Boletim ABNT Out 2011

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ABNT

outubro 2011 | volume 9 | nº 110

Normas técnicas trazendo confiança O tema do Dia Mundial da Normalização norteará as atividades da 5ª edição do Exponorma, nos dias 18 a 20 de outubro, em São Paulo.


Cursos

Destaques de outubro e novembro de 2011 Aplicação da ABNT NBR 10151:2000 ao controle do ruído no meio ambiente - Conceitos, procedimentos e uso de instrumentos de medição Porto Alegre: 13 e 14/10 São Paulo: 17 e 18/11 Sistema de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos ABNT NBR ISO 22000:2006 São Paulo: 27 e 28/10 Rio de Janeiro: 07 e 08/11 Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas - ABNT NBR 5419:2005 Porto Alegre: 25 e 26/10 São Paulo: 03 e 04/11

Auditoria interna da qualidade em laboratório (ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005) Rio de Janeiro: 20 e 21/10 Gestão da qualidade por processos São Paulo: 19/10 Indicadores gerenciais e da qualidade São Paulo: 26/10 Capacitação de RD (Representante da direção) para sistemas de gestão da qualidade Rio de Janeiro: 19/10 MASP (Métodos para análise e solução de problemas) São Paulo: 09/11

Instalações elétricas de baixa tensão I - ABNT NBR 5410:2004 Proteção e segurança São Paulo: 18, 19, 20 e 21/10

Diretrizes para aplicação da ABNT NBR ISO 9001 nas organizações educacionais - ABNT NBR 15419:2006 Rio de Janeiro: 31/10

Instalações elétricas de baixa tensão II - ABNT NBR 5410:2004 Instalações de potência São Paulo: 22 a 25/11

Cálculo de incerteza de medição São Paulo: 21 e 22/11

Curto-circuito, coordenação e seletividade em MT (ABNT NBR 14039:2005) e BT (ABNT NBR 5410:2004) São Paulo: 24, 25 e 26/10 Gestão de continuidade de negócios - Parte 1: Código de prática - ABNT NBR 15999:2007 e Parte 2: Requisitos - ABNT NBR 15999-2: 2008 São Paulo: 31/10 e 01/11 Gestão de riscos - Princípios e diretrizes - ABNT NBR ISO 31000:2009 Rio de Janeiro: 24 e 25/10 São Paulo: 24 e 25/11 Trabalhos acadêmicos Porto Alegre: 13 e 14/10 São Paulo: 20 e 21/10 Brasília: 07 e 08/11 Rio de Janeiro: 17 e 18/11 Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso - ABNT NBR ISO 14001:2004 Rio de Janeiro: 17 e 18/10 São Paulo: 28 e 29/11 Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis - Requisitos - ABNT NBR 15527:2007 São Paulo: 14/10 e 23/11 Manejo de águas pluviais - Parte 1: Quantidade São Paulo: 21/11 Manejo de águas pluviais - Parte 2: Qualidade São Paulo: 22/11 Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos - ABNT NBR ISO 9001:2008 São Paulo: 10 e 11/11 Rio de janeiro: 24 e 25 Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração - ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 São Paulo: 07 e 08/11 Rio de Janeiro: 28 e 29/11 Auditoria interna da qualidade - ABNT NBR ISO 19011:2002 - Diretrizes para auditoria de sistema de gestão da qualidade Rio de Janeiro: 03 e 04/11

Sistemas de gestão da medição - Requisitos para os processos de medição e equipamentos de medição - ABNT NBR 10012:2004 São Paulo: 03 e 04/11 Ferramentas da qualidade São Paulo: 24 e 25/10 Guia sobre técnicas estatísticas para a ABNT NBR ISO 9001 - ABNT ISO/TR 10017:2005 São Paulo: 27/10 Atendimento ao cliente - Qualidade de serviço para pequeno comércio - Requisitos gerais - ABNT NBR 15842:2010 São Paulo: 16/11 Avaliação e qualificação de fornecedores São Paulo: 22/11 Responsabilidade social - ABNT NBR 16001:2004 e ABNT NBR ISO 26000:2010 Rio de Janeiro: 09 e 10/11 Boas práticas para a fabricação de medicamentos - RDC 17:2010 São Paulo: 13 e 14/10 Sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho – ABNT NBR 18801:2010 e OHSAS 18001:2007 São Paulo: 17 e 18/10 Rio de Janeiro: 22 e 23/11 Gestão de riscos de segurança da informação - ABNT NBR ISO/IEC 27005:2008 São Paulo: 17 e 18/10 Auditor interno de sistema integrado de gestão São Paulo: 31/10 e 01/11 Técnica HAZOP (“hazard and operability”) na identificação de riscos São Paulo: 09/11 Otimização das compras de têxteis hospitalares São Paulo: 20 e 21/10 Transporte terrestre, rotulagem e documentação de produtos químicos e resíduos perigosos - Normas brasileiras e legislação São Paulo: 31/10 e 01/11

Veja a programação completa no site: www.abnt.org.br Informações e inscrições: cursos2@abnt.org.br Tel.: (11) 2344 1722 / 1723


[ Editorial ] Pode confiar

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Toda vez que um fabricante, um comerciante ou um prestador de serviço apresenta como diferencial o atendimento às normas técnicas, ele dá um passo decisivo para o fechamento do negócio. A ferramenta de convencimento é a confiança, que vem desde a base dos processos produtivos e se estende por toda a cadeia de fornecimento, facilitando as relações comerciais. Diante de dúvidas levantadas por clientes as empresas de serviços, por exemplo, costumam resolver a questão destacando que seus procedimentos estão de acordo com normas técnicas. Dessa forma, justificam que suas práticas já foram testadas e avaliadas como as melhores do mercado, ou seja, transmitem confiança. Não é por acaso que produtos e serviços em conformidade com normas técnicas conquistam maior acesso a mercados. Também não é por acaso que as normas sejam cada vez mais referenciadas em licitações realizadas por órgãos públicos e no mundo dos negócios em geral. Isso acontece porque as partes envolvidas acreditam na normalização como fomento da qualidade, eficiência e segurança, entre outros aspectos. O tema “Normas técnicas trazendo confiança” escolhido pela International Organization for Standardization (ISO), International Electrotechnical Commission (IEC) e International Telecommunication Union (ITU) para comemorar este ano o Dia Mundial da Normalização não poderia ser mais apropriado. Ao mesmo tempo em que exalta a capacidade das normas de gerar a expectativa pelo melhor resultado possível, seja por quem as aplica, seja por quem delas se beneficia como consumidor final, também estimula uma utilização ainda maior. Nas atividades do Exponorma – Congresso e Exposição, teremos a oportunidade de explorar essa característica da confiança, sempre com a perspectiva de conquistar novos aliados para a normalização. Neste ano, o evento chega à quinta edição, firme em sua proposta de disseminar a importância das normas técnicas para as organizações, para o meio acadêmico, para os consumidores e para os futuros profissionais. O Brasil ainda está longe de ter uma cultura da normalização, mas temos lutado por ela a cada dia. Quanto mais pessoas atrairmos para o EXPONORMA mais certeza teremos de alcançar nosso objetivo. Contamos com você!

Ricardo Fragoso Diretor-geral


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COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO:

ISSN - 0103-6688

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Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTec), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),

Normas técnicas trazendo confiança O tema do Dia Mundial da Normalização norteará as atividades da 5ª edição do Exponorma, nos dias 18 a 20 de outubro, em São Paulo.

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Conselho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

[ Índice ] 03 [ Capa ] Questão de confiabilidade

11 [ Entrevista ] Receita de crescimento sustentável

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FISCAL Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar CONSELHO TÉCNICO: Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

15 [ Artigo ] Valorização do conhecimento interno

16 [ Institucional ] Normas Técnicas em destaque no Concrete Show Uma norma para missão crítica Estímulo à qualidade das esquadrias de aço Trabalho integrado

DIRETORIA EXECUTIVA: Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso (rfragoso@abnt.org.br) / Diretor de Relações Externas

21 [ Dúvidas ]

– Carlos Santos Amorim Júnior (csamorim@abnt.org.br) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone (eugenio@abnt.org.br)/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira (odilao.teixeira@abnt.org.br) ESCRITÓRIOS: Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 (atendimento.rj@abnt.org.br) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 (atendimento.sp@abnt.org.br) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 (atendimento.bh@abnt.org.br) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF

22 [ Consumidor ] Mamadeiras e chupetas exigem atenção

23 [ Turismo e Normalização ] Comissão de Estudo de mergulho é reativada

24 [ Notícias ] Uma conquista internacional

– Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 (atendimento.df@abnt.org.br) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento.pr@ abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@ abnt.org.br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/ BA – Telefone: (71) 3329-4799 (atendimento.ba@abnt.org.br) EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT: Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares / Número Avulso: R$ 10,00 / Assinatura: eventos@abnt.org.br / Assinatura Anual: R$ 100,00 / Publicidade: eventos@abnt.org.br / Redação: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Bianca

25 [ Foco na MPE ] Oficinas de ideias Gibis divulgam a importância das normas

28 [ Notícias da Normalização ] 29 [ Fique por Dentro ]

Vendrame / Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Coordenação: Laila Pieroni / Revisão: Claudia D’Elia / Boletim ABNT: Outubro 2011 – Volume 9 – Nº110 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação (rpdiagramação@gmail.com) / Impressão: Type Brasil. PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA: www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

36 [ Certificações ]


[ Capa ]

Questão de confiabilidade A confiança que as normas técnicas proporcionam aos usuários e fornecedores de produtos e serviços é tema do Dia Mundial da Normalização, celebrado em 14 de outubro, e também norteará as atividades do Exponorma 2011.

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s normas técnicas estão no dia a dia das pessoas e empresas. Elas impactam no lazer, no trabalho, na segurança, na saúde e no meio ambiente. Enfim, estão em praticamente tudo”, ressalta o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Essa constatação mostra a abrangência das normas técnicas e a importância que elas assumem na vida das pessoas.

Crédito: José Paulo Lacerda

Em atividades simples, como dirigir um automóvel, ou em ações que envolvem decisão em organizações privadas ou públicas, como a implementação de um sistema de gestão ambiental, por exemplo, identificase a contribuição das normas técnicas para que tudo funcione com segurança, eficiência e eficácia. Com o objetivo de evidenciar esses atributos, a International Organization for Standardization (ISO), a International Electrotechnical Commission (IEC) e a International Telecommunication Union (ITU) definiram o tema “Normas Técnicas trazendo confiança”para o Dia Mundial da Normalização deste ano.

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Robson Braga de Andrade, Confederação Nacional da Indústria (CNI)

A normalização é um instrumento essencial para o aumento da competitividade na indústria. “Não há como se obter produtividade sem seguir normas. A sua aplicação nas empresas gera grandes benefícios, como, por exemplo, a redução de desperdícios e, consequentemente, de custos”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Além possibilitar alto padrão de qualidade na indústria, as normas técnicas internacionais tornaram-se ferramentas estratégicas na economia globalizada. Um exemplo da força que esses documentos exercem atualmente sobre o comércio global pode ser comprovado no Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio, da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Esse acordo estabelece uma série de princípios, com o objetivo de eliminar entraves desnecessários ao comércio, em particular as barreiras técnicas, que são aquelas relacionadas com normas técnicas, regulamentos técnicos e procedimentos de avaliação da conformidade, que podem dificultar o acesso de produtos aos mercados”, explica Celso Scaranello, supervisor de Inovação da Gerência de Inovação e de Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SenaiSP). De acordo com Scaranello, um dos pontos essenciais do acordo da OMC é o entendimento de que as normas técnicas constituem referência para o comércio

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Indústria competitiva

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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) celebra a data durante o Exponorma – Congresso e Exposição, nos dias 18 a 20 de outubro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. O evento busca disseminar as normas técnicas para todos os segmentos da sociedade, ao reunir organismos setoriais e governamentais, universidades e empresas. Conscientes da importância das normas técnicas para o desenvolvimento tecnológico, econômico e social do país, muitas instituições participam do Exponorma como patrocinadoras e também por meio da exposição de seus produtos e serviços.


[ Capa ] “As normas técnicas podem contribuir para a implantação de melhores práticas de um setor” global. “O acordo considera que as normas técnicas internacionais não constituem barreiras técnicas e recomenda que sejam usadas como referência para os regulamentos técnicos e que também sejam adotadas como normas nacionais”, ele ressalta.

Uma empresa que deseja estar à frente de seu segmento deve participar ativamente do processo de normalização. “Hoje é extremamente importante, para os agentes econômicos que querem ser competitivos, seguir de perto os trabalhos de normalização internacional e fazer com que seus produtos, serviços e sistemas de gestão atendam aos requisitos das Normas Internacionais”, observa Scaranello.

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Participando do processo

“As normas técnicas que de fato contemplem tal processo de elaboração podem contribuir para a implantação de melhores práticas de um setor, sob aspectos como: segurança, produtividade, sustentabilidade e adequação de produtos e serviços às necessidades dos consumidores”, argumenta o especialista em Proteção e Defesa do Consumidor da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Vasni Perez Junior. Para ele, os bens de consumo produzidos conforme as normas técnicas beneficiam diretamente os consumidores, na medida em que a elaboração desses documentos considera a segurança na utilização de produtos e serviços, a preservação da saúde, funcionalidade, durabilidade e mesmo a adequação aos grupos a que se destinam. “É importante salientar que, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, a adequação às normas técnicas expedidas por órgãos oficiais e, em sua ausência, pela ABNT, não é somente um benefício, mas um dever legal”, destaca Perez Junior.

