Boletim ABNT Set 2011

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Cursos

Destaques de setembro e outubro de 2011 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - ABNT NBR 9050:2004 São Paulo: 21, 22 e 23/09 Porto Alegre: 05, 06 e 07/10

Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis - Requisitos - ABNT NBR 15527:2007 Brasília: 04 e 05/10 São Paulo: 14/10

Aplicação da ABNT NBR 10151:2000 ao controle do ruído no meio ambiente - Conceitos, procedimentos e uso de instrumentos de medição Brasília: 05 e 06/09 Porto Alegre: 13 e 14/10

Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração - ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 Rio de Janeiro: 22 e 23/09 São Paulo: 10 e 11/10

Sistema de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos ABNT NBR ISO 22000:2006 São Paulo: 08 e 09/09 Rio de Janeiro: 20 e 21/09 São Paulo: 27 e 28/10 Auditoria interna de sistema de gestão da segurança de alimentos (ABNT NBR ISO 22000:2006) São Paulo: 28, 29 e 30/09 Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e manutenção São Paulo: 05, 06 e 07/10 Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas - ABNT NBR 5419:2005 Brasília: 27 e 28/09 Porto Alegre: 25 e 26/10 Instalações elétricas de baixa tensão I - Proteção e segurança - ABNT NBR 5410:2004 São Paulo: 18, 19, 20 e 21/10 Curto-circuito, coordenação e seletividade em BT - ABNT NBR 5410:2004 São Paulo: 22 e 23/09 Curto-circuito, coordenação e seletividade em MT - ABNT NBR 14039:2005 - e em BT - ABNT NBR 5410:2004 São Paulo: 24, 25 e 26/10 Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivas ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 1: Ambientes com gases e vapores inflamáveis Rio de Janeiro: 06/10 Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivas ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 2: Ambientes com pós combustíveis Rio de Janeiro: 07/10 Sistemas de gestão da energia - Requisitos com orientações para uso - ABNT NBR ISO 50001:2011 São Paulo: 03 e 04/10 Gestão de riscos - Princípios e diretrizes - ABNT NBR ISO 31000:2009 São Paulo: 05 e 06/09 Brasília: 04 e 05/10 Rio de Janeiro: 24 e 25/10 Trabalhos acadêmicos Rio de Janeiro: 29 e 30/09 São Paulo: 20 e 21/10 Porto Alegre: 13 e 14/10 Padronização de livros e periódicos São Paulo: 19 e 20/09 Brasília: 04 e 05/10 Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso - ABNT NBR ISO 14001:2004 São Paulo: 26 e 27/09 Rio de Janeiro: 17 e 18/10

Auditoria interna da qualidade - Diretrizes para auditoria de sistema de gestão da qualidade - ABNT NBR ISO 19011:2002 São Paulo: 06 e 07/10 Auditoria interna da qualidade em laboratório (ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005) Rio de Janeiro: 20 e 21/10 Gestão da qualidade por processos São Paulo: 19/10 Capacitação de RD (Representante da direção) para sistemas de gestão da qualidade São Paulo: 05/10 Rio de Janeiro: 19/10 Tratamentos de ocorrências para SGQ - ABNT NBR ISO 9001 São Paulo: 20/09 Diretrizes para treinamento - ABNT NBR ISO 10015:2001 São Paulo: 16/09 Rio de Janeiro: 28/09 Cálculo de incerteza de medição São Paulo: 29 e 30/09 Sistemas de gestão da medição - Requisitos para os processos de medição e equipamentos de medição - ABNT NBR 10012:2004 São Paulo: 21 e 22/09 Gestão para o sucesso sustentado de uma organização - ABNT NBR ISO 9004:2010 Rio de Janeiro: 05/10 Produtos para saúde - Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos para fins regulamentares - ABNT NBR ISO 13485:2004 São Paulo: 26 e 27/09 Sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho – ABNT NBR 18801:2010 e OHSAS 18001:2007 Brasília: 13 e 14/10 São Paulo: 17 e 18/10 Gestão de riscos de segurança da informação - ABNT NBR ISO/IEC 27005:2008 São Paulo: 17 e 18/10 Gerenciamento de riscos de explosão - ABNT NBR 15662:2009 São Paulo: 28/09 Etiquetagem de têxteis com ênfase na ABNT NBR NM ISO 3758:2010 São Paulo: 20 e 21/09 Otimização das compras de têxteis hospitalares São Paulo: 20 e 21/10 Transporte terrestre, rotulagem e documentação de produtos químicos e resíduos perigosos - Normas Brasileiras e legislação Rio de Janeiro: 03 e 04/10 São Paulo: 31/10 e 01/11 Meios de hospedagem – Sistema de gestão da sustentabilidade – Requisitos - ABNT NBR 15401:2006 São Paulo: 22 e 23/09

Veja a programação completa no site: www.abnt.org.br Informações e inscrições: cursos4@abnt.org.br Tel.: (11) 2344 1723 / 1722


[ Editorial ] O futuro já começou

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ara que 9 bilhões de pessoas - em estimativa para os próximos 40 anos - tenham qualidade de vida sem prejudicar o meio ambiente, as empresas terão que repensar suas estratégias. É isso que indica o relatório Visão 2050 - A Nova Agenda para as Empresas, do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), elaborado por multinacionais de diferentes setores industriais, que contou também com a participação de governos e da sociedade civil. Produzir com mais eficiência, causando menos impacto ao planeta, deve ser a diretriz da empresa do futuro, consciente de que o seu desenvolvimento econômico estará inteiramente vinculado à gestão ambiental e a ações socialmente responsáveis. Antevendo esse cenário, a International Organization for Standardization (ISO) voltou sua atenção para a elaboração de normas técnicas que têm como foco o desenvolvimento sustentável há mais de uma década. Interagindo fortemente junto à ISO, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem participado da criação dessas normas, que contribuem para transformar o discurso das boas intenções em ações efetivas rumo à sustentabilidade. São grandes exemplos as ABNT NBR ISO 14001:2004 - Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso e a ABNT NBR ISO 26000:2010 - Diretrizes sobre responsabilidade social. Empresas que já possuem a certificação ambiental, conforme a ABNT NBR ISO 14001, buscam agora obter selos ecológicos para seus produtos, atestando que estes apresentam menor impacto ambiental em relação a outros disponíveis no mercado, motivo pelo qual o Programa de Rotulagem Ambiental da ABNT tem se tornado um enorme sucesso. Outro fato que nos enche de orgulho e nos motiva no combate aos impactos ambientais é o lançamento da primeira Norma Brasileira para regular o mercado voluntário de carbono. A ABNT NBR 15948:2011 - Mercado voluntário de carbono - Princípios, requisitos e orientações para comercialização de reduções verificadas de emissões, torna o mercado brasileiro mais transparente e seguro. Essas qualidades certamente irão alavancar novos negócios sustentáveis. Entendemos que o caminho para a transformação em busca do desenvolvimento sustentável requer a contribuição de todos, sem exceção, e nós, como normalizadores, estamos colocando nosso know-how a serviço do planeta. Se cada um fizer a sua parte, sem dúvida conseguiremos garantir um futuro digno às gerações que estão por vir.

Ricardo Fragoso Diretor-geral


COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO: Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTec), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Conselho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FISCAL Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar CONSELHO TÉCNICO: Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38) DIRETORIA EXECUTIVA: Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso (rfragoso@abnt.org.br) / Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior (csamorim@abnt.org.br) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme

[ Índice ] 03 [ Capa ]

Tempo de repensar o mundo

12 [ Entrevista ]

Consciência ambiental e visão de futuro

15 [ Artigo ]

Sustentabilidade nas micro e pequenas empresas

16 [ Institucional ] Tempo de aniversário Visita da VDMA ISO homenageia Comitês Técnicos Cema é nova parceira da ABNT Maior acesso às normas técnicas A marca ABNT em evidência

Teixeira (odilao.teixeira@abnt.org.br)

22 [ Dúvidas ]

ESCRITÓRIOS:

23 [ Consumidor ]

Tolstoy De Simone (eugenio@abnt.org.br)/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista

Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 (atendimento.rj@abnt.org.br) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 (atendimento.sp@abnt.org.br) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 (atendimento.bh@abnt.org.br) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/ DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 (atendimento.df@abnt.org.br) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento. pr@abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento.pr@abnt. org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/ RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@abnt.org. br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/BA – Telefone: (71) 3329-4799 (atendimento.ba@abnt.org.br) EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT: Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares / Número Avulso: R$ 10,00 / Assinatura: eventos@abnt.org.br / Assinatura Anual: R$ 100,00 / Publicidade: eventos@abnt.org.br / Redação: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Bianca Vendrame / Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Coordenação: Laila Pieroni / Revisão: Claudia D’Elia / Boletim ABNT: Setembro 2011 – Volume 9 – Nº109 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: Liete Lucas Pereira (lietelucas@gmail.com) / Impressão: Type Brasil. PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA: www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

Proteção indispensável

24 [ Turismo e Normalização ]

A importância das Normas Brasileiras para o Turismo de Aventura e Ecoturismo

25 [ Notícias ]

Um fórum para os laboratórios de móveis Articulação Nacional da ABNT tem novo gerente Gestão de energia é tema de novo curso ABNT e Sebrae capacitam agentes de inovação Brasil é destaque na reunião do ISO/TC 155

28 [ Foco na MPE ]

Beliches mais seguros

30 [ Notícias da Normalização ] 31 [ Fique por Dentro ] 36 [ Certificações ]


[ Capa ]

Tempo de repensar o mundo Normas técnicas sobre gestão ambiental e sustentabilidade auxiliam organizações a obter mais eficiência na produção e a causar menos impacto ao planeta.

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Essa avaliação é determinada por critérios ambientais discutidos e formulados pelo Grupo de Rotulagem Ambiental, do Comitê Técnico de Certificação (ABNT/CTC-20). O grupo é associado à Global Ecolabelling Network (GEN), entidade que elabora requisitos ambientais internacionais para a rotulagem ecológica de produtos e serviços. “Os principais critérios são desenvolvidos considerandose os principais impactos ambientais do ciclo de vida [extração de recursos, produção, embalagem, distribuição, utilização e descarte] de produtos ou serviços”, informa o presidente da GEN, Robin Taylor. Segundo ele, o rótulo ambiental facilita a identificação pelo consumidor de que o produto é “ambientalmente preferível” e que suas características foram verificadas de forma independente.

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O Programa de Rotulagem Ambiental da ABNT é uma certificação voluntária de terceira parte de produtos ou serviços. “Por meio de uma marca afixada no produto ou na embalagem, a ABNT atesta que o

Andreia Mendonça de Oliveira, coordenadora técnica do Programa de Rotulagem Ambiental da ABNT

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Rotulagem Ambiental

seu impacto ambiental é menor em relação ao de outros disponíveis no mercado”, explica Andreia.

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m 2010, o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), no qual o Brasil está representado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), lançou o relatório Visão 2050 - A Nova Agenda para as Empresas, elaborado por multinacionais de 14 setores da indústria e contando ainda com a colaboração de governos e sociedade civil. No documento, um alerta: para assegurar qualidade de vida de 9 bilhões de pessoas (estimativa para os próximos 40 anos) sem causar danos à biodiversidade, ao clima e ao ecossistema, as empresas terão de repensar seus produtos, serviços e estratégias, produzindo com mais eficiência e menos impacto ambiental. As boas práticas ambientais serão, cada vez mais, diferenciais de competitividade nos mercados. Para dar conta do desafio, as organizações encontram suporte em organismos internacionais de normalização, como a International Organization for Standardization (ISO), e nacionais, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que disponibilizam normas sobre gestão ambiental, eficiência energética, mercado voluntário de carbono e sustentabilidade. Muitas empresas já possuem a certificação ambiental, conforme a ABNT NBR ISO 14001:2004 - Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso. Agora, elas buscam selos ecológicos para seus produtos, aderindo a programas de rotulagem ambiental, como o desenvolvido pela ABNT. Organizações que demonstram responsabilidade ambiental estão angariando pontos junto aos clientes. “Ao comprar produtos de uma empresa que possui rótulo ecológico, o consumidor prestigia a prática do consumo ambientalmente consciente, levando em conta a sustentabilidade”, ressalta a coordenadora técnica do Programa de Rotulagem Ambiental da ABNT, Andreia Mendonça de Oliveira.


[ Capa ] “Ao comprar produtos de uma empresa que possui rótulo ecológico, o consumidor prestigia a prática do consumo ambientalmente consciente”

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O professor Júlio Domingos Nunes Fortes, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FEN/UERJ), considera importante a participação da academia no ABNT/CTC-20. “Entendemos que a integração da universidade com os órgãos definidores de qualidade tecnológica e ambiental é fundamental para a sociedade”, ele declara.

