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PDCA: o que é que esta sigla pode fazer pelo desempenho da sua empresa?

Por Célia Esteves*

PDCA: o que é que esta sigla

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pode fazer pelo desempenho da sua empresa?

Quanto maior o desempenho, maior a capacidade de uma empresa em dar resposta às expectativas dos seus clientes e superar a concorrência. Ora, o desempenho de uma empresa é tanto maior quanto a sua capacidade de se organizar. E, quanto mais organizada ela estiver, mais consegue melhorar o seu desempenho. Parece uma referência circular, mas é o resultado do ciclo da melhoria contínua: PDCA - Plan-Do-Check-Act. Esta é uma metodologia usada para a melhoria contínua dos processos e para a resolução de problemas. Apesar de qualquer empresa poder usar metodologias de melhoria do desempenho há diversas razões para recorrer a apoio especializado. de facto, um consultor: • Olha a empresa de forma independente de quem trabalha nela todos os dias, podendo identificar problemas e causas não reconhecidos pelos trabalhadores; • Apropria-se dos objetivos estratégicos da organização para a realização de todas as ações, fazendo com que estes sejam reconhecidos e interiorizados por todas as pessoas; • Fica equidistante quer dos diversos departamentos quer de quem

implementa os processos; • Tem de identificar indicadores passíveis de serem melhorados pois é assim que o seu desempenho é avaliado e o seu negócio pode crescer; • Adapta metodologias à realidade da empresa, tendo em consideração o nível de desempenho encontrado e os recursos humanos e técnicos disponíveis.

No “Barómetro Heróis PME 2022”, realizado e publicado recentemente, as respostas indicam que as PME reconhecem estes benefícios de se ter a melhoria do desempenho sob a responsabilidade de apoio especializado externo à organização. 90% das empresas respondentes consideram que os serviços de consultoria especializados podem levar ao aumento da sua performance e/ ou promover o aproveitamento de novas oportunidades de negócio desconhecidas. Mas onde é que as empresas consideram existir mais margem de melhoria do seu desempenho? 20% das empresas alvo do estudo consideram que o aumento de performance pode ser principalmente conseguido pela organização e melhoria dos procedimentos atuais, contribuindo significativamente para que a resposta ao mercado seja mais efetiva. Os alvos de melhoria seguintes são a eficiência produtiva, com 18% das respostas, e o desenvolvimento de novos produtos e/ou processos, com 16%. Estas respostas tornam imperativo relembrarmos o EiS. O European innovation Scoreboard (EiS), publicado anualmente, fornece uma avaliação comparativa do desempenho dos Estados-membros da união Europeia e de alguns países terceiros relevantes, em matéria de investigação e de inovação. Apresenta também os pontos fortes e fracos dos respetivos sistemas de investigação e de inovação, permitindo aos países determinarem os domínios em que devem concentrar os seus esforços para melhorarem o seu desempenho em termos de inovação. da análise da última edição, no que diz respeito à proporção de PME com capacidade para introduzir inovação de produto e de processo no mercado, Portugal apresentava indicadores muito abaixo da média, principalmente naquele que mede as empresas que introduzem inovação de processo. O impacto deste ponto fraco é mais profundo, já que empresas com processos pouco eficientes serão, consequentemente, pouco produ-

tivas. Aliás, todos estes indicadores com classificação menos positiva no EiS contribuem negativamente para a produtividade da economia portuguesa.

Verifica-se assim que o “Barómetro Heróis PME” é corroborado pelo resultado deste estudo internacional.

Mas como ajudar as empresas a melhorar o seu desempenho? A melhoria contínua pretende melhorar cada processo através da realização das atividades que agregam mais valor para o cliente, removendo o maior número possível de atividades que geram desperdício. O desperdício pode existir devido a aspetos como transporte, inventário, movimentação, espera, produção exagerada, processamento exagerado, defeitos, inconsistência do processo e sobrecarga.

Assim, deve começar-se por analisar o que está a ser feito e como. Esta é a base de referência para se aplicar a metodologia PDCA, realizando as fases: • Plan / Planear – estabelecer os objetivos e processos necessários para obter os resultados pretendidos. deve começar-se em pequena escala, para que se possam testar os efeitos da abordagem; • Do / Fazer – Executar o que foi definido; • Check / Verificar – depois de completar os objetivos, verificar o que se atingiu e comparar com o que era esperado. documentar com a maior quantidade de informação possível; • Act / Atuar – identificar o que pode ser melhorado no processo, para alcançar resultados melhores da próxima vez. Se a análise mostra que houve melhorias por comparação com a base de referência, o padrão é atualizado. Na interação seguinte pretende-se um desempenho ainda melhor. caso não tenha havido melhoria, o padrão permanece o mesmo que o da base de referência. depois, é só continuar a repetir para cada atividade de cada processo, em contínuo, para melhorar continuamente o desempenho. 

* Diretora de Sistemas e Processos da Yunit

Consulting Email celia.esteves@yunit.pt

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santander em portugal triplica resultado líquido, para os 241,3 milhões de euros

O Santander Totta triplicou os seus resultados líquidos no primeiro semestre do ano face ao período homólogo de 2021, atingindo os 241,3 milhões de euros. Um dos fatores que pesou na subida acentuada do lucro foi o facto de ter contabilizado um encargo extraordinário de 165 milhões de euros para o plano de saídas de trabalhadores há um ano, custo não recorrente que agora desapareceu. “O plano está concluído, fechado, ponto final”, referiu o CEO do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, na apresentação dos resultados. Em relação ao mesmo período de 2021, a instituição conta com menos 1.069 trabalhadores, num total de 4.696, e menos 27 agências. Segundo sublinhou Manuel Preto, CFO do Santander Totta, o facto de no mesmo período do ano passado Portugal estar ainda a viver em confinamento, com impacto direto na economia, acaba por condicionar também os resultados, que “são de comparação difícil. Mas o resultado líquido demonstra a capacidade de gerar capital e conseguimos cobrir o custo de capital, que tem de ser o apanágio da banca”, acrescentou o administrador financeiro. O produto bancário ascendeu a 612,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, o que representou uma queda de 14,5%. A quebra no produto bancário deveu-se sobretudo aos encargos com as contribuições para o Fundo de Resolução e para o Fundo de Garantia de Depósitos, que superaram os 60 milhões de euros de impacto negativo. Os custos operacionais situaram-se nos 242,6 milhões de euros, uma redução de 14,6% face ao período homólogo de 2021, adianta o banco em comunicado. No final de junho de 2022, o resultado de exploração atingiu os 370,3 milhões de euros, decrescendo face ao período homólogo (-14,4%). A imparidade líquida de ativos financeiros ao custo amortizado ascendeu a 1,2 milhões de euros, que compara com o valor negativo de 68,8 milhões de euros no mesmo período do ano passado, refletindo a melhoria das condições económicas, em especial a estabilidade da taxa de desemprego, em redor dos 6% nos primeiros cinco meses do ano, adianta o banco. A margem financeira caiu 3,4% para 370,3 milhões de euros nos seis primeiros meses do ano, com esta quebra a ser compensada pelo aumento das comissões de 17,9% para 239,5 milhões de euros no período. A carteira de crédito continuou a subir, com destaque para o crescimento do crédito a particulares, em 6,6%. Em termos de crédito à habitação, nos primeiros cinco meses do ano, o banco originou cerca de 1.500 milhões de euros em hipotecas, com uma quota de mercado média de 22,9%. O crédito pessoal teve também uma trajetória ascendente, alcançando uma produção superior a 300 milhões de euros, sendo de destacar a contratação de crédito pessoal online, que representou mais de 25% do crédito pessoal concedido, sublinhou ainda o banco no mesmo comunicado. O banco conta com um rácio de exposições não performantes (NPE) de 2,2%, atingindo um novo mínimo histórico.

