Logistica supply chain

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LogĂ­stica Integrada e Supply Chain


Apresentação do Palestrante

Iara Gallotti

Professora de cursos de formação em comércio exterior e logística pela Abracomex. Além da experiência acadêmica, é Gerente Operacional Marítimo em Freight Forwarder, possuindo experiência prática na Logística e Transporte de Bens de Capital, Eletrônicos, Automóveis, Alimentos entre outros.


Sumário Logística Integradada e Supply Chain 1. Introdução ao Supply Chain Management 2. Objetivos do supply chain 3. Gestão de processos x gestão por função 4. Sincronismo logístico: fluxo de atividades e informações 5. Logística x supply chain 6. O papel dos integrantes da cadeia: clientes x fornecedores atuando em produtos e serviços 7. Trade offs existentes entre as atividades envolvidas


FASE 1 INTRODUÇÃO AO SUPPLY CHAIN MANAGEMENT



Aspectos Introdutórios • A partir da década de 90 o mundo empresarial redescobriu a importância de que o processo produtivo opere com elevado padrão de eficiência operacional. • A eficiência deslocou-se do foco funcional para o foco sistêmico. • Substituição de processos de produção em massa pelos de produção enxuta • Integração com fornecedores e clientes


Aspectos Introdutórios O entendimento e a aplicação da logística possibilita: • Redução de Custos; • Aumento do nível de serviço ofertado ao cliente; Sendo estes diferenciais competitivos sobre a concorrência.


Aspectos Introdutórios Logística x Globalização: • Aumento do mercado consumidor; • Fontes de suprimentos ampliadas; • Canais de suprimentos e distribuição mais longos exigindo assim rapidez e flexibilidade; • Aumento nos custos logísticos e necessidade de excelência na performance


Definições de Logística “Assegurar a disponibilidade do produto certo, na quantidade certa, em condições adequadas, no local certo, no momento certo, com o preço certo e para o cliente certo.” (Definição dos 7 R’s)


Definições de Logística “Logística é o ramo da ciência militar que lida com a obtenção, a manutenção e o transporte de materiais, pessoal e instalações.” (Webster’s New Encyclopedic Dictionary, 1993)


Definições de Logística “A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o escoamento de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.” (BALLOU, 1993)


Definições de Logística “Logística é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e da armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades dos clientes.” (Council of Logistics Management, 1991) Em 2004, O próprio CLM alterou a definição, passando a ser: “A parte da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla de modo eficiente o fluxo, para frente e reverso, e a estocagem de bens, serviços e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo de modo a atender os requisitos do consumidor" (CLM, 2004).


Definições de Logística A nova definição de Logística traz dificuldades para o ensino, fazendose necessário a explicação de cadeia de Suprimentos para que o conceito possa ser compreendido em sua plenitude.

• "O gerenciamento da cadeia de suprimentos envolve o planejamento e a administração de todas as atividades envolvidas no fornecimento, requisição, transformação e todas as atividades da administração logística. • Fundamentalmente, se inclui a coordenação e a cooperação entre todos os canais produtivos, podendo ser fornecedores, intermediários, provedores de serviços terceirizados e consumidores. • O gerenciamento da cadeia de Suprimentos integra o fornecimento e demanda ao longo de todas as empresa envolvidas" (CLM, 2004).


FASE 2 OBJETIVOS DO SUPPLY CHAIN MANAGEMENT


Objetivo da Logística: Colocar os produtos (bens e serviços) nos locais e nos instantes corretos, obedecendo às condições desejadas e ao menor custo possível.


Missão da Logística


Cadeia de Suprimentos • Cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades funcionais (transporte, controle de estoques, etc...) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor; • Supply Chain Management (SCM) surgiu a partir da logística integrada, com o objetivo de aprimorar a interligação entre os canais de distribuição, minimizando custos e ciclos e reforçando o rompimento de barreiras entre os departamentos;


UM POUCO DE HISTÓRIA... • O homem sempre utilizou a logística em suas atividades comerciais e de subsistência, mesmo que de forma inconsciente e primitiva, desde os tempos das cavernas. • O Nome “Logística” surge na França no século XVIII onde havia o posto de Marechal – General de Lógis – responsável pelo suprimento e transporte do material bélico nas batalhas.


