Revista 21 - Edição 22 - Nov/Dez 15

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AO LEITOR OLHARES PARA 2016 O horizonte da economia brasileira não dá margem para otimismo. Tome-se qualquer dos tantos cenários traçados por institutos especializados e se observa quase um consenso: o aperto vai continuar. O PIB tende a perder fôlego, o dólar chega às alturas, a inflação bate nos dois dígitos, e o governo não dá sinais de que responderá com medidas consistentes. Um ingrediente adicional é de ordem política, com a profusão de escândalos atingindo figuras públicas e empresas até então intocadas, como a Petrobras. Diante desse quadro, o que fazer? Há luz no fim do túnel? É possível, efetivamente, transformar a crise em oportunidade, como reza o ensinamento popular? Foi o que a Revista 21 perguntou a 16 personalidades de diferentes perfis, executivos, empresários, dirigentes de entidades setoriais, consultores, jornalistas. As respostas estão em artigos assinados por nossos convidados, que você vai encontrar a partir da página 38. Nas várias análises, umas mais céticas, outras bas-

tante propositivas, o principal ponto em comum é a compreensão de que não se pode esperar sentado pelo desfecho da tal crise. Sim, são e serão tempos desafiadores, como adverte o presidente da Tigre, Otto von Sothen, logo no primeiro artigo. Mas, como ele mesmo finaliza sua reflexão, é preciso investir na reeducação generalizada da sociedade, desmontando estruturas viciadas que estão em funcionamento há anos. E, nesse contexto, o empresariado pode (e deve) assumir um papel de protagonista, como sugere o executivo. Adiante, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, vai na mesma linha ao defender que as lideranças dos mais diversos segmentos respondam ao apelo por mudanças estruturais, sem as quais, ele diz, o Brasil não sairá do atual enrosco. Se conseguirmos avançar, conclui o dirigente, o esforço terá valido a pena. E construiremos um futuro melhor, movidos por todo esse aprendizado. Feliz e produtivo 2016.

NESTA EDIÇÃO 8 Max Gehringer recomenda mudanças graduais no meio corporativo. 14 Acij é destaque em excelência. 18 Supermercadistas em missão na Bolívia. 20 Como usar bem as redes sociais no trabalho. 28 Objetos de desejo para suas férias. 30 Soluções inteligentes para o tratamento de esgotos. 34 Código de ética: não existe fórmula pronta. 36 Os números da reciclagem em Joinville. 38 Cenários para 2016. 52 Case: a nova marca do Laboratório Catarinense. 54 Aumenta rede de monitoramento por câmeras em Joinville. 58 Social: a arte que transforma. 60 Retratos da Irlanda. 62 Como tornar Joinville um destino turístico, não só de negócios. 64 Os livros do doutor Dráuzio. 68 Papo rápido com o CEO da Siemens.

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LEI DO BEM: A ALAVANCA DA INOVAÇÃO DIVULGAÇÃO

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GUILHERME DIEFENTHAELER

Número 22. Novembro e dezembro de 2015 Em alusão ao novo século, pleno de desafios, a Revista 21, publicação bimestral da Associação Empresarial de Joinville (Acij), aponta, ao mesmo tempo, para o momento atual e para o futuro, para o contemporâneo e para o que está por vir. Tem por objetivo levar informação de qualidade ao leitor sobre os grandes temas de interesse da classe empresarial, sempre com visão local.

Lote de câmeras digitais de vigilância foi instalado em outubro

MAIS SEGURANÇA NAS RUAS A violência urbana avança teimosamente em Joinville. Assaltos a mão armada, roubos e furtos atormentam uma população que, a cada dia, sente-se mais intranquila, mais vulnerável. Não é diferente nas empresas – e muito especialmente nos estabelecimentos de comércio, vítimas frequentes dos amigos do alheio. Segundo dados da própria Secretaria de Segurança Pública, o comércio joinvilense sofreu, em média, um assalto por dia no primeiro semestre de 2015, e esse número se torna ainda mais expressivo quando se assinala que envolve apenas as ações mais violentas. Somados os casos dos pequenos furtos, e daqueles que ocorrem na ausência dos proprietários, os registros dobram. No total, de acordo com levantamento do jornal Diário Catarinense, casos de furtos e roubos no comércio de Joinville se repetem na proporção de um a cada sete horas. A se contabilizar outros tipos de crimes, como os homicídios e o tráfico de drogas, as ocorrências assumem proporções alarmantes – o que pede providências urgentes. O aumento do efetivo policial, civil e militar, associado à ampliação das câmeras de videomonitoramento, já ajudariam em muito no combate e prevenção à criminalidade. (Ok, vieram as 100 câmeras anunciadas, mas não basta.) Precisamos, sim, de mais policiais nas ruas, como também de corporações bem equipadas para dar bom andamento a seu trabalho de proteger o cidadão. Atendida com eficácia e eficiência por seu bravo Corpo de Bombeiros Voluntários, Joinville estranha a instalação de um quartel de bombeiros militares – quando a segurança pública demanda tantas outras providências.

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Conselho editorial Ana Carolina Bruske (diretora financeira) Débora Palermo Melo (Acij) Diogo Haron (Acij) Carolina Winter (Winter Comunicação) Simone Gehrke (EDM Logos) Jornalista responsável Júlio Franco (reg.prof. 7352/RS) Produção/Edição Mercado de Comunicação/Guilherme Diefenthaeler/(reg. prof. 6207/RS) Reportagem Ana Ribas Diefenthaeler, Letícia Caroline, Mayara Pabst, Marcela Güther, Karoline Lopes Projeto gráfico, diagramação, ilustrações e infográficos Fábio Abreu Imagem da capa Arquivo pessoal de Berthilde e Norberto Rost Fotografia Peninha Machado, assessorias de imprensa Impressão Tipotil Indústria Gráfica (47) 3382-2238 Tiragem 3,5 mil exemplares Publicidade revista21@acij.com.br

Av. Aluisio Pires Condeixa, 2550 3461-3333 acij.com.br twitter.com/acij facebook.com/acijjoinville

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ARQUIVO PESSOAL BERTHILDE E NORBERTO ROST

A FOTO DA CAPA A imagem da década de 1950 integra o acervo do casal Berthilde e Norberto Rost – ele, escritor, dedicado militante da valorização da história local, que atuou fortemente na criação do Museu Nacional do Bombeiro e foi um dos coordenadores das comemorações dos 150 anos de Joinville, em 2001. Dona Betinha, como é conhecida sua esposa, diz que a foto deve ter sido tirada por seu pai, Gunther Schmalz, que era mecânico de profissão e fotógrafo por amor à arte. O prédio que aparece à esquerda abrigava o Banco Nacional do Comércio. Nos andares superiores, ficava a residência da família Timm, que assistia, da janela, aos desfiles cívicos realizados na Rua do Príncipe.

Se você tem uma imagem que retrate algum período da história de Joinville, entre em contato com a redação pelo revista21@mercadodecomunicacao.com.br. A foto poderá ser publicada na capa em uma das próximas edições.

A REVISTA EM FRASES DIVULGAÇÃO

“A mudança perfeita é gradual, aquela em que a gente está na empresa há dez anos e não percebe; quando vê uma fotografia de dez anos antes, dáse conta de que tudo está diferente. Temos que ir fazendo a mudança todos os dias, devagarinho, sem ninguém perceber” Max Gehringer, consultor

“Não acredito no termo crise. Acredito em retração, dificuldades, falta de visão, falta de vontade e até mesmo acomodação. Acredito que se criou uma corrente negativa tão forte que até os mais fortes se fragilizaram” Márcio Magalhães, consultor e diretor da Márcio Magalhães Gestão Empresarial

“O código de ética deve ser customizado a partir dos dilemas de cada empresa. Alguns temas são recorrentes, mas não podemos torná-lo por um processo automático” Rosimere Vendramini, consultora em ética empresarial

“Como a crise é política e de confiança, a mudança depende do governo federal e do Congresso. Para a população, resta a pressão”

“É importante que os empresários retomem seu papel de liderança no debate socioeconômico e voltem a ser parte da solução”

Estela Benetti, colunista de economia do Diário Catarinense

Otto Von Sothen, presidente da Tigre

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ABRE ASPAS

MAX GEHRINGER

“A melhor mudança é a que a gente não percebe” Por Guilherme Diefenthaeler Conhecido no meio corporativo por artigos em revistas como Época, Exame e Você S/A, o administrador de empresas Max Gehringer ganhou fama junto ao grande público com o quadro que comanda no Fantástico, da TV Globo. Nas duas temporadas de “Chefe Secreto”, o presidente ou o diretor se disfarça para passar uma semana “infiltrado” entre seus funcionários e, desse modo, acompanhar o que ocorre no dia a dia da organização que comanda. Gehringer lotou o auditório da Expoville, em outubro, para falar sobre gerenciamento de mudança, em palestra realizada pela Acij. Antes, concedeu entrevista à imprensa, para sublinhar que a melhor mudança é feita aos poucos, devagarinho, sem ninguém perceber: “Mudanças radicais são ditadas pelo desespero e pela confissão de que algo deveria ter sido feito antes e não foi”, sustentou. Em 1999, no pico de uma carreira de sucesso em corporações como Pullmann/Santista Alimentos, Elma Chips e PepsiCo Foods, nos Estados Unidos, Gehringer abriu mão da carreira executiva para se tornar articulista e conferencista. Em 15 anos, já falou para mais de 1 mil empresas. Suas palestras e textos são recheados de sensibilidade e bom-humor. É autor de livros como “Comédia Corporativa”, “Emprego de A a Z” e “Pergunte ao Max”.

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FOTOS: MAX SCHWOELK

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A empresa brasileira tem medo de mudar? Acredito que o ser humano tem medo de mudar – a empresa é só uma consequência. Nós não gostamos de mudanças. Principalmente depois dos 40 anos. Somos a favor de mudanças aos 16, 17 anos – eu mesmo participei de muita passeata com essa idade. Aos 16 ou 17, eu não tinha nada: não tinha dinheiro, não tinha carro, não tinha liberdade em casa, então ia para a rua. Qualquer coisa que mudasse, para mim estava bom. Se eu não tinha nada e continuasse com nada, empatava. Se mudasse, ganhava alguma coisa. Aí a gente começa a acumular, compra algumas coisas a prestações, namora, casa, tem filho, obrigações, alguém chega e diz que vai mudar e a gente rejeita. É nesse momento que começamos a ficar mais refratários a mudanças. Os grandes contestadores que conheci estão todos estabilizados, gordinhos, bonitos, falando para os filhos e netos que não está tão ruim assim. É o mesmo pessoal que tinha cabelo comprido e saía às ruas para derrubar o governo. Isso também vale para a gestão? Os profissionais que dirigem empresas, principalmente aqueles que estão em posições mais elevadas, são pessoas que já têm carreira relativamente longa e passaram dos 40 anos. Portanto, encontram-se naquela faixa dos que entendem que não se deve mudar tão rápido. E os jovens que estão entrando em empresas, até pela ênfase na experiência prática de resolver tudo ou encontrar todas as informações com um clique, querem que aconteça muito rápido. Lembro de uma estagiária que me mandou uma carta dizendo que estava na empresa há 21 dias, imagine, e ainda não havia acontecido nada. Pois

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ela iria passar um ano lá e não iria “acontecer nada”. Você está estudando durante um ano aí. Ninguém te contratou para refazer o plano estratégico da empresa. Mas é o que essas pessoas querem, é um desejo incontido de que as coisas aconteçam rapidamente. Para a administração, não pode ser assim, as coisas não podem acontecer rapidamente, precisam ser discutidas. É fácil propor mudanças quando não temos responsabilidade sobre o resultado. Todo funcionário sabe administrar a empresa melhor do que o patrão, porque o dinheiro não é dele. Se fosse meu o dinheiro, pensaria duas vezes antes de fazer. Essa diferença de velocidade sempre vai existir. Algum exemplo de empresa que precisou fazer uma grande guinada e teve sucesso no Brasil? Deve haver. Mas tenho uma definição diferente sobre a mudança que efetivamente funciona. Para mim, a mudança perfeita é aquela em que a gente está na empresa há dez anos, não percebe nenhuma mudança, mas, quando vê uma fotografia de dez anos antes, dá-se conta de que tudo está diferente. Temos que ir fazendo a mudança todos os dias, devagarinho, sem ninguém perceber. É o caso do computador. Não lembramos exatamente quando deixamos o disquete flexível de cinco polegadas para passar ao disquetinho de 3,5 polegadas e depois para o CD. Fomos avançando aos poucos, naturalmente. Se eu tivesse que evoluir do computador de 128 k para o que se tem agora, de uma vez só, seria um desespero total. A boa mudança é gradativa. Quando a gente vê empresas que são tremendamente atualizadas, como Google e Microsoft, pergunta em que momento houve uma mudança radical. Ne-

nhum. Ela foi mudando todos os dias, por isso, a mudança dela é exemplo. Não é porque ela deixou de mudar, deixou passar o bonde da história, mandou metade do pessoal embora, vendia linguiça e passou a vender guarda-chuva. Essa é a mudança errada, ditada pelo desespero e pela confissão de que algo deveria ter sido feito e não foi. Então, para os empresários que nos leem, diria: mude todos os dias e você nunca vai precisar de uma mudança radical que vai fazer com que toda a confiança adquirida durante anos seja perdida em um momento só. Mas ainda faz sentido que profissionais e executivos reclamem da velocidade das mudanças que afetam seu trabalho ou já deveríamos estar habituados a elas como inevitáveis? As mudanças ocorridas neste século são, principalmente, decorrentes da tecnologia. A internet e os celulares tornaram as comunicações mais ágeis, e a obtenção de informações se tornou praticamente instantânea. Nada disso acontecia até o final da última década do século passado. Não por acaso, empresas globais, que nem existiam há uma geração, hoje se situam entre as maiores e mais influentes do mundo. O resultado dessa súbita transformação foi que o ambiente de trabalho ficou ainda mais dinâmico. Existe uma busca alucinada por resultados imediatos, e novos modelos de comportamento passaram a ser exigidos. Não creio que um jovem de 18 anos consiga avaliar essas mudanças, porque ele não tem uma base de comparação anterior. Quem reclama vem de gerações anteriores. E, sim, todas essas mudanças não apenas são inevitáveis, como tendem a se acelerar muito mais.


GERAÇÃO Y As novas gerações, da Y em diante, chegam ao mercado automaticamente aptas a lidar com esse contexto de mudanças, ou também precisam de orientação nesse sentido? Uma mudança que é bem o reflexo da geração Y é o tempo de permanência em um emprego. O antigo paradigma de um só emprego por toda a vida foi substituído por outro – o de vários empregos de curta duração. De certa forma, os profissionais passaram a agir como jogadores de futebol, que beijam o distintivo da camisa que vestem, mas dali a poucos meses já estarão vestindo outra. Os jovens profissionais querem que tudo aconteça mais rapidamente em suas carreiras, incluindo promoções. Só que a maioria das empresas não estava preparada para lidar com esse tipo de profissional mais nômade, e muitas ainda não estão. Não há como convencer os jovens de que a estabilidade é melhor. As empresas é que precisam se amoldar a essa nova realidade, oferecendo condições para que seus talentos não saiam por qualquer proposta. Em um cenário de crise, o que sobra para quem não consegue mudar? E qual a primeira mudança necessária, nesse contexto? Todo e qualquer profissional, seja empregado ou empresário, precisa se atualizar continuamente. Concluir uma faculdade e depois fazer cursos de aperfeiçoamento de curta duração. Também é necessário construir um bom círculo de relacionamentos e aprender idiomas. Principalmente o inglês, que é a língua da tecnologia. Nós, brasileiros, temos uma secular tendência a achar que nossos problemas serão

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resolvidos pelos outros, e especialmente pelo governo. Chegamos a um ponto da curva em que cada um precisa investir em si mesmo, com crise ou sem. A atual crise econômica é passageira, como foram tantas outras antes dela. Já a carreira profissional é uma situação de mais longo prazo, e não pode ser delegada a ninguém. Quem fica para trás demora para alcançar quem sai na frente.

TECNOLOGIA Concorda que o segmento de tecnologia é um dos que estão mais propensos a agir como o sr. propõe e, enfim, mudar todos os dias? Sim, por absoluta necessidade. O pessoal fica todo dia ligado nas informações para ver se o concorrente inventou alguma coisa ontem. O que não acontece, para citar um caso extremo, com o ramo de farinha de trigo no Brasil. São ramos diferentes. A tecnologia é muito rápida. Há alguns setores que a gente nem ouvia falar que, de repente, ganharam importância fundamental. Logística, por exemplo, não chegava nem a ser matéria no curso de administração que eu fiz. Hoje é uma faculdade inteirinha. Era um setor englobado no departamento de transportes. Agora tem uma organização inteirinha tentando entender qual é a maneira mais eficiente, mais rápida, de chegar ao cliente. Isso acabou sendo terceirizado. Muitas empresas acabaram confessando que o negócio deles era produzir e vender, e não entregar. Daí surgiram enormes empresas de logística, de 30 anos para cá. Outro setor que não existia há 40 anos era recursos humanos. Hoje, se você vê um organograma sem esse setor, não entende. Estamos evoluindo.

Falando de produtividade, como o sr. avalia esses rankings que têm posicionado o Brasil lá embaixo nesse quesito, colocando o país abaixo de nações mais remotas de terceiro mundo? Depois de ver inúmeros desses rankings, ainda não consegui entender o que eles medem, exatamente. Se é produção por hora trabalhada, se inclui a produção de máquinas (reduzir o pessoal e aumentar o número de máquinas), ou o quê. O que me parece é que os países mais avançados tecnologicamente têm melhor produtividade. E os que dependem mais do trabalho manual têm a pior produtividade homem/ hora. Se for isso, precisamos investir em tecnologia. É como as montadoras fazem no Brasil. Na década de 1980, quando o Lula fazia comício em porta de fábrica, a Volkswagen tinha 30 mil funcionários e produzia a metade dos automóveis por dia que produz hoje, com 6 mil. Então, houve um tremendo ganho de produtividade, mas não sei o custo social disso tudo. Para mim, o melhor é: eu tenho dez e quanto eles produzem, daqui um ano eu tenho os mesmos dez e verifico o quanto eles vão produzir. Mas não acho que essas pesquisas mostrem isso. Sempre acreditei que as pessoas funcionam com prêmios, eu mesmo fazia muito isso. Procurava sempre dar algum tipo de prêmio, não em dinheiro, até porque pode pegar alguma lei, o sujeito começa a ganhar sistematicamente 10% a mais e depois de seis meses vira salário. Tem que dar alguma coisa diferente, vale para ir almoçar com a família, uma viagem etc. As pessoas gostam de ser incentivadas. Nós elogiamos pouco, criticamos muito, e com isso vai baixando o moral da tropa. As empresas estão tentando reagir a isso substituindo gente por máquina.

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Gehringer observa um embate entre jovens e veteranos, quanto à velocidade das mudanças necessárias

Mas o sr. entende que a empresa brasileira segue improdutiva? Estamos cada vez piores. O ranking de produtividade dentro da empresa ficou proibido no Brasil. Não pode mais pregar na parede o ranking mostrando quem produz mais e quem produz menos porque, segundo o pessoal de recursos humanos, isso humilha os que estão nas últimas colocações. Eu sempre usei ranking. Falo que é a melhor maneira de o último ver que está em último e fazer um esforço danado para melhorar. Desse jeito, a classificação no campeonato brasileiro de futebol só poderia ir até o décimo lugar porque os outros vão se sentir humilhados por estar na zona de rebaixamento. Não tenho dúvida de que poderíamos produzir mais. Talvez falte incentivo, talvez faltem prêmios, talvez faltem bons líderes. E, nesse contexto de crise econômica, o trabalhador e a empresa vão se preocupando

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mais com isso – de que, sendo improdutivas, vão sobrar? Vão mesmo. Quando é necessário fazer uma dispensa, não é por sorteio ou simpatia, mas sim por resultado. Os que têm os piores resultados, têm mais atestados, têm mais faltas, mais advertências, são os primeiros a ir. Isso faz todo o sentido do mundo: preserva-se os melhores. Isso se sobressai no contexto atual? É, porque existem infrações durante o expediente que não são suficientes para dispensar alguém. Mas, quando isso se acumula em uma folha corrida de um ano e é preciso demitir um, a empresa sabe exatamente quem é. E o próprio funcionário também sabe. Nas palestras que o sr. têm feito, qual é, neste momento, a maior preocupação? Em épocas normais, as pessoas que têm menos de 25 anos perguntam como podem, o mais rapidamen-

te possível, chegar a diretor ou ser milionário. E as que têm mais de 45 perguntam como conseguir parar e continuar tendo uma carreira melhor do que tinha antes. Depende da idade, as preocupações são diferentes. Mas todos reclamam da incompetência do governo. E essas preocupações vêm se intensificando? Na última década, sim. Hoje, não. Até estranho porque as pessoas continuam questionando as mesmas coisas: como eu peço aumento, como lido com um chefe anta, se devo fazer um intercâmbio no exterior. Não está mudando muito o teor das perguntas. Porque quem está empregado está achando que não vai acontecer nada com ele – é típico do brasileiro achar que a desgraça só acontece com os outros. Todos meus vizinhos perderam o emprego, azar deles. Mas espera um pouco, está caindo um monte de bomba, uma hora pode cair em cima da gente...


