Jornal Unesp - Número 350 - dezembro 2018

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Índice Geral de Diretor de Especialista analisa 16 Cursos do MEC 3 Franca enfatiza 2 os 70 anos da classifica Unesp na importância da defesa Declaração Universal dos Direitos Humanos

da democracia no Brasil

elite do ensino superior

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA • ANO XXXIV • NÚMERO 350 • DEZEMBRO 2018

COLABORAÇÃO DE VIGOR

Evento que representa o pontapé inicial da participação da Universidade no Programa Institucional de Internacionalização da CAPES, o Unesp PrInt Kickoff Meeting reuniu 50 convidados de 47 instituições de 16 países, além de 100 coordenadores dos principais programas de pós-graduação da Unesp. O encontro buscou promover parcerias entre brasileiros e estrangeiros presentes e também ampliar e dar consistência institucional às iniciativas individuais de pesquisadores na cooperação com colegas do exterior. páginas 8 e 9 Dois Experts 13 pesquisadores 5 elogiam caráter da Unesp são eleitos interdisciplinar e para Academia Brasileira de Ciências

inovador do vestibular da Unesp

Premiação Agência 12 de melhores 15 produz mapa teses da Universidade do ecossistema de estimula excelência na pesquisa

empreendedorismo e inovação na Unesp


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Opinião

Declaração universal dos direitos humanos (70 anos): um sonho acordado Clodoaldo Meneguello Cardoso

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s direitos humanos não são leis naturais ou sagradas; nem princípios metafísicos escritos nas estrelas. Os direitos humanos são humanos! São conquistas históricas com muito esforço e sangue na luta pelo respeito à dignidade individual e coletiva em uma sociedade mais livre e igualitária. Inserem-se, portanto, no campo das lutas políticas por melhores condições da vida humana, com suas diversidades de visões, até mesmo conflitantes. Tudo que é humano está em processo contínuo de transformação no espaço e no tempo. Os direitos humanos, enquanto conjunto de valores ético-políticos ocidentais, vêm sendo construídos principalmente nos últimos 250 anos a partir de movimentos revolucionários e mais recentemente no diálogo, até mesmo conflitivo, com outras culturas. A história dos direitos humanos, portanto, não é um processo evolutivo linear institucional: há contradições ideológicas, avanços, conquistas, retrocessos e mutilações aqui e ali no espaço-mundo. Às conquistas das revoluções burguesas do século XVIII, centradas nos direitos civis e políticos, foram agregadas dialeticamente, nos séculos XIX e XX, as conquistas dos movimentos operários e revoluções socialistas com os direitos sociais, econômicos e culturais. A história social revela fatos ocultados por essa ou aquela ideologia. Todos conhecemos a emblemática Declaração dos direitos do homem e do cidadão, de 1789, mas quase não ouvimos falar da Declaração dos direitos do povo trabalhador e explorado, proclamada na Rússia em 1918. Finalmente, em 1948, com a Declaração universal dos direitos humanos surge o primeiro acordo internacional, em favor da paz mundial, entre nações de diferentes ideologias. Mas isso somente depois dos horrores sem fim da Segunda Grande Guerra, em que nações “civilizadas” – Alemanha, EUA e Rússia

– mostraram sua face mais cruel contra as populações civis desarmadas em Auschwitz, em Hiroshima e Nagasaki e em Berlim já rendida. Os direitos humanos nasceram da dor. Houve avanços significativos após a declaração de 1948 com as conferências internacionais dos direitos humanos, das quais brotaram declarações específicas, documentos, diretrizes, planos de ação e sistemas jurídicos internacionais de proteção aos direitos humanos. Houve processos concretos de humanização e emancipação, a partir da consciência de direitos, com o fim dos regimes autoritários na Europa, dos apartheids nos Estados Unidos e na África do Sul e com movimentos civis das mulheres, dos negros, das populações LGBT, dos imigrantes e outras minorias excluídas do acesso aos direitos fundamentais. Por outro lado, o século XX continuou também a mostrar – agora ao vivo e a cores pela telinha – um circo de horrores. Assistimos a novos holocaustos em genocídios étnicos, religiosos e culturais; em movimentos (anti)revolucionários; em ditaduras militares; em refugiados de guerra; em ataques terroristas; em migrações forçadas, no tráfico de pessoas; nas novas faces de trabalho escravo; na violência urbana… Se não bastasse tudo isso, nos tempos mais próximos um tsunami neoliberal conservador invadiu o mundo, arrasando políticas sociais, destruindo direitos conquistados e sequestrando a própria subjetividade humana pela lógica perversa do lucro. Assim são os avanços e retrocessos dos direitos humanos na história concreta da humanidade. Hoje perguntamos perplexos: onde ficam os direitos humanos nesse nosso mundo tão diverso, onde sofismas e falsas imagens compõem discursos de ódio, sustentados por visão dualista simplista e simplória da realidade?

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O que são direitos humanos? “São valores que falam do sofrimento e da felicidade do outro” Vivemos em um mundo com sinais de esgotamento do modelo civilizatório ocidental moderno na esfera ambiental, no tecido social e na subjetividade humana. É uma crise paradigmática que coloca em xeque o universalismo cultural, o racionalismo cientificista, o autoritarismo político e qualquer forma de exclusão. Vivemos em um mundo que aponta para a necessidade de construção de um novo paradigma que não sabemos bem como será, mas temos certeza do que não mais queremos. As incertezas nos tempos de mudança paradigmática fazem com que muitos escolham os caminhos fáceis e seguros de volta ao passado; um passado que não volta mais. E a luta pelos direitos humanos nesse tempo de transição? Com todas as contradições humanas e as leituras distintas do que sejam os direitos humanos e de como lutar por eles, podemos – mesmo em tempos de crise – nos guiar pelo bom senso. Um deles é a luta pela democracia; uma democracia social participativa como regime político e cultura social, capaz comportar interesses conflitivos

e promover tanto os direitos de liberdade como os de igualdade nas condições de vida social com dignidade. A democracia não é um ponto de chegada, um porto seguro; a democracia é um caminho, é ponte. Na discordância no campo da disputa política, a luta pelos direitos humanos tem outro guia concreto e vivo, inquestionável na diversidade ideológica e cultural: o outro que está em minha frente. O fundamento último da ética é o outro. Este, tão humano, tão igual e tão diferente de mim. Esse outro que pensa, sente, sonha o futuro, tem alegrias e tristezas e, principalmente, o outro que sofre o sofrimento injusto da opressão, da exclusão, do preconceito, da humilhação e da morte antecipada. Nestes setenta anos da Declaração de 1948 muitos estudos, pesquisas, documentos, declarações contribuíram para melhor entender, ampliar e ressignificar os direitos humanos. Hoje, porém, vivemos no Brasil uma contradição surrealista. De um lado temos acesso fácil a todo esse conhecimento acumulado sobre o assunto, a memória das dores da ditadura e as imagens

dos novos holocaustos; de outro, uma parcela da população, capaz de decidir os rumos do país, insiste em distorcer e desdenhar os direitos humanos. Se perguntarem: “O que são os direitos humanos?”, há uma resposta simples para iniciar a conversa: “São valores que falam do sofrimento e da felicidade do outro”.

Clodoaldo Meneguello Cardoso é professor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) do câmpus de Bauru da Unesp; coordenador do Observatório de Educação em Direitos Humanos (OEDH) e coeditor da Revista interdisciplinar de direitos humanos (RIDH). É autor, entre outros, do livro Tolerância e seus limites, Editora Unesp. É membro da equipe coordenadora da Rede Latino-americana e Caribenha de Educação em Direitos Humanos (RedLaCEDH) e da Associação Nacional de Direitos Humanos, Pesquisa e Pós-Graduação (Andhep).


Entrevista

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É preciso defender a democracia Diretor do câmpus de Franca vê risco de retrocesso na garantia de direitos humanos no país André Louzas

JU: As últimas eleições marcaram, em nível federal e estadual, a ascensão de forças que, em

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Para especialista, sistema de justiça precisa garantir proteção aos direitos das minorias nome da segurança pública, defendem propostas como a garantia de direitos humanos apenas para os “humanos direitos”. Nessa linha, parecem relativizar a necessidade de combate à violência policial, por exemplo. Há o risco de um retrocesso nessa área? Gaspardo: Com certeza há risco. São propostas sem quaisquer fundamentos empíricos em termos de políticas públicas efetivas para enfrentar o problema da segurança pública. Os direitos humanos, por definição, são para todos. Há distorção e reducionismo – por desinformação ou deliberadamente – do conceito. As instituições do sistema de Justiça (Ministério Público, Judiciário, Defensoria Pública), a imprensa, a sociedade civil organizada e a própria universidade precisam resistir para evitar ou minimizar os retrocessos. JU: Com a grande influência de princípios religiosos conservadores no novo governo federal, como fica a defesa dos direitos de minorias como a comunidade LGBTI+? Gaspardo: Os princípios religiosos são influentes no novo governo porque houve um crescimento da força da pauta conservadora na sociedade brasileira, fundamentalmente em razão do avanço das igrejas neopentecostais. Ocorre que

os direitos humanos – neles inclusos o da proteção das minorias, como a comunidade LGBTI – não estão disponíveis à decisão majoritária, são uma proteção, por definição, contra essa própria vontade predominante. Caberá, mais uma vez, às instituições já mencionadas atuarem para assegurarem sua proteção. Um risco, todavia, que não pode ser descartado é o da influência desses princípios sobre o próprio Judiciário, por exemplo, nas futuras nomeações de ministros do Supremo Tribunal Federal. JU: Na cerimônia de sua diplomação como presidente eleito, Jair Bolsonaro afirmou que “o poder popular não precisa mais de intermediação. As novas tecnologias permitiram uma relação direta entre o eleitor e seus representantes”. As redes sociais podem representar uma nova forma de participação popular e de funcionamento da democracia? Ou podem se tornar uma ameaça? Gaspardo: É uma típica frase populista, de desprezo pela mediação institucional. A mediação pelas instituições e pelos processos representativos, com as limitações estabelecidas pelo Estado de Direito, são inerentes ao nosso regime político (democracia liberal representativa). Dispensar a intermediação institucional significa atacar os fundamentos

do Estado Democrático de Direito e dos valores historicamente construídos. As redes sociais, em primeiro momento, despertaram grande entusiasmo entre cientistas sociais, políticos e do Direito – o sociólogo espanhol Manuel Castells é um grande exemplo disso –, destacando a forma como transformariam (para melhor) o processo político. Outros discutiram, inclusive, a ideia de que estaríamos diante da construção de uma espécie de “Ágora virtual”. Todavia, a tendência predominante no momento é de mais cautela ou mesmo pessimismo, sobretudo com o avanço das fake news, o uso de robôs e outros instrumentos de manipulação do processo político, com destaque para os casos do Brexit, da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e, mais recentemente, das eleições brasileiras.

ocorre em outros países, não apenas no Brasil. O problema não está na formação de coalizões, mas na maneira como isto é feito: poderia ocorrer em bases programáticas e na partilha de poder, mas, historicamente, tem ocorrido em bases fisiológicas ou por meio da corrupção pura e simples. A estratégia do novo governo parece ser construir sua coalizão de apoio a partir das chamadas bancadas corporativas (bancadas “do boi”, da “Bíblia”, da “bala”, da “saúde” etc.). Isso traz riscos para a governabilidade, pois o processo legislativo se organiza por meio das bancadas partidárias e não significa um avanço em termos de relações republicanas, pois podemos ver um aprofundamento da prática governamental dirigida por interesses corporativos difusos em prejuízo de um projeto nacional.