Celso Scaranello, supervisor de Inovação da Gerência de Inovação e Tecnologia do Senai - SP

Com mais de 70 anos, a ABNT é uma entidade privada de utilidade pública, reconhecida como Foro Nacional de Normalização. Respeitada internacionalmente, a ABNT é membro da ISO e da IEC, participando destes organismos internacionais de normalização defendendo os interesses do país em questões que impactam a indústria, a economia e a sociedade. O acervo da ABNT reúne cerca de 10 mil normas, que tratam de temas relevantes como sistemas de gestão da qualidade e de gestão ambiental, eficiência energética e responsabilidade social. Elaboradas por técnicos, empresas, órgãos governamentais, academia e sociedade (representada por entidades de interesse público), as normas técnicas refletem o conhecimento acumulado, testado por ensaios e métodos científicos, e amplamente debatido entre todas as partes, buscando contemplar o que é melhor para as pessoas, para a economia e para o meio ambiente.

Vasni Perez Junior, especialista em Proteção e Defesa do Consumidor o Procon

Rumo à excelência No mês de agosto, o Governo Federal lançou o Plano Brasil Maior, com o objetivo de aumentar a competitividade da indústria nacional. Para o presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), João Alziro Herz da Jornada, a realização do Exponorma vem em momen-


[ Capa ] “Normas técnicas servem de base para os regulamentos técnicos criados pelos Estados Nacionais, evitando obstáculos desnecessários ao comércio” to propício, justamente para se discutir a temática da normalização, alinhando-a com a política de desenvolvimento industrial recém-proposta. “Com o Plano Brasil Maior, a promoção da inovação e da competitividade da indústria nacional necessitará de uma consistente política de normalização técnica, almejando assim o estabelecimento e a consolidação e padrões nacionais de excelência para bens e serviços”, avalia Jornada.

viços entre os países”. Para ele, a adoção de Normas Internacionais constrói confiança global, à medida que torna a comunicação nas operações comerciais e as relações entre as nações cada vez mais harmônicas e eficazes.

Menores riscos e incertezas

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Com a competição entre mercados cada vez mais acirrada, o país cujos produtos seguem normas técnicas transmite maior confiança a compradores e investidores. “Em um mercado global tão amplo de ofertas, a opção será por um produto que ateste padrões de qualidade e eficiência por meio de um selo ou certificado reconhecido internacionalmente”, ressalta o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex - Brasil), Maurício Borges.

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João Alziro Herz da Jornada, presidente do Inmetro

Segundo o presidente do Inmetro, por um lado, as normas técnicas fundamentam a integração das cadeias produtivas, garantindo intercâmbio de partes e peças, bem como a harmonização de métodos e processos de produção da indústria transnacional. “Por outro, servem de base para os regulamentos técnicos criados pelos Estados Nacionais, evitando obstáculos desnecessários ao comércio, conforme preconizado pelo Acordo sobre Barreiras Técnicas da OMC, e resguardando a incolumidade do cidadão”, ele comenta. Reitera ainda que as normas técnicas constroem a confiança mútua entre as companhias transnacionais e os Estados Nacionais. Celso Scaranello, por sua vez, levanta outra questão essencial: “As normas técnicas são fundamentais para avaliação da conformidade, constituindo requisito importante para o intercâmbio de produtos e ser-

Maurício Borges, presidente da Apex - Brasil

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, é da mesma opinião. “As normas de reconhecimento internacional fazem com que as transações globais ocorram em ambientes de menores riscos e incertezas, dando ao usuário a confiança de que incorporam características essenciais, como qualidade, segurança, eficiência e eficácia”, ele complementa.


[ Capa ]

Para o diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), João Fernando Gomes de Oliveira, a confiança global é construída pela conjugação de dois aspectos: a integração entre setores e a integração entre nações. “Elaboradas por comitês de especialistas que representam diversos setores, como o acadêmico, o de produção e o de consumo, as normas respeitam os melhores valores técnicos, industriais e sociais”. Oliveira acredita que a cooperação internacional viabiliza uma uniformidade mundial dessas melhores práticas, estabelecendo-se uma ampla busca de consenso entre todos os atores. “A integração entre a ABNT e a ISO possibilita que aspectos locais sejam integrados a uma visão internacional sobre normalização. Esse processo gera um grande aprimoramento das especificações técnicas das normas, resultando em alta confiança pública em seu uso”, justifica.

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“As normas técnicas são fundamentais para avaliação da conformidade, constituindo requisito importante para o intercâmbio de produtos e serviços entre os países” garantindo a saúde, a segurança e a adequação de produtos e serviços às necessidades dos consumidores, independentemente da localidade onde este bem será consumido”, destaca o especialista do Procon, Vasni Perez Junior. Segundo ele, não basta a colocação de um produto ou serviço no mercado em cumprimento às normas. É preciso que as próprias normas considerem o impacto que os bens de consumo terão no meio ambiente, se a matéria que utiliza pode ser renovável ou se causará sua escassez na natureza; se o produto, ao ser descartado, poderá degradar o ambiente ou ser reaproveitado; se a duração deste será razoável para que não gere um ciclo rápido de consumo e descarte; e se explora métodos desumanos ou exploratórios de produção, evitando estas e outras formas de interferência negativa na sociedade e no meio ambiente. “Essa percepção já permeia as expectativas dos mercados consumidores em todo o mundo. A construção da confiança global, portanto, deve passar pela contemplação desses valores na elaboração das normas e também na sua ampla difusão”, conclui Perez Junior.

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Mãos abertas

João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente do IPT

Consumo consciente As normas técnicas, além da confiabilidade que proporcionam à indústria e ao comércio, também exercem papel importante nas escolhas do consumidor que está em busca de produtos que tenham qualidade, sejam seguros e respeitem o meio ambiente. “As normas técnicas podem contribuir na construção de confiança global, na medida em que procuram refletir o conhecimento atual de padrões internacionais que apresentem melhores formas de produzir, utilizando matérias-primas e métodos sustentáveis,

O objetivo do Dia Mundial da Normalização é homenagear, sempre em 14 de outubro, os esforços e a colaboração de milhares de especialistas que se dedicam, voluntariamente, à elaboração de normas técnicas. A cada ano, o World Standards Cooperation (WSC), grupo criado pela ISO, IEC e ITU, promove um concurso para eleger o pôster que melhor represente o tema escolhido. Este ano, foram inscritos 45 trabalhos. A eleição aconteceu pela internet, por meio das redes sociais Facebook e Twitter, somando um total de 2 mil votos. A arquiteta italiana Caterina Fiorani ficou em primeiro lugar com o pôster com duas mãos abertas, que para ela representam um gesto universal. “As mãos sugerem honestidade e a capacidade do homem de auxiliar outros seres humanos, o que torna possível a cooperação para um objetivo comum”, ela justifica. Fiorani explica ainda que as duas mãos remetem ao conceito de trabalho, como o principal instrumento pelo qual o homem pode alcançar a qualidade em sua produção, com a ajuda essencial das normas técnicas. Sobre as mãos espalmadas, o mundo aparece representado por meio de pontos. “Eles são um sinal gráfico padronizado, simbolizando a esperança de dignidade para os seres humanos em todo o mundo. O uso da cor acentua as diferenças locais como um valor importante, que nunca deve ser esquecido”, conclui.


[ Capa ] “Em um mercado global tão amplo de ofertas, a opção será por um produto que ateste padrões de qualidade e eficiência por meio de um selo ou certificado”

A importância do Exponorma “O uso das normas técnicas é de grande importância para o fortalecimento da indústria brasileira e para a inovação tecnológica. Eventos como este são fundamentais para a divulgação do trabalho da ABNT e, consequentemente, para alavancar a competitividade do nosso país.” Mauro Borges Lemos, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) “Eventos como o Exponorma são muito importantes para a conscientização e discussão do tema pelas empresas e entidades. É importante destacar que os países podem atingir graus mais altos de competitividade quando reduzem as barreiras técnicas e comerciais. Esse debate contribui para reduzir os regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços nos mais diferentes países, permitindo um maior intercâmbio comercial.” Maurício Borges, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil)

“O desenvolvimento tecnológico e a confiança global são dois bons motivos para justificar o Exponorma e sua realização todos os anos. Ainda que o setor empresarial brasileiro tenha evoluído bastante no uso de normas técnicas, ainda é importante difundir o valor dessas atividades.” João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)

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“O debate trará uma visão harmonizada de qual caminho a normalização brasileira deverá percorrer para contribuir efetivamente com o desenvolvimento sustentável do país. Quando se põem em discussão diferentes pontos de vista da sociedade sobre a estratégia de normalização, naturalmente, surgem boas ideias e oportunidades para o nosso progresso. A ABNT poderá aproveitar o Exponorma como insumo de seu planejamento estratégico, avaliando a melhor forma para contribuir com a modernização e o desenvolvimento do país.” João Alziro Herz da Jornada, presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro)

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“Iniciativas como a do Exponorma estimulam o debate sobre a importância da normalização técnica para o crescimento do Brasil, em aspectos relacionados à competitividade, inovação, sustentabilidade, qualidade, segurança, responsabilidade social, acessibilidade, entre outros. O número expressivo de participantes no Expornorma contribui para se obterem bons resultados na atividade de normalização.” Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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“A aplicação das normas técnicas em projetos da área tecnológica, além de ser a condição básica de competição no mercado globalizado, é também um instrumento de segurança para a sociedade. Com essa visão o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) firmou o Convênio com a ABNT há quatro anos, com o objetivo de difundir e facilitar o acesso às normas técnicas brasileiras entre os profissionais de engenharia, arquitetura, agronomia, geologia, geografia, meteorologia, técnicos industriais e tecnólogos. O Confea entende que a difusão entre os profissionais do uso da norma técnica é uma forma de garantia de segurança, por isso reconhece no Exponorma 2011 um evento estratégico para o alcance dessa difusão e da disseminação das boas práticas a todos os setores produtivos do nosso país. Incentivamos a utilização da norma por entendermos ser essa a condição fundamental de orientação às exigências de qualidade cada vez mais valorizadas nesse cenário de cadeia produtiva globalizada. Nada mais apropriado que discutir esses instrumentos de segurança e de competitividade.” Marcos Túlio de Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea)


[ Capa ] “As normas respeitam os melhores valores técnicos, industriais e sociais” “A normalização permite a unificação de forma racional, a redução do tempo de projeto e de produção, a economia de matérias-primas, a proteção dos interesses dos consumidores etc. Além disso, melhora as relações comerciais e promove confiança. A ABNT é a instituição de normalização mais importante da América Latina e o Exponorma é seu principal evento.” Flavio Bretanha Freire, gerente de Normalização Técnica e Gestão do Conhecimento da Petrobras

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“Eventos como o Exponorma permitem a ampliação dos debates sobre a construção e a adequação de normas técnicas, atingindo setores que eventualmente não participam das atividades regulares dos órgãos que as elaboram. A divulgação dessas atividades, ao mesmo tempo que enriquece as discussões, buscando padrões internacionais, estimula a utilização das normas por todos os segmentos envolvidos. É essencial garantir o acesso a esse conhecimento, bem como sua compreensão, inclusive, para o público leigo, afinal, o consumidor comum é o principal destinatário dos resultados da aplicação dessas normas e, portanto, tem o direito de conhecê-las e compreendê-las e de acompanhar sua aplicação e resultado.” Vasni Perez Junior, especialista em Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) “O Sebrae tem trabalhado para auxiliar na certificação das micro e pequenas empresas (MPE) de acordo com as normas da ABNT, por entender que é um componente fundamental para aumentar a competitividade em um mercado cada vez mais concorrido. A certificação pode ser ainda um caminho decisivo para aumentar a participação das MPE nas exportações brasileiras. O apoio do Sebrae à realização do Exponorma é mais uma ação da instituição para auxiliar na conscientização das micro e pequenas empresas sobre a necessidade da certificação em seus processos.” Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) “O Senac tem a grata satisfação de dar continuidade à parceria estabelecida com a ABNT, apoiando, mais uma vez, o Exponorma. Para nós, o tema proposto para a edição 2011 do evento, confiança global, traduz com perfeição a busca pela excelência da normalização no país.” Sidney Cunha, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac Nacional) “O Expornorma é um momento oportuno para identificar as tendências da normalização no Brasil e no mundo. No cenário atual, a normalização assume uma importância decisiva nas economias modernas e proporciona uma busca pela qualidade dos produtos e serviços. Diante desse quadro o Senai não poderia deixar de participar junto com a ABNT, parceiro antigo, desse evento.” Rafael Lucchesi, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) “A normalização no Brasil, embora tenha alçado um bom nível de compreensão pela sociedade, principalmente pela adoção do Código de Defesa do Consumidor e pelo esforço promovido pela ABNT, nosso Organismo Nacional de Normalização, ainda tem um longo caminho a ser perseguido. Evento como o Exponorma, o maior do gênero, contribui para a disseminação da cultura da normalização. É a oportunidade em que os diversos agentes deste segmento poderão apresentar os seus casos de sucesso, os ganhos de competitividade dentro do cenário nacional e internacional a partir de normas técnicas. Neste evento também são apresentadas as experiências dos organismos nacionais congêneres, para o intercâmbio de boas práticas para a melhoria da produtividade como, por exemplo, a automatização por meio de ferramentas de tecnologia da informação. Outro aspecto importante é a oportunidade de estudantes das diversas áreas do conhecimento estarem sendo introduzidos nas práticas sobre normalização e, desta forma, contribuírem para a disseminação deste conhecimento em suas vidas profissionais. “ Celso Scaranello, supervisor de Inovação da Gerência de Inovação e de Tecnologia, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-SP)