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Júlio Domingos Nunes Fortes, professor da UERJ

O Programa de Rotulagem Ambiental da ABNT é direcionado a produtos de diferentes ramos de atividades, como cosméticos, aço para construção civil, tecido de decoração, produto e serviço gráfico, mobiliário de escritório, reciclagem de solução de baterias usadas, entre outros. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também participa do ABNT/CTC-20, fornecendo subsídios técnicos legais para a elaboração dos critérios ambientais propostos. “Além de uma maior inserção no mercado internacional, o rótulo ecológico proporciona à empresa vantagens organizacionais, redução de custos, minimização de acidentes e maior competitividade”, enfatiza a analista ambiental da Coordenação de Controle de Resíduos e Emissões do Ibama, Flávia Lemos Sampaio Xavier.

liar os produtos acabados, todas as matérias-primas e embalagens foram submetidas a critérios específicos para garantir que o ciclo de vida fosse sustentável”, revela a gerente de Marketing e Vendas da Gojo, Daniely Morato. O diretor da Gojo América Latina, Flávio Leal, espera que o rótulo ecológico auxilie os clientes a fazerem escolhas sustentáveis. “Conquistar o selo ABNT é um marco importante para a nossa jornada de sustentabilidade e ajuda a demonstrar o nosso investimento constante, dedicação e compromisso com questões ambientais globais”, ressalta. No ramo de produção e desenvolvimento de cabos metálicos e ópticos, fibras ópticas e acessórios para os setores de telecomunicações e tecnologia da informação, a Furukawa Industrial S.A. Produtos Elétricos já disponibiliza no mercado uma linha de produtos ecológicos e recentemente aderiu ao Programa de Rotulagem Ambiental da ABNT. “Sabemos da importância de operar de maneira sustentável, valorizando a qualidade e protegendo o meio ambiente”, comenta a gestora da área de gestão da qualidade e meio ambiente da Furukawa, Jane Regina de Barros. Segundo Jane, a conquista do selo ambiental da ABNT traz uma série de benefícios, entre eles o reconhecimento e a diferenciação no mercado como empresa preocupada com os impactos ambientais. O coordenador de sistema de gestão integrada da Beaulieu do Brasil, empresa fabricante de carpetes e distribuidora de piso vinílico, Marcio Alves, é da mesma opinião. “A obtenção do Rótulo Ambiental da ABNT evidencia aos nossos colaboradores, clientes, fornecedores e à sociedade nossa real preocupação com o meio ambiente, destacando assim nossos produtos no mercado”, ele afirma.

Na dianteira Fabricante de produtos para a promoção de saúde da pele e soluções em higiene para diversos ambientes, a Gojo Industries Inc. foi a primeira empresa a receber o Rótulo Ecológico da ABNT, com o higienizador Purell (em gel e espuma) e o sabonete em espuma Gojo. “O processo da ABNT foi rigoroso. Além de ava-

Daniely Morato, gerente de Marketing e Vendas da Gojo


[ Capa ] “Conquistar o selo ABNT é um marco importante para a nossa jornada de sustentabilidade”

Só benefícios

Marcio Alves, coordenador de sistema de gestão integrada da Beaulieu do Brasil

A nova norma fornecerá orientação no desenvolvimento, implementação e manutenção de um SGA, com o grande diferencial de que as empresas poderão implantar o sistema por etapas. Sua ado-

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Luis Madella, gerente de Sustentabilidade e Assuntos Institucionais da International Paper

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Para Antônio José Juliani, do Departamento de Normas e Competitividade do Comércio Exterior (Denoc), vinculado à Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o produto que é rotulado ambientalmente tem acesso facilitado ao mercado internacional. Ele observa:“Consumidores europeus, norte-americanos, japoneses, entre outros, utilizam a rotulagem ambiental para orientar suas compras e preferem produtos cujos processos produtivos respeitem normas ambientais”. Em 2007, a Secex/MDIC assinou o Projeto de Cooperação sobre Rotulagem Ambiental com a União Europeia e com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). “O objetivo é aumentar a competitividade de produtos brasileiros em mercados mundiais por meio da capacitação de representantes do governo e do setor privado nacional, responsáveis pela adaptação da indústria”, explica Juliani. O projeto, concluído em julho deste ano, previa a certificação de empresas que exportassem papel para cópia e impressão para a União Europeia, certificando-as também com o Rótulo Ambiental da ABNT. “Com a meta alcançada, certificamos a International Paper do Brasil com o rótulo ecológico da União Europeia (Flower) e o rótulo ambiental da ABNT, simbolizado por um beija-flor”. Depois de três anos trabalhando no projeto de rotulagem ambiental, a International Paper comemora. “Este selo representa o nosso compromisso com o meio ambiente e a sustentabilidade de nossos processos produtivos. Além disso, antecipa a tendência de consumo por produtos ambientalmente sustentáveis e complementa o nosso portfólio, gerando um diferencial competitivo”, destaca o gerente de Sustentabilidade e Assuntos Institucionais, Luis Madella.

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Valor no comércio internacional

Segundo Haroldo Mattos de Lemos, superintendente do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB-38), com estrutura semelhante ao ISO/TC 207 - Environmental management, no Brasil já existem mais de quatro mil empresas certificadas conforme a ABNT NBR ISO 14001:2004. “A aplicação de normas de sistemas de gestão ambiental economiza matéria-prima, energia e água, e ainda faz com que a empresa produza menos resíduos a serem tratados”, garante Lemos. Além de beneficiar o meio ambiente, há outro forte argumento para as organizações implementarem um sistema de gestão ambiental (SGA). “A empresa consegue produzir a mesma quantia que produzia antes gastando menos. A redução de custos na produção pode ser revertida num preço de venda menor, tornando a empresa mais competitiva”, analisa Lemos. Pequenas e médias empresas também contarão com um importante auxílio para implantarem seus sistemas de gestão ambiental conforme a ABNT NBR ISO 14001:2004. Isso ocorrerá a partir da publicação da ABNT NBR ISO 14005 – Sistemas de gestão ambiental – Diretrizes para a implementação em etapas de um sistema de gestão ambiental, incluindo o uso de avaliação de desempenho ambiental.


[ Capa ] “A aplicação de normas de sistemas de gestão ambiental economiza matéria-prima, energia e água, e ainda faz com que a empresa produza menos resíduos a serem tratados”

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ção está sendo feita pela Comissão de Estudo de Sistemas de Gestão Ambiental (CE-38:001.01) do ABNT/CB-38. A previsão é de que a norma seja publicada no próximo ano.

Haroldo Mattos de Lemos, superintendente do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB-38)

Na 18ª reunião plenária anual do ISO/TC 207, realizada em Oslo, Noruega, nos dias 25 de junho a 1º de julho, o grupo traçou novos desafios. “Vamos iniciar a revisão da ISO 14001 e tivemos a primeira reunião para desenvolver a norma de pegada de água (water footprint). Esta norma é de grande interesse das empresas, pois mede a quantidade de água usada na fabricação de produtos”, adianta o superintendente do ABNT/CB-38.

Pegada de carbono Na plenária na Noruega foi também discutido o andamento da norma de pegada de carbono para produtos, a ISO 14067, que vem sendo elaborada pelo Subcomitê ISO/TC 207/SC-7, do qual a ABNT mantém como espelho o Subcomitê de Mudanças Climáticas (SC-07). “A norma é baseada na análise do ciclo de vida dos produtos”, ressalta Alexandre Valadares Mello, superintendente de Sustentabilidade Corporativa da V&M do Brasil, coordenador do Comitê de Clima do Conselho de Empresários de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e coordenador do SC-07, do ABNT/CB-38. Com previsão de publicação até o final de 2012, a norma poderá ser aplicada a produtos que tenham início, meio e fim. “A partir do momento que se conhecem as emissões de gases de efeito estufa (GEE)

em todas as fases de elaboração de um produto, ficam evidentes as fontes de emissões para evitá-las ou minimizá-las”, ressalta Mello. Outra norma que auxiliará as empresas a quantificarem suas emissões de GEE, desde sua criação, passando pelos inventários de emissões até sua fase atual, é a ISO 14069, sobre pegada de carbono para organizações, também em fase de elaboração. No Comitê Técnico da ISO foram desenvolvidas normas sobre emissões e reduções de GEE, algumas delas já adotadas no Brasil, como a ABNT NBR ISO 14064:2007 - Gases de efeito estufa. O documento possui três partes: Parte 1: Especificação e orientação a organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa; Parte 2: Especificação e orientação a projetos para quantificação, monitoramento e elaboração de relatórios das reduções de emissões ou da melhoria das remoções de gases de efeito estufa; e Parte 3: Especificação e orientação para a validação e verificação de declarações relativas a gases de efeito estufa.

Créditos de carbono A intensificação e a concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera não permitem a adaptação climática do planeta na mesma velocidade, ocasionando o aquecimento global. Uma forte aliada na luta para a redução das emissões de GEE no mundo tem sido a Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1997, a entidade estabeleceu o Protocolo de Kyoto, documento que impõe metas de redução de emissões de gases de efeito estufa aos países signatários e estabelece um mercado de comercialização de emissões de GEE, gerando créditos de carbono.

Alexandre Valadares Mello, coordenador do Subcomitê de Mudanças Climáticas do ABNT/CB-38


[ Capa ] Ainda em elaboração, a ISO 14069, sobre pegada de carbono, auxiliará as empresas a quantificarem suas emissões de gases de efeito estufa res, dedicados também ao desenvolvimento de requisitos e orientações para a realização de eventos. Desde 2010, a Comissão de Estudo Especial de Sustentabilidade na Gestão de Eventos (ABNT/CEE-142) vem contribuindo, como espelho do comitê ISO/PC-250, na elaboração da ISO 20121, sobre Sistema de Gestão da Sustentabilidade de Eventos. Sua publicação está prevista para 2012, ano em que acontecerá a Olimpíada, em Londres, Inglaterra.

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Tiago Ricci, membro da Comissão de Estudo Especial de Mercado Voluntário de Carbono (ABNT/CEE-146)

A norma poderá ser aplicada a todos os tipos de eventos. Quais impactos os resíduos sólidos de um evento podem gerar para o ambiente, a economia e a sociedade? Como evitá-los ou reduzi-los? Que destinação dar eles? Como garantir que o evento permita um maior acesso de pessoas com deficiência? “Por meio desse sistema de gestão, as empresas farão questionamentos referentes aos possíveis impactos de sustentabilidade e saberão como tratá-los”, revela o coordenador da ABNT/CEE-142, Daniel de Freitas Costa. O coordenador frisa que todo esse processo de gestão deve priorizar o comprometimento e engajamento das partes envolvidas. “Somente com esse envolvimento é que podemos desenvolver uma ação sustentável de fato”, ele ressalta. Marco Antonio Fujihara, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Mercado Voluntário de Carbono (ABNT/CEE-146)

Sustentabilidade em eventos Qualquer ação do homem gera impacto ambiental. Essa realidade tem merecido a atenção dos normalizado-

Embalagens e meio ambiente O setor de embalagens busca aprimorar a integração dos aspectos ambientais no projeto e no desenvolvimento de seus produtos, minimizando assim os impactos ambientais. “A embalagem é um componente presente em todas as cadeias produtivas, inclusive no comércio in-

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Países que não foram citados no documento, chamados de “não anexos”, entre eles Brasil, China e Índia, não têm obrigatoriedade legal de diminuir suas emissões de GEE, mas muitos deles assumiram o compromisso de fazê-lo, inclusive com a comercialização de créditos de carbono no sistema conhecido como mercado voluntário de carbono. Com o objetivo de estabelecer parâmetros mínimos necessários para a atuação nesse mercado, foi publicada a ABNT NBR 15948:2011 - Mercado voluntário de carbono — Princípios, requisitos e orientações para comercialização de reduções verificadas de emissões, também com uma versão em inglês. “Existem várias normas internacionais, mas precisávamos ter uma brasileira. Esta norma dará credibilidade ao mercado voluntário de carbono”, acredita o coordenador da Comissão de Estudo Especial de Mercado Voluntário de Carbono (ABNT/CEE-146), Marco Antonio Fujihara. A ABNT NBR 15948:2011 pode ser utilizada por todos os agentes desse segmento: compradores, vendedores, registradores, desenvolvedores de projetos e certificadores. “Ao se regular um mercado com normas que trazem os parâmetros mínimos necessários, este se torna mais padronizado, seguro, transparente e, consequentemente, com maior liquidez”, argumenta o sócio da Ludovino Lopes Advogados e membro da ABNT/CEE-146, Tiago Ricci.


[ Capa ] “A ABNT NBR 15948:2011 dará credibilidade ao mercado voluntário de carbono”

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ternacional de produtos”, afirma a diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagens (Abre) e superintendente do Comitê Brasileiro de Embalagem e Acondicionamento (ABNT/CB-23), Luciana Pellegrino.

Segurança química A preocupação com a segurança na área química também vem crescendo em nível mundial. “As discussões giram em torno da prevenção dos efeitos adversos tanto para o ser humano, quanto para o meio ambiente, decorrentes da produção, armazenagem, transporte, manuseio, uso e descarte de produtos químicos e seus resíduos”, informa Fabriciano Pinheiro, diretor de Gerenciamento de Risco Toxicológico da Intertox e coordenador da Comissão de Estudo de Informações sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente relacionadas a Produtos Químicos (CE-10:101.05), do Comitê Brasileiro de Química (ABNT/CB-10).

Daniel de Freitas Costa, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Sustentabilidade na Gestão de Eventos (ABNT/CEE-142)

A Comissão de Estudo de Embalagem e Meio Ambiente (CE-23:001.05), espelho do ISO/TC 122/SC-4, está participando da elaboração de normas de sustentabilidade para embalagens que sirvam como referência para todo o setor produtivo, órgãos governamentais e a sociedade de modo geral. “Estas normas também vão servir de referência para que as relações internacionais, quando envolverem algum direcionamento sobre embalagens e meio ambiente, tenham um alinhamento comum já discutido entre as nações, visando criar uma relação saudável no comércio de diretrizes, que sejam compatíveis com os diferentes níveis de desenvolvimento dos países ao redor do mundo”, explica Luciana.

