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BRASIL- FORTALEZA CENTRO DRAGÃO DO MAR DE ARTE E CULTURA, Caderno de programação - outubro, 2006.

GONZAGAS Espetáculo músico-teatral do Coral da Universidade Federal do Ceará - UFC, que se propõe a aprofundar a pesquisa sobre as possibilidades cênicas de um grupo coral, numa reflexão sobre a construção da identidade do Homem Brasileiro. Em Gonzagas, o Coral da UFC, a partir de uma seleção de 16 canções de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, arranjadas para um coral de 33 vozes, enfrentará o desafio de discutir a questão da identidade dos que vivem nos grandes centros, buscando encontrar a sua própria identidade subjetiva diante da objetiva missão de cantar o Brasil.

O POVO, 21 de outubro, 2006. CANTO PARA OS GONZAGA Músicas de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha dão o fio condutor de Gonzagas, novo espetáculo do Coral da UFC que está em cartaz no Teatro do Centro Dragão do Mar. A concepção é assinada pelos reqentes Elvis Matos e Erwin Schrader. Propor uma nova aborda­gem para o canto coral, derivada do conceito de coro cênico popularizado no Brasil por grupos como Garganta Profunda e Céu da Boca no início dos anos 80, e introduzida por aqui pela maestrina Izaíra Silvino quando à frente deste Coral da UFC. Discípulos e continuadores daquele ideal, os regentes Elvis Matos e Erwin Schrader buscam dar passos à frente desde a reto­mada do Coral da UFC, no início dos 2000. Esta é a proposta da sé­rie de espetáculos que o grupo vem mostrando desde 2003 e chega agora seu quarto projeto, Gonzagas, baseado em músicas de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. Este novo espetáculo estreou no início do mês e cumpre temporada (agora ampliada) no Teatro do Centro Dragão do Mar, este final de semana e próximo além das duas próximas ter­ ças-feiras. Sempre às 20 horas. A idéia de Gonzagas nasceu duran­te a temporada de Borandá Brasil, o espetáculo anterior que chegou a ser mostrado até na Alemanha, através de trabalho de intercâmbio com a Federação Franco-Alemã de Corais. “Dois dos momentos mais fortes do Borandá eram justamente Xaxa­do, de Luiz Gonzaga, e Redesco­brir, de Gonzaguinha”, revelam os dois regentes e autores da concepção do espetáculo. Os 33 integrantes do Coral da UFC interpretam 19 músicas do mestre da música nordestina e de seu filho carioca. “Não é um mu­sical tradicional. Não há uma his­tória explícita a ser contada. A sequência do espetáculo sugere ao público que interprete a histó­ria, que há nas entrelinhas”, deta­lha Elvis. Por trás disso, há um estudo sobre a identidade e sub­jetividade do homem nordestino, entre o rural e o urbano; frente às necessidades do cotidiano. Gonzagas deve viajar. Já tem data marcada para ser apresentado em Sobral (dia 11 próximo) e estão sendo negocia­das outras cidades do interior do Ceará, além de Mossoró e Natal, no vizinho Rio Grande do Norte. “Faltam teatros na verdade. O es­petáculo tem toda uma concep­ção para palco de teatro”, 2 | ACUFC - CLIPPING


BRASIL- FORTALEZA DIÁRIO DO NORDESTE, 03 de outubro, 2006.

O Coral da UFC estréia esta noite seu novo espetáculo, “Gonzagas”, dedicado a arranjos próprios para obras clássicas e canções menos conhecidas de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. O espetáculo exemplifica o modo de trabalho do coral, que une a busca de uma nova linguagem - a partir da junção de elementos de dança, teatro e música - a um profundo envolvimento de todos os integrantes com as diversas etapas da produção. Tudo devidamente perpassado pela reflexão teórica sobre o fazer artístico, dados os estreitos laços entre o Coral e o Curso de Graduação em Educação Musical da UFC. Um trabalho que rende frutos como o convite para que o espetáculo que estréia hoje seja apresentado na Europa, repetindo no ano que vem a experiência iniciada em 2005, de intercâmbio com a Associação de Corais da França e da Alemanha Dois Gonzagas, unidos nas longas léguas da vida, por temas como amor, esperança, trabalho, os homens de cada lugar e o lugar de cada homem na tessitura da sociedade. Gonzagão e Gonzaguinha têm sua obra, de significados tantos, tão densos e ao mesmo tempo tão acessíveis, revisitada no novo espetáculo do Coral da UFC. “Gonzagas” dá prosseguimento ao trabalho do grupo, iniciado há 25 anos pelas mãos da maestrina Izaíra Silvino e continuado, mais recentemente, pelos regentes Erwin Schroeder e Elvis Matos. No matulão de vivências amealhadas ao longo dessa caminhada, uma característica: a busca de oferecer ao público - e aos próprios integrantes do coro - mais do que simples recitais, trabalhando música, teatro e dança em espetáculos como “A vida é só pra cantar”, “Nós e o mar” e “Borandá Brasil”. Agora, o Coral da UFC apresenta ao público sua nova produção, elaborada em um momento extremamente positivo do grupo, em relação à instituição que o acolheu e batizou. É que o Curso de Graduação em Educação Musical, recém-implantado pela universidade com uma turma de 30 alunos selecionados em um vestibular em que sete pessoas concorreram a cada vaga, encontra-se em plena atividade, tendo o coral como natural projeto de extensão. As aulas acontecem principalmente no período da manhã, na Casa de José de Alencar, e os oito professores do curso até o momento (egressos do Instituto de Cultura e Arte - ICA, como Erwin, e da Faculdade de Educação da UFC, como Elvis) procuram estimular a parceria entre os estudantes e o coro. Conseqüência da própria ênfase do curso em canto coral. “Não é que as coisas sejam fáceis, porque na universidade pública via de regra não são, mas o curso tem tido todo o apoio da administração da UFC”, ressalta Elvis Matos, otimista quanto ao futuro do curso e aos frutos da estreita ligação das atividades pedagógicas com a prática proporcionada pelo coral. “Essa linguiagem que o coral vem trabalhando é uma coisa nova, que só existe aqui, essa união entre teatro, dança e música. Poderíamos chamar de coro cênico, se bem que todo coro é cênico a seu modo, ou talvez de coro vivo, o que dá bem a idéia da dinâmica do coro, da importância que cada integrante tem no palco, da linguagem que queremos mostrar”, complementa, sobre o grupo que reúne, no novo espetáculo, 36 pessoas em cena. “Gonzagas” começou a nascer do espetáculo anterior, “Borandá Brasil”, apresentado ao longo do ano passado, como uma viagem a diversas origens, sotaques e expressões da

música brasileira. “O ‘Borandá’ terminava com um xaxado na primeira parte e a segundo com ‘Redescobrir’, do Gonzaguinha. Eram duas músicas que tinham muito impacto nas apresentações. Daí surgiu a idéia de trabalhar o repertório de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha”, aponta Erwin Schroeder. “A idéia é simples, e até óbvia. Mas veio naturalmente, e procuramos buscar fazer mais do que um recital, inclusive escolhendo canções que não são tão conhecidas do grande público. Mostramos agora visões do retirante que vêm para a cidade, que se torna um operário urbano, mas mantém suas raízes sertanejas, o que é um tema muito forte na obra do Luiz Gonzaga e do Gonzaguinha”, acrescenta Elvis Matos sobre o novo espetáculo, que, entre a elaboração coletiva de 90% dos arranjos, a produção de cenário e figurino e os ensaios em diferentes etapas, vem sendo produzido desde setembro de 2005. “O espetáculo pergunta, enfim, quem somos nós. Os gonzagas não são apenas os Luizes”, sugere, citando, entre as gemas incluídas no repertório, “Asa Branca” e “Estrada de Canindé”, por parte de Gonzagão (com arranjos de Orlando Leite e José Gomes), “Viver amar valeu” e “De volta ao começo”, de Gonzaguinha (com arranjos do grupo e de professores como Tarcísio José de Lima). Segundo os professores e regentes, em “Gonzagas” o Coral da UFC aprofunda mais uma característica já peculiar do grupo, de junção entre o canto e a expressão corporal, celebrando o Nordeste festivo e culturalmente rico. “O coral transforma muito as pessoas nesse sentido, gera um envolvimento do grupo em todas as fases da produção. E muita gente descobre talentos e capacidades novas. Não temos um curso de performance, mas estamos fazendo e aprendendo, refletindo sobre esse fazer”, descreve Erwin Schroeder. As lições incluem ainda a viabilização da produção, que demanda mais recursos, conforme se eleva o grau de sofisticação em recursos técnicos e cenográficos. “Além do ICA e da UFC, da Associação Cearense de Pesquisa e Cultura e da Associação de Amigos do Coral da UFC, agradecemos o apoio da Odonto System e da Fundação Beto Studart”, cita Erwin, apontando que os custos para a montagem do espetáculo em temporada seguem altos, mesmo para um grupo contemplado no Edital de Montagem de Espetáculo da Secretaria de Cultura do Governo do Estado. “O edital nos dá um valor de R$6 mil para montar o espetáculo. Desse valor, tiramos impostos e, só pra pagar a pauta das nove datas no Teatro do Dragão, são R$3, 7 mil. Não estamos reclamando, até porque o coral é extremamente organizado para a parte financeira, mas o fato é que o Dragão é uma entidade pública que se comporta como uma empresa privada, inclusive ao lidar com uma instituição pública como a UFC, sem fins lucrativos. Não é uma reclamação, e sim preocupação de criar condições para que espetáculos assim possam ser feitos no Ceará”, relaciona Elvis Matos, citando o centro cultural, gerido na forma de uma Organização Social - OS, cujo financiamento vem em 90% do Governo do Estado, através de convênio para repasse de cerca de R$5 milhões anuais em recursos públicos. “Seja como for, apostamos no formato de temporada, apesar de qualquer dificuldade. Não só porque a temporada dá mais chances ao público de ver o espetáculo, mas também porque o espetáculo cresce ao longo da temporada”, emenda Erwin Schroeder. “O Coral da UFC sempre projetou seu CORALUFC | 3


SOBRAL- BRASIL JORNAL NOROESTE, 10 de novembro, 2006.

