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Novo Maestro dirige orquestra bem composta em Paris
A Horsch expôs uma alargada gama de produto no SIMA 2022, com destaque para o semeador de milho Maestro 6TX agora, como o nome já indica, numa versão de 6 linhas e mais adequada ao mercado português. Bernardo Ribeiro e Abílio Pereira, respetivamente Diretor geral da Lagoalva Equipamentos e Serviços e Técnico Agrícola do Grupo da Lagoalva – distribuidor exclusivo da Horsch em Portugal – guiaram-nos num stand bem apetrechado.
A Horsch tinha um dos maiores stands no SIMA 2022 e reuniu sempre uma panóplia de visitantes das mais variadas nacionalidades, até porque os diversos equipamentos serviam um alargado leque de agricultores que ali se dirigia propositadamente para ver de perto as potencialidades de cada máquina. Quem nos recebeu foi Micha Trotzky, gestor da Horsch para o Sul da Europa, dando-nos a conhecer as principais atrações do stand, desde logo o Semeador Maestro 6TX, cujas características nos foram descritas depois por Abílio Pereira, técnico agrícola do Grupo Lagoalva e responsável da marca Horsch para o mercado nacional e angolano na Lagoalva Equipamentos e Serviços, lda.
“A maior novidade para o mercado português é o bem conhecido Maestro, semeador de milho, mas agora numa versão de 6 linhas, mais reduzida e montada nos três pontos do trator. Tem as mesmas características das máquinas rebocadas, com a particularidade de podermos ajustar a entrelinha no campo desde 45 a 80 cms. Tem tudo o que já conhecíamos do Maestro mas numa versão montada: distribuição pneumática de adubo com dois rotores, sistema de controlo da pressão ao solo, sistema de vácuo ou de pressão, sistema de localização de adubo com disco simples e sistema de microgranulado na linha”, explicou, indicando por que deverá ser um sucesso em Portugal: “Os nossos clientes procuravam esta versão por terem áreas de exploração mais reduzidas. Além disso é uma máquina ISOBUS, não tem Tdf, pode ter Horsch Connect e outras funcionalidades das outras máquinas maiores. Não é por ser mais pequena que esta versão tem menos funcionalidades, só é mais compacta.” Bernardo Ribeiro, Diretor geral da Lagoalva Equipamentos e Serviços, confirmou também que esta “era uma versão esperada há muito tempo” pelos clientes, antes de Abílio Pereira fazer uma previsão em relação ao período em que pode chegar a Portugal: “Em 2023 já deverá haver máquinas a fazer testes e pensamos que pode estar disponível no final desse ano ou início de 2024”
Sprinter 6.25 SL versátil para tremonha frontal
Entre os restantes equipamentos presentes no stand, Abílio Pereira destacou ainda o novo semeador Sprinter 6.25 SL “por ser uma máquina mais económica e versátil para a tremonha frontal.” “É montada nos três pontos para condições de sementeira direta e mobilização mínima do solo, em que cada corpo tem proteção hidráulica. É regulado individualmente e possui uma roda para fecho do rego de semente, podendo trabalhar em solos que necessitem de sementeira direta com bicos. Por ser combinado com a tremonha frontal Partner, faz adubações (semente e adubo) em simultâneo”, explicou.
Presentes ainda no stand da Horsch estavam um RowControl (sistema de fecho linha-a-linha), Versa KR (semeador eletromecânico), Pronto 6 DC (máquina com novo desenho de tremonha), Avatar 9.25 SD (semeador de discos para sementeira direta), Fortis 6 AS (Chisel combinado – bicos e rolos), Finer 6 SL (cultivador com sistema de segurança nos bicos) e o Leeb 1.8 FT (tanque frontal para complementar pulverizadores montados ou rebocados).
Alterações climáticas preocupam Michael Horsch
No stand da Horsch em Paris, pudemos conversar com Michael Horsch, fundador da Horsch dando seguimento aos passos do pai, Dankwart Horsch. E para o experiente empresário, a preocupação imediata está longe de ser as vendas de equipamentos. “Quero é saber qual o rumo que o Mundo está a levar. Deixe-me clarificar: as alterações climáticas são um caso sério, são mais severas do que o previsto, estão a avançar mais depressa do que pensávamos e a produção de cereais vai ser mais afetada por isso do que por guerras ou outra coisa. Se ficarmos sem microchips, teremos menos carros mas não passaremos fome. Quando o petróleo acabar, encontraremos alternativas. Mas quando falamos de alimentos básicos, não há alternativa, nós precisamos deles! Assim, tornar-se-ia crítico, por exemplo, se os cereais escasseassem, especialmente para os países de terceiro mundo”, confessou.