Luciana Pellegrino, superintendente do Comitê Brasileiro de Embalagem e Acondicionamento (ABNT/CB-23)

Fabriciano Pinheiro, coordenador da Comissão de Estudo de Informações sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente relacionadas a Produtos Químicos, do ABNT/CB-10

Segundo Pinheiro, as normas elaboradas nesta Comissão fornecem orientações para que se estabeleça a classificação de perigo de produtos químicos e/ou resíduos químicos. Os documentos normativos ainda auxiliam na elaboração de relatórios (fichas com dados de segurança e rótulos) para comunicar ao usuário ou manipulador destes produtos ou resíduos informações sobre proteção, segurança, saúde e meio ambiente. Outra área de destaque na luta pela preservação ambiental é a Ecotoxicologia, que estuda os efeitos de agentes químicos, físicos, biológicos, antropogênicos (causados pela ação do homem) ou naturais, em determinados organismos vivos. A Comissão de Estudo Especial de Análises Ecotoxicológicas (ABNT/CEE-106) tem 18 normas publicadas.


[ Capa ] “Normas sobre manejo florestal orientam as empresas a se relacionarem de forma justa, ética e socialmente responsável com comunidades no entorno das florestas” A bióloga Marcia Regina Gasparro, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo - Laboratório de Ecotoxicologia Marinha e Microfitobentos e coordenadora da ABNT/CEE-106, exemplifica como as normas técnicas podem ser aplicadas na prática. “Uma das maiores fontes de poluição do ambiente aquático é o lançamento de efluentes domésticos ou industriais, que possuem uma diversidade enorme de produtos químicos potencialmente tóxicos. Esse efeito pode ser comprovado com os ensaios ecotoxicológicos”. Por essa razão, esses ensaios têm sido uma ferramenta importante no gerenciamento ambiental.

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adotar práticas sustentáveis na extração de madeira, ou seja, respeitando os aspectos ambientais e sociais. A ABNT/CEE-103 já elaborou seis normas sobre o tema. “Além da preocupação em evitar o desmatamento, essas normas também orientam as empresas a se relacionarem de forma justa, ética e socialmente responsável com comunidades no entorno das florestas”, ressalta Laprovitera. O gerente de Sistema de Gestão da Fibria Celulose S/A, Sandro Bressan Pinheiro, participa ativamente da ABNT/CEE-103. Segundo ele, tem sido uma rica troca de conhecimentos. “As normas permitem o desenvolvimento sustentável de uma empresa, gerando lucros, sem agredir o meio ambiente e provendo benefícios à sociedade”, enfatiza. Além das certificações em conformidade com as ABNT NBR ISO 9001 e ABNT NBR ISO 14001, as operações florestais e industriais da Fibria possuem selos ambientais segundo os critérios do Forest Stewardship Council (FSC) e do Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor).

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Marcia Regina Gasparro, coordenadora da Comissão de Estudo Especial de Análises Ecotoxicológicas (ABNT/CEE-106)

“Os resultados dessas análises possibilitam que se conheça mais profundamente a área potencialmente afetada, fornecendo subsídios necessários para uma tomada de decisão por parte dos órgãos fiscalizadores”, ressalta a coordenadora.

Sustentabilidade nas florestas Como produzir artigos que têm a madeira como matéria-prima de forma sustentável, sem causar a exaustão dos recursos florestais? “A resposta está no manejo florestal sustentável”, revela Robson Laprovitera, gerente de Planejamento Florestal da International Paper do Brasil e coordenador da Comissão de Estudo Especial de Manejo Florestal (ABNT/CEE-103). O manejo florestal é a técnica pela qual um produtor gerencia seu empreendimento, buscando

Robson Laprovitera, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Manejo Florestal (ABNT/CEE-103)

Em 1996, a Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS) e a ABNT firmaram convênio para elaborar os critérios do Cerflor, programa que tem como base Normas Brasileiras e é integrado ao Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).


[ Capa ] “A adoção de práticas que visem à conservação e a responsabilidade ambiental, consumo racional, eficiência tecnológica e responsabilidade social deve fazer parte de qualquer planejamento estratégico” “A certificação florestal engloba, além da certificação do manejo florestal, a certificação da origem do produto florestal, também chamada cadeia de custódia, na qual todas as etapas do processo, desde a extração da matéria-prima na floresta até o produto final, são monitoradas”, explica a secretária-executiva do Cerflor/Inmetro, Maria Teresa R. Rezende. Empresas, governos e a sociedade civil têm se preocupado cada vez mais com o meio ambiente e com a sustentabilidade, empenhando-se na busca do equilíbrio entre o que é consumido e o que a natureza pode prover. “A adoção de práticas que a visem à conservação e a responsabilidade ambiental, consumo racional, eficiência tecnológica e responsabilidade social deve fazer parte de qualquer planejamento estratégico. Entender estas questões vai estabelecer a diferença entre aqueles que vão

sobreviver e os que vão sucumbir na nova economia”, conclui o membro da Comissão de Estudo Especial de Mercado Voluntário de Carbono, Tiago Ricci

Maria Teresa R. Rezende, secretária-executiva do Cerflor do Inmetro

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a gestora do processo de elaboração de Normas Brasileiras e é representante oficial da International Organization for Standardization (ISO) no Brasil. A ABNT é também um organismo certificador de sistemas, produtos e pessoas. ABNT Catálogo ( Aquisição de Normas) A ABNT disponibiliza Normas Brasileiras (NBR), Mercosul (NM) e de entidades internacionais e estrangeiras ( ISO, IEC, ASTM, BSI, DIN, NFPA, entre outras). Solicite um orçamento sem compromisso. atendimento.sp@abnt.org.br ABNT Coleção Serviço de visualização, atualização automática, impressão e gerenciamento de Normas Técnicas ABNT e MERCOSUL via web, atendendo a todos que precisam utilizar normas técnicas com frequência, permitindo a contratação de uma coleção customizada para cada empresa. comercialnet@abnt.org.br CURSOS Estruturados para a aplicação das versões mais atualizadas das normas técnicas. Têm carga horária de 8,16 e 24 horas, cada um

deles tratando de um tema específico com o objetivo de atualizar o conhecimento e atender às necessidades focalizadas. Ministramos também cursos in company, onde as empresas economizam e proporcionam treinamento uniforme para equipe. cursos2@abnt.org.br CERTIFICAÇÃO A ABNT é um Organismo Certificador acreditado pelo Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade (SBAC), podendo oferecer Certificações ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001, Responsabilidade Social ABNT NBR 16001, Rotulagem Ambiental, Produtos destinados a diversos Setores, Pessoas e diversos Sistemas de Gestão, como Turismo de Aventura e Meios de Hospedagem. certificação @abnt.org.br

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24/08/2011 14:48:19



[ Entrevista ]

Consciência ambiental e visão de futuro O diretor titular do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp, Nelson Pereira dos Reis, considera a indústria brasileira um exemplo nas práticas de desenvolvimento sustentável.

boletim ABNT

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N

unca se falou tanto em desenvolvimento sustentável, preservação do meio ambiente, redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), gestão de energia e reuso de água, como nos dias de hoje. Essas inquietações servem de incentivo para importantes discussões entre governos, academia, empresas e a sociedade em geral. Em meio a esse movimento, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra seu pioneirismo, com a atuação de mais de 30 anos do Departamento de Meio Ambiente (DMA) na conscientização do setor a respeito de práticas sustentáveis. “A missão do DMA é promover as relações entre produção e meio ambiente ao estado de excelência, como fator de competitividade, enfatizando na prática o desenvolvimento sustentável, defendendo e conciliando os interesses e negócios da indústria”, ressalta o vice-presidente da Fiesp e diretor titular do DMA, Nelson Pereira dos Reis. Entre as ações de destaque desenvolvidas pelo DMA está a Semana de Meio Ambiente, evento anual no qual são realizados seminários, oficinas e workshops, com a participação de técnicos nacionais e internacionais, organizações não governamentais (ONG), órgãos públicos e academia, apresentando o que há de mais atual na temática ambiental. “O estado de São Paulo possui aproximadamente 120 mil empresas (60% são micro e pequenas). Praticamente todas desenvolvem ações voltadas para minimizar os impactos ambientais”, informa o diretor titular do DMA. Nesta entrevista ao Boletim ABNT, Reis aborda questões como a Política Nacional de Resíduos Sólidos,

Nelson Pereira dos Reis, diretor titular do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp

os impactos que as mudanças ambientais podem causar aos negócios, a importância das normas técnicas ambientais para o setor e o avanço da indústria brasileira na prática do desenvolvimento sustentável. Como a indústria recebeu a Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada no ano passado? Desde o início das discussões, a Fiesp se posicionou de forma a de-

fender que o Brasil necessitava de um marco regulatório nacional, que estabelecesse diretivas gerais para a gestão dos resíduos sólidos, tendo como principal objetivo nortear as ações dos estados e municípios. O tema é polêmico e foi evidenciado pelos 21 anos de tramitação no Congresso, pois envolve não somente a discussão ambiental, como também a social, a econômica, a educacional, entre outras. A lei sancionada em agosto de 2010 traz várias ino-


[ Entrevista ] “Inúmeras indústrias mudaram sua matriz energética de combustíveis derivados de petróleo para gás natural e obtiveram uma redução na emissão de gases de efeito estufa para níveis abaixo dos registrados no ano de 1990”

No caso específico da influência da mudança do clima, considerando-se que as previsões dos cientistas sejam concretizadas, os setores produtivos terão sérios problemas advindos do aumento da frequência de eventos climáticos extremos (como excesso ou escassez de chuvas, enchentes, deslizamentos, tornados, aumento de temperatura), onerando o custo da produção em toda a cadeia produtiva. Somada a esses aspectos físicos, há também a criação e implementação de leis que, para evitar o aumento de emissões de GEE, tendem a onerar ainda mais os negócios. Cabe ressaltar que, no Brasil, a indústria tem pouca participação na emissão desses gases, sendo o desmatamento e a emissão do setor de transporte os maiores responsáveis. Nesse sentido, a maior parte dos setores industriais há anos já está mobilizada no sentido de reduzir essas emissões, com muitos deles sendo exemplos mundiais. Quais são as características de uma indústria comprometida com o desenvolvimento sustentável? Uma indústria que busque entrar no contexto deste novo modelo de desenvolvimento sustentável é aquela cuja alta administração se compromete a estabelecer e praticar políticas ambiental e social integradas à sua política de crescimento econômico e financeiro, bem como com sua política de qualidade. Trata-se de uma organização que, para praticar sua política para a sustentabilidade, deve estabelecer uma gestão integrada, de forma a criar sinergia entre as várias ações, inicia-

Como as micro e pequenas empresas estão atuando nesse sentido? A definição de políticas de sustentabilidade e a adoção de gestão integrada, que buscam atender às expectativas do desenvolvimento sustentável, podem, teoricamente, ser aplicadas a organizações de qualquer tipo e porte. Mas, mesmo mais conscientes e engajadas nas questões ambientais, na prática, nota-se que as pequenas e microempresas têm mais dificuldades em praticar uma gestão para a sustentabilidade, em razão da escassez de recursos financeiros e humanos, bem como da falta de capacitação. Uma ausência importante no mercado para as micro e pequenas empresas é a de linhas de financiamento específicas e acessíveis para adotar os novos modelos de gestão visando ao desenvolvimento sustentável. De que forma a indústria se beneficia ao adotar práticas sustentáveis? Com práticas nos campos social, econômico e ambiental, a indústria se integra à sociedade, promovendo benefícios sociais e econômicos, diretos e indiretos, demonstrando a necessidade de sua sobrevivência e crescimento controlado, de forma a perpetuar os benefícios. Além disso, reduz, a médio e longo prazos, custos operacionais relativos a consumo de energia, demais recursos naturais e de matérias-primas, por exemplo, bem como com a otimização de seus processos e adequação de seus produtos, que se tornam mais corretos do ponto de vista ambiental e social. Ao promover uma comunicação séria e comprometida com valores relacionados com o desenvolvimento sustentável, a indústria consegue mobilizar o con-

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Este tema vem sendo tratado pelo DMA há alguns anos e, desde o ano passado, a ele agregaram-se os Departamentos de Competitividade, Relações Internacionais, Energia e Agronegócios, formando o nosso Comitê de Mudança do Clima. O DMA consolidou uma divisão específica para tratar desse assunto, composta por diretores e técnicos, que vêm desenvolvendo um plano de trabalho focado na divulgação e capacitação dos setores industriais para atender não somente às legislações que surgiram sobre o tema, como também para incentivar a indústria - sobretudo as micro, pequenas e médias - a realizar seus inventários de emissões e sua gestão dos gases de efeito estufa. Pelos inventários realizados em 2008 pelos governos federal e do estado de São Paulo, a indústria emite aproximadamente 5% dos gases de efeito estufa. Em termos práticos, inúmeras indústrias mudaram sua matriz energética de

De que forma as mudanças climáticas impactam nos negócios?

tivas e metas, sejam de qualidade, econômico-financeiras, ambientais e sociais, bem como resultados concretos.

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O senhor tem uma estimativa das emissões de gases de efeito estufa (GEE) pela indústria brasileira?

combustíveis derivados de petróleo para gás natural e obtiveram uma redução na emissão de GEE para níveis abaixo dos registrados no ano de 1990.

boletim ABNT

vações ao implementar, por exemplo, o conceito da logística reversa e os acordos setoriais. Propõe-se a organizar as informações sobre o gerenciamento de resíduos sólidos, independentemente da origem ou classificação, por meio do sistema de informações, e traz a figura dos Planos de Resíduos, como um instrumento de planejamento para o setor. O ponto mais frágil da lei ficou por conta dos incentivos econômicos, que praticamente foram alijados da discussão. A implementação da lei terá um custo para toda a sociedade, especialmente quando se tratar de produtos que possuam menor potencial de reciclabilidade. Podemos afirmar que uma parcela significativa do setor industrial paulista está preparada, porém, ainda temos um longo caminho a percorrer no intuito de englobar toda a atividade industrial.


