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José Eustáquio Geovannini

A coluna Conversa Afinada desta edição apresenta o Professor José Eustáquio Geovannini, atual presidente da Academia Mineira de Contabilidade (Amicic). José Eustaquio possui vasta experiência na Contabilidade e é pós-graduado em Contabilidade Avançada, bacharel em Ciências Contábeis pela e em Administração de Empresas pela PUC/MG; é professor universitário e perito contábil.

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Confira:

Por qual motivo o Sr. escolheu seguir a carreira contábil?

Eu morava em Santa Luzia (MG), cidade da região metropolitana de Belo Horizonte e sempre estudei em escolas públicas. Ao término do ginásio, quis continuar com meus estudos, mas em Santa Luzia não havia condições e, por este motivo, busquei emprego na única indústria de porte maior da cidade, quando fui admitido com a idade de 14 anos. Assim poderia viajar para Belo Horizonte todas as noites para prosseguir meus estudos. Fiz um teste no Instituto Municipal de Administração e Ciências Contábeis mantido pela Prefeitura de Belo Horizonte e consegui fazer meu curso de Técnico em Contabilidade.

Entusiasmado com o curso, pois existia um Escritório Modelo para a prática, aplicando as teorias das salas de aulas, optei por fazer o curso de Ciências Contábeis. Continuei trabalhando na mesma empresa e devido à conclusão do curso passei a trabalhar na área contábil. Necessitava morar em Belo Horizonte, pois sonhava com o curso de Ciências Contábeis e consegui na empresa, transferência para o escritório de Belo Horizonte.

Breve histórico de sua vida, onde nasceu, suas origens e se fez algum curso antes de escolher as Ciências Contábeis.

Nasci na cidade de Santa Luzia, Minas Gerais, sendo meus pais João Carlos Geovanini e Conceição Gabrich Geovanini, numa família de treze filhos. Por parte do pai, minha descendência de italiano e por parte de mãe, minha descendência de alemão.

Meu pai possuía uma padaria que propor- cionava recursos para criação dos filhos com dificuldade.

Minha mãe o ajudava com a confecção de bordados, sempre à noite, após as atividades de dona de casa. Estudei sempre em escolas públicas e comecei a trabalhar com carteira assinada aos quatorze anos. Após o término do ginásio, conclui o curso de Técnico em Contabilidade, fato que me fez escolher as Ciências Contábeis para graduação.

Em seguida, fiz o curso de Bacharel em Administração de Empresas. Durante mais de 20 anos trabalhei como contador, auditor interno e cheguei a diretor financeiro de um Grupo de Empresas da área mineira da Sudene.

Para o Sr., qual a importância das Academias Regionais para a propagação e manutenção da profissão/ exercício contábil pelo País?

As Academias tem por objetivo principal promover pesquisas e estudos relacionados com as Ciências Contábeis, divulgando os resultados de seus trabalhos.

Assim sendo, por serem entidades de caráter cientifico e cultural, as Academias Regionais são fundamentais para propagação e manutenção da profissão/ exercício contábil pelo País, desta forma proporcionando aos profissionais da Contabilidade um grande crescimento intelectual em suas ações.

Considero de muita importância o trabalho de divulgação das Academias com os estudantes de Ciências Contábeis, por meio de palestras e constante aproximação nas faculdades, incentivando todos a participarem de eventos realizados pelas entidades contábeis.

Dentro de sua carreira, qual foi a maior experiência que a Contabilidade lhe proporcionou e qual o maior aprendizado?

Quando presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais, tive condições de verificar a importância da presença junto aos profissionais da contabilidade, principalmente em um estado de 853 municípios. Pude participar de perto de suas necessidades, procurando atender e apresentar soluções aos seus pedidos. Foi um conjunto de ações que tive condições de desenvolver, com as quais passei a ter uma visão da importância da nossa profissão ainda mais abrangente. Obtive um crescimento enorme em termos profissionais.

Um fato que muito me marcou, ainda como presidente do CRCMG foi a oportunidade de inaugurar a Galeria de Ex-Presidentes. Foi um momento de muita emoção pela presença de muitos deles e familiares dos já falecidos, que prestaram muitos serviços à classe contábil, chegaram às lágrimas pela homenagem. Com isso tivemos também a oportunidade de conhecer a história de cada um dentro da profissão, – carreiras brilhantes que fizeram a diferença.

Fale um pouco sobre o atual cenário da Contabilidade em Minas Gerais.

O cenário atual da Contabilidade em Minas Gerais se encontra tranquilo e atuante. Pela primeira vez, uma mulher profissional da contabilidade assume a Presidência do Conselho Regional de Contabilidade. Com a necessidade que a maioria dos profissionais tem de atender às exigências da Educação Profissional Continuada, são a eles apresentadas aos mesmos, várias opções de cursos e eventos para cumprimento das normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Não só o setor privado está capacitado a oferecer cursos para pontuação, como o próprio Regional atua em Belo Horizonte e no interior do estado, com seminários, palestras, cursos que atendem às exigências da EPC. Como fato negativo, entendo que falta um melhor congraçamento das entidades contábeis no estado.

Se pudesse deixar uma mensagem para os estudantes de Ciências Contábeis sobre o que esperar do futuro, qual seria?

Uma mensagem de otimismo. Os estudantes de Ciências Contábeis têm uma expectativa de um mercado de trabalho ansioso por bons profissionais. Seja um estudante dedicado e, ao término do curso de Ciências Contábeis, não deixe de fazer uma pós-graduação específica da área de atuação que mais lhe agradou. O curso de Ciências Contábeis é muito abrangente e oferece várias áreas de atuação para o profissional da Contabilidade.

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