História - 2º Trimestre

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História INDEPENDÊNCIA DAS TREZE COLÔNIAS E DO HAITI 1 - (Espcex (Aman) 2012) Durante a colonização inglesa na América, as colônias do norte tiveram uma flexibilização política ao monopólio, pois, durante algum tempo, permitiram o comércio entre as colônias e com as Antilhas francesas e espanholas, além de a metrópole não reprimir o contrabando. Tal fato sucedeu-se devido a estas colônias a) terem como características o trabalho livre e a grande propriedade. b) estarem localizadas em área de clima temperado, que não favorecia o cultivo da canade-açúcar, tabaco e algodão, por isto não produziam produtos tropicais que interessavam à Inglaterra. c) terem sido formadas por pessoas da nobreza parasitária, que desejavam manter o “status quo”. d) serem de origem holandesa, colônia fundada por Giovanni Caboto, italiano radicado em Amsterdã. e) estarem numa posição geográfica próxima às Antilhas; além disso, a Inglaterra encontrava-se em guerra com a França e por isso sofriam com a escassez de mão de obra especializada. 2 - (Mackenzie 2010) O processo da emancipação das Treze Colônias Inglesas da América do Norte, na segunda metade do século XVIII, é denominado de Revolução Americana, pois a) representou o fim do pacto colonial naquela parte do continente americano, servindo de modelo para os demais processos emancipatórios americanos. b) rompeu o Pacto Colonial mercantilista e criou uma sociedade liberal e democrática para todos os setores sociais. c) foi a primeira etapa das Revoluções Liberais que, a partir de então, iriam propagar-se somente na Europa. d) assinalou o início de uma sociedade capitalista, baseada no trabalho assalariado, livre das instituições feudais. e) a ideologia de seus grandes líderes era a mesma que caracterizaria, pouco tempo depois, a Revolução Inglesa. 3 - (Unesp 2016) Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a

liberdade e a busca da felicidade. Para assegurar esses direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam seus justos poderes do consentimento dos governados. Sempre que uma forma de governo se dispõe a destruir essas finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la, e instituir um novo governo, assentando seu fundamento sobre tais princípios e organizando seus poderes de tal forma que a ele pareça ter maior probabilidade de alcançar-lhe a segurança e a felicidade. (Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: Harold Syrett (org.). Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.) O documento expõe o vínculo da luta pela independência das treze colônias com os princípios a) liberais, que defendem a necessidade de impor regras rígidas de protecionismo fiscal. b) mercantilistas, que determinam os interesses de expansão do comércio externo. c) iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de rebelião contra governos tirânicos. d) luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar pela própria salvação. e) católicos, que justificam a ação humana apenas em função da vontade e do direito divinos. 4 - (Upf 2015) Na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, em 1776, os colonos, na escrita de Thomas Jefferson, registraram: “Estas colônias unidas são, e têm o direito a ser, Estados livres e independentes e toda ligação política entre elas e a Grã-Bretanha já está e deve estar totalmente dissolvida.” É correto dizer que a afirmação de liberdade e independência presente no documento está relacionada: a) ao interesse das colônias do Norte de se separarem das colônias do Sul, em função dos entraves que a organização social escravista sulina criava ao desenvolvimento capitalista. b) à vontade dos colonos norte-americanos de se aliarem com a França revolucionária, que lhes oferecia oportunidades mais promissoras para as trocas comerciais. c) ao propósito dos colonos de alcançar a autonomia política, embora preservando o monopólio comercial, que favorecia a economia das colônias do Norte. d) à formalização de uma separação política que, na prática, já existia, como comprova a liberdade comercial da qual gozavam tanto as colônias do Norte quanto as do Sul.


225 e) à reação dos colonos norte-americanos, baseada nas ideias dos filósofos iluministas, contra a tentativa de reforçar as medidas de exploração colonial impostas pela Inglaterra. 5 - (Pucrj 2017) Às vésperas da independência das 13 colônias inglesas na América, em janeiro de 1776, Thomas Paine publica o seu famoso panfleto Senso Comum, no qual defendia enfaticamente a separação da Inglaterra: “A Inglaterra é, apesar de tudo, a pátria-mãe, dizem alguns. Sendo assim, mais vergonhosa resulta sua conduta, porque nem sequer os animais devoram suas crias nem fazem os selvagens guerra a suas famílias; de modo que esse fato volta-se ainda mais para a condenação da Inglaterra. [...] Europa é a nossa pátria-mãe, não a Inglaterra. Com efeito, este novo continente foi asilo dos amantes perseguidos da liberdade civil e religiosa de qualquer parte da Europa [...] a mesma tirania que obrigou os primeiros imigrantes a deixar o país segue perseguindo seus descendentes”. A partir da leitura do documento acima, faça o que se pede nos itens abaixo. a) Explique as razões para a referência que o autor do panfleto faz à “vergonhosa conduta” e à “tirania” para descrever as relações da Inglaterra com suas colônias nesse momento. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ a) Indique duas ações empreendidas pela coroa inglesa que exemplifiquem essa conduta. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 6 - (Upe 2014) A passagem do século XVIII para o XIX foi marcada por um desequilíbrio nas relações entre a Europa e o Novo Mundo. As lutas políticas na América estavam ligadas à resistência contra a colonização europeia e às influências das ideias liberais. Sobre essa crise do Antigo Regime e suas implicações na América, assinale a alternativa CORRETA. a) A Guerra de Independência dos Estados Unidos acirrou as tensões políticas préexistentes entre a França e a Inglaterra, servindo de palco para um confronto indireto entre essas duas nações. b) As tensões políticas entre a Espanha e suas colônias na América acabaram por reestruturar o império espanhol que, mediante as reformas

bourbonianas, conseguiu manter seu poderio na América, até o final do século XIX. c) As relações entre Portugal e a América Portuguesa só se agravaram após a transmigração da família real para o Brasil em 1808, fugindo da invasão napoleônica. d) A Guerra do Paraguai, envolvendo Brasil, Portugal, Paraguai, Espanha e Inglaterra, é fruto direto desse contexto. e) As Conjurações Baiana e Mineira, ocorridas no início do século XIX, são reflexos desse quadro de desequilíbrio político entre Portugal e sua colônia na América. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder à(s) questão(ões) a seguir, considere o texto abaixo: Os homens reunidos em sociedade (relevem-me este tom meio pedante) estão virtual e tacitamente obrigados a obedecer às leis formuladas por eles mesmos para a conveniência comum. Há, porém, leis que eles não impuseram, que acharam feitas, que precederam as sociedades, e que se hão de cumprir não por uma determinação de jurisprudência humana, mas por uma necessidade divina e eterna. Entre essas, e antes de todas, figura a da luta pela vida (...) (ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 432) 7 - (Puccamp 2016) A imposição, pelas metrópoles, de leis severas às populações de suas colônias, contribuiu para acirrar movimentos pela independência nas Américas. Isso pode ser constatado ao examinarmos o impacto a) da aprovação da Reforma Bourbônica nas colônias hispânicas, instituindo leis que reforçavam o pacto colonial e o poder da igreja, por meio da Companhia de Jesus, causando, assim, revoltas populares cujo alvo era a figura do Rei da Espanha. b) da imposição da Lei do Chá, nas Treze Colônias (atuais Estados Unidos), coroando uma sequência de leis consideradas intoleráveis pelos colonos por restringirem a liberdade de comércio e aumentarem a taxação de impostos. c) da instituição de uma monarquia independente na Nova Espanha (atual México) por sua própria metrópole, a fim de manter elos coloniais sob nova roupagem e sem a interferência da Igreja, causando violenta reação popular. d) de medidas segregacionistas de cunho racista em Saint Domingue (atual Haiti) pela França, cujo governo censurou os ideais da Revolução Francesa nessa sua colônia caribenha.


226 e) da aplicação da Devassa no Brasil colonial, cobrança coletiva aplicada reiteradamente para completar a quota de ouro devida à Coroa portuguesa que despertou, na população colonial, fortes sentimentos antilusitanos. 8 - (Fgv 2015) Em 1776, foi declarada a emancipação política dos Estados Unidos. Comparando o processo de independência estadunidense com outros casos na América, podemos afirmar que a) a independência dos Estados Unidos foi pacífica, semelhante ao processo brasileiro e diferente do restante da América espanhola, caracterizado pelas guerras contra forças metropolitanas. b) a escravidão não foi abolida pelo governo dos Estados Unidos no momento da independência política, de maneira semelhante ao que ocorreu no Brasil e na maior parte da América Latina. c) ao contrário do caso brasileiro e latinoamericano, a independência dos Estados Unidos foi liderada pelas camadas populares da sociedade colonial. d) a instauração de repúblicas democráticas é um traço comum entre o processo de emancipação política dos Estados Unidos e o das outras nações do continente americano. e) ao estabelecer a sua independência, os líderes estadunidenses imediatamente concederam direito de voto às mulheres, o que não ocorreu no Brasil e tampouco no restante da América Latina. 9 - (Ufjf 2011) Como se vê na figura abaixo, a Europa, na segunda metade do século XVIII, foi abalada por revoluções e reivindicações que envolviam também suas colônias americanas.

Baseando-se na imagem e em seus conhecimentos, responda ao que se pede:

a) Qual foi o primeiro movimento vitorioso da história americana que ilustra a vitória das reivindicações das elites locais contra o sistema colonial europeu? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ b) Analise uma repercussão desse episódio no restante do continente americano. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 10 – (Uerj 2012)

No século XVIII, durante a Revolução Francesa, Saint Domingue, uma pequena colônia na América Central, rebelou-se contra sua metrópole, dando início à luta pela independência do Haiti, em um processo diferente daqueles que ocorreram nas demais colônias do continente americano. Aponte uma proposta da Revolução Francesa que influenciou a independência do Haiti e a principal diferença entre este processo e as outras lutas pela independência das colônias americanas. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 11 - (Ufrgs 2016) Considere as afirmações abaixo, sobre a história do Haiti nos séculos XIX e XX. I. A Guerra de Independência do Haiti iniciou como uma ampla rebelião de escravos cujas consequências foram a abolição da servidão e a emancipação do país do domínio colonial francês.


227 II. Os franceses exigiram uma compensação financeira em razão da abolição da escravidão e da independência, que só terminou de ser paga em meados do século XX. III. O país enfrentou, em janeiro de 2010, um terremoto devastador que custou a vida de mais de cem mil haitianos e forçou outros milhares à emigração, inclusive para o Brasil. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. TRANSFERÊNCIA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA E REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS / INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA 1. (Fgv 2017) Ao final do século XVIII, ocorreram duas grandes revoltas na América portuguesa: a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798). A respeito dessas duas revoltas, explique: a) a composição social dos seus dirigentes; _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ b) as influências político-culturais de cada uma delas; _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ c) os objetivos político-sociais de cada uma delas. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 2 - (Unesp 2013) A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo, a) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo projeto, defendido pelos liberais portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil. b) pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia. c) pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.

d) pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo português com a política da Inglaterra. e) pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a mesma administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil. 3 – (Upf 2018) O episódio da transferência da Corte para o Brasil, em 1808, alterou profundamente o cotidiano da sociedade do Rio de Janeiro. A adaptação de hábitos e a conversão do aparelhamento urbano aos padrões da realeza europeia, o advento da imprensa, a formação de espaços de sociabilidades, as missões artísticas e culturais, entre outros, contribuíram para uma nova feição dos domínios portugueses na América. Do ponto de vista econômico, a grande transformação trazida com a permanência da Corte no Brasil foi um fenômeno histórico conhecido por a) fim do exclusivo comercial metropolitano. b) ampliação do comércio com a França. c) início da industrialização. d) crise da escravidão. e) incremento do imperialismo. 4 - (Fuvest 2017) Os ensaios sediciosos do final do século XVIII anunciam a erosão de um modo de vida. A crise geral do Antigo Regime desdobra-se nas áreas periféricas do sistema atlântico – pois é essa a posição da América portuguesa –, apontando para a emergência de novas alternativas de ordenamento da vida social. István Jancsó, “A Sedução da Liberdade”. In: Fernando Novais, História da Vida Privada no Brasil, v. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado. A respeito das rebeliões contra o poder colonial português na América, no período mencionado no texto, é correto afirmar que, a) em 1789 e 1798, diferentemente do que se dera com as revoltas anteriores, os sediciosos tinham o claro propósito de abolir o tráfico transatlântico de escravos para o Brasil. b) da mesma forma que as contestações ocorridas no Maranhão em 1684, a sedição de 1798 teve por alvo o monopólio exercido pela companhia exclusiva de comércio que operava na Bahia. c) em 1789 e 1798, tal como ocorrera na Guerra dos Mascates, os sediciosos esperavam contar com o suporte da França revolucionária. d) tal como ocorrera na Guerra dos Emboabas, a sedição de 1789 opôs os mineradores recém-


228 chegados à capitania aos empresários há muito estabelecidos na região. e) em 1789 e 1798, seus líderes projetaram a possibilidade de rompimento definitivo das relações políticas com a metrópole, diferentemente do que ocorrera com as sedições anteriores. 5 - (Fac. Albert Einstein - Medicin 2017) D. João elevou o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves em 16 de Dezembro de 1815. Essa medida objetivou, entre outros fatores a) atender a uma exigência das Cortes de Lisboa, de acordo com os princípios liberais da Revolução do Porto. b) impedir a ampliação do império francês nas Américas, com as guerras por territórios coloniais extraeuropeus. c) apaziguar a elite brasileira do Nordeste, que era favorável à abolição da escravidão e da implementação da república. d) legitimar a dinastia de Bragança, de acordo com os princípios restauradores invocados pelo Congresso de Viena. 6 - (Pucrj 2017) “Pernambucanos [...] o povo está contente, já não há distinção entre brasileiros e europeus, todos se conhecem irmãos, descendentes da mesma origem, habitantes do mesmo país, professos na mesma religião. Um governo provisório iluminado, escolhido entre todas as ordens do Estado, preside a vossa felicidade; confiai no seu zelo e no seu patriotismo. Vós vereis consolidar-se a vossa fortuna, vós sereis livres do peso de enormes tributos que gravam sobre vós; o vosso, e nosso país subirá ao ponto de grandeza que há muito o espera, e vós colhereis o fruto dos trabalhos e do zelo dos vossos cidadãos. [...] A pátria é a nossa mãe comum; vós sois seus filhos, sois descendentes dos valorosos lusos, sois portugueses, sois americanos, sois brasileiros, sois pernambucanos”. Proclamação do Governo Provisório Revolucionário de Pernambuco. 9 mar. 1817. A partir da leitura do documento e dos seus conhecimentos sobre o assunto, marque a alternativa INCORRETA a respeito das propostas dos revolucionários pernambucanos de 1817. a) Expressavam a insatisfação com o aumento e a criação de novos tributos (impostos) para o sustento da Corte sediada no Rio de Janeiro. b) Inspiravam-se nos ideais liberais e republicanos que se disseminavam a partir dos exemplos da Revolução de Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa.