UM POUCO DE HISTÓRIA... • A Logística integrada despontou no começo da década de 80 e evoluiu rapidamente, impulsionada pela revolução da tecnologia de informação e pelas crescentes exigências de desempenho em serviços de distribuição.


Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento


LOGÍSTICA:: Um conceito em plena LOGÍSTICA mudança As quatros fases explícitas na evolução do conceito de Logística: • • • • •

1) Atuação segmentada 2) Atuação Rígida 3) Integração Flexível 4) Integração estratégica (SCM - Supply Chain Management).


EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA 1) Atuação segmentada (especializada) origem na segunda guerra mundial Não havia os sofisticados sistemas de comunicação e informática; – O estoque era elemento chave para o balanceamento da cadeia de suprimentos (eram geradas grandes quantidades, com freqüentes revisões); – Não havia preocupação com estoques e sim com lotes econômicos para transporte


EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA 2) Atuação Rígida (integração) - Iniciou-se nos meados da década 70, com a utilização de sistemas MRP e MRP II – Os processos produtivos tornaram-se mais flexíveis, com maior variedade, mas o planejamento permanecia rígido, sem flexibilidade para longos períodos; – Fazendo-se necessário a racionalização da cadeia de suprimentos, diminuição de custos e aumento da eficiência; – Iniciou-se o emprego da multimodalidade no transporte de mercadorias e a introdução da informática.


EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA 3) Integração Flexível (busca da eficiência) - Início nos anos 80, com os recursos tecnológicos permitindo a integração dinâmica e flexível entre os componentes da cadeia de abastecimento, mas somente em dois níveis, para par, ou seja, dentro da empresa entre cliente e fornecedor. – Utilização do EDI (electronic data interchange) para intercambio eletrônico de dados. – Inaugurando um canal que permitia ajustes no processo de fabricação e maior preocupação com a satisfação do cliente. – Busca permanente na redução de estoque como elemento de redução de custos.


EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA 4) Integração estratégica (SCM) Busca da diferenciação - integração de forma abrangente e cobrindo toda a cadeia de suprimentos –O tratamento das questões logísticas passa a ser estratégico, de fundamental importância para a competitividade. – Surgimento de empresas virtuais, utilização da internet e TI. – Temos assim uma nova concepção no tratamento dos problemas Logísticos, o chamado SCM (Supply Chain Management)


Integração Estratégica


Estรกgios Organizacionais


SEIS PALAVRAS RELACIONADAS À MISSÃO DA LOGÍSTICA

MISSÃO DA LOGÍSTICA

1. 2. 3. 4. 5. 6.

Mercadorias Serviços Lugar Momento Condições Custo

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Atividades primárias Essenciais para o cumprimento da função logística, contribuem com o maior montante do custo da logística: Transporte: refere-se aos métodos de movimentar os produtos aos clientes: vias rodoviárias, ferroviárias, aeroviárias dutoviário e marítimas. De grande importância, em virtude do peso deste custo em relação ao total do custo da logística. • Seleção de modais, equipamentos e serviços correlatos. • Consolidação de fretes. • Determinação de rotas. • Programação de veículos. Gestão de estoques: dependendo do setor em que a empresa atua e da sazonalidade, é necessário um nível mínimo de estoque que aja como amortecedor entre a oferta e a demanda. • Previsão de vendas. • Dimensionamento dos estoques. • Combinação de produtos. • Estratégias

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Atividades primárias Processamento do Pedidos: determina o tempo necessário para a entrega de bens e serviços aos clientes. • Interface dos estoques com as vendas. • Definição de regras para confecção de pedidos. Nível de Serviço (Qualidade): • Determinação das necessidades dos clientes. • Análise da reação dos clientes aos serviços. • Estabelecimento do nível de serviço logístico.


ATIVIDADES DE APOIO Á LOGÍSTICA

Nível de Serviço Nível de Serviço

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Atividades de Apoio Apesar de transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos serem os principais elementos que contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços, há uma série de atividades adicionais que dão suporte às atividades primárias. Elas são:

Aquisição do Produto (Obtenção).

Programação do Produto.

Embalagem de Proteção.

Manuseio de Materiais.

Armazenagem.

Manutenção de Informações.