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O QUE A ASSOCIAÇÃO FAZ E PENSA

Evento de entrega do Prêmio Catarinense da Excelência: incentivo a empresas e organizações

GESTÃO

Referência em qualidade nos serviços Pioneira no Sistema da Qualidade, implantado em 2003, a Acij investe em práticas de gestão que estimulam o aprimoramento dos serviços prestados e a elaboração de projetos, como também o encaminhamento de ações internas e destinadas aos associados. O sucesso desse modelo foi reconhecido pelo Prêmio Catarinense da Excelência, incentivo e reconhecimento à qualificação das empresas e organizações. A entidade foi a vencedora do nível 1, categoria denominada “Primeiros passos rumo à excelência”. Diogo Haron, diretor executivo, afirma que, agora, o desafio é manter o nível para as próximas edições. “Vamos fortalecer ainda mais a transparência na gestão, a eficiência na alocação dos recursos que o associado deposita espontaneamente e a busca de um maior profissionalismo na entrega dos projetos”, declara. Durante o processo de avaliação, realizado por uma equipe de examinadores sem ligação com a Acij, foram utilizados 13 critérios: pensamento sistêmico, atuação em rede, aprendizado organizacional, inovação, agilidade, liderança transformadora, olhar para o futuro, conhecimento sobre clientes e mercados, responsabilidade social, valorização das pessoas e da cultura, decisões fundamentadas, orientação por processos e geração de valor. “Para todo o indicador, você precisa de um resultado comparativo, o que é interessante, pois se compara com outras empresas do mesmo gênero e porte. E, para cada item, temos uma justificativa e um plano de ação”, explica Haron. Para Marlete Tamasia, coordenadora dos núcleos, ainda que complexa,

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a sistematização das informações valeu a pena. “É complicado juntar dados de diferentes setores e compilar tudo em um relatório seguindo os padrões do prêmio. Mas o resultado é satisfatório”, aponta. Os participantes recebem um diagnóstico que aponta os marcos críticos, o que deve ser aperfeiçoado e os pontos que devem ser mantidos. “O que nos motivou foi justamente o acesso a esse diagnóstico apurado por auditores externos que participam do processo voluntariamente”, diz Haron. ”É como uma consultoria”, compara Marlete.

Promovida há 10 anos pelo Movimento Catarinense pela Excelência, a premiação é dividida em quatro modalidades: nível 1 – primeiros passos rumo à excelência, nível 2 – compromisso com a excelência, nível 3 – rumo à excelência, nível 4 – rumo à classe mundial. “Por menor que seja a empresa, ela pode participar. Tomara que agora a Acij sirva de exemplo para os associados”, aponta Marlete Tamasia.


FOTOS DIVULGAÇÃO

A busca pela excelência O Movimento Catarinense pela Excelência foi fundado em 2004, a partir da união de entidades, empresas e profissionais que tinham como objetivo melhorar a competitividade empresarial e a qualidade de vida, aperfeiçoando o cenário socioeconômico catarinense. O movimento dissemina o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), que reflete a experiência, o conhecimento e o trabalho de pesquisa de organizações do Brasil e do exterior. A iniciativa também integra a Rede Nacional de Gestão, formada

Ana Carolina Brüske, diretora financeira da Acij, participou do evento de premiação no dia 1o de outubro, no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis por parceiros nacionais, regionais e setoriais, entre eles, Fundação Nacional da Qualidade, Movimento Brasil Competitivo, Grupo Gera Ação, Fórum Nacional dos Programas de Qualidade, Sebrae e Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização.

FUNDAMENTOS OS 13 INDICADORES DO PRÊMIO CATARINENSE DA EXCELÊNCIA As empresas participantes do prêmio são avaliadas em 13 quesitos. Em cada item, os auditores destacam algumas ações particulares do negócio. Conhecidos como “fundamentos da excelência”, os itens expressam conceitos reconhecidos internacionalmente.

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Pensamento sistêmico Compreensão e tratamento das relações de interdependência e seus efeitos entre os diversos componentes que formam a organização, bem como entre eles e o ambiente com o qual interagem.

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Atuação em rede Desenvolvimento de relações e atividades, em cooperação entre organizações ou indivíduos com interesses comuns e competências complementares.

Inovação Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias, capazes de gerar ganhos de competitividade com desenvolvimento sustentável.

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e eficiência dos processos da organização e alcance de um novo patamar de competência, por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de conhecimento e experiências.

Aprendizado organizacional Busca de maior eficácia

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Agilidade Flexibilidade e rapidez de adaptação a novas

demandas das partes interessadas e mudanças do ambiente, considerando a velocidade de assimilação e o ciclo dos processos.

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Liderança transformadora Atuação dos líderes de forma inspiradora, exemplar, realizadora e com constância de propósito, estimulando as pessoas em torno de valores, princípios e objetivos da organização, explorando as potencialidades das culturas presentes, preparando líderes e interagindo com as partes interessadas.

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Olhar para o futuro Projeção e compreensão de cenários e tendências prováveis do ambiente e dos possíveis efeitos sobre a organização, no curto e longo prazos, avaliando alternativas e adotando estratégias mais apropriadas.

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Conhecimento sobre clientes e mercados Interação com clientes e mercados e entendimento de suas necessidades, expectativas e comportamentos, explícitas e potenciais, criando valor de forma sustentável.

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Responsabilidade social Dever da organização de responder pelos impactos de suas decisões e atividades, na sociedade e no meio ambiente, e de contribuir para a melhoria das condições de vida, por meio de um comportamento ético e transparente, visando ao desenvolvimento sustentável.

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Valorização das pessoas e da cultura Criação de condições favoráveis e seguras para as pessoas se desenvolverem integralmente, com ênfase na maximização do desempenho, na diversidade e fortalecimento das crenças, costumes e comportamentos favoráveis à excelência.

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Decisões fundamentadas Deliberações sobre direções a seguir e ações a executar, utilizando o conhecimento, gerado a partir do tratamento de informações obtidas em medições, avaliações e análises de desempenho, de

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riscos, de retroalimentações e de experiências.

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Orientação por processos Busca de eficiência e eficácia nos conjuntos de atividades que formam a cadeia de agregação de valor para os clientes e demais partes interessadas.

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Geração de valor Alcance de resultados econômicos, sociais e ambientais, bem como de resultados dos processos que os potencializam, em níveis de excelência, e que atendam às necessidades das partes interessadas.


FOTOS: PENINHA MACHADO

PROJETO

Arquitetura do bem-estar Pensar na estrutura para facilitar a estratégia. Esse é o conceito básico da chamada arquitetura corporativa, especialidade que procura moldar um ambiente de trabalho favorável ao desenvolvimento de um negócio. Fábio Rivero, que desenvolveu projeto com esse perfil para a Acij, lembra que o trabalho envolve todos os níveis da organização, processos e metas, cultura e clima. “Para obter bons resultados, é necessário ter a melhor compreensão de toda a organização, de forma sistêmica. Esse trabalho de levantamento de informações e estudo empresarial é fundamental”, explica.

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Para os empresários que ainda têm dúvidas sobre investimentos em arquitetura corporativa, Rivero ressalta que apostar em um bom ambiente de trabalho é cuidar do bem-estar dos colaboradores: “É lá onde passamos oito horas diárias. Quanto mais agradável e funcional o espaço, mais produtivos e leves seremos”. Antes de iniciar um projeto, é importante observar qual a melhor forma de buscar e discutir ideias dentro da companhia. “Vale lembrar que toda modificação ou novidade é sempre complicada, mesmo que vise a melhorias. A implementação causa impacto e é preciso convergir para diminuir as resistências”, afirma. Uma dica importante: cada projeto tem particularidades, por isso demanda uma análise precisa das questões que precisam de alinhamento.

Ambientes internos em setores da Acij e Fábio Rivero, responsável pelo projeto: “Pensar na estrutura para facilitar a estratégia”

Fábio Rivero foi responsável por transformar o ambiente interno da Acij para acolher a Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc): “Nosso desafio teve várias diretrizes. Aumentar o número de colaboradores por área de trabalho, humanizar o ambiente e dar mais conforto acústico e visual”. Durante o processo, ele conversou com os envolvidos, fez reuniões com colaboradores e buscou o engajamento das equipes. “As linhas arquitetônicas adotadas buscaram formatar um ambiente contemporâneo, humano e confortável, transparecendo a solidez desta entidade e sua capacidade de se adaptar às inovações”, conta.

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ENERGIA

Seminário discute soluções

Participantes da missão, com empresários bolivianos

MISSÃO

Núcleo de supermercados faz viagem produtiva à Bolívia País vizinho com mais de 10 milhões de habitantes, a Bolívia foi o destino da missão empresarial organizada pelo Núcleo de Supermercados da Acij. De acordo com o presidente do núcleo, Marco Aurélio Mattiola, a viagem teve como objetivo avaliar oportunidades de expansão e trocar informações com a Associação Supermercadista da Bolívia. Os treze integrantes da missão visitaram a cidade de Santa Cruz de la Sierra e puderam participar de rodadas de negócios internacionais e de uma feira, além de visitar as redes locais. “Acredito que foi uma experiência muito positiva e marcante, à medida que pudemos conhecer a coragem com que os empresários bolivianos enfrentaram adversidades”, comenta Mattiola.

Dentre os pontos observados na missão, o dirigente salienta a variedade de produtos e serviços qualificados como diferencial competitivo: “Os bolivianos criaram uma rede de capacitação junto aos órgãos públicos para posterior fiscalização. Pudemos aprender também sobre o modelo de gestão que pode ser aplicado no Brasil”. Segundo o presidente, o mercado boliviano deve inspirar os comerciantes daqui. “Eles cresceram muito nos últimos 20 anos, mesmo sofrendo com regulamentações excessivas que afetavam a continuidade do trabalho e a concorrência desleal com o mercado informal. Por meio de capacitação, oferta de serviços qualificados e parcerias, conseguiram alavancar o setor”, relata Marco Aurélio.

Éderson Compiani, consultor do núcleo, acompanhou a missão e, segundo o presidente do núcleo, foi um parceiro importante. “Ele planejou todo o roteiro, nos auxiliou praticamente como guia, intérprete e consultor. Conduziu nossas reuniões em espanhol de maneira eficiente e exerceu uma liderança fundamental para o êxito da missão. O sucesso foi visível na satisfação externada por todos os empresários participantes e no interesse de realizar novas missões”, ressalta Marco Aurélio.

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Uma “garagem solar” foi montada nas dependências da Acij. A ação integrou o Seminário de Eficiên­cia Energética, realizado em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e a ECOA Energias Renováveis. O evento, que reu­niu mais de 150 pessoas, contou com um ciclo de palestras que abordaram temas relacionados à questão da eficiência energética. Otmar Muller, presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Fiesc, falou sobre o impacto do custo de energia na competitividade das empresas. As oportunidades em torno da sustentabilidade foram abordadas pelo engenheiro Marco Gianesini, gerente da divisão de P&D e eficiência energética da Celesc. Já o diretor da RBE Energia, Sandro Luiz Bittencourt, apresentou o mercado livre de energia como estratégia de redução de custos e ganho de competitividade para a indústria catarinense. Também participaram, como palestrantes, o gerente de vendas da WEG, Carlos Eduardo Valenzi, o diretor da ECOA Energias Renováveis, Rodrigo Dalmonico, e o gerente de planejamento do BRDE, Felipe Castro do Couto. O setor produtivo brasileiro, somando indústria, comércio e serviço, consome cerca de 76% de toda energia gerada no país. No seminário, os palestrantes apontaram como isso impacta no resultado das empresas e o que é possível fazer para melhorar o desempenho dos negócios.


DIVULGAÇÃO

Mais de 100 empresários participaram do evento, em outubro

PARCERIA

Acij e Sebrae promovem Sessão de Negócios Buscando fomentar novos negócios e prospectar clientes, a Acij e o Sebrae, com os apoios do Perini Business Park e do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), realizaram, no final de outubro, a Sessão de Negócios, encerrando a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O evento contou com a participação mais de 100 empresários de dife-

rentes segmentos, que apresentaram seus produtos e serviços. Durante o encontro, cada empresário teve espaço previamente definido para se apresentar. Ao término de cada sessão, houve o rodízio dos participantes. Ao final, todas as empresas tiveram a oportunidade de ser apresentadas umas às outras. DIVULGAÇÃO

Reunião do núcleo, com 12 empresas vinculadas

NÚCLEOS

Automação: 10 anos de história Há pouco mais de uma década, a prefeitura de Joinville deu início a um projeto que tinha por objetivo “pensar” o município para os 20 anos seguintes. Na ocasião, foi

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montada uma equipe para estudar aspectos relevantes, com ênfase nos temas de tecnologia e inovação. Um dos focos desse processo foi a ênfase ao associativismo, que

“A Sessão de Negócios foi concebida como instrumento de estímulo e fomento aos negócios, com o intuito de atender a uma necessidade de integração entre os segmentos da indústria, comércio e serviços de uma mesma região”, explica Marlete Tamasia, coordenadora dos núcleos da Acij.

resultou na criação do Núcleo de Automação da Acij. Presidido por Adalberto Testoni, com 12 empresas vinculadas, o núcleo acaba de completar 10 anos. “Entre as ações realizadas, podemos destacar o Empreender Competitivo, iniciativa de entidades empresariais que trouxe recursos federais para capacitação, treinamentos, participação em feiras e seminários”, lista Testoni. Ademir Rossi, integrante do núcleo, aponta a criação do código de ética como conquista do período, além do aumento da visibilidade para os negócios. Pensando no cenário global, o núcleo pondera que no Brasil ainda faltam investimentos em educação tecnológica, competências, pesquisa e aprimoramento.

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VISÃO ACIJ BETO HARGER

Uso de redes sociais no trabalho pode ser favorável à empresa Independente do tamanho ou segmento da empresa, liberar ou não o uso de redes sociais no trabalho ainda é assunto que gera dúvidas a muitos gestores. Na visão de alguns, bloquear o acesso é a solução óbvia para resolver problemas como baixa produtividade e vazamento de informações. Mas, na prática, não há como impedir definitivamente esse acesso porque os smartphones estão aí para quebrar esse bloqueio. Mais de 80% dos brasileiros navegam em redes sociais utilizando smartphones. Impedir fisicamente o acesso dentro da empresa é quase inviável – e pode até causar constrangimentos. Vale lembrar que existem outros redutores de produtividade off-line, que podem passar despercebidos e interferem muito mais no rendimento do funcionário, como conversas paralelas sem qualquer conteúdo profissional, a pausa para o cigarro, ligações particulares, desestímulo, assédio moral e mau planejamento das funções e metas. Como forma de estimular a criatividade e até mesmo motivar a equipe, as estruturas de trabalho estão cada vez mais flexíveis, sem paredes, horizontais e descontraídas. Essas estruturas pedem bom-humor, Utilizar as plataformas digitais trabalho em equipe, atualização constante do coladurante o expediente pode ser borador, e dependem de que ele esteja antenado. O ser humano é um ser social que precisa se comunicar uma válvula de escape para os e fazer parte de grupos para ter uma vida saudável. momentos de estresse, ajudar Utilizar as plataformas digitais durante o expediente em pesquisas e tirar dúvidas pode ser uma válvula de escape para os momentos de estresse, ajudar em pesquisas e tirar dúvidas profissioprofissionais com amigos, o nais com amigos que estão conectados, o que melhoque melhora a produtividade” ra a produtividade. Em contrapartida, é necessário que os profissionais sejam mais exigidos, também com indicadores acessíveis, metas bem elaboradas, timesheet e comparativo de resultados. É papel da empresa designar funções compatíveis às competências e habilidades de seus profissionais, cobrar e avaliar constantemente. O excesso de uso de redes sociais e demais fatores que tiram o foco do trabalho podem significar desmotivação e ociosidade. Porém, existem formas de evitar o uso irresponsável desse benefício, como desabilitar notificações no celular, delimitar horários para o acesso e não se sentir obrigado a responder a mensagem na mesma hora que a recebeu. Como o controle total de acesso a redes sociais é quase impossível, e a proliferação de redes sociais e ferramentas de comunicação on-line veio para ficar, muito melhor do que ir “contra a maré” é usar seus beneBeto Harger fícios para o bem da empresa. Para isso, a conscientização do colaboraSócio e diretor dor, com informações constantes sobre os males do uso excessivo desde integração da sas ferramentas digitais, é a forma mais segura de manter o ambiente Mega Marketing de liberal e produtivo. Experiência

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DIONEI DOMINGOS

Para consolidar Joinville como a “Cidade do Software” Em julho de 2015, foi constituído na Acij o núcleo setorial de empresas desenvolvedoras de software de Joinville (DSW). A abrangência desse segmento é enorme: segundo dados do Sindicato das Empresas (Sepij), nossa cidade já tem mais de 700 negócios cuja finalidade é o desenvolvimento de software, e em torno de 90% são médias e, principalmente, pequenas empresas, seguindo a média nacional. A evolução tecnológica, que afeta velozmente todas as áreas da economia, está cada vez mais diretamente ligada ao software, e isso nos obriga a evoluir também com nossos modelos de negócio. Com o núcleo DSW, nosso propósito é ampliar o debate sobre temas importantes e comuns na maioria de nossas empresas, assim como desenvolver ações que estimulem a inovação constante. Joinville vive um momento especial, com o fortalecimento de um ecossistema muito propício para a indústria de software. Além das centenas de empresas, temos duas incubadoras, parques tecnológicos (públicos e privados) em implantação, Lei da Inovação (estabelecida via Comciti), investidores atentos às oportunidades, rede ensino com Joinville vive um momento várias universidades, cursos técnicos e profissionalizantes. especial, com o fortalecimento Além disso, é centro de desenvolvimento de players nacionais que migraram para cá em função de nossa mão de de um ecossistema muito obra qualificada. O ISS gerado por TIC chegou a quase 14% propício para a indústria de do total arrecado com ISS pelo município (2013), e abrigasoftware, como centro de mos dezenas de empresas menores que se tornaram satélites de produtoras maiores de software. Sem contar o desenvolvimento de players legado deixado pelas desbravadoras Datasul e Logocenter, que migraram para cá” que hoje formam a Totvs, e outras tantas empresas de menor porte que levam a qualidade do “sofware de Joinville” para o mundo todo há décadas. O núcleo DSW está dando seus primeiros passos. Além dos encontros que ocorrem quinzenalmente na Acij (toda segunda-feira, das 17h às 18h30), está em curso uma pesquisa para mapear o cenário das empresas associadas. Num segundo momento, a pesquisa será ampliada para a região. Também está em andamento a execução do primeiro planejamento estratégico do núcleo, com diretrizes para o primeiro ano e destaque para qualidade e produtividade nos processos, disponibilidade e qualidade de mão de obra, visibilidade do polo de software, evolução tecnológica e empreendedorismo, associativismo e representação. Assinale-se que a estrutura e a representatividade da Acij é um diferencial importante para os projetos do núcleo, que anseia se integrar a outros Dionei Domingos agentes que contribuam para o fortalecimento do empresários e das emPresidente do presas (outros núcleos, universidades, unidades certificadoras, sindicato Núcleo de Empresas patronal etc.). Trabalhando em grupo, poderemos potencializar nossos inDesenvolvedoras de Software vestimentos, compartilhar custos e desenvolver soluções complementares, aumentando o volume de negócios entre as empresas associadas.