[ Capa ]

Mensagem do Dia Mundial da Normalização 14 de outubro de 2011 Normas técnicas trazendo confiança

Dr. Boris Aleshin

Dr. Hamadoun Touré

Presidente da ISO

Secretário–Geral da ITU

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Dr. Klaus Wucherer Presidente da IEC

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Esperamos que, ao pegar o telefone, sejamos capazes de nos conectar instantaneamente com qualquer outro telefone no planeta. Esperamos ser capazes de nos conectar à Internet e receber notícias e informações, instantaneamente. Quando ficamos doentes, confiamos nos equipamentos médicos utilizados para nos tratar. Quando dirigimos nossos automóveis, temos a confiança de que os sistemas de gestão do motor, de direção e de freios, e os sistemas de segurança para crianças são confiáveis. Esperamos estar protegidos contra falhas na energia elétrica e conta os efeitos nocivos da poluição. As normas técnicas nos dão esta confiança globalmente. De fato, um dos principais objetivos da normalização é oferecer esta confiança. Sistemas, produtos e serviços desempenham seu papel conforme esperamos, devido às características essenciais especificadas nas normas técnicas. As normas técnicas para produtos e serviços apoiam a qualidade, a ecologia, a segurança, a confiabilidade, a interoperabilidade, a eficiência e a eficácia. Elas fazem tudo isso ao mesmo tempo em que proporcionam aos fabricantes a confiança na sua capacidade de atingir os mercados globais, com a certeza de que seus produtos funcionarão em todo o mundo. A interoperabilidade cria economias de escala e assegura que os usuários possam obter serviços para onde quer que estejam. Assim, as normas técnicas beneficiam consumidores, fabricantes e prestadores de serviço da mesma forma. O mais importante é que, nos países em desenvolvimento, isto acelera a disponibilidade de novos produtos e serviços e incentiva o crescimento da economia. As normas técnicas criam esta confiança por serem desenvolvidas em um ambiente aberto e transparente, onde cada uma das partes interessadas pode contribuir. O objetivo dos parceiros IEC, ISO e ITU é facilitar e aumentar essa confiança global, de modo a conectar o mundo com normas técnicas.

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No mundo de hoje, temos a expectativa de que as coisas funcionarão da maneira que esperamos que elas funcionem.



[ Entrevista ]

Receita de crescimento sustentável O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges Lemos, revela as estratégias para estimular o crescimento da indústria brasileira.

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ecentemente, o Governo Federal lançou o Plano Brasil Maior (idealizado para o período de 20112014), cujo objetivo é aumentar a competitividade da indústria nacional. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) terá uma participação forte nessa iniciativa, contribuindo para a boa execução dos projetos e monitorando todas as ações. Criada em 2004, a ABDI é uma entidade vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e tem a missão de promover o desenvolvimento da indústria nacional, atuando como elo entre diversos agentes, como governos federais e estaduais, setor produtivo, institutos de pesquisas, federações de indústrias e universidades. Com vasta experiência nas áreas de planejamento e desenvolvimento regional, industrial e tecnológico, doutor em Economia pela Universidade de Londres, com pós-doutorado na Universidade de Illinois e na Universidade de Paris, Mauro Borges Lemos assumiu a presidência da ABDI em fevereiro deste ano, a convite do ministro Fernando Pimentel. “Precisamos criar as condições para as modificações estruturais necessárias na indústria nacional, no rumo de um país desenvolvido”, ressalta Lemos. Para tanto, ele acredita que é fundamental avançar em ações de apoio à inovação, à produtividade e à competitividade, seguindo as diretrizes e orientações do Plano Brasil Maior. Em entrevista para o Boletim ABNT, Mauro Borges Lemos aborda também o incentivo às micro e pequenas empresas, os setores brasileiros produtivos em ascensão e a importância das normas técnicas para o comércio global.

Mauro Borges Lemos, presidente da ABDI

Quais são os propósitos da ABDI? A missão principal da ABDI é promover a execução da política de desenvolvimento industrial, em consonância com as políticas de comércio exterior e de ciência e tecnologia. Além de atuar para a efetiva execução da política industrial, a ABDI tem como visão consolidar-se como instituição de promoção, coordenação, monitoramento e avaliação da política de desenvolvimento industrial brasileira, tornando-se referência junto aos setores público e privado.

Por que é importante para o Brasil ter um órgão focado exclusivamente na política de desenvolvimento industrial? O tema política industrial é bastante complexo e envolve uma série de agentes: o governo federal e os governos estaduais, o setor produtivo, os institutos de pesquisas, as federações de indústrias, as associações de classe e as universidades. Para unir todos esses esforços, consolidar as demandas e


[ Entrevista ]

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“A ABDI tem como visão consolidar-se como instituição de promoção, coordenação, monitoramento e avaliação da política de desenvolvimento industrial brasileira” atuar como elo entre os diversos agentes, é fundamental que exista uma instituição que absorva essas funções. Foi com esse escopo que surgiu a ABDI, uma agência pequena, enxuta, porém com um quadro de pessoal altamente qualificado e especializado e com o foco na política industrial. A importância da ABDI também se confirma no monitoramento programático do Plano Brasil Maior, por meio do Sistema de Gerenciamento de Projetos. O Sistema permite o monitoramento contínuo das ações que integram o Plano, possibilitando a emissão de relatórios periódicos, a análise de indicadores associados à evolução das metas compromissadas, e, principalmente, seu acompanhamento pelo setor privado. Qual é a proposta do Plano Brasil Maior? Diante da necessidade e da oportunidade de ampliar as ações voltadas para a valorização da competitividade da indústria, o Governo Federal lançou, no último mês de agosto, o Plano Brasil Maior (para o período de 2011-2014). Aprimorando os mecanismos de formulação e execução disponíveis e definindo metas ajustadas aos objetivos estratégicos, o Plano parte de um diagnóstico consistente e propõe a organização das ações em favor do desenvolvimento industrial em duas dimensões: setorial e sistêmica. Em última instância, objetiva potencializar a inovação tecnológica e ampliar a competitividade, conduzindo o País a uma rota de desenvolvimento sustentável. Diversas medidas já foram anunciadas e encontram-se em fase de amadurecimento e regulamentação. Outras tantas serão propostas e executadas ao longo do tempo, fortalecendo os mecanismos de apoio à indústria. Quais são as diretrizes do Plano? Em linhas gerais, o Plano Brasil Maior obedece às seguintes diretrizes setoriais: fortalecimento das cadeias produtivas; ampliação e

criação de novas competências tecnológicas e de negócios; desenvolvimento das cadeias de suprimento em energias; diversificação das exportações (mercados e produtos) e internacionalização corporativa; consolidação de competências na economia do conhecimento natural. Informações mais detalhadas sobre o Plano Brasil Maior estão disponíveis no site www.brasilmaior. mdic.gov.br, que reúne documentos e notícias atualizadas sobre a política, conferindo maior transparência às ações e medidas que sustentam os esforços de desenvolvimento industrial. Quais políticas de desenvolvimento têm sido discutidas para incentivar as micro e pequenas empresas? As micro e pequenas empresas (MPE) constituem grande parte do universo das empresas industriais e de serviços do País. São corporativamente frágeis e, ao mesmo tempo, pouco amparadas pelo acesso ao crédito, sujeitas ao pagamento de elevados encargos financeiros. Por ser o espaço privilegiado de surgimento e desenvolvimento do sujeito empreendedor, o exercício desse pioneirismo resulta, para as MPE, em elevadas taxas de mortalidade. A legislação brasileira de apoio às MPE avançou substantivamente nos últimos oito anos, tendo sido especialmente direcionada para a redução do custo de criação, desenvolvimento e formalização de pequenos negócios, como o Simples, o Super Simples, a Lei Geral das MPE e a Lei do Microempreendedor Individual (MEI), que em pouco mais de 12 meses revolucionou a sistemática de formalização do trabalhador autônomo. Além desses avanços legais, o microcrédito tem obtido notáveis avanços como inovação institucional do sistema financeiro. O que o Plano Brasil Maior projeta para as micro e pequenas empresas?

O Plano Brasil Maior apresenta as seguintes orientações sistêmicas de apoio ao MEI e às MPE: redução dos encargos trabalhistas por meio de medidas de desoneração da folha salarial; ampliação do acesso ao crédito para capital de giro e investimento, especialmente pelo fortalecimento do Cartão BNDES e linhas especiais do Programa de Sustentação do Investimento; ampliação dos limites de valor do MEI; e garantia de preferência para compras públicas, em consonância com a legislação vigente. Seguindo essas orientações, o Governo Federal recentemente ampliou o Simples Nacional e o MEI, com o propósito de fortalecer as MPE, estimular o empreendedorismo e promover a geração de renda. Além disso, anunciou medidas de desoneração da folha de pagamento, lançando um projetopiloto que pode ter desdobramentos importantes. Outras ações serão implementadas ao longo do tempo. Em quais setores a indústria brasileira é mais competitiva? O centro irradiador de inovações da economia brasileira é a indústria manufatureira. Atualmente, é praticamente consensual a ideia de que o Brasil precisa criar espaços para o surgimento e a estruturação de segmentos dinâmicos, inovadores e portadores de progresso tecnológico, de modo a conquistar posições de liderança no mercado mundial de diversos produtos. Em muitos setores, as oportunidades estão presentes e ao alcance de nossas mãos. É o caso de diversos segmentos de energia, nos quais se identificam possibilidades de emergência do País como potência mundial via política de criação de competências tecnológicas para adensamento produtivo de cadeias, como, por exemplo, petróleo e gás. É preciso também que a indústria nacional aproveite as oportunidades de ocupar novos espaços em cadeias produtivas cada vez mais internacionalizadas e densas em conhecimento,


[ Entrevista ] “A importância da ABDI também se confirma no monitoramento programático do Plano Brasil Maior, por meio do Sistema de Gerenciamento de Projetos”

Como as normas técnicas contribuem para o desenvolvimento industrial brasileiro? A normalização é um dos principais promotores da qualidade dos produtos e serviços. Trata-se de uma verdadeira referência de mercado, tanto para quem produz ou presta determinado serviço, quanto para o consumidor. O tema do Dia Mundial da Normalização deste ano foi profundamente feliz ao levantar a questão da confiança do mercado. Um produto ou serviço que segue e atende às normas e está certificado passa maior segurança ao cliente. Do ponto de vista do desenvolvimento industrial, isso é um impor-

Como o senhor avalia a importância da realização do Exponorma para o País? O Exponorma é um evento de grande valor na medida em que busca conscientizar a sociedade sobre a importância das normas técnicas para o desenvolvimento da indústria. A ABDI sente-se honrada em ser parceira desse congresso e contribuir para a disseminação da completa normalização dos produtos e serviços brasileiros. As normas técnicas promovem os negócios e o desenvolvimento industrial e contribuem para restaurar a confiança do consumidor/cliente nos produtos e serviços regulados. Sem dúvida, é muito mais fácil e simples para o comprador decidir por um produto ou serviço a partir de um selo ou certificado que lhe garanta a conformidade e o completo atendimento aos pré-requisitos exigidos no mercado global. Isso significa competitividade e padrões de excelência para a indústria, aliados ao bem-estar e à segurança do consumidor. Todos ganham com isso

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O Brasil dispõe de uma estrutura industrial complexa e, em grande medida, desenvolvida. Ainda assim, é preciso continuar trabalhando para dotar a base produtiva existente de condições de competitividade que resultem em ganhos econômicos e sociais para o País. Isso significa preservar a estrutura produtiva instalada, municiando as nossas indústrias para que possam fazer frente aos desafios da concorrência e do progresso técnico internacional. Paralelamente, implica trilhar novas trajetórias tecnológicas, avançando em direção a áreas de fronteira do conhecimento. Para isso, é preciso contar com medidas voltadas para a sustentação e aperfeiçoamento de uma complexa rede de empresas e instituições, bem como promover avanços estruturais e inovações tecnológicas, organizacionais e empresariais. Especial atenção deve ser dedicada a segmentos que enfrentam maiores dificuldades, apesar de apresentarem potencial de expansão.

Em alguns desses segmentos, as perdas de oportunidade do País de ocupar espaços em cadeias mundiais são bem conhecidas, como o da eletrônica e do complexo químico-farmacêutico, em que pese a crescente participação do País entre os maiores consumidores desses produtos. Não se pode esquecer que o comprometimento da competitividade faz com que parte da produção doméstica esteja sendo crescentemente substituída por importações, o que resulta em um processo de enfraquecimento da produção local em várias cadeias produtivas. É sabido que, em face da apreciação cambial, tem sido difícil enfrentar a concorrência asiática. Os setores que enfrentam esse problema, já amplamente diagnosticados, estão concentrados, sobretudo, nas atividades de produção de bens finais intensivos em trabalho e na produção de insumos, partes, peças e componentes de indústrias intensivas em engenharia, como importantes segmentos de bens de capital e autopeças.

tante instrumento para promover a competitividade. O próprio mercado já avalia este ou aquele produto, com base nas normas técnicas a que ele está submetido. No Brasil, ainda estamos no início dessa corrida, mas, com o apoio da ABNT e de todos os organismos envolvidos, temos conseguido sensibilizar a classe empresarial sobre a importância de estabelecer padrões reguladores que garantam a racionalização da produção e dos processos, a segurança do consumidor, o atendimento aos preceitos socioambientais, o respeito às condições de trabalho e, sobretudo, a garantia da qualidade e da excelência dos produtos e serviços prestados. Tudo isso contribui para o desenvolvimento da indústria brasileira.

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Há segmentos da indústria que carecem de mais estímulo?

