Jornal O Expresso ano 3 nº 8 . 2013
População de Angola recebe vias e ruas reabilitadas Hoje, quem trafega pelo Morro Bento, distrito de Samba, já nota uma grande diferença: o trânsito está a fluir melhor. Isto foi possível graças ao Projecto Vias Estruturantes que, após seis meses de obras, inaugurou a recuperação das ruas do Kikagil, 21 de Janeiro e parte da rua das Mangueirinhas. Todas estas vias já estão abertas à circulação rodoviária. Nelas, foram realizados os serviços de asfalto, pavimentação, iluminação pública e esgotamento sanitário, em parceria com o Institito Nacional de Estradas de Angola (Inea). De acordo com Flávio Borba, engenheiro responsável pela recuperação, o desafio em obras como estas é trabalhar em sinergia com a comunidade, pois trata-se de
uma obra 100% urbana. “Alguns fatores foram determinantes para o sucesso. Entregamos cartilhas para comunicar as familías e os estabelecimentos comerciais sobre as características e informações das obras. Também informamos aos meios de comunicação e à administração do município de Belas, fornecendo as datas de início e fim da intervenção”, explicou. A iniciativa está colaborando não só com o trânsito local, mas também com a saúde dos moradores, pois a drenagem evita o acúmulo de água, e com a segurança, a partir da iluminação das ruas.
A ÇÃ O SOCI A L
P e ssoas
EDUCAÇÃO: O CAMINHO MAIS SEGURO PARA O TRÂNSITO Nosso Super, Belas Business Park, Sistema Viário de Luanda, Programa de Realojamento de Populações e Relações Institucionais aderiram à iniciativa.
Reduzir as sinistralidades. Este foi o foco da terceira edição consecutiva da Campanha de Educação para o Trânsito Seguro, realizada pelo projecto Vias Expressas. A iniciativa, que aconteceu em julho deste ano, promoveu uma série de atividades de interação, com vistas a promover e ampliar a consciencialização dos transeutes sobre os perigos no tráfego de veículos. A novidade desta edição ficou por conta da programação diversificada. En-
quanto uma peça de teatro marcava o início da Campanha, as equipas dos 19 postos em Luanda e uma da província do Kwanza Norte abordavam os transeutes para a entrega de folhetos educativos. Tudo isso, com apoio de novos parceiros! Contribuindo para o sucesso da Campanha, a Direcção Nacional de Viacção e Trânsito, o Instituto Nacional de Estradas, o Ministério da Construção e alguns projectos da Odebrecht como
“Esta campanha vai ajudar a combater as altas taxas de sinistralidade que ocorrem actualmente em Angola. É uma ação muito importante, um exemplo que deve ser seguido”, afirmou a engenheira Rosário Kiala, representante do Instituto de Estradas, durante o evento de abertura. Estiveram presentes, ainda, autoridades como o Subcomissário Conceição Gomes, director em exercício da Direcção Nacional de Viacção e Trânsito representando o comandante geral da Polícia Nacional, e o Subcomissário Emídio Dias, director adjunto para a área Académica do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais representando o Diretor Geral.
DE ARACAJU PARA ANGOLA Há 4 anos a residir e trabalhar em Angola, Kharine Prado deu início ao seu percurso profissional na Universidade Federal de Sergipe, no Brasil, onde formou-se em Engenharia Civil. Hoje, ela atua como gerente de Engenharia e conta um pouco de sua história, marcada por desafios, consquistas e muita determinação. Aliás, foi justamente esta determinação que a levou, antes mesmo de obter seu diploma, a trabalhar na área da construção civil, em uma pequena empresa do setor. “Logo após entrar na universidade comecei este estágio, onde permaneci até 6 meses antes da minha formatura”, relembra. A experiência adquirida neste período alimentou seu sonho de trabalhar em uma grande empresa. Foi assim que, pesquisando na internet, Kharine descobriu uma das seleções para trainee, realizadas pela Odebrecht. A inscrição foi imediata e, após seis etapas, ela foi selecionada.
