consi-

um fator que auxilia muito a sua participaKory Eguino, secretária executiva da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant)

Comunicar sempre

ção no processo de normalização. “Quando me chamam de chata por ser detalhista, costumo dizer que para normalizador isto é um elogio, pois nosso trabalho está diretamente relacionado à análise mi-

deradas com uma tradição altamente maA comunicação, de fato, é um dos dife-

nuciosa de todo o processo de normalização

Fazendo uma avaliação da participação

renciais que caracterizam a atuação da mu-

e a identificação de qualquer desvio quanto

das mulheres no campo da normalização,

lher no processo de normalização. Há seis

aos procedimentos. E isto as mulheres fazem

asecretária executiva da Copant defende

anos na ABNT, a gerente de Capacitação

com maestria”, assegura Márcia Cristina.

que, como em qualquer atividade econômi-

Ademilde Muniz de Castro tem sido teste-

A chefe de Secretaria do ABNT/ONS-27,

ca, é muito importante contar com a contri-

munha dessa realidade. “Percebemos que

Aparecida Stucchi, concorda que as mulhe-

buição de homens e mulheres. Afinal, as di-

as mulheres têm facilidade e uma grande

res tendem a ser mais detalhistas e isso é

ferentes habilidade e formas de perceber os

satisfação em transmitir suas experiências,

muito bom para a normalização. “Contudo,

temas a serem estudados complementam-

ouvir e discutir as opiniões dos alunos. É co-

independentemente da questão de gênero,

se, para dar, na maioria das vezes, resultados

mum ficarem após o curso ainda conversan-

homens e mulheres têm condições de fazer

positivos.

do com alguns deles”, ela argumenta.

um bom trabalho, desde que se empenhem.

chista”, revela.

Como as mulheres têm uma experiên-

Para Ademilde as mulheres, em geral, são

cia de vida diferente da dos homens, Kory

mais organizadas e detalhistas que os ho-

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Dedicação, neste caso, é fundamental”, ela afirma.

Boletim ABNT | Março/2013 |

17


} Capa

Desde 1981 na ABNT, a gerente comercial

res também se transformou. Se no princípio

pam cargos de liderança ou operacionais.

Regiane Contier ressalta uma característica

a normalização era considerada um campo

Particularmente, essa é uma realidade que

natural que favorece a atuação feminina na

predominantemente masculino, há muito

eu já tenho vivido há muitos anos na norma-

área de normalização. Ela justifica: “Já nas-

tempo essa realidade ganhou novos con-

lização”, ela declara.

cemos com o dom de normalizar e harmo-

tornos e hoje as mulheres atuam em pé de

nizar. Fazemos isso diariamente em nossos

igualdade no setor.

lares. Por isso, nossa atuação não somente é muito bem recebida como, acima de tudo, é altamente respeitada e valorizada”.

A gerente de planejamento e projetos da ABNT, Márcia Cristina de Oliveira, destaca que a qualificação profissional das mulheres foi fundamental para que elas passassem a exercer cargos de destaque no mercado de trabalho, principalmente em áreas tradicionalmente ocupadas por homens. “Esse contexto se refletiu também na normalização, onde a participação das mulheres está diretamente relacionada ao reconhecimento da condição feminina em ocupar cargos em diferentes níveis hierárquicos”, observa Márcia Cristina. A gerente de Comunicação e Eventos da ABNT, Laila Pieroni Ribeiro, ressalta a valorização da atuação feminina dentro da instituição. “Na ABNT, há mais mulheres do que homens em cargos de gerentes. Aqui

Regiane Contier, gerente comercial da ABNT

somos tratadas igualmente, cobradas da mesma forma e não existe qualquer tipo de competição”, garante. Laila comenta que há 20 anos iniciou sua carreira como estagiária e teve várias oporMárcia Cristina de Oliveira, gerente de Planejamento e Projetos da ABNT

tunidades de crescimento ao longo desse

Por sua vez, a chefe de secretaria do

trabalhar, aperfeiçoar e crescer”, ela destaca.

ABNT/CB-60, Luciana Aparecida Calcagni,

Para a gerente de editoração e acervo

relaciona outros aspectos que têm tornado cada vez mais relevante a participação das mulheres na normalização. “Com certeza, características como sensibilidade, capacidade de ouvir e entender o outro e diplomacia na resolução de conflitos colocam a mu lher em evidência dentro da organização e elevam o valor de seu trabalho”, ela ressalta.

De igual para igual Assim como o processo de normalização foi se aprimorando ao longo dos anos pautado pelos benefícios oferecidos pelas novas tecnologias, o perfil dos normalizadores também se transformou. Se no princípio a normalização era considerada um campo novas tecnologias, o perfil dos normalizado

18

| Boletim ABNT | Março/2013

período. “A ABNT é ótima empresa para se

A chefe da Secretaria do ABNT/CB-41, Thásia de Medeiros, garante que hoje os desafios de ser uma mulher na normalização são os mesmos de ser uma mulher ativa, que atua nos mais variados setores econômicos. “Felizmente o reconhecimento do trabalho feminino se dá, cada vez mais, pela competência profissional”, acentua.

da ABNT, Janaína da Silva Mendonça, atu-

Para a diretora de Mercado e Econo-

almente as oportunidades no mercado de

mia do Instituto Aço Brasil, Catia Mac Cord

trabalho já não são designadas pelo gênero

Simões Coelho, a participação das mulheres

masculino ou feminino. Ela afirma: “O que

na normalização é crescente. Ela observa: “A

importa para as empresas é o conjunto de

normalização oferece oportunidades iguais

habilidades e competências que o profissio-

de discussão entre homens e mulheres,

nal reúne, independentemente da questão

pois depende de estudo, conhecimento

de gênero”.

e prática. Depende também de bom co-

Janaína acredita que, assim como em outras áreas, a normalização apresenta desafios cons tantes e a melhor maneira de lidarcom eles é estar preparada e se antecipar aos possíveis riscos para a atividade. “A mulher, antes vista como frágil, hoje é sinônimo de tenacidade, firmeza e coragem para alcançar seus objetivos. Ela sabe o que quer e pode ocupar cargos que antes eram exclusivamente destinados aos homens. Na ABNT, por exemplo, várias mulheres ocu-

nhecimento de línguas estrangeiras para bom entendimento dos processos e inserção nos fóruns internacionais de normalização”.

Força na disseminação Vivenciando a rotina da normalização no dia a dia, essas profissionais conhecem os desafios inerentes à área. Entre eles, um

www.abnt.org.br


Capa }

profissionais, entidades e empresas sobre o real papel da normalização técnica e, com isso, descrédito com relação à atividade de normalização e às próprias normas”, justifica. De acordo com Inês, faltam incentivos por parte do governo e da iniciativa privada que efetivamente viabilizem a atividade. Ela comenta: “A ABNT tem conseguido grandes avanços na valorização da normalização e há diversas ações em andamento para fortalecimento da atividade, mas há muito ainda a ser realizado para que seja possível ao Brasil atingir e se manter em patamares similares aos de países desenvolvidos nesse âmbito de atuação”. Inês acredita que uma das iniciativas Laila Pieroni Ribeiro, gerente de Comunicação e Eventos da ABNT

ponto em comum é encontrar meios de conscientizar a sociedade da importância da normalização. “Acredito que a disseminação das informações relativas à normalização nas universidades e a sua importância para as empresas e a sociedade contribuiria para conscientizar e aumentar a participação de mulheres e homens também no processo de normalização”, comenta a secretária executiva do ABNT/CB-25, Edi Martins dos Santos. Também para a superintendente do ABNT/CB-18, Inês Laranjeira da Silva Battagin, as barreiras mais difíceis estão relacio nadas à conscientização. “Há ainda muito desconhecimento e falta de interesse de

para reverter esse quadro e ainda aumentar a presença de profissionais capazes e interessados na normalização é a realização de um trabalho de base, fortalecendo o estudo de normas técnicas nas escolas desde cedo, a exemplo das aulas sobre trânsito em escolas de ensino fundamental. A proposta da superintendente do ABNT/ CB-18: “Conscientizar as novas gerações sobre questões básicas e importantes, tratadas de forma séria e consistente na normalização técnica, como o tripé em que se apóia a sustentabilidade, mostrando a importância