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Aquisição do Produto (Obtenção): É a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Trata da seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da programação de compras e da forma pela qual o produto é comprado. • Seleção de fornecedores; • Determinação dos itens e das quantidades • de insumos; • Programação das compras. Programação do Produto: Enquanto a obtenção trata do suprimento (fluxo de entrada), a programação do produto lida com a distribuição (fluxo de saída). Refere-se às quantidades agregadas que devem ser produzidas, quando e onde devem ser fabricadas. • Quantidades a produzir; • Datas e locais de fabricação Embalagem de Proteção: Seu objetivo é movimentar bens sem danificá-los • Proteção contra danos e identificação dos produtos; • Facilidades de manuseio, transporte e armazenagem.

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Manuseio de Materiais (Movimentação interna): :Está associada com a armazenagem e também apoia a manutenção de estoques. Está relacionada à movimentação do produto no local de estocagem. • Seleção de equipamentos de movimentação; • Procedimentos para recebimento, alocação, recuperação e despacho. Armazenagem: Refere-se à administração do espaço necessário para manter estoques. Envolve problemas como : localização, dimensionamento da área, arranjo físico, configuração do armazém. • Dimensionamento e configuração da área de estocagem; • Definição de equipamentos e de instalações. Manutenção de Informação: Manter uma base de dados com informações importantes - por exemplo: localização dos clientes, volumes de vendas, padrões de entregas e níveis de estoques - apoia a administração eficiente e efetiva das atividades primárias e de apoio. • • •

Controles de custos e desempenhos; Suporte a atividades rotineiras, planejamentos e decisões; Coleta, armazenagem, tratamento e análise de dados. 34


Subsistemas de Atividades A logística compõe-se de três subsistemas de atividades: • Abastecimento, • Movimentação de Materiais e • Distribuição Física, Cada qual envolvendo o controle da movimentação e a coordenação demanda suprimento. 35


Subsistemas de Atividades •

Abastecimento (adm. de materiais): assume responsabilidade por todas as atividades de suprimento do material.

Movimentação de Materiais:tradicionalmente orientada para movimentação e armazenagem de produção.

Distribuição Física: orientada para produtos acabados, armazéns e transporte.

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AFINAL...O QUE É LOGÍSTICA? Processo que agrega valor de: Lugar Tempo Qualidade Informação À cadeia produtiva, atendendo ao Cliente Final

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FASE 3 Sincronismo logístico: fluxo de atividades e informações



Os fluxos logísticos são a essência da atividade, é possível afirmar que o objetivo do gestor de logística é na verdade gerenciar os fluxos presentes na cadeia, para otimizar processos, reduzir tempo e custo e ganhar competitividade.

Fluxos Logísticos

Fluxo Informativo: Facilitador da integração de todo o ciclo do produto, desde o fornecedor até o cliente final. É o que comanda os fluxos monetáriofinanceiro e material, pois o mesmo gera informações necessárias para o controle do fluxo de caixa da empresa e transmite de forma eficiente dados sobre os clientes e os materiais para que a cadeia de fornecimento possa se ajustar para atender a demanda. Fluxo Material: É o mapeamento do fluxo das matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados; Fluxo Monetário-Financeiro: Demonstra o ciclo econômico, evidenciando como são feitos os pagamentos e cobranças (fluxo de caixa) que possibilitam a movimentação do fluxo de material;

O ideal é que haja uma harmonia entre os fluxos para garantir agilidade em todo processo.


Sincronismo logístico: fluxo de atividades e informações


FASE 4 Gest達o de processos x gest達o por fun巽達o


Gestão de processos x gestão funcional A Logística e o ambiente organizacional das empresas • O intercâmbio de informações entre os departamentos tornaram-se fundamentais para a tomada de decisões rápidas e consistentes

Integração funcional: requisito básico para uma Supply Chain eficiente.


Gestão de processos x gestão funcional • Adaptar organogramas e gestão por processos é fundamental para que a logística seja adotada de forma sistêmica focando no desempenho total. • A abordagem sistêmica traz conflitos pessoais, intergrupais, interdepartamentais entre outros. Este é um dos gradesd desafios para programar este tipo de gestão.