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ACIJ NA MÍDIA DIVULGAÇÃO

Jornal Floripa, 5 de outubro “Joinville recebe a 5o Feira das Profissões, promovida pelos Núcleos de Escolas de Educação Profissional e Educação Superior da Acij. O evento vai acontecer nos dias 7, 8 e 9 de outubro. A feira é direcionada para alunos do ensino médio, instituições educacionais e comunidade. O objetivo é contribuir na escolha de um curso técnico ou superior. Com o tema ‘O mercado espera você. Está preparado?’, o evento vai apresentar ao público as diversas áreas do mercado de trabalho e a sua realidade.”

Economista Priscila Deliberalli fez palestra na Acij

A NOTÍCIA, 31 DE OUTUBRO

Panorama econômico “Priscila Deliberalli, economista do Banco Safra, traçou panorama macroeconômico nacional. Historiou desde a era Fernando Henrique Cardoso até os dias atuais e foi clara: a crise política vai determinar saídas para a crise econômica. Afirmou também que os programas de investimentos em infraestrutura são inviáveis neste momento. A economista fez palestra para um auditório lotado na Associação Empresarial de Joinville (Acij), na última segunda-feira.”

NOTÍCIAS DO DIA, 20 DE OUTUBRO “Nesta sexta (23), será realizado o leilão de bens não operacionais da Busscar. Os 52 imóveis, entre apartamentos, salas comerciais e prédios, somam R$ 37,12 milhões segundo o valor de avaliação. Os lances poderão ser feitos pela internet, no site da Superbid Judicial, ou de forma presencial na Acij, a partir das 14h. A leiloeira Tatiane Duarte aconselha aos interessados em participar do certame que, mesmo estando na Acij, levem notebooks ou tablets para acompanhar os lances online. Haverá internet disponível no local.”

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Economia SC, 29 de setembro “O consultor Max Gehringer, que conduz o quadro Chefe Secreto no programa Fantástico, da Rede Globo, faz palestra sobre gerenciamento de mudanças, nesta quinta-feira, dia 1º de outubro, às 20h, na Expoville, em Joinville. O evento está sendo promovido e realizado pela Acij (Associação Comercial e Industrial de Joinville). ‘As mudanças ocorridas neste século são, principalmente, devidas à tecnologia. A internet e os celulares tornaram as comunicações mais ágeis, e a obtenção de informações se tornou praticamente instantânea. Essa súbita transformação fez com que o ambiente de trabalho se tornasse mais dinâmico. Existe uma busca alucinada por resultados imediatos, e novos modelos de comportamento passaram a ser exigidos’, afirma Gehringer.” Notícias do Dia, 24 de setembro “O Encontro Econômico Brasil-Alemanha colocou Joinville em destaque. Segundo o secretário Danilo Conti, muitos participantes ficaram impressionados com a qualidade do evento, com a organização e estrutura da cidade, em especial do Complexo Expoville. O vice-presidente da Acij e presidente do Perini Business Park, Marcelo Hack, também salientou que a cidade ganhou visibilidade ao sediar o evento. ‘A cidade já ganhou só pelo número de pessoas que vieram para cá conhecer a nossa cultura, as nossas pessoas e as potencialidades de Joinville. A cidade deixou boa impressão também porque o evento foi muito bem organizado’, disse Hack.” Blog do Moacir Pereira, A Notícia, 15 de setembro “A palestra do empresário Décio Silva, da WEG, teve a presença de autoridades catarinenses. O prefeito Udo Döhler compareceu na Acij para assistir à aula de empreendedorismo do presidente do Conselho de Administração da WEG.”


CURSOS & EVENTOS COMPARTILHANDO IDEIAS Estão abertas as inscrições para o Startup Weekend. De 26 a 28 de fevereiro de 2016, empreendedores, desenvolvedores, designers e entusiastas se unirão na sede da Acij para compartilhar ideias, formar equipes e criar startups. Na noite de abertura, o palco será aberto para os participantes compartilharem ideias e inspirarem outros a se juntarem a seus times. As mais bem votadas serão escolhidas. Nos outros dois dias do evento, os times deverão encontrar um modelo de negócios e criar um produto viável mínimo, utilizando metodologias e ferramentas como Lean Startup, Business Model Generation e Desenvolvimento de Clientes. Na maior parte do tempo, haverá mentores convidados à disposição dos participantes. No encerramento, os times apresentarão o que construíram e receberão feedbacks valiosos de jurados experts. Os melhores serão premiados. Mais informações: (47) 3461-3333. DIVULGAÇÃO

17 a 20 de novembro Congresso Brasileiro de Turismo Rural Expoville, Joinville (47) 3461-9000 23 a 25 de novembro Curso “Gestão de Facebook ADS: Como obter resultados por meios digitais” Acij, Joinville (47) 3461-3344/capacitacao@acij.com.br 24 a 26 de novembro Curso “Oratória: a arte da comunicação eficaz” Acij, Joinville (47) 3461-3344/capacitacao@acij.com.br 24, 26 e 30 de novembro Curso “Formação de auditores internos ISO 9001:2015” Acij, Joinville (47) 3461-3344/capacitacao@acij.com.br 30 de novembro e 1o, 2, 3, 7, 8, 9 e 10 de dezembro Curso “Administração de Recursos Humanos completa (sistema e subsistemas)” Acij, Joinville (47) 3461-3344/capacitacao@acij.com.br 9 e 10 de dezembro Curso “Liderança e delegação: mobilizando forças na organização” Acij, Joinville (47) 3461-3344/capacitacao@acij.com.br

AveSui será realizada no CentroSul, em Florianópolis

FEIRA DA INDÚSTRIA LATINO-AMERICANA DE AVES E SUÍNOS

11 a 15 de janeiro de 2016 38º Pronegócio Centro de Eventos Maria Celina Imhof, Brusque pronegocio@ampebrusque.com.br

A AveSui, maior ponto de encontro dos setores de aves, suínos, bioenergia e reciclagem animal da América Latina, realizará a edição de 2016 em Florianópolis. De 3 a 5 de maio, será discutido o surgimento de novas tecnologias para produção e processamento de aves e suínos, que proporcionam cada vez mais facilidades nas granjas e na agroindústria. Mais informações: (11) 2118-3133, 4013-1277 ou avesui@gessulli.com.br.

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POR QUE ACIJ QUADRO DE ASSOCIADOS

Em dois anos, 45% a mais Associados no mês, desde jan/2014

1.876

1.937

1.332 JAN/2014

JAN/2015

OUT/2015

MAIS PARCEIROS EM OUT/2015

HOTEL FAZENDA DONA FRANCISCA

47 34223377

INOVA TECNOLOGIA

47 34223277

INSTITUTO DE CULTURA E EDUCAÇÃO - JOINVILLE

47 30291333

ISOPLAST SOLUÇÕES EM ISOPOR

47 34240499

KIBS

47 34228667

LABEN

47 34311800

LOGZ LOGÍSTICA BRASIL SA

21 36130400

LOYALTY CAMBIO &TURISMO

47 30275888

LUCAS CARVALHO DE ABREU

47 30287948

MERCADO E PANIFICADORA PACHECO

47 30288112

MERCADO KAUAM

47 34547467

MERCADO MARIANO

47 34369296

ACORDUM CONSULTORIA E TREINAMENTO

47 36331305

METALÚRGICA IMAM LTDA

47 21072600

ACS SERVIÇOS PERSONALIZADOS E RECURSOS HUMANOS

47 30263122

MICROFAR

47 30253235

AGISUL SOLUÇÕES

47 38040963

MULTIPLAN

47 34677893

ALLCON CONSULTORIA

51 30837103

MUNDO COLLOR

ART SUL

47 34654000

MUNHOZ CONSULTORIA

ARTES VISUAIS COMUNICAÇÃO VISUAL

47 30237571

NATIPE CONSULTORES

47 32276038

ASSESSOR SERVIÇOS DE CONTABILIDADE

47 34221349

NEWCHANG CONVENIENCE MACHINES

47 34253907

AUTO ELETRICA BECKER

47 30344248

OTIMIZE SOLUÇÕES E TREINAMENTOS EMPRES

47 30234641

AUTO MECÂNICA IRMÃOS ANDRADE

47 34637084

PANIFICADORA E MERCEARIA JOIPAN

47 30859210

BHP FACILITIES & ADM

47 34552169

PHARRAS MOTEL

47 30289669

BIA UNIFORMES

47 32071518

POSTO TIO TATA - MTZ

47 34650334

BMA SISTEMAS

47 30289520

PURIFICADORES EUROPA

47 34530051

BRANDES AUTO ELÉTRICA E MECÂNICA EM GRERAL

47 30257951

QUALES TREINAMENTOS EMPRESARIAIS

47 96699727

BRASTEMP & CONSUL AUTORIZADA

47 30332747

REALI BALÕES

47 34374932

BRINCANDO EU APRENDO

47 30283798

REFORMADORA MAFRA

47 34736358

BRQ OUTDOOR GRÁFICA EXPRESSA

47 34635857

RESTAURANTE E PETISQUEIRA PAULINHO

47 96093045

CAFÉ AUTOMATIC LTDA

41 30284100

RESTAURANTE E PIZZARIA MICHELS

47 34637980

CENTRAL DE MATERIAIS

47 92839913

RESTAURANTE ZANDONA 2

47 34361016

CLINIMAST

47 30254970

SATAKE AMÉRICA LATINA

47 34611309

CONQUIST ODONTOLOGIA

47 31771101

SAÚDE JOINVILLE

47 34227559

CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

47 30273894

SC SOLAR GREEN ENERGY EIRELI ME

47 30265959

CONTROLLER SOLUÇÕES CONTÁBEIS

47 32787860

SCT

47 34334347

CRXMC CONSULTORIA

47 34273036

SINTEX

47 34735555

DEBONI DTVM LTDA

47 34326100

SITIO ARUNDINA

47 34376684

DEL CORONA & SCARDIGLI LOGÍSTICA LTDA

47 30437730

SLAVIERO BENEFITS

47 30434405

DENTAL UNI

47 34320103

SMART CONSULTORIA JUNIOR

47 40097874

ELEBRAS ELÉTRICA INDUSTRIAL

47 30288005

SNTC ADVOCACIA EMPRESARIAL

47 30268181

ETIQUETA DO IMÓVEL

47 41010170

SUPER SOARES

47 34269278

FC FERNANDES

47 34184287

SUPERMERCADO ZOMER MATTEI

47 34654608

FERRARI & FERRARI NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS

47 91373010

T&S NEGÓCIOS IMOBILIARIOS LTDA

47 34351959

FISCOPRIME SERVIÇOS LTDA

47 88951919

TAXY 04

47 34264002

FLORENSE JOINVILLE

47 38044554

TGB - TERMINAL GRANELEIRO DA BABITONGA

47 30255011

FRANQUIA SEGURA

47 38048108

THIAGO BECKHAUSER

47 91901067

GARCIA LATARIA PINTURA E AUTO PEÇAS

47 34375448

TROPEIRO RESTAURANTE COMIDA CASEIRA

47 99411899

GRAMPEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO

47 31451100

UNIQUE TRAVEL & TOURS

47 34451267

H&S AUDITORIA

47 30254172

WERMONT NEGÓCIOS

47 99993355

HELLOGRAF ARTES GRÁFICAS LTDA

41 33640800

WOOD ART

47 30343566

47 30254500 11 984140063

Associe-se. Entre em contato pelo 3461-3370 e conheça as vantagens de ser um associado

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FEITO EM JOINVILLE FOTOS: DIVULGAÇÃO

Da esq., Priscila Cordeiro, Hugo Cordeiro, Dalton Fernandes (CTO) e Alessandre do Nascimento (Controladoria)

BRCONDOS

De casa nova Fundada em setembro de 2013, a BRCondos nasceu com o objetivo de se tornar a maior rede de administradoras de condomínios do Brasil. Mais do que a expansão no mercado, a equipe coordenada pelo CEO Hugo Fabiano Cordeiro (ex-Microvix) trabalha focada em soluções para a gestão eficiente de condomínios. São 15 franquias nas regiões Sul e Sudeste do país, atendendo 25 mil propriedades. Hoje, o negócio é responsável por mais de 800 condomínios e 25 mil unidades condominiais em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Na sede, em Joinville, ficam a diretoria, a central de processamento BPO (Business Process Outsourcing) e a equipe de serviços, desenvolvimento e comunicação, responsáveis pelo desempenho do grupo. “Em 2015, dez novas franquias entraram para a rede, o que exigiu um espaço maior. A previsão é de que a equipe dobre de tamanho até o final do ano e que o faturamento anual feche em R$ 5 milhões”, aponta Hugo Fabiano.

A BRCondos desenvolveu um modelo único que facilita a administração de condomínios residenciais, comerciais e projetos para construtoras e incorporadoras. “Quando decidimos pelo mercado condominial, sabíamos da necessidade de profissionalizar a gestão de condomínios e encontramos uma grande demanda por tecnologia, gestão eficiente e integração. O crescimento da rede foi acelerado, como reconhecimento ao nosso esforço por fazer mais”, destaca Fabiano. BRCondos Rua Conselheiro Arp, 455 América – Joinville (47) 3801-7605, www.brcondos.com.br

A arte de ensinar inglês A aposta da Talken, que nasce com 25 anos de experiência da antiga escola Phil Young, é investir nas pessoas, criando um verdadeiro ambiente de imersão para o aluno. “Aqueles que se envolvem no dia a dia transformam o momento da aprendizagem. A ideia é que todo o time de diretores, coordenadores e professores tenham atuação estratégica para intensificar a experiência do aluno”, afirma o proprietário Magdal Frigotto. Segundo Frigotto, alcançar a excelência nos resultados é o obje-

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tivo da escola, que garante um inglês de alto nível: “A carga horária é maior do que a média oferecida pelo mercado, para que o aluno seja intensamente exposto ao idioma e pratique o máximo possível cada aprendizado”. Durante as aulas, somente o inglês é utilizado, priorizando a fala e a compreensão auditiva. Outro diferencial é a estrutura oferecida: bibliotecas, salas equipadas, cantina, gazebo, horta orgânica, espaço ao ar livre, estacionamento e segurança particular. O diploma da

Talken traz o selo de proeficiência. “O certificado é concedido somente aos alunos que atingem 500 pontos no TOEFL (inglês acadêmico) ou 650 no TOEIC (inglês de negócios), escores aceitos pela maioria das universidades norte-americanas e empresas multinacionais”, explica. Talken Rua Dona Francisca, 1415 Saguaçu – Joinville/SC (47) 3472-0500 www.talken.com.br

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5 TOQUES

1

Faça backups regularmente Cópias de segurança são essenciais e tornam altamente segura a troca de dados. No entanto, é importante testar os backups para confirmar se estão em bom estado. Uma boa dica é sempre armazenar esses dados no modo off-line (desconectado).

2

Utilize a criptografia Criptografia consiste em transformar relatórios e diversas planilhas em códigos indecifráveis para proteger, principalmente, informações que circulam por e-mail ou estão armazenados em outros dispositivos.

3

Mantenha o antivírus atualizado O antivírus é útil, principalmente, para proteger mensagens de e-mails, além de evitar que pendrives, DVDs ou outras mídias removíveis possam contaminar os dados da empresa e ser repassados aos fornecedores e clientes.

4

Como se proteger de ataques virtuais

Crie ótimas senhas Não adianta investir em segurança da informação se as senhas forem fáceis de decifrar, como datas de aniversário ou senhas de poucas letras. O ideal é a criação de senhas com oito ou mais caracteres e que contenham letras maiúsculas e minúsculas, números e até outros caracteres especiais. Outra dica é criar senhas que tenham prazos para expiração.

Segundo a consultoria PwC, 32% das empresas brasileiras já tiveram dados corrompidos por vírus, spams e links maliciosos. São inúmeros os riscos à integridade da informação, e as redes de computadores, juntamente com os serviços em nuvem (dados armazenados num servidor e que podem ser acessados de qualquer dispositivo), tornaram-se alvos fáceis para os hackers. O site “O Novo Gestor” montou um guia com diretrizes essenciais para a Segurança da Informação. Confira algumas dicas e proteja sua organização contra invasão de dados.

Instale um firewall O software consiste em verificar informações vindas da internet ou de qualquer rede, e sua função é bloquear ou permitir acesso, dependendo de suas configurações. Esse sistema mantém a interface mais segura entre os computadores da empresa e também da rede pública.

FÁBIO ABREU

SEGURANÇA

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JURÍDICO

Crise econômica x alternativas trabalhistas Yolanda Robert Advogada especialista em Direito do Trabalho, consultora em gestão estratégica de pessoas, facilitadora de cursos

Considerando o momento econômico no Brasil, é necessário discutir a necessidade de adaptação das relações trabalhistas para que as empresas superem as dificuldades financeiras, corrijam a baixa produtividade e a reduzida expectativa de crescimento, porém, mantendo os postos de trabalho e, por consequência, a perspectiva de uma sociedade consumidora. A flexibilização corresponde ao ajuste da legislação trabalhista, permitindo que as empresas se adaptem de acordo com a necessidade de produção e as condições de trabalho. O foco são os meios da legislação trabalhista e dos contratos de trabalho, tema ainda pouco consolidado pela jurisprudência, e a busca por instrumentos jurídicos que sejam eficazes, com segurança jurídica e sem armadilhas que surpreendam o empregador no futuro em decisões judiciais desfavoráveis ou mesmo aplicação de multas administrativas. Algumas fórmulas alternativas são:

Suspensão temporária do contrato de trabalho (layoff) – possibilitada mediante previsão em acordo coletivo ou convenção de trabalho, desde que haja aquiescência formal do empregado. A regra foi estipulada para que o empregador invista na qualificação técnica profissional do empregado. Contudo, em contexto de crise econômica, muitos empresários estão se socorrendo do preceito legal, visando evitar demissão em massa. Assim o empregado, durante o tempo de afastamento, participará de cursos ou programas de qualificação do trabalhador e receberá uma bolsa custeada pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Redução da jornada de trabalho e salários – permite a redução da jornada de trabalho, prevista na própria Constituição Federal, devendo respeitar o direito dos trabalhadores com a redução proporcional dos salários. Importante ressaltar que a regra só poderá ser aplicada como último re-

curso, e se a empresa comprovar que está passando por dificuldade financeira, mediante aprovação da assembleia de trabalhadores. Adoção do contrato de trabalho a tempo parcial – a legislação trabalhista dispõe sobre a possibilidade de os empregados trabalharem em número reduzido de horas, conforme a real necessidade do empregador e sem configurar infração legal. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda 25 horas semanais. A alternativa se aplica aos novos contratos de trabalho. Adoção do sistema de banco de horas – autoriza criar um sistema de compensação de horas trabalhadas além da jornada normal por descansos programados, evitando o pagamento imediato de horas extras e o dimensionamento da mão de obra de acordo com a produtividade momentânea da empresa, ou seja, a empresa

pode utilizar a mão de obra disponível conforme as variações da produção e demanda de mercado. Programa de Proteção ao Emprego (PPE) – o programa, lançado pelo governo em julho de 2015, permite às empresas em dificuldade financeira diminuir a jornada de trabalho a remuneração proporcional de seus empregados em até 30%, mediante o compromisso de não demiti-los. O governo pagará até metade da parcela do salário que o trabalhador deixaria de receber da empresa, limitado o valor a 65% do teto do seguro-desemprego. Recente votação do Senado alterou o prazo no programa para estender o período de adesão até 31 de dezembro de 2016, e também o aumento o tempo de participação das empresas em até 24 meses. O ônus é que, no final do período, o contrato de trabalho deverá ser mantido por período mínimo de 1/3 do tempo de adesão da empresa.

Importante frisar que existem várias alternativas que devem ser analisadas, considerando as peculiaridades regionais, da empresa ou do setor econômico. Caberá à empresa analisar o risco de cada alternativa, considerando principalmente a posição do Poder Judiciário sobre o tema e as cautelas para sua formalização, buscando sempre a concordância do empregado e do sindicato representativo da categoria. Por fim, em época de crise, cabe às empresas a reorganização do trabalho, fortalecendo negociações coletivas para integrar os trabalhadores, por meio de adaptação dos contratos de trabalho, sem deixar de preservar o mínimo de proteção legal.