Catia Mac Cord Simões Coelho, diretora de Mercado e Economia do Instituto Aço Brasil

fender que a disseminação da importância da normalização deve começar na escola, mostrando que as normas técnicas são essenciais para a sociedade, pois garantem a proteção do consumidor e evitam a concorrência desleal entre produtores ou prestadores de serviços.

da qualidade como ferramenta indutora de

Maria Adelina finaliza com um convite:

crescimento econômico, a necessidade de

“Participar do processo de normalização é

necessidade de respeito ao meio ambiente

um grande aprendizado. Venham para as

e de atenção à responsabilidade social, para

Comissões de Estudo, venham e exponham

uma vida social digna”.

seus anseios, para juntos construirmos uma

A superintendente do ABNT/CB-17, Maria Adelina Pereira, também é enfática ao de

sociedade melhor, mais justa e segura para todos nós”.

ABNT nas Redes sociais Presente no Facebook e no Twitter, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) está despertando a atenção dos seguidores. Confira os assuntos mais comentados no mês de fevereiro de 2013: • Grandezas básicas em usinagem e retificação • Normas para evitar acidentes • Equipamentos de levantamento e movimentação de cargas • Postes de eucalipto preservado para redes de distribuição elétrica • Luvas para exame médico de uso único Acompanhe a ABNT: Facebook (Abnt Normas Técnicas) e Twitter (@abntoficial)



MPE {

CIT, um apoio

A

indispensável

ABNT mantém um Centro de Informação Tecno-

Nessa página, as MPE podem comprar normas da ABNT

lógica (CIT), com a missão de atuar na difusão das

por 1/3 do preço de mercado, consultar ou imprimir sem cus-

normas técnicas por meio de produtos e serviços.

to as normas das Coleções Setoriais, ter acesso à Biblioteca-

Desde 2010, com a parceria firmada com o Servi-

Digital, e pesquisar cartilhas, gibis, artigos, casos de sucesso,

ço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional), sob o tema “A Norma Técnica como Instrumento de Inovação na MPE”, o CIT vem reforçando a sua missão e direcionando seu foco para o atendimento às MPE. A norma técnica passou a ser amplamente difundida junto aos canais que a ABNT e o Sebrae detêm, como informação tecnológica, que promove: a inovação em produtos, serviços e processos; incremento de competitividade empresarial; a sustentabilidade; e a defesa e a proteção do consumidor. Uma forma de difundir o conhecimento contido na norma técnica é a elaboração de revistas em quadrinhos. Essas publicações apresentam as normas técnicas de uma forma simples, lúdica e de fácil compreensão pelas MPE. Já foram distribuídos cerca de 120.000 gibis, por meio das unidades regionais do Sebrae e em eventos, feiras e sindicatos. Devido ao sucesso da iniciativa, está prevista a publicação de mais dois gibis: “Construção Sustentável” e “Oficina de Reparo de Veículos”.

vídeos, guias, dossiês, entre outros documentos. Os técnicos do CIT ainda participam das redes sociais e atuam na expansão de parcerias com entidades que utilizam a informação tecnológica, para promover o uso da norma técnica no planejamento e gestão do plano de atendimento da demanda do Serviço de Ideias de Negócios do Sebrae, como provedor de conteúdo para o segmento de norma técnica. O CIT indica a aplicabilidade de normas técnicas, relacionada com o modo de fazer um produto ou prestar um serviço, que leva à inovação e à melhoria da qualidade e da produtividade. Atualmente estão disponíveis os serviços: – Indicação da norma técnica aplicável a uma determinada necessidade • ABNT, ISO e AMN (Mercosul) • AFNOR (França), ASTM (USA), BSI (Inglaterra), DIN (Alemanha), IEC (Eletroeletrônica), JISC (Japão) e NFPA (Incêndio) – Vigência de uma determinada norma técnica • Nacional, estrangeira, regional e internacional

O portal das MPE (www.abnt.org.br/paginampe) disponibiliza conteúdos desenvolvidos especialmente para o empresário de micro e pequenos negócios, além de canalizar demandas recebidas por telefone, e-mail, e são consideradas como informação tecnológica. Por exemplo: indicação de normas (NBR); pesquisa e/ou levantamento para indicação de normas (NBR, ISO e demais); vigência de normas NBR, ISO e de outros organismos; e conteúdo específico das normas vigentes (NBR e ISO). Essas solicitações são analisadas e respondidas, ficando os resultados cadastrados e armazenados

– Norma técnica equivalente

para novas consultas.