c) Propunham a igualdade de direitos políticos e civis, a tolerância religiosa e a abolição da escravidão. d) Buscavam fortalecer os vínculos com as capitanias vizinhas, como Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, com a intenção de constituírem uma República independente do restante da América portuguesa. e) Buscavam construir uma nova pátria fundada em uma identidade comum entre “portugueses” e “brasileiros”, “europeus” e “americanos” que aderissem ao movimento. 7 - (Uemg 2017) “Ouvi, ó Povos, o grito, Que vamos livres erguer; O Brasil sacode o jugo, Independência ou Morrer. Congresso opressor jurara Nossos povos abater: Em seu despeito amamos Independência ou Morrer. Depois de trezentos anos Livre o Brasil vai viver: Deve a Pedro a Liberdade, Independência ou morrer.” “Independência ou morrer”. Poesia anônima, publicada pela Tipografia do Diário no ano de 1822, Rio de Janeiro. Apud: CARVALHO, José Murilo de, BASTOS, Lúcia & BASILE, Marcelo (Orgs.). Guerra literária: panfletos da Independência (1820-1823). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014, 257-258. 4 v. No cenário político em que a poesia acima foi elaborada, as relações entre Brasil e Portugal agravaram-se devido à/ao a) tentativa das Cortes portuguesas de recolonizar o Brasil. b) objetivo das elites brasileiras de expulsar o Príncipe Regente. c) expectativa dos liberais portugueses em fortalecer o Absolutismo. d) esforço dos deputados escravistas para criar a Constituição cidadã. 8 - (Mackenzie 2016) Em 1 de abril de 1808, durante a regência de D. João, o alvará de 1785 foi revogado, o que permitiu a liberação e o estabelecimento de indústrias e manufaturas no Brasil. Apesar disso, na prática, essa providência não alcançou seus objetivos de capacitar o país para desenvolver suas indústrias, porque a) os acordos de parceria estabelecidos entre o Brasil e a Inglaterra, para o incremento técnico das manufaturas nacionais, foram cancelados


229 por falta de interesse da elite agrária do nosso país. b) D. João, apesar de ter permitido a instalação de manufaturas no país, defendia a superioridade dos produtos industrializados europeus perante os similares nacionais. c) faltava ainda, a adoção de uma política de proteção alfandegária nacional, diante da concorrência das mercadorias britânicas, além do nosso mercado consumidor interno não ser muito amplo. d) novos acordos comerciais foram assinados com potências europeias, o que ampliou os privilégios dos comerciantes estrangeiros no nosso país, em detrimento dos interesses nacionais. e) apesar de a Inglaterra ter honrado os acordos comerciais e entregado máquinas e equipamentos industriais, a nossa mão de obra escrava não tinha especialização necessária para o trabalho na indústria. 9 - (Uece 2017) Atente ao seguinte excerto: “[...] Resulta daí que a Independência se fez por uma simples transferência política de poderes da metrópole para o novo governo brasileiro. E na falta de movimentos populares, na falta de participação direta das massas neste processo, o poder é todo absorvido pelas classes superiores da ex-colônia, naturalmente as únicas em contato direto com o regente e sua política. Fez-se a Independência praticamente à revelia do povo; e se isto lhe poupou sacrifícios, também afastou por completo sua participação na nova ordem política. A Independência brasileira é fruto mais de uma classe que da nação tomada em conjunto”. Caio Prado Jr. Evolução política do Brasil: Colônia e Império. São Paulo: Brasiliense. p. 53. Na perspectiva de Caio Prado Jr., caracterizam o processo de independência do Brasil os seguintes aspectos: a) presença de movimentos populares, participação do povo no poder e elitismo. b) poder absorvido pelas classes inferiores, independência feita à revelia da elite local e com grandes sacrifícios para o povo que se envolveu no processo. c) projeto de toda a nação, afastamento das classes superiores do poder e grande participação popular. d) poder nas mãos das classes superiores, ausência de participação do povo e independência feita a partir do interesse de uma classe e não da nação como um todo. 10 - (Pucsp 2016) “Em 1822, a América espanhola, de independência conquistada em

oposição a uma metrópole e suas Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente reconhecida por uma potência de primeira grandeza como eram os Estados Unidos, ofereceria um modelo para a independência do Brasil.” João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência hispano-americana (1808-1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p. 448. O caráter exemplar que a independência da América espanhola representou, segundo o texto, para aqueles que lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado, por exemplo, na a) capacidade de manter a coesão territorial da antiga colônia, que acabou por gerar uma única e poderosa nação. b) subserviência imediata aos interesses comerciais e políticos norte-americanos, que rapidamente se impuseram sobre toda a América. c) disposição de defender princípios emancipacionistas e enfrentar militar e politicamente as forças da metrópole. d) possibilidade de estabelecer laços comerciais imediatos e lucrativos com as antigas colônias portuguesas do litoral africano. 11 - (Enem 2016) O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das outras situações de contestação política na América Portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente não tocou somente na condição, ou no instrumento, da integração subordinada das colônias no império luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais (1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência. JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000. A diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-se na pretensão de a) eliminar a hierarquia militar. b) abolir a escravidão africana. c) anular o domínio metropolitano. d) suprimir a propriedade fundiária. e) extinguir o absolutismo monárquico. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o trecho abaixo. Ele servirá de base para resolução da(s) questão(ões). O termo independência adquiriu ressonância no vocabulário político especialmente a partir da deflagração da Revolução de 1820, na cidade do Porto. Foi bastante utilizado em manifestos revolucionários para sublinhar a possibilidade de a “nação portuguesa” e os “portugueses de ambos os mundos” regenerarem os tradicionais


230 princípios monárquicos do reino, estabelecidos no século XVII com a ascensão de D. João IV de Bragança. A proposta fundamental era a de construir a “independência nacional”, articulando a monarquia a uma Constituição que estabelecesse limites ao poder real e garantisse direitos e liberdades civis, e políticas aos cidadãos do império. Pretendia-se por essa via, entre outras exigências, contestar o absolutismo representado por D. João VI e o “despotismo” exercido por ministros, por conselheiros e pela corte radicada no Rio de Janeiro desde 1808. (OLIVEIRA, Cecília H.S. Repercussões da revolução: delineamento do império do Brasil, 1808/1831. In.: GRINBERG, Keila, SALLES, Ricardo (orgs.). O Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. p.p. 18-19) 12 - (Pucmg 2015) Responda a esta questão assinalando a afirmativa CORRETA. Enquanto o processo de independência da América portuguesa uniu as diferentes facções oligárquicas estabelecendo um sistema unitário sob regime monárquico, na América espanhola havia diferentes frações de uma mesma oligarquia. Esse fato: a) evoluiu, justamente por não haver um poder forte, numa forma de Estado Nacional moderno, independente do capital internacional. b) levou a uma participação maior das camadas sociais mais baixas num movimento que ficou conhecido como caudilhismo. c) consolidou, logo após a emancipação, um poder político ainda mais centralizado e autoritário com uma forma de ditadura militarista. d) gerou um instável e difícil período com o progressivo uso das forças para conter as massas a serviço dos interesses das elites. 13 - (Enem 2014) A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808. NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997. Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem a) incentivado o clamor popular por liberdade. b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana. c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.

d) obtido o apoio do grupo constitucionalista português. e) provocado os movimentos separatistas das províncias. 14 - (Unesp 2014) A transformação do Rio de Janeiro em corte real começou apenas dois meses antes da chegada do príncipe regente, quando notícias do exílio real – tão “agradáveis” quanto “chocantes”, cheias de “sustos e alegrias” – foram recebidas. Entretanto, como descobriram os residentes da cidade, os preparativos iniciais para acomodar Dom João e os exilados marcaram apenas o começo da transformação do Rio de Janeiro em corte real, pois o projeto de construir uma “nova cidade” e capital imperial perdurou por todo o reinado brasileiro do príncipe regente. Construir uma corte real significava construir uma cidade ideal; uma cidade na qual tanto a arquitetura mundana como a monumental, juntamente com as práticas sociais e culturais dos seus residentes, projetassem uma imagem inequivocamente poderosa e virtuosa da autoridade e do governo reais. (Kirsten Schultz. Versalhes tropical, 2008. Adaptado.) Explique o principal motivo da transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, e indique duas mudanças importantes por que o Rio de Janeiro passou para receber e abrigar a família real. 15 - (Pucrs 2014) Considere as afirmações abaixo sobre a crise do Antigo Sistema Colonial e a Independência do Brasil (1822). I. O movimento intelectual chamado de Iluminismo teve grande influência na crise do Antigo Sistema Colonial, pois, além de criticar as bases do Antigo Regime, como o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza, condenava também o sistema colonial e o monopólio comercial. II. Os conflitos na Europa decorrentes da expansão do império napoleônico estiveram na base desse processo, na medida em que Napoleão, tentando bloquear o acesso da Inglaterra ao mercado colonial ibérico, invadiu Espanha e Portugal, precipitando, assim, o processo de independência da América. III. A vinda da corte portuguesa para o Brasil é considerada como um fator que retardou o processo de independência brasileiro, pois a presença do monarca lusitano na América estreitou ainda mais os laços entre Brasil e Portugal, tornando o primeiro ainda mais dependente do segundo.


231 IV. A Independência do Brasil foi marcada por um forte conflito entre o novo país e a sua antiga metrópole europeia, devido à rejeição das elites político-econômicas da antiga colônia portuguesa ao modelo agroexportador implantado pela coroa lusitana, baseado na grande propriedade da terra e na mão de obra escrava. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. . 16 – (Unesp 2014) Sobre as lutas pela independência na América Hispânica, é correto afirmar que a) contaram com participação política e militar direta dos Estados Unidos e da Alemanha, interessados em ampliar sua presença comercial na região. b) tiveram claro caráter popular, expresso na realização, após a emancipação, de reformas sociais profundas. c) impediram a modernização das economias coloniais e reduziram a participação dos países da região no comércio internacional. d) asseguraram a manutenção da unidade territorial e impediram a fragmentação política da região. e) foram controladas, na maior parte dos casos, pelas elites criollas, embora tenham contado com participação popular 17 - (Ufrgs 2015) Leia o segmento abaixo. Nenhum dos grupos em disputa pelo poder pretendia modificar a estrutura econômica e social herdada da colônia. Assim, os novos países permaneceram predominantemente agrários, com base no latifúndio; mantiveram as relações produtivas pré-capitalistas, inclusive com o crescimento do trabalho compulsório (servil, semisservil e escravo). WASSERMAN, Claudia. História Contemporânea da América Latina, 1900-1930. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1992. p. 9-10. O segmento faz referência a um contexto histórico da América Latina. Assinale a alternativa que representa esse contexto. a) Derrota dos diversos movimentos de independência latino-americanos, no início do século XIX, e manutenção da dominação espanhola até o início do século XX. b) Manutenção das estruturas sociais herdadas do período colonial e constituição de Estados oligárquicos em toda a América Latina, no século XIX.

c) Diversificação produtiva, característica das economias nacionais latino-americanas no século XIX. d) Criação de Estados democráticos em toda a região, após as guerras de independência do século XIX. e) Vitória das diversas revoltas de indígenas e escravos, logo após as independências, e fim do trabalho compulsório por toda a região. 18 – (Ufjf-pism 2 2018) No processo de Independência e ao longo do século XIX muitas nações latino-americanas foram marcadas pelo fenômeno político conhecido como Caudilhismo. Documento 1

Documento 2 "Na América Latina o termo caudilho ainda continua a ser usado, como o de cacique, para designar chefes de partido local ou de aldeia, com características demagógicas. Presentemente, parte dos estudiosos da ciência política creem que o Caudilhismo é particularmente significativo para a compreensão da gênese do militarismo na América Latina." Adaptado de BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política, Brasília: Editora UnB, 2000. Com base nestas informações e em seus conhecimentos, assinale a alternativa CORRETA: a) O caudilhismo foi um fenômeno político típico dos países europeus, e que foi exportado para o Brasil e demais países americanos. b) Os caudilhos se opunham ao poder do Exército e da Igreja e defendiam a centralização em oposição ao federalismo. c) Pode-se afirmar que o caudilhismo foi um fenômeno tipicamente urbano, ligado ao processo de expansão da industrialização. d) Os caudilhos foram fundamentais para o estabelecimento das democracias que


232 caracterizaram os países americanos desde o século XIX. e) O caudilhismo tem vinculação com as elites locais, e é um poder baseado no carisma do líder (o caudilho), no uso da força e no apoio dos proprietários de terra. 19 - (Pucsp 2016) “Em 1822, a América espanhola, de independência conquistada em oposição a uma metrópole e suas Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente reconhecida por uma potência de primeira grandeza como eram os Estados Unidos, ofereceria um modelo para a independência do Brasil.” João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência hispano-americana (1808-1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p. 448. O caráter exemplar que a independência da América espanhola representou, segundo o texto, para aqueles que lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado, por exemplo, na a) capacidade de manter a coesão territorial da antiga colônia, que acabou por gerar uma única e poderosa nação. b) subserviência imediata aos interesses comerciais e políticos norte-americanos, que rapidamente se impuseram sobre toda a América. c) disposição de defender princípios emancipacionistas e enfrentar militar e politicamente as forças da metrópole. d) possibilidade de estabelecer laços comerciais imediatos e lucrativos com as antigas colônias portuguesas do litoral africano. 20 - (Unesp 2015) Era o fim. O general Simón José Antonio de La Santísima Trinidad Bolívar y Palacios ia embora para sempre. Tinha arrebatado ao domínio espanhol um império cinco vezes mais vasto que as Europas, tinha comandado vinte anos de guerras para mantê-lo livre e unido, e o tinha governado com pulso firme até a semana anterior, mas na hora da partida não levava sequer o consolo de acreditarem nele. O único que teve bastante lucidez para saber que na realidade ia embora, e para onde ia, foi o diplomata inglês, que escreveu num relatório oficial a seu governo: “O tempo que lhe resta mal dá para chegar ao túmulo.” MÁRQUEZ, Gabriel García. O general em seu labirinto, 1989. O perfil de Simón Bolívar, apresentado no texto, acentua alguns de seus principais feitos, mas deve ser relativizado, uma vez que Bolívar

a) foi um importante líder político, mas jamais desempenhou atividades militares no processo de independência da América Hispânica. b) obteve sucesso na luta contra a presença britânica e norte-americana na América Hispânica, mas jamais conseguiu derrotar os colonizadores espanhóis. c) defendeu a total unidade das Américas, mas jamais obteve sucesso como comandante militar nas lutas de independência das antigas colônias espanholas. d) teve papel político e militar decisivo na luta de independência da América Hispânica, mas jamais governou a totalidade das antigas colônias espanholas. e) atuou no processo de emancipação da América Hispânica, mas jamais exerceu qualquer cargo político nos novos Estados nacionais. 21 - (Unesp 2013) Leia. É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres dessemelhantes dividem a América. (Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. Simón Bolívar: política, 1983.) O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que, a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil. b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade da América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola. c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no continente. d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana. e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua ação política e militar,