Quais são as áreas de atividade que enfrentam maiores dificuldades?

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mesmo que em setores considerados tradicionais, como o agroindustrial. Não menos importantes são as oportunidades decorrentes dos investimentos públicos e privados programados para os dois grandes eventos esportivos de 2014 e 2016 [Copa do Mundo e Olimpíada, respectivamente]. Atividades beneficiadas de forma direta por esses investimentos são a construção civil, a mobilidade urbana e o entretenimento, que contam com grandes empresas nacionais dispostas a investir. Os efeitos na cadeia de suprimentos são amplos, envolvendo grande parte da indústria de insumos intermediários, como cimento, aço, produtos metálicos e não metálicos.


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O Cartão BNDES tem a menor taxa de juros do mercado – 0,98% ao mês*–, pagamento em até 48 prestações fixas, isenção de anuidade e crédito rotativo de até 1 milhão de reais para compras no portal de operações. São mais de 160 mil itens disponíveis para equipar, ampliar e modernizar sua empresa, incluindo computadores, móveis comerciais, veículos utilitários e serviços tecnológicos. E você ainda conta com a praticidade do portal para tirar suas dúvidas, simular o valor das prestações e pesquisar fornecedores. Se você já tem o **

Cartão BNDES, acesse www.cartaobndes.gov.br e aproveite. Se ainda não tem, solicite já o seu pelo portal ou procure um banco emissor . *Taxa de juros de 0,98%, vigente em setembro de 2011. **Bancos emissores: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Itaú. A definição do limite, a concessão do crédito e a cobrança são da responsabilidade do banco emissor.


[ Artigo ]

Valorização do conhecimento interno * Por Beatriz Azevedo Castro

* Beatriz Azevedo Castro é diretora-executiva da consultoria Espaço Conhecimento

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áreas e diversos períodos; aquisições diversas; fusões ou extinções de setores ou empresas, entre milhares de outros exemplos positivos ou negativos e muito, muito do conhecimento gerado internamente. Neste cenário podemos afirmar que algumas destas informações, quando retornam para a empresa e são disponibilizadas, tornam-se fonte de input para outras, criando assim um ciclo de criação de conhecimento dentro da própria empresa. Com o passar do tempo estas informações vão se depreciando. E como modificar esta situação e agregar valor novamente a estas informações? Fazendo retornar nova informação para a base de conhecimento interno, que se juntará à anterior, e a informação novamente adquire valor, algo semelhante a um valor atualizado. Mas o tempo passa e novamente a informação sofrerá depreciação, por isso o ciclo de criação e disponibilização de conhecimento dentro da própria empresa torna-se essencial

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perceber a necessidade da criação de uma cultura de aprendizagem contínua, na qual colaboradores aprendessem uns com os outros, compartilhando inovações e melhores práticas, visando à solução de problemas organizacionais reais, por meio de ações de gestão do conhecimento (GC). Como o propósito de um sistema de gestão de conhecimento é que tudo isto seja alcançado no menor tempo possível e com os menores custos, acreditamos que analisar em profundidade os recursos e processos da empresa e suas possibilidades futuras é a base para o sucesso da memória corporativa, cuja finalidade é agregar esse conhecimento. Converter conhecimento tácito em conhecimento explícito significa descobrir meios de dizer o indizível, em que o contexto multidisciplinar de um centro de memória possibilita identificar a importância dada à estratégia da empresa, por meio da documentação que comprova suas ações estratégicas, desde a fundação até os dias atuais. Voltando-nos para a documentação gerada diariamente na empresa nas ações administrativas, técnicas e tecnológicas, é realidade que, depois de ser interiorizada e se tornar conhecimento, é descartada. Em meio a documentos enviados para se tornarem arquivo inativo, estão projetos implementados com sucesso ou rejeitados sem justa causa, desenvolvimento de produtos e serviços e respectivos dados de desempenho; matérias-primas utilizadas, avaliações de clientes para diversas

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período de profundas transformações da sociedade e da economia mundial, em especial nas duas últimas décadas, transparece na interdependência criada entre mercados e países no setor de serviços e no crescimento e sofisticação dos mercados financeiros. Em decorrência deste novo cenário, as mudanças impostas às organizações têm, por um lado, a pressão generalizada por redução de custos, neste momento de desaceleração de investimento e recessão nos principais mercados mundiais. Por outro lado, têm a não menor pressão contínua por crescimento, que obriga os executivos a gerar resultados de forma consistente. Ressaltamos neste contexto a importância da informação ágil e consistente a ser utilizada na tomada de decisão, não apenas da alta direção, mas de toda a gerência, que precisa compreender a conjuntura de mercado, conhecer metas, erros e acertos, e com a filosofia de a instituição fornecer bens ora tangíveis, ora intangíveis. Esse conhecimento, valioso para a empresa como um todo, existe de muitas formas e em muitos níveis. Pode estar implícito na competência dos indivíduos, nos relacionamentos de colaboradores que se articulam para desempenhar uma atividade, no reconhecimento dos pontos fortes e pontos fracos e nas lições aprendidas, nas expertises dos colaboradores, e se torna um diferencial a ser explorado internamente. Na busca de solução para este contexto, as empresas começaram a


[ Institucional ]

Normas técnicas em destaque no Concrete Show Na edição de 2011, a ABNT realizou um seminário sobre a importância da normalização.

O gerente do Processo de Normalização, Cláudio Guerreiro, fez a palestra “A ABNT e a sociedade construindo a competitividade”. Ele apresentou a entidade e explicou a função dos Comitês Técnicos

Cerimônia de abertura da feira, que recebeu quase 25 mil visitantes

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Novos desafios

e das Comissões de Estudo no processo de elaboração de normas. “A norma técnica deve ser completa, clara, e precisa atender a uma necessidade real, ser continuamente atualizada e servir de base para o desenvolvimento do setor”, ressaltou Guerreiro. Ele destacou os benefícios da normalização e encerrou sua apresentação relacionando desafios da competitividade, como a redução dos custos de produção e a promoção da eficiência energética e da responsabilidade social. A palestra seguinte, “A norma internacional de responsabilidade social: ABNT NBR ISO 26000:2010”, foi ministrada por Eduardo Campos de São Thiago, gerente de Relações Internacionais da ABNT. Um mundo de mudanças no ambiente e no comportamento das pessoas, empresas e do mercado foi o cenário delineado pelo palestrante para apresentar a nova norma como “uma semente que a ISO plantou para as futuras gerações”. Eduardo São Thiago, que é cossecretário do Grupo de Trabalho sobre Responsabilidade Social da ISO, fez um histórico da norma até sua publicação, no final de 2010. No encerramento do Concrete Show, a ABNT e demais entidades apoiadoras foram homenageadas pela empresa organizadora, a UBM Sienna

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superintendente do Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18). “No passado, o homem das cavernas já buscava o desempenho no lugar escolhido para morar, passando a usar o fogo e a pesquisar materiais naturais”, ela afirmou. Inês citou a patente do cimento Portland por Joseph Aspdin em 1824, a invenção do concreto armado em 1847 e a publicação da primeira norma de estrutura de concreto, na Suíça, em 1903. Passou da norma pioneira de estrutura de concreto no Brasil, a NB-01, publicada em 1940, para a ABNT NBR 15575:2008, sobre desempenho de edificações, que está sendo revisada. “Esta Norma, com seis partes, foi elaborada pensando-se em segurança, habitabilidade e sustentabilidade”, afirmou a superintendente do ABNT/CB-18, enfatizando a sintonia da normalização com as novas necessidades da construção civil, um setor que responde por 15% do PIB brasileiro.

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Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem aproveitado todas as oportunidades de divulgar seus produtos e serviços em feiras e outros eventos, cumprindo a sua missão de disseminar a normalização técnica para os diversos setores da sociedade. Foi com esse propósito que a entidade participou do Concrete Show South America 2011, realizado no período de 31 de agosto a 2 de setembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Além de apresentar seus serviços em um estande, a ABNT organizou um seminário com o tema “A importância da normalização no mundo do concreto”. O Concrete Show, considerado o maior evento de tecnologia para a cadeia produtiva do concreto na América Latina, recebeu este ano quase 25 mil visitantes. O presidente da ABNT, Pedro Buzatto Costa, compareceu à cerimônia de abertura acompanhado do diretorgeral, Ricardo Rodrigues Fragoso, e do diretor de Relações Externas, Carlos Santos Amorim Junior. O presidente do Conselho Técnico da ABNT e superintendente do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB-38), Haroldo Mattos de Lemos, abriu o seminário com a palestra “Sustentabilidade na Construção Civil”. Ele falou sobre o aquecimento global, a escassez de água e o esgotamento do petróleo como os principais problemas do século 21. A construção civil, como informou Lemos, é um dos setores que mais contribui para emissões de gás de efeito estufa. “É preciso investir no Green Building, com edifícios que tenham eficiência energética, sejam inteligentes”, ele alertou. “Desempenho do Concreto” foi o tema da palestra de Inês Battagin,


[ Institucional ]

Uma norma para missão crítica Revisada, a ABNT NBR ISO/IEC 20000-1:2011 traz requisitos mais claros, que facilitam a atuação dos prestadores de serviços de TI e conferem maior credibilidade ao Sistema de Gestão.

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A norma A ABNT NBR ISO/IEC 200001:2011 especifica requisitos para que o provedor de serviços de TI possa planejar, estabelecer, implementar, operar, monitorar, analisar criticamente, manter e melhorar um sistema de gerenciamento de serviços (SGS). As sugestões de melhorias na estrutura e nos requisitos foram enviadas à ISO por mais de 150 países, incluindo o Brasil. Por conta dessa forte participação, os termos e definições foram ampliados de 15 para 37, em relação à edição de 2005. Uma novidade é que, a exemplo do ITIL® (Information Technology Infrastructure Library), modelo de gestão de boas práticas em processos de TI, as referências incluem recursos de pessoas, técnicos, financeiros e de informação, além da obrigatoriedade de um Catálogo de Serviços. O evento de lançamento da norma recebeu patrocínio das seguintes organizações: Path, Ilumna, Exin, MR Consultoria, Sonda, Voyager e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac)

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serviço, deve ter governança sobre os processos”, ressaltou Ellie, lembrando também da importância do gerenciamento relacionado à satisfação do cliente. A coordenadora observou que as empresas certificadas terão de se adaptar à nova versão.

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ros, para evitar que os provedores de serviços cometam equívocos na sua interpretação ou tenham de recorrer a especialistas. “Os prestadores de serviços de TI devem ter mais concentração e organização, precisam obedecer a regras, porque pessoas mal preparadas causam problemas. É preciso usar as melhores práticas, organizando o seu negócio, treinando colaboradores e subindo o nível de qualidade dos serviços oferecidos”, advertiu a coordenadora. Segundo ela, hoje há muitos prestadores de serviços dando um pouquinho a menos aos clientes, quando na verdade devem dar um pouquinho a mais, e a nova norma os auxilia nisso. Diretora-presidente da Global Stand Latin América e auditoralíder da British Standards Institution (BSI) no Brasil, Ellie Borges é especialista internacional em Sistemas de Gestão de Serviços de Tecnologia da Informação (ISO 20000) e Sistemas de Gestão de Segurança da Informação (ISO 27000). Ela avaliou que a norma, em sua nova versão, tem mais requisitos, classificações e nível de exigência mais alto, se comparada com a ISO 9001, por exemplo. “É uma norma preparada para missão crítica, visando à maior credibilidade no sistema”, afirmou. As responsabilidades da direção também ficaram mais específicas, incluindo a segurança da informação. “Quando você terceiriza um

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nova versão da ABNT NBR ISO/IEC 20000-1, Gestão de serviços – Parte 1: Requisitos do sistema de gestão de serviços foi lançada no dia 24 de agosto, em evento organizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em São Paulo. A norma, revisada pela International Organization for Standardization (ISO) e adotada pela Comissão de Estudo de Operações de Tecnologia da Informação do Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados (ABNT/CB-21), traz mudanças significativas em relação à edição anterior, tanto na estrutura como nos requisitos. O presidente da ABNT, Pedro Buzatto Costa, abriu o evento falando da satisfação de ver a entidade, mais uma vez, cumprir o seu papel de Foro Nacional de Normalização. Por sua vez, o diretor de Relações Externas, Carlos Santos Amorim Junior, destacou a presença cada vez maior da Tecnologia da Informação na vida das pessoas e das organizações, gerando demandas por novas ferramentas e atualizações de documentos como a ABNT NBR ISO/IEC 20000-1:2011, cuja primeira versão foi publicada em 2005. A apresentação das principais alterações da norma ficou a cargo da coordenadora da Comissão de Estudo de Operações de Tecnologia da Informação, Ellie Borges. Ela reiterou o esforço dos revisores para tornar os requisitos mais cla-


[ Institucional ]

Estímulo à qualidade das esquadrias de aço Programa elaborado pela Afeaço sensibiliza fabricantes para a certificação.