íntegra), pelo site, o catálogo de normas técnicas.

www.abnt.org.br

• Norma internacional ou estrangeira com equivalência em norma nacional – Conteúdo específico das normas Se você deseja saber mais sobre norma técnica e o que ela pode fazer por você antes de adquiri-la, dirija-se ao CIT. Você poderá utilizar nossos terminais para navegar em um documento de norma técnica e apreciar o que ela pode fazer pelo seu negócio. Poderá, ainda, acessar de forma restrita (não na

Boletim ABNT | Março/2013 | 21


{ Coluna ISO

a Norma ISO para proteção de cabeça e rosto para hockey no gelo

Normas ISO para botas de ski e travas

Divirta-s

ISO taça de degustar vinho

as norm ISO sistemas de medições

Norma ISO de segurança de cosméticos

Norma ISO de segurança para ambientes de trabalho com temperaturas baixas


International Organization for Standardization

Séries de Normas ISO para gestão de PIN e seguranças

Norma ISO para o código imusical padrão internacional do trabalho

e com

Norma ISO de análise sensorial

mas

Séries de Normas ISO de estresse mental

Norma ISO para tempo de cozimento de massas

Fonte: ISO Focus nov/dez 2012

Séries de Normas ISO de teste de impacto lateral em carros


{ Negócios Gestão de riscos Desde o final de 2012, a Associação Brasileira de Normas Técnicas

atuais como em futuras, fornecendo uma abordagem comum para

(ABNT) já registrava um recorde de cursos sobre a norma ABNT NBR

apoiar normas técnicas que tratem de riscos e/ou setores específicos,

ISO 31000:2009 – Gestão de riscos – Princípios e diretrizes. Houve

e não substituí-las.

quatro turmas só no mês de novembro, nos seguintes estados: São

A ABNT trata do tema em outros treinamentos específicos, como

Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Ceará. Com a recente tragédia

os da área de sistema de proteção contra explosão, ministrados por

ocorrida em Santa Maria (RS), a demanda por este e outros cursos

Anthony Brown. O curso de gerenciamento de riscos de explosão,

que tratam do assunto tende a crescer ainda mais.

por exemplo, baseado na norma ABNT NBR 15662:2009, e ilustrado

O curso aborda o histórico da gestão de riscos já no século XVII,

com estatísticas de sinistros industriais e catástrofes que poderiam

quando se considerava que o medo do dano deveria ser proporcio-

ser evitadas como a que ocorreu em 1984 na Vila Socó, no município

nal não apenas à sua gravidade, mas também à probabilidade de

paulista de Cubatão.

sua ocorrência. Os instrutores Guilherme A.Witte Cruz Machado e

Quanto à segurança corporativa há também os cursos sobre as

José Augusto A. K. Pinto de Abreu recordam que o uso da gestão

normas de Sistemas de Segurança da Informação – ABNT NBR ISO/

de risco, da avaliação de risco e da análise de riscos surgiu de forma

IEC 27001:2006 e ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005, sob a responsabili-

independente em áreas como a indústria nuclear, seguros, indústria

dade do especialista Ariosto Farias Junior, e em várias outras áreas,

do petróleo, segurança no trabalho, segurança corporativa, sistema

como as de saúde, trabalho e alimentos, com os treinamentos sobre

financeiro e segurança da informação.

as normas ABNT NBR ISO 14971:2009 - Aplicação de gerenciamento

A norma ABNT NBR ISO 31000:2009 veio estabelecer um núme-

de risco a produtos para a saúde, OHSAS 18001:2007 - Sistema de

ro de princípios que precisam ser atendidos para tornar a gestão de

gestão da segurança e saúde ocupacional e ABNT NBR NM 323:2010 -

riscos eficaz, em qualquer tipo de organização. Sua característica é

Sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle - (APPCC)

har monizar os processos de gestão de riscos tanto em normas técnicas

a cargo de Adriana Santos.