[ Entrevista ] “Considerando-se que as previsões dos cientistas sejam concretizadas, os setores produtivos terão sérios problemas advindos do aumento da frequência de eventos climáticos extremos” sumidor, conscientizando-o para o consumo de produtos que atendam a critérios de sustentabilidade. Com isso, pode melhorar sua posição no mercado, sua imagem e promover diferenciação, levando outras empresas e indústrias a um novo patamar de competitividade, que leva em consideração as questões socioambientais, além das econômicas e de qualidade.

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Quais são os benefícios para o consumidor ao adquirir produtos de empresas que buscam a sustentabilidade? Para o consumidor, os benefícios são obviamente múltiplos, desde a conscientização sobre as questões de sustentabilidade até a concretização de ações no rumo do consumo responsável e da mudança nos padrões de consumo. De forma encadeada, uma mudança no padrão de consumo leva a uma mudança nos padrões de produção. Então, se a indústria colocar em prática ações em busca da sustentabilidade, mobiliza o consumidor que volta a mobilizar o setor produtivo, compondo-se assim o cenário da transformação definitiva no modelo de desenvolvimento. A ABNT adotou um conjunto de normas voltadas para a gestão ambiental (série ABNT NBR ISO 14000). Qual a importância desses documentos normativos para a indústria? As Normas Internacionais para gestão ambiental são importantes, pois buscam nivelar o mercado internacional por meio de padrões conceituais e requisitos de gestão, obtidos do consenso dos países membros da ISO e especificamente de seu comitê técnico ambiental, no caso desta série ambiental. Desta forma, busca-se neutralizar iniciativas isoladas que, por mais bem intencionadas que sejam, possam gerar discriminação das organizações de diversos países no comércio internacional.

A Fiesp participa do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/ CB-38). Como se dá essa atuação? A Fiesp é mantenedora da ABNT e do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental. Tem contribuído há quase 20 anos com a manutenção e sobrevivência deste órgão normalizador nacional, por entender que, como ocorre em quase todos os países do mundo, o Brasil deve ter seu órgão representante na ISO, bem como, em termos nacionais, deve ter um órgão com credibilidade internacional para criar nossas próprias normas, refletindo particularidades locais e de suas organizações, sejam governamentais, privadas ou do terceiro setor. O DMA coordena o Subcomitê 09 (ABNT-CB-38/SC-09), que trata de normas, projeto e desenvolvimento de produtos, inserindo-se as questões ambientais sob a óptica do ciclo de vida de produtos. Como o senhor avalia a iniciativa das empresas de buscar a certificação ambiental para seus produtos, como o Rótulo Ecológico ABNT? As empresas têm conduzido suas iniciativas relacionadas à rotulagem ambiental de forma muito objetiva, buscando selos que mais respondam às suas demandas de mercado, ou que mais manifestem claramente os valores ambientais e de sustentabilidade inseridos em seus produtos e às organizações propriamente ditas, de modo a orientar os consumidores e clientes, em especial no mercado internacional, cujas exigências por rotulagem e outros tipos de certificação de produto têm aumentado. Há selos ou sistemas de certificação, em determinados setores, muito amadurecidos e isto se reflete na competência do selo em manifestar os atributos ambientais e de sustentabilidade dos produtos. Estes selos mais aplicáveis e mais demandados pelos setores industriais, em geral,

foram elaborados contando com a participação dos próprios setores industriais. Acreditamos que não poderá haver um selo de produtos bem-sucedido se não for ouvida e aplicada a expertise dos setores industriais aos quais o selo fará referência. Quais são os grandes desafios da indústria com relação ao meio ambiente para os próximos anos? Nossa indústria é um exemplo a ser seguido, inclusive, por suas similares no primeiro mundo. As indústrias brasileiras estão em um patamar bastante destacado em comparação com outros países. O setor sucroenergético já pratica um índice de 95% de reuso de água, o que permitiu reduzir 85% a taxa de captação de água em seu processo industrial, com média de 1m3 por tonelada de cana. Em termos gerais, 98% das empresas possuem treinamento ambiental para seus empregados e 42% utilizam fontes renováveis de energia, entre outros inúmeros exemplos. Tecnologias mais limpas já estão sendo empregadas rotineiramente, visando minimizar impactos e otimizar a produção, utilizando-se menos matériasprimas. A reciclagem de excedentes industriais que servirão como matéria-prima para outro segmento e a utilização de resíduos pósconsumo também são alternativas econômicas e ambientais. Quanto ao aproveitamento dos excedentes industriais, a Bolsa de Resíduos da Fiesp há mais de 20 anos vem estimulando essa prática. O grande desafio é ampliar tudo isso e intensificar a prática nas micro, pequenas e médias empresas. Basicamente, o que deve ser buscado com afinco é a responsabilidade compartilhada (sociedade, indústria e governos), com novos padrões de produção e consumo e mudanças culturais. Em essência, desenvolvimento sustentável


[ Artigo ]

Sustentabilidade nas micro e pequenas empresas * Por Armando Augusto Clemente

O

 Promoção

e disseminação da cultura da tecnologia e da inovação ambiental no âmbito dos pequenos negócios.

 Capacitação

de pequenos negócios, com foco na sustentabilidade.

 Fomento

ao empreendedorismo inovador e sustentável.

 Alavancagem

de recursos voltados para a aplicação em inovação, meio ambiente e tecnologia para os pequenos negócios.

 Apoio

aos eventos de difusão de informações e tecnologias ambientais, pautados em temas de interesse das micro e pequenas em-

* Armando Augusto Clemente é diretor de Produtos e Atendimento do Sebrae/RJ.

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de parcerias estratégicas para o estabelecimento de políticas públicas que levem à construção de ambiente favorável para o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas e dos empreendedores individuais.

Na área de políticas públicas, a atuação do Sebrae é levar à prática a Lei Geral das micro e pequenas empresas com foco no tratamento diferenciado, propondo medidas simplificadoras para o licenciamento ambiental. Na questão dos resíduos, o Sebrae tem apoiado a estratégia de redução do desperdício e a lógica do reuso e da reciclagem de materiais, como oportunidade de negócios. Desde 1999, o Sebrae, com apoio de parceiros, possibilita que a metodologia da produção mais limpa seja transmitida também às micro e pequenas empresas. Trata-se de uma avaliação técnica, econômica e ambiental dos processos e identificação de oportunidades. Na implantação da gestão ambiental nas micro e pequenas empresas, existe o apoio com capacitação e consultoria. Outra metodologia do Sebrae consiste na análise de possíveis desperdícios, avaliando-se processos, consumo de matérias-primas, insumos, água e energia e os resíduos gerados, apresentando soluções para minimizá-los. Em Eficiência Energética nas micro e pequenas empresas, são abordadas as práticas e técnicas que visam ao uso eficiente da energia. Lançado em abril de 2011, o Centro Sebrae de Sustentabilidade estimulará e apoiará as práticas sustentáveis nas micro e pequenas empresas. Para fomentar as iniciativas de sustentabilidade nas micro e pequenas empresas, foi lançado o Programa SEBRAETec, que subsidia os custos de serviços tecnológicos prestados por

empresas especializadas em tecnologia e inovação, as quais irão buscar soluções para otimizar os resultados da gestão e aperfeiçoar processos ou produtos do segmento empresarial de pequeno porte. No Estado do Rio de Janeiro, o Programa tem a parceria da Rede de Tecnologia e Inovação, que organiza a demanda das micro e pequenas empresas e a oferta dos serviços tecnológicos. A parceria entre o Sebrae e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) contempla o envolvimento e a participação das micro e pequenas empresas no processo de Normalização Nacional e Internacional e a capacitação de técnicos e agentes locais de inovação para apoiar as empresas de pequeno porte na adoção de normas técnicas da ABNT. Outras ações apoiadas pelo Sebrae, com foco na sustentabilidade das micro e pequenas empresas: incubadoras de empresas, comércio justo, design,tecnologia da informação, alimentos seguros, metrologia e agricultura orgânica

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 Articulação

presas, contribuindo para o aprimoramento do ambiente externo.

boletim ABNT

s pequenos negócios precisam trazer para o cotidiano a discussão da sustentabilidade, com um modelo de desenvolvimento que atenda às necessidades econômicas, sociais, ambientais e tecnológicas. As grandes empresas encabeçam o movimento, mas é impossível pensar em desenvolvimento sustentável sem engajar as cadeias produtivas, formadas por micro e pequenas empresas. Para promover a competitividade e a sustentabilidade no segmento de pequeno porte, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) implementa ações em parceria com instituições governamentais, universidades, centros tecnológicos e associações empresariais:


[ Institucional ]

Tempo de aniversário A ABNT chega aos 71 anos reafirmando seu objetivo de consolidar sua presença no Brasil, conquistando maior reconhecimento no cenário internacional e promovendo a importância da utilização das normas técnicas.

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A

lembrança da celebração dos 70 anos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ainda é tão forte e, no entanto, mais um aniversário chega neste mês de setembro. O tempo parece abreviado em meio às inúmeras atividades e, principalmente, aos projetos que se renovam e apontam, a cada dia, algo que está ali mais adiante para ser alcançado. O presidente Pedro Buzatto Costa comenta que foram muitas as conquistas nestes últimos anos, mas elas precisam ser consolidadas, como um legado para as futuras administrações. “A ABNT cresceu, é respeitada dentro e fora do Brasil, e precisa manter tudo o que conquistou, para que o seu patrimônio traduza a força da instituição e não dos indivíduos que vierem a administrá-la no futuro. Espero que o excelente cenário que temos hoje não seja visto como fruto de apenas uma administração, mas sim como mais uma etapa da trajetória de reconhecimento e prestígio crescentes”, ressalta Buzatto Costa. Para o presidente, o fato de a ABNT ter encontrado meios de sustentação financeira e contar hoje com uma estrutura eficiente é uma das suas mais importantes vitórias. Por isso, neste novo aniversário, ele reitera o desejo de que os tempos virtuosos continuem. “A ABNT deve estar à altura da posição que o Brasil está assumindo no mundo”, enfatiza. O ano de 2011 acena com novas conquistas e entusiasma o diretorgeral, Ricardo Fragoso. “Tivemos um excelente resultado financeiro

no primeiro semestre, e a Certificação foi o carro-chefe do faturamento, confirmando mais uma vez o acerto do planejamento e da política de geração de superávit que adotamos”, ele anuncia. A expectativa é grande com a possibilidade de aquisição de novas instalações em São Paulo, marcando os 71 anos. Mas os projetos estendem-se à conquista de altos postos também na International Organization for Standardization (ISO). “As eleições do Conselho, durante a Assembleia Geral que acontece na Índia e do Technical Management Board (TMB), no mês de setembro, estão concentrando todos os esforços da equipe, pois a disputa é difícil, com vários candidatos para poucas vagas para cargos de importância internacional. A ABNT tem de participar, em busca do seu objetivo de estar entre as lideranças da normalização mundial”, afirma Fragoso. O diretor-geral avisa que, além das metas em curto prazo, já tem outras definidas para médio e longo prazos, como a realização, no Brasil, da Assembleia da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant) e da Assembleia da ISO, em 2012. Ele conclui com uma mensagem: “Meus sinceros agradecimentos para toda a equipe e aos meus colaboradores mais próximos, que abraçaram com muito vigor e dedicação o desafio de recuperar a ABNT e colocá-la no cotidiano do Brasil e do mundo, sempre acreditando em nossa proposta de trabalho de avançar rumo a novas conquistas”.

Valorização da marca Entre os objetivos do diretor de Relações Externas, Carlos Santos Amorim Junior, também está a manutenção de postos relevantes nos órgãos de orientação política tanto da ISO e da Copant, como da International Electrotechnical Commission (IEC) e da Associação Mercosul de Normalização (AMN), além de tornar cada vez mais conhecida e valorizada a marca da ABNT. Para o diretor, é importante que o papel da ABNT no apoio à implementação de políticas públicas seja cada vez mais compreendido e utilizado por órgãos de governo e pelo setor privado, e que os consumidores reconheçam a importância da norma técnica na defesa de seus interesses. Em tempo de aniversário, não faltam desejos e projetos. “Espero que a ABNT possa intensificar as relações internacionais, com novos convênios e intercâmbios, e continuar o trabalho integrado com o Itamaraty e com a Agência Brasileira de Cooperação, em suas políticas de promoção do país. Além disso, que seja mantida a defesa da marca ABNT, consolidando a sua presença em todo o território nacional”, destaca Amorim. Já o diretor técnico da ABNT, Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone, aponta como um dos principais desafios para este ano a atualização do acervo. “Queremos oferecer normas cada vez mais atuais e para isso vamos intensificar a nossa participação no processo de normalização internacional e, consequentemente, adotar os novos documen-


[ Institucional ]

A diretoria da ABNT, juntamente com representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), discutiu com os visitantes a possibilidade de desenvolver trabalhos em

conjunto na área de Normalização. O próximo passo é a análise de Normas Brasileiras e da entidade alemã, para verificar se os trabalhos poderão ser iniciados

Visita da VDMA

D

irigentes da Associação Alemã dos Produtores de Máquinas e Equipamentos (Verband Deutscher Maschinen-und Anlagenbau e.V. – VDMA) visitaram a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), no dia 4 de agosto.