JU: O novo presidente parece buscar outra forma de relação como o Poder Legislativo, na qual seriam deixadas de lado as composições partidárias que marcaram a chamada Nova República. Como o senhor vê essa mudança? Gaspardo: O grande número de partidos políticos brasileiros faz com que seja inevitável a formação de coalizões partidárias para assegurar a governabilidade, ou seja, a estabilidade do governo e a aprovação de sua agenda. Isso

Gaspardo: governo eleito reflete avanço de pauta conservadora

Divulgação

ara Murilo Gaspardo, atual diretor da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS), câmpus de Franca, o Brasil vive sob pressão da sua grande desigualdade social, em que uma parte da população não tem direitos protegidos, enquanto a outra se considera acima da lei. Nesta entrevista ele analisa os rumos do país, destacando temas como a importância da defesa da democracia, as redes sociais e a relação entre poderes. Com graduação, mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), Gaspardo atua na área de Direito, com ênfase em Teoria do Estado. Jornal Unesp: O Brasil sem dúvida avançou na defesa dos direitos humanos, em especial após a promulgação da Constituição de 1988. No entanto, apresenta problemas como uma enorme desigualdade social e diversas dificuldades para a garantia de direitos de grande parte de seus cidadãos. Como o senhor, a partir dessas contradições, avalia a situação atual? Murilo Gaspardo: As violações dos direitos civis e sociais ainda são recorrentes no Brasil. Todavia, são notáveis os avanços nas últimas três décadas em razão dos pactos constitucional e político resultantes, por um lado, em um conjunto de políticas públicas e, por outro, de instrumentos de proteção jurídica. Há muito a se avançar, particularmente no que se refere à desigualdade social que voltou a crescer no país nos últimos anos. Aliás, a desigualdade em si é uma das explicações fundamentais para a violação dos direitos, pois, na expressão do professor Marcelo Neves, temos ao mesmo tempo “subcidadãos” e “sobrecidadãos”, ou seja, respectivamente, pessoas que não têm seus direitos protegidos – particularmente aquelas mais marginalizadas, como a população em situação de rua –, enquanto outros se consideram acima das leis (e assim são tratados). Minha avaliação da situação atual é bastante pessimista, considerando-se a composição do ministério do novo governo tanto na área econômica como na social.


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Ações afirmativas

27 alunos autodeclarados pardos e pretos são desligados da Unesp A

pós meses de averiguação das autodeclarações de estudantes pardos e pretos da Universidade, respeitando o princípio constitucional do direito ao contraditório e à ampla defesa, a Unesp invalidou 27 autodeclarações desses alunos, que terão a matrícula cancelada e serão desligados da instituição. A medida foi publicada no Diário Oficial do dia 14 de dezembro. As autodeclarações invalidadas se mostraram inconsistentes do ponto de vista dos princípios estabelecidos em acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), que leva em consideração características fenotípicas, como pigmentação da pele, tipo de cabelo e forma do nariz e dos lábios para validar as autodeclarações.

Essa decisão impossibilita aos estudantes punidos a realização de nova matrícula na Unesp nos próximos cinco anos. Por acreditar no caráter pedagógico da medida, a Unesp não ingressará em princípio com ações judiciais contra nenhum estudante ou ex-aluno porque, neste momento, prioriza disciplinar esses casos e cessar com irregularidades do tipo. A medida integra um conjunto de balizas que a Unesp vem construindo para promover ações afirmativas para a inclusão social ao pôr em prática o Sistema de Reserva de Vagas para Educação Básica Pública (SRVEBP), que preenche anualmente 50% das vagas dos cursos de graduação da

Universidade e reserva 35% dessas vagas a quem se autodeclara preto, pardo ou índio. O percentual de ingressantes oriundos de escolas públicas no Vestibular Unesp 2018, após concluída a implantação gradual do sistema, foi de 55,8%. Em 2014, quando se iniciou o sistema, esse percentual era de 40,7%. Conforme endossou em novembro o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária (Cepe), ao criar a Comissão Central de Averiguação (veja box), a Unesp seguirá, de forma permanente, aferindo a veracidade das autodeclarações firmadas por candidatos nos vestibulares por meio do sistema de reserva de vagas a pardos e pretos.

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Motivo é a inconsistência nas informações prestadas, considerando-se aspectos fenotípicos

Universidade seguirá aferindo veracidade de autodeclarações

Comissão centraliza aferição de autoreclarações

Ouvidoria e diversidade

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Evento discutiu combate a violência e intolerância

e contarão com o auxílio da Assessoria Jurídica da Unesp. A mudança elimina, com a centralização, a fase das comissões locais de verificação das autodeclarações, instaladas nas unidades universitárias. As suspeitas de irregularidades e/ ou fraudes em autodeclarações seguirão sendo colhidas a partir do ato da matrícula, o que já está regulamentado desde 2017 na Universidade. “Temos a convicção que essa centralização é necessária, pois vai dar mais agilidade ao processo de averiguação sem romper direitos dos estudantes denunciados nem dos denunciantes”, afirma o professor Juarez Tadeu de Paula Xavier, assessor da Pró-Reitoria de Extensão. Existem atualmente dezenas de processos em andamento para aferição das autodeclarações de estudantes pretos e pardos que ingressaram na Unesp. Todos esses processos estão respeitando os trâmites legais e administrativos, com direito a ampla defesa dos envolvidos. Nos últimos meses, os procedimentos adotados pela Universidade em relação à temática estão servindo de referência para outros órgãos públicos e entidades de classe.

Fabio Mazzitelli

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arte do Convênio Unesp-Santander, o Projeto Educando para a Diversidade promoveu no dia 26 de novembro, no auditório da Fundação Editora Unesp, em São Paulo, o encontro “A ouvidoria e os desafios éticos na educação para a diversidade”. O evento foi aberto pelo professor Sergio Nobre, vice-reitor da Unesp, e contou com a participação da ouvidora-geral do Estado, Manuella Soares Ramalho, da ouvidora da Universidade, a professora Cláudia Maria de Lima, do coordenador do Educando para a Diversidade, o professor Juarez Tadeu de Paula Xavier e docentes e servidores técnico-administrativos de diversos câmpus que atuam em parceria com a Ouvidoria da Unesp. “O papel das ouvidorias agora, mais do que nunca, é fundamental”, comenta Sergio Nobre. “Em defesa dos princípios e valores que embalam os ambientes universitários e a nossa democracia, em prol da nossa convivência pacífica e harmônica, temos que ouvir mais os outros do que apenas expor nossas ideias”.

O Projeto Educando para a Diversidade integra a Política Institucional de Enfrentamento à Violência e pela Cultura de Paz na Unesp. Para o professor Juarez Xavier, é preciso pensar em ações para enfrentar problemas que surgem na comunidade universitária: “Nesse tipo de espaço, surgem muitas ideias e a possibilidade de avançar para práticas que as ouvidorias estão desenvolvendo para combater violências e intolerâncias. Aí vai criando essa cultura da ambiência e do respeito à diversidade. Não é uma ação da Reitoria isolada. É a comunidade que

vai pensando mecanismos de superação da violência”, diz. Para a ouvidora da Unesp, Cláudia Maria de Lima, o encontro propiciou, além do debate de temáticas relevantes, a troca de experiências entre as pessoas que lidam com o “ouvir especializado”, a escuta de quem acolhe dentro da universidade as pessoas que passam por casos de violência ou situações de intolerância ou discriminação. “Essas são discussões de base que permeiam todo o fazer universitário, e o ouvidor está intimamente relacionado com essas questões”, afirma a ouvidora. Roberto Rodrigues

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária (Cepe) aprovou no dia 6 de novembro a centralização do processo de aferição da veracidade de autodeclarações firmadas por candidatos nos concursos vestibulares por meio do sistema de reserva de vagas a pretos e pardos. A deliberação do Cepe altera a Resolução nº 53/2017, de 12 de dezembro de 2017, que dispõe sobre o tema, e cria a Comissão Central de Averiguação, constituída por docentes da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), da Fundação para o Vestibular da Unesp (Vunesp) e do Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão (Nupe), além de um professor representante da etnia indígena e um diretor técnico acadêmico de unidade universitária. Por meio da decisão, também se constitui a Comissão de Avaliação Recursal, composta por docentes da Vice-Reitoria e da Prograd e um professor da etnia negra, para a qual os estudantes poderão recorrer da decisão da comissão central. Tanto a Comissão Central de Averiguação quanto a Comissão de Avaliação Recursal estarão ligadas à Vice-Reitoria

Da esq. para a dir.: Cláudia, Nobre, Manuella e Xavier


Graduação

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Vestibular 2019 é elogiado

Especialistas e alunos aprovam exame da Unesp, definido como “inovador” e “interdisciplinar” Fabio Mazzitelli

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exame da primeira fase do Vestibular 2019 da Unesp, realizado no dia 15 de novembro, foi classificado como “inovador” e “interdisciplinar” por professores e estudantes e considerado por especialistas um bom processo de seleção para a Universidade. Os comentários positivos foram publicados tanto em análises veiculadas pela mídia quanto em declarações de candidatos nas redes sociais, após a publicação do caderno de questões e dos gabaritos, disponíveis no site da Fundação para o Vestibular da Unesp (Vunesp), que organiza e aplica o exame (https://www.vunesp. com.br/). “Este foi o ano mais inovador da Unesp. A avaliação trabalhou muito a interdisciplinaridade e exigiu capacidade crítica

Vestibular é fruto da colaboração entre Vunesp e Universidade e conhecimento dos alunos”, afirmou ao portal G1 a professora Vera Antunes, porta-voz do Objetivo. Como exemplos de interdisciplinaridade e inovação, foram citadas questões que exigiam a interpretação de textos verbais

e não verbais na parte que aferiu conhecimentos em língua portuguesa e uma questão de matemática que trouxe conceitos de artes plásticas. “Foi uma prova contextualizada, sem controvérsias, muito bem feita”, analisou para o

portal UOL o professor Daniel Perry, do Anglo. Nas redes sociais, embora alguns candidatos tenham reclamado de forma pontual sobre o nível elevado do exame ou da interdisciplinaridade que o marcou, foram registrados, na grande maioria, elogios. “Amei as questões interdisciplinares e achei que a prova inovou esse ano, saiu um pouco do padrão que foi nos últimos anos”, escreveu para a Unesp @ Mi_Ribeiro0, via Twitter. “Um nível acima, né? A prova estava muito bem estruturada mesmo e me surpreendeu!”, exclamou Mariana Mibielli, via Facebook. O Vestibular 2019 da Unesp é fruto de um trabalho integrado entre a Vunesp e a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Universidade, a partir de discussão realizada na Câmara

Central de Graduação (CCG), alinhada ao atual plano de gestão da Unesp (2017–2021). “A relação de confiança e cooperação estabelecida entre Unesp e Vunesp começa a dar os seus frutos”, afirmou o professor Antonio Nivaldo Hespanhol, diretor-presidente da Vunesp. A Diretoria-Executiva da Vunesp é composta também pelos professores Renato Eugênio da Silva Diniz, superintendente acadêmico, Henrique Luiz Monteiro, superintendente de planejamento e Antonio Carlos Simões Pião, superintendente administrativo. A Prograd é liderada pela professora Gladis Massini-Cagliari, assessorada pelos docentes Silvana Gregorio Vidotti, Iraíde Marques de Freitas Barreiro e Fernando Ferrari Putti e pelo pesquisador/procurador educacional Alexandre Pazoti.