Parceria com a Fijo A ABNT assina neste mês de março de 2013 um convênio com

O objetivo da parceria é realizar cursos da ABNT sobre normas téc-

a Fundação Irmão José Otão (Fijo), entidade sem fins lucrativos se-

nicas, nas dependências da fundação, nas áreas de responsabilidade

diada na cidade de Porto Alegre e instituída, em 1981, pela União

social, meio ambiente e informação e documentação. Já estão agen-

Sulbrasileira de Educação e Ensino, a partir de uma iniciativa do Con-

dados cursos para os meses de março, abril e maio de 2013.

selho Universitário da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Tem por missão incentivar, promover e viabilizar projetos e atividades de produção, difusão e aplicação do conhecimento, em prol do desenvolvimento cultural, social e econômico do país.

A ABNT traz ao mercado um sistema único que dará à sua empresa o acesso às Normas Técnicas de maneira rápida e fácil. Com esse serviço sua empresa pode acessar diretamente todas as normas de sua coleção via INTERNET, que são constantemente atualizadas e estão disponíveis 24 h por dia.

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Normalização em Movimento { Desvendando selos e declarações ambientais

Instalação de Comissão de Estudo

Com a finalidade de promover o entendimento de informações

No dia 30 de janeiro foi instalada pela Associação Brasileira de

contidas em declarações e selos ambientais, foi publicado pela

Normas Técnicas (ABNT) a Comissão de Estudo de Bens Remanufatu-

International Organization for Standardization (ISO) um panfleto gra-

rados (ABNT/CEE-197), destinada a tratar da terminologia e da classi-

tuito que auxiliará a indústria e consumidores a fazer escolhas mais

ficação desses bens. A demanda para o início dos trabalhos foi levada

embasadas. Com a crescente preocupação da opinião pública com

ao Conselho Nacional de Metrologia (Conmetro) pelo Ministério do

o meio ambiente, empresas cada vez mais procuram maneiras de

Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, por solicitação da

associar suas imagens a práticas favoráveis a essa causa. Mas como

Câmara do Comércio Exterior (Camex), em função das discussões so-

avaliar se as declarações feitas estão com princípios ambientalmente

bre o tema no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

favoráveis?

Também colaborou com a iniciativa o fato de o Brasil estar sendo

Produzido por especialistas do TC 207 – Gestão Ambiental e

questionado sobre a proibição da importação de produtos usados.

intitulado “Selos e declarações ambientais – Como normas ISO

Considerando a inexistência de normas técnicas relacionadas

podem ajudar”, em tradução livre, o panfleto mostra à indústria e

sobre o assunto, a ABNT, como Foro Único de Normalização, ficou

consumidores como um simples conjunto de regras e orientações

incumbida de buscar as partes interessadas no tema para compor

pode ajudar a entender com que extensão reivindicações ambien-

a Comissão de Estudo, que desenvolverá documentos com a finali-

tais feitas sobre produtos ou selos são verdadeiras. O documento

dade de apoiar o Governo na regulamentação sobre bens remanu-

fornece uma clara e concisa introdução a respeito da série de normas

faturados.

ISO 14020, que trata de selos e declarações ambientais em diferentes aspectos. Disponível em inglês e francês, o panfleto pode ser obtido em: http://www.iso.org/iso/environmental-labelling.pdf.

Reunião do ISO TC 207 WG 9 Foi realizada, nos dias 21 a 24 de janeiro, a reunião do ISO TC 207 WG Combat of Land Degradation/Desertification, na sede da ABNT, no Rio de Janeiro. Participaram do encontro representantes da Austrália, da Alemanha, do Brasil, da Indonésia e do Quênia.

