3 minute read

PALAVRA FINAL

34 PALAVRA FINAL

NICOLA TINGAS*

Advertisement

CRESCIMENTO REQUER REALISMO, PLANEJAMENTO E METAS DE LONGO PRAZO

"Estadista é aquele que pensa na próxima geração" Winston Churchill, ex-primeiro ministro da Grã-Bretanha

O Brasil entrou em processo de crescente endividamento externo desde o "Plano de Metas", de Juscelino Kubitschek (1956-1960). O endividamento externo foi intensificado durante o governo militar (1964-1985) para financiar a "estratégia de desenvolvimento" baseada nos planos do "PAEG", de Castelo Branco, e "II PND", de Ernesto Geisel.

A década de 1980 foi período de crise e inflação, com choques externos (petróleo e dívida externa) e a desestruturação interna, gerando a recessão entre 1981 e 1983. José Sarney (1986 a 1989) terminou seu mandato em hiperinflação. O Brasil passou a enfrentar os chamados "deficits gêmeos" (dívida externa e deficit fiscal/dívida pública).

Fernando Collor assumiu em 1990, estabelecendo o congelamento de ativos financeiros, o que provocou forte recessão. Em 1994, o ministro Fernando Henrique Cardoso implementou o "Plano Real", estabilizando a inflação, ancorada por taxa de câmbio fixo. Em 1999, o congelamento cambial ficou insustentável. Para sair da crise foi criado o "tripé macroeconômico" (câmbio livre, meta de inflação e responsabilidade fiscal).

O governo Lula (2002-2010) assumiu em condições macroeconômicas favoráveis e cenário externo de firme expansão global. Conseguiu distribuir renda, dobrar a relação Crédito/PIB de 24% para 50%, consolidou intenso crescimento econômico. Pôde-se quitar a dívida externa, acumular reservas e aliviar a pressão fiscal.

No governo Dilma ocorreu forte expansão do deficit fiscal e profunda recessão (2015 e 2016). Em 2020, já no governo Bolsonaro, com a pandemia, foi necessário amplo gasto emergencial, agravando a situação fiscal. A prioridade atual é conter e reduzir o gasto público; para propiciar condições de estimular a volta do crescimento nos próximos anos.

Infere-se desse histórico que quando a política econômica é realista, há planejamento e visão de longo prazo – mesmo com perdas durante o ciclo econômico – em termos estruturais e podese aferir "valoração futura" no contexto dinâmico da nação. Ao contrário, a visão política estreita e personalizada do "ganho rápido" estabelece resultado econômico parcial, que se dilui no tempo, prejudicando empresas, população e o futuro das próximas gerações. f

(*) Nicola Tingas é consultor econômico da Acrefi.

Artigo concluído em 1.10.2020.

SONHAR

Ponto de Criação

Foto: Maurício Nahas

Kaike, paciente do GRAACC, com Reynaldo Gianecchini

CERCA DE 70% DE CURA, 90% DE PACIENTES DO SUS E REFERÊNCIA NO TRATAMENTO DO CÂNCER INFANTIL

COM A AJUDA DE MUITA GENTE, AMPLIAMOS O NOSSO HOSPITAL E AS CHANCES DE RECUPERAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CÂNCER. NOSSO ORGULHO É PODER MOSTRAR A CADA DOADOR QUE SUA CONTRIBUIÇÃO É INVESTIDA COM MUITA RESPONSABILIDADE PARA OFERECER AOS PACIENTES, COMO O KAIKE, UM TRATAMENTO DIGNO, HUMANO E COMPARADO AOS MELHORES DO MUNDO. JUNTE-SE A NÓS! SEJA UM DOADOR. WWW.GRAACC.ORG.BR

1991 1998 2013

Com a Serasa Experian, dados viram rentabilidade e crescimento para sua empresa

Dados – que hoje estão disponíveis em toda parte – são tudo o que você precisa para vender mais e melhor, protegendo-se contra os riscos de inadimplência e fraudes. Na Serasa Experian, usamos o poder dos dados na criação de soluções que rentabilizam seus negócios. Está tudo à sua mão. Conte conosco para ajudar você a aproveitar.

This article is from: