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abolsamia 131 (mai/jun 2022)
“Obrigados a crescer”
A Farvoli, empresa especializada no fabrico de máquinas para apanha de frutos pendulares por vibração, como azeitona, amêndoa, pistachio e pinhão, localizada em Mirandela, procura alargar a sua rede de distribuição.
Marco Nunes e Bruno Mendonça, originários de Mirandela, são os sóciosfundadores da Farvoli. O primeiro vindo da área comercial de equipamentos agrícolas, o segundo da metalomecânica, viram a oportunidade na inexistência de fabricantes nacionais de máquinas para apanha de frutos pendulares por vibração.
“A Farvoli surgiu em 2016 e foi criada por mim e pelo Marco. Eu vinha da área da metalomecânica e o Marco era representante de uma marca de vibradores de azeitona aqui na zona. Juntámos sinergias e começámos a fabricar os nossos próprios equipamentos, depois de um início em que nos dedicávamos mais à reparação deste tipo de máquinas”, começou por contar Bruno Mendonça, responsável do departamento de I.D. da Farvoli.
Com instalações na zona industrial de Mirandela, a empresa conta atualmente com mais de 2500m 2 de fábrica, mas já existem planos para crescer ainda mais. “Iniciámos noutras instalações aqui em Mirandela, num pavilhão com 600m 2 . Quando começámos, tínhamos ideia de trabalhar apenas para o mercado da nossa região. No entanto, à medida que foram surgindo mais pedidos do mercado, tanto na nossa zona como fora, fomos tendo de adaptar os equipamentos, nomeadamente ao nível das dimensões e da capacidade. Assim, alargámos a gama de oferta e mudámos de instalações. Comprámos este pavilhão, que à data tinha 1000m 2 , e um ano depois construímos mais 1000m 2 . Mais recentemente, tivemos de arrendar um outro pavilhão de 700m 2 para toda a parte de serralharia. Em projeto, temos a construção de outros 1600m 2 ”, explicou Marco Nunes, responsável pela gestão da empresa.
O aumento da capacidade de fabrico tem acompanhado o crescimento da faturação da empresa que, após seis anos de trabalho, está perto do potencial máximo para o mercado que trabalha. “No primeiro ano tivemos uma faturação de 270 mil euros. Ao fim de seis anos vamos perto dos 2,5 milhões. Diria que, na fase em que nos encontramos, estamos praticamente a atingir o nosso potencial máximo de crescimento. Por isso, queremos passar à próxima fase, que contemplará a construção do novo pavilhão que nos permitirá crescer tanto em Espanha, como também noutras zonas de Portugal. Temo-nos preparado para poder produzir mais de forma a irmos para outros mercados”, referiu Marco Nunes.
Tendo iniciado a atividade comercial apenas na região de Trás-os-Montes, a verdade é que as solicitações do mercado foram surgindo de outras zonas, e até mesmo do país vizinho. “Temos sido ‘obrigados’ a crescer. A necessidade de alargar o portfólio está muito relacionada com o mercado espanhol - neste momento, a percentagem da exportação na nossa faturação é significativa. As máquinas de maior dimensão, a incorporação do descascador de amêndoa, o chassis, foram surgindo à medida que o mercado nos pedia”, explicou Bruno Mendonça.
Stock, entregas e desenvolvimento
As empresas que abraçarem o projeto do fabricante mirandelense podem ficar descansadas quanto à disponibilidade de máquinas para entrega, pelo menos durante o ano de 2022. “Para este ano posso garantir que não há qualquer problema seja ao nível das entregas, seja de peças de reposição. Temos assegurada toda a matéria-prima e componentes para as nossas máquinas. Tendo em conta o contexto atual, antecipámos as compras e já temos tudo “em casa”. Isto permite-nos não ter de mexer na tabela de preços todos os meses”, afirmou Bruno Mendonça.
Todas as máquinas são desenvolvidas e construídas internamente pela equipa da Farvoli, empresa que conta ao dia de hoje com 20 colaboradores. “O desenvolvimento das máquinas é feito por nós no nosso departamento de engenharia. A Farvoli começou com quatro pessoas e hoje somos vinte. Apesar de termos toda a parte de serralharia, temos concentrado esforços em encontrar parcerias para determinadas partes das máquinas ficando nas nossas instalações a montagem dos equipamentos. Temos alguns componentes em outsourcing e queremos aumentar esta percentagem”, partilhou Bruno Mendonça.
Expandir a rede de distribuidores
Assim, após seis anos concentrados no processo produtivo e no desenvolvimento de produto, trabalhando apenas o mercado mais próximo, os responsáveis da Farvoli consideraram que era chegada a altura de expandir a atuação comercial. “Depois de seis anos concentrados no processo de fabrico e no desenvolvimento tecnológico dos equipamentos, consideramos estar ao nível dos melhores fabricantes europeus. Temos tecnologias, por exemplo ao nível dos sensores que colocamos nas nossas máquinas, que fabricantes que estão no mercado há mais de trinta anos não têm. Por isso, estamos à procura de parceiros para trabalharmos outras zonas do país, nomeadamente Castelo Branco. Procuramos concessionários de máquinas agrícolas que estejam motivados a trabalhar com o nosso produto. A Farvoli dá formação aos seus parceiros sobre os seus equipamentos, tem disponibilidade para a organização de demonstrações com as máquinas, garante apoio comercial através de um responsável de zona, e temos quatro técnicos à disposição e três viaturas para apoio no pós-venda. É preciso saber vender este produto e, por isso, nos primeiros dois anos, prestamos um apoio comercial muito próximo. Queremos parceiros que reconheçam valor aos nossos produtos”, disse Marco Nunes.
CANDIDATURAS
Candidate-se até 30 de Junho de 2022 e seja um distribuidor Farvoli na região de Castelo Branco.
Peça informações através do e-mail: gestao@farvoli.pt ou pelo telefone: 278 105 035
TEXTO: SEBASTIÃO MARQUES
FOTOS: ABOLSAMIA