novobanco aumenta lucros em 94%

O novobanco apresentou, no primeiro semestre do ano, um resultado líquido de 266,7 milhões de euros, o que significou uma melhoria de 93.7% face a idêntico período de 2021. A margem financeira totalizou 268 milhões de euros, em queda de 7,3% comparativamente com o mesmo período do ano anterior, “refletindo a evolução estável da taxa média do crédito a clientes e o efeito das emissões de dívida sénior no quarto trimestre de 2021 e das taxas de juro negativas nas aplicações do mercado monetário”, adianta o banco. A margem financeira foi de 1,30% (contra 1,42% em 2021) e o crédito a clientes (líquido) ascendeu a 24,3 mil milhões de euros (mais 2,8% face a dezembro de 2021), “confirmando a trajetória de crescimento da carteira de crédito no segmento de empresas e de particulares, e um ambiente de taxas de juro favorável”, acrescenta o comunicado do banco. As comissões de serviços a clientes ascenderam a 144,4 milhões de euros, uma subida de 6,5% face ao pe´riodo homólogo de 2021, “espelhando um sólido desempenho e mantendo a tendência positiva dos últimos trimestres”, assinala ainda a mesma instituição. Em resultado, o produto bancário comercial totalizou 412,4 milhões de euros (menos 2,9% face ao primeiro semestre do ano anterior), com o produto bancário a totalizar 571,5 milhões (mais 16,9% relativamente ao mesmo período de 2021), incluindo o contributo positivo dos outros resultados de exploração de 73,2 milhões, impulsionado pelo processo de desalavancagem do portefólio imobiliário. Os recursos totais de clientes cresceram 2,4% face a dezembro de 2021, apresentando um aumento dos depósitos de clientes de 3,9% (mais 1.100 milhões de euros), reflexo do crescimento do negócio.

grupo lusiaves e Bpi realizam emissão de obrigações “verdes”

O grupo Lusiaves e o Banco BPI lançaram uma emissão de obrigações “verdes” (green bonds), no montante de 25 milhões de euros, com um prazo de 15 anos. A emissão destina-se a financiar projetos “verdes”, no âmbito da estratégia de sustentabilidade do grupo Lusiaves, nomeadamente na instalação de parques fotovoltaicos e unidades para autoconsumo de energia renovável, de base fotovoltaica, tecnologias de eficiência energética, renovação da frota com veículos 100% elétricos e veículos movidos a gás natural, instalação de centrais de biomassa, revamping de uma estação de tratamento de águas residuais industriais e, finalmente, projetos de produção agrícola ambientalmente sustentáveis. “O investimento realizado e a realizar, em diversas empresas do grupo Lusiaves, contribuirá para o reforço e melhoria contínua das condições de sustentabilidade nos vários domínios ambientais, sociais e económicos”, adiantam as duas instituições. A emissão foi integralmente organizada, montada e subscrita pelo BPI, que reforça, assim, o seu papel de financiador de referência das empresas portuguesas, através da adoção de soluções inovadoras e assentes em princípios de sustentabilidade. No âmbito do novo “Plano Diretor de Sustentabilidade 2022-2024”, o BPI assumiu o compromisso de mobilizar dois mil milhões de euros em financiamento sustentável para empresas e particulares até 2024, através do impulso de novos produtos ESG, assessoria e formação para apoiar as empresas na transição.

Millennium bcp multiplica lucros por seis no primeiro semestre

O Millennium BCP registou um lucro de 74,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, multiplicando por mais de seis o resultado de 12,3 milhões de euros obtido no mesmo período do ano passado. A margem financeira melhorou 28,6%, atingindo 985,2 milhões de euros, valor que compara com os 765,8 milhões obtidos no período homólogo. As comissões renderam 387,6 milhões de euros, numa subida de 9,8%. Os custos operacionais desceram de 590,1 para 516,2 milhões de euros (menos 12,5%). O rácio de exposição a ativos sem desempenho (non-performing exposure) caiu 500 milhões de euros, de três para 2,5%, com o crédito malparado há mais de 90 dias a reduzir de 2,5 para 1,5%. O rácio de capital total foi de 15,3% e o rácio CET1 atingiu 11,3%, ambos acima dos requisitos regulatórios. Em Portugal, o Millennium bcp registou um lucro de 174,5 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 63,1% face ao primeiro semestre de 2021. Este resultado inclui efeitos extraordinários relacionados com o Bank Millennium (instituição financeira polaca controlada pelo banco português), incluindo encargos de 257,8 milhões de euros “associados à carteira de créditos hipotecários” em francos suíços, para além da “contribuição de 54,3 milhões para o Fundo de Proteção Institucional, e do registo de imparidades do Bank Millennium de 102,3 milhões”.