Gestão de processos x gestão funcional As organizações costumam ser vistas como um grande agrupamento de departamentos em decorrência do paradigma de divisão do trabalho. Porém, são os processos que produzem os resultados da empresa e estes costumam cruzar a estrutura organizacional, com a participação de mais de um departamento ou setor. O problema está no fato de que, em uma organização focada na gestão vertical, ou seja, nas funções, nenhum departamento tem a responsabilidade total por um processo de trabalho completo, e muita vezes não compreende sua participação na produção de produtos/serviços entregues ao cliente Na visão restrita à estrutura organizacional, criam-se barreira interdepartamentais que dificultam a otimização do trabalho e a gestão do fluxo de informações. Foca-se a gestão apenas dos recursos, enquanto um maior enfoque deveria estar na satisfação das necessidades dos clientes e nos resultados.


O Gerenciamento de processos é uma abordagem focada no cliente. Busca gerenciar, medir e melhorar os processos organizacionais de forma global, e não apenas localizada, estabelecendo metas, controles, indicadores de desempenho, e contando com equipes interfuncionais. Portanto, a gestão é orientada à eficiência e eficácia, e os objetivos e tomadas de decisão são baseadas nas necessidades dos cliente (internos/externos). Por isso, as organizações que gerenciam seus processos ganham competitividade, identificando pontos de melhoria constantemente, otimizando o fluxo de informações e materiais e alocando de forma eficaz seus recursos. Nesse cenário, as funções e os processos vão coexistir, porém os processos serão priorizados.


Cooperação entre Marketing e Logística

Interface



FASE 5 LogĂ­stica x Supply Chain


Distinção entre Logística e Supply Chain Management (SCM) Supply Chain Management (SCM) é mais estratégica na sua natureza enquanto que a logística é mais orientada para as operações. Supply Chain Management (SCM) : ligações na cadeia, contratos e relacionamentos, seleção de fornecedores, informações e fluxos financeiros além de fluxos de materiais, criando novas instalações, tais como fábricas, armazéns e centros de distribuição, e questões mais amplas, tais como economia, sociedade, governo e meio ambiente, Logística: rotina de transporte e armazenagem de mercadorias. No entanto, pode-se perceber que a logística é o núcleo de Supply Chain Management (SCM), se a logística falhar, toda a cadeia se rompe. SCM Logística


Logística x Supply Chain Management O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural do conceito de Logística. • Logística = integração interna de atividades • Supply Chain Management = integração externa, pois estende a coordenação dos fluxos de materiais e informações aos fornecedores e ao cliente final.


Logística x Supply Chain Management • O Supply Chain Management ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é uma ferramenta que, usando a Tecnologia da Informação (TI) possibilita à empresa gerenciar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e eficiência. Nestes tempos modernos em que a exigência de consumo atingiu o limite extremo, o Supply Chain Management permite às empresas alcançarem melhores padrões de competitividade


Logística x Supply Chain Management • Pode-se afirmar que o SCM é uma abordagem sistêmica, altamente interativa e complexa, requerendo a consideração simultânea de muitos trade-offs (representa uma troca compensatória entre alguns parâmetros como custos, tempo, etc) pois ele expande as fronteiras organizacionais e deve assim considerar, tradeoffs dentro e entre as organizações no que diz respeito por exemplo a estoques: aonde inventários devem ser mantidos e onde atividades diversas devem ser desenvolvidas.


Quais são as principais funções do Supply Chain Management? • O sistema inclui processos de logística que abrangem desde a entrada de pedidos de clientes até a entrega do produto no seu destino final, envolvendo aí o relacionamento entre documentos, matérias-primas, equipamentos, informações, insumos, pessoas, meios de transporte, organizações, tempo etc. • Fiscalizar alguns indicadores de performance fundamentais para o controle do resultado, como por exemplo a qualidade e a inovação dos produtos e serviços, velocidade da execução dos processos, tempo de chegada ao mercado e aos consumidores, nível de serviço adequado às necessidades de cada cliente e custos compatíveis com a percepção de valor da demanda. • Possibilitar à empresa usuária cumprir rigorosas condições de entrega e qualidade para os relacionamentos de longo prazo com clientes que se baseiam na produtividade. • Integrar os fluxos de informações para as programações de envio e recebimento com os outros processos.