233 reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis. UNIFICAÇÃO ITÁLIA E ALEMANHA / IMPERIALISMO 1 - (Fgv 2015) A unidade italiana – o processo de constituição de um Estado único para o país – conserva o sistema oligárquico (...) Isto não impede a formação do Estado, mas retarda a eclosão do fenômeno nacional. (Leon Pomer, O surgimento das nações, 1985, p. 40-42) Fizemos a Itália; agora, precisamos fazer os italianos. (Massimo d’Azeglio apud E. J. Hobsbawm, A era do capital, 1977, p. 108) A partir dos textos, é correto afirmar que a) apesar de ter nascido antes da nação, o Estado italiano, unificado em 1871, representou os interesses dos não proprietários, o que implicou a defesa de mudanças revolucionárias, que tornaram o Estado não autoritário e permitiram a emergência do sentimento nacional, já fortificado pelas guerras de unificação. b) o Estado italiano, nascido em 1848, na luta da alta burguesia do norte pelo poder, representava os interesses liberais, isto é, a unidade do país como um alargamento do Estado piemontês, na defesa da pequena propriedade e do voto universal, condições para a consolidação do sentimento nacional que cria os italianos. c) em 1848, a criação do Estado italiano, pela burguesia do Reino das Duas Sicílias, foi uma vitória do liberalismo, pois a estrutura fundiária, baseada na grande propriedade, e a exclusão política dos não proprietários permaneceram, encorajando os valores nacionais, condição para diminuir as diferenças regionais. d) em 1871, o processo de unificação e o sentimento nacional estavam intimamente ligados, na medida em que a classe proprietária do centro da península, vitoriosa na guerra contra a Áustria, absorveu os valores populares nacionais, o que legitimou a formação do Estado autoritário, defensor das desigualdades regionais. e) o Estado italiano nasceu antes da nação, em 1871, como uma construção artificial, frágil e autoritária da alta burguesia do norte, cujos interesses de dominação excluíram as mudanças revolucionárias e atrasaram a emergência do sentimento nacional, ainda estranho para a grande maioria das diferentes regiões da península. 2 - (UFPR 2016) A unificação alemã foi articulada pelo reino da:

a) Prússia, após a derrota da Comuna de Paris na Guerra Franco-Prussiana, apoiado em uma aliança com a aristocracia austríaca e a burguesia prussiana. b) Áustria, devido à sua superioridade industrial e militar dentro da Confederação Germânica, apoiado em uma aliança com a aristocracia prussiana. c) Áustria, como resposta à ameaça prussiana de unificação após a instituição do Zollverein na Confederação Germânica, apoiado em uma aliança com a aristocracia austríaca. d) Prússia, devido ao seu poderio militar e força econômica dentro da Confederação Germânica, apoiado em uma aliança entre a aristocracia e a alta burguesia. e) Prússia, devido à mobilização nacionalista da Confederação Germânica durante a Guerra Franco-Prussiana, apoiado em uma aliança com a grande burguesia austríaca. 3 - (Uel 2001) Sobre a unificação da Itália (1870) e da Alemanha (1871), analise as afirmativas abaixo: I - Os movimentos liberais, que nesses países assumiram um aspecto fortemente nacionalista, tiveram importante participação no processo de unificação. II - A ausência de guerras ou revoltas marcou a unificação italiana e alemã. III - O processo de unificação acelerou o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha e na Itália, o que resultou em disputas que desembocaram na Primeira Guerra Mundial. Assinale a alternativa correta. a) Apenas a afirmativa II é verdadeira. b) Apenas a afirmativa III é verdadeira. c) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. d) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. e) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 4 - (USF 2016) A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África e Ásia. Disponível em: http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2011/04 /aprenda-as-diferencas-entre-o.html Acesso em: 14/09/2015, às 14h06min. Comparando o imperialismo do século XIX com o colonialismo do século XVI, podemos concluir


234 que a) o imperialismo do século XIX esteve voltado para a procura de mercados consumidores de produtos industrializados e fornecedores de matéria-prima. b) o colonialismo do século XVI buscava colônias para instalar o excedente populacional e novas áreas de investimentos de capitais industriais. c) o imperialismo do século XIX demonstrou respeito em relação aos povos das colônias conquistadas, preservando seus costumes e sua identidade cultural. d) o imperialismo do século XIX se dedicou à busca de especiarias, gêneros tropicais e metais preciosos, enquadrando-se no Mercantilismo. e) o colonialismo do século XVI limitou-se à costa africana, enquanto o imperialismo do século XIX voltou-se somente para a América do Norte. 5 - (Enem 2013) A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante. SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado). O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma a) cruzada religiosa. b) catequese cristã. c) missão civilizatória. d) expansão comercial ultramarina. e) política exterior multiculturalista. 6 - (UFJF 2016) Na segunda metade do século XIX, muitos povos africanos e asiáticos viram seus territórios serem ocupados pelas potências europeias. Sobre o imperialismo e neocolonialismo europeu na África e na Ásia, leia atentamente as afirmações abaixo: I. O desenvolvimento industrial das grandes potências europeias levou ao empreendimento de um novo modelo de colonização. O aumento da produção e o acúmulo de capitais fizeram com que essas potências buscassem ampliar seus mercados e adquirir matéria-prima a custos mais baixos. II. Durante a Conferência de Berlim, ocorrida entre os anos de 1884-1885, as potências europeias estabeleceram regras para a

exploração e ocupação da África, levando em consideração a diversidade cultural e as identidades étnico-territoriais. III. Os povos africanos e asiáticos não aceitaram passivamente o domínio dos europeus, o que gerou diferentes formas de resistência em ambos os continentes. Muitos nativos utilizaram varias técnicas e táticas militares para defenderem-se contra a ocupação e exploração dos europeus. IV. O discurso ideológico que procurou legitimar o domínio e exploração europeia nos continentes africano e asiático foi baseado nas teorias raciais. Difundiu-se a ideia de que os europeus constituíam a raça branca e superior, cuja missão era levar a civilização para lugares habitados por raças inferiores, primitivas e bárbaras. Assinale a alternativa CORRETA: a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Todas as alternativas estão incorretas. c) As afirmativas I, II e III estão corretas. d) As afirmativas I, III e IV estão corretas. e) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas 7 - (UFRGS 2016) Observe a figura abaixo.

A Conferência de Berlim (1884) e a subsequente “Partilha da África” pelas potências europeias tiveram um papel fundamental na transição de uma dominação informal para um colonialismo bastante agressivo, o chamado “novo imperialismo”. Uma das principais características desse novo imperialismo foi : a) o convívio pacífico entre africanos e europeus, com ampla extensão de direitos políticos e sociais aos primeiros, nas regiões colonizadas.


235 b) o fomento ao processo de descolonização da África, iniciado na década de 1830 e encerrado na década de 1890, com amplo apoio das principais potências europeias. c) a exploração econômica direta dos territórios ocupados e a criação de estruturas coloniais de administração excludentes e violentas. d) a dominação indireta, pelas potências europeias, das regiões colonizadas, restrita somente a 10% de todo o território africano. e) a limitação do imperialismo europeu somente à África e a exclusão da Ásia e da Oceania das pretensões imperiais das potências em disputa. 8 - (PUCRJ 2015) Ao longo do século XIX, diversos países praticaram uma política de expansionismo imperialista que interferiu na trajetória histórica de sociedades em todos os continentes. Sobre esse processo, assinale a única alternativa correta. a) O expansionismo, nesse momento, estava associado ao desenvolvimento da industrialização e à expansão do capital financeiro, o que significava ampliar o mercado consumidor, garantir o controle sobre áreas fornecedoras de matérias-primas estratégicas e encontrar novas áreas de investimento. b) A principal justificativa desse expansionismo foi a ideia de civilização, tendo os povos conquistados acolhido os conquistadores como seus salvadores frente a um destino de pobreza e miséria. c) A relação econômica entre a metrópole e a colônia estava baseada na pratica do monopólio comercial que os primeiros exerciam sobre os segundos. d) O controle das áreas coloniais nesse momento obedecia a uma lógica econômica e, por isso, não houve significativos deslocamentos de população entre as regiões metropolitanas e coloniais. e) A resistência ao colonialismo no século XIX foi vitoriosa, pois as populações locais conseguiram articular alianças políticas e militares que impediram a vitória das potências industriais. 9 - (Unesp 2015) A partilha da África entre os países europeus, no final do século XIX, a) buscou conciliar os interesses de colonizadores e colonizados, valorizando o diálogo e a negociação política. b) respeitou as divisões políticas e as diferenças étnicas então existentes no continente africano.

c) ignorou os laços comerciais, políticos e culturais até então existentes no continente africano. d) privilegiou, com a atribuição de maiores áreas coloniais, os países que haviam perdido colônias em outras partes do mundo. e) afetou apenas as áreas litorâneas, sem interferir no Centro e no Sul do continente africano. 10 - (Enem 2014) Três décadas – de 1884 a 1914 – separam o século XIX – que terminou com a corrida dos países europeus para a África e com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na Europa – do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África. ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo Cia. das Letras, 2012. O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida em que a) difundiu as teorias socialistas. b) acirrou as disputas territoriais. c) superou as crises econômicas. d) multiplicou os conflitos religiosos. e) conteve os sentimentos xenófobos. EXPANSÃO SECESSÃO

ESTADUNIDENSE

E

GUERRA

DE

1 - (UFF) Imbuídos da moral protestante e movidos pelo sonho de uma nova vida proveniente das transformações industriais europeias, os pioneiros da marcha para o oeste iniciaram a grande obra de povoamento do território norte-americano e de reconhecimento de suas riquezas. Considerando-se o aspecto histórico do alargamento de fronteiras nos Estados Unidos, pode-se dizer que a marcha para o oeste: a) foi o marco inicial da expansão da economia norte-americana, uma vez que os pioneiros eram organizados pelo Estado e deveriam auxiliá-lo na eliminação dos índios; b) significou a abertura de um conflito entre os vários tipos de pioneiros e teve como consequências a Guerra de Secessão e a autonomia dos Estados da federação norteamericana; c) teve como repercussões, apenas, a matança dos índios e a fabricação de heróis dos filmes de far-west; d) revelou um território rico que teve condições de ser ocupado graças à aliança entre os pioneiros e os índios;


236 e) constituiu um dos marcos da identidade homem-terra na construção da nação norteamericana, possibilitando o alargamento do território. 2 - (Fuvest) A ideia de ocupação do continente pelo povo americano teve também raízes populares, no senso comum e também em fundamentos religiosos. O sonho de estender o princípio da “união” até o Pacífico foi chamado de “Destino Manifesto”. Nancy Priscilla S. Naro. A formação dos Estados Unidos. São Paulo: Atual, 1986, p. 19. A concepção de “Destino Manifesto”, cunhada nos Estados Unidos da década de 1840, a) difundiu a ideia de que os norte-americanos eram um povo eleito e contribuiu para justificar o desbravamento de fronteiras e a expansão em direção ao Oeste. b) tinha origem na doutrina judaica e enfatizava que os homens deviam temer a Deus e respeitar a todos os semelhantes, independentemente de sua etnia ou posição social. c) baseava-se no princípio do multiculturalismo e impediu a propagação de projetos ou ideologias racistas no Sul e no Norte dos Estados Unidos. d) derivou de princípios calvinistas e rejeitava a valorização do individualismo e do aventureirismo nas campanhas militares de conquista territorial, privilegiando as ações coordenadas pelo Estado. e) defendia a necessidade de se preservar a natureza e impediu o prosseguimento das guerras contra indígenas, na conquista do Centro e do Oeste do território norteamericano. 3 - (UFMG) Considerando-se as relações entre a América Latina e os Estados Unidos a partir de meados do século XIX, é CORRETO afirmar que a) a abertura do canal no estreito do Panamá possibilitou o desenvolvimento de relações comerciais equilibradas entre as Américas. b) a consolidação dos Estados antilhanos e centro-americanos viabilizou o apoio constante do Governo norte-americano às democracias dessa região. c) a derrota do México, na guerra com os Estados Unidos, significou a perda de quase metade do território mexicano para este país. d) a política do big stick, implementada pelo Presidente Theodore Roosevelt, visava estreitar o diálogo diplomático entre os países americanos. 4 - (UFRGS) Ao longo do século XIX, acirraram-se as diferenças e contradições na

sociedade estadunidense, expondo a fragilidade dos laços que uniam a porção sulista à porção nortista. A esse respeito, considere as seguintes afirmações. I - Enquanto no norte a sociedade vivia em um mundo cada vez mais urbano e competitivo, na sociedade sulista predominava a estrutura rural de uma aristocracia há muito estabelecida. II - O norte revelou-se mais apto ao desenvolvimento científico-industrial que o sul, embora, em termos econômicos, tenha havido um forte impulso à industrialização em ambos os lados. III - O norte possuía uma clara vocação política centralizadora, já que necessitava de coesão interna para o crescimento de sua indústria, enquanto os estados ao sul pretendiam manter sua autonomia federativa. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 5 - (Fuvest) "Uma casa dividida contra si mesma não subsistirá. Acredito que esse governo, meio escravista e meio livre, não poderá durar para sempre. Não espero que a União se dissolva; não espero que a casa caia. Mas espero que deixe de ser dividida. Ela se transformará só numa coisa ou só na outra." Abraham Lincoln, em 1858. Esse texto expressa a: a) posição política autoritária do presidente Lincoln. b) perspectiva dos representantes do sul dos EUA. c) proposta de Lincoln para abolir a escravidão. d) proposição nortista para impedir a expansão para o Oeste. e) preocupação de Lincoln com uma possível guerra civil. 6 - (Ufrrj 2005) Leia o texto que se refere à Guerra de Secessão e responda ao que se pede. A União compreendia 23 Estados, com cerca de 28 milhões de habitantes; os Confederados tinham 11 Estados com uma população de cerca de 9 milhões de indivíduos, dos quais 3 milhões e 500 mil eram escravos. O sistema ferroviário da União era mais extenso e de melhor qualidade que o dos confederados. Estes dependiam de armas, munições e medicamentos importados, o que não ocorria com a União