Breves

Faturação do setor do comércio de móveis cresceu 11% em 2021

A faturação agregada das empresas portuguesas de comércio de móveis cresceu 11% em 2021, para os 875 milhões de euros, revela a Informa D&B. No mesmo ano, as importações aumentaram 10,4%, situando-se nos 879 milhões de euros. Espanha manteve-se como o principal fornecedor externo de móveis no mercado português, representando quase 43% do total das importações, à frente da França, com 12,9%, da Polónia (9,8%) e da China (9,8%). O número de empresas em atividade no setor no retalho de móveis e artigos de iluminação mantém-se desde 2016 em cerca de 3 325, após uma queda de 1,9% registada em 2020. Nesse mesmo ano, o emprego no setor caiu 2%, para os 12 715 trabalhadores. Cerca de 45% das empresas do setor estão concentradas na região norte, seguindo-se a zona Centro e a de Lisboa, 20% cada uma. No entanto, são as empresas de Lisboa que registam o maior número médio de pessoas ao serviço, com uma média de 8 colaboradores, bastante superior à média nacional, que é de três empregados por empresa.

Certif reforça auditorias em 15% no semestre

A Certif, líder de mercado em Portugal na certificação de produto e marcação CE, registou no primeiro semestre um crescimento homólogo de 15% nas auditorias realizadas. Depois de um início de ano afetado por adiamentos devido a restrições com a pandemia, foi também possível recuperar a programação e retomar totalmente as ações presenciais no estrangeiro. A evolução positiva das exportações de bens e a necessidade de evidenciar a certificação do produto em vários mercados, seja por exigência legal, seja por exigência dos clientes, foram fatores que influenciaram de forma positiva a atividade do primeiro semestre. Na marcação CE, foram estabelecidos acordos com organismos de certificação ingleses que permitem aos clientes da Certif o acesso à marcação UKCA. Quanto à certificação de serviços, foram emitidos cerca de 80 novos certificados para empresas que trabalham com gases fluorados, elevando para mais de 1.400 certificados emitidos, correspondendo a

Breves

mais de 80% do mercado. De assinalar ainda, relativamente à marcação CE, que a Certif continua a manter a liderança na marcação CE para produtos da construção, dispondo de uma vasta oferta que possibilita às empresas portuguesas o acesso à marcação CE e que, de outra forma, teriam de recorrer a organismos estrangeiros.

Simoldes investe 23 milhões e desenvolve fonte alternativa ao lítio

A Simoldes, empresa portuguesa de Oliveira de Azeméis, vai investir 23 milhões de euros na construção de uma nova fábrica e de um centro de desenvolvimento tecnológico para produzir células de iões de sódio. Esta produção, que serve de alternativa ao lítio, insere-se num projeto aprovado no âmbito do PRR, adianta o “Negócios.pt”, citado pela “Executivedigest.pt”. Ainda de acordo com o “Negócios.pt”, estas células têm como destino os setores da mobilidade e residencial, a partir de 2025, e a previsão total de investimento é de mais de 27 milhões de euros. A comercialização deverá arrancar em 2026, através da futura Simoldes Energy, que está em criação, adianta a mesma publicação.

Cosec alerta para custos da obesidade em Portugal

O número de pessoas com excesso de peso ou obesas tem vindo a aumentar um pouco por todo o mundo, o que levará a aumentos significativos dos gastos dos sistemas de saúde para combater e tratar as doenças associadas ao excesso de peso. Quanto a Portugal, a Allianz Trade, acionista da Cosec – Companhia de Seguro de Créditos, admite que, num cenário modesto, o país poderá ter dois milhões de pessoas obesas já no próximo ano. A líder mundial em seguro de créditos estima uma subida da despesa total de saúde em Portugal – que incluiu os gastos do Governo, mas também dos privados - para 23 mil milhões de euros em 2023, o que corresponderá a 9,8% do produto interno bruto. Desse montante, cerca de 1,4 mil milhões de euros serão gastos devido à obesidade. Olhando para as perspetivas a uma década, os números aumentam significativamente. As estimativas para 2032 apontam – num cenário moderado – que Portugal poderá contar com 2,1 milhões de pessoas com obesidade, elevando os gastos totais da saúde para 32,8 mil milhões de euros, o que representará 10,4% do PIB português. Deste valor global, 2,1 mil milhões de euros serão canalizados para o tratamento da obesidade ou doenças associadas.

iberdrola inaugura a sua primeira central fotovoltaica em portugal

A Iberdrola continua a avançar com a sua estratégia de investimento na Península Ibérica, com a entrada em funcionamento da central fotovoltaica Algeruz II, a primeira instalação deste tipo do grupo em Portugal. A central tem mais de 50.500 módulos fotovoltaicos fixos e monofásicos, que irão gerar energia limpa suficiente para abastecer mais de 11 mil casas e evitar a emissão de 13.400 toneladas de CO2 para a atmosfera por ano. O projeto, que envolveu um investimento de 17,8 milhões de euros, gerou mais de 200 postos de trabalho durante os períodos de pico de construção, todos eles preenchidos por colaboradores locais. A Iberdrola foi a maior adjudicatária, em número de lotes, no leilão de 2019 em Portugal, com um total de sete projetos fotovoltaicos (sete lotes), três dos quais em construção e com previsão de início de operação comercial durante este ano. Tratam-se das centrais fotovoltaicas Conde (13,51 MW), Alcochete I (32,89 MW) e Alcochete II (12,72 MW), também localizadas no distrito de Setúbal. Os projetos Alcochete I e II terão tecnologia bifacial, que maximiza a produção de energia e reduz o custo médio da eletricidade em 16%. Além disso, os projetos Montechoro I (11,57 MW), Montechoro II (24,95 MW) e Carregado (64,1 MW), adjudicados no mesmo leilão, estão em processo de obtenção da licença de construção e estão previstos para 2023, altura em que a capacidade fotovoltaica da Iberdrola em Portugal totalizará 187 MW.

Mercadona abre primeiro supermercado no distrito de santarém

A Mercadona abriu no início do mês passado um supermercado no Santarém Retail Park, assinalando, assim, a chegada a um novo distrito. Esta loja junta-se a outras insígnias já presentes neste espaço comercial, que surge agora renovado. À semelhança das outras lojas, também esta dispõe de uma área de vendas de 1.900 metros quadrados, divididos entre as secções de talho, peixaria, charcutaria, pastelaria e padaria, perfumaria, cuidado do lar e animais de estimação, frutas e legumes, garrafeira e pronto a comer. Todas as novas lojas da Mercadona são construídas respeitando o Modelo de Loja Eficiente, que a empresa está a implementar em toda a cadeia, com corredores amplos, lineares específicos de sumos refrigerados, mural de sushi, charcutaria com presunto cortado à faca e embalado no momento, e uma máquina de sumo de laranja espremido na hora. A cadeia espanhola conta já com 35 estabelecimentos em Portugal, desde julho de 2019.