ISO homenageia Comitês Técnicos

A

International Organization for Standardization (ISO) realiza anualmente a premiação Lawrence D. Eicher Leadership Award, que reconhece a atuação de secretarias de Comi-

tês Técnicos com excelência no desenvolvimento de suas atividades dentro da organização. Este ano, a secretaria do ISO/ TC 34, Food Products, a cargo da Associação Brasileira de Nor-

mas Técnicas (ABNT) em parceria com a Association Française de Normalisation (Afnor) é uma das concorrentes. A cerimônia de premiação acontece ao final deste mês,na Índia

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O ideal que fez surgir a ABNT naquele dia 28 de setembro de 1940

inalterada: uma entidade comprometida com o Brasil. “A ABNT tem uma grande missão e, como temos visto ao longo de todos esses anos de nossa associação, é também suficientemente audaciosa para enfrentar os desafios, que não são poucos nem pequenos. Apenas grandes instituições, pautadas pela ética, podem não apenas sobreviver, mas caminhar de cabeça erguida olhando para o futuro, com a coragem e a obstinação tão peculiares àqueles destinados a ver seus objetivos realizados, suas metas alcançadas e sua visão compartilhada com seus pares”, afirma Ceotto. O gerente da Tavex Brasil parabeniza a ABNT pelos 71 anos, na expectativa de que “continue acompanhando as grandes transformações pelas quais estamos passando e ainda outras maiores que, com certeza, enfrentaremos”. Ele complementa: “Sabemos que uma empresa, ou uma instituição, não se faz pelo seu estatuto, mas pelas pessoas que por ela se doam e se comprometem e, por isso, também nos solidarizamos e nos alegramos por mais um ano de vida”.

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Reconhecimento

continua firme, tantos anos depois, cultivado por seus dirigentes, conselheiros, colaboradores e quadro associativo. A importância do Foro Nacional de Normalização é exaltada pela mais nova associada, a Total Acessibilidade, e pela mais antiga, a Tavex Brasil. A Total Acessibilidade, instalada em Santa Catarina, tornou-se associada no dia 10 de agosto deste ano. O diretor comercial, Douglas Almeida, justifica a decisão: “Por saber do grande empenho da ABNT para desenvolver e atualizar as normas técnicas no Brasil, também queremos contribuir com nossas experiências, somando forças para melhorar os requisitos técnicos e a qualidade para a acessibilidade no Brasil. As normas técnicas definem os requisitos mínimos para a segurança e a qualidade de vida das pessoas, o que é fundamental”. Já a Tavex do Brasil está ligada à ABNT desde 31 de janeiro de 1942. Naquela época, era Santista Têxtil e só receberia o novo nome em 2006. De acordo com o gerente de Assistência ao Cliente, Sérgio Ceotto, a forma de ver a ABNT permanece

boletim ABNT

tos como Normas Brasileiras”, ele informa. Ferramentas de tecnologia da informação também serão mais utilizadas, segundo ele, com o objetivo de ampliar a participação da sociedade na elaboração de normas técnicas. Três grandes objetivos para 2011 são apontados pelo diretor adjunto de Negócios, Odilão Baptista Teixeira: “Mobilizar ainda mais as micro e pequenas empresas, para que adotem normas técnicas como fator de competitividade, conforme prevê o convênio que mantemos com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); continuar empreendendo esforços para que as normas sejam disseminadas em universidades e escolas técnicas, estimulando o seu uso entre os futuros profissionais; e sensibilizar governos estaduais e municipais para que utilizem cada vez mais as normas técnicas, facilitando a elaboração de editais”.


[ Institucional ]

Cema é nova parceira da ABNT

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O diretor-geral da ABNT, Ricardo Fragoso, e o representante da Cema, Todd Swinderman, firmam a parceria

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Acordo de cooperação mútua inclui a tradução para o português do Manual sobre transportadores contínuos e sua disponibilização no Brasil.

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m workshop promovido no dia 20 de julho, em São Paulo, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), marcou o início de uma parceria com a Conveyor Equipment Manufacturers Association (Cema), entidade norte-americana que há quase 80 anos elabora normas e outras publicações sobre transportadores contínuos. Na abertura do evento, na sede da Abimaq, foi assinada uma carta de intenções na qual as instituições se comprometem a cooperar mutuamente para traduzir, publicar e vender normas técnicas, guias e outros materiais que contribuam para a melhoria da indústria de transportadores. O Conselho Diretivo da Cema deve ratificar o acordo neste mês de setembro. A metodologia da Cema tem grande aplicação em projetos de empresas brasileiras, que utilizam as normas em inglês. O acordo prevê a adoção desses documentos como Normas Brasileiras (ABNT NBR) e que a 7ª edição do Manual da entidade, o Belt

Book, em elaboração, será traduzida para a língua portuguesa, incluindo a conversão de suas tabelas para o sistema métrico adotado no Brasil. A carta de intenções foi assinada por Ricardo Rodrigues Fragoso e Carlos Santos Amorim Junior, respectivamente, diretor-geral e diretor de Relações Externas da ABNT; Todd Swinderman, membro do Conselho de Administração da Cema; Walter Luiz Lapietra, diretor da Abimaq e vice-presidente da ABNT; e Guilherme Augusto Martins Tibo, coordenador da Comissão de Estudo de Transportadores Contínuos (CE-04:010.02), do Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04). Para o diretor-geral da ABNT, Ricardo Fragoso, o acordo “é um marco, uma experiência nova”, que facilitará o trabalho dos brasileiros que utilizam transportadores de correia, como esses equipamentos também são conhecidos. Swinderman, que já foi presidente da Cema e hoje preside o Belt Book Committee, comentou que a organização abriu-se lenta-

mente para o México e o Canadá, até perceber a globalização dos mercados como um processo irreversível, e por isso a parceria com o Brasil torna-se tão importante. “Estamos começando aqui um caminho de mão dupla”, ele disse. “Sabemos que no Brasil também há grande preocupação com a segurança e que as empresas conquistam presença maior no mercado quando associadas à metodologia da Cema, então o acordo beneficiará as exportações brasileiras”, previu Swinderman. Em sua palestra, ele falou sobre a história, objetivos e publicações da entidade, destacando o Manual que será disponibilizado no Brasil. Ele revelou: “Somos muito resistentes a mudança, e sair do mundo das polegadas para entrar no sistema métrico decimal representa um avanço”. O diretor de Relações Externas da ABNT observou que a cultura da normalização ainda é limitada no Brasil, mas a entidade se esforça para disseminar boas práticas com aquilo que as organizações têm de melhor. “Qual a vantagem de usar


[ Institucional ]

Mangueiras; Henfel; JJL Engenharia Ltda.; Martin Engineering; NSK; Parcan Group; SEW Eurodrive; Tecnometal; Tector e TMSA

Maior acesso às normas técnicas Parceria entre a ABNT e o Ciesp oferece facilidades também para pessoas físicas.

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m convênio assinado entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) possibilita que empresas e pessoas físicas pesquisem e adquiram normas com maior rapidez, via internet. Basta acessar o sistema ABNTCatálogo, a partir de um banner nos portais do Ciesp e de suas 42 diretorias regionais, que abrangem cerca de 15 municípios cada uma. “O acordo com a ABNT alcança todos os fabricantes do Estado de São Paulo, inclusive os pequenos, promovendo o acesso às normas técnicas com grande rapidez. Os primeiros resultados já mostram uma penetração interessante, pois os fabricantes estão comprando mais devido à faci-

lidade”, comenta Pio Gavazzi, diretor de Tecnologia do Ciesp. Gavazzi comenta que o Ciesp tem uma relação muito forte com a ABNT e sempre entendeu que a norma é indispensável, porque protege o comprador do mau fabricante, funciona como barreira comercial para impedir a entrada de produtos importados de má qualidade e facilita as exportações brasileiras, em função de sua coerência com Normas Internacionais, como a ISO 9001. “A indústria tem de seguir as normas, tanto aquelas que se tornaram compulsórias devido à necessidade de certificação, como as de uso voluntário”, enfatiza o diretor. Romeu Grandinetti, gerente de Tecnologia do Ciesp, destaca a capilaridade da entidade em todo o

Estado como um fator de relevância para que o novo acordo alcance o seu objetivo, atendendo às empresas de todos os portes e também pessoas físicas. “O Ciesp tem 9000 associados, desde micro empresas até as de grande porte, por isso procura realizar ações horizontais, que beneficiem todos os segmentos que precisam produzir em série. Fazer um protótipo é fácil, mas, para fazer 100 mil, ou tem norma, ou o projeto não acontece”, ele observa. O gerente de Tecnologia afirma que a relação do Ciesp com a ABNT baseia-se fundamentalmente na ideia comum de que as empresas precisam ter um padrão de organização que torne sua gestão confiável. Por isso, a entidade procura promo-

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O evento recebeu apoio institucional de várias câmaras setoriais da Abimaq e foi patrocinado pelas seguintes empresas: Borpac Correias e

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Na véspera do workshop, uma visita à ABNT: Eduardo São Thiago, gerente de Relações Internacionais da ABNT; Carlos Santos Amorim Junior, diretor de Relações Externas da ABNT; Todd Swinderman, presidente do Belt Book Committee da Cema; Ricardo Fragoso, diretorgeral da ABNT; Javier Schmal, diretor-geral da Martin Engineering na América Latina; e Carlos Nobre, presidente da Câmara Setorial de Transmissão Mecânica da Abimaq.

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normas? O benefício é para o usuário final, por isso é importante padronizar produtos que ofereçam segurança”, ele destacou. Na opinião de Guilherme Tibo, quem já usa a metodologia Cema verá que a parceria só tem a acrescentar. “Espero que este acordo seja o início de uma história importante para o país”, afirmou. Segundo Swinderman, também serão disponibilizados por meio do acordo 12 guias de boas práticas e vídeos de segurança para transportadores de granéis e unidades. “Será uma tarefa-monstro”, ele avaliou. Ainda revelou que este é o primeiro convênio firmado pela Cema com um organismo nacional de normalização. “A ABNT tem muito mais experiência do que nós. Nesta parceria a Cema é um bebê e tem muito a aprender”, comentou. Em seguida, arrematou: “O acordo confere valor tanto para as entidades envolvidas, como para todas as pessoas que trabalham com transportadores, diariamente, porque terão segurança e saúde ocupacional”.


[ Institucional ]

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ver o acesso às normas. “Com o ABNT Catálogo o acesso é facilitado porque cada região tem seu site, então se cria um sistema de e-commerce em que o interessado pode pesquisar, identificar o que quer e até imprimir onde estiver”, explica Grandinetti. O atendimento rápido e a possibilidade de qualquer pessoa física ou jurídica obter a norma de que necessita, mesmo não sendo associada ao Ciesp, são os aspectos mais importantes do novo acordo, segundo o gerente de Tecnologia. Ele justifica: “A norma é a única referência para

que a produção caminhe bem e ainda estimula a criação de centros de metrologia, de laboratórios e o desenvolvimento de técnicos. O impacto das normas vai muito além de seus requisitos, a implicação é muito mais ampla que sua simples aplicação”. O diretor-geral da ABNT, Ricardo Rodrigues Fragoso, acredita que o convênio se refletirá no aumento dos negócios das empresas. “Nosso objetivo é abrir caminhos para que as indústrias possam aumentar sua produtividade e reduzir custos de produtos e serviços por

meio do uso de normas técnicas”, afirma. A nova parceria, firmada em abril, prevê a distribuição de Normas Brasileiras (ABNT NBR), ISO, Mercosul e IEC. As solicitações são feitas diretamente no sistema ABNTCatálogo. Após um cadastro, o interessado faz a pesquisa e a solicitação da norma. Se ele optar por imprimir o documento, deve fazer o depósito do valor correspondente para que a ABNT libere a impressão. Se preferir receber a norma impressa, a ABNT faz o envio pelo Correio

A marca ABNT em evidência

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Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem aproveitado todas as oportunidades para divulgar seus produtos e serviços em feiras e outros eventos, cumprindo assim a sua missão: disseminar a normalização técnica aos mais diversos setores da sociedade. Além de apresentar as normas ao público, também distribui em seus estandes boletins, gibis e folders sobre cursos, bem como oferece informações sobre os sistemas ABNTColeção e ABNTCatálogo. Nos meses de julho e agosto, a ABNT esteve presente nos seguintes eventos: • Rio Ambiente 2011, que aconteceu nos dias 6 a 8 de julho, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A ABNT apresentou em seu estande os primeiros

Na Rio Ambiente, destaque para a certificação

produtos certificados no programa de rotulagem ambiental: as versões espuma e gel do Purell Green Certified Instant Hand Sanitizing, da Gojo, que foram disponibilizadas para teste aos visitantes da feira. Cerca de 60 pessoas visitaram o estande da ABNT. • XXII Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente (Fenasan), de 1 a 3 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento teve como objetivos principais: o fomento e a difusão da tecnologia empregada no setor de saneamento ambiental; a troca de informações; a demonstração de produtos e o desenvolvimento tecnológico de sistemas empregados no tratamento e abastecimento de água; esgotamento sanitário; drenagem das águas pluviais; análises laboratoriais; adu-

Estande da ABNT na XXII Fenasan

ção e abastecimento; sistemas de coleta; e disposição final e manejo de resíduos sólidos. Estiveram reunidos os principais fabricantes e fornecedores de materiais e serviços para o setor de saneamento e segmentos correlatos. Cerca de 150 visitantes passaram pelo estande da ABNT. • Feira Latino-Americana de Peças e Serviços de Equipamentos para Construção e Mineração – M&T Peças e Serviços 2011, de 10 a 13 de agosto, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. A feira reuniu fabricantes nacionais e internacionais de peças para equipamentos, fornecedores de suprimentos e prestadores de serviços voltados para os setores da construção e mineração. Cerca de 200 visitantes passaram pelo estande da ABNT

M&T Peças e Serviços: 200 visitantes atendidos



[ Dúvidas ] Gostaria que informassem quais são as normas da ABNT voltadas para fabricação de postes de concreto, desses utilizados em redes de distribuição de energia elétrica. Alethéia Ramos – Sinduscon – Belém – PA