ESPETÁCULO MÚSICO-TEATRAL Coral da UFC apresenta “Gonzagas” em Sobral Músicas de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha dão o fio condutor de “Gonzagas”; novo espetáculo do Coral da Universidade Federal do Ceará -UFC, que será apre­ sentado neste sábado, 11, às 20h, em Sobral, no Teatro São João. A concepção é assinada pelos regen­tes Elvis Matos e Erwin Schrader. Trata-se de um espetáculo músi­co-teatral que se propõe aprofun­ dar a pesquisa sobre as possibili­dades cênicas de um grupo coral, numa reflexão sobre a constru­ção da identidade do homem bra­sileiro, alcançada a partir de uma seleção de 19 canções de Luiz Gon­zaga e de Gonzaguinha, arranja­das para um coral de 33 vozes. Ao longo dos últimos 20 anos, o Coral da UFC dedicou-se à pes­quisa e construção do repertório brasileiro para Coral, desenvol­vendo um trabalho de pesquisa das possibilidades expressivas de seus cantores, para além da voz, explorando em forma de espetá­ culos as possibilidades do espaço teatral. Em “Gonzagas”; o Coral da UFC vislumbra a questão da iden­tidade e da subjetividade de ho­mens e mulheres, principalmente nordestinas, que no conturbado ritmo da cotidianidade alienam­-se de si mesmos, de seus desejos, sonhos e aspirações mais íntimas, O grupo tem 33 participantes e um repertóriode 19 canções de Luiz Gonzaga e de Gonzaguinha. Em busca da satisfação das neces­sidades mais imediatas. O espetá­culo retoma parcialmente o tema do êxodo - a caminhada dos “sem chuva”: O Coral da UFC enfocará o desejo de retorno, o sonho com a origem amputada e, simultanea­-mente, enfrentará o desafio de discutir a questão da identidade dos que vivem nos grandes centros, buscando encontrar a sua própria. A identidade e subjetividade do homem nordestino Propor uma nova abordagem para o canta coral, derivada do conceito de coro cênico populari­zado no Brasil por grupos como Garganta Profunda e Céu da Boca no início dos anos 80, introduzida no Ceará pela maes­trina Izaíra Silvino quando à fren­te do Coral da UFC. Discípulos e continuadores daquele ideal, os regentes Elvis Matos e Erwin Schrader buscam dar passos à frente desde a retomada do Co­ral, no início do ano 2000. Esta é a proposta da série de espetáculos que o grupo vem mostrando des­de 2003 e chega agora seu quarto projeto, “Gonzagas”, baseado em músicas de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. Este novo espetáculo estreou no inicio do mês e cumpriu temporada no teatro do Centro Dragão do Mar, em Fortaleza. 4 | ACUFC - CLIPPING

A idéia de “Gonzagas” nasceu durante a temporada de Borandá Brasil, o espetáculo anterior que chegou a ser mostrado até na Alemanha, através de trabalho de intercâmbio com a Federação Franco-Alemã de Corais. “Dois dos momentos mais fortes do Borandá eram justamente Xaxado, de Luiz Gonzaga, e Redescobrir, de Gonzaguinha”, revelam os dois regentes e autores da concepção do espetáculo. Falando sobre “Gonzagas”; o maestro Elvis detalha que “não é um musical tradicional. Não há uma história explícita a ser conta­da. A seqüência do espetáculo su­gere ao público que interprete a história que há nas entrelinhas”. Por trás disso, há um estudo so­bre a identidade e subjetividade do homem nordestino, entre o rural e o urbano, frente às necessidades do cotidiano. Gonzagas também deve viajar. Depois de Sobral, o espetáculo será apresentado em outras cidades do interior do Ceará, além de Mossoró e Natal, no Rio Grande do Norte. “Faltam teatros na ver­dade. O espetáculo tem toda uma concepção para palco de teatro, apontam Erwin Schrader e Elvis Matos, acrescentando que em se­tembro de 2007 novamente o Coral da UFC


BRASIL- FORTALEZA CENTRO DRAGÃO DO MAR DE ARTE E CULTURA, Caderno de programação - outubro, 2006.

GONZAGAS Após temporada de sucesso em 2006, o grupo lança o DVD do espetáculo músico-teatral do Coral da Universidade Federal do Ceará - UFC, Se propõe a aprofundar a pesquisa sobre as possibilidades cênicas de um grupo coral, numa reflexão sobre a construção da identidade do Homem Brasileiro, alcançada a partir de uma seleção de 16 canções de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, arranjadas para um coral de 33 vozes.

DIÁRIO DO NORDESTE, Caderno 3 03 de outubro, 2006.

O ENCONTRO DOS GONZAGAS NO PALCO A vida interiorana permeou todo o trabalho de Luiz Gonzaga. As composições do pernambucano de Exu eternizaram a peleja do sertanejo pela sobrevivência e a saída da terra num pau-de-arara, mas também o amor ao seu cantinho, as conversas na calçada, a simplicidade da vida no sertão nordestino. Já o filho, Gonzaguinha, que herdou do pai adotivo o nome e o talento para a música popular, trazia essencialmente nas canções a marca do menino urbano, nascido e criado no Rio de Janeiro, mas que convivia na metrópole absorvedora com a mistura de culturas. Encontrar o laço dessas duas gerações musicais foi o desafio do Coral da Universidade Federal do Ceará. O resultado foi o espetáculo Gonzagas, que usa as criações dos compositores pai e filho para tentar entender o urbano a partir das relações do interior, em cartaz neste domingo (22), no teatro do Centro Dragão do Mar. O Coral aproveita para lançar o DVD da apresentação, gravado ao vivo. O coral utiliza de elementos de outras linguagens artísticas para compor a apresentação de 33 vozes. Elementos cênicos, de figurino e de marcação estão presentes no espetáculo, embora Erwin Scharder, regente do coral, frise que ele não se trata de uma peça musical. Tais elementos são, na verdade, complementos do que tem de fundamental no coral: a música. Um momento em que é usado o sapateado, por exemplo, não é a dança o mais importante para a cena, mas o ritmo produzido pelo tocar dos sapatos no tablado. Através da música, o coral permeia a identidade

urbana e rural das cidades nordestinas, contando não uma história, mas uma diversidade de narrativas que acompanham as letras dos compositores. “Aqui em Fortaleza, em mais aos prédios da Aldeota convivem as minúcias do cotidiano, da vida privada em público, das cadeiras nas calçadas. O espaço urbano não perdeu a origem e a identidade rural”, acredita Erwin. A pesquisa para a composição de Gonzagas tentou fugir de chavões. Dessa forma, algumas músicas de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha ganharam novos arranjos criados especialmente para a apresentação pelo Núcleo Universitário de Composição e Arranjo, da UFC. Ao todo, 19 músicas imortalizadas pelos CORALUFC | 5


BRASIL- FORTALEZA REVISTA UNIVERSIDADE PÚBLICA, maio/junho, 2007.

homens e mulheres, principalmen­te nordestinos, que no conturbado ritmo da cotidianidade alienam-se de si mesmos - de seus desejos, sonhos e aspirações mais íntimas - em busca da satisfação das necessidades mais imediatas”, aponta o material de divulgação do espetáculo.

Ao enfocar as questões do êxodo rural, Gonzagas discute esteticamente o deslocamen­to geográfico e suas diversas implicações. O trabalho, além de ter sido registrado em mí­dia digital, agora será exibido em outras terras. Enquanto acompanha a receptividade local ao DVD, o Coral da UFC prepara-se para mais um desafio: a terceira viagem internacional, agendada para setembro, dentro do Projeto Intercâmbio Coral Brasil-Europa 2007. A primeira apresentação fora do Brasil foi ainda em 1965, no Chile, apenas seis anos após ser fundado. Trinta e cinco anos depois, em 2005, o coral voltou a se apresentar no Ex­terior, por meio do Projeto Intercâmbio Brasil­/Alemanha, com o espetáculo Borandá Brasil. Em 26 dias, percorreu cidades alemãs, participando de recitais, workshops e palestras sobre música brasileira e a atividade de canto coral no Brasil. O recital incluiu obras do cancionei­ ro erudito nordestino e brasileiro, ressaltando ritmos como maracatu, xaxado, xote, baião, samba e marcha. Coral da UFC lança DVD com interpretações de músicas de Gonzagão e Gonzaguinha e prepara-se para mais uma turnê na Europa

Cantando há quase meio século, o Coral da Universidade Federal do Ceará (UFC) ain­da não tinha um registro fonográfico à altura de sua trajetória. Nos anos de 1960, quando era Madrigal da Universidade do Ceará, o grupo lançou um LP com canções de Natal. Depois, em 1988, quando estava desativado, o coral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) preenchia a lacuna dentro da univer­sidade e gravou o CD Pra Gente Ser Feliz. Mas nada do porte do trabalho musical e cênico do Coral da UFC.

Agora, aos 48 anos, como que para recu­perar o tempo sem registros, o Coral da UFC apresenta ao público, antes mesmo de um CD, um DVD, lançado oficialmente no dia 22 de abril deste ano, no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. O DVD Gonzagas foi gravado ao vivo, no último dia da tempo­rada de 2006 do espetáculo homônimo, e em duas sessões, sem público, mas ininterruptas, para captação de som e imagens fechadas. “Isso confere um valor maior ao trabalho, pois tanto o som quanto as imagens foram captados ao vivo, sem cortes ou edições em estúdio”, obser­va o regente Erwin Schrader. O espetáculo se desenvolve em torno de 20 músicas do Rei do Baião, Luiz Gonzaga (1912-1989), e do seu filho, Luiz Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha (1945-1991). “Em Gonzagas, o coral vislumbra a possibilidade de abordar a questão da identidade e da subjeti­vidade de 6 | ACUFC - CLIPPING

A música genuinamente brasileira, espe­cialmente nordestina, é prioridade na escolha do repertório do Coral da UFC. O próprio es­tatuto do coral, criado nos anos 80, orienta que a prioridade seja para a música brasileira e/ou latino-americana, popular e/ou erudita. E os temas que compõem os espetáculos estão em sintonia com essa brasilidade.