CNPq concede bolsas Instituto renovará ensino e formação docente adicionais à Unesp

Marcos Jorge

desse programa na Universidade, como demonstrado no Congresso de Iniciação Científica da Unesp – 2ª fase. A Universidade está entre as cinco instituições do Brasil que mais captam recursos de iniciação científica do CNPq, com um total superior a R$ 3 milhões. Além dos recursos da CNPq, a Reitoria da Unesp também financia 455 bolsas de iniciação científica e outras 15 em iniciação em desenvolvimento tecnológico e inovação. Esses números ainda não incluem bolsas financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Unesp está entre instituições que mais captam recursos do CNPq

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Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária (Cepe) aprovou no dia 6 de novembro o surgimento do Instituto de Educação e Pesquisa em Práticas Pedagógicas, o IEP³. Trata-se de uma Unidade Complementar da Unesp fruto da transformação do atual Centro de Estudos e Práticas Pedagógicas da Unesp (Cenepp) e da incorporação do Núcleo de Educação a Distância (NEaD), vinculada à Vice-Reitoria da Universidade. O IEP³ tem dois propósitos principais: promover a pesquisa em práticas pedagógicas e em metodologias inovadoras de ensino, apoiadas no uso das tecnologias digitais de informação e comunicação; e articular políticas para ações relacionadas à formação acadêmica e profissional, em acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Plano de Gestão. O novo instituto terá uma ação transversal entre as atividades de formação continuada docente, hoje própria ao Cenepp, e de atendimento a demandas de mobilidade virtual e uso de tecnologias na educação, essência atual do NEaD. Os coordenadores do Cenepp, Alessandra Lopes, e do NEaD,

Marcus Maltempi, explicaram aos conselheiros do colegiado os ganhos nas ações de valorização do ensino, articulado a pesquisa e extensão, e na ampliação das possibilidades de formação profissional que decorrerão do surgimento do IEP³, além do ganho de autonomia institucional. “É importante frisar que essa proposta que culminou no IEP³ surgiu nas unidades universitárias, com a ideia de se ter maior interação, e foi construída em conjunto com a comunidade”, afirma Alessandra Lopes. Em princípio, serão estabelecidos 34 núcleos locais do Instituto,

um em cada unidade universitária. “Todos ganham com o IEP³. Ganham em interação e ganham em agilidade para os trabalhos já desenvolvidos por essas duas estruturas e para o acompanhamento das diferentes metodologias que envolvem o ensinar e o aprender”, diz Marcus Maltempi. Serão quatro as áreas de atuação do instituto: pesquisa, produção e divulgação científica em educação e formação profissional; formação continuada de professores e de outros profissionais; apoio e assessoria pedagógica; e produção e organização de material pedagógico e afins. Roberto Rodrigues

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Pró-Reitoria de Pesquisa da Unesp (PROPe) recebeu, no início de dezembro, uma comunicação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concedendo treze bolsas adicionais à cota institucional (Pibic/Unesp) na chamada 2018-2020. Com isso, a Universidade passa a contar hoje com 669 bolsas Pibic/CNPq. Essa expansão não apenas amplia o incentivo à pesquisa discente nos cursos de graduação, como também reflete todas as ações que vêm sendo intensamente empreendidas pela PROPe para o aperfeiçoamento

Equipe envolvida na criação do Instituto de Educação e Pesquisa em Práticas Pedagógicas (IEP³)


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Internacionalização

Unesp e Wayne University analisam cooperação

Sandro Valentini recebeu M. Roy Wilson, reitor da universidade norte-americana, na Reitoria

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reitor da Unesp, Sandro Roberto Valentini, recebeu na Reitoria, em São Paulo, o reitor da Wayne State University, M. Roy Wilson. Valentini destacou que existe entre as duas instituições um acordo de cooperação adormecido e que a visita de Wilson foi importante para que sejam retomadas as relações entre as duas universidades. “O mais importante que percebi foi o interesse muito grande da Wayne State University em colaborar com a Unesp, principalmente nas áreas médica e de energia. Eu sempre coloco que seria muito interessante para a Unesp ter um ‘ joint program’, ou seja, um programa de pós-graduação estabelecido em conjunto com outra universidade”, afirmou Valenti.

Segundo o reitor, essa universidade poderá ser a Wayne, por meio de um programa voltado para engenharia elétrica e energia. “Eu acredito que temos boas possibilidades de cooperação; sem dúvida, isso será muito importante para a comunidade da Unesp”, comentou. No encontro, Valentini estava acompanhado pelo assessor de Relações Externas Renato de Toledo Leonardi, enquanto Wilson teve a companhia do pró-reitor de Desenvolvimento Educacional e Programas Internacionais da Wayne University, Ahmad Ezzeddine. UNIVERSIDADES DE IMPACTO Mais de 27 mil estudantes de todos os estados norte-americanos e de 70 países estudam na Wayne State University, em Detroit, Michigan, o berço da

indústria automotiva americana. A Faculdade de Engenharia da Wayne é sede do primeiro programa de veículos com tração elétrica do país. O reitor da Wayne ficou impressionado com o tamanho da Unesp. Para Wilson, a dimensão da Universidade demonstra o impacto que tem sobre o Estado de São Paulo e o sobre o Brasil. “A Wayne tem um enorme impacto em Detroit e em Michigan, mas também tem impacto em todo o mundo, assim como a Unesp. Existem muitas semelhanças entre a Unesp e a Wayne”, disse o reitor norte-americano, que também está otimista em relação à cooperação que poderá ocorrer entre os pesquisadores das duas universidades. “Eu espero que nossos docentes e os da Unesp encontrem

Roberto Rodrigues

Jorge Marinho

Da esq. para a dir.: Ezzeddine, Valentini, Wilson e Leonardi áreas e interesses em comum para que possamos juntá-los. É assim que as colaborações irão ocorrer. No nível estudantil,

esperamos conseguir que os alunos da Unesp venham para a Wayne e aprofundem os estudos”, concluiu.

Missão brasileira estuda parcerias na China Divulgação

Unesp integrou visita que discutiu temas como intercâmbio de pesquisadores e alunos

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urante nove dias, entre 15 e 23 de novembro, o professor Mauricio Bacci Junior representou a Unesp em uma visita a instituições de ensino chinesas promovida pelo Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB). A missão contou com representantes do Ministério da Educação (MEC), da Embaixada Brasileira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do GCUB e de dez universidades brasileiras. O assessor da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) da Unesp representou o pró-reitor, professor João Lima Sant’Anna Neto, e avaliou que a visita permitiu às universidades traçar estratégias no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização (Capes-PrInt). Em Macau, o grupo visitou o Instituto Politécnico de Macau, a Universidade de Macau, a Universidade da Cidade de Macau, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e a Universidade Saint Joseph. A cidade

Grupo conheceu instituições como a Universidade de Pequim recolhe 40% de impostos sobre atividades turísticas, incluindo recursos de luxuosos cassinos administrados pelas mesmas empresas que mantêm negócios em Las Vegas. Os cassinos foram construídos há não mais de 16 anos, sobre um aterro que avançou no oceano. Apesar de luxuosos, os hotéis cobram tarifas normais. “Esses impostos contribuem para um governo superavitário, que repassa grande parte da arrecadação para a educação. O resultado são funcionários públicos bem pagos, prédios impecáveis, laboratórios modernos muito bem equipados e

universidades abrigando metade, quando muito, de sua capacidade total de alunos”, explica o docente do câmpus de Rio Claro. Em Pequim, juntou-se à delegação brasileira o secretário-executivo do MEC, Henrique Sartori e o segundo-secretário do Consulado Brasileiro em Pequim, o diplomata Eduardo Figueiredo Siebra. Na capital chinesa foram feitas as seguintes visitas técnicas: • reunião com a vice-ministra da Educação, Lin Huiqing, e com a Universidade de Economia e Negócios Internacionais de Pequim (UIBE);

• reunião com o China Scholarship Council (CSC); • reunião no Hanban (Instituto Confúcio); • reunião com Marcello Dellanina, representante do cônsul brasileiro na China; • visita técnica ao China Rural Technology Development Center; • visita técnica à Capital Medical University; • visita técnica à Universidade de Pequim; • visita técnica à Tsinghua University; • visita técnica à North China University of Technology. “Durante as visitas, foi possível traçar estratégias para o intercâmbio de pesquisadores e alunos de pós-graduação e de graduação da Unesp e dessas universidades chinesas, notadamente no âmbito do Projeto Unesp-Capes-PrInt”, destaca o assessor da PROPG, cuja viagem foi viabilizada com recursos do Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP), da Capes.

Bacci Júnior lembra que a China reservou 5 mil bolsas para alunos brasileiros, das quais mil foram concedidas no âmbito do programa “Ciência sem Fronteiras”. Ainda restam 4 mil bolsas, com oportunidades em todas as áreas do conhecimento, além de outros apoios aos estudantes brasileiros, como alojamento a baixos custos e cursos de mandarim. “Esses são recursos importantes que a Unesp poderá utilizar como contrapartida à iniciativa Unesp-Capes-PrInt. Por recomendação da Capes, os parceiros em internacionalização devem investir quantidade equivalente à da Unesp e a China claramente apresenta tais condições”, destaca. As áreas de interesse que o professor identificou na missão foram na automação da agricultura, na medicina tradicional e chinesa, no estudo de produtos naturais de origem vegetal e microbiana, em linguística e literatura, engenharias, arquitetura e urbanismo.


Extensão

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Estimulo à boa alimentação

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Com apoio de ministério, Unesp inaugura Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, em Botucatu 4toques Comunicação e ACI Unesp 4toques Comunicação

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ilha da roça, Dona Josefa Isidoro carrega no rosto aquela típica expressão cansada de quem sempre viveu do sustento da terra. Teve depressão e chegou até a ficar internada por conta de uma artéria entupida. Hoje, aos 57 anos, ela percebeu que para ter boa saúde tem que agir na raiz do problema: sua alimentação. “Hoje não preciso mais de tarja preta. A horta é minha terapia”, diz. Essa consciência amadureceu após Dona Josefa começar a participar de um projeto de extensão universitária no posto de saúde do seu bairro, o Jardim Santa Elisa, em Botucatu. Essa e tantas outras iniciativas agora são abraçadas por um grupo engajado, com semente plantada e semeada na Unesp: o Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Interssan). Esse fruto se materializa com a construção do centro, inaugurado no dia 13 de dezembro, no câmpus de Botucatu. Ele promete ser a grande referência nacional a todo e qualquer tipo de projeto que busque melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio do alimento. Tanto para quem consome como para

Da esq. para a dir.: Maria Rita, Magalhães e Sonia da Costa quem produz. O tripé consiste, basicamente, em promover e fortalecer a formação de pessoas, as tecnologias sociais e políticas públicas. Em pouco tempo o Interssan, que conta com a participação de mais de cinquenta pessoas de dezessete unidades da Universidade, já apoia 32 projetos e se articula com mais de oitenta. Inclusive, alguns fora do Brasil. “Em resumo será um espaço para aprender e ensinar. Ligar e fortalecer experiências. Dar voz a quem precisa e transformar essa grande cadeia do sistema alimentar”, afirma a professora Maria Rita Marques de Oliveira, do Instituto de

Biociências (IB) de Botucatu, que coordena o projeto. REFERÊNCIA O Interssan em Botucatu é o primeiro centro, de um total de cinco previstos, a ser construído com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC). Um em cada região do país. Conta com estrutura para a realização de videoconferências e gravações audiovisuais de aulas, debates e oficinas. O investimento inicial do Governo Federal foi de mais de R$ 2,8 milhões. Sonia da Costa, diretora de Políticas para Inclusão Social do MCTIC, acredita que o projeto

Interssan ajudará a criar uma consciência sobre a importância da alimentação segura e discutir o tema pelo ponto de vista científico, mas em uma linguagem popular. CONTRASTES De acordo com Élcio de Souza Magalhães, coordenador geral de apoio à implantação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), dos mais de 7 bilhões de pessoas que formam a população mundial, 800 milhões ainda vivem em situação de fome. E outros quase 700 milhões são obesos. “Trata-se de um agravo à saúde pública porque significa que têm mais pessoas doentes, com diabetes, pressão alta e cânceres. Resultado dessa má alimentação, que se agrava ainda mais com a presença dos agrotóxicos. O bom é que podemos nos orgulhar que agora já temos uma árvore, estamos colhendo frutos e levando eles para outros lugares”, comemora Magalhães. E um desses lugares foi o Paraná. Em uma parceria entre Interssan, Universidade Federal do Paraná, Ministério Público, Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional

(Caisan), foi possível capacitar e fazer a adesão de 188 dos 399 municípios paranaenses ao Sisan. Para Roseli Pittner, presidente do Consea-PR, o Interssan será fundamental para dar mais força à agricultura familiar. “Menos de 1% dos recursos são destinados à agricultura familiar. E dados mais recentes dizem que mais de 80% do que vai às mesas dos brasileiros vêm da agricultura familiar”, opina. Diretora do Instituto Giramundo, organização social que trabalha com agroecologia e agricultura familiar em Botucatu, Beatriz Stamato conta que o Interssan já é parceiro em um projeto que contempla quarenta produtores e 170 associados, estimulando a produção orgânica local. “O Interssan é para nós um respaldo científico e tecnológico muito importante para que alcancemos resultados mais assertivos e negócios mais sustentáveis para todos”, enfatiza.