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Robson Campos de Souza: “A certificação traz inúmeros benefícios a todos os envolvidos”

que garanta o monitoramento de todas as etapas da produção (venda do produto, projeto e desenvolvimento, fabricação, armazenagem, transporte e entrega no cliente), para que eventuais problemas sejam sanados e não se repitam. O fabricante atento às duas premissas não só mantém um padrão de qualidade, como melhora a produtividade e aumenta a rentabilidade da empresa. Os benefícios estendem-se aos consumidores - lojistas de revendas, construtoras e o cliente final, ou usuário. “Desta forma, as habitações de nosso país terão produtos que garantem conforto térmico, estanqueidade, funcionabilidade e segurança, aspectos que vão melhorar a qualidade de vida da população”, observa o gestor técnico. A apresentação do Programa de Qualificação ocorreu em dezembro de 2010, durante o 3º Encontro Nacional da Afeaço. Logo na sequência houve a adesão de

35 fabricantes, que respondem por 93% da produção nacional de esquadrias de aço. Dos 44 associados em todo o território nacional, oito são fornecedoras de insumos para a fabricação e 36 são fabricantes de esquadrias de aço, com uma produção anual de 9.756.800 unidades, que representam 96,5% de todas as portas e janelas de aço produzidas no Brasil anualmente. Entre os fabricantes associados, oito têm uma linha de produtos certificados pelo PSQ de Esquadrias de Aço. Antes do lançamento do Programa de Qualificação, a Afeaço visitou 85% de seus associados, oportunidade em que verificou a necessidade de criar uma etapa anterior ao processo de certificação. “Este programa prepara o fabricante em um período de quatro anos para a certificação de todas as tipologias e linhas comerciais de seus produtos. As oito empresas que já possuem linha de produtos certificados também aderiram”, comenta Souza.

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riado com o objetivo de promover a melhoria da qualidade de portas e janelas de aço, estimular os fabricantes a atender aos requisitos de norma técnica e conquistar maior competitividade, o Programa de Qualificação de Esquadrias de Aço está mobilizando o setor. A iniciativa, que recebeu a adesão de 35 empresas, é conduzida pela Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Aço (Afeaço) e está alinhada ao Programa Setorial da Qualidade (PSQ) de Esquadrias de Aço, atualmente gerenciado pelo Instituto Aço Brasil (IABr). A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Organismo Certificador. O Programa de Qualificação é aberto a qualquer fabricante de esquadrias. Estima-se que existam hoje no Brasil em torno de 55 fabricantes regulares de esquadrias de aço, com uma produção anual de 10.152.000 de unidades. Destes, 36 são associados à Afeaço e vêm sendo reiteradamente alertados para a importância da certificação. “Entendemos, promovemos e divulgamos que a certificação traz inúmeros benefícios a todos os envolvidos em nosso segmento e na cadeia da construção”, afirma o engenheiro Robson Campos de Souza, gestor técnico da Afeaço. Duas premissas norteiam a certificação do setor: atender aos requisitos da ABNT NBR 10821:2011 – Esquadrias externas para edificações, que determina o desempenho do produto, por meio de ensaios; e que a empresa fabricante tenha um sistema de gestão da qualidade


O esforço da Afeaço em defesa da melhoria dos processos

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Alinhamento ao PSQ Com o Programa de Qualificação, a Afeaço reforça o Programa Setorial da Qualidade (PSQ) de Esquadrias de Aço, iniciado há 13 anos, com o objetivo de criar mecanismos para garantir que o produto fornecido aos usuários da construção civil tenha conformidade com a ABNT NBR 10821:2011. “Ao longo desse período, o PSQ vem passando por diversas atualizações, sempre voltadas para o atendimento da Norma Brasileira, utilizada para avaliar o desempenho das esquadrias externas para edificações”, observa a engenheira Catia Mac Cord S. Coelho, gerente do PSQ Esquadrias de Aço e diretora de Mercado e Economia do Instituto Aço Brasil. No Instituto predomina o otimismo com relação aos resultados do programa da Afeaço. “A expectativa é a melhor possível, considerando que, ao final, com as empresas tendo alcançado a qualificação nos requisitos estabelecidos, o mercado consumidor passará a contar com mais fabricantes preparados para solicitarem a certificação dos produtos”, afirma o engenheiro Fernando Matos, gerente da Qualidade da entidade.

Fernando Matos: “A expectativa é a melhor possível”

Matos também ressalta a publicação da Portaria Nº 325, de 7 de julho de 2011, do Ministério das Cidades, que dispõe sobre as diretrizes gerais para aquisição e alienação de imóveis por meio da transferência de recursos ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida. No seu Anexo I, item 2 – Diretrizes Gerais, alínea f, a Portaria estabelece o atendimento ao PBQPH, no que diz respeito à qualidade e sustentabilidade do habitat e prioriza materiais de construção em conformidade com normas técnicas, especialmente aqueles produzidos por empresas qualificadas nos Programas Setoriais da Qualidade. Portanto, com a certificação e a qualificação, os fabricantes de esquadrias de aço integrantes do PSQ/PBQP-H passarão a oferecer produtos certificados pela ABNT e poderão participar do programa de moradias do governo federal. “Os desafios para as empresas participantes são grandes, mas o setor do aço, como fornecedor da matéria-prima necessária para a fabricação de esquadrias, acredita que todos sairão ganhando com a qualidade e a conformidade do produto com a norma técnica”, assegura Fernando Matos

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Catia Mac Cord S. Coelho: “O PSQ vem passando por diversas atualizações”

produtivos e da certificação vem desde a sua criação, em 2005, e tornou-se mais incisivo de 2009 em diante. “Sensível ao movimento nacional deflagrado pelo PBQP-H, para obtenção da melhoria da qualidade do setor da Construção Civil, o segmento das esquadrias de aço encontra-se mobilizado, para contribuir com produtos conformes para as unidades habitacionais”, ressalta Souza. Ele acredita que, ao serem atendidos os requisitos da ABNT NBR 10821:2011, o consumo de aço pelo segmento terá um incremento da ordem de 30%.

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O combate à não conformidade de esquadrias de aço é um dos itens do planejamento estratégico da diretoria da Afeaço (gestão 2011 a 2013), compreendendo várias ações. Em julho, no último Encontro Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Aço, por exemplo, houve apresentações da coordenadora geral do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), arquiteta Maria Salette de Carvalho Weber, e do analista técnico da Gerência de Certificação de Produtos da ABNT, Felipe Dytz, abordando os programas de qualificação e certificação de esquadrias externas para edificações. A Afeaço também promove a disseminação de normas técnicas e da certificação em seus informativos bimestrais e nas visitas técnicas de Robson Campos de Souza aos fabricantes. “Nestas oportunidades, fazemos uma assessoria junto ao corpo técnico da empresa, visando ao conhecimento da ABNT NBR 10821:2011 e também orientamos na implantação e/ou manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade, baseado na ABNT NBR ISO 9001:2008”, informa o gestor técnico.

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[ Institucional ]


[ Institucional ]

Trabalho integrado Coordenadores das Comissões de Estudo de Engenharia de Sistemas e de Software harmonizam atividades e aumentam o desempenho do ABNT/CB-21.

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s Comissões de Estudo de Engenharia de Sistemas e de Software atuam como espelho dos grupos de trabalho do ISO/IEC JTC1 SC7 – Software and System Engeneering. Desde 2009, seus coordenadores vêm se reunindo com o objetivo de harmonizar e potencializar os trabalhos realizados pelo Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados (ABNT/CB-21). A terceira reunião ocorreu no dia 19 de agosto, na Fundação Vanzolini, com a participação da indústria de Tecnologia da Informação, da academia e do governo. Estiveram representados no encontro: Associação Brasileira de Melhoria em TI (Abramti), Câmara dos Deputados, Companhia de Informática do Paraná (Celepar), Companhia Paranaense de Energia (Copel), Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, Fundação Vanzolini, Universidade de São Paulo (USP), HST Software Solution, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Microsoft, RioSoft, RSI Informática e da própria Fundação Vanzolini. Nas reuniões do Subcomitê de Software, como o grupo é identificado, cada coordenador de Comissão de Estudo apresenta os trabalhos publicados durante o ano e os documentos em estudo para futuras adoções como Normas Brasileiras. Também relata as votações de Normas Internacionais e o resultado da participação nas plenárias do ISO/IEC JTC1 SC7. Para os participantes das Comissões de Estudo, é de fundamental

importância a presença de representantes do MCTI, tanto pelo apoio na divulgação dos trabalhos do ABNT/CB-21, como pela contribuição oferecida para a participação de delegações brasileiras nos encontros internacionais da ISO. Após três anos de trabalho, as Comissões de Estudo de Engenharia de Sistemas e de Software do ABNT/CB-21 já contam com 26 normas técnicas publicadas, têm 12 documentos em estudo e acompanham 22 projetos internacionais conduzidos pelo ISO/IEC JTC 1/SC 7, além de participar em duas plenárias e diversas reuniões de grupos de trabalho na ISO. O Subcomitê de Software também atua na avaliação do acervo do ABNT/CB-21, colaborando com a análise sistemática. Atualmente, o segmento de Engenharia de Software tem seis Comissões de Estudo em atividade, nas quais trabalham cerca de 70 especialistas. São as seguintes as Comissões de Estudo e os respectivos coordenadores:

• CE-21:007.07 - Gerenciamento do ciclo de vida de software Coordenador: Carlos Constantino Moreira Nassur (Câmara dos Deputados) • CE-21:007.06 - Avaliação e requisitos de produtos de software - Coordenador: Danilo Scalet (Celepar) • CE-21:007.10 - Avaliação de processo de software - Coordenador: Clenio Salviano (CTI) • CE-21:007.24 - Engenharia de Software e Sistemas – Perfis de ciclo de vida para micro-organizações - Coordenadora: Gisele Villas Bôas (RioSoft) • CE-21:007.25 - Operações de tecnologia da informação - Coordenadora: Ellie Borges (Globalstand) • CE-21:007.26 - Teste de software - Coordenador: Adalberto Crespo (CTI)

Membros das Comissões de Estudo de Engenharia de Sistemas e de Software: maior desempenho e 26 normas publicadas


[ Dúvidas ] 1. Gostaria de saber se existe alguma norma que indique as cores que devem ser utilizadas em tubulações de navios. Carmen Gouveia – Solstad Offshore ASA – Nova Iguaçu – RJ

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 8421:1993 – Identificação por cores das tubulações em embarcações – Procedimento, que fixa as condições exigíveis para identificação por cores das tubulações utilizadas em embarcações. 2. Qual norma deve ser seguida para fabricação de caixas plásticas retornáveis, dessas utilizadas para acondicionar e transportar frutas, legumes etc.?

3. Estou fazendo um projeto para garrafas de vidros para acondicionamento de bebidas e gostaria de saber quais normas existem na ABNT sobre esse assunto. Guido Gelbcke – Sociedade Educacional de Santa Catarina – Joinville – SC

A ABNT responde: Dispomos das seguintes normas sobre o assunto: • ABNT NBR 7840:1983 – Garrafas retornáveis de uso comum para cervejas, refrigerantes, aguardentes, sodas e águas gaseificadas, que fixa as condições mínimas de resistência a pressões hidrostáticas e choque térmico, tensões internas e condições de cor e defeitos visuais que devem ser observados na confecção de garrafas retornáveis de uso comum para cervejas, refrigerantes, aguardentes, sodas e águas gaseificadas. • ABNT NBR 7841:1983 – Garrafas retornáveis de uso comum para cervejas, refrigerantes, aguardentes, sodas e águas gaseificadas –Verificação das características, que prescreve os métodos de ensaio necessários à verificação das características exigidas nas ABNT NBR 7840:1983 e ABNT NBR 7842:1983. • ABNT NBR 7842:1983 – Garrafas retornáveis de uso comum para cervejas, refrigerantes, aguardentes, sodas e águas gaseificadas - Formatos, dimensões e cores, que padroniza os formatos, dimensões e cores que devem ser observados na confecção de garrafas retornáveis de uso comum para cervejas, refrigerantes, aguardentes, sodas e águas gaseificadas, bem como o seu uso.

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4. Peço que me informem quais são as normas da ABNT voltadas para a fabricação de tijolo de solocimento. Elizabeth – Eco Máquinas – Campo Grande – MS

A ABNT responde: Dispomos das seguintes normas sobre o assunto: • ABNT NBR 8491:1984 – Tijolo maciço de solocimento, que fixa as condições exigíveis no recebimento de tijolos maciços de solo-cimento. • ABNT NBR 8492:1984 – Tijolo maciço de solo-cimento – Determinação da resistência à compressão e da absorção d’água, que prescreve o método para determinação da resistência à compressão e da absorção de água de tijolos maciços de solocimento para alvenaria. • ABNT NBR 10832:1989 – Fabricação de tijolo maciço de solo-cimento com a utilização de prensa manual, que fixa as condições para a produção de tijolos maciços de solo-cimento em prensas manuais. • ABNT NBR 10833:1989 – Fabricação de tijolo maciço e bloco vazado de solo-cimento com utilização de prensa hidráulica, que estabelece as condições exigíveis para a produção de tijolos maciços e blocos vazados de solo-cimento em prensas hidráulicas. 5. Gostaria de saber qual é a norma mais atual referente a embalagens para isoladores. Mara Peixoto – Electrovidro S.A. – São Gonçalo – RJ

A ABNT responde: Trata-se da ABNT NBR 8604:2011 - Manuseio, movimentação, transporte externo e estocagem de embalagens de madeira para isoladores — Procedimento, que estabelece os requisitos de manuseio, movimentação, transporte e estocagem de embalagens de madeira para isoladores, visando principalmente à integridade dos isoladores e à preservação das embalagens.

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A norma define caixas plásticas retornáveis como embalagens plásticas com dimensões definidas de largura, altura e comprimento, utilizadas para armazenagem e transporte corrente entre a produção agrícola, a distribuição e o varejo, indicadas para operação manual ou mecanizada, com características padronizadas que permitam reutilização das embalagens após higienização e que facilitem a gestão delas por empresas especializadas em logística e transporte.