Outro diferencial do trabalho é que, a par­tir dos anos 80, principalmente, com a regência da professora Izaíra Silvino, o grupo passou a associar o canto a outras manifestações artís­ticas, transformando a apresentação em um autêntico espetáculo, com interpretação, co­reografia, figurino, cenário e iluminação. Ao longo dos últimos 20 anos, o trabalho cênico em conjunção com a voz foi se aperfeiçoando e criando novas condições para o desenvolvi­mento da música.


O DIÁRIO DO NORDESTE 28 de junho, 2007.

formação de opiniões e pode ser um importante objeto de mercado, tradutor da essência de suas raízes e tradições musicais”, define Beatriz Diogo, uma das organizadoras do seminário, dividido em momentos acadêmicos, conversas públicas e espetáculos de coral, e cujo título vem de Paulo Freire.

O coro-espetáculo é o foco do seminário “Cantando Bonitezas e Decências”, com abertura, hoje, às 9 horas, na Casa José de Alencar O coro-espetáculo é uma modalidade de coral, que se propõe não só a cantar, mas a utilizar o corpo como forma de expressão e de valorização do que se está cantando. Pela primeira vez na cidade, ele será tema de um evento que estende-se até primeiro de julho, entre a Casa José de Alencar e o Teatro do Centro Dragão do Mar. O objetivo do seminário é tentar socializar o interesse e a necessidade de, cada vez mais, ampliar o estudo, a pesquisa e as reflexões sobre a estética e a ética da História do Movimento Coral do Ceará.

Nos “momentos acadêmicos” (todas as manhãs, no auditório da Casa de José de Alencar), haverá uma defesa de tese de Doutorado em Educação e duas apresentações de pesquisas; nas conversas (a partir de dezenove horas, no Centro Cultural Dragão do Mar) - três momentos (com regentes, coralistas e estudiosos) falando de bonitezas e decência de mãos dadas. Entre as apresentações, no auditório do Centro Dragão do Mar, hoje tem o Coral da Igreja do Cristo Rei. Amanhã, no Teatro do CCDM, tem o espetáculo “Minhas histórias da mata”, do Coral Moenda de Canto. No dia 30, o Coral da UFC apresenta o aplaudido espetáculo “Gonzagas”, também no Teatro. E dia primeiro, além do lançamento do livro de Izaíra, tem o espetáculo “Show da Vida” do coral Vozes de IV FESTIVAL DE MÚSICA NA IBIAPABA (convite) 21 a 28 de julho, 2007.

O seminário é dividido em momentos acadêmicos, conversas públicas e apresentações de canto. O ponto culminante é o lançamento do livro “... ah! Se eu tivesse asas...”, sobre Música e Educação, e de autoria de Izaíra Silvino, um relato sobre sua experiência de longos anos como regente do coral da UFC. Ela é a criadora do coro-espetáculo no Ceará, modalidade criada no final do século passado. Uma estética e uma ética calcadas nas manifestações populares cearenses, com participação coletiva intensa e opção declarada pelo pensamento e obra de autores do cancioneiro popular brasileiro. “No Ceará, a atividade coral é um espaço de CORALUFC | 7


ALEMANHA

Intercâmbio

Brasil

-

Europa

ZEITUNG PFORZHEIMER - Alemanha 21 de setembro, 2007. POBRE NO CAMPO, SOLITARIO NA CIDADE

0 Coral Brasileiro transmite na cidade de Neulingen, Alemanha, os sentimentos de vida de sua terra; muitasamizadesforam consolidadas. Apos uma apreciasao estetica extravagante, um publico entusiasmado se despede, no pavilhao Bauschlotter Grafin-Rhena, dos estudantes brasileiros da UFC. Aclamaçoes de pé. Ja pela segunda vez estes jovens membros do coral visitam a Europa. Estes cantores viajaram por Varsovia, Stettin (Polonia), Bremen, Colonia e apos as apresentasoes em Neuligen, seguirao para Paris. A IigaSao desta amizade entre os corais do Brasil e Neulingen (Alemanha) foi entrelasada por Andreas Buttner, regente do coral da comunidade de Nussbaum. Com o Coral “Young Moments”; ja em 2005, os espectadores daquele concerto, no pavilhao de Nussbaum Weiher, ficaram fascinados pelo talento e simpatia deste coral.

Efeitos de luz impressionantes Carregados de emoGoes os 34 membros , com idades entre 20 a 35 anos, estudantes e docentes, assim como os dois professores Erwin Schrader e Elvis Matos que dirigiram o coral. Com o show “Gonzagas” eles arrebataram os visitantes em seu pais, que descreveram os sentimentos de vida de uma populasao de uma regiao muito pobre, o Nordeste Brasileiro. Isto foi impressionante, apresentado com miasica, danGa e elementos de dramaturgia e representado com eficacia atraves de panos coloridos e efeitos luminosos. “Gonzagas” originou-se a partir das canGoes do compositor Luiz Gonzaga (1912/1989) e de seu filho de mesmo nome (1945/1991). O show trata de pessoas que queriam sobreviver e que em sua terra natal, o Nordeste Brasileiro, confrontavam-se com a fome, assim como em Fortaleza, com a solidao. Gonzagas e um sonho, no entanto, as vezes, as pessoas num sonho poderiam achar a sua felicidade, diz Schrader. A materia do show e de carater regional. Alem disso, o coral descreve tambem problemas que ocorrem nas grandes cidades. A figura principal, Luiz Gonzaga, nasceu e cresceu numa pequena cidade do Nordeste Brasileiro. Na procura de uma vida melhor, ele foi para o sul do pais. Ali ele tocava no seu acordeon a miasica do Nordeste e obteve com as suas cangoes um grande sucesso. Seu filho, chamado de “Gonzaguinha”; nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Suas canGoes tratavam principalmente da luta pela sobrevivencia das pessoas pobres numa cidade grande, assim como sobre o amor.

das apresentaçoes cenicas e dangas com figurantes, como por exemplo em “Macho, Macho”; de Reinhard Fendrich, ou “Nein, nein, so shon kann doch kein mann sein”; de Gitte. Sob o lema” kummer und sorgen’; houve um medley de tres canGoes, como por exemplo, “Liebeskummer lohnt sich nicht”; na qual tambem aconteceram cenas de amore briga.

Gonzagas é um espetáculo excepcional apresentado pelo Coral da Universidade Federal do Ceará, de Fortaleza, no nordeste do Brasil, que passou pela Alemanha durante sua turnê europeia. No período de 9 a 19 de de setembro, o coral se apresentou em bremen, Colônia (aí, junto com o Coral Vozes do Brasil), Wilhelmshaven, Reinhausen e Neulingen-Bauschlott, perto Pforzheim. Os Gonzagas são Luiz Gonzaga (1912/1989), o chamado “Rei do Baião”, e seu filho Gonzaguinha (1945/1991). Com 19 canções destes compositores e cantores famosos o Coral faz uma reflexão sobre a procura da identidade dos Brasileiros, com elementos de dança e teatro. As peças escolhidas dos dois compositores brasileiros para o show foram arranjadas especialmente para este coral, com seus 33 canores. O público alemão ficou entusiasmado. (REVISTA TÓPICOS - 03/2007, PÁG. 41 - circulação na Alemanha)

Pontes Estabelecidas “Música une as pessoas, ela e a única lingua que e falada e entendida por todo mundo e contribui para o entendimento dos povos”; diz o regente do coral Buttner. Entre Fortaleza e Neulingen, pontes foram estabelecidas com sucesso, assim como, apos dois anos, amizades foram fortalecidas e aprofundadas. Assim agradecia Buttner as pessoas que hospedaram em suas familias os amigos brasileiros. O Coral “Young Moments”; sob a regencia de Buttner e com o musical “Unsere kleine kneipe” fez a abertura do show da noite de concerto - com o titulo, de Peter Alexander, “Die kleine kneipe”. Para as pegas individuais foram incorpora8 | ACUFC - CLIPPING

Notas sobre os espetáculos do CoralUFC na cidade de Colônia - 14 setembro - Gonzagas e 16 de setembro - Recital 3 Tempor do Homem (TERMINE - semana de 14 a 20set2007 - Colônia Alemanha.


FRANÇA

Intercâmbio

Brasil

-

Europa

LA MONTAGNE - Aurillac 20 de setembro, 2007.

AURILLAC INFOS setembro, 2007

Por ocasiao de um projeto de intercâmbio entre corais do Brasil e da Europa, o coral Multiphonie recebeu o coral da Universidade Federal do Ceara, do Brasil. No quadro de intercambio com os corais alemaes nos anos oitenta, Multiphonie tomou parte de um grupo franco-alemao para descobrir as culturas dos dois países. No presente, estes intercambios se tornaram mundiais com a vinda a Aurillac do coral brasileiro de Fortaleza. Este grupo coral efetuou desde o fim de agosto uma turne europeia. ComeGando pela Polonia, depois continuou pela Alemanha. Duas apresentações estao previstas na FranSa, em Aurillac e em Paris. 0 “Coral da Universidade Federal do Ceara”, criado em 1959, agrupa estudantes e pessoas de todas as categorias socio-profissionais. 0 Coral introduziu na sua programaGao a danGa e o teatro assim como a percussao e o violao. O coral cantalense recebera seus homologos brasileiros nos vilarejos do Cantal, onde eles terao a possibilidade de degustar as especialidades de Auvergnates. Eles estarão hospedados com as familias do coral de Aurillac para favorecer o intercâmbio cultural entre os dois paises. E na quarta-feira, 26 de setembro, no palco do centro cultural de Vic-surCere, os dois corais darão um concerto gratuito. O coral brasileiro se apresentara sozinho no palco do Centro de convenções de Aurillac, na sexta-feira, 28 de setembro, as 20h30, corn o seu espetaculo “Gonzagas”; um drama musical que mistura coro e teatro. Este espetaculo e sobre a obra de dois membros da familia Gonzagas. Eles realizaram musicas

VOIE DU CANTAL - Aurillac 26 de setembro, 2007.