“Já conhecia a companhia, pois a maior parte da grandes obras de Aracaju, minha cidade natal, foram realizadas pela Odebrecht. Na Universidade, a empresa também era citada como um exemplo de melhores práticas no segmento”, conta. Até então, Kharine nunca havia morado longe de casa, nem fora do Brasil. Mesmo assim, enfrentou os desafios de embarcar para um vida totalmente nova, cujo ambiente é predominantemente masculino. “Quando fiz a escolha de vir para Angola, havia uma tranquilidade muito grande dentro do meu coração. Como cristã acredito que todas as coisas são propósitos divinos e estes propósitos foram se confirmando a cada dia”. Quanto ao futuro, ela espera continuar a contribuir com o desenvolvimento da empresa, deixando sua marca. “Quero ser cada vez mais respeitada pelo trabalho que faço. Para mim, esta é a maior virtude que posso alcançar”, revela.
SAÚDE
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Durante a visita, foi observada a importância não só da comunidade do entorno, como também da continuidade das ações conjuntas entre Inea, Odebrecht e Fiscalização, de modo a minimizar os impactos das obras aos moradores. Além disso, foram avaliados, com satisfação, os planos de trabalho e o ritmo acelerado das obras. Esta é a base do relacionamento, que deve ser construído por meio da qualidade das obras, do respeito aos prazos e das portas abertas às melhorias, sugestões e trabalho em equipe. Parabéns a todos por colaborarem na construção e manutenção desse relacionamento.
O que temos de ter em mente é que ao convidar o cliente para participar de todas as etapas, assumimos junto a ele o compromisso da transparência. O resultado desse comprometimento é a segurança e a credibilidade que transmitidos e construimos, em parceria, ao longo da evolução do projeto e da própria organização. É por isso que, não à tôa, nossas obras estão e estarão sempre de Tiago Britto portas abertas.
Director de Contrato
Prova disso é a recente visita no novo Director Geral do Instituto de Estradas de Angola (Inea), Júlio Alberto Satur-
Ficha Técnica Jornal Expresso Publicação Bimestral do Projecto de Infraestrutura de Luanda Jornalista Responsável Iga Bastianelli (DRT 1883) iga.bastianelli@hotmail.com www.igabastianelli.com.br Projecto Gráfico e Diagramação Accessing (www.accessing.com.br)
SAIBA MAIS SOBRE A ANEMIA Palidez, cansaço constante, falta de apetite e fraqueza. Estes são alguns dos principais sintomas da anemia, definida pela Organização Mundial de Saúde como a deficiência de hemoglobina no sangue em função da falta de nutrientes essenciais. Entre os diferentes tipos existentes, a Anemia Ferropriva, causada pela falta de ferro, é a mais comum: cerca de 90% dos casos da doença ocorre pela falta deste nutriente no organismo, responsável pelo transporte do oxigênio para
todas as células do corpo. Apesar dos índices de anemia no Estaleiro Vias Expressas serem mínimos, é preciso que todos fiquem atentos, pois “trata-se de uma doença bem comum no cotidiano da população angolana”, observa a Drª Maria Chaves, médica clínica integrante da equipe de saúde do projeto. Para prevenir a doença, é preciso manter uma alimentação equilibrada, que
Dr. Rogério Barcelos
inclua fontes seguras de ferro como carnes (fígado, aves e peixes), verduras (agrião, couve) e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha), além de manter os exames médicos em dia. Caso os sintomas descritos acima sejam recorrentes, procure imediatamente a equipe de saúde do Estaleiro, conforme as orientações do Dr. Rogério Barcelos, médico do trabalho. “Contamos com profissionais especializados e multidisciplinares, que irão atender a todos de forma adequada”, afirmou.
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nino. Na primeira semana de agosto, o engenheiro esteve em todas as frentes de trabalho do nosso projecto Vias Expressas, acompanhando o andamento das obras do órgão, em Luanda.
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Construir relacionamentos e fidelizar os clientes. Este é um tema tão importante que, atualmente, está no centro dos estudos da área de Marketing, merecendo muito da nossa atenção. Ora, por quê? Simples: promover a integração do cliente com a obra – desde o projeto, passando pelo desenvolvimento de processos até a conclusão do mesmo – é um desafio que pode garantir não só a satisfação, como contribuir para superar as expectativas de todos os envolvidos.