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A ABNT responde: A norma de seu interesse é a ABNT NBR 15008:2011 – Caixa plástica retornável para hortifrutícolas — Requisitos e métodos de ensaio, que especifica os métodos de ensaio e os requisitos mínimos de qualidade para as caixas plásticas retornáveis do tipo monobloco, retangulares, destinadas ao acondicionamento e transporte de hortaliças, frutas, legumes e outros produtos similares.

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Elayne Alencar – Sebrae – Fortaleza – CE


[ Consumidor ]

Mamadeiras e chupetas exigem atenção

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amadeira de vidro ou de plástico? Bico de látex ou silicone? São tantas as opções que as mães ficam confusas na hora de comprar as mamadeiras e chupeta para as crianças. Há alguns meses, a imprensa veiculou várias reportagens sobre a preocupação com as mamadeiras de plástico, pois especialistas alertavam que o plástico, tanto das mamadeiras como de potes em geral, pode liberar uma substância prejudicial às crianças: o bisfenol A, também conhecido pela sigla BPA. Assim como nas mamadeiras, as chupetas fabricadas com matéria-prima que contém bisfenol também podem fazer mal à saúde. Soma-se a isso a discussão sobre os danos que as chupetas podem causar à arcada dentária das crianças, determinando mais tarde a busca por tratamento com ortodontistas. As chupetas, mamadeiras e bicos fabricados ou importados comercializados no Brasil devem passar por ensaios, para que se verifique o atendimento aos requisitos mínimos de segurança. Esses produtos só podem ser colocados no mercado se estiverem certificados de acordo com as especificações dos regulamentos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O selo da instituição tem de ser exibido na embalagem. As portarias do Inmetro nº 274 (mamadeiras e bicos) e nº 34 (chupetas) foram publicadas em fevereiro de 2009 no Diário Oficial e podem ser acessadas no site do Instituto. O objetivo da regulamentação

é disponibilizar para a sociedade produtos livres de substâncias impróprias e controlar a presença de nitrosaminas (compostos químicos potencialmente cancerígenos utilizados em produtos de borracha) na produção de chupetas, mamadeiras e bicos. Para que fabricantes ofereçam produtos de qualidade e os consumidores fiquem tranquilos na hora da compra, a Comissão de Estudo de artigos não duráveis de puericultura (CE-26:140.01) atua no âmbito do Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar (ABNT/ CB-26), elaborando normas para o segmento. São elas: • ABNT NBR 15260:2005 – Artigos de puericultura – Prendedor de chupeta – Requisitos de segurança e métodos de ensaio. Atualmente em revisão, esta Norma especifica os requisitos de segurança relativos aos materiais, construção, desempenho, embalagem e rotulagem dos prendedores de chupeta;

• ABNT NBR 13793:2003 – Segurança de mamadeiras e de bicos de mamadeiras. Também em revisão, este documento estabelece os requisitos para a fabricação e comercialização de mamadeiras e de bicos de mamadeiras, incluindo recomendações de uso; • ABNT NBR 10334:2003 – Segurança de chupeta, que estabelece os requisitos exigíveis para a fabricação de chupetas, incluindo formas de embalagem e recomendações de uso, em função da segurança, com exceção das chupetas para uso terapêutico, como as que contêm termômetros, as que se destinam a aplicar medicamentos, entre outras. Para saber sobre os trabalhos da Comissão ou suas normas, basta entrar em contato com a analista técnica responsável pelo ABNT/ CB-26, Denise Araújo, por e-mail (denise.araujo@abnt.org.br) ou pelo telefone (11) 3017–3637


[ Turismo e Normalização ]

Comissão de Estudo de Mergulho é reativada

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segurança para o treinamento de mergulhadores autônomos – Parte 2: Nível 2 – Mergulhador autônomo • ABNT NBR ISO 24801-3:2008 – Serviços de mergulho recreativo – Requisitos mínimos relativos à segurança para o treinamento de mergulhadores autônomos – Parte 3: Nível 3 – Condutor de mergulho • ABNT NBR ISO 24802-1:2008 – Serviços de mergulho recreativo – Requisitos mínimos relativos à segurança para o treinamento de instrutores de mergulho autônomo – Parte 1: Nível 1 • ABNT NBR ISO 24802-2:2008 – Serviços de mergulho recreativo – Requisitos mínimos relativos à segurança para o treinamento de instrutores de mergulho autônomo – Parte 2: Nível 2 • ABNT NBR ISO 24803 – Serviços de mergulho recreativo — Requisitos para prestadores de serviços de mergulho autônomo recreativo

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coordenador da Comissão de Estudo, Claudio Brandileone. Assim que for publicada pela ISO, a norma deverá ganhar uma versão brasileira. “Como toda Norma Internacional, sua adoção vai depender de reuniões específicas, mas acredito que deva ter aplicação imediata, pois em muitos locais temos mergulhadores e empresas proporcionando esse tipo de produto”, comenta o coordenador, que é gerente regional para a América do Sul da Professional Association of Diving Instructors (Padi), empresa que qualifica instrutores de mergulho. As normas sobre mergulho recreativo já publicadas pela ABNT são as seguintes: • ABNT NBR ISO 24801-1:2008 – Serviços de mergulho recreativo – Requisitos mínimos relativos à segurança para o treinamento de mergulhadores autônomos – Parte 1: Nível 1 – Mergulhador supervisionado • ABNT NBR ISO 24801-2:2008 – Serviços de mergulho recreativo – Requisitos mínimos relativos à

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Comissão de Estudo de Turismo de Aventura – Turismo com atividades de Mergulho (CE–54:003.13) do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/ CB-54) está retomando suas atividades, depois de ter publicado, em 2008, três normas técnicas adotadas da International Organization for Standardization (ISO). Desde que foi instalada, em julho de 2007, a Comissão de Estudo atua como comitê-espelho do ISO/ TC 228/WG 1, Recreational Diving Services, o Grupo de Trabalho sobre serviços de mergulho recreativo do Comitê Técnico de Turismo da ISO. “Agora, está sendo reativada para discutir e levar a posição brasileira para mais uma futura norma (Recreational diving services — Requirements for gas blender training programmes)”, informa Leonardo Persi, coordenador de Eventos, Publicações e Normalização da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), que responde pela Secretaria Técnica do Subcomitê de Turismo de Aventura do ABNT/ CB-54. Empresas que trabalham no segmento de mergulho recreativo estão sendo convidadas a participar. As reuniões são abertas a todos os interessados que tiverem algo a agregar às discussões. “Este Projeto de Norma é voltado para o treinamento das pessoas que vão fazer misturas gasosas, as quais ajudam os mergulhadores a estender a permanência na água ou a alcançar profundidades maiores”, explica o


[ Notícias ]

Uma conquista internacional Comitê técnico da ABNT agora é membro participante do ISO/TC 217.

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esde o dia 1º de agosto, o Comitê Brasileiro de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABNT/CB-57) é Membro Participante (P-Member) do ISO/TC 217 – Cosmetics, assegurando o direito de participar mais ativamente e de votar em projetos de Normas Internacionais sobre o assunto, em pauta na International Organization for Standardization (ISO). Com essa conquista, o Brasil tornou-se o 34º país a integrar o ISO/TC 217, embora já participasse de suas atividades desde 2004, como Membro Observador (O-Member). Para João Carlos Basílio, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), entidade que responde pela Secretaria Técnica do ABNT/CB-57, trata-se de uma vi-

tória de todo o setor. “Podemos celebrar essa importante conquista, que colocará o Brasil, definitivamente, no cenário decisório das normalizações de produtos e processos, trazendo benefícios diversos para nosso setor”, ele afirma. O ISO/TC 217 trata da normalização internacional sobre metodologias de análises microbiológicas, embalagens/rotulagens, métodos analíticos (segurança/ eficácia), definição dos critérios para produtos orgânicos, boas práticas de fabricação e controle, produtos cosméticos para proteção solar e nanomateriais. A cada semestre seus membros se reúnem em um país diferente. O próximo encontro está previsto para novembro, na Inglaterra

Para seu conhecimento Esta seção é destinada à divulgação de processos e termos utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e algumas outras curiosidades. Nesta edição destacamos o que é ISBN. ISBN (do inglês International Standard Book Number) é um sistema de código internacional padronizado, que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país e a editora, individualizando-os inclusive por edição. É utilizado também para identificar software. Seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita a sua circulação e o gerenciamento de direitos e a monitoração dos dados para comercialização. Em 1º de janeiro de 2007, o ISBN passou de dez para 13 dígitos, com a adoção do prefixo 978. O objetivo foi aumentar a capacidade do sistema, devido ao crescente número de publicações, com suas edições e formatos.

Alguns exemplos de tipos de publicações monográficas às quais um ISBN pode ser atribuído são: livros impressos e folhetos (e as várias formas destes produtos), publicações em Braille, filmes educativos e instrutivos, vídeos e transparências, audiolivros em fita cassete ou CD ou DVD (livros falantes), publicações eletrônicas em formas físicas (como fitas de máquina, disquetes, CD-ROM) ou, na internet, cópias digitalizadas de publicações monográficas impressas, software educacional ou instrutivo entre outros. O sistema é controlado pela Agência Internacional do ISBN, que orienta e delega poderes às agências nacionais. No Brasil, a Fundação Biblioteca Nacional representa a Agência Brasileira desde 1978, com a função de atribuir o número de identificação aos livros editados no país. A norma que trata do assunto é a ABNT NBR ISO 2108:2006, Informação e documentação - Número Padrão Internacional de Livro (ISBN)

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[ Foco na MPE ]

Oficinas de ideias

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Mais duas oficinas com salões de beleza estão previstas, uma delas no Maranhão, o que significa que novas ideias devem surgir. “O segmento de salões de beleza é o que mais cresce no país e agora os profissionais têm a oportunidade de contar com o apoio das normas técnicas”, observou Guilherme Witte. Já foram identificadas as seguintes necessidades de normalização: classificação dos salões de beleza de acordo com os serviços fornecidos (por exemplo, salão de cabeleireiro, spas, centros de depilação etc.); boas práticas para prestação dos serviços; descarte de resíduos (embalagens, produtos vencidos, água do lavatório, ceras utilizadas, água dos ofurôs e banheiras etc.); utilização de produtos que podem transmitir doenças, como escovas, pentes de cabelo etc.; ergonomia nos salões (incluindo o uso de macas, cadeiras de manicure, cadeiras de cabeleireiro etc.); competência de pessoal; qualificação dos profissionais do setor; processo de manuseio de produtos químicos; terminologia de produtos de alisamento e de rotulagem de produtos cosméticos; equipamentos como aquecedor (energia, durabilidade, temperatura), secador (barulho, peso, oscilação de energia e consumo), panela de depilação (higiene), carrinho de cabeleireiro, alicates (ergonomia e higiene), pentes e escovas (procedimento de higienização e limpeza, durabilidade)

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Como fazer uma boa administração do salão de beleza? A ABNT NBR 15842:2010, Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos gerais pode ajudar. Como preparar os funcionários que fazem o atendimento? É possível elaborar normalização específica, seguindo o exemplo do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54), que dispõe de normas que oferecem orientações necessárias para caixa, recepcionista e atendente de reservas, entre outras. A competência de pessoal, por sinal, foi o assunto que despertou maior interesse, porque os salões de beleza evoluem para a segmentação de funções. Cada vez mais, são requisitados especialistas em visagismo, capazes de determinar a melhor imagem de cada cliente, harmonizando cabelos e maquiagem. Mas como estabelecer os resultados esperados desse profissional? Uma norma técnica pode ser a solução. “Temos maus profissionais, pessoas que fazem cursos de uns poucos meses e saem no mercado pensando que conhecem tudo, mas cometem enganos com clientes e são enganados por fornecedores de produtos, porque não têm o conhecimento necessário”, lamentou Valkíria. Dos problemas cotidianos nos salões de beleza foram surgindo sugestões que podem resultar em normas. “Nosso objetivo é ouvir o máximo possível de pessoas, saber o que esperam da normalização”, explicou Patrícia.

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arde de segunda-feira, profissionais do setor de beleza disputando espaços nos corredores da Beauty Fair, em São Paulo, em meio a um barulho ensurdecedor. No estande do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cerca de 30 mulheres ocupavam o pequeno auditório, no dia 12 de setembro, em busca de conhecimentos sobre normas técnicas para um segmento que mobiliza no país 2 milhões de pessoas, em atividades relacionadas a cabelo, pele e unhas. A feira internacional que movimentou a capital paulista durante quatro dias foi o cenário de mais uma oficina para salões de beleza, como parte do projeto que vem sendo desenvolvido desde 2008 pelo Sebrae, em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Duas outras oficinas já tinham sido realizadas, em agosto, em São Paulo e no Distrito Federal. A dinâmica do evento tem um formato predefinido. A analista técnica da ABNT, Patrícia Roberta Barucco, explica o processo de normalização e seus benefícios. Depois, junto com o consultor Guilherme Witte, ouve sugestões e orienta sobre normas que podem ser utilizadas e como os profissionais podem encaminhar novas demandas Valkíria Barros veio de Goiânia para o evento. Ela é 2ª tesoureira da Associação dos Profissionais de Beleza do Estado de Goiás (Aprobeleza), entidade que participa do Projeto Empreender, do Sebrae daquele estado, e foi a profissional que mais apresentou dúvidas sobre o alcance das normas em sua área de trabalho. E gostou das respostas que recebeu.


As oficinas têm o propósito de atender aos objetivos do Projeto Sebrae/ABNT: envolver as micro e pequenas empresas (MPE) no processo de normalização, intensificar o uso de normas técnicas de acordo com as necessidades identificadas e verificar as normas que já existem e as que podem ser desenvolvidas. A meta dessa iniciativa é envolver pelo menos 2 mil MPE e conseguir sua participação em 140 reuniões de Comissões de Estudo da ABNT.