O coral Multiphonie de Aurillac recebe, no quadro de um intercambio, de 25 a 29 de setembro, um coral brasileiro. Este projeto de intercambio entre corais do Brasil e da Europa preve concertos dados em comum pelos grupos vocais e também a apresentação do show “Gonzagas”. Em setembro de 2007, o Coral da Universidade Federal do Ceara de Fortaleza do nordeste do Brasil vem novamente a Europa. Durante esta viagem, os brasileiros encontram os corais afiliados a Federação dos Corais Franco-alemães do qual Multiphonie e membro desde 1985. Visitarão também Varsóvia, Bremen, Colônia, Paris e Aurillac. Eles são 37 cantores que se hospedarão com os coralistas do Multiphonie, de 25 a 29 de setembro, e em troca, uma delegação dos corais que os receberam será recebida nas mesmas condições em Fortaleza em agosto de 2008. Durante sua estadia em Aurillac, duas manifestações estão previstas: Um concerto em comum, com os Corais da Universidade Federal do Ceara e Multiphonie, dado no Centro Cultural de Vic-Cere na quarta-feira, 26 de setembro, as 20h30. Este concerto será gratuito. As obras do repertorio europeu e do repertorio brasileiro figuram no programa assim como algumas pesas cantadas em comum.

No destaque, um projeto de intercâmbio entre corais do Brasil e da Europa, o Coral da Universidade Federal do Ceara, de Fortaleza, convidado pelo Coral Multiphonie estara em Aurillac de 25 a 29 de Setembro. Além da descoberta dos hábitos e costumes e das paisagens cantalenses, duas apresentações estão programadas: *Quarta-feira, 26 de setembro, as 20h30, no palco do centro cultural de Vic-surCere, os dois corais darão um concerto gratuito. *Sexta-feira, 28 de setembro, as 20h30, no palco do centro de convenções de Aurillac, o coral brasileiro apresentara o espetáculo musical “Gonzagas”; que mistura canto, violão, percursão,

Na sexta-feira 28, as 20h30, no palco do centro de convenções de Aurillac, será apresentado “Gonzagas”; um espetaculo que mistura elementos de teatro, musica e dança, e que parte da reflexão, em 20 peças, sobre a evolusao da identidade brasileira. Os compositores deste espetáculos, Luis Gonzaga e Luis Gonzaga Junior, são muito conhecidos no Brasil. Este espetáculo será pago: 10 euros e 5 euros para os menores de 16 anos assim como para os desempregados sob apresentação de justificativa. Uma bilheteria será aberta no centro de convenções no curso da semana precedente ao espetáculo. (AuriICORALUFC | 9


BRASIL- FORTALEZA DIÁRIO DO NORDESTE, 21 denovembro, 2007.

reiterar que o atual nível da produção musical cearense e digno de aplausos por exigentes plateias europeias. Incluindo participantes do movimento coral em países mais afeitos a educação musical. Um p6blico total estimado em mais de 3 mil pessoas que, de acordo com Erwin Schrader, professor da graduação em Educação Musical da UFC e um dos regentes do coral, literalmente se encantaram com a concepção de coro cênico trabalhada pelo grupo cearense. Como demonstrado em espetáculos como “Gonzagas “, que o coral também levou a Europa, com a música de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, os integrantes do coral cearense nao apenas se preocupam em cantar correta e criativamente, mas também em desenvolver outros elementos cênicos, do figurino a expressão corporal, passando pela encenação de personagens e por diversas interpretações, de acordo com cada canGao. Canto, teatro e dança unidos, na busca de uma quarta linguagem, própria e diferenciada. “Fizemos inclusive uma palestra na Universidade de Colônia sobre o coro cênico, que chama muito a atenção deles, porque o coro europeu e mais tradicional. Eles acham que não e possível cantar afinado e ter todo o movimento ao mesmo tempo”; ressalta Erwin. “Em alguns lugares eles ficavam tao impressionados que diziam: “Vocês são profissionais”. Como querendo dizer que nisso a gente esta em outro nível. E um intercambio valioso”. Para o regente, a segunda temporada na Europa, com o grupo de 37 pessoas, dos quais cerca de dois terços estiveram também na turnê de 2005, resultou em um maior amadurecimento do coral. “Ampliamos o que fizemos em 2005, voltamos a algumas cidades e nos apresentamos em outras”; detalha. “Desta vez, tivemos mais divulgação e cantamos em locais maiores, com mais publico. Eles ja conheciam o nosso trabalho, sabiam o que esperar. E tinham principalmente a expectativa de ver um novo espetáculo como o ‘Gonzagas’, falando do Ceara, do Nordeste”. Em 2008, europeus no CE

Com a boca no mundo

O Coral da UFC realiza amanha, as 20h, na Igreja dos Remédios, no Benfica, a última apresentação em 2007 de seu recital ‘Três Tempos do Homem’. Fechando um ano marcado por uma bem-sucedida turnê por Polônia, Alemanha e França. A apresentação do recital “Três Tempos do Homem” amanha, as 20h, na Igreja dos Remédios (próxima a Reitoria da UFC, no bairro Benfica), marca o encerramento de um ano bastante corrido para o Coral da Universidade Federal do Ceara. Salvo as atividades costumeiras dos coros em dezembro, o grupo começa a pensar no próximo espetáculos, previsto para meados de 2009, por enquanto trabalhado sob o titulo de “Abraços”. Antes disso, neste Dia da Musica, uma derradeira passagem pelo recital que, em setembro deste ano, foi aplaudido pelo p6blico do Velho Mundo, na segunda turnê europeia do grupo. Depois de visitar diversas cidades da Alemanha em 2005, o Coral da UFC retornou a Europa este ano, a convite da Associação de Corais Franco-alemães. Oriundo de um contexto em que o fazer artístico costuma ser marcado por grandes dificuldades, além de uma crise de auto-estima que vez por outra teima em dar as caras, o grupo conseguiu, nas apresentações realizadas em 8 cidades de Polônia, Alemanha e França entre 31 de agosto e 30 de setembro deste ano, 10 | ACUFC - CLIPPING

Entre as apresentações que se destacaram no roteiro de 30 dias cumprindo em ônibus fretado as distancias entre três países, Erwin Schrader aponta recitais como os realizados em Paris, na Igreja medieval de Bremen, Alemanha, e no Museu da Coleção de Arte do Papa Joao Paulo II, em Varsóvia, Polônia. Apresentações em que o p6blico pode adquirir registros do trabalho do Coral da UFC, como o DVD do espetáculo ‘Gonzagas’ (gravado no Teatro do Centro Dragão do Mar) e o CD do recital ‘Três Tempos do Homem ‘ (ao vivo no Auditório da Casa de Jose de Alencar), especialmente produzido a pedido dos colegas europeus - e de tiragem, infelizmente, esgotada. “Eles pediram um material de divulgação. Gravamos aqui, e o resto eles fizeram tudo lá. Como eles t2m o habito de cantar e gravar em igrejas, a sonoridade e parecida, salvo pelo som dos passarinhos na Casa de Jose de Alencar”, brinca Erwin, citando que o grupo também passou pelas cidades de Colônia e Neulingen (na Alemanha), Aurillac (na França) e Sttetin, na Polônia. Ja em 2008, a parceria se completara com a vinda ao Ceara de integrantes de diversas corais dos três países visitados. “Serão 40 pessoas, e eles ate gostariam que fossem mais, mas pra gente seria complicado viabilizar. Elas vao se juntar, ensaiar e trazer um repertorio. Devem chegar em 2 de agosto e passar duas semanas aqui “, indica Erwin Schrader, destacando os apoiadores locais que viabilizaram a incursão do Coral da UFC pelo Velho Mundo: além da universidade, Secult, Fundação Beto Studart, Odonto System, EIM, Fo-


Na semana do Dia Mundial da Voz, o canto e os demais meios de uso profissional da voz são tema de atividades em Fortaleza

O DIÁRIO DO NORDESTE 15 de abril, 2008.