Banco de portugal diz que número de insolvências e de restruturações não aumentou durante a pandemia

De acordo com dados do Banco de Portugal, o número de insolvências e de reestruturações não aumentou durante a pandemia. “Nas semanas de 2020 afetadas pela pandemia, o número de pedidos de insolvência e de restruturação manteve-se alinhado com a média histórica. No primeiro semestre de 2021, o número de pedidos situou-se 27% abaixo da média histórica”, enquadra ainda o Banco de Portugal. O Banco Central explica ainda que, no primeiro estado de emergência que o país viveu, o número de pedidos diminuiu 10%, enquanto o segundo estado de emergência e a suspensão da obrigação de apresentação à insolvência tiveram um impacto reduzido no número de novos pedidos. Os dados revelam que houve um aumento do número de pedidos nos setores mais expostos à pandemia nas semanas de 2020 afetadas pela crise da covid-19a, em comparação com a média histórica pré-pandemia. Por outro lado, a moratória de crédito reduziu a probabilidade de insolvência das empresas de 6,4 para 3,9%, adianta aquela instituição.

rede Mobi.e bate novos recordes de utilização

No passado mês de julho verificou-se a tendência continuada de crescimento de utilização da rede Mobi.E, sendo que a mesma registou um acréscimo de carregamentos na ordem dos 87% face ao período homólogo do ano anterior, uma vez que este ano, em julho, foram registados 222.945 carregamentos, sendo que em julho de 2021, o número de carregamentos situou-se nos 122.035. Esta evolução positiva traduziu-se, naturalmente, num aumento de energia consumida, comparando ainda os meses de julho de 2021 e 2022. Desta forma e este ano, foram consumidos, em julho, cerca de 3 milhões e 398 mil kWh de energia, mais 119% face ao período homólogo do ano anterior (1.554.552 kWh). No que se refere a utilizadores da rede de acesso público em julho de 2022, utilizaram a rede 28.224 utilizadores distintos, o que se traduz num aumento de 42% face ao mesmo período de 2021 (19.910). Quanto ao número de postos de carregamento, existem atualmente mais de 2.700 em todo o país, incluindo Açores e Madeira, 41 por cada 100 quilómetros de estrada. A média de postos instalados por semana, desde o início do ano, situa-se nos 19.

Gestores

em Foco

O grupo Sovena reforçou as direções de New Ventures e de Sustentabilidade e autonomizou as duas áreas. João Basto e Joana Oom de Sousa passaram a ser, respetivamente, os novos líderes destes departamentos. A reformulação surge no seguimento do novo posicionamento do grupo, do desenvolvimento de novos negócios e da aposta na sustentabilidade como área fulcral e transversal a toda a empresa. João Basto é, assim, nomeado diretor-geral da Centazzi, empresa detentora da marca Salutem, adquirida pela Sovena em fevereiro passado, cargo que acumula com a função que desempenha há dois anos de diretor de New Ventures. Por seu lado, Joana Oom de Sousa, enquanto nova diretora de Sustentabilidade do grupo Sovena, fica responsável pela implementação das ambiciosas metas definidas na estratégia de sustentabilidade do grupo.

A Cushman & Wakefield anunciou mais uma contratação para complementar a sua equipa no Porto, integrando Susana Pires (na foto) na equipa de Retalho. Com esta nova contratação, a consultora dá continuidade ao aumento da sua atividade no mercado do Grande Porto, onde tem registado um crescimento significativo desde que se estabeleceu nesta cidade com escritório próprio, em 2016. Com mais de 15 anos de experiência no setor imobiliário, Susana Pires especializou-se no segmento de retalho, tendo trabalhado com os mais diversos formatos, como centros comerciais, lojas de rua ou retail parks. Antes de integrar a equipa da Cushman & Wakefield, foi responsável por toda a atividade de retail leasing na zona Norte e Centro para a Widerproperty.

A empresa especializada na realização de candidaturas a sistemas de incentivos financeiros e fiscais We Incentivos acaba de contratar o consultor sénior Nuno Sobral (na foto) para reforçar a sua equipa. A contratação visa reforçar a capacidade da equipa e “garantir a prestação de um serviço de excelência aos clientes”, refere Dário Gaspar, diretor da We Incentivos. Nuno Sobral transita de outra consultora, onde desempenhou ao longo de três anos a função de consultor de incentivos. Anteriormente, ocupou o cargo de analista de sistemas financeiros no BNP Paribas.

Breves

Restaurant Brands compra a Ibersol sus Burger King en España y Portugal por 260 millones de euros

Restaurant Brands Iberia (RB Iberia), el grupo que integra los derechos de explotación como máster franquicia para España y Portugal de las marcas Burger King, Tim Hortons y Popeyes, ha llegado a un acuerdo con Ibersol para la adquisición de 158 restaurantes de Burger King por 260 millones de euros. Esto supone la integración de 121 establecimientos en Portugal y 37 en España, que incrementarán la cifra de locales propios de RB Iberia hasta los 775, de los cuales 722 corresponden a Burger King. Tras la operación, la compañía gestionará el 65% de los restaurantes Burger King en España y el grupo asume el liderazgo del desarrollo de dicha marca en el mercado portugués, pasando de 27 restaurantes propios a 148, lo que supone operar el 90% de los restaurantes de la marca en Portugal. El objetivo de RB Iberia es convertir Portugal en un mercado clave para Burger King a nivel mundial, y prevé invertir 40 millones de euros y abrir en torno a 15 nuevos locales en 2022.