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Comitê de Política No dia 30 de agosto, o Comitê de Política para Micro e Pequenas Empresas reuniu-se na ABNT, em

São Paulo, para avaliar seus planos de ação e resultados alcançados. Participaram a gestora do Projeto Sebrae/ABNT, Maria de Lourdes da Silva, consultores e representantes de setores priorizados na iniciativa (como panificação, mobiliário, vestuário e cadeia apícola), além de dirigentes e analistas técnicos da ABNT. O diretor de Relações Externas da ABNT, Carlos Santos Amorim Junior, abriu o encontro reiterando que o grande desafio de cada um dos membros do Comitê ainda é fazer com que as MPE entendam a importância da normalização para o seu negócio.

Por sua vez, o diretor adjunto de negócios da ABNT, Odilão Baptista Teixeira, alegou que, apesar da dificuldade inicial para mobilizar as MPE, as atividades previstas no Projeto estão evoluindo. O convênio está estruturado em quatro grupos: capacitação, preparando as MPE para usar as normas; divulgação, com utilização de vários recursos, entre eles um vídeo que está sendo roteirizado; venda de normas e apoio do Centro de Informações Tecnológicas da ABNT (CIT); e oficinas de sensibilização, com temas como apicultura, salão de beleza, confecções (moda praia, moda íntima e jeans), automotivo e panificação, incluindo eficiência energética de fornos

Gibis divulgam a importância das normas O formato de revista em quadrinhos torna mais fácil a comunicação. Por meio do convênio firmado entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), foram lançados dois gibis que, de uma forma mais descontraída, chamam a atenção para a importância das normas. O primeiro, com o título “Normas Técnicas – O que eu ganho com isso?”, explica o que é uma norma técnica, como é elaborada, para que serve e os benefícios que ela proporciona, entre outras informações. Já o segundo, com o título “Inove com Normas Técnicas – Qualidade no Atendimento”, ensina como pequenos comércios podem melhorar a qualidade de atendimento com a aplicação das normas técnicas. O convênio tem como objetivo o desenvolvimento de seis revistas em quadrinhos, no total de 120 mil unidades, para promover a sensibi-

lização e a disseminação seletiva da informação junto às organizações que trabalhem diretamente com as MPE. A terceira revista em quadrinhos será focada na área de alimentação, com o título “Serviços de alimentação – Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais”. A distribuição do material, tendo sempre como público-alvo as MPE, vem sendo feita pelos parceiros em feiras, eventos, associações e empresas.

Convênio A ABNT e o Sebrae mantêm um convênio que possibilita às MPE, após um cadastro, a aquisição de Normas Brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado. Essas empresas também têm acesso a coleções setoriais disponibilizadas gratuitamente.

As coleções setoriais são direcionadas para Cadeia Apícola, Confecção, Couro e Calçados, Madeira e Móveis, Reparo de Veículos e Cerâmica Vermelha. Têm foco em produtos e processos, possibilitando que as empresas inovem e se tornem competitivas. Para acessálas, basta estar cadastrado no Sebrae ou ter um faturamento anual de até R$ 2.400.000,00


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[ Notícias da Normalização ]

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Nova versão da ISO/IEC 27005 Como as empresas podem proteger sua Cadeia de Suprimentos? A ISO responde! Desastres naturais, violência urbana ou crises podem acontecer a qualquer momento. Organizações ao redor do mundo estão cada vez mais implementando processos de gestão de riscos para lidar com incertezas e garantir continuidade. Mas se fornecedores não puderem realizar suas entregas e consumidores ficarem impedidos de comprar, as empresas verão seus resultados planejados mais distantes. Com o objetivo de promover resiliência, ou seja, a capacidade de superar problemas ou obstáculos e resistir a pressão em situações adversas, foi desenvolvida, pelo ISO/TC 8 - Ships and marine technology (Navios e Tecnologia Marinha), a ISO 28002:2011, Security management systems for the supply chain – Development of resilience in the supply chain – Requirements with guidance for use.

A ISO 28002 oferece um processo compreensivo e sistemático para aumentar o nível de prevenção, proteção, preparação, mitigação, resposta, continuidade de operações e recuperação de acidentes destrutivos. Seus critérios genéricos e auditáveis, quando aplicados em um sistema de gestão, podem ser usados para estabelecer, implementar, monitorar, revisar, manter e aperfeiçoar as políticas de resiliência da organização para planejar ações durante e após incidentes com a Cadeia de Suprimentos. A norma, que pode ser utilizada por qualquer tipo de organização, incluindo iniciativa privada, entidades sem fins lucrativos, não governamentais e setor público, faz parte da série ISO 28000, voltada para o tema de sistemas de gestão da segurança da Cadeia de Suprimentos.

Parceria pela Sustentabilidade A International Organization for Standardization (ISO) assinou um memorando de entendimento com o produtor das estruturas para avaliação de sustentabilidade mais usadas no mundo, a Global Reporting Initiative (GRI), no dia 5 de setembro, em Genebra, Suíça. A parceria tem como objetivo aumentar as atividades das duas organizações relacionadas à comunicação e aferição por parte das empresas e ao desenvolvimento sustentável por meio da partilha de informações sobre normas ISO e programas da GRI. O acordo também prevê parceria com outras entidades

visando ao desenvolvimento de novos documentos, divulgação conjunta e comunicação. A ISO e a GRI apoiam e promovem mutuamente o envolvimento em iniciativas relacionadas com o desenvolvimento sustentável, como a conferência Rio+20, e outros projetos de instituições, como a Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Para saber mais, acesse: www.iso.org e www. globalreporting.org.

Projetos em Consulta Nacional • Projeto 100:000.00-001 - Ftalatos – Determinação de plastificantes ftálicos por cromatografia gasosa. O documento especifica dois métodos por cromatografia gasosa para determinação de plastificantes ésteres do anidrido ftálico que podem estar presentes na composição do PVC flexível e em outros materiais. Um procedimento utiliza extração com clorofórmio e metanol e o outro utiliza dissolução com tetra-hidrofurano (THF). Estes métodos de ensaio podem ser utilizados para determinação de ftalatos, por exemplo, em brinquedos, mamadeiras, chupetas, artigos para festa e em artigos escolares. A consulta termina em 10.11.2011. • ABNT NBR 15236 – Segurança de artigos escolares. Referindo-se a riscos que podem não ser identificados prontamente por usuários, mas podem advir de seu uso normal ou abuso razoavelmente previsível, o

documento especifica requisitos de segurança de artigos escolares destinados a crianças menores de 14 anos. A Consulta será encerrada em 10.11.2011. • Projeto de Emenda ABNT NBR 11823 – Utensílios domésticos metálicos – Panela de pressão, da Comissão de Estudo Especial de Utensílios Domésticos Metálicos (ABNT/CEE-66). A Consulta será encerrada em 24.10.2011 • Adoções dos documentos ISO/IEC 29110-2, ISO/IEC 29110-4-1 e ISO/IEC 29110-5-1-2, pela Comissão de Estudo de Engenharia de Software e Sistemas – Perfis de Ciclo de Vida para Micro-Organizações.

Publicações • Foi publicada no dia 12 de setembro a revisão da ABNT NBR 7501 — Transporte terrestre de produtos perigosos — Terminologia.


[ Fique por Dentro ]

Reuniões das Comissões de Estudo ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro da Contrução Civil OUTUBRO CE-02:136.01

Desempenho de Edificações

19

NOVEMBRO CE-02:136.01

Desempenho de Edificações ABNT/CB-05

CE-05:102.03

Emissões de veículos pesados

19

Película

19

Baterias Automotivas

19

CE-05:106.05

Sistemas de Transporte inteligente

CE-05:103.05

20

Material de fricção

20

CE-05:105.01/2

Ensaios de impacto “crash test”

20

CE-05:106.06

Compatibilidade Eletromagnética

20

CE-05:106.07/1

TMC - Traffic message channel

20

CE-05:108.01

Trator Agrícola

25

CE-05:105.03

Acústica em veículos

26

NOVEMBRO CE-05:102.02

Emissões de veículos leves

3

CE-05:101.01

Terminologia

4

Cadeirinha de criança

8 e 29

CE-05:106.03

Iluminação veicular

8

CE-05:102.03

Emissões de veículos pesados

9

CE-05:106.05

Baterias Automotivas

9

CE-05:103.02

Sistema de Embreagem

9

CE-05:102.01/7

Geradores

9

CE-05:105.01/03

Película

9

CE-05:102.01/1

Filtros

10

CE-05:106.07/1

TMC - Traffic message channel

ABNT/CB-15 - Comitê Brasileiro de Mobiliário OUTUBRO

CE-15:002.03

10

Móveis para dormitório

25

ABNT/CB-16 - Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego OUTUBRO CE-16:300.03

Sinalização semafórica

18

CE-16:300.05

Segurança no tráfego

19

CE-16:300.02

Sinalização vertical

19

CE-16:300.01

Sinalização horizontal

20

CE-16:400.04

NOVEMBRO Transporte de produtos perigosos 4 ABNT/CB-18

- Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados OUTUBRO

CE-18:600.15 CE-18:600.23 CE-18:100.06 CE-18:200.01

Produtos de Fibrocimento

18

Estacas Pré-Fabricadas de Concreto (Instalação de Comissão)

23

Cal Agregados para Concreto

27 27

NOVEMBRO CE-18:600.07 CE-18:600.21

Elementos de Concreto para Manuntenção e Monitoramento de Sistemas de Saneamento Paredes de Concreto

8 9

outubro | 2011

CE-05:105.02/3

29

29

19

Sistemas de freios

boletim ABNT

outubro | 2011

CE-05:103.05/3

boletim ABNT

9

Comitê Brasileiro Automotivo OUTUBRO

CE-05:105.01/03 CE-05:106.07

-


[ Fique por Dentro ]

ABNT/CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio OUTUBRO CE-24:202.03

Sistemas de Detecção e Alarme contra Incêndio

ABNT/CB-26

17

- Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar OUTUBRO

CE-26:130.01

Avaliação Biológica de Produtos para Saúde

17

CE-26:140.01

Artigos Não Duráveis de Puericultura

24

CE-26:080.01

Contraceptivos Mecânicos

25

CE-26:090.01

Esterilização de Produtos para Saúde

27

NOVEMBRO

30

1e7

CE-26:150.01

Gestão da qualidade

CE-26:060.02

Gases para uso hospitalar, seus processos e suas instalações

4

CE-26:020.01

Aspectos gerais de segurança de equipamento eletrônico

4

CE-26:070.01

Implantes ortopédicos

8

CE-26:060.02

Gases para uso hospitalar, seus processos e suas instalações

9

ABNT/ONS-27

3

- Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica OUTUBRO

Pré-impressão eletrônica

CE-27:200.02

Gerenciamento de cores

17 17

CE-27:400.09

Impressos de Segurança

18

CE-27:400.10

Padronização de Autoenvelopes

19

CE-27:300.05

Processos em Flexografia

20

CE-27:400.07

Materiais de Ensino e Aprendizagem

20

CE-27:300.07

Pós-impressão

25

CE-27:400.02

Tintas Gráficas

26

CE-27:400.03

Colorimetria

26

CE-27:300.04

Processos em Impressão Digital

27

CE-27:200.01

Pré-impressão eletrônica

CE-27:200.02

Gerenciamento de cores

7

CE-27:500.01

Questões ambientais e segurança

8

CE-27:500.02

Higiene e Ergonomia

8

CE-27:400.02

Tintas Gráficas

9

CE-27:400.03

Colorimetria

9

NOVEMBRO 7

ABNT/CB-28 - Comitê Brasileiro de Siderurgia

OUTUBRO

CE-28:000.06

Produtos Tubulares de Aço

26

CE-28:000.03

Produtos Planos de Aço

20

NOVEMBRO

GT 04-1

Aços Laminados e Inoxidável

8

ABNT/CB-41 -Comitê Brasileiro de Minerios de Ferro CE-41:000.00.03

Ensaios Físicos

ABNT/CB-43 - Comitê Brasileiro de Corrosão

OUTUBRO

CE-43:000.02

Pintura Industrial

CE-43:000.02

11

19

NOVEMBRO Pintura Industrial

9

ABNT/CB-50 Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore para Indústria do Petróleo e Gás Natural CE-50:000.06

OUTUBRO Sistemas e Equipamentos de Processo

27

outubro | 2011

CE-27:200.01

30

boletim ABNT

Equipamento respiratório e de anestesia

boletim ABNT

outubro | 2011

CE-26:060.01


[ Fique por Dentro ]

NOVEMBRO

CE-50:000.05

Tubos de Revestimento Produção e Perfuração

CE-50:002.01

8

Amarras e Acessórios

11

ABNT/ONS-58 - Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos

OUTUBRO

CE-53:000.03

Metrologia de END

26

CE-58:000.14

Inspeção Eletromagnética

19

CE-58:000.06

Ultrassom

27

NOVEMBRO

CE-58:000.08

GTN Aeronáutico

9

ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial

ABNT/CEE-106

Análises Ecotoxicológicas

OUTUBRO

31 boletim ABNT

18

ABNT/CEE-127

Sistemas Inteligentes de Transporte

19

ABNT/CEE-73

Tubos e Acessórios de Polietileno

20

ABNT/CEE-134

Modelagem de Informação da Construção

21

ABNT/CEE-165

Aparelho para Melhoria da Qualidade da Água para Consumo Humano

24

ABNT/CEE-129

Resíduos de Serviços de Saúde

24

ABNT/CEE-116

Gestão de Energia

18

ABNT/CEE-109

Segurança e Saúde Ocupacional

25

ABNT/CEE-63

Gestão de Riscos

27

ABNT/CEE-94

Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas

26

ABNT/CEE-146

Mercado Voluntário de Carbono

27

ABNT/CEE-125

Matérias-primas para Uso na Indústria da Borracha

28

ABNT/CEE-102

Segurança de Artigos Escolares

28

ABNT/CEE-80

Sistemas de Prevenção Contra Explosão

NOVEMBRO 7

ABNT/CEE 157

Microbiologia de Alimentos

3

ABNT/CEE-149

Redes de Proteção para Edificações

1

ABNT/CEE-161

Sistemas de Blindagem

ABNT/CEE-106

Análises Ecotoxicológicas

10 8, 9 e 10

ABNT/CEE-97

Gestão de Segurança para Cadeia Logística

8

ABNT/CEE-73

Tubos e Acessórios de Polietileno

10

ABNT/CEE-100

Segurança dos Brinquedos

10

ABNT/CEE-159

Persianas

3

Parceria ABNT e SEBRAE

Nossa norma é

ajudar você a crescer

A ABNT e o SEBRAE firmaram um convênio que possibilita às MPE, após breve cadastro, o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.

www.abnt.org.br/paginampe

outubro | 2011

18

Serviços Financeiros

31

Gestão de Segurança para Cadeia Logística

ABNT/CEE-112

boletim ABNT

outubro | 2011

ABNT/CEE-97

18, 19 e 20


[ Fique por Dentro ] [ Novos Sócios ] 15/08/2011 a 15/09/2011 Nome / Razão Social

Categorias

ADRIANA TALUSY DE MELO

INDIVIDUAL

ARI DIGIACOMO OCAMPO MORE

INDIVIDUAL

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONCESSIONÁRIAS DE RODOVIAS - ABCR

COLETIVO CONTR. - D

BIOQUALITAS ANÁLISES DE ALIMENTOS E TREIN. CONTÍNUOS LTDA.