Transforme suas ideias em um negócio de sucesso A ABNT e o SEBRAE firmaram um convênio que possibilita às MPE, após breve cadastro, o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.

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Expo Center Norte | Pavilhão Vermelho | São Paulo | SP

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Feiras e Apoios { Hospitalar 2013 20ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais,Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios. 21 a 24 de maio de 2013 (12h às 21h) Local: Pavilhões do Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo Para mais informações: http://www.hospitalar.com/hospitalar/infos. html

Concrete Show South América 28 a 30 de agosto de 2013 - dia 28 das 13h às 20h - dias 29 e 30 10h às 20h Centro de Exposições Imigrantes Rod. dos Imigrantes Km 15 - São Paulo – SP Para mais informações: http://www.concreteshow.com.br/

Apoio institucional

FIEE Elétrica 2013 27ª Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação electronicAmericas 7ª Feira Internacional da Indústria de Componentes, Subconjuntos, Equipamentos para a produção de Componentes, Tecnologia Laser e Optoeletrônica 01 a 05 de abril de 2013 Local: Centro de Convenções Anhembi Pavilhão de Exposições Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1209 - Santana - São Paulo/SP Para mais informações: http://www.fiee.com.br

PETROTECH Feira Brasileira de Tecnologias para a Indústria do Petróleo, Gás e Biocombustíveis 02 a 04 de abril de 2013 Local: Centro de Exposição Imigrantes Rod. dos Imigrantes Km 15 - São Paulo – SP Para maiores informações, http://www.petrotech.com.br/

EXPOEMBALA 2013 A FEIRA DA EMBALAGEM DO BRASIL 02 a 05 de abril de 2013 (dias 02 a 04 das 10h às 18h e dia

www.abnt.org.br

05 das 10h às 17h) Local: Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos Imigrantes, KM 1,5 São Paulo/SP Para mais informações: http://www.expoembala.com.br/2013/

FEIMACO - 7ª Feira Internacional de Máquinas e Componentes para a Indústria de Confecções ITMEX 11ª Feira Internacional de Máquinas Têxteis NT&TT SHOW - Feira Internacional de Nãotecidos e Tecidos Técnicos 02 a 05 de abril de 2013 – 13h às 20h. Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi Rua Prof. Milton Rodrigues, s/ n.º- Bairro Santana - São Paulo/SP Para mais informações: http://www.feimaco.com.br/

SOBRATEMA WORKSHOP 2013 Tema: “Movimentação Vertical e Trabalhos em Altura” 03 de abril de 2013 (Quarta-feira das 13h às 18:15h) 12 a 16 de março de 2013 (terça a sexta 10h às 19h e sábado 09 às 17h) Local CBB – Centro Brasileiro Britânico Rua Ferreira de Araujo, 741 – Pinheiros - São Paulo – SP Para mais informações: http://www.sobratemaworkshop.com.br/

FORIND NE 5ª Feira de Fornecedores Industriais 15 a 18 de abril de 2013 Local: Centro de Convenções de Pernambuco Av. Professor Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho em Olinda - PE Brasil Para mais informações: http://www.forindne.com.br

II Encontro Técnico SINDESAM – ABIMAQ – Tecnologias para Saneamento Básico e Ambiental 17 a 18 de abril de 2013 (8h às 18h) Local: AUDITÓRIO DA ABIMAQ Av. Jabaquara, 2925 - Mirandópolis – São Paulo/SP Para mais informações: http://tratamentodeagua.com.br/R10/cursosEventos.aspx?codigo=358

Boletim ABNT | Março/2013 |

27


} Feiras e Apoios REATECH Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade 18 a 21 de abril de 2013 Local: Centro de Exposição Imigrantes Rod. dos Imigrantes Km 15 - São Paulo – SP Para maiores informações, http://www.reatech.tmp.br/

CENOCON 2013 2ª Exposição e Fórum Internacional sobre Centros de Operação e Controle das Empresas de Energia Elétrica 22 e 23 de abril de 2013 Local: Novotel Jaraguá São Paulo Conventions Rua Martins Fontes, 71 - São Paulo /SP Para mais informações, http://www.rpmbrasil.com.br/eventos. aspx?eventoID=56