PortAventura desarrollará junto a Endesa X la mayor planta solar en un resort en España

PortAventura World ha anunciado la obtención de la licencia para la construcción de la mayor plata fotovoltaica de autoconsumo en un resort vacacional en España y una

de las mayores en Europa. El proyecto, diseñado y construido por Endesa X, contempla la instalación de un total de 11.102 paneles solares que ocuparán una superficie total de 6,4 hectáreas, dentro del resort. La planta solar contará con una potencia de 6 MWp, lo que permitirá a PortAventura World generar hasta 10 GWh al año de electricidad limpia y así cubrir un tercio de sus necesidades energéticas, en línea con sus compromisos con la sostenibilidad ambiental. Fernando Aldecoa, director general de PortAventura World, ha señalado que “la planta fotovoltaica es, sin duda, el gran proyecto de este año 2022, no solo en términos de inversión, sino también desde el punto de vista de la estrategia de responsabilidad corporativa global que guía la toma de decisiones de la compañía para continuar siendo un referente en turismo sostenible”.

iag convierte el préstamo de 100 millones a globalia en un 20% de air europa

IAG, matriz de Iberia, ha ejercido su opción de canjear el préstamo no garantizado de 100 millones de euros a siete años que otorgó a Globalia hace unos meses por una participación de un 20% en el capital social de Air Europa. Así lo ha confirmado la compañía a través de un comunicado a la Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC) la propia compañía hispano británica. De momento, el 20% es considerado como una participación financiera y no otorga mando alguno a Iberia sobre su histórico rival. Los 100 millones que IAG entregó a Globalia sirvieron para que Air Europa pudiera afrontar la actual temporada de verano, al tiempo que se daba aire a unas negociaciones de compra que se habían complicado por las condiciones que impuso la Dirección General de Competencia de la UE. IAG se garantizó, con su préstamo, un año de negociación en exclusividad por Air Europa y otros dos años más con derecho de tanteo si surgiera una oferta competidora. Incluso se ha guardado un derecho de acompañamiento a Globalia si esta decide vender y a IAG no le interesara igualar la oferta.

acciona lanza una ofensiva eólica marina en italia de 14.750 millones de euros

Acciona ha lanzado una ofensiva en Italia para desarrollar y explotar al menos seis parques de energía eólica marina flotante que suman una inversión conjunta superior a los 14.750 millones de euros. El grupo que preside José Manuel Entrecanales ya ha trasladado las propuestas al Ministerio de Infraestructuras y Movilidad Sostenible transalpino y a las distintas autoridades portuarias locales, donde pretende ubicar los proyectos, y está a la espera de las resoluciones. En conjunto, los seis parques contemplan una capacidad instalada de 4.995 megavatios (MW) a través de 333 aerogeneradores de 15 MW cada uno. Los proyectos se reparten en distintos puntos de la costa de Italia, ubicándose, según el caso, en el Mar Mediterráneo, el Mar Jónico, el Mar de Cerdeña y el Mar Adriático. Se trata de seis propuestas diseñadas por el grupo español, a través de Acciona Energía Global Italia, que se hallan aún en fases iniciales de tramitación.

iberdrola arranca en inglaterra su gran plan de 7.700 millones de euros

Iberdrola ha iniciado la construcción en Reino Unido del parque eólico marino East Anglia Three, que contará con una capacidad de 1.400 MW. Esta nueva instalación, ubicada frente a la costa de Norfolk, formará parte del macrocomplejo East Anglia Hub, junto con los futuros desarrollos de East Anglia One North y East Anglia Two. Este hub tecnológico implicará una inversión de 7.700 millones de euros para la instalación de 3.000 MW, lo que supone cubrir el 6% del objetivo de 50 GW de energía eólica marina fijado por el gobierno de Reino Unido para 2030. También en Inglaterra, en su mayor puerto de mercancías (Ferlixtowe), Iberdrola construirá una planta de hidrógeno verde que, con una inversión de 170 millones de euros, busca contribuir a la descarbonización de dicho puerto. La instalación, que entrará en funcionamiento en 2026, tendrá, en una primera fase, capacidad para producir 14.000 toneladas anuales de hidrógeno renovable, que podrán llegar a duplicarse en el futuro.

Ferrovial gana 50 millones de euros impulsada por la recuperación del tráfico en autopistas y aeropuertos

Ferrovial registró un beneficio neto de 50 millones de euros en los seis primeros meses del año, dejando atrás las pérdidas que acumuló en el mismo periodo de 2021 (-184 millones de euros). El grupo de infraestructuras que dirigen Rafael del Pino e Ignacio Madridejos logró incrementar su resultado bruto de explotación (ebitda) un 11,3% en términos comparables, hasta situarlo en 306 millones de euros. Las ventas se elevaron un 6,2%, hasta 3.465 millones de euros. La compañía continúa focalizándose en mantener una sólida posición financiera y su liquidez alcanzó los 5.937 millones de euros al cierre de junio. Entre los activos que mejor resultados lograron, se encuentra la autopista canadiense 407 ETR y las estadounidenses NTE, la NTE 35W y la I-77. En cuanto a los aeropuertos, el tráfico de Heathrow (Londres) se multiplicó por seis, hasta 26,1 millones de pasajeros, y en los de AGS (Aberdeen, Glasgow y Southampton) creció un 438,6%.

Breves

Pascual se alía con Just Eat y abre el camino a la llegada de fabricantes al delivery

El grupo Pascual y Just Eat han llegado un acuerdo para que la primera venda sus productos lácteos, zumos, cafés y aguas de forma directa a través de la aplicación, en una alianza que las partes consideran “pionera”. El servicio, que empezó a prestarse el mes pasado en algunas zonas de Madrid, supone que Just Eat reparta dichos productos de Pascual a los usuarios que los adquieran, en el que es el primer acuerdo comercial que firma con un productor de alimentos, no solo en España, sino en los 22 mercados en los que opera en la actualidad. Según la compañía de origen holandés, la asociación con Pascual refuerza su posicionamiento en la venta de alimentación, “facilitando a los usuarios el acceso de productos del día a día de una manera rápida y sencilla”, valora el director general de Just Eat en el país, Patrick Bergareche.

La española Vass compra la consultora sueca Zington

Grupo VASS ha firmado su séptima adquisición desde que se puso en marcha el plan estratégico VASS@400. La compañía española, proveedora de soluciones digitales, ha llegado a un acuerdo para adquirir Zington, consultora sueca que opera en el ámbito tecnológico y la consultoría de gestión desde 2008. Con más de 220 consultores, Zington tiene sede en Estocolmo y cuenta con un sólido porfolio de clientes líderes en sectores clave como el comercio minorista, la industria alimentaria y la banca, entre otros. Según Javier Latasa, CEO y presidente del grupo VASS, “el sólido enfoque de Zington en soluciones de empresa a medida complementará la gran experiencia de grupo VASS en servicios de innovación y transformación digital”.