Até quem sabe a voz do dono gostava do dono da voz / Casal igual a nós, de entrega e de abandono / De guerra e paz, contras e prós / Fizeram bodas de acetato - de fato, assim como os nossos avós / O dono prensa a voz, a voz resulta um prato, que gira para todos nós. Nos versos do poeta Buarque, a descrição a descrição das lidas de quem tem a voz como instrumento - artístico e profissional. Na capital cearense, são várias as vozes que ecoam noite afora, nos teatros e centros culturais, na informalidade dos bares, no violão batido nas calçadas, nas churrascarias fumaçando teclados, nas casas de forró em que o volume do som é proporcional à disposição para horas e horas de show, com inúmeras atrações. A voz ganha homenagem mundial no 16 de abril, dia dedicado pelos fonoaudiólogos e por outros profissionais a chamar atenção para a necessidade de cuidados ao que é, para muitos, um meio de vida. Não apenas de artistas como atores e, principalmente, cantores, mas também para professores, radialistas, locutores, entre outras categorias. A data, celebrada há seis anos em âmbito internacional e no Brasil motivadora da 10ª Campanha Nacional da Voz, não passa em branco na capital cearense. O Conservatório de Música Alberto Nepomuceno preparou uma programação que inclui, hoje e amanhã, diversas atividades especialmente voltadas ao canto popular, mas também de interesse de outros públicos possíveis. Entre os participantes, alunos do Curso de Fonoaudiologia da Universidade de Fortaleza, que por sua vez também desenvolverá atividades no próprio campus, em escolas de Ensino Médio e em municípios do Interior. Em nome da voz ´Coralistas, cantores da noite, radialistas, professores, enfim, qualquer pessoa que use a voz como profissão pode participar. As atividades são abertas ao público em geral´, convida a professora Marta Carvalho, há 15 anos ensinando no Conservatório Alberto Nepomuceno - 10 deles dedicados especificamente ao canto popular. ´Teremos palestras sobre o uso da voz, mais voltadas para o canto, e vamos fazer avaliações também, em parceria com uma turma do Curso de Fonoaudiologia. São avaliações acústicas, por meio da gravação da voz e de sua análise com um programa de computador, e perceptuais, com a resposta a diversas perguntas de um questionário. A partir daí, procuramos passar orientações sobre o cuidado e sobre como fazer melhor uso da voz, que tem características particulares para cada pessoa´ Entre outras atividades da programação no Conservatório estão palestras sobre ortodontia e audição. ´São áreas com as quais as pessoas não se preocupam muito, mas que acabam gerando problema a muitos cantores´, comenta a professora Marta Carvalho, para quem o uso contínuo da voz ao longo de apresentações musicais extensas, freqüentes na noite de cidades como Fortaleza, pode cobrar um alto preço aos artistas ´Por mais que um cantor esteja preparado, a corda vocal, que é nosso instrumento, produz o som, é um músculo que precisa ser trabalhado. Normalmente, em sala de aula, a gente detecta a falta de preparação muscular e indica exercícios e cuidados pro cantor exercer sua profissão por muito mais tempo´, acrescenta Marta, comparando a atividade de cantor à de jogador de futebol. ´Por mais que os grandes jogadores do futebol mundial tenham todo o acompanhamento médico e físico, ainda assim eles têm problemas musculares. Imagine o que acontece com um cantor que não toma o cuidado de fazer nenhum acompanhamento da sua voz. Ele pode se ver obrigado a encerrar a carreira mais cedo´ Entre condições de trabalho que deixam patentes as dificuldades para os profissionais do canto, a professora cita equipamentos de má qualidade, falta de retorno (caixas de som ou fones para que o cantor escute devidamente a pró-

pria voz, ao se apresentar), ambientes ruidosos (como bares e restaurantes lotados). ´Muitos desses cantores trabalham em ambientes onde as condições são terríveis para o canto. Outro problema são as tonalidades inadequadas: muitos cantam músicas bem acima ou abaixo do tom correto para a sua voz. Essa é uma característica absolutamente pessoal, que tem que ser respeitada´, adverte. ´Outro problema são as imitações, que exigem muito da voz. Por causa disso, principalmente os humoristas costumam ter problemas´ Como quase tudo relacionado a tratamentos de saúde, o cuidado com a voz também é cercado de dicas populares incluindo, segundo Marta Carvalho, alguns mitos. ´Algumas dicas têm fundamento, como o consumo de maçã, que é adstringente, faz bem à voz. Evitar café e chocolate, pelo fato de o excesso de cafeína ser prejudicial, também é uma boa recomendação. Por outro lado, o uso de sprays ou balas de gengibre para tentar melhorar a voz não tem grandes efeitos´, aponta a especialista. ´O mais importante é sempre beber bastante água. A hidratação, mais do que tudo, é o que faz bastante bem à voz´. A professora ainda desmitifica o hábito, recorrente entre muitos músicos da noite, de tomar bebidas destiladas antes de subir ao palco, como forma de ´aquecer´ a voz. ´O álcool anestesia a voz, e pode parecer que se está cantando melhor, mas depois vai vir a dor, a rouquidão. E o destilado pode até fazer mais mal que CORALUFC | 11


BRASIL- FORTALEZA O POVO, 31 de outubro, 2009.

Segundo ele, uma das dificuldades que foi confrontada quando da produção do espetáculo foi fazer os membros do Coral entenderem, antes de representarem todos os tipos de abraços fraternais, o encontro primordial de um indivíduo consigo mesmo. Elvis conta que, para isso, levou a um dos ensaios um texto de Clarice Lispector, no qual ela, ao perder um objeto, reflete: ``Se eu fosse eu, onde eu o teria colocado?``. ``O mais importante para nós nesse trecho foi explorar a parte do -se eu fosse eu-``, explica, atentando para sua profundidade e para a possibilidade de autoconhecimento que a reflexão sobre ela produz. A partir desse trecho, ele disse ter tido a intenção de fazer que o elenco abraçasse a si mesmo e a suas possibilidades como artistas. Elvis revela também que a preparação para o espetáculo Abraços exigiu esforço especial dos integrantes do Coral da UFC. ``Há muita movimentação e, como dois terços dos cantores entraram no grupo no inicio de 2008, ou seja, fazem sua primeira apresentação agora, todo o processo foi desafiador para eles``, diz o diretor, que junto com Erwin, criou o conceito da apresentação de uma inquietação que os dois tiveram frente ao isolamento do homem moderno. ``Hoje em dia, todo mundo procura escapar e todos acabam atropelando uns aos outros``, afirma. ``Por outro lado, existem os encontros. A minha própria relação profissional com o meu parceiro de direção é um exemplo. Estamos trabalhando juntos desde 2000 e, se antes eu dizia que era o encarregado da pesquisa de repertório, hoje nem sei bem qual é meu papel e qual é o dele, de tão compartilhado que tudo está``, complementa.

ABRAÇOS Abraço apertado Espetáculo comemorativo dos 50 anos do coral da UFC, em cartaz a partir de amanhã, se inspira na distância entre as pessoas na modernidade para propor uma “re-união” Thiago Barros especial para O POVO thiagobarros@opovo.com.br 31 Out 2009 - 01h18min Em meio à competitividade arraigada na estrutura da sociedade contemporânea, que proporciona relações interpessoais cada vez mais distantes, fugazes e interessadas, um conjunto harmônico de vozes propõe um reencontro. Não se trata tão somente de encontro entre dois amantes, daquele do qual a maioria das obras de arte falam entusiasticamente, cada uma a seu modo, desde que a arte é arte. É, antes de tudo, um chamado pelo congraçamento coletivo. Tal clamor tem um nome, que deixa clara a sua intenção logo ao primeiro momento: trata-se do espetáculo Abraços, produzido pelo Coral da Universidade Federal do Ceará (UFC), que estreia amanhã, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, e segue até dezembro, quando muda de endereço para aportar no Cuca da Barra do Ceará. As apresentações, que fazem parte da comemoração dos 50 anos do Coral, são compostas por 18 canções de autores brasileiros, entre as quais composições como Encontros e Despedidas, de Milton Nascimento, e Geração 70, de Taiguara, arranjadas especialmente para o grupo vocal. A direção está a cargo de Erwin Schrader e Elvis Matos. Juntos, eles propõem encarar a ``cara amarrada`` do homem atual, apoiados na noção do abraço como não só uma atitude física entre duas pessoas, mas que assume caráter ``existencial``, conforme fala Elvis. ``As pessoas quando veem a palavra abraço já pensam na imagem de duas pessoas juntas. Logo de inicio, nós já tínhamos uma imagem mais de jogadores de futebol se congratulando e, agora, nós imaginamos um abraço para além do presencial``, explica, citando a frase comum nas despedidas de cartas, ``um abraço``, como já uma maneira de superar as barreiras físicas. 12 | ACUFC - CLIPPING

Para levar a ideia aos palcos, a dupla encarregada da direção lançou mão de recursos diversos, a fim de criar toda uma ambientação que passe o sentido proposto a cada um dos espectadores, mesmo que de forma menos óbvia do que aconteceria em uma peça. ``O processo de tradução dessa sensação foi feito através do jogo cênico, apesar de não se tratar de um texto estritamente teatral, já que não há diálogos, por exemplo. Ele se fez pelas letras das músicas, pela expressão corporal, pelo cenário e pelos adereços``, diz Elvis. História Nascido em 1959, originalmente sob a batuta do maestro Orlando Leite, o Coral da UFC deu seus primeiros passos ao mesmo tempo que a própria universidade dava os dela. Já nos anos 1960, o grupo alcançou destaque no cenário musical local e nacional através de recitais e de participações em festivais de coros. Nos anos 1980, a regência do coral ficou sob a responsabilidade da professora Maria Izaíra Silvino Moraes, que deu início a um trabalho de aproximação da atividade de canto coral com a cultura popular brasileira e com a comunidade, modificando o repertório, postura cênica do grupo e atitudes vocais e corporais dos cantores. A partir de 1995, o Coral da UFC passou a integrar as atividades do Curso de Extensão em Música (CEM), por força de uma iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão da universidade, que pretendia ampliar as possibilidades para as atividades musicais desenvolvidas no ambiente acadêmico. Atualmente, o Coral da UFC está vinculado ao Curso de Licenciatura em Educação Musical e dá continuidade a suas atividades de


O POVO, 03 de novembro, 2009.

O ESTADO (on line) 02 de novembro, 2009.