SERVIÇO Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Interssan). Rua Prof. Dr. Antônio Celso Wagner Zanin, 250, Instituto de Biociências – Câmpus da Unesp Botucatu. E-mail: interssanunesp@gmail.com

Planejamento urbano ligado a políticas públicas

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partir de março de 2019, a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac), do câmpus da Unesp de Bauru, oferecerá um novo curso de especialização, voltado para a formação de profissionais que trabalhem em questões que articulem Planejamento Urbano e Políticas Públicas. O curso Planejamento Urbano e Políticas Públicas: Urbanismo, Paisagismo, Território congrega pesquisadores de cinco câmpus da Unesp, além de professores de seis países. Com duração de um ano e meio, a especialização começará em março de 2019, com aulas sextas-feiras à noite

e sábados até às 18h. As inscrições estarão abertas na primeira semana de janeiro. “O objetivo maior é dar suporte para a formação de quadros das prefeituras, mas em paralelo, consolidar de forma efetiva um projeto de sustentabilidade da região da qual Bauru é o centro irradiador”, afirma o professor Adalberto da Silva Retto Junior, coordenador da especialização. O CURSO Para o docente, o curso tem perfil interdisciplinar e seu conteúdo está amparado na significativa tradição da Unesp em

Divulgação

Curso de especialização em Bauru congrega pesquisadores de cinco câmpus e de seis países pesquisa aplicada e extensão universitária, bem como em sua distribuição regional. Retto Jr. explica que foram dois pontos principais que motivaram a criação do curso: 1) formar um grupo de reflexão sobre urbanismo contemporâneo como atividade interdisciplinar que abranja as políticas urbanas e territoriais; e 2) estabelecer relações com o meio por intermédio da pesquisa, da reflexão e da ação. Mais informações na página do curso no site da Faac: https://bit.ly/2QG0Zss.

Retto Jr.: curso visa criar grupo de reflexão sobre urbanismo


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Reportagem de capa

Conversas locais, colaborações globais

Evento que marca início de projeto de internacionalização da Unesp aprovado pela CAPES coloca pesquisadores da Universidade e representantes de 47 instituições do exterior em diálogos para prospectar áreas comuns de colaboração

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niversidades pelo mundo desenvolvem diferentes estratégias para estabelecer colaborações com outras instituições. Um conceito comum a todas elas, contudo, é que se deve procurar parcerias fortes, duradouras e sustentáveis – que começam sempre no âmbito individual, ou seja, com a atuação do pesquisador. Nesse sentido, a PróReitoria de Pós-Graduação e a Assessoria de Relações Externas da Unesp organizaram, entre os dias 26 e 28 de novembro, uma série de atividades que promoveram a aproximação entre representantes e pesquisadores de instituições e aproximadamente cem coordenadores dos principais programas de pós-graduação da Universidade. Os cinquenta convidados de 47 instituições estrangeiras arcaram com os custos da própria viagem, enquanto o custo das diárias do hotel foi financiado com recursos do Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap). A atividade marcou o pontapé inicial do projeto que a Unesp submeteu à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no âmbito da chamada do Programa Institucional de Internacionalização da agência e cujo resultado representou a aprovação de recursos da ordem de R$ 85 milhões para serem executados ao longo dos próximos quatro anos [veja Box]. O primeiro dia de atividades do Unesp PrInt Kickoff Meeting, ainda na Reitoria, em São Paulo, envolveu apresentações do Plano Estratégico de Internacionalização da Unesp, a proposta da Capes para a internacionalização da pósgraduação das universidades brasileiras, a atuação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no fomento da pesquisa no estado de São

Paulo e um detalhamento da proposta que a Unesp submeteu à agência federal. Representantes de agências e grupos de universidades da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos também fizeram apresentações com foco nas suas atuações no ensino superior brasileiro. Nos dois dias seguintes, no Hotel Colina Verde, em São Pedro/SP, todas as atividades foram voltadas para a aproximação entre os pesquisadores. Em um primeiro momento, cada um dos cinquenta representantes estrangeiros presentes no encontro apresentou as principais áreas de pesquisa de sua instituição para um público formado por quase cem coordenadores ou representantes de programas de pós-graduação da Unesp. Na segunda parte do evento, brasileiros e estrangeiros sentaram para conversar pessoalmente em sessões de matchmaking. Nessa atividade, a proposta é que as duas partes aprofundem o conhecimento da área de pesquisa apresentada pelo colega nas apresentações orais, buscando afinidades e oportunidades de cooperação. “A ideia é valorizar e financiar as parcerias já existentes estabelecidas pelas iniciativas individuais dos pesquisadores da Unesp”, explica o pró-reitor de PósGraduação da Universidade, professor João Lima Sant’Anna Neto. “Paralelamente, nós também queremos promover projetos cada vez mais institucionalizados entre a Unesp e os parceiros, para que a gente consiga envolver o maior número de áreas e com isso ter mais facilidade para receber contrapartidas para o financiamento dos projetos”. Segundo o próreitor, a intenção não é limitar o número de parceiros às cinquenta instituições que estiveram presentes ao evento,

Marcos Jorge

Marcos Jorge

Apresentação no evento: Unesp pretende ampliar espectro de suas colaborações internacionais mas manter as portas abertas a novas entidades. NOVOS E VELHOS PARCEIROS Jerome Gensel é um dos representantes internacionais que esteve com a agenda cheia durante o evento em São Pedro. Pesquisador da área de sistemas de informação espacial e temporal, ele esteve durante anos à frente do escritório de pesquisa da Universidade Grenoble Alpes, da França, antes de assumir o escritório de relações internacionais da instituição, em 2015, onde é uma espécie de pró-reitor da área. Sua instituição, uma das mais importantes no cenário do ensino superior francês, colabora há mais de quinze anos com a Unesp, tendo criado inclusive dois programas de mestrado em parceria com a Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá (FEG). “Essa colaboração agora está começando a se estender para outras áreas, como a Geografia, em Presidente Prudente, e Ciências de Materiais, em Ilha Solteira”, explica o pesquisador francês. “Nesse processo, as duas instituições fizeram investimentos em mobilidade

por meio de missões que prospectaram essas duas áreas de interesse, mas é claro que nós estamos abertos para novos projetos que abram ainda mais esse espectro de colaboração”, afirmou, entre as conversas que realizou com colegas da Unesp para a prospecção de parcerias. Gensel explica que dois anos atrás a França promoveu um programa semelhante entre as universidades locais, selecionando algumas instituições de referência e exigindo delas uma atuação mais estratégica no processo de internacionalização. Intitulado Initiatives d’excellence (Idex), o programa foi baseado em iniciativas semelhantes promovidas em países como Alemanha, Japão, Canadá e China. “No caso do Brasil, eu acho que o Capes-PrInt ainda está em um estágio inicial porque o que está em jogo por enquanto é principalmente a mobilidade. Acredito que um próximo passo será promover projetos em conjunto, por exemplo”, assinala. Representante da Universidade de Tubingen, na Alemanha, Fernando Mazo D’Affonseca é um caso de parceria que surge de

iniciativas individuais. Egresso da Unesp, o brasileiro fez toda a sua carreira na pósgraduação na instituição alemã, à qual esteve vinculado desde o mestrado até o pós-doc. “Por ser formado na Unesp, sempre publiquei bastante com pesquisadores de Rio Claro e já recebi e mandei estudantes de mestrado e doutorado”, explica o geólogo. “O fato de eu ter mais contato com o estado de São Paulo acaba por inércia me fazendo estabelecer relações com pesquisadores daqui. Meu networking está aqui”. Desde setembro de 2018, contudo, D’Affonseca assumiu a coordenação científica do Centro Brasileiro da Universidade de Tubingen. A viagem para o encontro em São Pedro é sua primeira missão internacional na nova posição. “A função do centro é fomentar o intercâmbio científico entre Brasil e Alemanha, mas até então eles não tinham cientistas no seu quadro de funcionários. Agora o centro está passando por uma reestruturação e eles querem que eu participe da elaboração de propostas de parceria e conheça as agências de fomento e as particularidades de cada país”, explica.


Reportagem de capa Quadro 1: As universidades participantes do encontro Universidade University of Ottawa University of Liège University College Cork University of Münster Vrije Universiteit Amsterdam Queensland University of Technology Kansas State University McMaster University University of Johannesburg Kansas State University INRA University of Tampere Université de Pau et des Pays de l’Adour PolYtechnique Montreal University of Rome Tor Vergata RMIT University Wayne State University University of Tübingen Deakin University McGill University Pennsylvania State University Université de Montréal Université Grenoble Alpes University of Arizona University of Birmingham University of Groningen University of Johannersburg Macquarie University University of Lille University of Stirling Kansas State University VetAgro Sup University of Queensland Technical University of Munich University of Angers Agrocampus Ouest University of Porto University of Bordeaux University of Toronto Université Laval The University of Sydney University of Edinburgh University Alliance Ruhr University of Copenhagen University of Saskatchewan Université Rennes 2 University of Glasgow

País Canadá Bélgica Irlanda Alemanha Holanda Austrália Estados Unidos Canadá África do Sul Estados Unidos França Finlândia França Canadá Itália Austrália Estados Unidos Alemanha Austrália Canadá Estados Unidos Canadá França Estados Unidos Reino Unido Holanda África do Sul Austrália França Escócia Estados Unidos França Austrália Alemanha França França Portugal França Canadá Canadá Austrália Reino Unido Alemanha Dinamarca Canadá França Reino Unido Fotos Marcos Jorge

PROJETOS EM VISTA Professor na Faculdade de Ciências Agrárias em Botucatu, Alcides Lopes Leão conversou com o colega Ashantha Goonetilleke os pontos principais de um projeto que ambos pretendem elaborar nos próximos meses. Para os pesquisadores da Unesp e da Universidade de Tecnologia de Queensland, da Austrália, a conversa na sessão de matchmaking foi produtiva para definir as bases do projeto, que visa aplicar resíduos de cana-de-açúcar ou casca de eucalipto, por exemplo, na filtração de água e produção de subprodutos. “A parte líquida que sobra pode-se misturar com lodo de esgoto para ser usada como biofertilizante. Nesse sentido, a própria Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) poderia ser nosso cliente primário”, explica o docente de Botucatu. Na universidade australiana, Ashantha desenvolve parcerias com mais de vinte pesquisadores pelo mundo. Uma característica que ele vê em comum em todas as parcerias duradouras é que elas precisam partir de um sentimento de confiança e conhecimento entre os pesquisadores. Para Ashantha, o evento em São Pedro foi muito bem organizado e em sintonia com as estratégicas usadas pelas principais universidades do mundo, mas ainda é apenas um primeiro passo. “Para dar certo, os acadêmicos brasileiros precisam ser flexíveis e não querer que tudo seja do seu jeito. Hoje em dia nós não podemos mais dizer ‘essa é a minha área de pesquisa’. Você precisa ver o que está acontecendo e quais são as demandas do planeta e ir nessa direção. Eu tento ser o mais flexível possível para encontrar oportunidades de colaboração”, afirma.

Sant’Anna Netto quer fortalecer iniciativas de pesquisadores

Objetivo de D’Affonseca é aproximar Brasil e Alemanha

PRÓXIMOS PASSOS Na avaliação do próreitor de Pós-Graduação da Unesp, os três dias de evento foram bem-sucedidos em atrair representantes de

Colaboração na área de resíduos vegetais interessa Ashantha

Organização do encontro rendeu elogios a Freire Jr.