Decathlon España supera los 2.000 millones en ventas tras triplicar su negocio online en dos años

El grupo de distribución de origen galo finalizó 2021 con una facturación bruta de 2.034 millones de euros, un 18,3% más que en 2020, pero también un 4,2% por encima de las ventas brutas de 1.952 millones alcanzadas antes de la pandemia. El grupo ha encontrado una fuerte palanca de crecimiento en la venta online. El pasado año el grupo puso en marcha su marketplace en España. Su red de tiendas en España alcanzó los 176 establecimientos a cierre del ejercicio, tras realizar cuatro nuevas aperturas y ejecutar además cuatro relocalizaciones. El grupo cuenta además con 7 centros logísticos en el país. Decathlon, que tiene a España como su segundo mercado a nivel global. En 2030 la compañía cumple 30 años en España, por lo que ha destacado que el país sigue siendo una de sus principales apuestas a largo plazo.

Vinces, la consultora que enseña a las empresas a estructurar su capacidad de influencia apostando por la legitimidad

La empresa de consultoría estratégica Vinces, especializada en asuntos públicos, surgió en España para promover el cambio en la relación entre lo público y lo privado y ser un actor que contribuya a transformar el debate público y los procesos de formulación de políticas de manera abierta y transparente. Desde 2019 opera en Portugal donde con su trabajo quiere ser un nuevo puente con España y contribuir a su desarrollo económico.

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

Asistimos a un cambio de paradigma en el desarrollo de la actividad empresarial. “En la actualidad, el valor de una organización o de una compañía no se mide únicamente por el retorno a sus accionistas sino por la legitimidad con la que opera”, señala Juan José litrán (en la foto de la derecha), director de Estrategia de Vinces, consultora estratégica especializada exclusivamente en asuntos públicos. El trabajo de esta firma pasa por asesorar a sus clientes en la representación de sus intereses, vinculando la legitimidad social y los intereses corporativos en los procesos de formulación de políticas a través de una metodología integrada. dicho cambio de paradigma implica la necesidad del aumento de la legitimidad de las empresas, para tomar parte del proceso de toma de decisiones. “Al igual que muchos actores son consultados, las empresas también deben tener derecho a participar en el proceso de toma de decisiones de forma transparente, tanto en cuanto las regulaciones impactan de manera directa en el tejido productivo de un país, algo que además de a las empresas también afecta al interés general”, añade litrán, quien ocupa además el cargo de director de la consultora en Portugal.

Hace más de 10 años, david córdova decidió fundar Vinces al realizar su tesis doctoral en derecho sobre la regulación de los lobbies y fue entonces cuando nació también la visión tan característica de la compañía, “la de promover el cambio en la relación entre lo público y lo privado y ser un actor que contribuya a transformar el debate público y los procesos de formulación de políticas de manera abierta y transparente”, indica el director de Estrategia. Ahora la consultora cuenta con un equipo multidisciplinar, formado por más de 50 profesionales del ámbito del derecho, así como personal experto en inteligencia Artificial y comunicación. En esta primera década de existencia, la evolución de la firma ha sido creciente. tal y como explica Juan José litrán, “nos encontramos en un mercado en pleno desarrollo, apoyado por la complejidad

del contexto legal y el volumen de medidas multipaís, en parte por el papel que ejerce la unión Europea”. Así mismo, cree importante destacar la irrupción de los llamados stakeholders sociales que han impulsado un cambio de paradigma en cuanto al papel social de las empresas. “En el caso de Portugal el reciente inicio de un proceso de descentralización de competencias cambiará el papel de los actores en algunos procesos de toma de decisiones y, por ello, las empresas deberán estar cada vez mejor preparadas y asesoradas para ejercer su labor”, añade. la llegada a Portugal en 2019 está relacionada con los negocios en territorio luso de muchos de sus clientes. “con este espíritu de servicio y con la visión de que también podemos contribuir en Portugal a transformar la relación entre lo público y lo privado, tomamos la decisión de empezar a operar en Portugal. Pero, además, con nuestro trabajo, queremos ser un nuevo puente entre España y nuestro país vecino y contribuir a su desarrollo económico”, afirma el responsable del mercado luso. No

encuentra grandes diferencias a la hora de trabajar en Portugal ya que el hecho de ser un país miembro de la uE “homogeniza el marco legislativo en el que se mueven, aunque el desarrollo e implementación de las normas responden a las características e idiosincrasia del país”.

Respecto al funcionamiento de las instituciones sí encuentra peculiaridades en el mercado portugués. “Sin embargo, cuando uno se compara como España, el entorno resulta menos complejo, ya que en Portugal los poderes de decisión están más centralizados. A pesar de que se está iniciando un tímido proceso de descentralización que hemos de seguir de cerca”, subraya el director de Estrategia. la metodología de esta consultora les permite abordar cualquier escenario en el ámbito de los asuntos públicos en cualquier país y, para los clientes que operan en los dos, actuar como un one stop shop. los planes en Portugal pasan por “ser un player de referencia en el mercado portugués, prestando servicios a clientes que operan a ambos lados de la frontera, manteniendo nuestro one stop shop, contribuyendo a la

“Queremos ser un player de referencia en el mercado portugués, prestando servicios a clientes que operan a ambos lados de la frontera”

transformación entre lo público y lo privado, aportando nuevas formas de trabajar y desarrollando nuevas soluciones tecnológicas”, avanza litrán. Vinces opera también en Bélgica, país por el que comenzó su internacionalización, e italia.

“Trabajamos sobre la legitimidad y no sobre la visibilidad de una empresa”

Liderando el cambio en la forma de influir la firma se muestra satisfecha por estar liderando el cambio en la forma de influir de las empresas. Resalta el hecho de dedicarse únicamente a los asuntos públicos por lo que “trabajamos sobre la legitimidad y no sobre la visibilidad” de una empresa. Además, marca también la diferencia el equipo y la metodología con la que trabajan, que abarca los tres niveles de influencia: político, regulatorio y social. desde la consultora resaltan que la capacidad de las empresas para participar en el proceso de toma de decisiones públicas es proporcional a su legitimidad. Por ello, la metodología Vinces se basa en el principio de “a mayor legitimidad, mayor capacidad de influencia”.

Juan José litrán cree que cada vez hay más empresas españolas que toman conciencia del cambio de paradigma antes mencionado y de la complejidad de las administraciones y de la normativa, algo que también se puede observar en Portugal. “Especialmente, las empresas con carácter internacional que operan en ambos mercados han sido las que se han vuelto en primer momento más conscientes de esta necesidad. En parte, estas han sido las que han ido marcando el camino”, puntualiza. Aunque queda mucho por avanzar, “la complejidad normativa marca y puede condicionar el ámbito de desarrollo de sus negocios, por lo que, tienen una mayor necesidad de participar en los asuntos públicos”, añade. Entre los sectores que más recurren a estos servicios de consultoría se encuentran fundamentalmente el industrial, energético, de gran consumo, financiero, digital y salud.

En un contexto de crisis y de extremismos políticos, resulta más necesario trabajar las estrategias y fomentar sinergias entre sector público y privado. “Fomentar el diálogo y la compresión mutua entre ambos sectores siempre es importante, especialmente, en los momentos actuales”, recuerda el director de la firma en Portugal. “Hoy en día, el mayor número de partidos políticos con presencia en los parlamentos, los periodos legislativos más cortos, la mayor participación del entorno social y el contexto de inestabilidad global, influyen en el día a día de las decisiones de cualquier gobierno, ya sea a nivel local como nacional o comunitario”, subraya. 

Inteligencia artificial

La tecnología es un factor decisivo en el trabajo de la consultora en el que se sirven de la inteligencia artificial. “Contamos con un departamento propio que desarrolla soluciones con el objetivo de contribuir a generar el conocimiento interno y externo para el cliente, ganando eficiencia tanto en los procesos como en la toma de decisiones y en el diseño de estrategias”, explica Juan José Litrán. Además, cuentan con herramientas que son capaces de mapear la información político-regulatoria más relevante de las diferentes instituciones con capacidad normativa y que siguen todo tipo de iniciativas. Son capaces igualmente de hacer un seguimiento y un análisis “que nos permite identificar las figuras más influyentes en un determinado tema, quién está influyendo en ellas y cuál es el estado de la conversación”, matiza el responsable.

Marina de Vilamoura: melhoria contínua para manter um posicionamento de topo

A maior e mais premiada marina portuguesa tem quase meio século de atividade. Quem atraca em Vilamoura beneficia dos serviços garantidos pelo conjunto de profissionais liderados por Isolete Correia, a diretora da marina, que está no projeto há 25 anos, e da sua assistente, Ana Leote, que se juntou à equipa há 22 anos. A atualidade conversou com as duas gestoras sobre como manter a infraestrutura e o serviço num patamar elevado.

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Há quanto tempo estão à frente da Marina de Vilamoura e como tem sido a vossa evolução dentro do grupo?

Isolete Correia (foto à dir.,

na pág. seg.): Estou nesta empresa há 50 anos– uma vida dedicada a Vilamoura– um território que me é particularmente querido e com o qual cresci, não só em termos pessoais como profissionais. Quando entrei para a empresa, a Marina de Vilamoura estava precisamente a ser escavada e a sua inauguração, em março de 1974, foi motivo de grande orgulho regional e nacional. No decorrer deste período, vivemos momentos de glória e grande sucesso e, claro, tempos também conturbados que atingiram não só o país como o mundo inteiro. Os primeiros 25 anos foram na área de real estate e os últimos 25 anos na Marina de Vilamoura. Ana Leote (foto à esq., na pág. seg.): cheguei à Marina de Vilamoura há cerca de 22 anos. Na altura, tive a sorte de ter sido selecionada para assistente da isolete correia. tinha terminado a licenciatura há cerca de um ano e, como costumo dizer, acabei por fazer uma “pós-graduação” com esta grande senhora e profissional, que soube sempre como motivar e estimular as competências de cada um de nós, investindo sempre no capital humano existente, tornando-o numa vantagem competitiva para a empresa. Fazer parte desta equipa tem sido um desafio e uma aprendizagem diária e muito gratificante. Ao longo destes anos, e como referido pela isolete correia, passámos por momentos de glória e de grande sucesso e também por grandes desafios que permitiram um desenvolvimento profissional e de preparação para as exigências do mercado.

Como definem o vosso modelo de gestão e de liderança? IC: O modelo de gestão e liderança assenta desde logo em dois fatores determinantes: primeiro, um acionista inspirador com vontade de investir em novos projetos para posicionar o destino numa escala muito elevada. desde junho de 2021, que pertencemos ao fundo do grupo Arrow Global e a

um conjunto de investidores nacionais privados. O foco está centrado num patamar elevado de qualidade em todas as áreas de negócio, incluindo naturalmente a Marina de Vilamoura. O segundo fator é contar com a nossa equipa, estruturada e profissional, com capacidade de proporcionar aos nossos clientes um serviço de excelência, de modo a superar as suas expectativas. Os clientes são a razão da nossa existência e o nosso principal foco. AL: Sim, toda a equipa está alinhada e focada de acordo com o modelo traçado.

Que balanço fazem da atividade da marina? Quais foram os marcos (inovações, mudanças…) mais assinaláveis desde 1974? IC: Quando o projeto da Marina de Vilamoura foi concebido, foi visto, na altura, como algo bastante arrojado. A Marina de Vilamoura foi a primeira e única no País durante os seus primeiros 20 anos de vida. Foi uma das primeiras, a nível mundial, a receber a certificação do Sistema de Gestão Ambiental pela norma iSO 14 001, em julho de 2002, e a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, pela Norma iSO 9001, obtida em agosto de 2004. Ambas vieram juntar-se à Bandeira Azul da Europa para Marinas e Portos de Recreio (atribuída à Marina em 2001) e à distinção “5 âncoras”, pela Yacht Harbour Association– “Gold Anchor Award Scheme”, em 2008. importa realçar que ao longo destes anos temos vindo a dedicar grande esforço e empenho na melhoria contínua das infraestruturas e serviços prestados, tendo como principal preocupação oferecer elevados padrões de qualidade. O reconhecimento deste esforço espelha o nível de serviços atingido e os resultados obtidos na satisfação dos nossos clientes. A adaptação do dispositivo da marina ao mercado tem sido uma das mudanças significativas. como saberão, inicialmente a marina tinha mil postos de amarração, uma das maiores da Europa com capacidade para receber embarcações de seis a 40 metros de comprimento. A evolução da náutica de recreio tem sido enorme e a verdade é que o tamanho das embarcações tem vindo a aumentar. com esta conjuntura, alterámos alguns pontões, substituindo os postos de amarração mais pequenos para classes superiores, para ir de encontro à procura. O upgrade constante das infraestruturas tem sido também a nossa preocupação ao longo dos anos, de modo a disponibilizar sempre o melhor. também muito relevante foi a certificação da Marina e das praias que gerimos pelas normas iSO 14001 e iSO 9001, respetivamente, Ambiente e Qualidade. São certificações que resultam numa gestão muito eficaz, com procedimentos claros, o que reforça a confiança dos clientes. A obtenção das “5 âncoras” também foi um passo diferenciador.