ABRAÇOS

Estreia Um espetáculo de generosidade 03 Nov 2009 - 01h53min Noite de domingo no Centro Dragão do Mar. Longas filas se formavam na bilheteria e na entrada do teatro. Não, não era mais um show de humor de sucesso a atrair locais e turistas desavisados para o riso fácil. Era sim a estreia do espetáculo Abraços, do Coral da Universidade Federal do Ceará & um verdadeiro ícone de longevidade e qualidade da música cearense muitas vezes pouco valorizado. A temporada marca o meio século de atividade do grupo coral fundado pelo maestro Orlando Leite e que, nos anos 80, ganhou nova vitalidade ao agregar elementos do coro cênico pelas mãos (sempre abençoadas) de Izaíra Silvino. Erwin Schrader, o atual titular da regência, e os outros diretores Elvis Matos e Thatiane Paiva são descendentes diretos (e diletos) deste tempo fértil, continuadores de uma marca que se tornou registrada e conquistou um público cativo e fiel. Abraços talvez seja o mais diverso e conciso fruto recente desta árvore frondosa. O mote do espetáculo é a amizade, a troca de experiências e emoções. E isso eles ofertam ao público de forma absolutamente terna e generosa com um show que extrapola no espaço cênico do palco convencional, vem pra plateia sem causar constrangimentos e sim com muita diversão.

Coral da UFC estreia novo show Grupo comemora 50 anos de história O espetáculo cênico-musical Abraços, do Coral da Universidade Federal do Ceará, estréia hoje, no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, às 20h, e segue com apresentações na quarta e por diversos dias do mês (confira o “serviço” abaixo). O fio temático para a condução de Abraços é a possibilidade do encontro que ainda há em meio a todo o isolamento individual que caracteriza a sociedade pós-moderna. O encontro do qual o Coral da UFC se propõe a falar através de 18 canções de autores brasileiros arranjadas para grupo vocal não é apenas o encontro com o outro, mas o encontro com o sonho da realização do amor entre duas pessoas. O espetáculo, dirigido por Erwin Schrader e Elvis Matos, propõe, através das letras das canções, encarar a “cara amarrada” do hoCOELCE, Bem Viver - Cultura Ceará. Informativo empresarial (Circulação interna) 06 de novembro, 2009. O espetaculo’ Abraços’, produzido pelo Coral da Universidade Federal do Ceará (UFC) inspira-se na distância das pessoas da rnodernidade para propor uma “re-uniao”. Ao longo dos últimos 25 anos, o grupo dedicou-se a pesquisa e construção du repertório brasileiro explorando as possibilidades.

As soluções cênicas são fortes com os andaimes sobre rodinhas, e até surpreendentes em certos momentos, emocionando a todos. Mesmo que o estilo de canto-cênico seja o ponto forte, não dá pra não ficar absolutamente eclipsado pelo canto de Tom Júnior, o tenor que dá um show solo a parte. Paulo Abel do Nascimento com certeza estaria na primeira fila para aplaudi-lo de pé se ainda estivesse entre nós. Aliás, o único defeito do espetáculo talvez seja o fato dos naipes masculinas serem bem superiores CORALUFC | 13


BRASIL- FORTALEZA

rio de “Abraços”.

DIÁRIO DO NORDESTE, Caderno 3 28 de novembro, 2009.

“A gente está indo cada vez vai mais além, tanto na encenação quanto no entrelaçamento do repertório. E partimos pro desafio de explorar o movimento do coral na vertical, quando esse movimento cênico se dava quase que somente horizontalmente, no Gonzagas”, compara, citando o trabalho anterior do grupo, o professor Elvis Matos, que divide com o colega Erwin Schrader a regência e a direção do espetáculo. “Mas como fazer isso em cena? Pensamos em várias soluções: tecido, rede, corda... E chegamos aos andaimes em cena, que permitem essa visualização. Fomos elaborando uma técnica pra isso”, acrescenta Elvis. Algo como uma influência do Cirque du Soleil aplicada ao coro cênico? “Num certo sentido, sim”, diz Erwin. “Se antes se destacava mais a linguagem do sapateado, da dança, desta vez tem mais referências do circo”. Nesse processo, segundo os regentes e professores, o grupo se renovou duplamente. Primeiramente, pela mudança de aproximadamente dois terços dos integrantes, em relação à temporada de “Gonzagas”. “Dos 33 integrantes, 22 são novos no grupo. É um processo natural para canto coral, porque as pessoas têm seus compromissos. Mas não atrapalha; traz novas possibilidades”, considera Erwin. “E as pessoas que ficam, que vivenciaram o processo anterior, são um grande estímulo para os novos integrantes”, acrescenta Elvis, ressaltando que todo o trabalho de desenvolvimento do espetáculo é feito coletivamente, com os coralistas contribuindo bem além da música. Justamente nesse ponto, a segunda transformação. “As pessoas descobrem novas possibilidades. Tentamos alcançar ao máximo a expressão que o coro tem”, diz Elvis. “Nesse processo, houve pessoas que tinham medo de altura e se adaptaram à proposta dos andaimes. Hoje se atiram do alto em cena”, completa Erwin. “Enfim, no Coral da UFC tem uma máxima: não basta ser só cantor. Tem que participar por inteiro. Colocar lá todas as suas aptidões - e inclusive criar novas”. Repertório

O Coral da UFC fecha este final de semana a temporada de seu novo espetáculo, “Abraços”, no Centro Dragão do Mar. Em dezembro, o grupo se apresenta no CUCA O novo espetáculo do Coral da UFC encerra este final de semana sua primeira temporada, colhendo os frutos de um mês de apresentações bastante concorridas, no Teatro do Centro Dragão do Mar. O trabalho é levado ao palco no momento em que o grupo celebra 50 anos de atividades, tendo como diferencial a contribuição para a formação de várias gerações de cantores. Característica reforçada, nos últimos anos, pela convivência entre pesquisa e prática, teoria e resultado, possibilitada pelo curso de graduação em Educação Musical da Universidade Federal do Ceará. Tanto por essa ligação fortalecida com a pesquisa quanto pelas escolhas estéticas que propõe, “Abraços” pode ser visto como um passo a mais no desenvolvimento do trabalho de coro cênico, característico do Coral da UFC. Muito mais que a técnica vocal, matéria-prima mais essencial para grupos do tipo, busca-se um esmero cênico, em uma performance que valoriza outros elementos de expressão corporal. E ainda abre espaço para novas experiências, como os andaimes que se destacam no cená14 | ACUFC - CLIPPING

Enquanto “Gonzagas” promovia uma ponte entre a obra de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, o novo espetáculo chega com um repertório menos amarrado a autores que a intenções. “O mote veio de um apartamento de um amigo, com telas que tratavam do tema ´abraços´”, revela Elvis. “Tenho impressão que o Gonzagas tinha um repertório mais familiar para as pessoas. Havia coisas que efetivamente eram menos conhecidas, principalmente do Gonzaguinha, mas isso equilibrava com as coisas do Gonzagão. Agora a gente se arriscou um pouco mais, com muitas músicas não tão conhecidas hoje”, divisa. «Pensamos na situação do abraço coletivo como mote: o abraço dos exilados políticos voltando ao Brasil, o abraço do futebol... Inicialmente tentamos ambientar o espetáculo no fim dos anos 70, começo dos anos 80. Isso depois mudou, mas muito do repertório veio dessa época”, acrescenta, citando compositores como Taiguara, Zé Rodrix e Milton Nascimento. Em contraponto, autores de projeção mais recente no cenário nacional, como Fred Martins. “Abraços” também será encenado em dezembro no Centro Urbano de Cultura e Arte (CUCA), na Barra do Ceará, exclusivamente para estudantes reunidos pelo Município.

Mais Informações: “Abraços”. Espetáculo do Coral da UFC. Hoje, amanhã e


terça-feira, no Teatro do Centro Dragão do Mar, sempre Bodas de amor à música às 20h. Ingressos: R$10,00 e R$5,00. 75min, livre. ContaCom o novo espetáculo “Abraços”, o coral da UFC mostos: 3488-8600. Em dezembro, dias 5, 6, 12 e 13, apresentra fôlego e apuro técnico capazes de atrair e encantar tações para estudantes no CUCA da Barra do Ceará. plateias

REVISTA PÚBLICA UFC, novembro-dezembro, 2009.

por Simone Faustino DALWTON MOURA Em uma instituição com 55 anos de existência, não é surpresa que um grupo cultural cinquentenário possua prestígio. Nascido quase que ao mesmo tempo em que a própria Universidade, o Coral da UFC finalizou, no início de dezembro, a temporada de seu novo espetáculo, “Abraços”. Entre 1º de novembro e 1º de dezembro, o grupo lotou o teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e provou que ainda pode inovar. A equipe lamenta apenas a curta temporada. Foi umj mês no Dragão do Mar e, em dezembro, estão agendadas apresentações para escolas públicas no Centro Urbano de Cultura, Ciência, Esporte e Arte (Cuca) Che Guevara, na Barra do Ceará. “Se tivéssemos um teatro universitário de grande capacidade, poderíamos fazer um semestre de temporada. O ideal era que isso acontecesse dentro da própria universiade”, diz o Prof. Elvis Matos, do curso de Licenciatura em educação Musical da U&FC e coordenador do Coral. Com rico repertório relativo às relações humanas, seus laços e percalços, a montagem mais complexa deu fôlego à performance dos artistas. A novidade da vez foi a posição diferente do coro. Sobre andaimes, os cantores podiam movimentar-se am vertical, desmistificando a ideia de que o canto coral só se move na horizontal. “Havia um desconforto com relação à posição, e tivemos a ideia de verticalizá-la. Assim, os coralistas se colocam em vários níveis no palco”, explica o regente do coral, Prof. Erwin Schrader. Um dos detalhes cênicos mais curiosos do espetáculo, o par de sapatos dependurado sobre os andaimes, também se relaciona com o mesmo conceito. Erwin explica a origem da história: “Certa vez, vinha dirigindo na Avenida Eduardo Girão e vi, em um fio de poste, um par de sapatos amarrado pelos cadarços e pendurado. Aqueles sapatos ‘embarcados’, como os cearenses dizem, deram a ideia de verticalidade que nós precisávamos”. Ao final da montagem anterior, “Gonzagas”, já era esperada a renovação de parte do corpo de integrantes. O que não estava prevista era a substituição de de 2/3 do Coral. “Na transição de um espetáculo para o outro, é normal renovar pelo menos 1/3 do grupo. Alguns se forma, outros precisam trabalhar ou vão estudar fora. Em “Abraços”, esse processo foi dificílimo. Aproveitamos essa renovação em massa para pensar em algo mais ousado”, relembra Erwin. Os 33 coralistas passaram po extenso trabalho corporal e vocal. A contralto Laísse Mariano é participante desde 2002, quando era estudante de Letras. esteve no elenco de todos os espetáculos desde então: “Nós e o mar”, “Boranda Brasil”, “Gonzagas” e, agora, “Abraços”. Neste último, protagoniza um dos momentos mais lúdicos da narrativa, encarnado a personagem Brinquedo, boneca melancólica, com ar de clown. “Nesse último, a preparação foi mais pesada, pois ensaiamos toda semana. Corporalmente, ele exigiu mais de nós. Estamos sempre formando gente nova, mas, quando o Coral incorpora alguém, incorpora também habilidades dessa pessoa”, conta. O tenor Tom Júnior, único coralista com canção-solo em “Abraços”, não tem o trabalho de conciliar uma “vida paralela”. Ele é estudante de Educação Musical na UFC,