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MENSAGEM DO DC CLIENTE, SEJA SEMPRE BEM-VINDO!
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uma Trajetória
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de 32 anos de realizações na companhia Nascido em 19 de maio de 1951 na cidade de Santos, em São Paulo/ Brasil, Walter Silveira vem de uma família com treze irmãos. Em 1973 casou-se com Maria de Fátima e, juntos, construiram uma família com dois filhos que residem, atualmente, no município brasileiro de Uberlândia, Minas Gerais. Sua trajetória na companhia teve início em 1973, quando ainda era CBPO. De lá para cá, muita evolução, muito amigos e, principalmente, muitas aprendizagens. Recentemente, Walter deixou o Projecto Vias Expressas, no qual dedicou três dos oito anos que já acumula em Angola (de 2000 a 2001 em Capanda, de 2005 a 2008 em Luanda Sul e de 2010 a 2013 no Vias Expressas). E para enfrentar mais um desafio em sua carreira: o projecto Laúca, em Angola, onde é o responsável pelo Planejamento. Em 2013, o colaborador completou 32 anos de empresa. Segundo ele, a permanência na companhia por tanto tempo é resultado do esforço e da habilidade para driblar os momentos ruins, além dos diferentes líderes que acreditarem nele. Por isso, sua expectativa hoje é fechar com chave de ouro sua carreira profissional, mantendo a dignidade, o respeito e a ética no trabalho
Bate bola: Como teve início a sua carreira? Por onde você começou? Aos 19 anos parti com meu pai, para acompanhá-lo na estrada do trabalho. Sem experiência ou formação, comecei como apontador na seção pessoal da obra de Porto Colômbia, localizada em Planura, em Minas Gerais, no Brasil. Apesar das dificuldades você sempre deu muita importância a formação, como conseguiu? No trabalho, vi algumas oportunidades de crescimento e me tornei auto-ditada. Primeiro, fiz Desenho Técnico. Este curso me ajudou a abrir portas e garantiu minha motivação para seguir em frente. Naquela época, nos anos 1970, haviam poucas universidades e as escolas técnicas estavam a ser implantadas. Portanto, como trabalhava em construção, longe dos grandes centros, continuei minha formação à distância, a estudar Engenharia de Construção, Eletrotécnica e outros cursos de especialização, como Gestão de Projetos. Pode nos contar alguns momentos marcantes na empresa ? Minha história na companhia é longa e diversificada. Comecei no Grupo Odebrecht em 1973, na CBPO (empresa formalmente adquirida pela companhia em 1978). Em 1976, fui trabalhar na Usina Nuclear de Angra dos Reis, onde permaneci até 1980. Neste projeto, tive a opor-
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PASSATEMPO
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tunidade de conviver com os grandes nomes da construção, hoje, na empresa. Depois, já como técnico reconhecido na área de Projectos, fui para a Eletronorte, para a construção de Tucuruí. Voltei para a empresa em 1985, para a obra de Cachoeira Dourada, em Goiânia, de onde segui para a obra de Corumbá já na área de Planejamento, area que atuo até hoje. Aliás, foi neste projeto que obtive o maior reconhecimento, chegando a responsável pela Engenharia. Em 1988, fui honrado com a participação no programa “Operário Padrão”. Não levei o prêmio, mas fiquei muito feliz pela indicação. O que mais considera relevante dentro de sua trajetória profissional? Passei por muitos contratos da empresa, a fazer grandes amizades. E estas amizades foram e são fundamentais para meu desenvolvimento profissional. Nesta estrada, só conheci pessoas boas. Algumas marcaram mais pela maior influência no dia a dia e pela convivência. Posso esquecer alguém, portanto, prefiro não citar nomes. Digo sempre que o conhecimento não nos pertence, pois o pouco que sei, adquiri com as pessoas que convivi no meu trajeto profissional. E quanto ao futuro, qual a sua expectativa? Depois de mais de 30 anos contribuindo com a empresa, que me proporcionou experiências e amizades únicas, minha expectativa para o futuro é dedicar meu tempo a vivenciar melhor a companhia dos meus familiares.