Expo Abióptica 24 a 27 de abril de 2013 Horário: qua a sexta das 13 as 21 e sábado das 13 as 19 Local: Expo Center Norte Rua Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo/SP Para mais informações: http://www.expoabioptica.com.br

Santos Offshore Oil & Gas Expo 23 a 26 de abril de 2013 Local:Mendes Convention Center Av. Francisco Glicério, 206 – Santos/SP Para mais informações: http://www.santosoffshore.com.br/

{ Novos Sócios 15/01/2013 a 08/02/2013

Nome / Razão Social

Categorias

Francisco Amaral Braga

INDIVIDUAL

Francisco Bosco de Souza

INDIVIDUAL

Gilton Carlos de Andrade Furtado

INDIVIDUAL

Ivan Baldini

INDIVIDUAL

Janielly Haovila de Araujo Barros

INDIVIDUAL

Juliano Varella D Avilla

INDIVIDUAL

M e M Seven Capcitação e Serviços Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

M&F Instalações Comércio e Serviços Contra Incêndio e Vigilância Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

Maia & CDMV Consultoria Imobiliária Ltda.

COLETIVO CONTR. - C

Maria Ines Harris

INDIVIDUAL

Premont Pré-Moldados Ltda.

COLETIVO CONTR. - C

ProAcústica Associação Brasileira para a Qualidade Acústica

COLETIVO CONTR. - D

R&J Serviços e Treinamento Profissional Ltda - Me

COL. CONTR.M.EMP.

Raphael Martins de Lino

INDIVIDUAL

Ricardo Avelino Correa de Godoy

INDIVIDUAL

Stihil Ferramentas Motorizadas Ltda.

28

| Boletim ABNT | Março/2013

COLETIVO MANTENEDOR

www.abnt.org.br



Notícias da Certificação { Selo de sustentabilidade Assintecal A Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro,

O Selo de Sustentabilidade será concedido em cinco níveis: bran-

Calçados e Artefatos (Assintecal) lançou recentemente o Selo de

co, bronze, prata, ouro e diamante. Essas classificações variam con-

Sustentabilidade para o setor, com o objetivo de valorizar as marcas

forme o cumprimento dos indicadores exigidos, compreendendo

brasileiras no mercado internacional. A Associação Brasileira de Nor-

tanto as empresas que estão começando agora a aderir ao processo,

mas Técnicas (ABNT) será a entidade certificadora deste programa,

quanto aquelas que estiverem mais avançadas na adoção de inicia-

que é sustentado por quatro pilares: econômico, social, ambiental

tivas sustentáveis.

e cultural.

Rotulagem ambiental • Reunião CTC 20 – Foi realizada no dia 29 de janeiro uma reunião

• Procedimento para aço – No período de 28 de janeiro a 28 de fe-

entre a Associação Brasileira de Mobiliário Corporativo (Abramco) e a

vereiro, foi disponibilizado ao público o procedimento de Rótulo

ABNT, representada por Andreia Oliveira e Rosemar Santos. O assun-

Ecológico para aço. Neste período, comentários e sugestões foram

to foi o procedimento de Rótulo Ecológico para Cadeiras.

recebidos no site do Rótulo Ecológico (www.abnt.org.br/rotulo).

Claro é certificada A operadora de telefonia Claro recebeu, em janeiro, certificações da

atendimento das resoluções da Agência Nacional de Telecomunica-

ABNT para seus processos de coleta, tarifação, faturamento, cobran-

ções (Anatel) e, no final de 2012, os auditores da equipe de certifica-

ça e pós-faturamento. Durante 20 meses a empresa dedicou-se ao

ção de produtos da ABNT validaram todos os processos.

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Nos próximos anos, nosso País promoverá importantes eventos culturais, esportivos e de lazer. Rock in Rio, Encontro Mundial da Juventude, Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas são apenas alguns dos mais conhecidos.

Para assegurar o sucesso de todos esses empreendimentos, é fundamental atentar para o uso de Norma Técnicas do setor. Pensando em contribuir com isso, a ABNT publica as Coletâneas Eletrônicas:

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