Universidade onde Gensel atua tem parceria com Guaratinguetá

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universidades internacionais, apresentar os pontos principais do projeto da Unesp dentro do Capes-PrInt e colocar os pesquisadores em contato. “Fizemos o evento em quarenta dias e mesmo assim recebemos um ótimo retorno. A presença de tantos representantes tem que ser atribuída à eficiência e ao trabalho de qualidade que a Arex tem feito sob a liderança do José Celso Freire Júnior. Ele tem experiência e competência na área de internacionalização,

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o que dá credibilidade à Unesp”, destaca Sant’Anna. O pró-reitor ressalta que, a partir de agora, é preciso sistematizar tudo o que foi produzido nos encontros de matchmaking, ler os relatórios dos participantes, analisar o que as universidades vão oferecer de contrapartida para a Unesp e definir como serão abertos os editais e selecionados os bolsistas. “Agora que acabou o evento é que vai começar o momento difícil pra gente”, enfatiza

Pesquisadores da Unesp e estrangeiros em sessão de matchmaking

A PROPOSTA DA UNESP

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Unesp foi a segunda universidade com a maior quantidade de recursos disponibilizados dentro do Programa Institucional de Internacionalização da Capes (Capes-PrInt). A chamada proposta pela agência tem entre seus objetivos principais fomentar nas universidades o desenvolvimento de estratégias próprias de inserção internacional da pós-graduação, de acordo com as suas demandas e características específicas. No total, a Unesp receberá R$ 85 milhões para desenvolver o plano proposto ao longo dos próximos quatro anos. A íntegra do projeto está disponível no site da PróReitoria de Pós-Graduação em http://bit.ly/2T03AKv. “O Capes-PrInt substitui o programa Ciências sem Fronteiras que, apesar de suas críticas, despertou de alguma forma o interesse internacional pelas universidades brasileiras. Agora é hora de aproveitar ao máximo esse processo e pensar a internacionalização de forma mais estratégica”, afirmou o reitor da Unesp Sandro Valentini, no primeiro dia do Unesp PrInt Kickoff Meeting, na Reitoria. De forma breve, o plano aborda sete temas

guarda-chuvas alinhados com os dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pelas Nações Unidas em sua Agenda 2030. “O grande trunfo da Unesp nessa chamada foi ter um Plano Estratégico de Internacionalização já elaborado e ter absorvido na proposta os ODS. Fomos a primeira universidade brasileira a incorporar esses objetivos em sua estratégia”, celebra o pró-reitor de Pós-graduação, João Lima Sant’Anna Neto. Um grupo de 38 coordenadores de programas foi responsável pela elaboração dos temas. A ideia é que eles sejam entendidos da forma mais ampla possível. “Fizemos uma avaliação para que nenhum projeto de pesquisa de um docente da Unesp fique fora do escopo desses projetos. A ideia é não excluir ninguém”, ressalta o pró-reitor. Entre os objetivos da proposta está aumentar a qualidade da pesquisa realizada na Universidade e o impacto das publicações, contribuir para a solução de problemas nacionais, qualificar os doutorandos para atender aos desafios globais e dialogar com o resto do mundo na busca por um planeta mais sustentável e socialmente justo.


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Pós-graduação

Unesp terá primeiro doutorado profissional A

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou no dia 7 de dezembro a criação do Programa de Doutorado Profissional em Pesquisa e Desenvolvimento: Biotecnologia Médica, do Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB). O programa torna-se, assim, o primeiro doutorado profissional da Unesp. A agência federal também aprovou o doutorado em Agronegócio e Desenvolvimento, em área interdisciplinar, na Faculdade de Ciências e Engenharia do câmpus de Tupã. A professora Marjorie de Assis Golim será a coordenadora do doutorado profissional de Botucatu, com vice-coordenação do professor Rafael Plana Simões. Ambos já são responsáveis pela coordenação

do Mestrado Profissional em Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica), que foi iniciado em 2001, seguindo modelo de sucesso dos aprimoramentos profissionais em inovação tecnológica em diagnóstico e pesquisa laboratorial, e tem conceito 5 na Capes. “O Doutorado Profissional caracteriza-se como processo de formação profissional qualificada, visando a efetiva aplicação social do conhecimento gerado, promovendo intervenções no processo de trabalho, desenvolvendo e utilizando métodos e ferramentas para promoção, acompanhamento e avaliação de inovações geradas, expandindo experiências e conhecimentos que permitam incorporar a aprendizagem baseada no trabalho”, explica Marjorie. A professora ressalta que o programa está inserido na

área de Biotecnologia da Capes, tendo duas grandes linhas de pesquisa: Inovação e Tecnologia em Saúde e Bioprodutos e Bioprocessos. “O objetivo do nosso Programa é formar profissionais aptos a desenvolver raciocínio crítico reflexivo, com autonomia intelectual para tomada de decisão na sua área de atuação, além de desenvolver projetos de pesquisa e inovação e captar financiamento para execução desses projetos em suas instituições de origem”, afirma. Sobre o público-alvo do programa, a coordenadora espera atender egressos do curso de mestrado, profissionais de instituições parceiras e de novas parcerias a serem estabelecidas. TUPÃ No caso de Tupã, o doutorado complementa o programa de mestrado em Agronegócio

Divulgação

Programa Biotecnologia Médica será oferecido em Botucatu; Capes também aprova doutorado em Agronegócio e Desenvolvimento em Tupã

Segundo Marjorie, objetivo é aplicação social do conhecimento e Desenvolvimento, que tem como linhas de pesquisa Competitividade de Sistemas Agroindustriais e Desenvolvimento e Meio Ambiente. A coordenação desse programa – que possui conceito 4 na Capes – é da professora Sandra Cristina de Oliveira, com

vice-coordenação da professora Andrea Rossi Scalco. “A Unesp obteve dois novos programas de doutorado e se sente orgulhosa por mais esta conquista”, afirmou o professor João Lima Sant’Anna Neto, pró-reitor de Pós-graduação da Universidade.

Mais apoio para a inovação

Unesp recebe bolsas de programa do CNPq que aproxima universidade e empresa Fábio Mazzitelli Depositphotos

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Unesp foi contemplada com dez bolsas de doutorado na chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para o Programa Doutorado Acadêmico para Inovação (DAI), criado com o objetivo de fortalecer a pesquisa, o empreendedorismo e a inovação nas instituições científicas brasileiras. O resultado preliminar da chamada foi divulgado pelo CNPq no dia 11 de dezembro e a Unesp é uma das 38 instituições selecionadas pelo programa. Chamada de Formação Empreendedora de Doutorandos para Aumento da Competitividade de Empresas por meio da Inovação Científica Empresarial, a proposta da Unesp vai colocar alunos de doutorado dos programas de pós-graduação da Universidade dentro de empresas parceiras para gerar

Pela primeira vez Unesp entrou em programa desse tipo conhecimento e desenvolver produtos ou processos que ajudem na resolução de problemas práticos, objetos de estudo dos doutorandos. Em 2018 foi a primeira vez que o CNPq abriu uma chamada desse tipo, voltada a propostas de parcerias entre instituições de ensino e pesquisa e a iniciativa privada. O programa havia sido implantado, como experiência piloto, quatro anos

atrás na Universidade Federal do ABC (UFABC), e só neste ano foi expandido para outras instituições com a finalidade de induzir a inovação e, consequentemente, melhorar a competitividade empresarial e o desenvolvimento científico-tecnológico do país. “É um novo paradigma”, afirma o professor João Lima Sant’Anna Neto, pró-reitor de pós-graduação da Unesp. “No

Brasil, sempre tivemos muitas dificuldades de fazer parcerias, principalmente com o setor privado, e foi a primeira vez que, de forma institucional, a Unesp entrou em um programa desse tipo vinculado a tal setor”. Sant’Anna explica que o estudante de pós-graduação que ingressar no DAI desenvolverá a tese sob os olhares de dois orientadores: o acadêmico, vinculado à Universidade e um tutor, nomeado pela empresa parceira, que assumirá um papel de co-orientador da tese, já que o objeto de estudo estará diretamente relacionado à dinâmica empresarial. “O doutorado vai ter que conciliar um trabalho de fôlego acadêmico-científico e uma colaboração com a indústria na elaboração de processos ou de alguma forma de inovação que tenha impacto na vida daquela empresa”, diz o pró-reitor.

AÇÃO CONJUNTA O projeto da Unesp foi construído por meio de uma ação conjunta entre a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) e a Agência Unesp de Inovação (AUIN). De acordo com o professor Wagner Cotroni Valenti, diretor da AUIN, o direcionamento do saber e do fazer científicos para ações mais concretas é uma tendência global, reforçada no Brasil pelo DAI do CNPq. “O objetivo é aproximar cada vez mais a ciência do setor produtivo”, acredita Wagner Cotroni Valenti. “Tenho observado, em termos internacionais, que está havendo uma mudança no foco da ciência porque a sociedade tem cobrado, porque os investimentos públicos na ciência têm sido muito altos em relação àquilo que retorna para a própria sociedade”.


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Bauru adota Lei de Inovação

Unesp participa da elaboração de texto que visa transformar cidade em parque tecnológico Marcos Jorge

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oi publicada no dia 29 de novembro, no Diário Oficial de Bauru, a Lei nº 7.148, ou Lei de Inovação do Município. A Unesp de Bauru teve participação ativa ao longo do processo de discussão e elaboração do texto, seja angariando representantes de outras entidades, na articulação política ou na produção científica que amparou a redação da lei. “A ideia central da lei é criar condições na cidade para que se invista em inovação. Fomentando arranjos produtivos locais e promovendo incentivos legais que permitam o surgimento desse ambiente favorável no município”, explica o professor Marcelo Carbone, diretor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac), que foi um dos representantes da Universidade em reuniões de trabalho e na Câmara Municipal. Segundo o texto do Diário Oficial, a lei “dispõe sobre a

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Ruiz (de pé) integrou discussões sobre proposta aprovada organização do Sistema de Inovação do Município de Bauru e sobre medidas de incentivo à inovação tecnológica, à pesquisa cientifica e tecnológica, ao desenvolvimento tecnológico, à engenharia não-rotineira e à extensão tecnológica em ambiente produtivo no município de Bauru, e dá outras providências”. “A Unesp participou de uma forma muito sólida na construção da lei. Ao final, o texto foi

objeto de estudos por várias pessoas e felizmente acabamos criando uma lei a muitas mãos”, explica Maurício Ruiz, professor do Colégio Técnico Industrial (CTI) da Faculdade de Engenharia de Bauru e aluno de mestrado na Faac. Ruiz também representou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Bauru na condição de presidente de sua comissão de Direito Digital.

Ruiz comenta que a publicação da lei permite ao município criar políticas que estimulem o investimento em inovação e permitam estabelecer a cidade de Bauru como parque tecnológico. Tal condição possibilita o oferecimento de renúncia fiscal para empresas que investem em tecnologia, principalmente por meio da Lei do Bem, legislação criada em 2005.

Surgido em 2017, o Centro de Inovação da cidade está vinculado à Unesp de Bauru e já existe a articulação para a implementação de uma incubadora de empresas tecnológicas no espaço. “A Unesp, junto à Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda (Sedecon) e à Câmara Municipal, tiveram um papel protagonista nesse processo, mas, assim como acontece no próprio processo de inovação, ninguém consegue fazer nada sozinho, é preciso uma rede”, ressalta o diretor da Faac, citando a participação de outras instituições educacionais e de formação profissional como Etec, Fatec, Sebrae e outras universidades do município, bem como a OAB e Câmara Municipal. Um ponto diferencial da Lei da Inovação de Bauru é que ela não se restringe ao fomento à produção voltada para a alta tecnologia, mas contempla também tecnologias sociais e de desenvolvimento cultural.