237 devido ao desenvolvimento industrial do Norte. Além do mais, os estaleiros do Norte reforçavam sua esquadra cujos navios afundaram os dos confederados e bloquearam os portos sulistas cortando ligações com o exterior. AQUINO, R.S.L. et alli. "História das Sociedades: Das Sociedades Modernas às Sociedades Atuais." Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1983, p. 174. Sobre a Guerra de Secessão, ocorrida nos Estados Unidos entre 1861 e 1865, é correto afirmar que a) as suas causas encontram-se nas medidas protecionistas tomadas pelos estados do Sul em processo de industrialização, uma vez que estes estavam sufocados pela concorrência dos produtos mais baratos do norte industrializado. b) ela tem início como uma reação do Norte ao predomínio de sulistas no congresso americano, o que fez com que os estados do Norte, apesar de altamente industrializados, ficassem com a fatia menor do orçamento da União. c) os exércitos confederados se levantam contra a política discriminatória de sucessivos presidentes do Norte, que praticamente excluem o Sul de quaisquer investimentos para industrializar-se, aplicando durante anos a quase totalidade de recursos em estados do Norte. d) a classe dominante sulista, a burguesia mercantil, objetivava a constituição de um vigoroso mercado interno para escoar a produção agrícola de sua região, ao contrário dos estados do Norte, cuja classe dominante, a Burguesia Industrial, tinha como objetivo primeiro a ênfase no mercado externo. e) o conflito teve como um dos principais motivos as rivalidades cada vez maiores entre o norte industrializado e o Sul escravocrata em torno de problemas como a libertação dos escravos, desejada por políticos do Norte, que desorganizaria de modo central a economia agrícola sulista. 7 - (UFF) A Guerra de Secessão, nos Estados Unidos da América, promoveu a implantação de novas bases para a nação americana, porque a vitória do Norte: a) desencadeou o movimento racista de oposição ao desenvolvimento da modernização americana que culminou com a fundação da KluKlux-Klan; b) acelerou o processo de estabelecimento do capitalismo no Sul, permitindo a unificação de mercados, o desenvolvimento urbano e o melhor aproveitamento das matérias-primas e produtos agrícolas do Sul; c) não significou a eliminação do peso político do Sul que, no início do século XX, retomou sua

hegemonia econômica com a anexação do Texas; d) expôs o grande dilema americano do "destino manifesto" e determinou a supremacia da perspectiva econômica agrária sobre a industrial; e) teve consequências cruciais para os escravos do Sul, pois, produziu uma legislação social que excluía os negros da terra, com a proibição do trabalho dos ex-escravos. 8 - (Unicamp 2014) Como os abolicionistas americanos previram, os problemas da escravidão não cessariam com a abolição. O racismo continuaria a acorrentar a população negra às esferas mais baixas da sociedade dos Estados Unidos. Mas se tivessem tido a oportunidade de fazer uma viagem pelo Brasil de seus sonhos – o país imaginado por tanto tempo como o lugar sem racismo – eles teriam concluído que entre o inferno e o paraíso não há uma tão grande distância afinal. (Adaptado de Célia M. M. Azevedo, Abolicionismo: Estados Unidos e Brasil, uma história comparada (século XIX). São Paulo: Annablume, 2003, p. 205.) Sobre o tema, é correto afirmar que: a) A experiência da escravidão aproxima a história dos Estados Unidos e do Brasil, mas a questão do racismo tornou-se uma pauta política apenas nos EUA da atualidade. b) Os abolicionistas norte-americanos tinham uma visão idealizada do Brasil, pois não identificavam o racismo como um problema em nosso país. c) A imagem de inferno e paraíso na questão racial também é adequada às divisões entre o sul e o norte dos EUA, pois a questão racial impactou apenas uma parte daquele país. d) A abolição foi uma etapa da equiparação de direitos nas sociedades norte-americana e brasileira, pois os direitos civis foram assegurados, em ambos os países, no final do século XIX. 9 - (Fgv 2001) A KU KLUX KLAN representa, entre as organizações de segregação racial, uma das mais conhecidas. Surgida e proibida na segunda metade do século XIX, ainda hoje tem adeptos que a fazem ressurgir em atos isolados e, muitas vezes, apenas simbólicos. Sobre a KKK é CORRETO afirmar que: a) foi uma resposta de intimidação à vitória do Sul na Guerra de Secessão e à abolição dos escravos nos EUA; b) é uma organização que se inicia no norte dos EUA, após o assassinato de Lincoln, representando o interesse dos republicanos feridos pela derrota na Guerra de Secessão;


238 c) sua criação está relacionada ao repúdio de setores segregadores sulistas à aprovação da 13a e da 14a Emendas Constitucionais, que buscaram definir as relações inter-raciais nos EUA, após a Guerra de Secessão; d) constituiu uma organização secreta, de segregação racial, responsável pela campanha e pela vitória de Lincoln, nas eleições presidenciais de 1860, pelo partido republicano; e) foi uma resposta, dos negros sulistas, e uma política de integração racial, autoritária e desigual, proposta pelos Estados Confederados. BRASIL IMPÉRIO Primeiro Reinado 1 - (Cesgranrio) A Constituição imperial brasileira, promulgada em 1824, estabeleceu linhas básicas da estrutura e do funcionamento do sistema político imperial tais como o(a): a) equilíbrio dos poderes com o controle constitucional do Imperador e as ordens sociais privilegiadas. b) ampla participação política de todos os cidadãos, com exceção dos escravos. c) laicização do Estado por influência das ideias liberais. d) predominância do poder do imperador sobre todo o sistema através do Poder Moderador. e) autonomia das Províncias e, principalmente, dos Municípios, reconhecendo-se a formação regionalizada do país.

b) O que foi a Confederação do Equador, da qual Frei Caneca participou? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 4 - (Usf 2017) O Brasil independente nasceu em meio a uma profunda crise. Uma crise política marcada pela contestação da autoridade do imperador e por guerras de independência em várias províncias, pelos conflitos em torno da elaboração da primeira Constituição brasileira de 1824 e pelo autoritarismo de D. Pedro I. Finalmente, o imperador abdicou, em 1831. Piletti, Nelson. História do Brasil. Ática, 1996. São Paulo. p. 170 (Adaptado). A respeito do assunto proposto no texto, a) caracterize a Constituição de 1824 em relação ao voto. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ b) cite duas razões que concorreram para a abdicação de D. Pedro I. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ Período Regencial

2- (Fuvest) Qual o papel conferido ao Imperador pela Constituição de 1824? a) Subordinação ao poder legislativo. b) Instrumento da descentralização político administrativa. c) Chave de toda a organização política. d) Articulador da extinção do Padroado. e) Liderança do Partido Liberal. 3 - (Unicamp) Em 1824, Frei Caneca criticou a Constituição outorgada por D. Pedro I dizendo que o poder moderador era a chave mestra da opressão da nação brasileira e que a Constituição não garantia a independência do Brasil, ameaçava sua integridade e atacava a soberania da nação. (Baseado em Frei Caneca, "Crítica da Constituição Outorgada", ENSAIOS POLÍTICOS, Rio de Janeiro, Editora Documentário, p. 70-75) a) Defina o poder moderador. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________

5 – (Ufjf-pism 2 2017) Leia atentamente o texto abaixo e em seguida responda: O Ato Adicional de 1834 reformou a constituição em sentido descentralizante. Criou as assembleias provinciais, concedendo mais poder às províncias, e aboliu o Conselho de Estado. À maior descentralização seguiu-se um recrudescimento dos conflitos e revoltas provinciais. Nunca houve período mais conturbado na história do Brasil. CARVALHO, J. M.. D. Pedro II: ser ou não ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 36. As revoltas ocorridas durante o período regencial expressavam um grande descontentamento com o projeto centralizado de Estado, liderado pelas elites enraizadas na Corte. Sobre as revoltas regenciais é CORRETO afirmar que: a) os revoltosos eram formados, exclusivamente, por grandes proprietários de terra que disputavam entre si o direito de maior representatividade e projeção no cenário nacional.


239 b) em sua maioria, as revoltas regenciais ameaçavam a unidade do Império por meio de reivindicações que poderiam levar à fragmentação do território em pequenas repúblicas. c) índios e africanos foram os grupos sociais que representaram maior resistência aos movimentos revoltosos, lutando ao lado do governo imperial. d) a luta contra a escravidão era uma reivindicação comum a todas as revoltas que ocorreram no período, representando o início das manifestações abolicionistas no país. e) o sucesso dos conflitos armados contribuiu para que as províncias alcançassem maior autonomia administrativa e suas elites pudessem implementar projetos políticos baseados no federalismo. 6 - (Mackenzie 2017) (...) no segundo ano do governo de Araújo Lima aumentaram as disputas políticas no Congresso. (...) por lá os ânimos estavam divididos. A saída veio rápida, e inesperada, a despeito de não ser de todo inusitada. O único consenso possível foi antecipar a maioridade política do menino Pedro, que na época contava apenas catorze anos. (...). Por isso preparou-se um golpe, o golpe da maioridade, e o maior ritual público que o Brasil já conheceu. Lilia M. Schwarcz e Heloísa M. Starling. Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 266. Assinale a alternativa correta que contenha o contexto em que ocorreu o golpe a que o texto se refere. a) A antecipação da maioridade do imperador demonstrou a incapacidade política das elites brasileiras, reunidas no partido conservador, em gerenciar o país; daí a necessidade de recorrer à figura de D. Pedro, ainda menino, para solucionar o problema. b) O golpe da maioridade foi a resposta dos Conservadores às reformas promovidas pelos Liberais, o que reforçou o clima de instabilidade política vivida no país e acentuou a crise política, só superada, por sua vez, com a proclamação da República. c) Diante das várias rebeliões regenciais, dos projetos republicanos e da radicalização da situação, reforçou-se uma saída simbólica, sustentada em um regime monárquico de governo, em que só o monarca poderia garantir a unidade nacional. d) Diante das pressões políticas, da crise econômica e das insatisfações sociais, a maioridade de D. Pedro foi a saída encontrada pela família imperial, à revelia do Congresso,

para se manter a unidade nacional e o poder das elites agrárias nacionais. e) Venerado pelas camadas populares, D. Pedro II usou de sua popularidade para angariar apoio à sua ascensão ao poder, mesmo que, para isso, tenha mergulhado o país em uma instabilidade política que só seria superada com a Lei Áurea. 7 - (Fgv 2017) Sobre a regência do paulista Diogo Antônio Feijó, entre 1835 e 1837, é correto afirmar que a) o regente conseguiu vencer a eleição devido ao apoio recebido dos produtores de algodão do Nordeste, classe emergente nos anos 1830, o que possibilitou o combate às rebeliões regenciais e o início do processo de centralização político-administrativa. b) o apoio inicial que Feijó recebeu de todas as forças políticas do Império foi, progressivamente, sendo corroído porque o regente eleito mostrou simpatia pelo projeto político da Balaiada, que defendia uma Monarquia baseada no voto universal. c) a opção de Feijó em negociar com os farroupilhas e com a liderança popular da Cabanagem provocou forte reação dos grupos mais conservadores, especialmente do Partido Conservador, que organizaram a queda de Feijó por meio de um golpe de Estado. d) o isolamento político do regente Feijó, que provocou a sua renúncia do mandato, relacionou-se com a sua incapacidade de conter as rebeliões que se espalhavam por várias províncias do Império e com a vitória eleitoral do grupo regressista. e) as condições econômicas brasileiras foram se deteriorando durante a década de 1830 e provocaram um forte desgaste da regência de Feijó, que renunciou ao cargo depois de um acordo para uma reforma constitucional. Segundo Reinado 8 - (Enem 2017)


240 10 - (Uerj 2014)

A fotografia, datada de 1860, é um indício da cultura escravista no Brasil, ao expressar a a) ambiguidade do trabalho doméstico exercido pela ama de leite, desenvolvendo uma relação de proximidade e subordinação em relação aos senhores. b) integração dos escravos aos valores das classes médias, cultivando a família como pilar da sociedade imperial. c) melhoria das condições de vida dos escravos observada pela roupa luxuosa, associando o trabalho doméstico a privilégios para os cativos. d) esfera da vida privada, centralizando a figura feminina para afirmar o trabalho da mulher na educação letrada dos infantes. e) distinção étnica entre senhores e escravos, demarcando a convivência entre estratos sociais como meio para superar a mestiçagem. 9 - (Enem 2017) Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio da compra com pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra para os trabalhadores escravos que conquistavam a liberdade. OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009. O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de a) reforma agrária. b) expansão mercantil. c) concentração fundiária. d) desruralização da elite. e) mecanização da produção.

A restituição da passagem As famílias chegadas a Santos com passagens de 3ª classe, tendo pelo menos 3 pessoas de 12 a 45 anos, sendo agricultores e destinando-se à lavoura do estado de São Paulo, como colonos nas fazendas ou estabelecendo-se por conta própria em terras adquiridas ou arrendadas de particulares ou do governo, fora dos subúrbios da cidade, podem obter a restituição da quantia que tiverem pago por suas passagens. Adaptado de O immigrante, nº 1, janeiro de 1908 A publicação da revista O immigrante fazia parte das ações do governo de São Paulo que tinham como objetivo estimular, no final do século XIX e início do XX, a ida de imigrantes para o estado. Para isso, ofereciam-se inclusive subsídios, como indica o texto. Essa diretriz paulista era parte integrante da política nacional da época que visava à garantia da: a) oferta de mão de obra para a cafeicultura b) ampliação dos núcleos urbanos no interior c) continuidade do processo de reforma agrária d) expansão dos limites territoriais da federação 11 - (Ufjf-pism 2 2017) Leia o trecho a seguir. A cada dia as posições se radicalizavam. No governo liberal de Ouro Preto foi criada a Guarda Negra, espécie de força paralela ao exército para proteger a monarquia. (...) a situação era de fato paradoxal. Os exescravizados guardavam lealdade à monarquia e opunham-se aos republicanos, chamados de ‘os paulistas’ (...) A partir do segundo semestre [de 1889], a cada dia um novo acontecimento insistia em desmentir a normalidade. (...) Os jornais também não davam trégua (...) Mas o medo maior era o descontrole, e não por acaso o Partido Republicano Paulista começou a frequentar os quartéis, arquitetando uma contrarrevolução preventiva que visava garantir


241 as estruturas sociais. Enquanto isso, os militares encontravam-se em seu clube, para começar a confabular. Na agenda apertada do golpe, os dias passavam rápido (...) SCHWARCZ, L. & STARLING, H. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 312-314. Considerando esse texto e com base em seus conhecimentos: a) Analise a atuação de DOIS atores sociais envolvidos no contexto da queda da monarquia no Brasil. ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ b) A queda da monarquia no Brasil em 1889 pode ser considerada um golpe? Justifique sua resposta. ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ 12 - (Uerj 2017)

