4 minute read
Rubroprod
A Rubroprod apostou em expôr um conjunto de máquinas na Agroglobal para continuar “a inovar” de forma a fazer a diferença junto do cliente. A colhedora automotriz da Dewulf, a colhedora de batatas e cebolas da Ropa e o pulverizador automotriz Mazzotti centraram as atenções dos profissionais que visitaram o stand.
Para a Rubroprod não há meias apostas. “Entrámos nisto muito jovens, comecei com 28 anos, e quando cheguei ao mercado, sabia que tínhamos de inovar porque senão os velhos do Restelo já conheciam tudo. Quando arranquei, tentei perceber o que nos poderia diferenciar e ainda hoje trabalho assim”, explica Pedro Batalha, que apresentou na Agroglobal um conjunto de máquinas topo de gama no respetivo segmento, tendo mesmo levado alguns clientes ao estrangeiro para lhes mostrar que a sua capacidade de ver um pouco mais à frente não estava errada.
“Em 2009, arrancámos no setor das batatas e tentámos ir buscar o topo de gama, para fazer a diferença. Foi o caso da Ropa [colhedora de batatas e cebolas, exposta na Agroglobal 2021]: trata-se de um equipamento de qualidade de uma marca alemã, líder mundial de construção
Visão, versatilidade e sucesso comprovado
PEDRO BATALHA Gerente da Rubroprod prevê um ano positivo para a empresa em 2022.
de máquinas de beterraba, que apresenta uma linha de produção de colhedoras de batatas sem correntes, 100% hidráulica, com regulações independentes em todos os tapetes e muito fácil de trabalhar. O que é uma diferença abismal para as outras máquinas: tem um custo de manutenção 80 a 90% inferior relativamente a outras marcas”, explicou. Em seguida, Pedro Batalha falou de uma aposta mais arrojada: “Depois demos este passo gigante com as automotrizes da Dewulf, onde inicialmente os clientes se mostraram reticentes, mas após algumas apostas de empresas mais empreendedoras comprovou-se o sucesso das mesmas e neste momento já temos 15 unidades no mercado, mostrando ser uma aposta ganha.”
ROPA A colhedora de batatas e cebolas sem correntes e 100% hidráulica.
DEWULF A automotriz colhe quatro produtos distintos sem alterações na máquina.
Prevenção ajuda a ter otimismo sobre o futuro
O efeito negativo atual da pandemia é a escassez de componentes no mercado. A Rubroprod já o sentiu, mas não atravessa dificuldades por ter investido no reforço do stock “6 a 9 meses antes do previsto”. “Nos primeiros nove meses tivemos um resultado muito positivo porque muitas empresas reestruturaram a maneira de trabalhar face à escassez de mão-de-obra e houve muitas empresas a comprarem equipamentos. O problema agora é a escassez de componentes, sobretudo nesta fase, em que pedimos 10 e aparecem 3. Os custos também dispararam, mas nós em boa hora nos precavemos e fizemos um stock elevadíssimo pelo que temos vindo a responder às exigências dos nossos clientes”, referiu. Desta forma, Pedro Batalha olha para 2022 com otimismo: “A reta final de 2021 é esperar que a colheita do tomate decorra com normalidade para os produtores e que os nossos clientes tenham sucesso nas campanhas. Estou otimista porque temos estas inovações nas máquinas e alguns negócios em curso que esperamos que se concretizem. Já temos as tabelas de preços de alguns dos nossos fornecedores, as quais sofreram um grande aumento, mas acredito que com o aumento do preço dos cereais e de alguns hortícolas irão contrabalancear a subida do custo de matérias-primas.”
Uma solução para invernos húmidos e longos
O gerente da Rubroprod destacou ainda o pulverizador automotriz da Mazzotti. “É uma máquina de grande eficácia e elevada capacidade de trabalho e um investimento sério para qualquer empresa”, afirma, dando também relevância aos semeadores da marca Agrícola Italiana, nomeadamente a novidade do semeador de cereais PK20 com abertura e fecho hidráulico de 40 a 75cms, e também do super conhecido semeador de hortícolas SNT-3-290, a solução ideal para os invernos húmidos e longos.
A fazer a diferença desde o arranque
A necessidade de pensar à frente da concorrência ocorreu desde o início da experiência de Pedro Batalha. E dessa forma conseguiu logo ter sucesso. “Quando arranquei, apercebi-me de que no final de setembro chovia sempre e as máquinas tinham muitas dificuldades em andar, com problemas de gripagem nas chumaceiras e nos rolamentos. E quando adquirimos uma marca italiana com quem ainda hoje trabalhamos – Barigelli, com presença em todo o Mundo -, no primeiro equipamento que veio para Portugal mandei colocar um pneu mais alto e uma central de lubrificação automática igual à dos camiões e das máquinas industriais”, disse, confirmando o sucesso da ideia: “Por acaso, nesse ano choveu, e as nossas máquinas andavam, ao contrário das outras, o que foi logo um sucesso. No ano seguinte vendemos 6 máquinas, nesta altura já temos mais de 100 no mercado ao fim de 23 anos. Os clientes é que são os meus vendedores porque mostram a quem está interessado que vale a pena apostar nestas máquinas e que o rendimento a longo prazo está garantido.”