Quais são as principais funções do Supply Chain Management? •

• •

O conceito de Supply Chain Management tem despertado notável interesse entre os membros dos mundos acadêmico e empresarial, representando importante evolução do que tradicionalmente vinha se conhecendo como Logística. Quando a concorrência era menor, os ciclos dos produtos eram mais longos e a incerteza era mais controlável, tinha sentido perseguir a excelência nos negócios através da gestão eficiente de atividades isoladas como Compras, Transportes, Armazenagem, Fabricação, Manuseio de Materiais e Distribuição. Estas funções eram desempenhadas por especialistas, cujo desempenho era medido por indicadores como custos de transportes mais baixos, menores estoques e compras ao menor preço. A gestão da cadeia como um todo pode proporcionar uma série de maneiras pelas quais é possível aumentar a produtividade e, em conseqüência, contribuir significativamente para a redução de custos, assim como identificar formas de agregar valor aos produtos. No primeiro plano estariam a redução de estoques, compras mais vantajosas, a racionalização de transportes, a eliminação de desperdícios, etc. O valor, por outro lado, seria criado mediante prazos confiáveis, atendimento no caso de emergências, facilidade de colocação de pedidos, serviço pós-venda, etc.



FASE 6 O papel dos integrantes da cadeia: clientes x fornecedores atuando em produtos e serviรงos


SCM = INTEGRAÇÃO • A SCM representa o esforço de integração dos diversos participantes do canal de distribuição por meio da administração compartilhada de processos chave de negócios que interliguem as diversas unidades organizacionais e membros do canal, desde o consumidor final até o fornecedor inicial de matérias primas. CHRISTOPHER, Martin –Logística e gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: estratégias pare redução de custos e melhorias dos serviços. São Paulo, pioneira, 1997


A cadeia de suprimentos é composta pelo que se denomina cadeia interna, cadeia imediata e cadeia total, englobando em sua estrutura os fornecedores e os clientes de primeira camada e de segunda camada. Entende-se por cadeia interna os fluxos de materiais e informações internos de uma organização. A cadeia imediata é composta por fornecedores e clientes diretos ou de primeira camada dessa organização e seus fluxos integrados de materiais e informações. Já a cadeia total é composta por todos os fornecedores e clientes e suas cadeias imediatas, com seus respectivos fluxos. Os fornecedores e clientes de segunda camada são os próximos da cadeia imediata. A visualização dessa constituição está na figura a seguir.


Clientes x Fornecedores Fornecedores atuando em produtos e serviços Práticas comumente utiliza das no SCM auxiliam e facilitam o bom funcionamento da cadeia de suprimentos. Veja abaixo alguns exemplos: •

• •

1. Reestruturação e consolidação do número de fornecedores e clientes, o que significa reduzir o número e aprofundar as relações de parcerias com o conjunto de empresas com que se deseja desenvolver um relacionamento colaborativo e de resultado sinérgico. A partir de então, é possível estreitar o relacionamento entre ambas as partes, proporcionando novas oportunidades de desenvolvimento mútuo às empresas, beneficiando diretamente os envolvidos na cadeia de suprimentos e, por consequência, gerando maior valor agregado do produto ao cliente. 2. Aplicação do sistema EDI — Electronic DataInterchange (Intercâmbio de Dados Eletrônicos):integração de sistemas computacionais entre fornecedores, clientes e operadores logísticos. 3. Implantação do sistema ECR — Efficient Consumer Response (Resposta Eficiente ao Consumidor): este conceito preza a integração entre todos os participantes da cadeia produtiva, garantindo a reposição automática dos produtos na prateleira



WAL--MART: Reduzindo custos por meio da estratégia WAL logística •

Oferece enorme sortimento de produtos, com alta disponibilidade. • Sistema de Distribuição próprio • Relacionamento de longo prazo com principais fornecedores: – contrato de longo prazo e alto volume, – troca intensiva de informações de demanda (economias de escala e melhor previsibilidade, com menor custo operacional para os fornecedores) • Uso intensivo da TI para: – Controlar Vendas e Estoques – Contatos Lojas & Fornecedores – para gerenciamento de veículos e CD


Aplicação dos conceitos de Supply Chain Management As empresas precisam repensar suas estratégias competitivas, competências centrais e principalmente fronteiras organizacionais. O SCM inclui processos de negócios que vão muito além das atividades relacionadas à logística integrada, considerando tanto os trade-offs internos quantos os inter-organizacionais. A aplicação deste conceito vai exigir um esforço rumo à integração não só de processos dentro da empresa –o que sugeriria a adoção de uma logística integrada –,mas também dos processos-chave que interligam os participantes da cadeia de suprimentos. Exemplos destes processos são as compras e o desenvolvimento de novos fornecedores e produtos, este podendo envolver marketing, pesquisa e desenvolvimento, finanças, operações e logística.