O anúncio exemplifica uma prática que se tornou comum na imprensa brasileira no século XIX: a divulgação de oferta de recompensas por escravos fugidos. Tal prática possibilita situar a importância dessa mão de obra em diversas atividades econômicas. A partir das informações do anúncio, identifique duas características da condição de vida dos escravos, no Brasil, naquele momento. Indique, também, a principal transformação no mercado de compra e venda de escravos ocorrida em 1850 que justifique o pagamento de uma recompensa. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Um pensamento liberal moderno, em tudo oposto ao pesado escravismo dos anos 1840, pode formular-se tanto entre políticos e

intelectuais das cidades mais importantes quanto junto a bacharéis egressos das famílias nordestinas que pouco ou nada poderiam esperar do cativeiro em declínio. (BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 224) 13 - (Puccamp 2017) Considere as seguintes proposições sobre a situação do escravismo no Brasil Império, na segunda metade do século XIX, I. A Lei Eusébio de Queiroz, ainda que tenha determinado o fim do tráfico negreiro para o Brasil, não impediu o comércio interno de escravos, ativo até o final do século. II. Diversas rebeliões populares, algumas rurais, outras urbanas, como a Balaiada, a Revolta dos Malês ou a Revolta de Manuel Congo foram integradas por cativos e escravos foragidos, causando ações repressivas virulentas por parte das elites. III. A condenação moral da escravidão fez-se cada vez mais presente na imprensa, durante esse período no qual se fortaleceram os movimentos abolicionistas. IV. A abolição da escravatura foi decretada com a Lei Áurea, que não garantiu o direito à cidadania aos libertos e previu o pagamento de indenizações aos fazendeiros. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e IV. b) I e IV. c) II e III. d) I e III. e) II, III e IV. 14 – (Enem 2018) A poetisa Emília Freitas subiu a um palanque, nervosa, pedindo desculpas por não possuir títulos nem conhecimentos, mas orgulhosa ofereceu a sua pena que “sem ser hábil, é, em compensação, guiada pelo poder da vontade”. Maria Tomásia pronunciava orações que levantavam os ouvintes. A escritora Francisca Clotilde arrebatava, declamando seus poemas. Aquelas “angélicas senhoras”, “heroínas da caridade”, levantavam dinheiro para comprar liberdades e usavam de seu entusiasmo a fim de convencer os donos de escravos a fazerem alforrias gratuitamente. MIRANOA, A. Disponível em: www.opovoonline.com.br. Acesso em: 10 jun. 2015. As práticas culturais narradas remetem, historicamente, ao movimento a) feminista. b) sufragista. c) socialista. d) republicano.


242 e) abolicionista. 15 - (Fgv 2018) Terra do sonho é distante/e seu nome é Brasil/ plantarei a minha vida/ debaixo de céu anil/ Minha Itália, Alemanha/ Minha Espanha, Portugal/talvez nunca mais eu veja/ minha terra natal. Milton Nascimento. Sonho imigrante. Acerca do processo de imigração para o Brasil, registrado no século XIX, é correto afirmar: a) O Brasil tornou-se o destino preferencial dos imigrantes europeus graças à possibilidade de se constituírem pequenos proprietários rurais devido à promulgação da Lei de Terras em 1850. b) Desde a proclamação da independência do Brasil, a imigração europeia foi estimulada pelo governo central como uma maneira de atender às pressões inglesas pelo fim da escravidão no país. c) O fluxo imigratório só deslanchou no Brasil após as alterações nas leis trabalhistas que garantiram condições de trabalho análogas àquelas oferecidas no continente europeu. d) A partir da década de 1870, com as iniciativas do governo de São Paulo, intensificou-se o fluxo imigratório de europeus para a província paulista destinados, sobretudo, à produção cafeeira. e) A modernização das atividades agrícolas brasileiras iniciaram-se a partir do declínio da produção canavieira e com o desenvolvimento do complexo cafeeiro na região do Recôncavo Baiano e do Sul da Bahia. 16 - (Enem 2ª aplicação 2016)

b) atividades intensas realizadas pelo Conde D’Eu, numa tentativa de salvar o regime monárquico. c) revoltas populares em escolas, com o intuito de destituir o monarca do poder e coroar o seu genro. d) críticas oriundas principalmente da imprensa, colocando em dúvida a continuidade do regime político. e) dúvidas em torno da validade das medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o Conde D’Eu assumisse o governo. 17 - (Unicamp) As palavras a seguir foram ditas por um diplomata inglês, no século passado: "Nossas colônias não têm mais escravos. Por que outras áreas tropicais haverão de ter? Estamos montando negócios na África. Por que continuar com o tráfico negreiro, que tira nossa mão de obra de lá? Além disso, nem a servidão nem a escravidão cabem mais no mundo de hoje. Viva o trabalho assalariado! E que os salários sejam gastos na compra das nossas mercadorias." a) De acordo com esse diplomata, que interesses teria a Inglaterra em acabar com o tráfico de escravos e com a escravidão? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________

b) No Brasil, que outros motivos levaram à abolição da escravidão? _______________________________________ _______________________________________ 18 - (Enem 2ª aplicação 2016)

Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram marcados por a) debates promovidos em espaços públicos, contando com a presença da família real.


243

Com seu manto real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que lembravam também os tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, com o cabeção de penas de papo de tucano em volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. O monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado como um César em meio a coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo da nacionalidade. SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras e alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era a) exaltar o modelo absolutista e despótico. b) valorizar a mestiçagem africana e nativa. c) reduzir a participação democrática e popular. d) mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano. e) obscurecer a origem portuguesa e colonizadora. 19 - (Uece 2018) O processo que conduziu à abolição da escravidão no Brasil e que contou com a atuação de nomes como José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Luís Gama, Castro Alves, Rui Barbosa e muitos outros intelectuais teve seu desenlace com a assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888; contudo, conforme o excerto a seguir, muitos veem esse processo como inacabado. “Conservadora e curta, com pouco mais de duas linhas, a Lei nº 3.353, a chamada Lei Áurea,

decretou, no dia 13 de maio de 1888, o fim legal da escravidão no Brasil. Mas se a escravidão teve seu fim do ponto de vista formal e legal há 130 anos, a dimensão social e política está inacabada até os dias atuais. Essa é a principal crítica de estudiosos e militantes dos movimentos negros à celebração do 13 de maio como o dia do fim da escravatura”. GONÇALVES, Juliana. 130 anos de abolição inacabada. Brasil de fato. Acessível em: https://www.brasildefato.com.br/2018/05/13/130anosde-uma-abolicao-inacabada/acesso em 05/07/2018. Em relação ao fim da escravidão no Brasil, na perspectiva do trecho acima, pode-se afirmar corretamente que a) apressou a queda do já combalido sistema monárquico e sua substituição por uma república em 15 de novembro de 1889, mas não criou condições necessárias para a plena integração dos libertos na sociedade brasileira. b) atrasou o estabelecimento de um governo republicano que inserisse a população afrodescendente na sociedade brasileira com igualdades de condições aos demais grupos, o que só correu no Estado Novo em 1937. c) por ter sido muito tardio, proporcionou condições para uma adequada inserção da população de ex-escravos na sociedade brasileira na condição de proprietária das terras a ela destinadas pelo governo. d) ocorreu exclusivamente pelo interesse da monarquia em angariar o apoio do movimento abolicionista, que era muito popular junto à população, e em se opor aos seus rivais tradicionais, os latifundiários e os militares. PRIMEIRA REPÚBLICA 1 – (Enem) I – Para consolidar-se como governo, a República precisava eliminar as arestas, conciliar-se com o passado monarquista, incorporar distintas vertentes do republicanismo. Tiradentes não deveria ser visto como herói republicano radical, mas sim como herói cívico religioso, como mártir, integrador, portador da imagem do povo inteiro. CARVALHO, J. M. C. A formação das almas: O imaginário da Republica no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. I – Ei-lo, o gigante da praça, / O Cristo da multidão! É Tiradentes quem passa / Deixem passar o Titão. ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: CARVALHO. J. M. C. A formação das almas: O imaginário da Republica no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.


244 A 1ª República brasileira, nos seus primórdios, precisava constituir uma figura heroica capaz de congregar diferenças e sustentar simbolicamente o novo regime. Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figuras como Frei Caneca ou Bento Gonçalves. A transformação do inconfidente em herói nacional evidencia que o esforço de construção de um simbolismo por parte da República estava relacionado a) ao caráter nacionalista e republicano da Inconfidência, evidenciado nas ideias e na atuação de Tiradentes. b) à identificação da Conjuração Mineira como o movimento precursor do positivismo brasileiro. c) ao fato de a proclamação da República ter sido um movimento de poucas raízes populares, que precisava de legitimação. d) à semelhança física entre Tiradentes e Jesus, que proporcionaria, a um povo católico como o brasileiro, uma fácil identificação. e) ao fato de Frei Caneca e Bento Gonçalves terem liderado movimentos separatistas no Nordeste e no Sul do país. 2 – (Unesp) A chamada crise do Encilhamento, no final do século XIX, foi provocada a) pela moratória brasileira da dívida contraída junto a casas bancárias alemãs e italianas. b) pela crise da Bolsa de Valores, que não resistiu ao surto especulativo do pós-Primeira Guerra Mundial. c) pelo fim da política de proteção à produção e exportação de café, que enfrentava forte concorrência colombiana. d) pela emissão descontrolada de papel-moeda, que provocou especulação financeira e alta inflacionária. e) pelo encarecimento dos bens de primeira necessidade, que eram majoritariamente importados dos Estados Unidos. 3 - (Enem 2018) Código Penal dos Estados Unidos do Brasil, 1890 Dos crimes contra a saúde pública Art. 156. Exercer a medicina em qualquer dos seus ramos, a arte dentária ou a farmácia; praticar a homeopatia, a dosimetria, o hipnotismo ou magnetismo animal, sem estar habilitado segundo as leis e regulamentos. Art. 158. Ministrar, ou simplesmente prescrever, como meio curativo para uso interno ou externo, e sob qualquer forma preparada, substância de qualquer dos reinos da natureza, fazendo, ou exercendo assim, o ofício denominado curandeiro.

Disponível em: http//legis.senado.gov.br. Acesso em: 21 dez. 2014 (adaptado). No início da Primeira República, a legislação penal vigente evidenciava o(a) a) negligência das religiões cristãs sobre as moléstias. b) desconhecimento das origens das crenças tradicionais. c) preferência da população pelos tratamentos alopáticos. d) abandono pela comunidade das práticas terapêuticas de magia. e) condenação pela ciência dos conhecimentos populares de cura. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo. A composição da obra de Graciliano Ramos resulta de um processo rigorosamente seletivo e subordinado essencialmente aos limites da experiência pessoal, notadamente sertaneja. Nos limites da paisagem rural, de estrutura bem característica, o fazendeiro é poderoso e único, por vezes o “coronel”, até que se enfraquece em consequência da desarticulação de todo um sistema de mandonismo tradicional, ou consequência de um drama pessoal, que nos parece ainda condicionado de qualquer forma pelo sentimento fatalista do homem regional. Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira – Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro-São Paulo: Difel, 1977, p. 290. 4 - (Puccamp 2018) Durante a Primeira República, era chamado de “coronel”, em geral, o a) proprietário de terras que exercia forte poder local, controlando as eleições por meio de estratégias como fraudes e o chamado voto de cabresto. b) mandatário local que chefiava milícias armadas e agia politicamente segundo os interesses republicanos que configuravam a política do café com leite. c) fazendeiro que recebia essa patente dos marechais que se sucederam no poder, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, incumbido de garantir a ordem social na inexistência de uma Guarda Nacional. d) oligarca assim nomeado de acordo com a política dos governadores, cuja função era o apadrinhamento de candidatos para garantir a vitória eleitoral do tenentismo no Sudeste. e) dono de terras situado no sertão nordestino ou no interior do Brasil, regiões então afetadas por


245 intensos conflitos sociais, como o Cangaço e a Farroupilha. 5 - (Enem) Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural. LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado). O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social a) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda. b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes. c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica. d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia. e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional. 6 - (Enem) O artigo 402 do Código penal Brasileiro de 1890 dizia: Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação de capoeiragem: andar em correrias, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, provocando tumulto ou desordens. Pena: Prisão de dois a seis meses. SOARES, C. E. L. A Negregada instituição: os capoeiras no Rio de Janeiro: 1850-1890. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1994 (adaptado). O artigo do primeiro Código Penal Republicano naturaliza medidas socialmente excludentes. Nesse contexto, tal regulamento expressava a) a manutenção de parte da legislação do Império com vistas ao controle da criminalidade urbana. b) a defesa do retorno do cativeiro e escravidão pelos primeiros governos do período republicano. c) o caráter disciplinador de uma sociedade industrializada, desejosa de um equilíbrio entre progresso e civilização.

d) a criminalização de práticas culturais e a persistência de valores que vinculavam certos grupos ao passado de escravidão. e) o poder do regime escravista, que mantinha os negros como categoria social inferior, discriminada e segregada 7 - (Pucrj) Sobre o período da Primeira República (1889-1930), é CORRETO afirmar que: a) os temas da nação e da cidadania ganharam centralidade na Constituição de 1891, havendo atenção aos problemas sociais e à participação política, com leis trabalhistas e extensão significativa do direito ao voto. b) a violência e o risco de fraude nas eleições eram reduzidos - assim como a barganha política, a venda de votos e a dependência a chefes locais, havendo combate dos expedientes ilícitos pelo Estado. c) havia um Estado forte e centralizador que limitava a autonomia do poder estadual e garantia o controle sobre a produção e comercialização dos principais produtos agrícolas brasileiros. d) havia uma ordem liberal e uma organização federativa, o domínio político das oligarquias estaduais e a força dos coronéis nos municípios, além de uma participação eleitoral restrita. e) houve a rejeição do capital externo na promoção da urbanização das cidades brasileiras e também o incentivo estatal à industrialização, que superou a fragilidade de uma economia outrora dependente da agroexportação. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Um pensamento liberal moderno, em tudo oposto ao pesado escravismo dos anos 1840, pode formular-se tanto entre políticos e intelectuais das cidades mais importantes quanto junto a bacharéis egressos das famílias nordestinas que pouco ou nada poderiam esperar do cativeiro em declínio. (BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 224) 8 - (Puccamp) O poder local exercido por um reduzido número de famílias abastadas, não apenas nas províncias nordestinas, como o texto indica, mas em todo o território brasileiro, manteve-se após a proclamação da República e contribuiu para que alguns historiadores denominassem de “oligárquica” essa fase do período republicano. Em nível nacional, o favorecimento do poder das oligarquias se evidenciava, nessa época,