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A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 8451:1998 - Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica – Especificação, que fixa as condições exigíveis para a fabricação e o recebimento de postes de concreto armado, de seção circular ou duplo T, destinados ao suporte de redes aéreas urbanas e rurais de distribuição de energia elétrica. Existe também a ABNT NBR 8452:1998 - Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia elétrica – Padronização, que padroniza os postes de concreto armado, de seção circular ou duplo T, destinados ao suporte de redes aéreas urbanas e rurais de distribuição de energia elétrica, cujas condições exigíveis para fabricação e recebimento estão especificadas na ABNT NBR 8451:1998. Peço que informem qual é a norma da ABNT para execução de obras de esgoto e também de drenagem de águas pluviais. Ricardo Schmitz – Inecon – Jaguaruna – SC

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 15645:2008 - Execução de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas pluviais utilizando-se tubos e aduelas de concreto, que estabelece os requisitos exigíveis para a execução de obras de esgotamento sanitário e drenagem de águas pluviais com tubos pré-fabricados de concreto, conforme especificação da ABNT NBR 8890:2008 e aduelas (galerias celulares) pré-fabricadas de concreto, conforme especificação da ABNT NBR 15396:2006. Esta Norma é aplicável às redes de drenagem pluvial, coletores, interceptores e emissários de esgoto sanitário, que trabalhem sem pressão interna e cujo líquido conduzido seja água de chuva, esgotos domésticos ou efluentes industriais. Preciso saber qual é a norma referente à simbologia de identificação de embalagens plásticas, com intuito de facilitar o reconhecimento da matéria-prima para posterior reciclagem. Elaine Monteiro – Nobel Pack Embalagens – São Paulo – SP

A ABNT responde: Temos a ABNT NBR 13230:2008 – Embalagens e acondicionamento plásticos recicláveis - Identificação e simbologia, que estabelece os símbolos para identificação das resinas termoplásticas utilizadas na fabricação de embalagens e acondicionamento plásticos, visando auxiliar na separação e posterior reciclagem dos materiais de acordo com a sua composição. Estou buscando a norma de referência do teste de permeabilidade ao ar para nãotecidos. Vera Perleberg - Kimberly-Clark Brasil – Porto Alegre – RS

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 13706:1996 - Nãotecido - Determinação da permeabilidade ao ar, que prescreve o método para a determinação da permeabilidade ao ar dos nãotecidos, na presença de pequena diferença de pressão. A norma define permeabilidade do ar como parâmetro usado para descrever a capacidade de um

nãotecido permitir a passagem do ar a uma dada diferença de pressão. Isto representa o volume de ar que passa através de uma área de dimensão definida, em um período de tempo e diferença de pressão determinados. Tenho dúvidas com relação à grafia correta para os anos na forma numeral. Existe alguma norma da ABNT que forneça orientações desse tipo? Fernando Silvério – Tribunal Regional do Trabalho – Canoinhas – SC

A ABNT responde: Temos a ABNT NBR 5892:1989 - Norma para datar, que fixa as condições exigíveis para indicação da data de um documento ou acontecimento. Gostaríamos de obter informações sobre normas técnicas para fabricação de bloquetes para pavimentação intertravada. Luiz Auricchio – Ridarp Construções Ltda. – Campinas – SP

A ABNT responde: Dispomos das seguintes normas sobre o assunto: - ABNT NBR 9780:1987 - Peças de concreto para pavimentação determinação da resistência à compressão - Método de ensaio, que prescreve o método de determinação da resistência à compressão de peças pré-moldadas de concreto destinadas à pavimentação de vias urbanas, pátios de estacionamento ou similares. - ABNT NBR 9781:1987 - Peças de concreto para pavimentação – Especificação, que fixa as condições exigíveis para a aceitação de peças pré-moldadas de concreto, destinadas à pavimentação de vias urbanas, pátios de estacionamento ou similares. - ABNT NBR 15953:2011 - Pavimento intertravado com peças de concreto — Execução, aplicável à pavimentação intertravada com peças de concreto sujeita ao tráfego de pedestres, de veículos dotados de pneumáticos e áreas de armazenamento de produtos.


[ Consumidor ]

Proteção indispensável

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zation for Standardization (ISO), o ISO/TC-217/WG-7 - Cosmetics/Sun protection test methods. Os especialistas dedicam-se atualmente aos seguintes projetos: • ISO/AWI 16217, Cosmetics – Sun

protection test methods – Water resistence;

• ISO/FDIS 24442, Cosmetics – Sun

protection test methods – In vivo determinations of sunscreen UVA protection; 24443, Cosmetics – Determinations of sunscreen UVA photoprotection in vitro;

• ISO/DIS

• ISO/WD 24445, Cosmetics – Sun

protection test methods – In vitro determinations of SPF (sun protection factor) based on transmittance.

Para mais informações sobre este assunto, entre em contato com a analista responsável na ABNT pela Comissão, Patrícia Barucco (proberta@abnt.org.br)

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ultravioleta (FPU) de 5 a 7, enquanto uma tratada com absorvedor UV tem FPU maior que 50. Isso significa que apenas um em cada 50 raios atinge a pele de quem estiver usando uma camiseta confeccionada com esse tipo de algodão. A preocupação com o assunto já mobiliza o cenário das normas técnicas. Para garantir que os produtos atendam aos requisitos mínimos de qualidade e realmente protejam os consumidores, está em atividade, no âmbito do Comitê Brasileiro de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABNT/CB-57), a Comissão de Estudo de Produtos Cosméticos para Proteção Solar (CE-57:003.04), focada na normalização de produtos para proteção solar, classificados como cosméticos pelo Ministério da Saúde/Anvisa, no que concerne à terminologia, requisitos e métodos de ensaio. Esta Comissão foi instalada em abril deste ano para acompanhar e participar dos trabalhos do Comitê Técnico da International Organi-

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filtro solar deveria ser considerado um produto de uso indispensável, assim como o creme dental e o sabonete. É proteção garantida, principalmente para quem gosta de se bronzear e fixar na pele as marcas do verão. Há quem diga que não gosta do cheiro ou da textura, mas hoje existe no mercado uma grande variedade de filtros solares, em gel, creme e aerossol, com aromas diferenciados, para facilitar a escolha. O sol pode trazer sérias complicações para a pele, como manchas, envelhecimento precoce, flacidez e lesões, e o filtro solar ajuda a evitar esses problemas. Seu uso diminui as chances de alguma doença aparecer e também afasta os riscos de insolação e queimaduras. É um produto tão importante, que deve ser utilizado até mesmo em dias sem sol. A tecnologia relacionada a fotoprotetores já avançou muito, possibilitando que roupas sejam confeccionadas com tecidos que garantam o bloqueio de 98% dos raios ultravioleta UVA, emitidos o dia inteiro, e UVB, intensificados no período das 10h às 15h. As roupas especiais são ótimas opções para quem tem pele muito sensível ou risco de câncer e pratica esportes ao ar livre. No entanto, não deve ser excluído o uso do filtro solar. Algumas marcas já possuem coleções feitas com essa tecnologia. O algodão que compõe as roupas é tratado com absorvedor UV (ultravioleta). Além disso, o tecido é produzido com fio à base de dióxido de titânio, especialmente desenvolvido para proteção UV. Uma camiseta comum, por exemplo, tem o fator de proteção


[ Turismo e Normalização ]

A importância das Normas Brasileiras para o Turismo de Aventura e Ecoturismo

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om números expressivos e grandes conquistas, a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) apresentou em Brasília (DF) os produtos e resultados finais do Programa Aventura Segura, projeto de referência no setor, realizado no Brasil desde 2006. Iniciativa do Ministério do Turismo em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional) e executado pela Abeta, o Aventura Segura mobilizou mais de 50 mil pessoas, qualificou mais de 5 mil profissionais e gestores e vem contribuindo para a promoção e o fortalecimento dos segmentos em questão. Durante o evento foram lançadas duas publicações: o livro “Programa Aventura Segura: Concepção, Metodologia e Resultados” e o Relatório de Impactos do Aventura Segura. Disponível também na página http://www.abeta.com.br/aventurasegura, o relatório reúne informações detalhadas sobre os 17 destinos priorizados no âmbito do programa, bem como a eficácia das ações realizadas nos 13 estados onde estes pontos turísticos estão localizados. O presidente da Abeta, JeanClaude Razel, destacou o trabalho que vem sendo realizado pela entidade, que acaba de completar sete anos de existência. “Nossa missão é transformar o Brasil de forma divertida, consciente e saudável, fazendo da vida ao ar livre uma força de evolução da sociedade. O Aventura Segura é um marco no segmento e contribuiu para aprimorar os processos de gestão das empresas e qualificação de profissionais. Hoje, temos normas técnicas específicas para Turismo de

Aventura, temos empresas com Sistema de Gestão da Segurança certificado, além de o Brasil comandar um processo inédito de normalização internacional no âmbito da ISO”, afirmou. O presidente da Câmara Empresarial de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e gestor do Comitê Brasileiro de Turismo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-54), Alexandre Sampaio, compôs a mesa e enfatizou o potencial brasileiro para Ecoturismo e Turismo de Aventura e a intensa agenda envolvendo normalização nacional e internacional. “O engajamento das empresas neste segmento deu enorme contribuição para o crescimento do turismo em geral, tornando o setor uma referência mundial. É importante que o Brasil continue investindo para estar à altura de receber grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016”.

O objetivo do programa é qualificar empresas e profissionais do Ecoturismo e Turismo de Aventura e auxiliá-los na implementação do Sistema de Gestão da Segurança (SGS), tendo como referência Normas Brasileiras publicadas pela ABNT. Ao todo, o programa mobilizou mais de 100 municípios e mais de 600 empresas. Com 28 normas técnicas publica�������� das e um processo de certificação em Ecoturismo e Turismo de Aventura com acreditação pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), o Brasil tem sido apontado como referência mundial nestes segmentos. As empresas são certificadas conforme a ABNT NBR 15331:2005 - Sistemas de gestão da segurança – Requisitos. Este processo inédito envolve mais de 130 empreendimentos, dos quais 93 já receberam o certificado. A Abeta é responsável pela Secretaria Técnica do Subcomitê de Turismo de Aventura do ABNT/CB-54 Crédito: Gustavo Gracindo

Apresentação de resultados: José Falcão, do Sebrae Nacional, Jean-Claude Razel, da Abeta, e Alexandre Sampaio, da CNC


[ Notícias ]

Um fórum para os laboratórios de móveis

Qualidade e segurança do consumidor são temas de discussão permanente.

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No dia 29 de julho, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) promoveu o primeiro encontro, com a participação de 10 laboratórios de renome, sendo cinco deles ligados ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Estiveram presentes: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Senai - Cetemo, Senai Cetmam, Senai - CTM, Senai – São José dos Pinhais, LabMov/Unb, LabChair, Galileo/Flexform, Rhodes

e Senai - Itatiba. Houve grandes debates sobre as normas do setor, seus impactos e possíveis melhorias. “Esta iniciativa é um grande passo tanto para a ABNT quanto para a sociedade”, avalia Claudio Muzi, gestor do Comitê Brasileiro do Mobiliário (ABNT/CB-15), indicado para coordenar o fórum técnico permanente. O secretário é Elton Barros, do Senai - Cetemo. O próximo encontro está previsto para novembro, em Curitiba

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oberto Silva Santos é o novo gerente de Articulação Nacional da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Com experiência de 40 anos nas áreas de propaganda, treinamento, administrativa e concorrências públicas, Roberto chega para somar suas experiências e alavancar o crescimento do quadro associativo da Instituição. “Ao assumir a Gerência de Articulação Nacional, procurei identificar todas as necessidades e responsabilidades da área. Acompanhei negociações de acordos, contratos e convênios, atualizei as obrigações legais, como marcas, patentes e domínios. Além disso, a Gerência passou a participar mais e a apoiar diversas feiras e eventos, divulgando institucionalmente a ABNT e a importância da normalização”, comenta Santos, que já completou três meses na ABNT.

Roberto Silva Santos: maior divulgação institucional

Nesse período, o gerente comenta que uma de suas preocupações “foi identificar ex-associados, procurar reaproximá-los e prospectar novos interessados, para aumentar o quadro associativo”. Quanto às

expectativas, Santos acredita na aproximação da ABNT com seus usuários e na importância da divulgação institucional, e tem o objetivo de firmar e implementar acordos, convênios e contratos em âmbito nacional

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Ampliação do quadro de associados e realização de novas parcerias são alguns de seus objetivos.

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Articulação Nacional da ABNT tem novo gerente

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om a evolução do setor mobiliário no Brasil e maiores exigências do mercado, tanto as normas técnicas quanto os laboratórios de ensaios tornaram-se peças fundamentais para encontrar produtos de qualidade e, principalmente, dar proteção ao consumidor. Com isto, percebeuse a importância da criação de um fórum permanente de discussão entre os laboratórios de móveis no Brasil.


[ Notícias ]

Gestão de energia é tema de novo curso

O objetivo é apresentar os requisitos da ABNT NBR ISO 50001:2011 e estimular sua aplicação.