Universidade integra processo de formação de Câmara Setorial da Seda Docentes da Unesp de Dracena e Tupã participam de criação de entidade que promoverá setor Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Francisco Sergio Ferreira Jardim, e a presidente da Associação Brasileira da Seda, Renata Amano, também diretora da Bratac. Na ocasião Wilian Aita, da Bratac, foi eleito o presidente da Câmara Setorial da Seda, para mandato de um ano. O professor Daniel Nicodemo, da Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas (FCAT), câmpus da Unesp de Dracena, que leciona a disciplina de Sericicultura nos cursos de graduação em Zootecnia e Engenharia Agronômica e realiza trabalhos de pesquisa na área, integrou a reunião e tornou-se membro da comissão encarregada de colaborar na organização da Câmara, tendo como suplente outro docente da FCAT, o professor Leonardo Susumu Takahashi. O evento também teve a participação do professor Paulo Sérgio Barbosa dos Santos, da Faculdade de Ciências e Engenharia

(FCE), do câmpus da Unesp em Tupã. Santos falou sobre a importância da cooperação entre a FCE com a Bratac no desenvolvimento de pesquisas no setor. TUPÃ No dia 6 de dezembro, a unidade da Unesp de Tupã abrigou a terceira edição do Encontro de Boas Práticas na Pecuária Leiteira, evento promovido pelo Projeto de Extensão Kamby De Olho no Leite, em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) – Regional Tupã. O encontro teve por objetivo integrar produtores, técnicos, estudantes e empresas ligadas à cadeia produtiva do leite. No evento, foram promovidas algumas palestras: o professor Paulo Sérgio Barbosa dos Santos, da Unesp de Tupã, focalizou o tema “Biodiesel com óleo de fritura residual”; Juliana Delgado Martins, mestranda da FCE, debateu “Diagnóstico preliminar

da gestão na cadeia leiteira”; e Juliana Correa Bernardes, doutoranda da Universidade Estadual de Londrina, abordou “Medicina veterinária preventiva: doenças que causam aborto em vacas". Foi também oferecido um minicurso teórico-prático, “Construção de aquecedor solar de baixo custo”, pelo professor Luis Roberto Gabriel Filho, da Unesp de Tupã, e pelo mestrando Jhonatan Cabrera Piazentin, da Unesp de Botucatu.

Os coordenadores do Projeto Kamby, a professora Priscilla Ayleen Bustos Mac-Lean e o professor Eduardo Guilherme Satolo, agradeceram à FCE, à Prefeitura de Tupã, às empresas Enerbio Alimentos, Coca-Cola FEMSA e Grupo Sabongi, pelo apoio ao evento, bem como aos patrocinadores Jacto, Laticínios Hércules, Escritório Contábil Millenium e MSD Saúde Animal, além da comissão organizadora. Divulgação

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rofessores de dois câmpus da Unesp participaram da criação da Câmara Setorial da Seda, definida em reunião no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no dia 21 de novembro, sob a coordenação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo. A Câmara tem como objetivo fomentar a sericicultura paulista, apoiando a concepção, a formulação e a execução de políticas públicas voltadas ao fortalecimento desse setor produtivo no estado. O encontro reuniu produtores de bicho-da-seda, empresários de desenvolvimento de máquinas e equipamentos, membros da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) e integrantes da empresa Fiação de Seda Bratac, além de representantes da Unesp e da USP. Entre as autoridades presentes estavam o secretário de

Participantes do encontro que definiu criação da entidade


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Pós-graduação

Incentivo à excelência

Autores e orientadores de trabalhos de doutorado avaliam 1º Prêmio Unesp de Teses Jorge Marinho Jorge Marinho

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urante a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), no dia 11 de dezembro, aconteceu a cerimônia de entrega do 1º Prêmio Unesp de Teses aos melhores trabalhos. Uma peculiaridade dessa iniciativa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) foi a apresentação, junto com as teses, de vídeos que explicavam as pesquisas para um público não especializado. Das 65 teses inscritas, onze foram premiadas, nove tiveram menção honrosa e três vídeos sobre os trabalhos foram destacados por mais de trezentos alunos de ensino médio da Escola Caetano de Campos, em São Paulo/ SP. Os autores e orientadores das melhores produções receberam certificados e premiações em dinheiro, fornecidas pelo Banco Santander, por meio do Convênio Unesp/Santander Universidades. Pró-Reitor de PósGraduação da Unesp, João Lima Sant’Anna Neto assinalou as dificuldades para concretizar essa proposta, como conseguir sessenta avaliadores para analisar os estudos, mas assegurou que o resultado foi muito positivo. Ele elogiou o esforço dos assessores da Propg e da Assessoria de Comunicação e Imprensa da Universidade na divulgação do prêmio e no trabalho junto aos estudantes do ensino médio. “Eu espero que consigamos, no futuro próximo, colocar nas redes sociais, colocar na internet, colocar no ciberespaço todos os outros vídeos das teses que não foram premiadas aqui, mas que também têm qualidade. É para que a população possa saber melhor o que estamos fazendo”, afirmou. O reitor Sandro Valentini ressaltou o caráter inovador do prêmio, apontando duas razões: “A primeira é a questão do alinhamento aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) que tocam problemas de todos nós, em qualquer continente, em que qualquer país”, comentou. “A outra é, justamente,

Os premiados na Reitoria: pró-reitor Sant’Anna Netto assinala importância de divulgar produção científica para a sociedade fazer com que os alunos de doutorado esclareçam os seus trabalhos de tese para uma população comum, ou seja, para pessoas que não têm condições de entender todos os detalhes ou a profundidade da tese”. OS LAUREADOS Uma das teses premiadas foi a de Lauren Nozomi Marques Yabuki, do Programa de Pós-Graduação em Geociências e Meio Ambiente do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), câmpus de Rio Claro, que apresentou a pesquisa “Utilização de novos agentes ligantes obtidos a partir de biomassas para determinação de íons metálicos por meio da técnica de difusão em filmes finos por gradiente de concentração”. “É um momento totalmente gratificante termos o nosso trabalho, árduo, feito durante quatro anos, no laboratório, em campo, reconhecido”, declarou. Orientador de Lauren, o professor Amauri Antonio Menegário saudou a promoção do prêmio: “Esse reconhecimento pela ciência é algo que sempre nos deixa emocionado, porque essa atividade é pouco reconhecida no nosso país”, disse. Adrienne Katia Savazoni Morelato, do Programa

de Pós-Graduação (PPG) de Estudos Literários da Faculdade de Ciências e Letras, câmpus de Araraquara, obteve menção honrosa com a tese “As vestes do corpo e da melancolia na poesia de autoria feminina: Gabriela Mistral, Cecília Meireles e Henriqueta Lisboa”. Ela mencionou a política de inclusão da Unesp, informando que recebeu auxílio moradia e Bolsa do Programa de Apoio ao Estudante (PAE): “Foram esses auxílios que me mantiveram cinco anos na Universidade, para que eu pudesse terminar o meu estudo, entrar no mestrado e, depois, no doutorado, eu conseguir colocar a minha filha na creche da Unesp, o que me possibilitou também fazer as disciplinas, fazer a pesquisa, já que eu sou mãe solo”, justificou. Professora, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal da Faculdade de Ciências Agronômicas, câmpus de Botucatu, Magaly Ribeiro da Silva recordou que acompanha há muitos anos a atuação de seu orientando, Richardson Barbosa Gomes da Silva. “Eu fui tutora do Programa de Educação Tutorial (PET) quando ele era ainda aluno de graduação e nós já começamos a trilhar o

caminho da pesquisa, porque identifiquei nele um bom pesquisador”, acentuou. Silva foi premiado com a tese “Ângulo foliar e lâmina de irrigação afetam a qualidade das mudas florestais”. “É uma emoção muito grande, para a gente que trabalha com pesquisa, que terminou um doutorado, receber essa honraria da Unesp, que é uma instituição com a qualidade que nós sabemos que é extremamente reconhecida”, confessou. professor Luis Fernando Barbisan, do Programa de Pós-Graduação de Patologia, da Faculdade de Medicina de Botucatu orientou a tese premiada “Efeitos da ingestão da polpa de açaí liofilizada (Euterpe oleracea Mart.) no processo de carcinogênese de cólon associada à colite em ratos Wistar”. A autora do trabalho, Mariana Franco Fragoso, também teve o vídeo de apresentação da tese escolhido como o segundo melhor pelos alunos de ensino médio, mas não estava presente na cerimônia. Barbisan não poupou elogios a sua orientanda, cuja ausência ele justificou: “Mariana foi uma aluna que desbravou, saiu da Paraíba, veio para Botucatu fazer mestrado e doutorado. É uma vencedora, uma lutadora. Foi para os Estados Unidos

fazer doutorado sanduíche. Voltou para defender o doutorado e publicou o seu artigo numa boa revista da área. Foi convidada para voltar aos Estados Unidos e hoje está fazendo pós-doutorado”. O agora doutor em Química Adriano dos Santos Paulo, autor da tese “Desenvolvimento de biossensor impedimétrico/ capacitivo para detecção de biomarcadores de importância clínica”, orientado pelo professor Roberto Bueno, do Programa de Pós-Graduação de Química do Instituto de Química, câmpus de Araraquara, produziu o vídeo sobre sua tese que foi escolhido como o melhor pelos alunos da Escola Caetano de Campos. “Eu fiquei muito feliz e gratificado pelo reconhecimento de um trabalho tão difícil de se fazer, de vários anos de pesquisa, além de saber que o trabalho foi reconhecido pelos alunos”, resumiu. Bem impressionado com os resultados do 1º Prêmio Unesp de Teses, João Lima Sant’Anna Neto já pensa no futuro da iniciativa. “Eu estou bastante otimista e, certamente, o sucesso dessa experiência vai fazer com que no ano que vem possamos realizar a segunda edição do Prêmio Unesp de Teses”, acentuou o pró-reitor.


Gente

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O professor é membro da Coordenação de Biologia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), curador da Coleção de Anfíbios da Unesp em Rio Claro e possui dois prêmios Jabuti de Literatura, ambos na área de Ciências Naturais: em 1993, pela participação no livro História natural da Serra do Japi (Fapesp) e, em 2014, pela autoria do livro Guia dos anfíbios da Mata Atlântica (Anolis Books). É também membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp). Maysa Furlan é professora no Instituto de Química, câmpus da Unesp de Araraquara, obteve livre-docência pela própria Universidade em 2001 e possui um pós-doutorado

pela Washington State University, nos Estados Unidos. A docente foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Química, entre 2000 e 2004, diretora do Instituto de Química, entre 2004 e 2008, assessora da Pró-Reitoria de Pesquisa da Unesp, entre 2009 e 2016 e coordenadora do Programa Institucional de Iniciação Científica da Universidade, entre 2012 e 2016. Atualmente, é coordenadora-adjunta da área de Química na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Veja todos os eleitos na Assembleia Geral da ABC no link: https://bit.ly/2EDAuxr.