246 a) no formato das eleições, que prescindiam do voto secreto e admitiam a participação e a candidatura de cidadãos analfabetos. b) no combate a movimentos populares como o cangaço, que vinham causando o fim do coronelismo no interior do país. c) na existência de uma Comissão de Verificação de Poderes, que, a cada eleição, redistribuía os poderes do Legislativo, Executivo e Judiciário. d) na nomeação de interventores junto aos governos estaduais, pelo presidente, a fim de garantir que os interesses das principais oligarquias fossem atendidos. e) na política dos governadores, baseada em acordos de colaboração política entre a presidência e os governos estaduais, localmente amparados pela ação de “coronéis”. 9 - (Pucrj 2018) “Em que pese os centralistas, o verdadeiro público que forma a opinião e imprime direção ao sentimento nacional é o que está nos Estados. É de lá que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam, agitadas, as ruas da Capital Federal.” CAMPOS SALLES, Manuel Ferraz de. Da propaganda à presidência. Brasília: UNB, 1983, p. 127. Nessa passagem, o presidente Campos Salles (1898-1902) sintetiza a estrutura de funcionamento político formulada em seu governo para a Primeira República brasileira. Sobre essa estrutura, assinale a alternativa correta: a) O comando da política republicana estava exclusivamente nas mãos dos coronéis que controlavam os municípios de acordo com seus interesses particulares. b) A despeito dos acordos políticos inerentes ao pacto oligárquico, o livre exercício do voto e a participação eleitoral possibilitavam a constante alternância de poder. c) Os últimos anos foram marcados por diversas tensões e sérios conflitos como a Revolta da Armada e a Revolução Federalista ocorrida no Rio Grande do Sul. d) Os debates e as articulações políticas na Capital Federal foram incentivados, valorizandose, assim, um dos princípios republicanos fundamentais. e) A concessão de verbas somada às interferências no processo eleitoral garantiam a perpetuação das oligarquias estaduais e seu apoio à política do governo federal. 10 - (Enem 2018) Rodrigo havia sido indicado pela oposição para fiscal duma das mesas eleitorais. Pôs o revólver na cintura, uma caixa de balas no bolso e encaminhou-se para seu

posto. A chamada dos eleitores começou às sete da manhã. Plantados junto da porta, os capangas do Trindade ofereciam cédulas com o nome dos candidatos oficiais a todos os eleitores que entravam. Estes, em sua quase totalidade, tomavam docilmente dos papeluchos e depositavam-nos na urna, depois de assinar a autêntica. Os que se recusavam a isso tinham seus nomes acintosamente anotados. VERISSIMO. E. O tempo e o vento. São Paulo: Globo. 2003 (adaptado). Erico Veríssimo tematiza em obra ficcional o seguinte aspecto característico da vida política durante a Primeira República: a) Identificação forçada de homens analfabetos. b) Monitoramento legal dos pleitos legislativos. c) Repressão explícita ao exercício de direito. d) Propaganda direcionada à população do campo. e) Cerceamento policial dos operários sindicalizados. 11 - (Enem) O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade. O próprio presidente Campos Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos estados, que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas nas ruas da capital da União. A política dos estados é a política nacional”. CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987 (adaptado). Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política no sentido de a) governar com a adesão popular. b) atrair o apoio das oligarquias regionais. c) conferir maior autonomia às prefeituras. d) democratizar o poder do governo central. e) ampliar a influência da capital no cenário nacional. 12 - (Enem) Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado). A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados,


247 não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior. TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado). Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização: a) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista a prerrogativa de indicar os candidatos à presidência, sem necessidade de alianças. b) As divisões políticas internas de cada estado da federação invalidavam o uso do conceito de aliança entre estados para este período. c) As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas. d) A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura entre as oligarquias. e) A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno unificavam os interesses das oligarquias 13 - (Uece) Em agosto de 2016, completaramse 100 anos do fim da Guerra do Contestado e o ano de 2017 marcará os 120 anos da queda de Canudos, ocorrida em outubro de 1897, frente à poderosa expedição militar enviada pelo Estado republicano brasileiro. Sobre esses dois eventos, é correto afirmar que a) se caracterizam pela oposição dos senhores de terra ao novo modelo político da República que implantara o fim do escravismo e a igualdade legal entre os brasileiros. b) marcam reações negativas dos setores médios da população urbana contra as mudanças promovidas pela modernização e pela República, que reduziram seus privilégios. c) demonstram a capacidade do Estado brasileiro daquela época em lidar com questões sociais, como a distribuição de terras e riquezas, de forma pacífica e integradora. d) se caracterizam pelo messianismo de seus líderes, aliado aos descontentamentos em relação às condições concretas de vida das populações rurais exploradas. 14 - (Fac. Albert Einstein - Medicin 2018) SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

“Parece propósito firme do governo violentar a população desta capital por todos os meios e modos. Como não bastasse [...]a vacinação obrigatória, entendeu provocar essas arruaças que, há dois dias já, trazem em sobressalto o povo. Desde ante-ontem que a polícia, numa ridícula exibição de força, provoca os transeuntes, ora os desafiando diretamente, ora agredindo-os, desde logo, com o chanfalho e com a pata de cavalo, ora, enfim, levantando proibições sobre determinadas pontos da cidade.” Correio da Manhã, 12 de novembro de 1904. Disponível em: http://www1.uol.com.br/rionosjornais/rj10.htm


248 “Diante de antigas e novas emergências sanitárias, como febre amarela, dengue, zika e chikungunya, é inevitável se questionar por que o Brasil parece patinar no combate ao Aedes aegypti e a doenças por ele transmitidas, a despeito dos êxitos obtidos pelos seus cientistas no início do século passado e dos avanços científicos e tecnológicos que se sucederam desde então. Oswaldo Cruz morreu em 11 de fevereiro de 1917 sem testemunhar o surto [febre amarela] que se abateu sobre a cidade já em 1928. De lá para cá, a história tomou rumos que o sanitarista dificilmente suporia: cem anos após a sua morte, o Rio de Janeiro, já não mais sede do governo federal, vive novamente a apreensão de ter a febre amarela batendo a suas portas. Os paralelos com o passado indicam que o país parece ter ignorado algumas lições que poderia ter aprendido ao longo de sua história.” (FIOCRUZ, Legado, https://portal.fiocruz.br/ptbr/content/legado, acesso em 15/11/2017 A partir dos textos e das imagens, situe os dois momentos e as respectivas políticas de saúde pública, tendo em vista a relação entre os poderes públicos e a população. _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ 15 - (Enem) O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o governo, e significava o fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde o delegado de polícia ate a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de voto. CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998 (adaptado). No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas descritas baseavam-se na a) coação das milícias locais. b) estagnação da dinâmica urbana. c) valorização do proselitismo partidário. d) disseminação de práticas clientelistas. e) centralização de decisões administrativas.

16 - (Enem 2018) Os seus líderes terminaram presos e assassinados. A “marujada” rebelde foi inteiramente expulsa da esquadra. Num sentido histórico, porém, eles foram vitoriosos. A “chibata” e outros castigos físicos infamantes nunca mais foram oficialmente utilizados; a partir de então, os marinheiros – agora respeitados – teriam suas condições de vida melhoradas significativamente. Sem dúvida fizeram avançar a História. MAESTRI, M. 1910: A revolta dos marinheiros – uma saga negra. São Paulo: Global, 1982. A eclosão desse conflito foi resultado da tensão acumulada na Marinha do Brasil pelo(a) a) engajamento de civis analfabetos após a emergência de guerras externas. b) insatisfação de militares positivistas após a consolidação da política dos governadores. c) rebaixamento de comandantes veteranos após a repressão a insurreições milenaristas. d) sublevação das classes populares do campo após a instituição do alistamento obrigatório. e) manutenção da mentalidade escravocrata da oficialidade após a queda do regime imperial. 17 - (Fgvrj) A imagem a seguir é uma foto que retrata a marcha dos “18 do Forte”, ocorrida em 5 de julho de 1922, quando o Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi tomado durante um levante militar.

Esse movimento está relacionado a) à indignação dos militares, em relação à política externa brasileira, considerada subserviente aos interesses norte-americanos. b) à reação contra a chamada Coluna Prestes, que percorria o interior do Brasil combatendo as forças do exército. c) à repressão ao Partido Comunista Brasileiro, que acabara de ser fundado por influência da Revolução Bolchevique. d) aos interesses das elites de São Paulo e Minas Gerais, que estimulavam o levante contra o centralismo do Rio de Janeiro.


249 e) ao tenentismo, movimento nacionalista que propunha reformas na estrutura do poder político oligárquico do país. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1 - (UFJF) Observe o mapa abaixo:

O mapa retrata a África partilhada por países europeus em um processo conhecido como imperialismo. a) Analise as repercussões desse processo de desenvolvimento do capitalismo desde o final do século XIX. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ b) Relacione os impactos desse processo sobre as origens da Primeira Grande Guerra Mundial. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 2 - (Uerj) O patriotismo é o amor pelos seus; o nacionalismo é o ódio pelos outros. GARY, Romain (1914-1980). Citado por Henri Deleersnijder. O Globo, 28/07/2014 A frase do escritor francês Romain Gary ajuda a compreender como reivindicações de autonomia de povos e sociedades variadas acabam por ocasionar disputas territoriais e políticas. Um exemplo dessa situação é a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), para a qual contribuiu o seguinte fator: a) difusão do domínio soviético b) expansão do ideal pangermânico c) agravamento das crises balcânicas

d) crescimento das ações antissemitas 3 - (Pucrj) Em 1914, as tensões políticas entre as principais potências europeias levaram a uma guerra que se tornou, ao longo dos anos seguintes, um dos mais trágicos momentos da história da humanidade. Em relação à Primeira Guerra Mundial, é INCORRETO afirmar que: a) a Grande Guerra foi travada em duas frentes de combate e em ambas a perda de vidas humanas alcançou a dimensão de verdadeiros massacres. b) na guerra de 1914-1918, foram utilizadas novas tecnologias de comunicação e transportes, proporcionando um avanço científico acelerado. c) por envolver grandes potências coloniais a Grande Guerra atingiu populações não europeias o que deu ao conflito uma dimensão mundial. d) através de bombardeios aéreos, racionamentos de alimentos e produtos, a guerra envolveu, em grande escala, a população civil dos países em conflito. e) a Grande Guerra decorreu da tensão política e ideológica entre americanos e soviéticos na disputa por áreas de influência no continente europeu. 4 - (Acafe) As alianças militares, as disputas colonialistas e a corrida armamentista levaram a Europa à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Acerca desse contexto é correto afirmar, exceto: a) A Rússia aliou-se com a Tríplice Aliança para derrotar os Sérvios em Sarajevo. b) Os Estados Unidos da América entraram no conflito ao lado da Tríplice Entente. c) Entre as inovações tecnológicas destacaram-se a utilização de submarinos, tanques de guerra e encouraçados. d) O Tratado de Versalhes considerou a Alemanha culpada pela guerra e impôs diversas sanções ao governo alemão. 5 - (Ufrgs 2018) Observe a imagem abaixo.


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Considere as seguintes afirmações sobre o Tratado de Versalhes. I. O acordo pressupunha a divisão igualitária dos custos da guerra entre as potências beligerantes, sem responsabilizar militar e materialmente apenas uma das partes envolvidas no conflito. II. O Tratado previa a desmilitarização mútua da França e da Alemanha, com o intuito de preservar um equilíbrio de poder mínimo no continente europeu. III. O documento impunha à Alemanha a perda de suas colônias africanas, a entrega de uma parte de seu território para os países fronteiriços e a redução do exército e do poder bélico. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 6 - (Pucpr) O fim da Primeira Guerra Mundial foi conseguido por armistícios, sendo o primeiro realizado com a Bulgária, em 29 de setembro de 1918, e o último com a Alemanha, em 11 de novembro de 1918. Terminadas as operações militares, os países vitoriosos reuniram-se em janeiro de 1919, na Conferência de Paris, para as decisões que estabelecessem as condições para a paz e para a punição dos países considerados culpados pela guerra. Antes mesmo do fim da guerra, o presidente norte-americano Wilson havia concebido um plano para servir de base às negociações de paz composto por 14 pontos. Baseado na ideia da paz sem vencedores, foi inviabilizado por

diversos acordos paralelos e, principalmente, por pressão da França e da Inglaterra. O principal documento resultante das negociações em Paris foi o Tratado de Versalhes, sobre o qual é CORRETO afirmar: a) Determinou a ocupação e divisão da Alemanha em quatro zonas de ocupação, administradas pelas potências aliadas. Mais tarde essas zonas de ocupação seriam reunidas em dois Estados alemães, a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, com o objetivo de inviabilizar uma Alemanha que pudesse desestabilizar novamente o cenário político europeu. b) Considerou a Alemanha culpada pela guerra, criando uma série de determinações que visavam enfraquecer e desmilitarizar esse país. Os alemães perdiam vários territórios e todas as suas colônias e a política de indenizações empurrou o país para uma gravíssima crise econômica, que colaborou para o surgimento de movimentos de extrema direita, como o nazismo. c) Estabeleceu as bases da nova ordem internacional com todos os países que participaram da Primeira Guerra Mundial. Permitiu a criação das novas fronteiras da Europa Oriental com o reconhecimento de novos países que surgiam da queda dos impérios centrais. Polônia, Iugoslávia, Finlândia, Tchecoslováquia, Hungria, Estônia, Letônia e Lituânia foram os países beneficiados com o Tratado de Versalhes. d) Favoreceu o isolamento internacional da URSS, em função do temor provocado pela eclosão da Revolução Bolchevique. Os aliados ocidentais tentaram, por meio das disposições do Tratado de Versalhes, afastar a possibilidade de contágio e impedir que a revolução fosse exportada para outras regiões da Europa, notadamente aquelas mais prejudicadas pela destruição decorrente da guerra e da crise econômica do início dos anos 1920. e) Previu a criação de fundos econômicos, como o Plano Young, que disponibilizavam recursos econômicos para os países beligerantes que tiveram sua infraestrutura econômica destruída pelo conflito e que possibilitariam uma recuperação dos meios de produção mais rápida, impedindo que a insatisfação popular possibilitasse o avanço da revolução socialista. 7 - (UTFPR) Até a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Europa era o centro cultural e econômico do mundo. Após a Guerra, o eixo econômico mundial passou para os Estados Unidos que despontaram como uma potência econômica e militar. Essa mudança pode ser atribuída ao fato de que:


251 a) os Estados Unidos só entraram na guerra após a saída da Rússia, em 1917; ajudaram a definir a vitória e saíram como uma economia fortalecida e poucas perdas militares. b) os Estados Unidos passaram a comprar toda a produção industrial dos países europeus. c) os Estados Unidos tiveram muitas batalhas no seu território e mostraram superioridade militar. d) os Estados Unidos desenvolveram tecnologia militar, inclusive a bomba atômica. e) os países europeus se tornaram dependentes da tecnologia americana. 8 - (UPF) Leia alguns dos artigos do Tratado de Versalhes: Art. 45 – (...) a Alemanha cede à França a propriedade absoluta, com direitos exclusivos de exploração, desimpedidos e livres de todas as dívidas e despesas de qualquer tipo, as minas de carvão situadas na bacia do rio Sarre. Art. 119 – A Alemanha renuncia em favor do Principal Aliado e das Potências Associadas todos os seus direitos e títulos sobre as possessões de ultramar. Art. 198 – As forças armadas da Alemanha não devem incluir quaisquer forças militares ou navais. Art. 232 – Os Governos Aliados e Associados exigem e a Alemanha promete que fará compensações por todos os danos causados à população civil das Potências Aliadas e Associadas e a sua propriedade durante o período de beligerância de cada uma. (MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História Contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2008, p. 115-117) A partir da leitura dos artigos transcritos, é correto afirmar que o Tratado de Versalhes: a) encerrou a Segunda Guerra Mundial, fazendo com que a Alemanha perdesse as colônias ultramarinas para os países Aliados. b) extinguiu a Liga das Nações, propondo a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, com o objetivo de preservar a paz mundial. c) estimulou a competição econômica e colonial entre os países europeus, resultando na Primeira Guerra Mundial. d) permitiu que as potências aliadas dividissem a Alemanha, no fim da Segunda Guerra Mundial, em quatro zonas de ocupação: francesa, britânica, americana e soviética. e) impôs duras sanções à Alemanha, no final da Primeira Guerra Mundial, fazendo ressurgir um nacionalismo exacerbado e reorganizando as forças políticas do país. 9 - (Puccamp) Observe a gravura.