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OBJETOS DE DESEJO Na hora de viajar, uma boa opção é reunir a família para trilhas e escaladas em meio à natureza. A Revista 21 preparou um especial com objetos para levar na viagem de férias. COZINHANDO MELHOR Ideal para arrumar e cozinhar em campismo, o móvel de cozinha da Quechua foi desenvolvido para o praticante de campismo que valoriza a organização e a arrumação confortável dos utensílios de cozinha. Tem dois compartimentos com fecho, cinco prateleiras, ventilação, proteção contra o vento, tampo e estrutura em alumínio. Ao todo, pesa 7,9 kg com bolsa. É resistente à corrosão e lavável com água e sabão. R$ 499 www.decathlon.com.br

Fácil de transportar: seu volume é reduzido depois de dobrado. Vem com bolsa de arrumação

Tem tamanho compacto para ser levado em mochilas e sistema de regulagem fina que permite um melhor ajuste da chama. Vem com acendedor automático

ACENDE COM UM CLIQUE

O fogareiro Apolo traz sistema de regulagem fina que permite melhor ajuste da chama. Prático em viagens e acampamentos, é indispensável para quem pretende se alimentar bem em meio à natureza. O modelo conta com sistema de ignição eletrônica, dispensa o uso de fósforos e acende com um clique. Além disso, pode-se regular a chama para que fique na medida exata conforme necessidade. R$ 129 www.mundoterra.com.br

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NA DIREÇÃO CORRETA

A bússola de precisão para mapa da Suunto é excelente para corridas de orientação. É balanceada para o hemisfério Sul, vem com lupa, anel incandescente, agulha apoiada sob cristal, e ponteiro mais estável. A base é arredondada e tem cordão para pescoço. Traz símbolos de círculo e triângulo para marcação de mapas. R$ 189 www.mundoterra.com.br


FOTOS: DIVULGAÇÃO

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A barraca tem impermeabilidade validada em laboratório (sob 200 litros de água/hora/m²). Garantia de dois anos em utilização normal

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OBSERVADORES EXIGENTES

O Binóculo Lugan Astroview 9x63 Série Astronômica pode ser usado em qualquer atividade. Seus prismas e sua objetiva de 63mm proporcionam extrema qualidade de imagens, com ótimo contraste e definição. Focagem central, rápida e suave. A potência de ampliação de 9x garante a total absorção de luz das lentes objetivas de 63mm. R$ 596 www.astrobrasil.com.br

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BRIEFING FOTOS: DIVULGAÇÃO

Shopping Pátio Batel, em Curitiba, instalou a estação de tratamento compacta e aproveita a economia gerada

SUSTENTABILIDADE

Tratamento sanitário sob medida para sua empresa De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, baseado em dados de 2013, menos de metade da população tem acesso à coleta de esgoto e apenas 39% do esgoto do país é tratado. Os índices não são nada favoráveis – e Joinville apresenta um cenário ainda mais alarmante. Segundo a Companhia Águas de Joinville, apenas 31% do município conta com cobertura de rede de esgoto. A principal meta, para 2018, é que metade dos domicílios tenha esgoto tratado, mas para alcançar esse patamar são necessários envolvimento e comprometimento do poder público e inciativas inovadoras que possam acelerar o processo.

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Um desafio crescente para a sociedade moderna é preocupação comum entre grandes e pequenas empresas, instituições públicas e privadas, governo e cidadão: como garantir a destinação correta e o tratamento dos dejetos produzidos pelo homem? A pergunta pode ser vista como oportunidade, em iniciativas como a da empresa Ectas, que uniu o tratamento sanitário à reutilização da água de forma sustentável. A Ectas criou uma estação de tratamento de esgoto de alta eficiência e dimensões reduzidas, adaptável a centros comerciais, empresas e residências, entre outros locais. O efluente é tratado e desinfetado de acordo com o tipo de reutilização necessária. A água, que pode ser reutilizada para irrigar o jardim, por exemplo, é diferente daquela que serviria para dar descargas no vaso sanitário. “Um equipamento que aliasse baixo custo, alta eficiência e benefícios sociais e ambientais sempre foi o nosso objetivo. Era natural que um passo fosse compactar ainda mais as estações, para atender residências e pequenos negócios. Estamos investindo nisso, mas ainda temos muito para inovar”, pondera o diretor comercial da Ectas, Flávio Sisti. O projeto das estações que tratam água da chuva e do esgoto foi premiado, neste ano, na 6ª edição do Acelera Startup, concurso organizado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Segundo Sisti, o reconhecimento foi a confirmação de que o projeto está no caminho certo. A


VERÃO

Para não faltar água

Gestores da Ectas recebem premiação da Fiesp, em São Paulo

partir de então, surgiram oportunidades de parcerias e negócios. O propósito da empresa, instalada no Perini Business Park, em Joinville, é preservar a água como recurso estratégico para a sociedade, diminuindo o impacto do desenvolvimento das cidades. Pensando nisso, a administração do Shopping Pátio Batel, em Curitiba, instalou a estação desenvolvida pela Ectas e vem aproveitando as vantagens econômicas e ambientais oportunizadas pela tecnologia sustentável. “Só percebemos benefícios aliados à instalação da estação de tratamento. Contamos com a diminuição no consumo de água potável, aprimoramos nossa eficiência ecológica e ainda economizamos”, relata o gerente de operações do shopping, Frederico Hintz. A estação é utilizada para tratar a água das torneiras dos banheiros que, em lugar de ir diretamente para o esgoto, cai em uma central e passa por processos de tratamento para ser reutilizada nas descargas. A água que sai de ralos limpos, do ar condicionado e da drenagem do subsolo também é empregada nesse processo. Segundo o coordenador de operações Andreo Carmo, em sua totalidade, o empreendimento reaproveita aproximadamente 1 mil metros cúbicos de água por mês. No caso da empresa, o custo médio para implantação do sistema depende do volume de esgoto gerado e quanto será reutilizado. Adaptando a tecnologia para residências, os criadores do projeto esperam que o custo se assemelhe aos sistemas de fossa/filtro, que, em comparação com a estação compacta, acaba perdendo em qualidade e eficiência.

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População e turistas que visitam São Francisco do Sul vão enfrentar menos problemas com o abastecimento de água no próximo verão. A concessionária Águas de São Francisco do Sul anunciou a ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA), que deve proporcionar ao município um volume maior de água tratada. A capacidade dobra, atingindo aproximadamente 8 milhões de litros por dia, o que terá forte impacto positivo já nesta temporada. Também estão sendo feitos investimentos para a troca e modernização de equipamentos. As obras da ETA devem ser entregues em dezembro. Outra melhoria importante é a nova central de atendimento, na praia da Enseada. Localizado na avenida Santa Catarina, 800, o posto começará a funcionar no mês de dezembro. Os serviços prestados serão os mesmos da central do Shopping São Francisco. A empresa atende, presencialmente, uma média de 2.500 pessoas por mês, número que deve aumentar bastante na alta temporada.

A central de atendimento da Águas de São Francisco do Sul, localizada no Shopping São Francisco, continua atendendo a comunidade normalmente, de segunda a sexta-feira. Para mais informações, é possível ligar no 0800-595-4444. Dúvidas também podem ser registradas no site da empresa (www.aguasdesaofranciscodosul.com.br) ou com mensagens para o e-mail atendimento.sfs@aguasdesfs.com.br.

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FEIRAS E EVENTOS

Arrecadação de direitos autorais é prevista por lei Ao vivo, gravada, instrumental ou cantada, a música é um dos fatores essenciais na realização de eventos. No Brasil, a utilização pública de canções é taxada para recolhimento de direitos autorais. O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), instituição privada, sem fins lucrativos, é responsável por coletar os pagamentos e dividir os direitos autorais provenientes da execução musical pública. O gerente executivo de arrecadação do Ecad, Marcio Fernandes, explica que, de acordo com a lei 9.610/98, com alterações da lei 12.853/13, qualquer pessoa física ou jurídica que reproduza músicas publicamente precisa assegurar o pagamento da retribuição autoral. O escritório dispõe de 35 unidades próprias espalhadas pelo país, para orientar e esclarecer dúvidas. Quem pretende executar obras musicais em público deve entrar em contato antecipadamente com o Ecad. Assim, é possível calcular o valor a ser pago e emitir o boleto. Atuando desde 1977, o órgão é administrado por nove associações de gestão coletiva musical. “Nosso objetivo é defender os direitos autorais dos compositores, intérpretes, músicos e demais titulares filiados a essas associações que têm músicas tocadas publicamente”, ressalta Marcio. Para Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil, a música é um fator importante nos eventos, principalmente em feiras. “Permite que os estandes fiquem mais alegres e incentiva o ambiente de negócios. Um estande que encanta o visitante abrange os cinco sentidos, nos quais está incluída a audição”, explica. Com larga experiência na organização de feiras, Richard afirma que muitos exDIVULGAÇÃO

Estandes em feiras de negócios ganham atratividade com a música

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positores apostam na trilha sonora para atrair a atenção dos visitantes e têm conseguido trazer o público para dentro de seus estandes. Para orientar seus clientes, a Messe Brasil montou um Manual de Evento, no qual estão especificados todos os passos do recolhimento ao Ecad, assim como a indicação dos contatos dos escritórios na região. “Como a maioria dos clientes vem de outras cidades, auxiliamos as empresas no recolhimento das taxas”, afirma. Mesmo quando não há lucro ou bilheteria, a lei prevê o pagamento do direito autoral, para que os criadores das obras sejam remunerados. Não pagar o direito autoral é violação à lei e o infrator pode responder judicialmente pela utilização não autorizada das músicas. “O Ecad esgota todas as tentativas de negociação junto ao usuário de música antes de recorrer à Justiça”, pondera o gerente. Richard, da Messe, chama atenção para a importância do alinhamento entre Ecad e organizadores, para que trabalhem em conjunto, visando à proteção dos direitos autorais. “É necessário chegar a um entendimento para não prejudicar o setor por meio da simples fiscalização e multa impositiva”, reforça. Da arrecadação total do Ecad, 80% são repassados aos titulares filiados e 6,89% às associações integrantes para despesas operacionais. São as associações que encaminham os valores aos artistas. Ao Ecad, são destinados os 13,11% restantes para a administração das atividades em todo o Brasil. Com o dinheiro, o órgão investe em tecnologia, qualificação das equipes, modernização e controle dos processos e comunicação com o mercado. Somente em 2014, foram distribuídos R$ 902,9 milhões a 140.438 titulares de música e associações.


DIVULGAÇÃO

FÓRMULA CEM ACELERANDO

Alunos de Engenharia Automotiva da UFSC Joinville, com apoio de empresas, participaram da competição nacional Fórmula SAE, em Campinas. O carro criado para esta etapa do projeto é produto de meses de trabalho da equipe Fórmula CEM e teve o suporte de empresas como Tuper, ArcelorMittal Vega, Termotécnica, FastParts, Yokohama, Indek, Ciser, Fiesc-Senai e Apolo Trailer. Em atividade desde 2010, a Fórmula CEM é presença constante no evento, com o objetivo de buscar o intercâmbio de técnicas e conhecimentos por meio de aplicações práticas. Neste ano, os estudantes apostaram em novas tecnologias e materiais de vanguarda. Eles pretendem, até 2017, estar entre as 10 melhores equipes do SAE.

NEGÓCIOS

Empresa joinvilense fornece moldes para nova linha da Mercedes-Benz A Mercedes-Benz apresentou ao mercado sua linha de caminhões renovada, incluindo o modelo Actros. Modelo mais potente produzido pela montadora no Brasil, conta com novas peças de carroceria tiradas de moldes de injeção fabricados pela empresa joinvilen­ se Magna Moldes. A pedido da Fastplas, que fornece à Mercedes-Benz, a Magna projetou e fabricou oito moldes: da grades frontal, das coberturas das colunas internas e externas e das telas e lamelas supe-

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riores e inferiores das grades, além do ferramental da placa de licença. “O negócio representou 15% das nossas vendas deste ano até o fechamento de outubro. Do ponto de vista técnico e industrial, foi muito importante por se tratar de moldes complexos, de grande porte. O molde da grade frontal, com 25 toneladas, foi o maior ferramental fabricado na história de nossa empresa”, destaca Júlio Menezes, diretor da Magna. No mercado desde 2009, a Magna projeta e fabrica, em 2.500

metros quadrados de área fabril, moldes de pequeno, médio e grande porte para diversos processos produtivos. Também atende empresas como Honda, VW, Weidplas, Fastplas, Faurecia, Sogef e Whirlpool. Devido à crise econômica, de acordo com o diretor, houve retração no mercado automobilístico em 2015. Porém, existe boa perspectiva para a fabricante: “Temos vários moldes sendo desenvolvidos para novos veículos que serão lançados nos próximos anos”, informa.

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DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA SENADO

Anúncio da Lei Anticorrupção: impacto positivo para as organizações adotarem esse tipo de parâmetro

EMPRESAS ÉTICAS

Ferramentas ajudam a padronizar comportamentos Ética é um princípio utilizado desde a Grécia Antiga e explorado pela filosofia. No Brasil, o tema se torna cada vez mais relevante, em virtude dos escândalos de corrupção. Outro fato que fortaleceu sua importância foi a publicação da Lei 12.846, em 1º de agosto de 2013, mais conhecida como Lei Anticorrupção. Pesquisa de dezembro de 2013, com 66 executivos do país, assinada pela consultoria ICTS, indicou que 93,8% dos participantes declararam ter Código de Conduta Ética em suas organizações. Mas só um documento é o bastante para alinhar comportamentos e práticas na área empresarial? Para Rosemeri Aparecida Vendrami, consultora em ética empresarial, a maior dificuldade no ramo corporativo é afinar discurso e prática. Muitas vezes, por não ser um pro-

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cesso participativo, o código de ética não corresponde à visão, missão e valores da empresa, ocasionando incoerências que geram insatisfações e baixa credibilidade. “Para o documento ser construído, é preciso ouvir todas as partes, promovendo o enfoque educativo, e não punitivo. As pessoas devem entender que se trata de um processo para melhorar o ambiente de trabalho. Os gestores, por sua vez, devem abordá-lo como uma ótima ferramenta de gestão”, explica. O texto, segundo a consultora, deve corresponder à realidade da organização para que todos se comprometam. “O código é customizado a partir dos dilemas éticos de cada empresa. Alguns temas são recorrentes, mas não podemos torná-lo um processo automático.” A consultora orienta também a

não só criar um código de ética, mas estabelecer todo um método de gerenciamento para assegurar a aplicação de suas determinações. É o que ela chama de Sistema de Gestão de Ética, que vai contar com um comitê, responsável por receber dúvidas, sugestões e denúncias, analisando-as e encaminhando-as com orientações para a direção. “O sistema dá vida ao processo. Sua gestão toma por base o código de ética”, afirma. A Acij estruturou recentemente seu Sistema de Gestão de Ética. Para a diretoria, esse é o primeiro passo na construção de um sistema que privilegie a justiça, o bom-senso e a correção, com base nos princípios fundamentais da entidade, que são associativismo, representatividade, voluntariado, transparência, responsabilidade social, normas e regulamentos. A Acij vai contar com um comitê e um conselho de ética, além de canais de manifestação como e-mail, telefone e site para receber todas as manifestações.


Na estratégia das corporações A Lei 12.846 dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública. Mesmo tendo foco na área governamental, Rosemeri Vendrami entende que sua regulamentação desencadeou uma preocupação por condutas mais éticas em empresas privadas. “Vem promover uma reflexão, que antes não existia. Agora, a ética está na agenda de estratégia das organizações. Ainda temos muito que fazer para qualificar as relações com os públicos de relacionamento da empresa, mas a lei já impactou positivamente”, analisa. Empresas consideradas responsáveis por atos lesivos podem levar multas que alcançam de 0,1% a 20% do faturamento bruto do exercício anterior ao da instauração do processo administrativo. Se não for possível utilizar o critério do valor do faturamento bruto da pessoa jurídica, a multa pode oscilar de R$ 6 mil a R$ 60 milhões. A lei observa a conduta pessoal, mas vai considerar que a empresa é corresponsável pelo ato lesivo. Nesse momento, documentos como o código e sistema de gestão da ética serão positivamente considerados para a definição da aplicação das sanções, amenizando o valor da multa. “O código traz transparência para as relações, promove o diálogo e aprimora a comunicação nas organizações”, ressalta a consultora. Para o público externo, gera credibilidade, reputação, legitimidade, além de atrair e fidelizar clientes, por conta da imagem da organização.

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Qualquer empresa pode (e deve) ter um código de ética, mas, quando a organização não se sente preparada para construí-lo, é possível iniciar um diálogo estabelecendo um Sistema de Integridade que vai contemplar orientações para os colaboradores. Rosemeri indica um processo interno que comece a discutir as diretrizes éticas, que no futuro darão vida ao código. “É um documento menor que os prepara para o diálogo com outros públicos", afirma.

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EM NÚMEROS Rio Bonito Zona rural

Mapa da reciclagem

Zona urbana

Joinville coleta perto de 11 mil toneladas de resíduos sólidos e semissólidos todo mês. Cerca de 10% é reciclado pelos catadores de lixo da cidade. Em “Um Retrato dos Trabalhadores de Material Reciclável de Joinville”, Ana Aparecida Pereira e Fátima Mottin, da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Joinville e autoras do estudo, catalogaram 601 pessoas. A maioria se mantém distante do trabalho das cooperativas e vive exclusivamente da reciclagem.

São 31 unidades de reciclagem

Jardim Paraíso

Pirabeiraba

Aventureiro

Onde vivem 508 dos 601 entrevistados vivem em Joinville. O mapa ao lado mostra em que bairros moram. O tamanho dos círculos representa a quantidade de pessoas que reside em cada bairro. Vinte são moradores de rua.

Comasa Vila Nova Boa Vista

Ranking Os 10 bairros com maior população de catadores de lixo Paranaguamirim Aventureiro Jardim Paraíso Rio Bonito Vila Nova Comasa Fátima Pirabeiraba Morro do Meio Boa Vista

Fátima Morro do Meio

80 72 43 37 28 23 23 22 22 21

Paranaguamirim

Faixa etária Maioria tem entre 30 e 59 anos. Mais jovens estão nas unidades de reciclagem, enquanto os mais velhos preferem o trabalho individual

142 127 111 96

71 36 15

3 17 ANOS OU MENOS

DE 18 ANOS A 21 ANOS

DE 22 ANOS A 29 ANOS

80% deste grupo trabalha em unidades de reciclagem

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DE 30 ANOS A 39 ANOS

DE 40 ANOS A 49 ANOS

DE 50 ANOS A 59 ANOS

70% deste grupo é catador individual

60 ANOS OU MAIS

NÃO INF./NÃO SE APLICA


Onde trabalham Maioria prefere se manter longe do trabalho organizado das unidades de reciclagem Em unidades de reciclagem 259 Trabalhadores individuais 335

Exemplos entre as empresas

Sexo No geral, homens são maioria, mas mulheres estão mais presentes nas unidades de reciclagem GERAL Mulheres 269 Homens 325

EMBRACO

ENTRE OS TRABALHADORES INDIVIDUAIS Mulheres 109 Homens 226

Lançado em 2014, com o nome de Nat. Genius, o modelo de negócios da Embraco oferece soluções de logística reversa e é baseado no conceito de economia circular. Tem por objetivo transformar equipamentos da linha branca e de refrigeração comercial ao final da vida útil em novos produtos e agregar valor ao que é descartado ou comercializado como sucata.