Pesquisadora de História recebe Medalha Rui Barbosa Assessoria de Comunicação do Cedem e ACI Unesp

E

m 5 de novembro, a professora Tania Regina de Lucca foi premiada com a Medalha Rui Barbosa, entregue pela Fundação Casa de Rui Barbosa, instituição com sede no Rio de Janeiro e vinculada ao Ministério da Cultura. Tania é pesquisadora nível 1A em História do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e docente da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, câmpus de Assis. A medalha Rui Barbosa é entregue sempre no aniversário do escritor, em 5 de novembro, a personalidades que se destacaram na área cultural e àqueles que prestaram serviços relevantes à Fundação. Desde 2016, Tania e a pesquisadora Isabel Lustosa, do setor de História da Fundação Casa de Rui Barbosa, coordenam o grupo de pesquisa “Imprensa e circulação de ideias: o papel dos periódicos nos séculos XIX e XX”, apoiado pelo CNPq. Por meio do grupo ambas realizam diversos eventos científicos na Fundação. Tania é autora de várias obras, entre as quais A ilustração (1884-1892): circulação

de textos e ideias entre Paris, Londres e Rio de Janeiro; Leituras, projetos e (re)vista(s) do Brasil (1916-1944); A revista do Brasil: um diagnóstico para a (n)ação. Em conjunto com Ana Luiza Martins, lançou Imprensa e cidade; organizou outras publicações com seus colegas de departamento, como Encontros com a história: percursos históricos e historiográficos de São Paulo e O historiador e seu tempo, todos publicados pela Editora Unesp. “Fiquei muito contente em ser agraciada com essa medalha”, afirmou Tania ao Podcast Unesp. “A Unesp, que é a

instituição que me permitiu desenvolver a carreira acadêmica, também é premiada comigo”. Neste semestre, Tania Regina de Lucca já havia sido escolhida por pesquisadores de todo o país para uma vaga no Comitê de Assessoramento da área de História do CNPq. Também coordenou o Centro de Documentação e Memória (Cedem) entre fevereiro e outubro, em substituição a Sonia Troitiño. Confira a íntegra da entrevista da docente ao Podcast Unesp no link: https://bit.ly/2R9dJXM. CEDEM

Imprensa nos séculos XIX e XX é um dos temas de estudo de Rita

Maysa e Haddad serão empossados em maio de 2019

Docente será editora de revista da Springer

A

professora Fabíola Manhas Verbi Pereira, do Instituto de Química da Unesp, câmpus de Araraquara, foi convidada para ser editora do próximo número da revista Food Analytical Methods, da editora Springer. A edição abordará pesquisas da área produzidas especificamente na América Latina. Fabíola integra o Grupo de Abordagens Analíticas Alternativas (Gaaa) e sua área de pesquisa está relacionada com aplicações de Quimiometria no desenvolvimento de métodos rápidos e precisos para a análise de diversos tipos de amostras, entre elas as de alimentos. “Ser convidada para editar este número especial da revista é importante pela oportunidade de congregar diversos pesquisadores de diferentes países da América Latina e contribuir na geração de um número especial com artigos pode representar alto impacto para a comunidade da análise de alimentos”, aponta a professora. A revista Food Analytical Methods, da editora Springer, aborda aspectos fundamentais e específicos do desenvolvimento,

otimização e implementação prática em laboratórios de rotina e validação de métodos analíticos de alimentos para o monitoramento da segurança e qualidade dos produtos. A iniciativa do convite surgiu do colega da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o professor Edenir Rodrigues Pereira-Filho, que é editor associado da Food Analytical Methods desde 2015 e entrou em contato com o editor chefe para fazer a proposta à professora da Unesp de Araraquara. Divulgação

E

m Assembleia Geral realizada no dia 5 de dezembro, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) elegeu dois professores da Unesp como membros titulares. Os docentes Célio Fernando Baptista Haddad, na área de Ciências Biológicas, e Maysa Furlan, na área de Ciências Químicas, serão empossados em maio de 2019, quando ocorre a posse de todos os eleitos nessa assembleia. Célio Haddad trabalha no Instituto de Biociências da Unesp, câmpus de Rio Claro, obteve livre-docência pela própria Universidade nos anos 1990 e possui dois pós-doutorados no exterior, um na Cornell University e outro na University of California (Berkeley), ambos nos Estados Unidos.

Divulgação

Dois professores são eleitos para Academia Brasileira de Ciências

Fabiola utiliza Quimiometria na análise de alimentos


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Alunos

Tese recebe prêmio da Capes Paula Carolina de Souza desenvolveu molécula promissora no combate à tuberculose

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tese de doutorado defendida por Paula Carolina de Souza em 2017 foi agraciada com o Prêmio Capes-Interfarma de Inovação e Pesquisa de 2018. A pesquisa desenvolveu uma molécula promissora no combate à tuberculose. O prêmio inclui certificado e uma bolsa de pós-doutorado. Paula Carolina de Souza concluiu o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia Aplicadas à Farmácia, no câmpus de Araraquara, sob orientação do professor Fernando Rogério Pavan. A

premiação aconteceu no dia 13 de dezembro, em Brasília. O orientador explica que o trabalho, elaborado juntamente com o grupo do professor Jean Leandro dos Santos e seu aluno de doutorado Guilherme Fernandes, desenvolveu uma biblioteca de novas moléculas, sendo que uma delas, a BZ8 (derivado de benzofuroxan), apresentou resultados muito significativos contra a tuberculose. “A molécula foi altamente promissora em ensaios in vitro, mostrando um novo mecanismo de ação e atividade esterilizante em pulmão de camundongos

infectados com Mycobacterium tuberculosis”, aponta o orientador. “Acredito que tenha sido o motivo da premiação tanto da Capes, quanto de Melhor Tese da Unesp. Nenhum outro fármaco mostrou atividade tão promissora”. A bactéria Mycobacterium tuberculosis, causadora de tuberculose em humanos, é apontada como responsável pelo maior número de mortes provocadas por uma doença infecciosa no mundo em 2015. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 9,6 milhões de novos casos e 2 milhões de mortes neste ano.

Divulgação

Marcos Jorge

Da esq. para a dir.: Pavan, Fernandes, Paula Carolina e Santos

Pesquisadora recebe bolsa Grupos usam programação em para estágio na Itália propostas para Bauru Janira realiza pesquisas acerca das transformações ocorridas entre os séculos III e V no Ocidente Romano, período que considera inserido na História Tardo Antiga. “Interessa-me entender quais eram as imagens oficiais aceitas e proclamadas pelo imperador Graciano (359383) para legitimar a prática de seu poder. E, ainda, quais ações e valores essas imagens destacavam ao apresentar Graciano como líder secular dos romanos”, afirma a docente em resumo disponível na Biblioteca Virtual da Fapesp. “Sugiro que essa imagem era nutrida por discursos de natureza variada e que exaltava a superioridade do poder de Graciano em um contexto de contestações do imperium agenciadas por possíveis usurpadores e por aqueles com quem compartilhava esse poder, Valentiniano II e Teodósio”, argumenta. Divulgação

Janira investiga Ocidente Romano entre séculos III e V

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os dias 10 e 11 de novembro ocorreu a primeira edição do Hackathon, no Laboratório de Tecnologia da Informação Aplicada (LTIA), na Faculdade de Ciências do da Unesp, câmpus de Bauru. O evento foi uma iniciativa do Centro de Empreendedorismo Universitário, que em parceria com o LTIA promoveu uma competição de programação durante 24 horas ininterruptas. O tema da primeira edição foi “mobilidade urbana”, que desafiou os participantes a desenvolverem diversos projetos para melhorias no transporte, na locomoção de pedestres e no acesso a informações na cidade de Bauru e outros municípios da região. O evento obteve ajuda de apoiadores e patrocinadores que se interessaram pela sua proposta. O Hackathon Unesp Bauru contou com a participação de estudantes de Arquitetura, Design, Engenharia e Ciências da Computação, além de profissionais formados em diversas áreas e programadores que integraram a maratona de programação em busca de soluções para os problemas da cidade. Ao todo, foram cinco grupos que desenvolveram ideias no decorrer do evento. APLICATIVOS As ideias que surgiram uniram design, tecnologia, praticidade e impacto social. O grupo “Waiter”, que ficou em

terceiro lugar, trabalhou em um aplicativo para compra de zona azul, com o intuito de facilitar a aquisição desse recurso e melhorar o processo de forma digital e prática; a equipe “ChatBot”, que ficou em segundo lugar, desenvolveu uma ferramenta em que um robô faria o papel de guia do cidadão e seria acionado por WhatsApp para ajudar a traçar o caminho do usuário, seja por transporte público ou particular. O grande vencedor do Hackathon, porém, foi o grupo “Pé na Rua”, que desenvolveu um aplicativo com foco no pedestre, que tinha como objetivo melhorar as informações sobre o trajeto feito pelos cidadãos de Bauru. Esse

aplicativo indicaria locais de possível interesse do pedestre, além de alertá-lo a respeito de intercorrências ao longo do caminho. Os jurados do evento foram representantes da Secretaria Municipal de Planejamento, Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru e da empresa de tecnologia Lahar, que analisaram os projetos de acordo com critérios de criatividade, inovação, possibilidade de implantação na cidade e impacto social. Os grupos ganhadores dividiram a premiação total de R$ 1.000, sendo R$ 700 para o 1º lugar, R$ 300 para o 2º colocado e R$ 100 para o 3º. Divulgação

A

pesquisadora Janira Feliciano Pohlmann Cavalcanti foi contemplada com uma Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), para realizar um estágio de pesquisa durante quatro meses, na Universidade de Perúgia, na Itália. Janira é pós-doutoranda em História no câmpus de Franca, orientada pela professora Margarida Maria de Carvalho. Na Itália, a pesquisadora será supervisionada pela professora Rita Lizzi. Depois de três meses de pesquisas na Universidade de Zaragoza, sob a supervisão da professora María Victoria Escribano Paño, a historiadora brasileira segue diretamente para a Itália para continuar seus estudos a respeito da construção de imagens dos imperadores romanos na Antiguidade Tardia.

Alunos criaram aplicativos para melhorar mobilidade urbana


Geral

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O mapa do ecossistema de empreendedorismo e inovação

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A Universidade subiu mais de 20 posições desde 2017, tornando-se a quinta mais empreendedora do Brasil, segundo o Ranking da Brasil Júnior, principal entidade no país que avalia as instituições de ensino superior nessa área. Além disso, a Unesp recebeu o Selo Instituição Amiga do Empreendedor (IAE) do Ministério da Educação (MEC), sendo a primeira universidade estadual de São Paulo qualificada dessa forma. As iniciativas de empreendedorismo na Unesp têm o apoio do Convênio Unesp/ Santander e do Programa da Instituição Amiga do Empreendedor do MEC. “É uma maneira de incentivar as ações empreendedoras que já ocorrem de forma espontânea na Universidade e podem ser potencializadas, conectando os atores dessas iniciativas e mostrando para a

sociedade práticas que buscam a inovação e retroalimentam esse ecossistema de empreendedorismo da Unesp”, afirma Guilherme Wolff Bueno, assessor da Auin e gestor do programa de empreendedorismo do Convênio Unesp/ Santander.

GOVERNADOR: Márcio França SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO SECRETÁRIO: Jânio Francisco Benith

REITOR: Sandro Roberto Valentini VICE-REITOR: Sergio Roberto Nobre PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E GESTÃO: Leonardo

VITRINE Outro destaque da plataforma da Agência Unesp de Inovação é a Vitrine do Empreendedorismo (https://auin.unesp.br/vitrinempreendedorismo/), que apresenta várias iniciativas para aqueles que buscam a cultura empreendedora na Unesp. Para se conectar ao ecossistema de empreendedorismo e inovação da Unesp, basta preencher o Formulário do Parceiro de Inovação (http://bit.ly/2S7NYEF). Se você está na Universidade e conhece alguma startup, spin-off ou empresa filha da Unesp que desenvolve um trabalho, conte para a Auin.

Theodoro Büll PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO: Gladis Massini-Cagliari PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO: João Lima Sant’Anna Neto PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA:

Cleopatra da Silva Planeta PRÓ-REITOR DE PESQUISA: Carlos Frederico de Oliveira Graeff SECRETÁRIO-GERAL: Arnaldo Cortina CHEFE DE GABINETE: Carlos Eduardo Vergani ASSESSOR-CHEFE DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA : Fabio Mazzitelli de Almeida ASSESSOR-CHEFE DA ASSESSORIA DE INFORMÁTICA :

Ney Lemke ASSESSOR-CHEFE DA ASSESSORIA JURÍDICA :

Edson César dos Santos Cabral ASSESSOR-CHEFE DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO:

José Roberto Ruggiero ASSESSOR-CHEFE DE RELAÇÕES EXTERNAS:

José Celso Freire Júnior ASSESSOR ESPECIAL DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

Rogério Luiz Buccelli DIRETORES/COORDENADORES-EXECUTIVOS DAS UNIDADES UNIVERSITÁRIAS:

Reprodução

Agência Unesp de Inovação (Auin) criou um mapa do ecossistema de empreendedorismo e inovação que reúne todos os tipos de ações empreendedoras que ocorrem nos câmpus da Universidade ou estão relacionadas a eles (https://auin. unesp.br/mapainovacao/). A Platatorma de Empreendedorismo da Auin (https:// auin.unesp.br/empreendedorismo) possibilita que empreendedores se conectem a ações que estão ocorrendo nos câmpus. No mapa do Ecossistema de Inovação, é possível encontrar iniciativas como as “empresas filhas” da Unesp, startups e spin-off, ambientes de inovação que incluem incubadoras, coworking, entre outros espaços, além das empresas juniores e parques tecnológicos dos quais a Unesp participa.

