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Entre giras, memórias, jogos e histórias a se contar

Toni Baptiste (Coletivos Coletores)

Caminhar, encontrar, conhecer, trocar e retornar — o caminho para uma gira ou uma roda de samba, espaços temporários vivos que transmutam. É com este espírito que percorremos diferentes cidades e suas longas franjas, costurando territórios, costumes e temporalidades. Como um jogo de cartas que evoca uma outra temporalidade, envolvendo coletivamente ritos e códigos, que só quem está disposto a jogar ou a acompanhar o jogo percebe. Assim, transitamos por diferentes espaços, dialogando e cocriando a partir de memórias, incertezas e afetividades. Sempre que a cidade precisa de nós e que nós precisamos da cidade, lá estamos. É mais do que um convite. É, para nós, um compromisso que corresponde assim — como o jogo e uma gira, dialoga com questões que estão para além do pragmatismo cotidiano. Se nossos antecessores de um passado não tão distante usavam a luz do fogo para, através das sombras, moldar imagens e contar histórias, hoje, com a luz dos projetores, fazemos do nosso caos uma ferramenta para continuar as narrativas que não começaram e que tampouco terminarão em nós.

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Projeção do Coletivo Coletores

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