Contribuição para o INSS

7,2 milhões de kg reciclados

NAS UNIDADES DE RECICLAGEM Mulheres 160 Homens 99

61,7% do setor

Menos da metade contribui com a Previdência. Trabalhadores individuais estão mais vulneráveis No geral 270 Em unidades de reciclagem 173 Trabalhadores individuais 110 32,8% dos trabalhadores Dos trabalhadores individuais, 92,4% fazem individuais

Fazem triagem

a separação no pátio de suas residências No geral 502 Para unidades de reciclagem 253 Trabalhadores individuais 249

Fazem apenas coleta No geral Para unidades de reciclagem Trabalhadores individuais

92 6 86

*DOS ENTREVISTADOS, 7 ERAM GESTORES DE COOPERATIVAS

Outros números

6,8%

78%

7%

22%

não tem instrução. Em Joinville, 1,8% não é alfabetizado

dos entrevistados se declara com alguma deficiência. Em joinville, 19% da população declara alguma deficiência

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Algumas grandes indústrias de Joinville mantêm ações voltadas à reciclagem. Abaixo, dois casos de destaque, que contribuem para a redução de resíduos no dia a dia

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tem como fonte de renda apenas a coleta e/ou separação de recicláveis

contam com duas fontes de renda. Entre estes, 61% são aposentados e usam a reciclagem como complemento de renda

Nos primeiros doze meses de operação, o projeto reciclou 698 mil compressores Embraco e 103 mil compressores de outros fabricantes, o que resultou em volumes equivalentes a 4,6 milhões de kg de aço, 1,8 milhão de kg de ferro, 94 mil kg de alumínio, 562 mil kg de cobre e 131 mil litros de óleo.

TERMOTÉCNICA

Uma das maiores indústrias mundiais de EPS (“isopor”), mantém programa de logística reversa para embalagens feitas desse material, 100% reciclável. No Brasil, em 2013, foi reciclado 34,5% do EPS pósconsumo. 13.570 toneladas do produto deixaram de ir para aterros e voltaram para o mercado com valor agregado. O Programa Reciclar EPS da Termotécnica começa no recolhimento do EPS pós-consumo, a partir dos mais de 1.200 pontos de coleta e da parceria com 370 cooperativas de reciclagem em todo o país. Desde 2007, a Termotécnica já reciclou mais de 35 mil toneladas de EPS. Atualmente, recicla 400 toneladas de EPS por mês, o que correspondente a 30% do que a empresa produz.

100 colaboradores

e 391 cooperativas (5 mil famílias) envolvidos no projeto

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ILUSTRAÇÕES: FÁBIO ABREU/FOTO: UESLEI MARCELINO, AG. REUTERS

CONJUNTURA

Existe oportunidade no meio da crise? Os primeiros rascunhos do cenário econômico e político para 2016 não são nada otimistas. Analistas do Banco Central, em relatório divulgado em outubro, também conhecido como Focus, fazem alerta vermelho para o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação. De acordo com o BC, o PIB deve ficar em -2,97%, o pior resultado em 25 anos. O governo estima retração de 2,8% no PIB para 2015 e encolhimento de 1% para a economia brasileira em 2016, com crescimento em 2017 de apenas 1,1%. A dívida bruta do setor público deve superar a barreira dos 70% do PIB em 2016. A inflação, conforme pesquisa do BC, vai andar pela ordem de 6,05%. Se os dados anunciados pelos bancos e consultorias se concretizarem, serão dois anos consecutivos de retração na economia, fato inédito na história brasileira até então. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, tem como esperada para o final de 2015 uma taxa de 9,70%, a maior em 13 anos. Para o encerramento de 2016, a estimativa da taxa de juros – o principal instrumento do BC para conter pressões inflacionárias – subiu de 12,5% para 12,63% ao ano. Também para 2016, os analistas projetam uma taxa de câmbio de R$ 3,60 por dólar. O governo aponta o patamar de R$ 4 para a moeda norte-americana entre 2015 e 2017. Segundo boletim da agência de classificação de risco Moody's, divulgado em outubro, a deterioração financeira, a turbulência política e o desenrolar da Operação Lava-Jato, que investiga um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro, levaram o Brasil a registrar aumento de desemprego, queda do consumo e do poder de compra. Os 16 articulistas deste especial – entre economistas, jornalistas, empresários e profissionais atuantes em diferentes ramos da economia catarinense – têm consciência do cenário desfavorável, oferecendo visões críticas sobre o futuro, mas também sinalizam como entendem possível contornar o período de recessão. Os textos refletem sobre quais medidas preventivas podem ser priorizadas, qual a postura deve ser adotada para que a crise não vire um bicho papão e, sim, um ambiente desafiador, competitivo – e, aos que têm olhar afiado, alavanca para crescimento.

Reeleita em 2014, Dilma viu 2015 passar sem conseguir controlar as crises política e econômica 38 ACIJ


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Pela reinvenção do país Otto von Sothen Presidente da Tigre

Não há como negar que vivemos tempos desafiadores no Brasil, enfrentando uma das maiores crises da nossa história recente. O baixo desempenho da economia, a inflação crescente, a alta do desemprego e a necessidade de investimentos nos rodeiam onde quer que estejamos. Como muitos setores da economia, o segmento de materiais de construção está sendo impactado pela fraca demanda resultante da desaceleração da construção civil e da infraestrutura.

Todos estão precisando fazer ajustes no curto prazo. Por isso, é importante buscar oportunidades no médio e longo prazo. Também é recomendável considerar esse período como um ciclo, apostando na retomada de crescimento e melhora dos indicadores. O Brasil é um país que ainda apresenta carência de infraestrutura e déficit habitacional, o que demanda um olhar otimista. Apesar do cenário negativo, o empresariado brasileiro está repleto de exemplos de líderes sérios, corajosos e desbravadores, que assumem riscos e fazem o país funcionar ao gerar milhões de empregos, contribuindo direta e indiretamente para o estímulo dos mais variados setores da economia. Por esse motivo,

é importante que os empresários retomem seu papel de liderança no debate socioeconômico e voltem a ser parte da solução. Além disso, precisamos parar de atuar na consequência e atacar as causas de nossos problemas. Sim, o Brasil é um país caro, não só pelo câmbio sobrevalorizado até aqui, mas também pelos incrementos reais de custos e salários sem contrapartida na produtividade. Mas é possível mudar. Para que o país saia dessa situação, é necessária uma reeducação generalizada da sociedade, desmontando estruturas viciadas que estão em funcionamento há muitos anos. E o empresariado pode assumir um papel proativo, de liderança, nesse debate de reinvenção do país.

demoraram muito para acontecer ou simplesmente não se concretizaram. O efeito prático de tudo isso é inflação mais alta, e bem acima do teto da meta de 6,5% ao ano, retração maior do PIB e aumento do desemprego. Na reta final, as projeções apontam para inflação em 2015 perto de 10%, retração do PIB de cerca de 3% e desemprego no último dia do ano na casa dos 7%. Se nada for feito para mudar a regra de reajuste automático do salário mínimo em 2016, a expectativa é de que o desemprego piore nos primeiros meses do ano. A melhora desse quadro vai depender da retomada lenta da economia, mais viável a partir do segundo semestre. Sem preços administrados pelo governo e com a possibilidade de o salário mínimo ser reajustado em quase 10% em 2016, a inflação não conseguirá ficar na meta – é mais

provável que alcance 6,5% ao ano. Como a retomada do crescimento será lenta, 2016 ainda deverá ter retração do PIB, desta vez de cerca de 1%. Espera-se, contudo, que com a retomada de obras importantes no país, especialmente de infraestrutura, no segundo semestre, a economia volte a crescer nos últimos meses e, principalmente, em 2017. A melhor alternativa é continuar investindo em inovação e em qualificação, aperfeiçoando processos, criando formas de atender melhor cada cliente e ganhando em eficiência. Passado esse momento de crise, cada profissional, empreendedor e empresa deve sentir que fez o dever de casa e está mais preparado para vencer os desafios. Nosso Estado é mais resistente à crise, mas não está ilhado. Teremos um ano difícil ainda em 2016, mas é um alento pensar que não poderá ser pior que 2015.

Não dá para parar Alessandra Ogeda Colunista de economia do jornal Notícias do Dia

Quase todos os indicativos foram dados em 2014, quando no cenário externo a China cresceu menos, os preços das commodities ficaram mais baixos e as contas públicas brasileiras registram rombo de R$ 20,2 bilhões. Ninguém esperava um 2015 fácil, porque sabíamos que os ajustes nas contas públicas cobrariam um preço alto da população. Ainda assim, este ano foi pior do que o esperado. As principais razões foram o cenário político conturbado e a dificuldade da presidente Dilma Rousseff e de sua equipe governarem. Praticamente durante todo o ano, assistimos a incontáveis debates sobre o ajuste fiscal e promessas de reformas que

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DIVULGAÇÃO

Dólar chegou a ultrapassar os R$ 4. Expectativa para 2016 não é melhor

Uma caminhada com percalços Maysa Cristina Fischer Sócia administradora da Fischer Advocacia

Antever o que vai acontecer em 2016, no segmento dos negócios internacionais, requer um misto de conservadorismo com algumas pitadas de ousadia e determinação. Sintomas e previsões já mostram que a caminhada poderá ter percalços. Segundo a Economy Forecast Agency (EFA), a variação média do dólar prevista para o início de 2016 está acima de R$ 4,50. O país sofreu redução nas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o desempenho da economia em 2016, e o PIB projetado é de -1% e, para 2017, de 2,3%. O país também caiu de 7ª para 9ª posição na economia global, devido, em parte, à indesejada e rápida deterioração

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da atividade industrial. Mantendo-se inalterado o desastroso cenário político que ainda vivenciamos, não se pode ser muito otimista para o próximo ano no que se refere à taxa de juros, à geração de emprego, ao volume de vendas no mercado interno, às linhas de crédito, ao nível da adimplência no comércio, aos investimentos em infraestrutura, ao retorno da inflação ao centro da meta, à retomada do rating do Brasil como pagador confiável e ao equilíbrio das contas públicas dos governos federal, estadual e municipal. Por outro lado, em paralelo a esses indicadores desfavoráveis, o país se tornou “barato” para iniciativas de M&A (incorporações e aquisições) de negócios locais. Mesmo assim, na contramão da Índia, que vem liderando a captação de investimento estrangeiro direto em novos projetos, está despencando nesse ranking, já

que as mudanças tímidas até aqui implementadas pelo governo inibem um arrojo maior. A iniciativa privada tem um caminho importante pela frente. Uma alternativa saudável e sustentável é a internacionalização do negócio. Alguns passos: (a) contratação de agente de vendas e/ou distribuidor no exterior para o início ou incremento de exportações (a recuperação do mercado dos EUA é a aposta); (b) a constituição de uma empresa em outro país para sua própria distribuição e geração de economia pelo não pagamento de comissões ou a gestão da carteira de clientes diretamente sob seu controle em vez de dividir o mercado com distribuidores contratados; ou (c) além de manter estoques próprios no exterior, aumentar sua presença comercial pela implantação de linha de produção de bens ou serviços fora do Brasil.

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Produzir mais para voltar a crescer

A baixa produtividade do brasileiro no trabalho não é novidade. Em 2013, o grupo de pesquisa norte-americano Conference Board apontou que os brasileiros produziam em média US$ 10,8 por hora trabalhada – o índice mais baixo entre os países latino-americanos. O trabalhador chileno estava no extremo oposto da lista, atingindo US$ 20,8 por hora de trabalho. Se os baixos índices já são contratempo em momentos de economia forte, o problema se agrava em época de crise. Até 2014, vimos o crescimento da produção industrial no Brasil puxado pela contratação de mais mão de obra. Com baixos índices de desemprego e escassez de mão de obra, a solução para produzir mais era aumentar a produtividade dos trabalhadores. Passada a boa fase econômica, a solução para reencontrar o caminho do crescimento ainda passa pela elevação da produtividade. E, mais do que nunca, é essencial que o brasileiro passe a produzir mais para que a economia volte aos eixos. Num momento em que empresas anunciam demissões em massa, é fundamental que o colaborador possa ampliar sua produtividade, já que a situação econômica impossibilita utilizar o antigo recurso de contratar mais pessoas. Quem permanece deve criar a consciência de que a baixa produtividade do país passa pelo trabalhador. A solução para o problema está ligada a uma gestão inteligente do tempo. Existem ferramentas que ajudam nesse monitoramento, fazendo um lançamento automático das horas trabalhadas com cada atividade, medindo a eficiência de cada colaborador. Com esses dados, tanto colaboradores quanto seus gestores têm informações vitais para conscientizá-los de como aproveitar melhor o tempo em que estão em serviço. Munidos de tais informações, gestores terão mais certeza na hora da tomada de decisões, pois podem facilmente identificar colaboradores que estão sobrecarregados e outros que estão rendendo aquém do esperado. Isso permite reestruturações mais inteligentes da equipe e uma melhora na gestão dos recursos humanos da empresa.

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LULA MARQUES/AGÊNCIA PT

Marcio Jacson dos Santos Diretor executivo da PeopleOne Brasil

Ministro da Fazenda, Joaquim Levy não conseguiu aprovar pacote fiscal


A terra da incerteza Estela Benetti Colunista de economia do Diário Catarinense

Está difícil encontrar argumentos para estimar uma retomada de crescimento para a economia brasileira em 2016, mesmo para quem é otimista. Mas a expectativa de repetir 2015, quando quase todos os indicadores econômicos só pioraram, assusta. A questão é: tem como virar o jogo? Como a crise é política e de confiança, a mudança depende do governo federal e do Congresso. Para a população, resta a pressão. Assim, diante da falta de prazos na área política, a crise econômica cresce e a recessão promete ser mais longa. Nem a eleição municipal, que normalmente aquece a economia, vai colaborar porque as receitas tributárias se-

guem ladeira abaixo. A maioria das prefeituras está em crise e o mesmo começa a ocorrer com empresas. Causa apreensão a projeção de queda do PIB superior a 3% em 2015 e de 1,4% em 2016. Se se concretizar, será a terceira pior recessão da história do Brasil desde 1962. Naquele ano em que João Goulart assumiu após a renúncia de Jânio Quadros, numa profunda crise política, o PIB caiu 4,25%. A outra recessão ocorreu em 1990, quando Collor confiscou a poupança e o PIB recuou 4,35%. Entre os efeitos da atual crise, o mais grave é a taxa de desemprego superior a 8%, o que significa perto de 12 milhões de pessoas fora do mercado formal de trabalho no país, quase o dobro da população de Santa Catarina. Para crescer, é preciso investir, mas a formação bruta de capital fixo, que corresponde à taxa de investimentos, está em queda há

oito trimestres seguidos, desde julho de 2013. No segundo trimestre deste ano, ficou em 17,8%. A projeção de inflação superior a 6% em 2016 é desanimadora. Tudo está pior ou piorando no cenário nacional. A exemplo do que registrou até agora, Santa Catarina seguirá com melhores condições na comparação com o Brasil. Entre as razões, o modelo econômico local, boa condição do agronegócio e investimentos do governo estadual. Para sobreviver nessa selva, as empresas devem cortar todos os custos possíveis e tomar decisões de investimentos de acordo com o potencial dos seus negócios. Infelizmente, em vez de ter uma economia sólida, o Brasil segue como o país da incerteza. O ideal seria uma mudança geral de rumo, um ajuste fiscal via corte profundo nos gastos públicos e reformas efetivas. Por enquanto, estamos longe disso.

Daremos a volta por cima João Joaquim Martinelli Presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij)

O Brasil é o segundo maior produtor de alimentos do mundo. Já pensaram na real grandeza deste país? A impressão é que ainda não nos damos conta do que isso significa. Somos o maior produtor de açúcar do mundo, o maior produtor de mamão, o terceiro maior de milho, o nono de arroz, o maior de etanol, o quarto maior de milho, o maior de café, o terceiro de minério de ferro, o sexto de alumínio, o maior produtor de nióbio e detentor de 98% das reservas mundiais deste importante minério.

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Somos o oitavo maior produtor de automóveis – apenas recentemente superados pelo México, que conta com um custo de mão de obra mais atraente. Somos o terceiro maior produtor de celulose do mundo e o maior de celulose de eucalipto; quinto maior produtor de aço e quinto maior de algodão do planeta. Para completar, somos o terceiro maior fabricante de aviões, logo após as tradicionais Boeing e Airbus. Somos o maior fabricante de refrigeradores. A nossa classe média pode ser considerada o décimo segundo país do mundo: 108 milhões de pessoas, ou seja, maior do que toda a população da cantada em prosa e verso Alemanha, maior que a população da França, Itália, entre

outros países. Com tamanho potencial, como chegamos a isso? Como conseguimos produzir, em um ano, 1 milhão de desempregados, e permitimos que a indústria diminuísse 10,9%? Como conseguimos descontentar toda a sociedade? É bem verdade que temos 513 deputados federais, 78 a mais do que os nossos amigos americanos, e cada um conta com 25 assessores, o que é excessivo, claro. Também é verdade que tivemos presidentes diferentes do de lá. Tivemos o mensalão, agora o petrolão e lá na frente qualquer um outro “lão”, e vários outros assuntos abjetos que produziram novos ricos, mas pobres, tão pobres que têm apenas dinheiro. O Brasil dará a volta por cima, e nós iremos ajudá-lo.

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Será um ano cheio de oportunidades? Márcio Magalhães Consultor em gestão empresarial e diretor da Márcio Magalhães Gestão Empresarial

2015 fechará como um ano de dificuldades. Desde o início, o que mais se falou foi em crise. Até quem não acreditava nesse momento tão delicado que passamos, hoje já admite ser o momento mais difícil vivido pelas famílias brasileiras. Não acredito no termo crise. Acredito em retração, dificuldades, falta de visão, falta de vontade e até mesmo acomodação. Acredito que se criou uma corrente tão negativa que até mesmo os mais fortes se fragilizaram. Cenário perfeito para pessimistas, pois estes confundem as ditas crises econômicas e as de desvio de caráter – estima-se pre-

juízo anual de R$ 200 bilhões com a corrupção no Brasil. É tempo de dificuldades. Viemos de um momento mágico nas empresas, em que todos tiveram acesso às mais diversas linhas de crédito para aquisição de moradia, veículos e até mesmo mobiliário. Se avaliarmos friamente, houve oportunidade de cada um “pegar uma corda”, e foi o que muitos fizeram. Alguns usaram a corda para alçar, subir em uma escalada rumo a um objetivo, outros para se enforcar. Nesse contexto, é normal empresas quebrarem. Para sobreviver, você tem que ser bom, estar bem estruturado. E o que acontece se não está preparado? A crise vira uma grande justificativa para uma série de falhas na gestão da empresa. É com base nesse raciocínio que julgo 2015 como um ano memorá-

vel, pois estamos sendo obrigados a nos reinventar, criar, buscar alternativas e melhorar o que consideramos muito bom e transformarmos em ainda melhor. Tenho conversado com empresários que dizem não estar passando por dificuldade econômica pois investem em melhorias e, principalmente, alicerçando seu negócio para que 2016 seja um ano extraordinário. Para aqueles que não estão esperando alguém resolver seus problemas, será um ano cheio de oportunidades, mas, para isso, deverão planejar, criar, investir na capacitação, qualificação de seus colaboradores e, assim, aproveitar as inúmeras oportunidades do mercado. Seja a empresa pequena, média ou de grande porte, o que ditará o ritmo e resultados será a forma como o gestor age diante todas as variáveis à sua volta.

A pauta das grandes reformas Bruno Breithaput Presidente da Fecomércio SC

O setor de comércio e serviços brasileiro sente os impactos da desaceleração do mercado em 2015. Em nível nacional, apresenta os piores resultados desde 2003, em função das altas taxas de juros que reduzem o crédito, da inflação elevada que corrói o poder de compra dos salários e do aumento da taxa de desemprego, fruto da queda dos investimentos. Santa Catarina também sente os efeitos, ainda que em menor escala, visto que aqui o desemprego é o menor do país (3,9%) e a renda se retraiu menos. Esses in-

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dicadores foram suficientes para reverter a tendência de queda do volume de vendas. O segundo semestre já apresentou leve alta, o que indica que o setor vem se recuperando. Para 2016, o cenário ainda é preocupante. É indispensável sair da agenda político-partidária e avançar numa pauta de grandes reformas, de modo a tornar o país mais competitivo e fundar as bases de um desenvolvimento econômico mais sólido. A tributária é peça-chave para reduzir e simplificar os impostos pagos. Na outra ponta, a trabalhista pode equalizar os ganhos salariais com os crescimentos da produtividade. Precisamos aprofundar a desburocratização e realizar mais investimentos em inovação, infraestrutura e educação para aumentar a

performance da economia brasileira e reduzir os juros no médio prazo, o maior gargalo da economia brasileira atualmente. Fundamental criar estímulos à iniciativa privada, o que só se faz a partir de uma melhora no ambiente de negócios. É nesse sentido que a Confederação Nacional e a Fecomércio SC vêm trabalhando. O atual cenário econômico e político, apesar de desalentador, abre espaço para avançarmos em pautas históricas do setor, como a regulamentação da terceirização e uma racionalização dos gastos públicos. O setor de comércio e serviços, bem como toda a classe empresarial, deve articular forças para a construção de um novo Brasil mais eficiente, competitivo e, por consequência, menos desigual.