• •

Entende-se que o Supply Chain Management pode ser considerado uma tentativa de estabelecer um corte transversal das fronteiras organizacionais visando viabilizar a gestão de processos entre corporações. Os próprios autores advertem que “gerenciar uma cadeia de suprimento é uma tarefa desafiadora e que é muito mais fácil escrever definições sobre esses processos do que implementá-los”. O sucesso no gerenciamento de cadeias de suprimento, por muitos, considerado a última fronteira na redução de custos, é um diferencial competitivo que não pode ser descartado no processo de globalização em que vivemos. Num ambiente cada vez mais competitivo, a pressão do mercado por uma crescente variedade de produtos e por melhores níveis de serviço ao menor custo possível, a tendência à especialização via terceirização/ desverticalização e a evolução cada vez mais rápida das tecnologias de informação e de telecomunicações têm feito com que a logística integrada e o Supply Chain Management estejam cada vez mais presentes na agenda das empresas de todo o mundo conforme explanado.

O aprendizado e o crescimento organizacional de um sistema logístico provêm de três fontes principais: pessoas, sistemas e procedimentos organizacionais


• A integração externa, outra das dimensões de excelência logística, significa desenvolver relacionamentos cooperativos com os diversos participantes da cadeia de suprimentos, baseados na confiança, capacitação técnica e troca de informações. • A integração externa permite eliminar duplicidades, reduzir custos, acelerar o aprendizado e customizar serviços.


A base da atuação dessas empresas que se destacam no cenário de competição atual é o fortalecimento de alianças estratégicas entre empresas complementares, e mesmo entre concorrentes, e a gerência da informação em todas as fases do ciclo dos pedidos ao longo do sistema logístico, utilizando para isso os métodos de análise e a continuada monitoração de desempenho dos parceiros. Nesse sentido, a tecnologia de informação vem tendo uso cada vez mais generalizado nas empresas.


Para avaliação do estágio de uma organização, segundo modelo desenvolvido por nível de desenvolvimento da estrutura logística de uma empresa pode ser analisado a partir de três dimensões básicas: Formalização da função logística, (gerenciamento de práticas específicas relacionadas à logística e é representado pela presença de regras, planos, objetivos e procedimentos escritos.)

Monitoramento de desempenho e Adoção de tecnologia. Empresas que possuem estas três dimensões bem desenvolvidas, e tendem a ter um sistema logístico mais flexível, flexibilidade esta que permite uma diferenciação competitiva considerando os aspectos econômicos.


• A figura a seguir representa a integração da cadeia de suprimento, conforme o conceito de SCM, que consiste na integração externa com fornecedores e clientes, quando se obtém relacionamentos de parcerias externas que envolvem compartilhamento de informações e ações, diferentemente dos sistemas convencionais, criando uma dependência complexa entre as partes da cadeia. • Verifica-se a completa interligação entre as diversas atividades da cadeia, como o suprimento, o planejamento e controle da produção e dos estoques, bem como o transporte das mercadorias até o cliente.


VĂ­deo Institucional Natura


FASE 7 Trade Offs


TRADE--OFF LOGÍSTICO TRADE Segundo o dicionário Webster, trade-off significa “um balanço de fatores não acessíveis ao mesmo tempo, como, por exemplo, o abandono de uma coisa em prol de outra, troca, compensação”. As ações logísticas são tipicamente compensatórias. Uma ação gerencial em um sentido qualquer provoca melhoria de uma variável focalizada por um lado, mas aumenta a sensibilidade de outras variáveis, por compensação. Aumentar o nível de serviços em logística acarreta aumentar os custos logísticos de forma acelerada (exponencial, logarítmica, não linear, etc.). Com o aumento de custos, reduz-se o valor receitas, decrescendo o lucro. Há, assim, do ponto de vista estritamente econômico, uma situação lucro máximo, que indica um nível de serviço determinado. O nível de serviço de um sistema logístico pode ser dimensionado em função deste ponto de máximo lucro, mas deve ser avaliado se se trata de um nível de serviço aceitável para manter mercado ou estabilidade do processo à jusante (pro- Adução, próximo modal, etc.).


TRADE--OFF LOGÍSTICO TRADE Outro trade-off típico em logística trata do tipo de modal de transporte e dos custos de estoques. Modal de transportes significa, neste contexto, velocidade de entrega, para um mesmo trajeto. Custos de estoques significam custos financeiros de estoques, ou seja, o custo do dinheiro para manter um recurso não em uso direto, portanto dinheiro indisponível em caixa. Para modais mais rápidos, menores são os custos de estoques equivalentes. Presume-se haver, para cada aplicação, uma faixa ótima de modais que possam indicar custos de estoques razoáveis, para que a principal função do estoque seja permitida, ou seja, a proteção do processo seguinte (produção, venda, ou modal subsequente da cadeia de suprimentos). Há, no entanto, maneiras de compor diversos modais de forma simultânea, em paralelo e em série, para parcelas do volume a transferir, de forma a permitir o uso de combinações de modais mais baratos com outros mais ágeis (intermodalidade). Neste assunto são bem vistos os conceitos de contingência e redundância, que tomam dimensão a depender dos valores dos processos que tais estoques visam proteger.


TRADE--OFF LOGÍSTICO TRADE Outro trade-off de alto significado é o do próprio estoque e o custo da falta em um sistema. Os estoques existem para proteger os sistemas produtivos que antecedem, quer sejam unidades de transformação, ou até mesmo os mercados consumidores que alimentam. Assim, são comparados os custos para manter estoques (custos financeiros, de armazenagem, preservação, movimentação, etc.) com o possível custo da falta. Para sistemas com maiores variações com relação à média, maiores devem ser os estoques protetores, evitando-se o risco da falta.

Os trade-off em logística são elementos que devem ser tratados de forma global, ou seja, com a visão do ciclo completo de suprimentos, com o conceito do custo total.


TRADE--OFF LOGÍSTICO TRADE


Modais de Transporte Modal Aquaviário: Marítimo, Fluvial e Lacustre Modal Terrestre: Rodoviário, Ferroviário e Dutoviário Modal Aéreo Multimodal -Intermodal


Fonte: www.ideiasustentavel.com.br


Vantagens e Desvantagens do Modal Marítimo Marítimo O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio internacional. Inclui tanto os navios que realizam tráfego regular, pertencentes a Conferências de Frete, Acordos Bilaterais e os outsiders, como aqueles de rota irregular, os “tramps”.

Vantagens: • Maior capacidade de carga; Carrega qualquer tipo de carga; • Menor custo de transporte.

Desvantagens:

Necessidade de transbordo nos portos;

Distância dos centros de produção;

Maior exigência de embalagens; Menor flexibilidade nos serviços aliado a freqüentes congestionamentos nos portos

• •


Vantagens e Desvantagens do Modal AÉREO Aéreo É o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com urgência na entrega. Vantagens: • Mais rápido e seguro; • Menores os custos com seguro, estocagem e embalagem, além de ser mais viável para remessa de amostras, brindes, bagagem desacompanhada, partes e peças de reposição, mercadoria perecível, e etc.

Desvantagens: • •

Menor capacidade de carga; Valor do frete mais elevado em relação aos outros modais.


FASE 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Conclusão 1. 2. 3. 4.

O que é cadeia de suprimentos; Apresentar as fases de decisão de cadeia de suprimentos; Apresentar as visões do processos da cadeia; Identificar a importância dos fluxos;

Uma cadeia de suprimento engloba todos os estágios direta ou indiretamente no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia não inclui apenas fabricantes e fornecedores mas também transportadores, depósitos, varejistas e até mesmo os clientes. A mesma é dinâmica e envolve um fluxo constante de informações, de produtos e dinheiro entre os diferentes estágios. O principal motivo pela existência de qualquer cadeia de suprimentos é satisfazer as necessidades do cliente em um processo gerador de lucros.