capacita outros grupos corais e ministra aulas particulares de canto. No caso dele, a grande recompensa é o crescimento artístico e pessoal. “Aqui foi minha grande escola, onde aprendi a compreender um pouco mais as pessoas e a me desenvolver como cantor. Todos aqui têm estilos de vida e personalidades muito diferentes, mas o canto nos une”, finaliza. Onofre Paiva é artista plástico e trabalha com animação. A experiência com triulhas sonoras acabou atraindo-o para o universo musical e, posteriormente, para o canto. Para ele, a mensagem de “Abraços” é mais profunda do que se pensa. “Acho que ele fala um pouco dessa perda dos sonhos, das imposições da vida. É difícil resumir a ideia porque agrega muita coisa. fala sobre afetividade, sobre se tornar mais humano e menos ‘coisificado’”, resume. Onofre salienta que todo o trabalho, da concepção da ideia ao figurino, foi coletivo. “É como dia aquele ditado musical, a harmonia só existe com vozes diferentes, por isso buscamos a variedade. Há muitos personagens, mas também há um pouco de cada um de nós no palco”. Segundo o Prof. Elvis Matos, “Abraços” não deve realizar turnê no exterior, diferente dos dois últimos espetáculos. “Dessa vez, a compreensão do texto e do contexto que gerou a música é muito importante, difícil de ser captado por uma plateia estrangeira. No caso de “Borandá Brasil” (2005), que era um grande apanhado da cultura brasileira, o texto era mais secundário”. No desenrolar da peça atual, as canções conduzem a narrativa e estabelecem nexo entre si mesmas, mas a história não está dada. A pesquisa musical chegou a uma seleção de músicas que versa sobre o desejo de união e o formar laços. Demasiadamente humana, também não esqueceu as despedidas e decepções. o espectador pode fazer um percurso que, atipicamente, iniciou com jeito de partida, “Encontros e Despedidas”, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Passou ainda pelo “Vilarejo”, de Marisa Monte, e por “Cruz de Cinza, Cruz de Sal”, imortalizada por Elis Regina. Em uma das ocasiões mais animadas do espetáculo, a interpretação de “Bola de Gude, Bola de Meia” (conhecida na voz do grupo 14-Bis), as 240 pessoas do teatro voltaram à infância e jogaram bola com o elenco. houve quem dissesse, inclusive, que a interpretação do coral para certas canções estava mais bonita que a versão gravada. Na saída, uma senhora comentava, emocionada, sobre a música “Boa noite, meu amor”, que encerrou o espetáculo: “Nossa, devia fazer uns 30 anos que eu não ouvia essa música. Ela é do tempo das granCORALUFC | 15 des serenatas, sabia?”.Mesmo no último final de semana de apresentação de “Abraços” o Coral da UFC esgotou


BRASIL- FORTALEZA DIÁRIO DO NORDESTE, Caderno 3 - 12 de novembro, 2010.

Schrader. O Coral da UFC prepara as malas para nova viagem, agora para a Austrália, em 2011. Repertório Por ter músicas conhecidas de boa parte do público como “Construção”, de Chico Buarque, “Canta, canta mais”, de Tom Jobim, e “Procissão da Chuva”, de Cacilda Borges, o grupo enfrentou um desafio: dar um novo arranjo, fugir do já combinado. Resultado disso são as percussões, batidas de palma e pé, os solos e notas que dão tom cearense à uma brasilidade tão nossa. “Não fazemos o arranjo original. Acho que o bacana é criar, usar a voz e o corpo para comunicar. Fora disso, é tudo opressão”, comentou a coralista Isaura Silvino.

Regido pelos maestros Erwin Schrader e Elvis Matos, o espetáculo “Borandá”, do Coral da UFC, reúne releitu- ras de temas consa- grados do cancioneiro verde amarelo, no Dragão do Mar A canção “Borandá” de Edu Lobo dá nome e ritmo ao espetáculo do Coral da Universidade Federal do Ceará (UFC), em cartaz às sextas-feiras, sábados e domingos de novembro, no Teatro do Centro Cultural Dragão do Mar (CCDM) sempre às 20h30. A remontagem do “Borandá Brasil” sugere um passeio pela música popular brasileira com canções de Luiz Gonzaga, Paulinho da Viola, Chico Buarque e demais artistas que inspiraram a obra literária de Darcy Ribeiro. O repertório com 17 canções faz a plateia cantar junto e surpreende quem está cansado daquele formato tradicional de coral, todos com a mesma roupa, timbres e corpos parados. “Esse espetáculo estreou em 2005 e foi levado para outros estados e para a Alemanha. Decidimos reapresentá-lo por ele ser o primeiro de uma trilogia, que inclui ´Gonzagas´ e ´Abraços´. Os dois que vieram depois sofreram enorme influência desse”, explica o regente Elvis Matos. Sob a lona de um circo, a nossa brasilidade é festejada na esteira dos que compõem nossas identidades negras, indígenas, sertanejas e urbanas. O tema da cearensidade se mistura com as mil toadas nacionais nas batidas do samba, xaxado, maracatu, afoxé e embolada. Cada uma das músicas revisitadas pelos coralistas surpreende pela criatividade. Uma canoa que surge da junção dos corpos, a reprodução de um botequim e de uma feira, o figurino do palhaço e o rebolado do forró, tudo vira motivo para se interpretar canções já conhecidas, mas que ganham nova cor na presença dos cantores-atores, os sopranos, contraltos, tenores e baixos. “Aproveitamos para experimentar, para por em cena toda a criatividade do grupo. É um eterno exercício de dar cor e movimento à voz para que ela tenha cada vez mais vida e emoção”, disse o regente Erwin 16 | ACUFC - CLIPPING

Dessa colcha de retalhos de ritmos e cores, surgem figuras típicas do nosso imaginário como o cangaço, o sertanejo que reza pela boa colheita, o malandro, o andarilho e os artista mambembes. Usando as vozes e os corpos como tijolos de uma obra, cada um ajuda a compor uma imagem cênica que ora sugere uma romaria, ora parece com o centro de uma pacata cidade do nosso inteiro. As vezes nem lembramos que estamos em um espetáculo de coral; o regente se senta, se ajoelha na frente dos cantores e fecha os olhos seguindo os baixos fortes e as notas marcadas de muitas canções. O maestro ergue os braços para o público como se quisesse nós reger, os amadores. “Tem umas quatro canções que eu me sento e paro de reger tamanha é a confiança que tenho neles. São muitas horas de ensaio que temos na semana”, ressaltou Erwin Schrader. Nacionalismo Por ter inúmeras marcas sonoras do Brasil, o “Borandá” não deixa de trazer símbolos ufanistas. Entretanto, tudo é sugerido, nada muito escancarado como o verde amarelo da bandeira que é costurada nos retalhos de uma chita colorida trazidas por um palhaço e um mágico que nos convidam a cantar. A trilha incidental do espetáculo “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, surge com nova roupagem, assim como as canções “Cocada”, de Rita Ribeiro, e “Candeeiro Encantado”, de Lenine, marcada por um tom mais moderno a se misturar com a gostosa ciranda que encerra o espetáculo, ao som de “Redescobrir” e “É”, de Gonzaguinha. O fim do show já denuncia a emenda sonora com outro espetáculo do grupo, os Gonzagas. Fique por dentro Repertório Canções do espetáculo: “Chegança” (Edu Lobo); “Tropicália” (Caetano Veloso), “Cunhatai- porã” (Geraldo Espíndola); “Cara de Índio” (Djavan); “Jogo de Angola” (Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro); “Candeeiro Encantado” (Lenine e Paulo C. Pinheiro); “Cocada” (Rita Ribeiro); “Xaxado” (Luis Gonzaga e Hervê Cordovil); “Borandá” (Edu Lobo); “Procissão da Chuva” (Cacilda Borges Barbosa e Wilson Rodrigues); “Sonora Garoa” (Paçoca); “Pecado Capital”


Blog CULTucando - www.zonamix.com.br/cultucando/ 10 de novembro, 2010.

Rádio Universitária - www.radiouniversitariafm.com.br/ 03 de novembro, 2010.

Você está em: Principal / Notícias / Coral da UFC estreia novo espetáculo no Dragão do Mar Coral da UFC estreia novo espetáculo no Dragão do Mar Inspirado na obra de Darcy Ribeiro, o espetáculo cênico-musical “Borandá Brasil” estreia hoje (03), às 20h30, no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte, e permanece em cartaz todas as sextas, sábados e domingos de novembro de 2010. O Coral da Universidade Federal do Ceará estreia hoje (03), às 20h30, no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o espetáculo cênico-musical “Borandá Brasil”, que permanece em cartaz todas as sextas, sábados e domingos de novembro de 2010. Inspirado na obra de Darcy Ribeiro, o mais novo espetáculo do Coral leva o espectador a um passeio pelo repertório da música popular brasileira, estabelecendo um nexo com a produção musical de diversas regiões do país. Em uma tenda circense, múltiplas atrações sonoras convidam a todos para andar pelo Brasil.