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Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançou o curso sobre a ABNT NBR ISO 50001:2011 – Sistemas de gestão da energia – Requisitos com orientações para uso, ministrado por Alberto Fossa, chefe da delegação brasileira na International Organization for Standardization (ISO) e coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão e Economia de Energia (ABNT/CEE-116), constituída como espelho do Comitê Internacional. O objetivo do curso é apresentar os requisitos da norma, relacionando-os com os aspectos e possibilidades de implantação nas organizações. A iniciativa tem como públicoalvo empresários, consultores, gerentes, engenheiros, técnicos e

demais colaboradores ligados ao desenvolvimento, implementação e operação de Organizações que estejam implantando ou que desejem implantar sistemas de gestão da energia e/ou sistemas de gestão integrada. A primeira edição do curso aconteceu no final de agosto e a próxima acontecerá em São Paulo, nos dias 3 e 4 de outubro. Segundo Fossa, a ABNT NBR ISO 50001 deve se tornar uma das mais importantes normas de gestão a serem aplicadas pelas organizações. “Embora a estrutura geral do texto assemelhe-se muito às normas de gestão já bastante conhecidas, como é o caso da ABNT NBR ISO 90001:2008 e ABNT NBR ISO 14001:2004, enganam-se aqueles que acham que esta norma estabelece um sistema

de gestão simples e de imediata adaptação às estruturas de gestão já previamente existentes”, ele alerta. “A ABNT NBR ISO 50001 rompe com vários padrões existentes nas normas de gestão anteriores, estabelecendo compromissos de desempenho a serem formalmente verificados ao longo do tempo, além de introduzir uma parcela de conteúdo técnico bastante significativo a ser detalhado por parte das organizações interessadas na sua adoção. Os benefícios potenciais são enormes, e os desafios na sua implantação também”, afirma o instrutor. Para mais informações e inscrições, basta entrar em contato com a área de cursos pelo e-mail capacitação@abnt.org.br ou pelo telefone (11) 2344-1725

ABNT e Sebrae capacitam agentes de inovação

Profissionais ajudarão a divulgar a importância da normalização para as MPE.

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or meio do acordo de cooperação técnica firmado entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), foi desenvolvido um curso para Agentes Locais de Inovação (ALI). Seu objetivo é capacitar os profissionais que trabalham nos processos de apoio ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas (MPE), em todo o território nacional, para atuar como agentes difusores da

importância da normalização no processo de inovação e como instrumento de competitividade das empresas. A iniciativa também deverá minimizar problemas enfrentados pelas MPE no atendimento a normas técnicas, pois um dos papéis da normalização é melhorar a adequação de produtos, processos e serviços às finalidades para as quais foram concebidos, provocando reflexo direto na competitividade das empresas e contribuindo para facilitar a coo-

peração tecnológica e evitar barreiras comerciais. Ao término do curso, os participantes são capazes de divulgar o processo de normalização e a importância das normas técnicas; orientar e estimular a utilização das normas técnicas pelas MPE na condução de suas atividades produtivas; e sensibilizar para a participação na elaboração e revisão de normas técnicas. O primeiro curso foi realizado no mês de julho, em Porto de Galinhas, em Pernambuco


[ Notícias ]

Brasil é destaque na reunião do ISO/TC 155

Com essa participação, o País foi escolhido para sediar o próximo evento, em 2013.

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Para seu conhecimento Esta seção é destinada à divulgação de processos e termos utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e algumas outras curiosidades. Nesta edição destacamos o que é ISSN. ISSN, sigla de International Standard Serial Number, ou Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas, é um sistema de código único padronizado e composto de oito dígitos, sendo dois grupos de quatro dígitos cada um, ligados por hífen e precedidos sempre por um espaço e pelo prefixo ISSN, que permite, independentemente do idioma ou país, identificar e individualizar o título de uma publicação seriada. São publicações seriadas: jornais, relatórios anuais, anuários, revistas, memórias e monografias em séries etc. Exemplo: ISSN 0103-6688. Esse código é atribuído por centros nacionais e regionais da Rede Internacional do ISSN. O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) é o centro nacional responsável pelo registro e atribuição do ISSN às publicações seriadas editadas no Brasil. A Norma que trata do assunto é a ABNT NBR 10525:2005 - Informação e documentação - Número padrão internacional para publicação seriada – ISSN

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indicado o especialista Fernando Lima Regis, gerente de Planejamento e Controle de Produção e do Laboratório do Departamento de Operações de Níquel (DION) da Vale. “A participação brasileira neste encontro foi reconhecida pelo chairman como tendo superado a expectativa. Esta postura, acreditamos, foi decisiva para que obtivéssemos a credibilidade para sediar a próxima reunião do ISO/TC 155. A China, concorrente do País na candidatura, foi escolhida para sediar o encontro de 2015”, relata a coordenadora do Ibram-Conim, Thásia de Medeiros. Os três comitês da ISO reúnemse de dois em dois anos, em um país fornecedor ou consumidor de minérios. Nestes foros participam representantes dos maiores players deste mercado. Desde a década de 90, o Brasil lidera pelo menos um terço dos trabalhos e participa com especialistas em todos os projetos de interesse

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183 - Copper, lead, zinc and nickel ores and concentrates). Entre os principais assuntos discutidos na reunião, destacaram-se a aprovação do novo plano de trabalho e a reestruturação do comitê, com o objetivo de cobrir três tipos de material – níquel, ferro-níquel e ligas de níquel – com normas de amostragem, análises/ensaios e especificações. Houve ainda a posse do novo chairman do ISO/TC 155, Xavier Schaefer. O Brasil assumiu a liderança de um Grupo de Estudo, criado na reunião, sobre análise de ferro-níquel por fluorescência de raios X, cujo comando ficou a cargo do coordenador de Laboratório da Anglo American, Fernando Dutra, além de ter se posicionado em todos os itens da agenda e indicado especialistas para os trabalhos de interesse do País. Para o grupo criado com o objetivo de revisar a norma de amostragem de ferro-níquel, foi

boletim ABNT

ela primeira vez, uma delegação brasileira participou da reunião do ISO/TC 155 Nickel and nickel alloys, o Comitê Técnico da International Organization for Standardization (ISO) responsável pela normalização internacional de níquel e ligas de níquel. O evento aconteceu em maio e rendeu a escolha do Brasil como sede do próximo evento, no primeiro semestre de 2013, além da liderança de um novo grupo de estudo. O País foi representado por uma delegação coordenada pelo Ibram-Conim, programa especial do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que ocupa a secretaria do Comitê Brasileiro de Minérios de Ferro (ABNT/CB-41), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O programa coordena também a participação dos especialistas brasileiros nos comitês da ISO de minérios de ferro (ISO/TC 102 – Iron ore and direct reduced iron) e de minérios e concentrados de cobre, chumbo e níquel (ISO/TC


[ Foco na MPE ]

Beliches mais seguros

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normalização para madeira e móveis é uma das prioridades do convênio mantido entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com o objetivo de promover a qualidade e a competitividade. No que depender do Comitê Brasileiro do Mobiliário (ABNT/CB-15), não faltarão normas para auxiliar o setor. O coordenador da Comissão de Estudo de Móveis para Dormitório do ABNT/CB-15, Ivo Cansan, justifica a importância destas normas como uma oportunidade de estimular os produtores a oferecerem segurança e conforto aos consumidores. Aponta mais um aspecto: “Faremos com que os fabricantes externos, quando quiserem vender para o Brasil, se adaptem às nossas normas, tornando a competição mais igualitária. Não estamos criando benesses internas, mas sim uma competição global saudável economicamente”. Depois de elaborar a ABNT NBR 15860-1:2010 - Móveis – Berços e

Ivo Cansan, coordenador da Comissão de Estudo de Móveis para Dormitório do ABNT/CB-15

berços dobráveis infantis tipo doméstico - Parte 1: Requisitos de segurança e ABNT NBR 15860-2:2010 - Móveis – Berços e berços dobráveis infantis tipo doméstico - Parte 2: Métodos de ensaio, a Comissão dedicou-se a mais dois projetos de normas, que estão em Consulta Nacional até o dia 10 de outubro. São eles: 15:002.03-001/1 - Móveis – Camas beliche e camas altas para uso doméstico – Parte 1: Exigências de segurança e 15:002.03001/2 - Móveis – Camas beliche e camas altas para uso doméstico – Parte 2: Métodos de ensaio. Com este novo trabalho, a Comissão leva adiante a intenção de normalizar toda a linha de produtos infantis, considerada especialmente importante. “Na maioria das vezes, o consumidor não tem conhecimento e acaba escolhendo produtos sem segurança mínima e conforto adequado para seu uso”, comenta Cansan, que é presidente da Associação de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs).

Todos ganham O coordenador defende que as normas técnicas beneficiam tanto os consumidores como os produtores. Ele observa que a maioria dos fabricantes procura adequar sua produção às melhores práticas, mas alguns às vezes se iludem com encomendas de comerciantes. Acabam produzindo móveis de custo abaixo do possível e prejudicando todo o setor. “Devemos nos preocupar em primeiro lugar com a segurança do usuário e depois com o custo. É claro que precisamos pensar que o consumidor busca produtos dentro da sua capacidade de pagamento, mas nem por isso devemos esquecer itens essenciais aos móveis”, ele enfatiza.

No ano passado, o Laboratório de Controle de Qualidade do Centro Tecnológico do Mobiliário do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai - Cetemo), instalado em Bento Gonçalves (RS), analisou várias marcas de beliches, a pedido do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Os testes, realizados com base em uma norma europeia, apontaram rebarbas, falta de barras de apoio e instabilidade, entre outros problemas que podem causar acidentes aos usuários. Agora, nos projetos de normas em Consulta Nacional, segurança é a prioridade. De acordo com Ivo Cansan, o setor costuma trabalhar de acordo com a disponibilidade de matérias-primas e acessórios no mercado, tentando de todas as formas facilitar o desenvolvimento de produtos de qualidade, dentro de um custo compatível. “Mas o requisito básico é a segurança do usuário, por isso precisamos ficar atentos às normas, sejam elas voluntárias ou compulsórias”. Por meio do convênio ABNT/ Sebrae, micro e pequenas empresas podem obter, gratuitamente, uma coletânea de normas técnicas para madeira e móveis. Basta fazer cadastro no site www.abnt.org.br/ paginampe



[ Notícias da Normalização ]

Nova versão da ISO/IEC 27005 Problemas com segurança da informação em seu negócio? Foi lançada a nova e melhorada versão da ISO/IEC 27005. A Norma Internacional recém-publicada oferece uma estrutura de sistema de gestão da segurança da informação, possibilitando o desenvolvimento de processos em departamentos de TI, que incluem: estabelecimento de contexto;  avaliação, tratamento e aceitação de riscos;

boletim ABNT

30

setembro | 2011

comunicação de riscos;  monitoramento e revisão de riscos. 

A ISO/IEC 27005:2011 - Information technology - Security techniques - Information security risk management foi desenvolvida com a intenção de ser alinhada com a ISO 31000, para possibilitar que organizações possam gerir seus riscos de segurança da informação de maneira similar à gestão de outros riscos

Reunião da CEE de Gestão de Riscos A Comissão de Estudo Especial de Gestão de Riscos (ABNT/CEE-63) reuniu-se no dia 16 de agosto, na sede da ABNT, Rio de Janeiro, com

a finalidade de iniciar o trabalho de adoção da ISO/IEC 31010 – Gestão de riscos – Técnicas para o processo de avaliação de riscos

Consulta Nacional Confira alguns dos projetos: ABNT NBR 13177 - Embalagem – Avaliação do potencial de contaminação sensorial de alimentos e bebidas (de 25.07.2011 a 22.09.2011)

ABNT NBR 13058 - Embalagens flexíveis – Análise de solventes residuais (de 25.07.2011 a 22.09.2011)

ABNT NBR 14725-3 - Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Parte 3: Rotulagem (de 05.08.2011 a 04.10.2011)

27:200.01-003 (ISO 15930-7: 2010) – Tecnologia gráfica – Troca de dados digitais de pré-impressão – Uso de PDF – Parte 7: Troca completa de dados de impressão (PDF/X-4) e troca parcial de dados de

impressão com referência externa a perfil (PDF/X-4p) usando PDF 1.6 (de 02.08.2011 a 08.09.2011) 23:006.01-005 (ISO 21898:2004 MOD) – Embalagens – Contentores intermediários flexíveis (FIBC) para produtos não perigosos (de 26.07.2011 a 26.09.2011)

53:001.01-003/1 (ISO 80001) – Grandezas e unidades - Parte 1: Generalidades (de 10.08.2011 a 08.09.2011)

A ABNT agradece a todas as pessoas que participaram da Análise Sistemática do 2º semestre de 2011. Todos os votos recebidos comprovam que a sociedade reconhece a importância da normalização e da manutenção do acervo para a difusão da tecnologia e das boas práticas, que promovem o desenvolvimento econômico e social

CE de Estudo de Embalagem e Meio Ambiente No dia 12 de agosto foi reativada, pelo Comitê Brasileiro de Embalagem e Acondicionamento (ABNT/CB-23), a CE-23:001.05 – Embalagem e Meio Ambiente. Além de acompanhar os trabalhos do ISO/TC 122/SC 4 - Packing and Enviroment, esta CE também irá uniformizar conceitos, estabelecer referência comum e fomentar o desenvolvimento sustentável focado na concepção da embalagem, nas tecnologias de materiais/produção, nos processos e nas tecnologias de revalorização (reciclagem, reuso, disposição final adequada)

Empresas já colhem frutos com a adoção da ISO 50001 Publicada em junho deste ano, a ISO 50001 demonstra por que foi ansiosamente aguardada por organizações de todo o mundo. Empresas da China, França, Áustria e Índia já relatam ganhos significativos trazidos pelo uso da Norma Internacional sobre gestão de energia, como reduções em emissões de carbono, consumo e, consequentemente, no custo de energia, benefícios nas fábricas, comunidades e meio ambiente. Um bom exemplo é a AU Optronics, fabricante de TV LCD de Taiwan, China. Segundo representantes, com a implementação da Norma Internacional, a empresa espera alcançar uma conservação de energia de 10% na fábrica este ano, economizando assim 55 milhões de kWh de eletricidade e reduzindo emissões de carbono em 35 mil toneladas. A organização agora planeja adotar o sistema de gestão de energia da ISO 50001 em todas as suas fábricas