O que aprenderam com os erros? O que tem sido mais desafiante ao longo destes anos? Em que domínios querem melhorar? IC: O mais desafiante foram os momentos de recessão por que passámos ao longo deste percurso, assim como o processo de inovação e adaptação às realidades com que nos confrontámos, de modo a salvaguardar a continuidade do negócio, sempre com a salvaguarda dos nossos clientes.

O que distingue a Marina de Vilamoura das restantes e o que está na base de tantos prémios? IC: Os prémios são fruto do reconhecimento e avaliação dos nossos clientes e motivo de particular satisfação, pois o nosso grande foco é e será sempre o serviço aos nossos clientes.

O que mudou com a compra da Marina pelos novos acionistas? De que forma a Marina se integra e integrará nos projetos previstos pelo Vilamoura World? IC: Os novos acionistas pretendem que Vilamoura se posicione num patamar de elevada qualidade. Encontramse verdadeiramente empenhados nesta missão e, claro, a Marina de Vilamoura é um dos vários projetos que abraçam.

Quais são as perspetivas e os projetos novos para a Marina? Quanto preveem investir nesses projetos ou serviços? IC: temos vários projetos que pretendemos desenvolver num curto espaço de tempo. todos estão relacionados com um projeto diferenciador que compreende o desenvolvimento de 68 postos de amarração para embarcações de grande porte, nomeadamente as classes dos 20 aos 40 metros. O objetivo é ir de encontro às necessidades

do mercado onde a procura é muito superior à oferta existente.

Quem são os clientes da marina? Qual a percentagem de portugueses e que outras nacionalidades se destacam? AL: 55% são portugueses, que têm cá a embarcação o ano todo. A nossa ocupação é praticamente metade anual e outra metade de dois a cinco anos. depois temos a outra parte que deixamos sempre para os passantes, naturalmente. Mas 55% dos utentes são portugueses. depois vêm os britânicos, os franceses e os espanhóis.

Que peso tem o mercado espanhol para a Marina e como o abordam? AL: O mercado espanhol tem uma pequena expressão na nossa marina, sendo a maioria destes clientes passantes, ou seja, têm a sua embarcação sediada em Espanha e vêm pela costa visitar Portugal.

O que querem atualmente os clientes de uma marina? O que é fundamental? AL: A grande qualidade das infraestruturas que uma marina como a de Vilamoura coloca à disposição dos que a visitam. Não só para as embarcações e seus ocupantes, mas também pelo conjunto de serviços que é colocado à disposição ao nível da manutenção e que fazem, no nosso caso, da Marina de Vilamoura, uma das mais procuradas a nível nacional.

Quantas pessoas emprega a marina? AL: temos uma equipa (marina e praias) de 51 pessoas que, entre março e setembro, é reforçada com cerca de 69 sazonais, para dar a melhor resposta ao cliente.

A história, os prémios e as distinções

A concessão da Marina e praias de Vilamoura integra o projeto imobiliário Vilamoura World (Lusotour) adquirido no ano passado à norte-americana Lone Star pelo fundo britânico do Grupo Arrow Global e por um conjunto de investidores nacionais privados, liderados por João Brion Sanches (atual CEO da Vilamoura World). Além de ampliação da capacidade da marina, com a construção de 68 postos de amarração para embarcações de grande porte, os novos donos anunciaram investimentos em promoção imobiliária de mais de 400 milhões de euros, num business plan a sete anos, comprometendo-se com a qualidade e sustentabilidade dos projetos. O Vilamoura World, situado no concelho de Loulé, tem as suas origens enquanto resort na década de 60, altura em que o empresário Arthur Cupertino de Miranda comprou um território de 1.600 hectares, na antiga Quinta do Morgado de Quarteira. O resort nasceu em torno da marina, cujas primeiras escavações datam de 1971. Em 1974 entrou o primeiro veleiro na Marina de Vilamoura, o “Giralda”, do Conde de Barcelona. A Marina de Vilamoura recebeu este ano, pelo 11.º ano consecutivo, a distinção de “Melhor Marina de Portugal”, pela “Publituris Portugal Trade Awards”. Foi uma das primeiras marinas a nível mundial a obter a certificação de Qualidade e Ambiente pelo ISO 14001 e ISO 9001, e a certificação europeia de Bandeira Azul para Marinas bem como a distinção de “5 Âncoras”, pela Yacht Harbour Association (TYHA); Conquistou o Título Internacional “Marina of Distinction”, por ter recebido, consecutivamente, no triénio 2015 a 2017 o prémio de “Melhor Marina Internacional”, atribuído pela The Yatch Harbour Association. Foi ainda eleita a “Melhor Marina Internacional” em 2019, 2020 e 2021, também pela TYHA. Como têm evoluído os cuidados com a sustentabilidade na gestão da marina? IC: As preocupações com a sustentabilidade na gestão da marina são uma constante. A certificação pela norma iSO 14 001 é por si só uma demonstração do respeito que temos pela sustentabilidade em toda a sua atividade. tal significa que a marina tem implementadas práticas para controlar, de modo rigoroso, as suas atividades, tendo como finalidade a minimização dos impactos ambientais associados, e que essas práticas se encontram internacionalmente reconhecidas.

Até que ponto a sazonalidade afeta a vossa atividade? IC: As condições de navegabilidade e climatéricas em Vilamoura são excecionais e propícias à náutica de recreio durante o ano todo. Prova disso é o movimento que se verifica, fruto do centro de treinos de Alta competição, que se encontra sediado na Marina de Vilamoura. trata-se de uma parceria entre a Marina de Vilamoura e a Vilamoura Sailing. O projeto foi concebido com o propósito de combater a sazonalidade e funciona, anualmente, de outubro a março. As condições climatéricas ímpares aliadas às infraestruturas disponíveis na Marina de Vilamoura e ao know-how da empresa Vilamoura Sailing resultam no sucesso deste projeto, que cativa as equipas de vela das classes olímpicas, a nível mundial, para aqui realizarem os seus treinos. como exemplo podemos referir que em 2021 participaram nesse centro equipas de 56 países.

Que impacto tem para a marina a realização de projetos como o “International Boat Show” ou os Campeonatos do Mundo da classe Laser/Ilca? IC: O “Boat Show internacional” da Marina de Vilamoura comemorou este ano o seu 25º aniversário. Nasceu tímido, mas tem vindo a crescer de ano para ano. com a especificidade de expor em terra e em água, tem vindo a ganhar notoriedade e é o evento náutico de maior relevo a nível nacional. 

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