DIVULGAÇÃO

Como chegamos a este cenário caótico? Priscila Deliberalli Economista sênior do Banco Safra

O foro privilegiado livrou Eduardo Cunha (acima), presidente da Câmara, das mãos de Sérgio Moro, juiz responsável pela Operação Lava-Jato (no alto)

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O Brasil atravessa uma crise econômica das mais graves de sua história. Pela primeira vez desde 1930, teremos dois anos de forte contração do PIB. Ao mesmo tempo, a inflação se aproxima de 10% e continuará pressionada em 2016. Adicionalmente, as contas públicas estão bastante deficitárias e, ao não ser capaz de entregar um superávit primário (uma poupança), não é possível reduzir a dívida pública que vem crescendo rapidamente. Como chegamos a esse cenário caótico? A situação é resultado de escolhas equivocadas de políticas econômicas nos últimos anos, principalmente a partir de 2011. Após a crise de 2008, o governo começou a estimular a economia via créditos subsidiados nos bancos públicos, principalmente o BNDES. A decisão, naquele momento, foi acertada mas, mesmo após a recuperação da economia, continuaram com estímulos cada vez maiores. Esses subsídios não saem de graça, pelo contrário, exigiram aportes bilionários do Tesouro nos últimos anos, piorando a situação fiscal. Além disso, as diversas desonerações fiscais (que reduziram a arrecadação da União) e o crescimento acelerado dos gastos eliminaram a capacidade do setor público poupar. O fato de ainda não enxergarmos um horizonte claro para esse problema gerou uma crise de confiança, custou-nos o grau de investimento e tem afetado negativamente os preços dos ativos (entre eles, o câmbio). Por que a solução tem sido tão demorada? Além dos erros da equipe econômica anterior, o gasto público brasileiro tem um problema que foi criado em nossa Constituição que é a sua enorme rigidez – e isso só pode ser resolvido garantindo o menor crescimento do gasto obrigatório, com a ajuda do Congresso. Esse é o principal problema a ser endereçado, e só isso conseguirá quebrar a crise de confiança que assola o país e abrir as portas para o crescimento. Assim, fica claro que a solução da crise econômica passa pela solução da crise política. Sem a criação de um consenso no Congresso em torno do ajuste fiscal, não sairemos desse buraco. O que podemos fazer para contribuir? Trabalhar para que essa conscientização em torno da necessidade do ajuste seja alcançada e, assim, recuperaremos a confiança no futuro do país.

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Investindo em quem se destaca Lise Steigleder Chaves Consultora em gestão de pessoas

Em tempos de crise econômica, nunca se vendeu tanto a ideia de que a escolarização, o preparo conceitual e técnico são fundamentais para que um profissional se destaque, a ponto de ser desejado por outras organizações. Apesar do discurso recorrente, o valor do conhecimento só desce a ladeira. Todos sabem que o custo da mão de obra no Brasil é caríssimo, pois carrega uma massa tributária tão alta que exige áreas ou empresas prestadoras de serviço a lidar com este emaranhado de taxas – sem

falar na folha de pagamento e seus desdobramentos. Como fica tudo aquilo que se deve fazer para formar uma equipe altamente qualificada, eficiente e eficaz, com índices excepcionais de desempenho? Como buscar no mercado ou promover internamente um profissional que, de fato, tenha condições de aprender, trazer ideias, produzir mais e melhor? Considerando a qualidade do ensino (com as exceções de praxe), as empresas se veem pressionadas a adotar a capacitação ou qualificação por meios próprios. Não existe empresa que não invista em treinamento e desenvolvimento dos trabalhadores, mas ter que se preocupar com o básico na formação de um time é como chamar o pessoal “da várzea” e

colocar no campeonato estadual. Claro que há as honrosas exceções que, por talento, esforço ou interesse, correm atrás para aprender, construindo por si mesmos sua qualificação e carreira. Se você tem um destes, agarre a oportunidade e invista pesado nele. E as pessoas que você trabalha, conversa, treina, mas não têm mais o que fazer? Demita! Quem sabe a “crise” ajude a criar um ambiente onde quem fica “pega junto”, contribui e traz sugestões. O gestor deve explicar claramente como a situação atual está atingindo a empresa e quais as soluções programadas, buscando, entre os que se destacam, sugestões para ganhos com melhorias, economia, produtividade e qualidade mais apuradas.

Preparo e cautela para o sucesso Jaime Dias Junior Coordenador regional Norte do Sebrae

Em um ano com tantas atribulações políticas e econômicas, como 2015, exigiu-se dos empreendedores um esforço maior, tanto para diversificar seu negócio, atraindo clientes, quanto para se adequar em relação à qualidade e preço de produtos e serviços. Os micro e pequenos negócios também entraram na maratona para manter seu faturamento; outros aproveitaram o momento para se tornar microempreendedores. Atento às necessidades, o Sebrae continua a oferecer opções, como a Campanha Compre do Pequeno Negócio, que estimulou os brasileiros a valorizar os negócios próximos e menores. De acordo com a Sondagem Con-

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juntural dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em Santa Catarina, o trimestre de julho a setembro registrou desempenho inferior ao anterior. Por outro lado, os 400 entrevistados estão otimistas para o último trimestre, que conta com as compras de Natal e Ano Novo. Enquanto as vendas ficaram em 49 pontos no trimestre analisado, espera-se que, entre outubro, novembro e dezembro, subam para 58,28. Quanto a investimentos e empregos, a maioria dos empresários de pequenos negócios investirá menos no período: 80% não farão investimentos, enquanto, na pesquisa anterior, o índice era de 78,5%. Em 2016, teremos ajustes econômicos, um momento adequado para o empreendedor fazer sua avaliação para ter as melhores condições para competir. É estratégico rever o plano de negócios e indicadores econômicos, principalmente, custos,

formação do preço de venda, lucratividade e rentabilidade. Embora o público acredite na melhora para o próximo trimestre, vem agindo com cautela nos investimentos e contratações. O empreendedor preparado, atento às informações, sensível ao mercado, monitorando as ações dos concorrentes, buscando novos fornecedores, ou seja, fazendo seu dever de casa, com certeza terá acesso às melhores oportunidades e ficará mais próximo do sucesso. Planeje-se sempre. Respeite sua capacidade financeira. Não misture finanças da empresa com finanças pessoas. Fique de olho na concorrência. Prospecte novos fornecedores. Tenha controle de seu estoque. Invista em estratégias de marketing. Inove, mesmo que seja um produto/ serviço de sucesso. Invista sempre na formação empresarial. Enfim, seja fiel aos seus valores e do seu negócio.


DIVULGAÇÃO

Até setembro, mais de 700 mil pessoas ficaram desempregadas

É hora de realinhar Luzia Fröhlich Presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos de Santa Catarina (ABRH-SC)

A movimentação social e da economia tem impacto direto na gestão de recursos humanos. Incertezas do cenário fizeram de 2015 um ano de mudança e trouxeram impacto direto na gestão de pessoas dentro das empresas. A ênfase do desenvolvimento e em novas contratações passou para os processos de redimensionamento do quadro de pessoal, demissões e avaliação da performance. É momento de rever procedimentos e processos, adequar-se à nova realidade e criar possibilidades de melhoria de conhecimento dentro das organizações. A perspectivas para 2016 são de continuidade de ajustes, porém,

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neste momento, a área de recursos humanos tem uma grande oportunidade de estar alinhada à estratégia de negócios da empresa, bem como direcionar os processos de otimização de resultados e escolha dos melhores profissionais. Conceber novos procedimentos, rever padrões estabelecidos e pensar em alternativas de melhorar os custos com os profissionais são pautas da agenda, bem como desenvolver os profissionais que permanecem no quadro, com objetivo de fazer mais com menos – significa melhorar a produtividade das pessoas que atuam na empresa. O foco da área de RH, neste sentido, deve ser incorporado a um trabalho conjunto com os gestores. Por vezes, é comum um chefe não saber exatamente qual o perfil ideal do subordinado para obter a melhor produtividade. É imprescin-

dível ter o levantamento das tarefas e atribuições de cada cargo, identificar qual conhecimento e que habilidades são requeridas para cada função. A habilidade e o conhecimento aliados à informação do que precisa ser feito são fatores fundamentais para a produtividade. O RH, em conjunto com as lideranças das diversas áreas, também pode definir o tempo necessário para a realização das atividades. Ajudar na identificação dos melhores profissionais e ampliar a qualificação dos profissionais da empresa podem ser bons direcionamentos para melhorar o desempenho. Auxiliar as demais áreas na gestão humana é parte inerente do escopo de RH, no entanto, entender do negócio e ajudar as demais áreas a encontrar alternativas de sustentabilidade é a ênfase neste momento.

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As peças que não encaixam O Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, é elaborado pelo Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) e apresenta resultados das expectativas de mercado para a economia brasileiracom base nas previsões de cerca de 120 bancos, gestores de recursos e demais instituições (empresas do lucro real, distribuidoras, corretoras, consultorias e outras). As avaliações só pioraram desde que Dima Roussef assumiu, em janeiro, o segundo mandato presidencial. Nos gráficos, as expectativas dos entrevistados em três momentos: para 2015, logo após a vitória de Dilma Rousseff no segundo turnos das eleições de 2014; na primeira semana de 2015 e em 6 de novembro último. Para 2016, em 31 de janeiro de 2015, em 31 de julho de 2015 e em 6 de novembro último.

Evolução das expectativas para

2015

Evolução das expectativas para

Inflação. IPCA, em %

Inflação. IPCA, em % 0

31.out.2014 2.jan.2015 6.nov.2015

0

6,32 6,56 9,99

31.jan.2015 31.jul.2015 6.nov.2015

Taxa Selic. Em %

5,60 5,40 6,47

Taxa Selic. Em % 0

0

31.out.2014 12,00 2.jan.2015 12,50 6.nov.2015 14,25

31.jan.2015 11,50 31.jul.2015 12,00 6.nov 2015 13,25

Evolução do PIB. Em %

Evolução do PIB. Em % 0

31.out.2014 2.jan.2015 6.nov.2015

0

1,00 0,50 -3,10

31.jan.2015 31.jul.2015 6.nov 2015

Produção industrial. Em %

1,50 0,20 -1,90

Produção industrial. Em %

0

31.out.2014 1,42 2.jan.2015 1,04 6.nov.2015 -7,40

31.jan.2015 2,50 31.jul.2015 1,30 6.nov 2015 -2,00

Dólar. Em R$

Dólar. Em R$

31.out.2014 2.jan.2015 6.nov.2015

2016

2,55 2,80 4,00

31.jan.2015 31.jul.2015 6.nov 2015

0

2,90 3,49 4,20

Os números reais IPCA, em %

Taxa Selic, em %

PIB, em %

Prod. industrial, em %

Dólar, em %

9,923

14,25

-2,1

-7,4

3.790

Até outubro

Em 12/nov

Primeiro semestre

Janeiro a setembro

Em 12/nov

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TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

Inflação beira os dois dígitos em 2015

Olhar para a frente Glauco José Côrte Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc)

Após 2004, no período que marcou a elevação do preço das commodities no mercado internacional, o Brasil registrou uma expressiva valorização cambial que deixou importantes marcas no processo produtivo. A valorização cambial, acompanhada pela expansão do consumo, fez com que boa parte da demanda fosse atendida por produtos importados. Estes, ao não enfrentar o complexo sistema tributário brasileiro, a infraestrutura deficiente e as rígidas relações trabalhistas, desfrutaram de melhores condições competitivas do que o produto nacional. Em 2015, uma nova janela de oportunidade se abre. Apesar de continuarmos com esses importantes entraves, o câmbio oferece a pers-

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pectiva de substituição de importações e a retomada de espaços no comércio internacional, além da criação de novos mercados. Os sinais desse movimento ainda são incipientes. Mas, possivelmente, em 2016, a indústria assumirá uma ação mais assertiva. Nossas pesquisas apontam que boa parte das indústrias terá nas exportações ou na produção de componentes antes importados uma importante fonte de crescimento nos próximos anos. Além disso, setores representativos da indústria de SC têm mantido, mesmo que parcialmente, os investimentos planejados, na perspectiva de que precisa estar preparada para um novo ciclo de crescimento. A história do Estado não deixa dúvidas de que o horizonte da indústria catarinense é de longo prazo. Trabalha no presente para criar os pilares de uma produção inovadora e competitiva no novo ambiente que emergirá do pós-crise. É dessa forma

que o industrial catarinense trabalha. Por isso, acreditamos que sairá ainda mais forte desse processo, contribuindo para tornar efetivo o grande potencial da economia brasileira. Mas as lideranças de todos os segmentos precisam responder ao apelo e à necessidade de mudanças estruturais, sem as quais o Brasil não sairá do atual cenário. É um momento sem precedentes, em que estamos mergulhados em uma crise política, econômica, ética e de governança, com riscos de descambar para uma crise social, causada pelo desemprego. Se conseguirmos avançar, em resposta a essa situação grave, na modernização da legislação trabalhista, na simplificação, sem aumento dos impostos, da legislação tributária, e na construção de um ambiente institucional mais favorável às atividades empresariais, daremos um grande passo nas condições para a retomada do crescimento. Então, os sacrifícios terão valido a pena.

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MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Reforma ministerial visou ampliar apoio de um Congresso que se mantém hostil à presidente

Inovação e tecnologia no combate aos efeitos da crise Guilherme Bernard Presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate)

A preocupação com a instabilidade do cenário econômico brasileiro dominou a atenção em diversos setores do mercado em 2015. Segmentos destacados pelo empreendedorismo inovador, como as empresas de tecnologia que vêm prosperando em Santa Catarina, precisaram investir, alterar rumos e reforçar a gestão para se manter no patamar da excelência. Para um momento econômico que exige ação, as empresas em geral necessitam buscar inovação. O investimento em soluções tecnológicas para a diferenciação do negócio é imperativo para melhorar os serviços, qualificar a gestão, automatizar processos e aumentar a produtividade.

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A adoção de tecnologia é, em muitos casos, a resposta ideal para superar um momento de crise. Mesmo períodos de dificuldade podem ser geradores de oportunidades para o setor de tecnológico, diante de uma indústria que não polui, é sustentável e estimula a geração de negócios voltados para o conhecimento. O crescimento da área de TI em SC no ano de 2014 foi de 15%, superando o próprio setor em nível nacional, que avançou em média 10%, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES). Esperamos concluir este ano com saldo positivo, também em função do crescente aumento de demanda por soluções de TI em diversos segmentos, da indústria aos serviços. Os resultados alcançados são suficientes para o poder público dedicar a devida atenção ao ecossistema das empresas inovadoras, para

ampará-lo com os incentivos de uma política de inovação estabelecida em leis municipais e estaduais e, ainda, com a desburocratização de processos da gestão pública no atendimento às empresas. Medidas dessa natureza defendem um setor que gera 20 mil empregos no Estado e que abriu em torno de novas 1,5 mil vagas em 2015. O papel das empresas pelo desenvolvimento e a geração de oportunidades nos polos tecnológicos catarinenses vem sendo cumprido. A partir da cooperação e do associativismo, com o trabalho de perseverantes entidades como a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), prestes a completar 30 anos, e a Acij, protagonista da história de desenvolvimento e empreendedorismo de Joinville, evoluímos a passos largos, consolidando um ecossistema inovador em Santa Catarina.


Recessão e o comportamento do ambiente econômico Jamis Antonio Piazza Economista, mestre em Administração e professor do centro universitário Católica de SC

Quando a recessão se generaliza, a capacidade de compra dos agentes econômicos é reduzida. As dificuldades orçamentárias fazem com que as empresas tenham maior dificuldade de vender, e os consumidores de comprar, caracterizando a situação de crise. É necessário avaliar a conjuntura econômica, pois, quanto mais longa a crise, mais as empresas terão de se ajustar. Nessas circunstâncias, os juros na economia são elevados, o que aumenta o custo de financiar clientes

e, ao mesmo tempo, cria dificuldades para obter financiamento, pelos fornecedores e pelo próprio sistema bancário. Os bancos se tornam extremamente seletivos na concessão de créditos, ao avaliar que a retração das atividades aumenta o risco de inadimplência. Preferem diminuir o volume de empréstimo, trabalhando somente com os clientes de primeira linha, colocando os demais recursos em aplicações sem risco. Como empresas de diferentes produtos são afetadas de forma distinta pelas alterações da renda dos seus compradores, elas têm de conhecer as características dos seus produtos e o comportamento de seus clientes para estar preparadas – principalmente em casos que o

empresário prevê a redução de atividades. O ambiente recessivo também pode trazer oportunidades, desde que elas forneçam produtos e serviços com as características de preço e qualidade adequadas às novas circunstâncias econômicas ou à exploração de novos nichos. Em épocas de retração das atividades econômicas, a maioria das empresas realiza os maiores ajustes em custos e racionalização do processo produtivo. Elas têm de cuidar para não extinguir a sua capacidade de reação às oportunidades apresentadas pelo mercado no momento em que a economia voltar a crescer, nem sua criatividade para detectar espaços no mercado em que se insere.

Dificuldade em enxergar os erros Carlos Rodolfo Schneider Empresário e coordenador do Movimento Brasil Eficiente (MBE)

Sim, temos dificuldade de enxergar os nossos erros, primeiro passo para encaminhar soluções adequadas. Prova disso é que saímos de uma década de crescimento fácil, graças ao boom das commodities, e empacamos tão logo os preços baixaram. Não resolve atribuir a culpa ao mercado internacional. Deveríamos ter nos preparado para os momentos de vacas magras que certamente viriam. A exemplo de outros países, que, enfrentando os mesmos problemas, continuam crescendo a taxas robustas ou se preparando para isso. Um importante fator a restringir o nosso crescimento é a falta de poupança, que limita a capacidade

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de investimento do país. E estimular o consumo como temos feito, sem a ampliação da oferta, seja de infraestrutura, tecnologia ou capacidade produtiva, pressiona a inflação. O Brasil tem buscado recursos externos para suprir a falta de poupança interna, mas, como na gestão financeira de famílias e empresas, existe um limite prudencial para isso. Não faz tanto tempo assim que passamos por maus momentos por excesso de dívida externa. Devemos nos inspirar em países democráticos que tomaram medidas importantes para restringir os gastos sociais, visando aumentar a taxa de poupança. Ainda mais se considerarmos as mudanças demográficas em curso. As recentes mudanças propostas no seguro desemprego, abono salarial e pensão por morte caminham nessa direção.

A alta carga tributária, que subtrai poupança, tem sido um dos freios ao nosso crescimento. Aumentou de 27% do PIB, em 1995, para os 37% atuais. O poder público, apesar de arrecadar muito, consome ainda parte da poupança feita pela sociedade, e mesmo assim só consegue investir pouco. O motivo é o constante e acelerado crescimento dos gastos correntes, que já ultrapassaram os 40% do PIB. Por opção e por ineficiência, anulamos a nossa capacidade de crescimento. Muito mais nobre é o gestor público que colhe seus momentos de impopularidade por tomar medidas duras para um futuro sustentável, como as reformas estruturais, do que aquele que colhe o mesmo resultado por omissão ou escolhas erradas. Contudo, ainda é melhor mudar de lado agora, tardiamente, do que não fazê-lo.

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CASE

Nova marca, novas metas Catarinense Pharma se reestrutura e concentra o foco no mercado de prevenção

O Catarinense Pharma tem 250 funcionários e um portfólio de 150 produtos únicos, com 80 marcas. São produzidas, por ano, cerca de 10 milhões de unidades. Entre os campeões de vendas, destacam-se Melagrião, Sadol, Figatil, Camomila, Bálsamo Branco e, desde 2014, os produtos Minâncora, que começaram a ser comercializados exclusivamente pelo grupo. No parque fabril, ainda está instalada a AB Plast Manufaturados Plásticos, que destina 5% da sua produção para o Catarinense Pharma – o restante vai para grandes empresas como Natura, Avon e Jequiti.