COL. CONTR.M.EMP.

CARLOS NELSON ELIAS CONSTRUTORA ALMEIDA COSTA LTDA.

INDIVIDUAL COLETIVO MANTENEDOR

CORDOARIA SÃO LEOPOLDO ORIGINAL LTDA.

COLETIVO CONTR. - B

DZETTA - PROJETOS, CONSULTORIAS E TREINAMENTOS LTDA.

COL. CONTR.M.EMP.

INDIVIDUAL

GEAN VITOR SALMORINA

INDIVIDUAL

MAGMA SERVIÇOS E ANÁLISES LTDA.

boletim ABNT

FÁBIO SILVA DE SOUZA

KEILA DOS REIS GOMES

INDIVIDUAL ESTUDANTE COLETIVO CONTR. - C

MARCELO MAZZETTO

INDIVIDUAL

MÁRIO SOHEI ISHIHARA

INDIVIDUAL

MENDES BRINQUEDOS INFLÁVEIS LTDA.

COL. CONTR.M.EMP.

MONICA TALARICO DUAILIBI

INDIVIDUAL

NESTOR FERNANDO BUSTAMANTE

INDIVIDUAL

RAUL BOLLIGER NETO

INDIVIDUAL

SÉRGIO AKINORI HAYASHIDA

INDIVIDUAL

SILVIA HELENA BAFFI

INDIVIDUAL

SILVIO EDUARDO DUAILIBI

INDIVIDUAL

TADEU CASTRO DA SILVA

INDIVIDUAL

TEMPLUM DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS E ORGANIZAÇÕES LTDA. THIAGO FEREIRA AIRES SILVA UNIVERSIA BRASIL SA

COL. CONTR.M.EMP. INDIVIDUAL COLETIVO CONTR. - C

outubro | 2011

INDIVIDUAL

32

EDUARDO ALBERTO FANCELLO

boletim ABNT

outubro | 2011

COLETIVO CONTR. - C

32

COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO RURAL DE RESENDE LTDA.


boletim ABNT

33

outubro | 2011


[ Fique por Dentro ]

Feiras Feira do Empreendedor de Alagoas 29 de setembro a 02 de outubro de 2011 Local: Faculdade Integrada Tiradentes (FITs) Av. Gustavo Paiva, nº 5017 - Cruz das Almas - Maceió - AL Para mais informações, nathanael@al.sebrae.com.br

34

Exponorma Congresso e Exposição 2011 18 a 20 de outubro de 2011 Local: Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 – São Paulo – SP Para mais informações, www.exponorma.com.br

Apoio Institucional 1º Simpósio Latino-Americano de Papel para Embalagem 03 a 05 de outubro de 2011 Local: Transamérica Expo Center Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo – SP Para mais informações, www.abtcp2011.org.br/simposio/ TECNOMETRO - Seminário de Tecnologia Industrial e Metrologia 05 e 06 de outubro de 2011 Local: Auditório da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) Av. do Contorno, 4456 – Funcionários – Belo Horizonte – MG Para mais informações, www.rmmg.org.br 17ª Reunião de Pavimentação Urbana 18 a 20 de outubro de 2011 Local: Hotel Plaza São Rafael Av. Alberto Bins, 514 - Centro – Porto Alegre – RS Para mais informações, www.rpu.org.br III Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência 24 a 26 de outubro de 2011 Local: Hotel Tivoli Alameda Santos, 1437 – São Paulo – SP Para mais informações, 3encontro.sedpcd.sp.gov.br Fórum das Entidades Auto-Sustentáveis 26 de outubro de 2011 Local: Bourbon Convention Ibirapuera Av. Ibirapuera, 2907 – São Paulo – SP Para mais informações, www.entidadesautosustentaveis.com.br

Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse www.abnt.org.br/eventos

outubro | 2011

NT&TT Show 2011 Feira Internacional de Nãotecidos e Tecidos Técnicos 26 a 28 de outubro de 2011 Local: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo – SP Para mais informações, www.nt-ttshow.com.br

34

boletim ABNT

Feira do Empreendedor da Bahia 04 a 08 de outubro de 2011 Local: Centro de Convenções Av. Simon Bolívar, s/n – Jardim Armação – Salvador/BA Para mais informações, adriana.moura@ba.sebrae.com.br

boletim ABNT

outubro | 2011

EXPO BOMBAS - Feira Internacional de Bombas, Motobombas e Acessórios EXPO VÁLVULAS - Feira Internacional de Válvulas Industriais e Acessórios FEBRAMAN - Feira Brasileira de Manutenção Industrial FEIGÁS - Feira Industrial do Gás FLUID POWER & MOTION CONTROL - Fluid Power & Motion Control METALTECH - Feira Internacional de Trefilação e Laminação de Metais PETROTECH - Feira Brasileira de Tecnologias para a Indústria do Petróleo, Gás e Biocombustíveis TERMOTECH - Feira Industrial de Tecnologias Térmicas TUBOTECH - Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Conexões e Componentes 04 a 06 de outubro de 2011 Local: Centro de Exposições Imigrantes - São Paulo - SP Para mais informações, www.fieramilano.com.br


2011

2011

ESTACIONAMENTO EM FOCO

O ENCONTRO DAS INDÚSTRIAS DE INFRAESTRUTURA PARA TRANSPORTE

Expo Parking reúne os operadores e fornecedores de soluções de estacionamento para atender às necessidades de estacionamento nas cidades brasileiras e as crescentes exigências de estacionamento nos edifícios públicos e privados.

outubro | 2011

O principal encontro na América Latina das indústrias de infraestrutura para um transporte seguro, eficiente e confortável via terra, água e ar

E

boletim ABNT

35

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2011

22 - 24 de Novembro, 2011 Expo Center Norte, Pavilhão Azul São Paulo

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A segunda edição do Expo Urbano – O evento para espaços urbanos estéticos, confortáveis e Melhorando a sua vida urbana seguros.

2011 CONSTRUINDO AS BASES PARA O

ESPETÁCULO A terceira edição do Expo Estádio: a feira e conferência para design, construção, equipamento e gestão de estádios e instalações esportivas

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Certificações RAZÃO SOCIAL: GERENCER CONTABILIDADE LTDA. ESCOPO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CONTABEIS NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA CONCESSÃO: 21/07/2011

boletim ABNT

36

outubro | 2011

A Gerencer Contabilidade atua no mercado desde 1978, ferecendo informações contábeis confiáveis para que seus clientes possam gerenciar seus negócios de forma eficaz. Nosso objetivo social prestar serviços contábeis, fiscais e trabalhistas junto às repartições públicas. A Gerencer define seus processos como: • Contábil: demonstrações contábeis; • Trabalhista: folha de pagamento/admissão/rescisão/férias; • Fiscal: escrituração/apuração de impostos; • Obrigações acessórias: arquivos e declarações eletrônicas e livros; • Societário: regularização fiscal/legalizações.

RAZÃO SOCIAL: C. M. COUTO SISTEMA CONTRA INCÊNDIO LTDA. ESCOPO: FORMADORA DE BRIGADAS DE INCÊNDIO NORMA: PE-066.03:2011 DATA CONCESSÃO: 09/08/2011 O Grupo C.M.Couto Coutoflex foi fundado em 1970. Desde então vem aumentando sua área de atuação com o objetivo de melhor atender ao mercado. Comercializa e fabrica equipamentos de combate a incêndio, como mangueiras, Líquido Gerador de Espuma (LGE), extintores de incêndio e uma extensa e completa linha de equipamentos hidráulicos, como canhões monitores, esguichos reguláveis, lançadores de espuma etc. Projeta, fornece e instala os mais variados tipos de sistemas fixos para combate a incêndio, em instalações comerciais, industriais e residenciais, prestando também toda a assistência técnica e manutenção corretiva e preventiva a esses sistemas. A gama de clientes hoje atendida pelo Grupo inclui: indústrias farmacêuticas, petroquímicas, informática, cimento, plásticos, móveis, tintas, alimentos, borrachas, confecções, empresas jornalísticas, engenharia, aviação, eletricidade, telecomunicações, transportes, shoppings, condomínios, construtoras, clínicas, hospitais, hotéis etc.

RAZÃO SOCIAL: BECCO RESTAURANTE ESCOPO: SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS HIGIÊNICOSANITÁRIAS E CONTROLES OPERACIONAIS – CAFÉ DA MANHÃ SISTEMA A LA CARTE, ROOM SERVICE A LA CARTE, ALMOÇO E JANTAR NORMA: ABNT NBR 15635:2008

RAZÃO SOCIAL: DELTA ENGENHARIA E MONTAGEM INDUSTRIAL LTDA. ESCOPO: GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS, SUPRIMENTO, CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, CONDICIONAMENTO, TESTES, APOIO À PRÉ-OPERAÇÃO, ASSISTÊNCIA TÉCNICA E MANUTENÇÃO, PARA EMPREENDIMENTOS INDUSTRIAIS, CONSTRUÇÃO DE “CITY GATES” E PLATAFORMAS MARÍTIMAS NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA CONCESSÃO: 01/08/2011 A Delta Engenharia e Montagem Industrial Ltda. é o braço do Grupo Delta para empreendimentos no setor industrial. Opera em diversas modalidades de contratos, com ênfase em EPC (Engenharia, Suprimentos e Construção), responsabilizandose por todas as fases do empreendimento, desde o projeto até a operação assistida das unidades industriais. Atua nos segmentos de óleo e gás, químico e petroquímico, termoelétrico, de mineração e siderurgia, atendendo aos requisitos legais aplicáveis às atividades.

RAZÃO SOCIAL: ESPAÇO & FORMA MÓVEIS E DIVISÓRIAS LTDA. ESCOPO: DIVISÓRIAS MODULARES REMOVÍVEIS - LINHA SPAZIO 600 E SPAZIOELEGANZA. DIVISÓRIAS ARTICULADAS MULTIDIRECIONAIS – LINHA SPAZIO MOBILE NORMA: ABNT NBR 15141:2008 DATA CONCESSÃO: 24/08/2011

Diviforma, uma conceituada indústria de divisórias no Brasil, desde 1993 produzindo qualidade, agora disponibiliza aos clientes mais exigentes e diversificados as linhas de divisórias especiais piso-teto Spazio 600 e Spazio Eleganza, certificadas e produzidas de acordo com os procedimentos estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), garantindo altíssima qualidade nos diversos modelos e revestimentos.

RAZÃO SOCIAL: BETTA SISTEMAS ELETRÔNICOS LTDA. ESCOPO: PROJETO, DESENVOLVIMENTO, FABRICAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA CONCESSÃO: 10/09/2008

DATA CONCESSÃO: 21/02/2011 , Todo o charme e requinte da culinária italiana você encontra no Becco Restaurante. Conhecido e respeitado por sua qualidade, conta com um ambiente aconchegante, decoração em estilo, contemporâneo e padrão internacional de serviço. No cardápio, massas artesanais, filés, aves e peixes. Aberto diariamente para café da manhã, almoço e jantar, o espaço também oferece opções de cardápios variados para eventos. Coquetéis, comemorações empresariais ou particulares podem ser realizados com todo o conforto no ambiente do restaurante.

A Betta Sistemas Eletrônicos Ltda. é fabricante de equipamentos de alarme contra incêndio, desenvolve seus próprios projetos e sua produção é 100% brasileira. Pioneira na fabricação de detectores ópticos de fumaça e sistemas endereçáveis no Brasil, iniciou suas atividades em 1981 e completa 30 anos em setembro, tendo como diretores os engenheiros Almo Braccesi e Valmir Banheti dos Santos, ambos dedicados ao constante desenvolvimento e aprimoramento de sua linha de produtos.


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