Wilson Roberto Poi (FO-Araçatuba), Iveraldo dos Santos Dutra (FMV-Araçatuba), Luis Vitor Silva do Sacramento (FCF-Araraquara), Elaine Maria Sgavioli Massucato (FOAraraquara), Cláudio César de Paiva (FCL-Araraquara), Eduardo Maffud Cilli (IQ-Araraquara), Andréa Lúcia Dorini de Oliveira (FCL-Assis), Marcelo Carbone Carneiro (FAAC-Bauru), Jair Lopes Junior (FC-Bauru), Luttgardes de Oliveira Neto (FE-Bauru), Carlos Frederico Wilcken (FCA-Botucatu), Pasqual Barretti (FM-Botucatu), Maria Dalva Cesario (IB-Botucatu), José Paes de Almeida Nogueira Pinto (FMVZ-Botucatu), Paulo Alexandre Monteiro de Figueiredo (FCAT-Dracena), Murilo Gaspardo (FCHS-Franca), Mauro Hugo Mathias (FE-Guaratinguetá), Enes Furlani Junior (FE-Ilha Solteira), Antonio Francisco Savi (Itapeva), Pedro Luís da Costa Aguiar Alves (FCAV-Jaboticabal), Marcelo Tavella Navega (FFC-Marília), Edson Luís Piroli (Ourinhos), Rogério Eduardo Garcia (FCT-Presidente Prudente), Patrícia Gleydes Morgante (Registro), Cláudio José Von Zuben (IB-Rio Claro), José Alexandre de Jesus Perinotto (IGCE-Rio Claro), Guilherme Henrique Barris de Souza (Rosana), Maria Tercília Vilela de Azeredo Oliveira (Ibilce-São José do Rio Preto), Estevão Tomomitsu Kimpara (ICT-São José dos Campos), Valerie Ann Albright (IA-São Paulo), Marcelo Takeshi Yamashita (IFT-São Paulo), Marcos Antonio de Oliveira (IB/CLP-São Vicente), Eduardo Paciência Godoy (ICT-Sorocaba) e Danilo Fiorentino Pereira (FCE-Tupã).

Mapa reúne ações empreendedoras que ocorrem nos câmpus ou estão relacionadas a eles

Nova janela para descobertas sobre o universo

EDITOR: André Louzas REDAÇÃO: Fabio Mazzitelli, Marcos Jorge e Jorge Marinho REVISÃO: Junior Silva | Tikinet

Malena Stariolo

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: Malena Stariolo (texto); Roberto Rodrigues e Eliana Assumpção (fotos) DIAGRAMAÇÃO: Natalia Bae | Tikinet APOIO ADMINISTRATIVO: Thiago Henrique Lúcio Este jornal, órgão da Reitoria da Unesp, é elaborado mensalmente pela Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI). A reprodução de artigos, reportagens ou notícias é permitida, desde que citada a fonte.

“A

cho que a pergunta sobre como o universo surgiu é uma das maiores que podemos fazer”, essa é a avaliação sobre a importância da cosmologia para a pesquisadora Elisabeth Krause, da Universidade do Arizona, que foi palestrante no Workshop Sul-Americano em Cosmologia na Era do LSST (sigla em inglês de Large Synoptic Survey Telescope). O evento foi organizado em São Paulo pelo International Centre for Theoretical Physics-South American Institute for Fundamental Research (ICTP-SAIFR), centro associado ao Instituto de Física Teórica da Unesp (IFT-Unesp). Diversos projetos de pesquisa têm como foco a compreensão do

universo. Alguns deles contam com colaborações em nível mundial. O LSST é uma dessas investidas. O Brasil começou a fazer parte dessa colaboração a partir de 2017, com a divulgação das propostas selecionadas para a formação do Brazilian Participation Group (BPG) no projeto do LSST. Entre as propostas aceitas estava a de Rogerio Rosenfeld, vice-diretor do ICTP- SAIFR e professor e pesquisador do IFT– Unesp. Rogerio foi um dos responsáveis pela realização do workshop, esperando promover um evento que atraísse pesquisadores para discutir os próximos passos em pesquisas de cosmologia, em particular aquelas que serão

desenvolvidas com o apoio das informações extraídas do LSST. Planejado para iniciar os trabalhos em 2020, o LSST será um telescópio de 8,4 metros de diâmetro e terá a impressionante capacidade de mapear toda a região do céu a qual tem acesso em três ou quatro dias – os telescópios atualmente demoram meses para coletar essas imagens. Com os dados acumulados nos dez anos de funcionamento do telescópio, cientistas vão explorar o Sistema Solar, descobrir novos fenômenos e estudar a estrutura de nossa galáxia, a formação e a evolução de estruturas no universo em função do tempo cósmico e determinar as propriedades da matéria e energia escura.

ENDEREÇO: Rua Quirino de Andrade, 215, 4.º andar, Centro,

CEP 01049-010, São Paulo, SP. Telefone: (11) 5627-0323. HOME PAGE: http://www.unesp.br/jornal E-MAIL: jornalunesp@reitoria.unesp.br

VEÍCULOS Unesp Agência de Notícias: <http://unan.unesp.br/>. Rádio Unesp: <http://www.radio.unesp.br/>. TV Unesp: <http://www.tv.unesp.br/>.


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Educação

Unesp, de volta ao topo

Universidade se posiciona entre melhores do país no Índice Geral de Cursos do MEC Eliana Assumpção

A

Unesp voltou a se posicionar no patamar máximo do Índice Geral de Cursos (IGC), indicador da qualidade do conjunto dos cursos de graduação oferecidos pela Universidade. O resultado do IGC foi divulgado no dia 18 de dezembro pelo Ministério da Educação (MEC). Em um universo de cerca de 2 mil instituições de ensino superior, apenas 34 delas se posicionaram na faixa 5 do IGC, que leva em consideração, entre outros pontos, a performance dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Havia três anos que a Unesp não se posicionava entre as instituições mais bem avaliadas, na faixa 5

Cursos tiveram desempenho acima da média no Enade de 2017 do IGC. “Isso representa o reconhecimento da qualidade dos cursos da Unesp e é o resultado de todo o trabalho feito, principalmente a campanha para uma participação responsável no Enade”, diz a docente Gladis

Massini-Cagliari, pró-reitora de graduação da Universidade. Dos 112 cursos da Unesp avaliados no Enade de 2017, cerca de 62% obtiveram conceitos 4 e 5, os mais altos do exame, o que deixou a Universidade com desempenho superior às médias

verificadas nos conjuntos de instituições de ensino superior federais e privadas. No ano passado, a PróReitoria de Graduação (Prograd) passou a fazer a divulgação da importância da participação no Enade em reuniões com coordenadores dos cursos avaliados e representantes dos alunos, dialogando com centros e diretórios acadêmicos. Além disso, integrou o trabalho do pesquisador institucional (PI) ao dia a dia da Pró-reitoria, o que trouxe ganhos na coleta e no preenchimento dos dados avaliados no exame. Esse trabalho passou a ser feito em conjunto com auxiliares institucionais e em colaboração com diretores técnicos acadêmicos, supervisores

técnicos de apoio acadêmico e seções técnicas de graduação, além da Câmara Central de Graduação e sua comissão assessora que trata do Enade. “Torna-se cada vez mais necessária a intensificação de interlocução entre a Universidade, os órgãos reguladores e instâncias do MEC. Cabe ao PI ser um conhecedor das plataformas e sistemas informatizados utilizados pela Universidade, com fins de agilizar e otimizar a busca de informações e também com um nível maior de confiabilidade, o fluxo de interlocução”, afirma Alexandre Donizeti Pazoti, pesquisador institucional da Unesp, que trabalha em conjunto com a Pró-Reitoria de Graduação.

Reitoria recebe alunos de Araraquara Equipe iGEM Unesp Brazil se destacou no evento Engineered Machine Competition nos EUA de Jesus, e dos cursos de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia: Natália Agostinis, de Engenharia Química; e Ana Paula Cardoso, Larissa Crispim e Nadine Venine, de Farmácia e Bioquímica. Graeff parabenizou a equipe e apresentou os motivos de sua congratulação: “Primeiro, porque é um prêmio internacional de grande prestígio. Segundo, trata-se de um grupo predominantemente de alunos de uma nova Engenharia da Unesp, Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, que se encontra em Araraquara. Já o terceiro ponto é que esse tipo de trabalho é muito importante para os alunos de graduação porque integra várias competências e conhecimentos, além mostrar uma nova forma de trabalhar em grupo”, afirmou o pró-reitor. “A Prograd tem investido nos diversos grupos de competições que existem na Unesp, entre os quais o iGEM Unesp Brazil, porque acredita no papel formativo que essa participação traz para o aluno, em termos de personalização da sua formação e da consideração de atividades que levem a 'aprender fazendo’

e ‘fazer aprendendo’”, declarou a professora Gladis. Bueno, da Auin, ressaltou a parceria da Unesp com o Programa Santander Universidades, “que tem permitido à Universidade apoiar e fomentar atividades de empreendedorismo e inovação, como o apoio a equipes de alunos e professores, como a iGEM Unesp Brazil, que participam de competições nacionais e internacionais de conhecimento, além de desenvolver esse tipo de atividade dentro da própria Unesp”. A professora Danielle enfatizou a importância do apoio da Universidade, por meio do Convênio Unesp/Santander, para a participação da equipe na disputa. “Juntos, podemos visualizar quais políticas podem ser implementadas na Universidade para fazer com que esse tipo de iniciativa cresça ainda mais, não só na nossa unidade, mas nas outras também, e que mais alunos possam participar”, declarou a docente da FCF. O reitor assegurou que a Reitoria vai manter a política de receber equipes que se

destaquem em competições científicas. “Isso faz parte de uma estratégia de aproximação da administração central com o segmento discente, na direção de estimular a retomada da sua participação nos órgãos colegiados centrais”, argumentou. O grupo da Unesp, formado por dezessete pessoas, apresentou um projeto de desenvolvimento de probióticos geneticamente modificados para o tratamento de doenças metabólicas.

Os estudantes desenvolveram um bioreator, um tanque de fermentação para a produção de organismos vivos – os probióticos – que pode ser utilizado para a produção de medicamentos ou reciclagem de resíduos. “Esse reator tem a capacidade de promover o crescimento de microorganismos probióticos, similarmente ao intestino humano, onde esses probióticos se desenvolvem, realizando o tratamento”, esclareceu o aluno Paulo Freire. Jorge Marinho

No dia 11 de dezembro, a Reitoria da Unesp recebeu integrantes da equipe iGEM Unesp Brazil, que no início de novembro brilhou no evento Engineered Machine Competition (iGEM 2018), realizado em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos. Eles conquistaram medalha de ouro pelo desempenho geral e o prêmio de Melhor Hardware, além de ficarem entre os três melhores times em outras duas categorias: Best Part Collection e Education & Public Engagement. Estavam presentes ao encontro o reitor da Unesp, Sandro Valentini; o vicereitor Sérgio Nobre; o chefe de Gabinete, Carlos Vergani; os pró-reitores de Graduação, Gladis Massini-Cagliari, e de Pesquisa, Carlos Graeff; e o assessor da Agência Unesp de Inovação (Auin), Guilherme Bueno. Eles receberam a professora Danielle Pedrolli e os estudantes da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e do Instituto de Química, do câmpus de Araraquara: Amanda Gracindo, Bruna Fernandes, Daniel Cozetto, Nathan Ribeiro, Mariana Mota, Paulo Freire e Victor

Reitoria pretende receber grupos que se destacam em competições


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