Letícia Caroline. Tradição e inovação podem parecer palavras contraditórias. Não para o Catarinense Pharma que, desde sua fundação, ainda como Farmácia Minerva, experimentou uma série de mudanças, envolvendo o empreendedorismo de Alberto Bornschein como chave de sua estruturação e expansão. “Para mantermos a tradição, precisamos continuar inovando. Se não fizermos isso, estaremos indo contra o DNA da empresa”, ressalta Paulino Duarte, diretor de marketing. Respondendo a essa expectativa e analisando o mercado foi que o conhecido Laboratório Catarinense se transformou em Catarinense Pharma, em 2015. A alteração não se deu só na marca. De acordo com o executivo, a mudança é o auge de um processo que ocorre há algum tempo, desde a entrada de Adriano Bornschein Silva no comando. Com análises e estudos, a equipe percebeu que estava muito focada no tratamento de doenças, quando o mercado apontava para a prevenção. “As pessoas estão buscando saúde, por isso, trouxemos inovações para criar uma nova categoria de produtos, com polivitamínicos voltados para a nutrição. Isso nos deu novos horizontes”, explica Duarte. Foi a partir daí que a palavra laboratório perdeu sentido e a equipe estudou alternativas. Percebeu que laboratório remetia aos locais onde se faz exame de análises clínicas, tornando a marca ultrapassada. “Não queríamos perder o Catarinense, que é como somos reconhecidos, e incluímos o Pharma, um conceito universal, que permite a leitura dentro e fora do Brasil”, ressalta. A organização se renovou, reformulando a visão, adaptando os instrumentos de pesquisa e reestruturando a área física. Hoje, a companhia lidera as vendas de Ômega 3 no país e 40% dos produtos comercializados são destinados à prevenção. Os outros 60% ainda ficam no tratamento. Até 2017, a ideia é equilibrar a proporção. “O Brasil é o quinto consumidor mundial de suplementos alimentares. Um mercado que tem muito a crescer”, justifica. Lançamento importante está previsto para este fim de ano: um novo Ômega 3, considerado vanguarda no Brasil. O peixe é pescado de forma sustentável e a extração da substância é feita de forma diferenciada, o que garante um produto com altos níveis de Ácido Eicosapentaenóico (EPA) e Docosahexaenóico (DHA), ácidos graxos que compõem o Ômega 3.

EVOLUÇÃO Oitava mudança na história eliminou da marca o termo “laboratório” 1944

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Investimentos e cautela Para 2016, a ideia é investir no crescimento da linha de prevenção. Outros tipos de ômegas devem ser lançados. A equipe de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação já trabalha em pesquisas para novas fórmulas, além de estudar incrementos para os produtos já tradicionais. O Catarinense Pharma também atua nos mercados internacionais, exportando para países da América Latina, da Europa e para os Estados Unidos. Alguns são projetos acabados outros são extratos. Mesmo que o alvo não esteja nos negócios internacionais, a fatia tem crescido. A empresa não se intimida com a crise. “Nosso mercado teve queda nos últimos anos, mas, como lançamos novos produtos o tempo inteiro, conseguimos nos equilibrar”, explica Paulino Duarte. Para ele, o país vive uma crise política, que acaba afetando os negócios. “Precisamos estar atentos a tudo que acontece. Vai ter crescimento, os projetos vão continuar, mas sempre com cautela”, afirma. Para manter a equipe motivada, a empresa apostou no fortalecimento de um conceito, de que todos se considerem “fonte de saúde”. “Hoje, a empresa está em ebulição. Qualquer funcionário sabe dizer nossos valores e se sente parte disso. Todos sabem para onde estamos indo”, ressalta o diretor. A apresentação das metas e objetivos se dá em duas convenções por ano, em que o próprio presidente fala aos funcionários, apresentando novidades e expectativas.

Nova fachada, equipe comprometida e equipamentos com alta tecnologia fazem parte das mudanças

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Prestes a completar 70 anos, o Catarinense Pharma prepara um livro que deve contar toda sua história, desde a fundação da Farmácia Minerva em Curitiba, a expansão para Joinville, a criação do laboratório e todo crescimento, que envolve a visão de futuro características do empreendimento.

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Cristian Aquino, CEO da Camerite, que já tem mais de 1 mil câmeras em 122 cidades pelo mundo

SEGURANÇA

Você está sendo filmado Novas câmeras de monitoramento público, em Joinville, somam-se à cobertura privada, como recurso para diminuir a criminalidade Marcela Güther. O governo do Estado instalou, em outubro, as primeiras câmeras digitais de videomonitoramento em Joinville. As imagens já estão sendo geradas para a Central de Regulação de Emergência (CRE) no 8º Batalhão de Polícia Militar. Esse lote se compõe de 100 aparelhos, operando com os 42 analógicos já existentes. Está prevista a aquisição de outras 100 câmeras para 2016. “Desse total, uma parte vai substituir o atual sistema analógico, visando unificar o videomonitoramento em um único padrão”, explica o capitão Daniel Henrique Rodrigues, da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Monitores com

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47 polegadas da central de videomonitoramento foram instalados e foi providenciada a hospedagem de servidores com capacidade para suportar a transmissão das imagens por 24 horas sem energia. Enquanto isso, os serviços de segurança privada crescem. O Camerite, por exemplo, conta com mais de 1 mil câmeras espalhadas pelo mundo, em 122 cidades, e o acesso às imagens é livre para qualquer um que acessar o site ou baixar o aplicativo. O serviço nasceu com o objetivo de auxiliar os usuários no trânsito e em caso de fenômenos naturais (chuvas, enchentes e tamanho de ondas).

Agora, a segurança privada ganhou evidência: o usuário pode instalar sua própria câmera ou usar um simples celular e optar por algumas funções disponíveis no site, como gravar as imagens na plataforma por 24 horas, sete ou 30 dias. “Nosso trabalho é inovar constantemente. Hoje, o custo para instalar uma câmera de monitoramento é elevado e o processo é complexo. Queremos levar um serviço de qualidade, barato e em formato simples”, diz Cristian Aquino, fundador e CEO. As imagens ficarão salvas na “nuvem” e sempre estarão no sistema, disponíveis para download. Diferente das filmagens públicas, o serviço particular é cobrado. Entre os clientes que já usufruem do serviço, estão a Easy Taxi e a NeoGrid. O Camerite é a antiga plataforma Vejo ao Vivo, que mudou de identidade recentemente, tendo em vista novos serviços oferecidos: o ajuste veio a partir da possibilidade do usuário fazer vídeos com transmissão ao vivo via aplicativo de celular. “Pensamos em criar algo global, colaborativo, em que


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as pessoas conectassem as câmeras e gerassem conteúdos ao vivo, por isso mudamos de nome”, explica. “Hoje, qualquer pessoa pode entrar ao vivo com apenas três cliques.” Vinte Estados têm acesso à tecnologia. Em Joinville, onde tudo começou, existem 52 câmeras instaladas, sempre em locais estratégicos. Aquino, o idealizador, criou a plataforma em 2012, quando já empreendia no segmento. As transformações na Camerite, que começaram a ser concebidas em 2015, têm como objetivo complementar o modelo de negócios, buscando larga escala global – para pesquisar e implementar a tecnologia, o investimento chegou a R$ 500 mil. Devido à facilidade de plugar uma câmera na plataforma, é esperado que a rede cresça exponencialmente. “Estamos focados em aumentar nossa base de usuários para milhões. Vamos conectar as pessoas pelas câmeras”, frisa Aquino.

Visualização em aplicativo

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Tele-Alarme é tradicional na área da segurança privada

Serviços com cobertura 24 horas Além do Camerite, que faz monitoramento via câmeras, diversas empresas atuam com segurança privada em Joinville. Um nome tradicional é a Tele-Alarme. Com mais de três décadas no mercado, é pioneira no Estado na comercialização de sistemas de monitoramento. Oferece soluções em segurança para diversos perfis de clientes, como para os que costumam viajar frequentemente e os que têm animais de estimação. Também atende estabelecimentos de comércio ou serviços, indústrias e depósitos e lojas com vitrines. Entre os produtos oferecidos, estão monitoramento por câmeras, controle de acesso e liberação de portas por meio de digitais, sensores, assistência 24 horas, acesso às câmeras via internet e celular, comunicador digital bidirecional, além de detectores de incêndio, temperatura, de gás carbônico e de nível de água. A Tele-Alarme também faz projetos de segurança individualizados, conforme demanda, mantendo consultores especializados no assunto. Outra prestadora é a Laborseg, do Grupo Labor. Fundada em 2004, atua nas áreas de análise de risco, vigilância patrimonial armada e desarmada, pronto-atendimento, segurança eletrônica e tecnologia, barreira perimetral, alarmes, Circuito Fechado de Televisão (CFTV), controle de acesso e monitoramento 24h. Os serviços de segurança e monitoramento são gerenciados integralmente na matriz, em Joinville. “A Laborseg também presta serviço de monitoramento de imagens 24 horas, que consiste na visualização e monitoramento das imagens gravadas no local monitorado, em tempo real, permitindo armazenar as imagens e utilizá-las como suporte caso haja necessidade. Com isso, o cliente pode visualizar as imagens por meio de dispositivos como smartphones, tablets, notebooks, entre outros”, explica o diretor comercial André Piero de Assis.

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Ciser, fabricante de parafusos e porcas, é uma das empresas de Joinville beneficiadas pela Lei do Bem

LEI DO BEM

Ainda há tempo para o estímulo à inovação Empresas que apostaram na diferenciação, ao longo de 2015, podem receber benefícios, como dedução de impostos e descontos na compra de equipamentos Mayara Pabst. Estimular a indústria a investir em inovação, tornando possível a diferenciação em produtos e processos pela via da pesquisa e desenvolvimento. É um dos caminhos relevantes para o desenvolvimento econômico – e Santa Catarina tem uma carta na manga quando o assunto é fomentar a competitividade. A estratégia, que explora as diretrizes contempladas na Lei do Bem, atende pela denominação de Profit (Programa de Incentivos Fiscais para o uso da Lei do Bem aliado à Transferência Tecnológica). Apesar da medida provisória publicada no mês de setembro

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(694/2015), suspendendo a partir de janeiro de 2016 as vantagens oportunizadas pela Lei do Bem, os benefícios fiscais, relativos ao ano de 2015, continuarão em vigor. Por isso, empresas que investiram em inovação ao longo deste ano ainda podem ser contempladas. Criada em 2005, a Lei do Bem prevê a concessão de incentivos fiscais às pessoas jurídicas que fazem pesquisas e desenvolvimento de inovação tecnológica no país. O governo federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), utiliza esse mecanismo para promover investimentos por parte do setor

privado, aproximando empresas de universidades e institutos de pesquisa. Os incentivos estão relacionados, por exemplo, à dedução de 20,4% até 34% no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e redução de 50% no IPI da compra de máquinas destinadas à pesquisa e desenvolvimento. As vantagens são consistentes, mas a verdade é que poucas empresas usufruem dos benefícios. Para potencializar essa demanda é que foi criado o Programa de Incentivos Fiscais para o uso da Lei do Bem aliado à Transferência Tecnológica. “Das 44 empresas participantes do projeto, 34% jamais tinham ouvido falar na lei. Além disso, a maior parte demonstra insegurança quanto ao enquadramento dos projetos de inovação. Estamos aqui para esclarecer dúvidas, sensibilizar empresas e fazer esta ponte entre o empreendimento e as vantagens que ele pode alcançar”, explica Natalino Uggioni, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina.


Universo em disrupção

Natalino, do Instituto Euvaldo Lodi, e o especialista José Luis Cordeiro

Profit auxilia empresas de Santa Catarina Com o apoio do MCTI e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina concebeu o Profit para beneficiar empresas que executam projetos de inovação em conformidade com os requisitos da Lei do Bem. O programa está na fase de mapeamento sobre as práticas de inovação e qualquer empresa de lucro real pode participar. Nesta etapa, serão selecionadas 30 empresas para receber consultoria, com a verificação e enquadramento à lei de seus projetos de inovação. A partir das pesquisas, verificou-se que 41,6% das empresas participantes não utilizam os benefícios por falta de qualificação. Os empreendimentos que integram o Profit, por sua vez, recebem feedback sobre o estágio de suas práticas de inovação e sobre a adequação de seus projetos. No momento, 57 empresas estão sendo mapeadas – quatro delas, sediadas em Joinville. Até dezembro, a expectativa é atender 100 empresas. Quem tiver interesse de participar, pode entrar em contato pelo e-mail profit-iel@fiesc.com.br.

No próximo ano, o Profit continuará atuando com maior enfoque na transferência tecnológica e realização de parcerias. “Acreditamos que a medida provisória publicada em setembro é um retrocesso. A lei apoiava os processos que atuam na fronteira tecnológica e, com o término dos benefícios, alguns empreendimentos passarão a investir menos em inovação. De qualquer maneira, permaneceremos ao lado dessas empresas, na busca de parceiros para a realização dos projetos assessorados pelo Profit”, explica o superintendente Natalino Uggioni.

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A fabricante de parafusos e porcas Ciser é uma das empresas que utilizam a Lei do Bem. A partir de um processo estruturado de controle de gastos e despesas, a indústria foi se adequando aos requisitos da legislação, usufruindo de benefícios para financiar seus projetos. Hoje, conta com uma média de 50 projetos contemplados. A Ciser desenvolve projetos incrementais e de inovação disruptiva, em parceria com o meio acadêmico. Inovação disruptiva, vale frisar, é aquela que cria um “novo mundo” e, consequentemente, deixa para trás aqueles que não acompanham ou não se adaptam às novidades. De acordo com o professor e pesquisador venezuelano José Luis Cordeiro, estamos recém no início da evolução disruptiva, com muitos investimentos sendo colocados em prática. “As tecnologias evoluem exponencialmente, e logo o mundo que conhecemos será completamente alterado. Já existem empresas que trabalham na produção de carne artificial, por exemplo, sem que seja preciso matar animais para a produção. Alterações dessa magnitude se estenderão para outros meios, como a educação, medicina, comunicação, indústria financeira, energia, manufatura. Nos próximos 20 anos, haverá mais mudanças que nos últimos dois mil anos. E todos precisarão se atualizar”, alerta o fundador da Singularity University, na Califórnia (EUA). Para empresas que pensam em investir em inovação, Cordeiro explica é que preciso ser proativo, construindo possibilidades, e relata que tirar projetos do papel já não é mais tão complicado quanto antigamente. “Hoje, se você tem uma boa ideia, pode encontrar maneiras acessíveis de financiá-la por todo o mundo.”

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Espetáculo "Olhares", protagonizado por artistas do grupo de teatro Arte para Todos, foi aprovado pelo Simdec para nova temporada de apresentações

SOCIAL

Arte como estímulo ao protagonismo Programa criado em 2012 insere crianças e jovens na sociedade, a partir da prática teatral

Olhares, gestos, sorrisos, expressões que sensibilizam à primeira vista. Crianças e adultos que manifestam diferentes deficiências motoras ou intelectuais encontram, na arte, o prazer do reconhecimento, a partir do programa “Arte para Todos”. A iniciativa, criada no início de 2012, promove a inclusão e a inserção sociocultural de pessoas com deficiência por meio das artes cênicas, nas áreas da dança e teatro. “O ‘Arte para Todos’ é terreno fértil para o teatro experimental, onde a maior experimentação é permitir que os atores descubram o jogo dramático da representação, se redescobrindo também como pessoas atuantes na sociedade”, explica Iraci Seefeldt, produtora cultural responsável pelos espetáculos criados a partir do programa. Promovida pelo Instituto de Pesquisa da Arte pelo Movimento (Impar), a iniciativa teve origem nas oficinas de teatro para pacientes do Núcleo de Assistência Integral ao Paciente Especial (Naipe), da Secretaria Municipal de Saúde. Logo no início das atividades, o resultado do trabalho passou a conquistar credibilidade junto aos profissionais de saúde, bem como a simpatia dos familiares de pacientes, e o sucesso estimulou a direção do núcleo a dar continuidade ao projeto da arte inclusiva, estabelecendo a parceria com o Impar.

A criação do “Arte para Todos” possibilitou a ampliação das aulas de teatro e implantação de aulas de dança, assim como a capacitação em arte inclusiva para profissionais que trabalham no Naipe e a execução de outras atividades. A coordenadora do Naipe, Cinthia Friedrich, explica que a unidade sele-

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ciona os alunos interessados e aptos a participar da atividade e os indica ao Impar. Segundo ela, as atividades cênicas e de dança oportunizam aos alunos um estímulo global, mas os benefícios vão além. “Os alunos desenvolvem estímulos relacionados à percepção, equilíbrio, expressão, autonomia, confiança, comunicação, autoestima. A evolução deles é notável e a interação social é estimulada o tempo todo”, explica Cinthia. Mais de 40 crianças, jovens e adultos participam das atividades. Julia Marcondes, 19 anos, frequenta as aulas de teatro há um ano e não pretende largar tão cedo a atividade. Delicada, sutil, feminina, talentosa e portadora de Síndrome de Down, sustenta que a arte já faz parte do que ela é e que os encontros lhe renderam preciosas vitórias, como o reconhecimento de familiares e amizades duradouras. A mãe de Julia, Magda Marcondes, compartilha o entusiasmo. Segundo ela, dentro do programa, os participantes se compreendem e criam experiências que levarão no decorrer da vida. “Minha filha gosta de se expressar desde pequena e a arte ajuda nisso. É uma experiência única, que contribui para a independência dela”, explica Magda. Na rotina do professor Robson Benta, quem faz a diferença são os alunos dos grupos teatrais que ele acompanha e orienta. Robson ressalta que quase tudo na sala de aula funciona como nas demais turmas nas quais leciona, o que muda é a atenção direcionada a cada aluno, fazendo com que eles se sintam aceitos e bem-vindos no espaço de aprendizado e experimentação. Os pais também participam das atividades e são estimulados a refletir sobre a independência e autonomia dos próprios filhos. “O projeto tem como objetivo estimular os alunos a buscar um espaço na so-

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Espetáculo “Olhares” (acima, à direita), artista Julia Marcondes e alunos do programa “Arte para Todos”, acompanhados pelo professor Robson Benta ciedade, para que exerçam o protagonismo em suas vidas. É como se uma luz se acendesse na vida deles, um novo horizonte que se abre. Parece que é a vida, que estava adormecida, ganhando espaço e protagonismo”, conta o professor, emocionado. As aulas ocorrem uma vez por semana e na sala de aula, além dos professores de dança e teatro, o programa tem o acompanhamento de uma terapeuta ocupacional e de profissionais do Naipe. Para se manter, o “Arte para Todos” articula parcerias, colaboração de empresas e profissionais. Em 2013, a produção cênica do espetáculo “Olhares”, protagonizada pelos artistas do grupo de teatro “Arte para Todos”, foi aprovada no mecenato do Simdec e passou a encantar o público. Sete artistas, ex-alunos das oficinas de teatro, integram o grupo que aprovou novo projeto para a circulação do espetáculo em 2015. A produtora executiva, Iraci Seefeldt, salienta que, em cena, os atores olham para o mundo, o mundo olha para eles e o grupo olha para si mesmo, a partir do retrato de vários olhares percebidos por pessoas que muitas vezes são invisíveis perante a sociedade.

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DIÁRIO DE VIAGEM

Marciéli Palhano em Dún Laoghaire, região portuária de Dublin de onde saem balsas para a Inglaterra. À dir., no alto, o Museu de Arte Moderna da Irlanda, também na capital. Depois, dois registros dos jardins de Powerscourt House, que têm 47 hectares e um cemitério de animais de estimação

Por que escolhi a Irlanda? A Irlanda, uma ilha com cerca de 4,8 milhões de habitantes, recebe por ano mais de 10 mil estudantes brasileiros. Em maio de 2014, a jornalista Marciéli Palhano, que já trabalhou na RBS TV Joinville, somou-se a essa população. “A mudança aconteceu por acreditar que havia muita coisa a ser explorada. Em 2008, conheci o país durante uma viagem de turismo e fiquei encantada com a beleza natural, especialmente das cidades do interior”, conta. Hoje, ela mora em Dublin e afirma que uma das vantagens é viajar por outros países da Europa: “Mas, antes de colecionar carimbos de países no passaporte, aconselho turistas e estudantes a dedicarem um bom tempo visitando tanto a Irlanda quanto a Irlanda do Norte”.

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Acima, o Castelo de Dublin, localizado no coração da cidade. À dir., o Dublinia, um centro de exposições da história medieval e dos vikings, e o Castelo de Belfast, na Irlanda do Norte

Irlanda

Phoenix Park, em Dublin, considerado o maior parque fechado público e urbano da Europa

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CONTRAPONTO FÁBIO ABREU

Como transformar Joinville em um destino turístico YONÁ DA SILVA DALONSO

Para além dos negócios e eventos É visível o crescimento dos investimentos em turismo de negócios e eventos. Muitos destinos desenvolvem infraestrutura para atender essa demanda. Joinville busca a melhoria e ampliação de equipamentos e serviços turísticos, a fim de captar eventos. Inerente ao DNA da cidade, esse ramo nasceu da vocação industrial e se desenvolveu a partir da evolução do ciclo socioeconômico. O que direcionou uma série de políticas públicas e investimentos privados, com o propósito de gerar respostas positivas para a economia. Entretanto, para que um destino se consolide com sucesso, não basta se estabelecer a partir de uma única vocação turística. É necessário compreender os diferentes cenários que

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integram a cadeia do turismo e, acima de tudo, perceber o relevante papel assumido pelos principais atores da atividade: os residentes. Pesquisas apontam que uma solução para muitos males associados ao crescimento do turismo é o empoderamento da população residente. Esse envolvimento das bases com o processo de construção de políticas voltadas para o turismo possibilita o desenvolvimento sustentável do turismo no destino, abordagem de grande relevância para a sobrevivência da atividade turística em longo prazo. Princípios como o equilíbrio entre o crescimento econômico, a preservação ambiental e a justiça social constituem bases fundamentais para o planejamento dos destinos.

A herança histórico-cultural, o patrimônio natural e cultural existente, as práticas que possibilitem a integração com o espaço rural, e o efetivo envolvimento dos diferentes atores, precisam ser considerados no planejamento do turismo da cidade. Torna-se necessário que o governo (em todas as suas esferas), o setor privado e os atores locais trabalhem de forma coesa, atuando como líderes na criação, regulamentação e operacionalização das políticas de turismo, pensando para além dos benefícios econômicos e abrangendo os interesses ambientais, sociais e culturais. Yoná da Silva Dalonso Professora da Univille, com mais de 20 anos de experiência no campo do turismo


FRANCINE OLSEN

Muitos atrativos, poucos produtos Joinville é uma cidade especial. Estrategicamente posicionada, oferece atrativos para todos os públicos, infraestrutura completa, ampla rede hoteleira, gastronomia diversificada, serviços qualificados. Mas ainda tem sua atividade turística muito ligada a eventos e negócios, acompanhando o perfil industrial. Para transformar a cidade em destino turístico, são necessários alguns passos. O primeiro é a criação de roteiros que reúnam os principais atrativos locais e tenham saídas diárias confirmadas, incluindo transporte, entradas, guias especializados e adequados ao perfil do cliente. São aqueles “city tours” que encontramos mundo afora, indicados para a primeira experiência do turista na

cidade. Roteiros até existem, mas só acontecem com reservas antecipadas e um número mínimo de pessoas. Ou seja, não conseguem atingir o visitante de passagem ou o acompanhante do turista de negócios. Uma vez que tenhamos esse tipo de produto turístico disponível, o próximo passo é colocá-los à venda de forma planejada e estruturada, para que traga novos turistas e também atenda aos que aqui já estiverem. Os atrativos turísticos de Joinville e região são amplamente divulgados, em guias e manuais bem elaborados e distribuídos. Esses guias divulgam, mas não “vendem” o produto, apenas transmitem a informação. Certamente esses roteiros comerciais não encontrariam demanda

NELCI TEREZINHA SEIBEL

Aposta no perfil multi-turístico Nossa cidade tem diversos atrativos turísticos, mas falta romper as barreiras do exclusivo “turismo de negócios”. O turismo de negócios é altamente positivo, consequência da marca de Joinville como polo industrial, com forte arsenal de comércio e serviços, que gera empregos e renda. Não à toa, é a terceira maior cidade do Sul do Brasil, atrás somente de Porto Alegre e Curitiba. O segredo para transformar a cidade em destino turístico pleno é um conjunto de ações de conscientização e divulgação, a começar pela população local. O passo seguinte é a divulgação em larga escala. Bem verdade que a Fundação Turística de Joinville e o Joinville Convention Bureau, com o apoio de ou-

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tras entidades, realizam trabalhos promocionais, com participação em grandes eventos de objetivos turísticos como a Expo Abav – Associação Brasileira de Agências de Viagens, a BNT Mercosul –, Bolsa de Negócios Turísticos, entre outros do gênero. Contudo são ações isoladas. É necessário criar, pelo menos, dois projetos. O primeiro, uma campanha de despertar de consciência e de interesse dos joinvilenses a respeito dos atrativos do município, apresentando os caminhos para conhecê-los e apreciá-los. O segundo é para a divulgação fora de Joinville. Firmar parcerias em pontos chaves nos polos emissores de turistas no Brasil e alguns do exterior (Argentina, Uruguai, Chile). Incentivar operadoras

suficiente em Joinville há poucos anos. Mas alguns acontecimentos, a exemplo da revitalização do Centro de Convenções da Expoville e a instalação de empresas multinacionais consagradas em nossa região, vêm transformando esse cenário. A tendência é um crescimento acelerado nos próximos anos. Outro passo é que essa atividade seja reconhecida como importante geradora de empregos, renda e arrecadação. Chegou a hora de implantar um novo olhar, novas metas e objetivos. E, com isso, levar nossa cidade a ser reconhecida também como um ótimo destino de lazer. Francine Olsen Graduada em turismo, atua nas áreas recreativa e cultural do Parque Expoville

de turismo a elaborar roteiros para o “Destino Joinville”. Temos turismo rural, cultural e artístico, gastronomia, compras, hospedagem de excelência, transporte receptivo e demais serviços necessários, além de grandes e tradicionais eventos, como o Festival de Dança e a Festa das Flores. Quem fará os projetos? Que tal um grupo de universitários da Univille, sob a supervisão de um professor especializado? Quais os recursos para pagar as campanhas? Virão de instituições de ordem pública e privada. Utopia? Não se todos os interessados em engordar a economia se derem as mãos com o mesmo objetivo. Nelci Terezinha Seibel Jornalista, integra o Conselho Municipal de Turismo de Joinville (Comtur)

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CABECEIRA DIVULGAÇÃO

LEITURA

Eu li muito na adolescência, o tempo todo. Depois, quando cheguei à fase do vestibular, parei. O vestibular de medicina é arrasador. Você fica preso e nessa época eu tinha aula em tempo integral e era professor num cursinho. Tinha aula também aos sábados e domingos. Nesse período, sofri com uma deficiência grave na leitura. Comecei a ter mais disciplina depois dos 40 anos, quando comecei a ler com mais frequência.

INFLUÊNCIAS

DRAUZIO VARELLA

O médico e os livros Um papo com o autor de “Estação Carandiru” Médico, escritor, apresentador, maratonista. Drauzio Varella é um homem plural. Alguns o conhecem como o médico que esclarece dúvidas sobre temas de saúde no Fantástico, programa da TV Globo, outros como o autor de “Estação Carandiru”, livro que narra histórias da antiga Casa de Detenção de São Paulo, entre outras obras. Além de todas essas facetas, ele é o responsável pelo atendimento a centenas de pacientes que sofrem com diversos tipos de câncer. Cancerologista, formado pela Universidade de São Paulo (USP), foi um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil. Em 1989, iniciou um trabalho de pesquisa sobre a prevalência do vírus HIV na população carcerária do Carandiru. Atuou como médico voluntário até a desativação do presídio, em setembro de 2002. Hoje, faz o mesmo trabalho na Penitenciária Feminina de São Paulo. No final de outubro, Drauzio Varella esteve em Join­ville para ministrar a palestra “Câncer: uma nova abordagem nos aspectos atuais”, durante o evento de comemoração dos 20 anos do Centro de Hematologia e Oncologia, na Expoville. Após a apresentação, conversou com a Revista 21 sobre sua relação com a literatura.

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A influência maior que tive foram os russos. A Rússia, na metade do século 19, tinha uma massa crítica absurda. Gosto do jeito que eles escrevem. Inclusive, já adaptei um texto russo para o teatro. Eles não desperdiçam palavras e usam pouquíssimos adjetivos. Começa a narrativa e eles esticam um fio, que tem uma hora em que você fala: “não, isso não é possível, é muita tragédia”. E eles vão até o fim.

CARANDIRU

Quando escrevi o “Carandiru”, tentei evitar os adjetivos, fazendo igual aos russos. Daí, quando o livro estava pronto, voltei cortando os adjetivos que haviam sobrado. Lembro que na última revisão, a definitiva, cortei mais três que tinham passado nas revisões anteriores.

PROCESSO DE ESCRITA

Não tenho tempo para escrever, esse é o meu drama. A única coisa ruim que eu tenho na vida é essa falta de tempo que eu tenho. Escrevo no final de semana, em aeroporto, quando dá. Se tenho uma hora para escrever, eu sento e escrevo. Tem gente que precisa de um tempo maior ou precisa de silêncio, eu sou capaz de escrever no aeroporto com aqueles idiotas gritando com a secretária no celular.


PLANEJAMENTO

COMPORTAMENTO

Sua marca é realmente digital?

Hábitos da rotina empresarial

Flávio Pinheiro Diretor Geral da Lab34, consultoria em estratégia de negócio e marketing digital com foco em empresas familiares em crescimento

Já são mais de 12 anos que trabalho com planejamento estratégico, sou apaixonado pela área. E, tenho certeza, o autor deste livro – um amigo de longa data – foi um dos grandes responsáveis pela minha especialização na atividade. Em sua primeira edição, de 2009, o livro me ajudou a compreender os conceitos do digital e tantas outras coisas que mudaram minha carreira. A obra, então, já passava uma visão à frente do seu tempo. Acaba de ser relançada, atualizada e motivadora, para quem busca entender o poder da internet de hoje e o impacto que ainda vai ter no amanhã. O livro mescla muito bem a parte prática com a teoria. Apresenta cases de diversas marcas em todo o mundo, demonstrando movimentos estratégicos feitos por

empresas gigantes, com orçamentos milionários, como também de algumas micro e pequenas que apostaram no marketing digital como alternativa inovadora para conquistar espaço em um mercado cada vez mais competitivo. O autor ressalta a importância de se pensar no consumidor como foco para as marcas. Questiona a visão de algumas empresas focadas em vendas que acabam esquecendo de se relacionar com seus seguidores. Ou seja, mantêm o alvo em metas e desconsideram o poder dos consumidores, em uma era de compartilhamento. Em suma, um livro essencial para profissionais que querem se tornar planejadores e para as empresas que começam a entender agora toda a força da internet. Planejamento Estratégico Digital Felipe Morais, Editora Saraiva, 2015

ara situar o leitor, muitas vezes sem uma visão clara sobre a área e P tudo que ela abrange, o autor aborda tópicos básicos, como “o que é o Marketing Digital”, “o perfil de uma agência on line” e “perfil do profissional de planejamento”. Mas é no capítulo 5 que o livro começa a ficar muito interessante, discorrendo sobre a temática do comportamento do consumidor e a importância das pesquisas para fundamentar um planejamento estratégico sólido. Nos capítulos seguintes, traz em tópicos o passo a passo de como criar um planejamento estratégico digital, passando por temas como a importância do conteúdo bem trabalhado, métricas, dicas de ferramentas essenciais (inclusive algumas grátis!), marketing em buscadores, e fecha falando do item mais relevante para as marcas: como construir uma presença digital, indo além do padrão de se ter um site e uma conta no Facebook, mas inovando de verdade e compreendendo esse “ecossistema” on line. Destaca alguns casos para se inspirar, fala do crescimento do Omni Channel (integração do canal físico com o digital) e conta sobre diversas experiências profissionais dentro do mundo do e-commerce.

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André Soares Diretor da escola Yázigi Joinville

Baseado em mais de 20 anos de pesquisas científicas, o livro demonstra que hábitos que cultivamos diariamente são gravados em nosso cérebro, que passa a atuar dentro de padrões estabelecidos por essas ações. Por isso é que nunca nos esquecemos de escovar os dentes ou colocar o cinto de segurança quando entramos no carro. Os hábitos vão criando camadas no cérebro, que automatizam o comportamento e explicam muito sobre as decisões que tomamos, algumas vezes sem pensar. Sabendo disso, a ciência pode criar modelos que ajudem as pessoas a largar vícios, que nada mais são do que hábitos nocivos iniciados por gatilhos que estimulam a ação esperando uma recompensa. Também pode ajudar a criar hábitos saudáveis, como fazer exercícios regularmente, dormir no mesmo horário todos os dias ou ter uma programação diária de estudos. Outra possibilidade é de as empresas aprenderem mais sobre o comportamento do consumidor e suas escolhas. Com base nessas descobertas, é possível direcionar ações estratégicas e ganhar mais mercado. Empresas que já entenderam isso saíram na frente e hoje lideram seus setores. O Poder do Hábito Charles Duhigg, Editora Objetiva, 2012

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3 LIVROS

Para os líderes

A seleção da vez apresenta títulos para quem ocupa ou almeja posições de liderança. As indicações fazem parte da cabeceira de Augusto Oliveira, consultor em gestão da Ferreira Filho Associados, de Joinville, bacharel em direito e pós-graduando em gestão de pessoas.

Longe da ideia de monge

As melhores escolhas

Teoria aliada a prática

“O Monge e o Executivo” é um livro voltado para aqueles que são novos em cargos de liderança e desejam aprender conceitos desta área, bem como para refrescar a memória dos líderes mais antigos. Trata-se da história de Len Hoffman, famoso executivo que, no ponto alto de sua carreira, decidiu embarcar nas ideias do mosteiro. Contudo, ele tem muito a ensinar aos visitantes sobre as formas de liderar, fazendo este papel por meio de metáforas.

A vida de Thomas Derale, que atribui o seu sucesso à forma como exerce a liderança nas empresas que preside. Segundo a filosofia proposta, para que uma empresa esteja à frente de seus concorrentes, é necessário colocar as pessoas certas no lugar certo, ou seja, no momento da contratação é que se estabelecerá o sucesso ou o fracasso daquele colaborador. Quando alinhados os objetivos do colaborador e da empresa, a parceria tende a ser próspera e duradoura.

Traz aos líderes uma condição maior de aprendizado técnico sobre os conceitos de liderança, abrangendo temas como mudanças, comunicação e solução de conflitos. Nesse contexto, é possível entender que o velho estilo de liderança imutável e baseado no autoritarismo não convencerá as novas gerações de trabalhadores. A flexibilidade é uma habilidade comportamental de importância basilar para um líder, trazendo ferramentas para a melhor gestão de equipe.

O Monge e o Executivo James C. Hunter Sextante / Gmt

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Você é Feliz no seu Trabalho? John P. Strelecky Sextante / Gmt

Gerando Envolvimento na Equipe Harvard Business Review Campus


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DICA 21

Odisseia no espaço

O seriado original foi comandado pelo famoso cientista e astrônomo Carl Sagan (1934/1996) e levou para a TV reflexões antes limitadas ao público acadêmico

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Filme de Ridley Scott mostra personagem que muda o curso da sua história

SÉTIMA ARTE

As lições do astronauta Albano Schmidt Presidente da Termotécnica

Dirigido por Ridley Scott, o filme “Perdido em Marte” conta o desafio do astronauta Mark Watney (Matt Damon). Baseado no livro homônimo do escritor americano Andy Weir, o filme seguiu de forma fiel a história original. O autor consultou especialistas e construiu uma história real em torno das tecnologias que devem marcar as

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primeiras missões tripuladas a Marte que, nos planos da Nasa, acontecerão até o final da década de 2030. A obra narra a história do astronauta, tripulante em uma missão a Marte, que é dado como morto após uma severa tempestade e abandonado pelos colegas que precisaram deixar o planeta com urgência. Sozinho em Marte, ferido, com escassos suprimentos e sem saber como avisar os companheiros que estava vivo,

Lançada em setembro de 1980, a série Cosmos apresentou em 13 episódios a complexa estrutura do universo em uma linguagem acessível ao grande público. Em 2014, mais de três décadas depois, o cientista Neil DeGrasse Tyson (ao lado) apresenta uma nova edição do programa: “Cosmos – Uma Odisseia no Espaço”, com descobertas e recursos tecnológicos atualizados.

mesmo ciente da vaga hipótese de um salvamento, tinha um sério problema e um desafio intransponível: retornar à Terra. Virtuoso e destemido, deu o seu melhor para superar as adversidades. Utilizou com sabedoria todo o seu conhecimento e experiência. Teve atitude e foi persistente. Tinha plena convicção de que era capaz de mudar o curso da sua história. A mensagem de motivação e empreendedorismo é forte. Distribuí ingressos do cinema para todos os meus funcionários que quiseram assistir. Como gestor, almejo ter profissionais como Watney. Ele enfrentou um problema realmente grave, não se abateu diante das adversidades e se concentrou na busca pela solução. O Brasil precisa de cidadãos como esse astronauta. Nosso país vive um momento importantíssimo e precisa se reinventar. Perdido em Marte Direção de Ridley Scott, com Matt Damon

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3 PERGUNTAS DIVULGAÇÃO

PAULO STARK CEO Siemens

Maior empresa de tecnologia integrada do mercado brasileiro, com atuação em campos como eletrificação, automação e digitalização, a Siemens está presente no Brasil há 110 anos. Seus negócios abrangem nove divisões, de gerenciamento de energia a mobilidade, de petróleo e gás a energia eólica, além dos serviços de saúde. A empresa tem unidade em Joinville, no Perini Business Park. O CEO Paulo Stark esteve na cidade para participar de painel sobre digitalização da economia, no Encontro Econômico Brasil-Alemanha.

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O que representa, para a Siemens, o tema digitalização da economia? A Siemens faz parte de um movimento de empresas associadas ao governo alemão chamado de Indústria 4.0, que tem exatamente o propósito de aumentar a produtividade na indústria com base em inovação e tecnologias que permitem construir fábricas totalmente integradas e automatizadas. Essa experiência de fomentar a produtividade com base na tecnologia permitiu à indústria da Alemanha desempenhar papel fundamental na retomada do crescimento do país após a crise de 2008 e pode ser relevante para a indústria brasileira, especialmente no atual contexto econômico. Hoje, é possível ver, no Brasil, fábricas modelo que usam a tecnologia em favor da produtividade, mas o acesso às tecnologias mais modernas ainda é limitado. O grande desafio é permitir que a tecnologia esteja presente em toda a cadeia, especialmente nas pequenas e médias indústrias, nas quais realmente é possível gerar impacto maior.

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Como sr. avalia as relações econômicas entre Brasil-Alemanha? A relação entre o Brasil e a Alemanha vem se intensificando a cada ano. Em agosto, tivemos a visita da chanceler alemã Angela Merkel ao Brasil, reforçando que a parceria pode render negócios nas áreas de infraestrutura, ferrovias e portos. Acredito que esse vículo tem futuro muito promissor, pois a Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, com o qual são movimentados US$ 16 bilhões. No caso da Siemens, cuja matriz está localizada na Alemanha, nosso compromisso com o Brasil começou há 110 anos e ainda há muito pela frente para a construção do futuro do país.

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Quais as áreas estratégicas de investimento da Siemens? Nosso tripé – eletrificação, automação e digitalização – é um dos principais focos. Criamos soluções de alta tecnologia, com integração de sistemas, tornando real o conceito de fábrica digital que molda a produção no futuro. Impulsionamos a competitividade industrial e aumentamos a acessibilidade e qualidade da saúde para 200 milhões de brasileiros. A Siemens quer dobrar o tamanho de sua divisão brasileira em cinco anos e alcançar R$ 10 bilhões em receitas até 2020. Uma aposta são as áreas de geração, transmissão e distribuição de energia. Vamos investir ainda em infraestrutura de transporte, por meio de projetos com investidores com os quais pretendemos construir uma estrutura ferroviária eletrificada e automatizada. Entre investimentos recentes, expandimos a produção de equipamentos médicos em Joinville, nacionalizamos a produção de ultrassom e inauguramos mais uma expansão de fábrica em Manaus.


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