A cadeia de suprimentos é na verdade composta por redes. O nome mais correto para cadeia de suprimentos deveria ser redes de suprimentos. Uma cadeia pode envolver vários estágios como: Clientes; Varejistas; Atacadistas/ distribuidores; Fabricantes; Fornecedores de matéria prima. Não necessariamente todos os estágios devem fazer parte da cadeia de suprimentos, como por exemplo: Dell (computadores) fabrica sob encomenda, que significa que o pedido do cliente inicia o processo de fabricação na empresa, dispensando os varejistas ou distribuidores de sua cadeia de suprimentos. L.L.Bean (empresa de pedido por correios) os fabricantes não atendem diretamente aos pedido do cliente. A mesma mantém um estoque próprio. O Objetivo de toda cadeia de suprimentos é maximizar o valor global gerado. O valor gerado por uma cadeia é a diferença entre: O valor do produto final para o cliente O esforço realizado pela cadeia de suprimentos para atender ao seu pedido


A lucratividade da cadeia de suprimentos é o lucro total a ser dividido pelos estágios da cadeia de suprimentos. Quanto maior sua lucratividade, mais bem sucedido será a cadeia. Para que o gerenciamento de cadeia de suprimentos seja bem sucedido, o mesmo exige diversas decisões relacionadas ao fluxo de informações, produtos e monetário. Estas decisões se encaixam em 3 categorias: Estratégia ou projeto da cadeia de suprimentos: Determina qual será a configuração da cadeia e que processo cada estágio deverá desempenhar. Planejamento da cadeia de suprimentos: Definem um conjunto de políticas operacionais que lideram as operações de curto prazo. Operação da cadeia de suprimentos: O objetivo das operações da cadeia de suprimentos é implementar as políticas operacionais da melhor maneira possível.


Existem duas maneiras de visualizar os processos realizados na cadeia de suprimentos: Visão Cíclica: Os processos em uma cadeia de suprimentos são divididos em uma série de ciclos, cada um realizado na interface entre dois estágios sucessivos. Visão Push/ Pull: Os processos em uma cadeia de suprimentos são divididos em duas categorias: Pull acionados em resposta aos pedidos dos clientes. Push antecipados aos pedidos dos clientes. A visão cíclica é dividida nos seguintes estágios: Ciclo de pedidos do cliente; Ciclo de reabastecimento; Ciclo de fabricação; Ciclo de suprimentos. Esta visão é muito útil, pois, especifica claramente os papéis e as responsabilidades de cada componente da cadeia de suprimentos. Pedido de Clientes: Chegada do cliente; Emissão do pedido do cliente; Atendimento ao pedido do cliente; Recebimento do pedido do cliente. O principal objetivo deste ciclo é satisfazer a demanda do cliente


Reabastecimento: Acionamento do Pedido do varejista; Emissão do pedido do varejista; Atendimento ao pedido do varejista; Recebimento do pedido pelo varejista. Varejista faz um pedido para reabastecer os estoques que deverão atender a uma futura demanda. Fabricação: Chegada do pedido do distribuidor, varejista ou cliente; Programação para a Produção; Fabricação e transporte; Recebimento pelo distribuidor, pelo varejista ou pelo cliente. Suprimentos: Processos necessários para garantir que os materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorra sem atrasos.


O projeto da cadeia de suprimentos e o gerenciamento adequado dos fluxos de produtos, informações e caixa têm um papel fundamental para o sucesso da empresa.


Exemplo da empresa Dell: – Faz um constante esforço para atender ao cliente em tempo real; – O estoque é reduzido, assim se houver lançamento de componentes novos, haverá menos componente desvalorizado; – Com estoque reduzido é mais fácil a identificação de produtos com defeitos; – Se houver um defeito, a fabricação é interrompida e a falha é consertada em tempo real. – Sofisticada troca de informações com seus fornecedores;


Caso 77-Eleven: – 17 mil lojas em mais 20 países; – Uma das maiores lojas de conveniência do mundo; – A 7-Eleven no Japão é uma das empresas mais lucrativas registradas na bolsa de valores de Tóquio; – O motivo para tanto sucesso á a capacidade de projetar e gerenciar sua cadeia de suprimentos. É obter um alinhamento estratégico entre a estratégia competitiva e a estratégia de localização, estoque e informação na cadeia de suprimentos. – Oferecer aos clientes o que eles querem e quando eles querem. – Um dos objetivos principais é encurtar o caminho entre a oferta e a procura através da localização, época e período do dia.


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