A imagem simboliza o fim da Primeira Guerra Mundial. Ao associar a imagem aos acontecimentos daquele momento histórico, pode-se afirmar que a) os conflitos prosseguiram depois da assinatura dos Tratados de Versalhes, já que a França não concordou em ceder à Alemanha as regiões da Alsácia e Lorena. b) não foram resolvidos os problemas que deram origem à Primeira Guerra, já que os tratados de paz previam apenas uma trégua, com a suspensão dos conflitos bélicos. c) na verdade não houve paz, uma vez que a Alemanha recusou-se a assinar o Tratado de Versalhes, elaborado pela França e Inglaterra, que estabelecia o término dos conflitos. d) os países europeus não tinham condições bélicas de prosseguir os conflitos, motivo pelo qual pode-se explicar a rendição de todos os países envolvidos na guerra. e) apesar da paz estabelecida, a guerra afetou profundamente a economia dos países europeus, que tiveram que arcar com prejuízos imensos, mesmo os países vitoriosos. 10 - (Unesp) A Primeira Guerra Mundial (19141918) resultou de uma alteração da ordem institucional vigente em longo período do século XIX. Entre os motivos desta alteração, destacam-se a) a divisão do mundo em dois blocos ideologicamente antagônicos e a constituição de países industrializados na América. b) a desestabilização da sociedade europeia com a emergência do socialismo e a constituição de governos fascistas nos países europeus. c) o domínio econômico dos mercados do continente europeu pela Inglaterra e o cerco da Rússia pelo capitalismo. d) a oposição da França à divisão de seu território após as guerras napoleônicas e a aproximação entre a Inglaterra e a Alemanha. e) a unificação da Alemanha e os conflitos entre as potências suscitados pela anexação de áreas coloniais na Ásia e na África.


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REVOLUÇÃO RUSSA 1 - (UFJF) Sobre o contexto social da Rússia, anterior à Revolução Bolchevique de 1917, é incorreto dizer que: a) a grande massa da população era camponesa, reflexo das condições econômicas e sociais anteriores, havendo grande concentração fundiária nas mãos de poucos. b) a industrialização estava restrita a poucas cidades, como Moscou e São Petersburgo, e fora financiada, em grande parte, pelo capital europeu ocidental. c) apresentava uma burguesia forte e organizada, com um projeto revolucionário amadurecido, que defendia, entre outros aspectos, a criação de uma República no lugar do governo czarista. d) o proletariado enfrentava péssimas condições de vida nas cidades, fruto dos baixos salários, mas dispunha de um certo grau de organização política, que possibilitava sua mobilização. e) após o fim da servidão, houve uma intensa migração do campo em direção à cidade, contribuindo para o aumento da mão de obra disponível, que seria direcionada, em grande parte, para a indústria. 2 - (UFRRJ) "A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão substituir novas classes, novas condições de opressão, novas formas de lutas às que existiam no passado." (MARX, K. e ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista "Obras Escolhidas". São Paulo, Alfa-Omega,1953. p.22. v.1.) O elemento presente na Revolução Russa de 1917 que caracteriza a luta de classes, apontada no Manifesto Comunista, publicado em 1848, é a) a transformação profunda e permanente, conduzida pela burguesia através dos avanços tecnológicos. b) o apoio do czar russo à luta contra a exploração burguesa, promovido pelo proletariado, exemplificando a solidariedade entre as classes sociais. c) a liderança revolucionária, assumida pelos camponeses, confirmando a força de mobilização dos mais espoliados. d) o caráter transnacional do capitalismo, que permitiu a unidade do proletariado nos países vizinhos à Rússia e a posterior invasão e tomada do País. e) o confronto entre o proletariado e as forças dominantes (czar, exército e burguesia), indicando

que a luta de classes está no centro da história de qualquer sociedade. 3 - (UFF) A Revolução Russa, que iniciou o processo de construção do socialismo na antiga URSS, teve o seu desfecho, em 1917, marcado por dois momentos. O primeiro, em fevereiro, quando os mencheviques organizaram o governo provisório e o segundo, em outubro, quando os bolcheviques assumiram a condução da revolução e a tornaram vitoriosa. A respeito dos mencheviques e bolcheviques, afirma-se: I) Os mencheviques defendiam a construção do socialismo por meio de alianças com os burgueses ligados ao grande capital. II) Os bolcheviques consideravam o capitalismo consolidado na Rússia e pretendiam a mobilização das massas em direção ao socialismo, sem quaisquer alianças com os setores burgueses. III) Mencheviques e bolcheviques eram denominações decorrentes da origem geográfica dos revolucionários: os mencheviques tinham sua origem social nos núcleos urbanos e os bolcheviques estavam ligados a bases rurais. Com relação a estas afirmativas, conclui-se que: a) Apenas a I e a II são corretas. b) Apenas a I e a III são corretas. c) Apenas a II e a III são corretas. d) Apenas a II é correta. e) Apenas a III é correta. 4 – (Unioeste 2018) Para muitos, ela foi (e continua sendo) reconhecida como a maior revolução ocorrida desde o século XX; outros, porém, associam-na a um regime extremista que pregou o medo e a repressão; e, para outros tantos (talvez a maioria), as marcas de sua existência (caso explícito do “comunismo”) ainda rondam a memória individual e coletiva de homens e mulheres por todo o planeta, independentemente de suas colorações políticas e ideológicas. Neste ano de 2017, lembramos dos cem anos da chamada “Revolução Russa” ou “Revolução Bolchevique” (outubro de 1917), um dos eventos históricos mais importantes do século XX – cujos debates ainda são acalorados – na medida em que, durante várias décadas, passou a disputar a hegemonia mundial com o capitalismo. Sobre a Revolução Russa e seus desdobramentos históricos, é CORRETO afirmar. a) A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi um dos grandes


253 elementos desencadeadores de uma série de greves e revoltas populares pelo País que culminaram com a derrubada do regime czarista de Nicolau II. b) Uma das memórias mais vivas em nosso tempo presente acerca da chamada “Revolução Russa” – conhecida pela internet e em livros didáticos – e a imagem de Leon Trotsky discursando para os trabalhadores na Praça Vermelha em maio de 1919. c) A consolidação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1922, depois de uma guerra civil de quase cinco anos, teve como seu grande líder Josef Stálin, um liberal democrata que defendia a necessidade de implantar uma reforma socialista. d) Na Rússia do século XXI, em pleno ano do centenário da “Revolução Russa”, o governo de Vladimir Putin decidiu construir uma estátua em homenagem a Josef Stálin, o grande líder daquele evento histórico. e) Os bolcheviques, liderados por Plekhanov e Tolstói e que representavam a ala mais conservadora dos revolucionários russos, foram derrotados pelos mencheviques nas jornadas de outubro de 1917. 5 - (Ufrgs) Considere as afirmações sobre a Revolução Russa de 1917 e seus desdobramentos. I. Após a chamada “Revolução de Fevereiro”, de 1917, e a abdicação do czar Nicolau II, foi instaurado um regime parlamentar liberal, mais tarde removido pela Revolução Bolchevique de outubro do mesmo ano. II. Durante a guerra civil que se seguiu à Revolução, os Estados Unidos e as principais potências europeias apoiaram a luta dos bolcheviques contra os chamados “brancos” contrarrevolucionários. III. Nos grandes expurgos da década de 1930, muitos dos “velhos bolcheviques”, antigos revolucionários aliados de Lênin, foram removidos do poder e executados a mando de Josef Stalin. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 6 - (Puccamp) A Revolução Socialista na Rússia, em 1917, foi um dos acontecimentos mais significativos do século XX, uma vez que colocou em xeque a ordem socioeconômica capitalista. Sobre o desencadeamento do processo revolucionário, é correto afirmar que:

a) os mencheviques tiveram um papel fundamental no processo revolucionário por defenderem a implantação ditadura do proletariado. b) os bolcheviques representavam a ala mais conservadora dos socialistas, sendo derrotados, pelos mencheviques, nas jornadas de outubro. c) foi realimentado pela participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial, o que desencadeou uma série de greves e revoltas populares em razão da crise de abastecimento de alimentos. d) foi liderada por Stalin, a partir de outubro, que estabeleceu a tese da necessidade da revolução em um só país, em oposição a Trotsky, líder do exército vermelho. e) o Partido Comunista conseguiu superar os conflitos que existiam no seu interior quando estabeleceu a Nova Política Econômica que representava os interesses dos setores mais conservadores. 7 - (Mackenzie) Rosa Luxemburgo, destacada intelectual marxista, escreveu, em 1918, a obra A Revolução Russa. Leia com atenção o trecho a seguir: “A liberdade é sempre a liberdade de quem pensa de maneira diferente (...). A ditadura do proletariado deve ser obra da classe e não de uma pequena minoria dirigente em nome da classe (...). Sem eleições gerais, sem liberdade irrestrita de imprensa, de reunião e discussão (...), algumas dezenas de dirigentes do Partido (...) comandam e governam (...). Entre eles, a direção, na verdade, está nas mãos de uma dúzia de homens, e uma elite, escolhida na classe operária, é de tempos em tempos convocada a aplaudir os discursos dos chefes e votar por unanimidade as resoluções que lhe são apreendidas”. Rosa Luxemburgo. A Revolução Russa. Citado em: Antoine Prost. Gérard Vincent (orgs). História da Vida Privada: Da Primeira Guerra aos nossos dias. v.5. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, pp. 419-420. É correto afirmar que, para a autora, o processo revolucionário russo a) contribuiu para a imposição das leis proletárias para o restante da União Soviética. Segunda essa visão, aos soviéticos, por serem a elite socialista, caberia a liderança sobre o restante dos países marxistas. b) resultou na criação de uma ditadura por parte dos dirigentes do partido, e não do proletariado. Em sua visão, a ditadura do proletariado deveria partir da classe e não de um grupo de dirigentes que fala em seu nome. c) criou uma elite burocrática semelhante aos demais países capitalistas. Por isso, o governo


254 stalinista deveria ser substituído pela ditadura do proletariado, com ampla participação do operariado urbano na condução do país. d) resultou de uma coalizão de forças entre o campesinato e o operariado urbano. Daí a necessidade, apontada no texto, de estabelecer um governo centralizador, que fosse capaz de congregar interesses diversos. e) estabeleceu o comando proletário sobre os dirigentes do partido, razão pela qual o governo se encontrava sem credibilidade. A solução, segundo o texto, seria atentar para os múltiplos interesses envolvidos, e conciliá-los no governo. 8 - (Usf) A Revolução Russa marcou uma nova fase na história da Rússia. O czarismo entrou em colapso e com isso a revolução tornou-se iminente.

Analisando a imagem dentro do contexto histórico em que se desenvolveu a Revolução Russa, é possível concluir que ela faz referência a) às Teses de Abril propostas por Lenin durante o governo menchevique, que era liderado por Kerenski. b) ao Domingo Sangrento, por meio do qual a população russa saiu às ruas para reivindicar seus direitos. c) à Revolta do Encouraçado Potemkin, quando os tripulantes saíram às ruas, apoiados pela população, demonstrando insatisfação contra a situação social vigente. d) à Guerra Civil após a derrubada do czarismo, na qual os sovietes reivindicavam melhorias na legislação trabalhista. e) à Revolução Branca, que ocorreu após a aliança entre bolcheviques e mencheviques, na tentativa de criticar o czarismo. 9 - (Unesp) O Governo Provisório foi deposto; a maioria de seus membros está presa. O poder soviético proporá uma paz democrática imediata a todas as nações. Ele procederá à entrega aos comitês camponeses dos bens dos grandes proprietários, da Coroa e da Igreja... Ele estabelecerá o controle operário sobre a

produção, garantirá a convocação da Assembleia Constituinte para a data marcada... garantirá a todas as nacionalidades que vivem na Rússia o direito absoluto de disporem de si mesmas. O Congresso decide que o exercício de todo o poder nas províncias é transferido para os Soviets dos deputados operários, camponeses e soldados, que terão de assegurar uma disciplina revolucionária perfeita. O Congresso dos Soviets está persuadido de que o exército revolucionário saberá defender a Revolução contra os ataques imperialistas. (Proclamação do Congresso dos Soviets, outubro de 1917. Apud Marc Ferro. A Revolução Russa de 1917, 1974.) O documento, divulgado em outubro de 1917, relaciona diversas decisões do novo governo russo. Quais eram as principais diferenças políticas e sociais entre o governo que se iniciava (Congresso dos Soviets) e o que se encerrava (Governo Provisório)? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ Cite uma das realizações do novo governo, explicando o contexto em que se deu. _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 10 - (UFRRJ) Leia o texto a seguir. Em 1921, o problema nacional central era o da recuperação econômica - o índice de desespero do país é eloquente: naquele ano, 36 milhões de pessoas não tinham o que comer. Nas novas e ruinosas condições da paz, o "comunismo de guerra" revelava-se insuficiente: era preciso estimular mais efetivamente os mecanismos econômicos da sociedade. Assim, ainda em 1921, no X Congresso do Partido, Lenin propõe um plano econômico de emergência: a Nova Política Econômica. NETO, J. P. "O que é Stalinismo". São Paulo: Brasiliense, 1981. Sobre a chamada Nova Política Econômica é correto afirmar que a) ela reintroduziu práticas de exploração econômica anteriores à Revolução Russa de 1917 que se traduziram num abandono temporário de