[ Fique por Dentro ]

Reuniões das Comissões de Estudo ABNT/CB-05 - Comitê Brasileiro Automotivo

Setembro

dia

CE-05:105.02/3

Cadeirinha de criança

CE-05:106.07

Sistema de transporte inteligente

21

CE-05:108.01

Trator agrícola

27

27

Outubro

dia

Terminologia

7

CE-05:102.01/1

Filtros

6

CE-05:102.01/7

Geradores

5

CE-05:102.02

Emissões de veículos leves

6

CE-05:103.02

Sistema de embreagem

5

CE-05:103.03

Terminais e barras de direção

11

CE-05:105.02/3

Cadeirinha de criança

CE-05:106.03

Iluminação veicular

1e2 4

ABNT/CB - 15 - Comitê Brasileiro de Mobiliário

Setembro

dia

Móveis para dormitório

27

CE-15:007.03

Revestimento e acabamento de móveis

22

ABNT/CB - 16 - Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego CE-16:400.04

Outubro Transporte de produtos perigosos

dia 7

ABNT/CB-17 - Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário CE-17:800.02

Setembro Cintas têxteis industriais

dia 22

ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados

Setembro

dia

CE-18:300.06

Durabilidade do concreto

20

CE-18:600.15

Produtos de fibrocimento

20

Outubro

dia

CE-18:600.07

Elementos de concreto para manuntenção e monitoramento de sistemas de saneamento

4

CE-18:600.21

Paredes de concreto

5

ABNT/CB-21 - Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados CE-21:007.25

Setembro Gestão de TI

dia 26

ABNT/CB-26 - Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar

Setembro

dia

CE-26:070.01

Implantes ortopédicos

CE-26:080.01

Contraceptivos mecânicos

30

CE-26:090.01

Esterilização de produtos para saúde

29

CE-26:130.01

Avaliação biológica de produtos para saúde

19

CE-26:140.01

Artigos não duráveis de puericultura

20

Outubro

26 dia

CE-26:020.01

Aspectos gerais de segurança de equipamento eletrônico

7

CE-26:020.02

Equipamento eletromédico

7

CE-26:060.01

Equipamento respiratório e de anestesia

3

CE-26:060.02

Gases para uso hospitalar, seus processos e suas instalações

10

CE-26:070.01

Implantes ortopédicos

11

CE-26:150.01

Gestão da qualidade

6

setembro | 2011

31

CE-15:002.03

boletim ABNT

CE-05:101.01


[ Fique por Dentro ]

ABNT/ONS-27 - Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica

Setembro

dia

CE-27:200.01

Pré-impressão eletrônica

19

CE-27:200.02

Gerenciamento de cores

19

CE-27:300.01

Processos em offset

29

CE-27:300.04

Processos em impressão digital

22

CE-27:300.07

Pós-impressão

27

CE-27:400.09

Impressos de segurança

20

Outubro

dia

CE-27:300.06

Controle de processo de reprodução gráfica

5

CE-27:500.01

Questões ambientais e segurança

4

CE-27:500.02

Higiene e ergonomia

4

ABNT/CB-41 - Comitê Brasileiro de Minérios de Ferro dia 15

CE-41:000.01

Amostragem

16

CE-41:000.02

Análises químicas

23

CE-41:000.02

GT RX pastilha fundida

17

boletim ABNT

GT Cross Belt

setembro | 2011

Setembro

CE-41:000.01

32

ABNT/CB-43 - Comitê Brasileiro de Corrosão

Outubro

dia

CE-43:000.01

Corrosão atmosférica

CE-43:000.03

Proteção catódica

13 8

CE-43:000.05

Terminologia

13

ABNT/CB-50 - Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore para a Indústria do Petróleo e Gás Natural Setembro

CE-50:000.03

Fluidos de perfuração/completação e cimentação de poços

CE-50:000.04

Equipamentos de perfuração e produção

CE-50:002.01

Outubro Amarras e acessórios

dia 27 21 dia 7

ABNT/ONS-58 - Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos

Setembro

CE-58:000.02

Radiografia

CE-58:000.11

Termografia

dia 29 30

ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial

Setembro

dia

ABNT/CEE-73

Tubos e Acessórios de Polietileno

15

ABNT/CEE-81

GT1 Amostragem de Cobre e Níquel

15

ABNT/CEE-81

GT2 Análises Químicas de Cobre e Níquel

5

ABNT/CEE-94

Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas

28

ABNT/CEE-106

Análises Ecotoxicológicas

15

ABNT/CEE-108

Produtos para escrita

25

ABNT/CEE-109

Segurança e Saúde Ocupacional

27

ABNT/CEE-112

Serviços Financeiros

27

ABNT/CEE-116

Gestão e Economia de Energia

20

ABNT/CEE-127

Sistemas Inteligentes de Transporte

21

ABNT/CEE-129

Resíduos de Serviços de Saúde

26

ABNT/CEE-134

Modelagem de Informação da Construção

16

ABNT/CEE-135

Radiações Ionizanrtes

21

ABNT/CEE-165

Aparelho para Melhoria da Qualidade da Água para Consumo Humano

23

Outubro

dia

ABNT/CEE-65

Recursos Hídricos

5

ABNT/CEE-80

Sistemas de Prevenção contra Explosão

ABNT/CEE-111

Responsabilidade Social

ABNT/CEE-149

Redes de Proteção para Edificações

4

ABNT/CEE-159

Persianas

13

3 5e6


[ Fique por Dentro ]

Comissões de Estudo Criadas Estacas Pré-fabricadas de Concreto

CE-18:600.23

Métodos Analíticos para Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

CE-57:004.03

Nanomateriais para Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

CE-57:004.04

Boas Práticas de Fabricação (BPF) dos Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

CE-57:004.05

Reativadas Revestimentos Têxteis de Piso

CE-17:600.02

Impressos de Segurança

CE-27:400.09

Turismo de Aventura com Atividade de Mergulho

CE-54.003.13

Microbiologia para Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

CE-57:004.01 boletim ABNT

[ Novos Sócios ] 15/07/2011 a 15/08/2011 Nome / Razão Social

Categorias

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COL. CONTR.M.EMP.

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COLETIVO CONTR. - C

OSTEOMED INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE IMPLANTES LTDA.

COLETIVO CONTR. - C

COMANDO GERAL DE FORMAÇÃO DE BOMBEIROS CIVIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

COLETIVO CONTR. - D

MEDICI ALMEIDA E SILVA

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NIVALDO CAMARGO MENDONÇA JÚNIOR

INDIVIDUAL

setembro | 2011

COL. CONTR.M.EMP.

33

AGF SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO LTDA. ME

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[ Fique por Dentro ]

Eventos Workshop sobre Responsabilidade Social

12 de setembro de 2011 Horário: 8h30 às 16h Local: Hotel Continental Porto Alegre Largo Vespasiano Julio Veppo, 77 - Porto Alegre-RS Informações e inscrições: marketing@abnt.org.br

Feiras 31 de agosto a 02 de setembro de 2011 Local: Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos Imigrantes km 1,5 - São Paulo - SP Informações: www.concreteshow.com.br

Febrava 2011

34

20 a 23 de setembro de 2011 Local: Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos Imigrantes km 1,5 - São Paulo - SP Informações: www.abrava.com.br

Fluid & Process

boletim ABNT

setembro | 2011

Concrete Show

Feira do Empreendedor de Alagoas

20 a 23 de setembro de 2011 Local: Expo Center Norte - Pavilhão Azul Rua José Bernardo Pinto, 333 - São Paulo - SP Informações: www.fluidprocess.com.br 29 de setembro a 02 de outubro de 2011 Local: FITs - Faculdade Integrada Tiradentes Av. Gustavo Paiva, nº 5017 Cruz das Almas - Maceió - AL Informações: fatima@al.sebrae.com.br

Apoio Institucional Nova Norma Internacional de Responsabilidade Social e o Movimento Sindical 13 de novembro Local: Porto Alegre Informações: http://fupresponsabilidadesocial.mgiora.com.br

Jornada Infinity Desenvolvimento Humano Rio 2011 13 a 15 de setembro de 2011 Local: Windsor Barra Hotel Av. Lucio Costa, 2630 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ

Palestra Sr. Eduardo São Thiago - Gerente de Relações Internacionais da ABNT 13 de setembro - 16h45 às 17h15 Informações: http://www.infinityce.com.br/rhrio/agenda-programacao-13-set.php http://www.infinityce.com.br/rhrio Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse www.abnt.org.br/eventos


2011

2011

ESTACIONAMENTO EM FOCO

O ENCONTRO DAS INDÚSTRIAS DE INFRAESTRUTURA PARA TRANSPORTE

Expo Parking reúne os operadores e fornecedores de soluções de estacionamento para atender às necessidades de estacionamento nas cidades brasileiras e as crescentes exigências de estacionamento nos edifícios públicos e privados.

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ESPETÁCULO A terceira edição do Expo Estádio: a feira e conferência para design, construção, equipamento e gestão de estádios e instalações esportivas

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Certificações RAZÃO SOCIAL: FEDERAÇÃO PAULISTA DE FUTEBOL

RAZÃO SOCIAL: 4PIPE ENGENHARIA INDUSTRIAL LTDA.

ESCOPO: ORGANIZAÇÃO DE COMPETIÇÕES FUTEBOLÍSTICAS PROFISSIONAIS E AMADORAS DE DIVERSAS CATEGORIAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

ESCOPO: FABRICAÇÃO DE PIG PARA LIMPEZA OU SEPARAÇÃO E PARTES DE PIG

NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 19/01/2011

36

setembro | 2011

Organizar de forma ética torneios e campeonatos de futebol, porporcionando entretendimento com segurança aos profissionais participantes e espectadores.

RAZÃO SOCIAL: ONDULINE DO BRASIL LTDA. (TELHAS ONDULINE) ESCOPO: TELHAS ONDULADAS BETUMINOSAS NORMA: EN 534:2006

boletim ABNT

DATA DA CONCESSÃO: 18/07/2011 Aliando funcionalidade, beleza e respeito ao meio ambiente, as telhas ecológicas Onduline trazem novos conceitos, como praticidade, confiança e compromisso. No Brasil desde 1996 e ao redor do mundo desde 1950, a Onduline fabrica telhas ecologicamente corretas, leves, resistentes, práticas de instalar e com design certo para cada estilo de construção. São mais de 40 filiais ao redor do mundo e 10 fábricas, entre elas a de Juiz de Fora (MG). São mais de 100 países que já comprovaram que qualidade, sustentabilidade e tecnologia são o forte da marca de telhas Onduline.

NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 14/07/2011 A “4Pipe Engenharia Industrial Ltda.” é uma empresa que nasceu da experiência adquirida em campo, formada por pessoas que possuem vivência nos serviços do segmento de engenharia de dutos e ainda por um fabricante de altíssima confiabilidade de pigs e acessórios deste mesmo segmento. Esta combinação formou uma perfeita mistura, que gerou uma linha de produtos com maior valor agregado e serviços mais eficientes, apoiados por uma ampla estrutura industrial. A empresa é formada por dirigentes conscientes das responsabilidades sociais, ambientais e econômicas contidas em suas atividades.

RAZÃO SOCIAL: FABRICADORA DE POLIURETANO RIO SUL LTDA. (COLCHÕES ORTOBOM) ESCOPO: FABRICAÇÃO DE COLCHÕES E COLCHONETES DE ESPUMA NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 19/01/2011 A Colchões Ortobom, no mercado há 40 anos, tem por atividade a fabricação e comercialização de colchões, espumas, molas, box e similares. Hoje é a maior fabricante de colchões da América Latina e a 2ª maior fabricante de espumas do Mundo. Além de possuir 16 fábricas e mais de 1650 franquias espalhadas pelo Brasil, é a segunda maior rede de franquias do país e a marca mais lembrada pelos consumidores, conforme vários prêmios recebidos, entre eles o Top of Mind. Tem como missão produzir e comercializar colchões de alta qualidade, proporcionando o máximo conforto e bem-estar aos clientes.

RAZÃO SOCIAL: RR ENGENHARIA S.A

RAZÃO SOCIAL: YURA S.A (YURA S.A)

ESCOPO: EXECUÇÃO DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES - NÍVEL C

ESCOPO: CIMENTO PORTLAND POZOLÂNICO.

NORMA: REGIMENTO GERAL, REGIMENTO ESPECÍFICO, REFERENCIAL NORMATIVO E REQUISITOS COMPLEMENTARES DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE EMPRESAS DE SERVIÇOS E OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (SiAC)

NORMA: ABNT NBR 5736:1991

DATA DA CONCESSÃO: 12/07/2011 A RR ENGENHARIA S.A atua no ramo de “Execução de Obras”, no subsetor “Obras de Edificações” há mais de 30 anos e atualmente é regida pelo Sistema de Gestão da Qualidade, atendendo às definições do SiAC do PBQP - H de 13/05/2005 – Nível C.

DATA DA CONCESSÃO: 13/07/2011 Yura S.A foi fundada há 45 anos, tem sua divisão de produção e venda de cimento, argamassa, mistura seca e betão pré-fabricados de alta qualidade, além do seu negócio de marketing de rede “AConstruir” . A empresa consolidou sua liderança e sua influência na aceitação de mercado através de seus cimentos naturais misturados com pozolana. É o terceiro produtor de cimento, levando o abastecimento do mercado do sul do Peru.


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