255 todas as transformações socialistas já feitas e um retorno ao capitalismo. b) ela consistiu na manutenção de elementos econômicos socialistas, na organização da economia (como o planejamento) e na permissão para o estabelecimento de elementos capitalistas por meio da livre iniciativa em certos setores. c) ela significou fundamentalmente uma reforma agrária radical que promoveu a coletivização forçada das propriedades agrárias e a construção de fazendas coletiva, os Kolkhozes. d) seu resultado foi catastrófico, mesmo permitindo a volta controlada de relações capitalistas na economia, já que ela ampliou ainda mais o nível de desemprego e produziu fome em grande escala. e) ela significou, com a abertura para o capitalismo, um aumento substancial da produção industrial, mas, ao mesmo tempo, por ter retirado todos os incentivos anteriormente concedidos à produção agrícola, foi a razão da ruína do campo. 11 - (Unesp) No final da primavera de 1921, um grande artigo de Lenin define o que será a NEP [Nova política econômica]: supressão das requisições, impostos em gêneros (para os camponeses); liberdade de comércio; liberdade de produção artesanal; concessões aos capitalistas estrangeiros; liberdade de empresa – é verdade que restrita – para os cidadãos soviéticos. [...] Ao mesmo tempo, recusa qualquer liberdade política ao país: “Os mencheviques continuarão presos”, e anuncia uma depuração do partido, dirigida contra os revolucionários oriundos de outros partidos, isto é, não imbuídos da mentalidade bolchevique. (Victor Serge. Memórias de um revolucionário, 1987.) O texto identifica duas características do processo de constituição da União Soviética: a) a reconciliação entre as principais facções social-democratas e a implantação de um sistema político que atribuía todo poder aos sovietes de soldados, operários e camponeses. b) o reconhecimento do fracasso político e social dos ideais comunistas e o restabelecimento do capitalismo liberal como modo de produção hegemônico no país. c) a estatização das empresas e dos capitais estrangeiros investidos no país e a nacionalização de todos os meios de produção, com a implantação do chamado comunismo de guerra. d) a aguda centralização do poder nas mãos do partido governante e o restabelecimento temporário de algumas práticas capitalistas, que visavam à aceleração do crescimento econômico do país.

e) o fim da participação russa na Guerra Mundial, defendida pelas principais lideranças do Exército Vermelho, e a legalização de todos os partidos socialistas. PERÍODO ENTRE GUERRAS 1 - (PUCRS) A economia dos Estados Unidos, favorecida pelas condições internacionais do pós-Primeira Guerra, conheceu um período de forte expansão e euforia nos anos 1920. Todavia, ao final dessa década, o país seria um dos principais focos da crise mundial de 1929 e da Grande Depressão internacional dos anos 1930. Um dos motivos dessa reversão de expectativas foi a) falência das principais medidas estabilizadoras do New Deal. b) a política antitruste determinada pela Sociedade das Nações. c) a perda de mercados devido à descolonização afro-asiática. d) o efeito do protecionismo europeu sobre a produção norte-americana de grãos. e) o crescimento da dívida norte-americana com as principais potências europeias. 2 - (Unesp) Leia o texto a seguir. A história dos vinte anos após 1973 é a de um mundo que perdeu suas referências e resvalou para a instabilidade e a crise. Só no início da década de 1990 encontramos o reconhecimento de que os problemas econômicos eram de fato piores que os da década de 1930. Em muitos aspectos, isso era intrigante. Por que deveria a economia mundial ter-se tornado menos estável? (Eric Hobsbawm. Era dos extremos, 1995. Adaptado.) Os problemas econômicos da década de 1930, citados no texto, derivaram, entre outros fatores, a) dos fortes movimentos sociais e mobilizações revolucionárias na América Latina, em especial no México, que impediram a exportação de produtos industrializados norte-americanos para a região. b) do conjunto de reformas financeiras e sociais realizadas na União Soviética após a Revolução de 1917, que fechou os mercados do bloco socialista aos países capitalistas do Ocidente. c) da ascensão do nazismo alemão e dos regimes fascistas na Itália, Espanha e Portugal, que provocaram a Segunda Guerra Mundial e paralisaram a produção industrial europeia. d) de uma ampla crise do liberalismo, que ganhou contornos mais nítidos após a Primeira Guerra Mundial e desembocou na quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. e) do forte crescimento econômico da Alemanha na passagem do século XIX para o XX e da acirrada


256 competição comercial e naval deste país com a III. estava relacionada ao baixo nível de Grã-Bretanha e a França. produtividade existente nas economias centrais, principalmente nos Estados Unidos, provocando 3 - (PUCRS) Para responder à questão, analise a falta de gêneros alimentícios de primeira necessidade e bens de consumo duráveis. atentamente a fotografia a seguir. IV. foi uma crise financeira, que provocou pânico entre os acionistas das principais companhias dos Estados Unidos, não tendo grandes repercussões no processo de produção industrial e agrícola das economias americanas. Pode-se afirmar que são corretas SOMENTE: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. (Fonte: Pazzinato, A. L.; Senise, M. H. V. "História Moderna e Contemporânea". 2. ed. São Paulo: Ática, 1992.) Tradução: "World's highest standard of living." = "O mais alto padrão de vida do mundo". "There's no way like the americain way." = "Nada melhor que o modo de vida americano". A fotografia acima, que se insere no contexto do início dos anos 1930, nos Estados Unidos da América, buscava captar a contradição entre a) o crescimento da indústria americana, no período, e o acesso da classe operária aos novos bens de consumo. b) os conflitos sociais entre as elites urbanas brancas e as maiorias de trabalhadores rurais negros das classes populares, no Norte do EUA. c) a ideologia do novo estilo de vida americano e a depressão econômica e o desemprego. d) a expansão do capitalismo liberal, após 1929, e o crescimento do emprego para a classe operária nas fábricas. e) a retração do mercado de consumo e uma economia de pleno emprego. 4 - (Puccamp) A crise de 1929: I. estava inserida dentro de um contexto do próprio desenvolvimento do capitalismo e resultou do caráter contraditório desse capitalismo, onde a capacidade de consumo do mercado não acompanhava o ritmo de crescimento da produção. II. foi uma crise de superprodução que atingiu, em maior ou menor intensidade, todos os países do mundo, fenômeno que pode ser explicado pela interdependência da economia capitalista como um todo, fazendo com que a crise se propagasse rapidamente.

5 - (Fgv 2015) Esses anos [pós-guerra] também foram notáveis sob outro aspecto, pois à medida que o tempo passava, tornava-se evidente que aquela prosperidade não duraria. Dentro dela estavam contidas as sementes de sua própria destruição. (J. K. Galbraith, Dias de boom e de desastre In J. M. Roberts (org), História do século XX, 1974, p. 1331) Segundo Galbraith, a) a crise do capitalismo norte-americano em 1929 não abalou os seus fundamentos porque foi gerada por ele mesmo, isto é, o funcionamento da economia provocou a superprodução agrícola e industrial, a especulação na bolsa de valores, e a expansão do crédito, o que garantiu os lucros aos empresários, diminuindo a desigual distribuição de renda com o recuo do desemprego. b) a época referida no texto diz respeito à crise dos anos 1950, pós-Segunda Guerra, portanto externa ao capitalismo dos Estados Unidos, uma vez que os Estados europeus, endividados e destruídos, continuaram a contrair empréstimos e a comprar produtos norte-americanos, e os empresários, internamente, especularam na bolsa de valores, para minimizar os efeitos do desemprego. c) nos fins dos anos 1920, com a economia desorganizada pela Primeira Guerra Mundial, o capitalismo norte-americano cresceu rumo à superprodução, com investimentos na indústria, à restrição ao crédito e ao controle da especulação na bolsa de valores, pois a crise foi motivada apenas por motivos internos, o que facilitou a intervenção do Estado. d) a crise de 1929 foi gerada pelo próprio funcionamento do capitalismo nos Estados Unidos dos anos 1920, em um clima de euforia com o aumento da produção, a especulação na bolsa de valores, a concentração de renda e o crédito fácil, sem intervenção do Estado, apesar


257 da diminuição das importações europeias e dos crescentes índices de desemprego. e) a crise dos anos pós-Segunda Guerra Mundial mostrou a importância da ação do Estado, na medida em que a intervenção reduziu os desequilíbrios causados pelo próprio funcionamento da economia norte-americana, isto é, preservou o lucro dos empresários, baixou os índices da produção agrícola e industrial, e controlou os altos níveis do desemprego. 6 – (FGV) O New Deal caracterizou-se por um conjunto de medidas econômicas que visavam a) superar a crise econômica da década de 1920 com medidas liberais que dessem maior autonomia à dinâmica dos mercados internacionais. b) estabelecer acordos entre patrões e operários com o objetivo de redistribuir rendas e permitir experiências de cogestão administrativa. c) garantir mais empregos através da intervenção do Estado na economia, sobretudo através do financiamento de obras públicas. d) reformar a economia soviética planificada duramente afetada pela crise econômica registrada a partir de 1929. e) diminuir o consumo e estimular a recessão econômica como forma de diminuir os altos índices de inflação registrados na década de 1920. 7 - (FGV) No início dos anos 30 a produção industrial estava, aproximadamente, 38% menor do que anteriormente a 1929. Os EUA, para responder a essa crise mundial do capitalismo, implementaram internamente a política do "New Deal", que consistia em : a) sob a influência da teoria keynesiana, redistribuir renda através da geração de empregos e outros incentivos coordenados e controlados pelo Estado; b) ampliar a produção agrícola, abrindo crédito aos desempregados industriais para montagem e gestão de pequenas fazendas; c) reduzir a interferência do Estado na economia, através da abertura irrestrita do mercado interno e, fundamentalmente. do saneamento das dívidas públicas; d) produzir mais alimentos, criando um órgão regulador de crédito agrícola para fazendeiros endividados; 8 - (Puc) O período Entre-Guerras (1918-1939) assistiu à emergência de uma crise em vários países europeus, resultando em partidos políticos e movimentos sociais hostis ao chamado Estado Liberal e ao socialismo de orientação marxista. Na Itália, o Partido Nacional

Fascista chega ao poder em 1922. Processo semelhante ocorre na Alemanha, com a ascensão do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) em 1933. Sobre a atuação desses dois partidos, afirma-se: a) Ambos os partidos barraram a intervenção estatal na economia em nome do laissez-faire. b) Apesar de serem hostis ao comunismo, buscaram uma aliança para combater o capitalismo internacional. c) Ambos socializaram os meios de produção e extinguiram a sociedade de classes em nome de uma sociedade igualitária. d) Os dois partidos restringiram direitos e liberdades civis, subordinando a sociedade ao Estado e suprimindo os demais partidos políticos. e) Seus líderes – Mussolini e Hitler – divergiam quanto ao apelo às massas, valendo-se de discursos com forte conteúdo nacionalista. 9 - (Pucrj) Considerando a ideologia do partido Nacional-Socialista na Alemanha nos anos 1930 e 1940, examine as afirmativas: I. Um dos pilares da ideologia nacional-socialista era seu apelo ao anticomunismo e a rejeição ao projeto político que estava em curso na União Soviética. II. O nacional-socialismo alemão conseguiu ter sucesso econômico rápido devido a medidas direcionadas para o livre comércio e para a liberdade cambial. Com isso houve a estabilização da moeda após a crise da hiperinflação e um período de crescimento acelerado da economia. III. O partido Nacional-Socialista foi vitorioso nas eleições de 1932, o que demonstrou a seus líderes que a democracia – mesmo com falhas – era o melhor sistema político para realizar seus projetos. IV. O ideário do nacional-socialismo sempre deixou clara a ideia de “pureza racial”. Com isso, desde os primeiros anos de governo, foram emitidas diversas leis contra judeus, homossexuais e ciganos, consideradas – entre outras – como populações “impuras”. Assinale: a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas c) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas d) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas e) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas


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10 - (Puccamp) Considere os itens abaixo. I. Os dirigentes procuravam sujeitar toda a vida da nação a uma ideologia imposta pelo Partido. II. O totalitarismo de direita era justificado como sendo o único meio de terminar com a luta de classes, com a ameaça do internacionalismo comunista e com a fraqueza da liberdade individual. III. O combate à democracia por considerá-la um regime fraco frente às ameaças do comunismo. IV. O nacionalismo extremado e a exaltação da guerra como meio de restaurar as glórias passadas e sobrepor o regime às demais nações. V. A imposição de uma cooperação entre capital e o trabalho, condicionada por uma ampla legislação social. O conhecimento histórico permite afirmar que os itens identificam a) pressupostos políticos da social-democracia alemã nos anos de 1960. b) limitações impostas pelos militares no Brasil, na década de 1970. c) características dos principais pontos da ideologia fascista italiana. d) fatores responsáveis pela implantação da República de Weimar. e) aspectos das ditaduras adotadas nos países latino-americanos. 11 - (Unesp) Leia. A Itália deseja a paz, mas não teme a guerra. A justiça sem a força é uma palavra sem sentido. Nós sonhamos com a Itália romana. Os três lemas acima foram amplamente divulgados durante o governo de Benito Mussolini (1922-1943) e revelam características centrais do fascismo italiano: a) a perseguição aos judeus, a liberdade de expressão e a valorização do direito romano. b) o culto ao corpo, o pacificismo e a ânsia de voltar ao passado. c) o nacionalismo, a valorização do espírito clássico e o materialismo. d) a beligerância, o culto à ação e o esforço expansionista. e) o revanchismo, a socialização da economia industrial e a perseguição aos estrangeiros. 12 - (Uerj) Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ação do Partido Nazista na Alemanha ampliou a propaganda contra os que foram considerados os inimigos internos da nação germânica. O cartaz abaixo é um exemplo dessa política.

Um aspecto da ideologia nazista observado nesse cartaz é: a) antissemitismo b) anticapitalismo c) anticomunismo d) antiamericanismo 13 - (Enem) O New Deal visa restabelecer o equilíbrio entre o custo de produção e o preço, entre a cidade e o campo, entre os preços agrícolas e os preços industriais, reativar o mercado interno – o único que é importante – pelo controle de preços e da produção, pela revalorização dos salários e do poder aquisitivo das massas, isto é, dos lavradores e operários, e pela regulamentação das condições de emprego. CROUZET, M. Os Estados perante a crise, In: História geral das civilizações. São Paulo: Difel, 1977 (adaptado). Tendo como referência os condicionantes históricos do entreguerras, as medidas governamentais descritas objetivavam a) flexibilizar as regras do mercado financeiro. b) fortalecer o sistema de tributação regressiva. c) introduzir os dispositivos de contenção creditícia. d) racionalizar os custos da automação industrial mediante negociação sindical. e) recompor os mecanismos de acumulação econômica por meio da intervenção estatal.


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