Borandá Brasil, mais novo espetáculo cênico-musical do Coral da Universidade Federal do Ceará (UFC), será apresentado nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, às 20h20, no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Com direção de Erwin Schrader e Elvis Matos, o espetáculo conduz à viagem de um circo itinerante, que se movimenta através do universo de símbolos artísticos brasileiros, estabelecendo uma conexão com a produção musical de suas diversas regiões. Em uma tenda circense, múltiplas atrações sonoras da vida brasileira convidam para um passeio pelo País. Inspirado na obra de Darcy Ribeiro, a concepção do espetáculo anuncia em diversos momentos as esferas que compõem as etnias de formação do “povo brasileiro”. Nessa perspectiva, o mosaico de vocabulários simbólicos se estende para elementos da cultura indígena, africana, nordestina e europeia, nessa diversidade cultural que se condensou em nossa formação. Vários elementos estão ali: o sertão nordestino, as grandes cidades que atravessam a noite embaladas pelo som da música urbana e, especialmente, o artista brasileiro, que festeja e denuncia a magia real do país. Borandá Brasil, este é o chamamento, o desafio que o Coral da UFC resolveu aceitar: “andar pelo Brasil sendo um povo menino, que, aos poucos, aprende a andar sobre seus próprios pés – pés indígenas, pés sertanejos, pés urbanos, pés negros. Enquanto andamos, cantamos. O canto é nossa estrada e nossas sonoras pegadas nos levam a alguns recantos da terra brasilis”, explicam os diretores do espetáculo.

Para isso, a concepção de “Borandá Brasil” também congrega as etnias de formação do povo brasileiro, trazendo elementos da cultura indígena, africana, nordestina, europeia, ou seja, toda a diversidade cultural que se condensou em nossa formação. O espetáculo tem direção de Erwin Schrader e Elvis Matos e con-

Diário do Nordeste - Zoeira 10 de novembro, 2010.

Borandá Brasil | Um passeio pelo repertório da música popular brasileira. É o que sugere “Borandá Brasil”, o mais novo espetáculo do Coral da Universidade Federal do Ceará. O show conduz à viagem de um circo itinerante, que movimenta-se através do universo de símbolos artísticos brasileiros, estabelecendo um nexo com a produção musical de diversas regiões do país. Em uma tenda circense, múltiplas atrações sonoras da vida brasileira convidam a todos para andar pelo país. Inspirado na obra de Darcy Ribeiro, o espetáculo permanece em cartaz todas as sextas, sábados e domingos de novembro, no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, às 20h30. Ingressos: R$ 14,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia). Classificação livre. (8843.7301)

Além da apresentação desta quarta-feira, 10 de novembro, o espetáculo Borandá Brasil segue em temporada no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e será apresentado tamCORALUFC | 17


BRASIL- FORTALEZA Secretaria da Cultura - Governo do Estado do Ceará www.secult.ce.gov.br/ 10 de novembro, 2010.

Conselho Municipal da Juventude www.conselhodejuventude.blogspot.com.br/ 08 de novembro, 2010.

Coral da UFC estreia espetáculo Borandá Brasil no Centro Dragão do Mar O espetáculo cênico-musical “Borandá Brasil”, do Coral da Universidade Federal do Ceará, estreia no dia 3 de novembro no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Ele permanece em cartaz todas as sextas, sábados e domingos de novembro de 2010, sempre às 20h30. Um passeio pelo repertório da música popular brasileira. É o que sugere “Borandá Brasil”, o mais novo espetáculo do Coral da Universidade Federal do Ceará. O show conduz à viagem de um circo intinerante, que movimenta-se através do universo de símbolos artísticos brasileiros, estabelecendo um nexo com a produção musical de diversas regiões do país. Em uma tenda circense, múltiplas atrações sonoras da vida brasileira convidam a todos para andar pelo país. Inspirado na obra de Darcy Ribeiro, a concepção do espetáculo anuncia em diversos momentos as esferas que compõem as etnias de formação do “povo brasileiro”. Sendo assim, o mosaico de vocabulários simbólicos se estende para elementos da cultura indígena, africana, nordestina, europeia, ou seja, toda a diversidade cultural que se condensou em nossa formação. Vários elementos estão ali: o sertão nordestino, as grandes cidades que atravessam a noite embaladas pelo som da música urbana e, especialmente, o artista brasileiro, que festeja e denuncia a magia real do país. “Borandá Brasil”. Este é o chamamento, o desafio que o Coral da UFC resolveu aceitar: “andar pelo Brasil sendo um povo menino que, aos poucos, aprende a andar sobre seus próprios pés – pés indígenas, pés sertanejos, pés urbanos, pés negros. Enquanto andamos, cantamos. O canto é nossa estrada e nossas sonoras pegadas nos levam a alguns recantos da terra brasilis”, explicam os diretores do espetáculo, Erwin Schrader e Elvis Matos. O Coral da UFC acredita que este momento é mais do que oportuno para uma caminhada brasileira à brasileira, uma caminhada que busca a própria identidade nas identidades múltiplas que formam nossa cultura. Embarcados nas canções, o coral vai cantando, chegando daqui e dali como se fora brincadeira de roda e esperando que nessa viagem todos embarquem juntos.

O espetáculo cênico-musical “Borandá Brasil”, do Coral da Universidade Federal do Ceará, estreia no dia 03 de novembro e permanece em cartaz todas as sextas, sábados e domingos de novembro de 2010, no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, sempre às 20h30. Um passeio pelo repertório da música popular brasileira. É o que sugere “Borandá Brasil”, o mais novo espetáculo do Coral da Universidade Federal do Ceará. O show conduz à viagem de um circo intinerante, que movimenta-se através do universo de símbolos artísticos brasileiros, estabelecendo um nexo com a produção musical de diversas regiões do país. Em uma tenda circense, múltiplas atrações sonoras da vida brasileira convidam a todos para andar pelo país. Inspirado na obra de Darcy Ribeiro, a concepção do espetáculo anuncia em diversos momentos as esferas que compõem as etnias de formação do “povo brasileiro”. Sendo assim, o mosaico de vocabulários simbólicos se estende para elementos da cultura indígena, africana, nordestina, europeia, ou seja, toda a diversidade cultural que se condensou em nossa formação. Vários elementos estão ali: o sertão nordestino, as grandes cidades que atravessam a noite embaladas pelo som da música urbana e, especialmente, o artista brasileiro, que festeja e denuncia a magia real do país. “Borandá Brasil”. Este é o chamamento, o desafio que o Coral da UFC resolveu aceitar: “andar pelo Brasil sendo um povo menino que, aos poucos, aprende a andar sobre seus próprios pés – pés indígenas, pés sertanejos, pés urbanos, pés negros. Enquanto andamos, cantamos. O canto é nossa estrada e nossas sonoras pegadas nos levam a alguns recantos da terra brasilis”, explicam os diretores do espetáculo, Erwin Schrader e Elvis Matos. O Coral da UFC acredita que este momento é mais do que oportuno para uma caminhada brasileira à brasileira, uma caminhada que busca a própria identidade nas identidades múltiplas que formam nossa cultura. Embarcados nas canções, o coral vai cantando, chegando daqui e dali

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como se- fora Tembiu www.tembiu.pro.br brincadeira de roda e esperando 12 denessa que novembro, viagem2010. todos embarquem juntos.

Coral da UFC estreia espetáculo Borandá Brasil no Centro Dragão do Mar O espetáculo cênico-musical “Borandá Brasil”, do Coral da Universidade Federal do Ceará, estreia no dia 3 de novembro no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Ele permanece em cartaz todas as sextas, sábados e domingos de novembro de 2010, sempre às 20h30. Um passeio pelo repertório da música popular brasileira. É o que sugere “Borandá Brasil”, o mais novo espetáculo do Coral da Universidade Federal do Ceará. O show conduz à viagem de um circo intinerante, que movimenta-se através do universo de símbolos artísticos brasileiros, estabelecendo um nexo com a produção musical de diversas regiões do país. Em uma tenda circense, múltiplas atrações sonoras da vida brasileira convidam a todos para andar pelo país. Inspirado na obra de Darcy Ribeiro, a concepção do espetáculo anuncia em diversos momentos as esferas que compõem as etnias de formação do “povo brasileiro”. Sendo assim, o mosaico de vocabulários simbólicos se estende para elementos da cultura indígena, africana, nordestina, europeia, ou seja, toda a diversidade cultural que se condensou em nossa formação. Vários elementos estão ali: o sertão nordestino, as grandes cidades que atravessam a noite embaladas pelo som da música urbana e, especialmente, o artista brasileiro, que festeja e denuncia a magia real do país. “Borandá Brasil”. Este é o chamamento, o desafio que o Coral da UFC resolveu aceitar: “andar pelo Brasil sendo um povo menino que, aos poucos, aprende a andar sobre seus próprios pés – pés indígenas, pés sertanejos, pés urbanos, pés negros. Enquanto andamos, cantamos. O canto é nossa estrada e nossas sonoras pegadas nos levam a alguns recantos da terra brasilis”, explicam os diretores do espetáculo, Erwin Schrader e Elvis Matos. O Coral da UFC acredita que este momento é mais do que oportuno para uma caminhada brasileira à brasileira, uma caminhada que busca a própria identidade nas identidades múltiplas que formam Secretaria da Cultura - Governo do Estado do Ceará - www.secult. ce.gov.br/ 10 de novembro, 2010.

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BRASIL- FORTALEZA Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura - www.dragaodomar.org.br 13 de maio, 2011.

UFC - www.ufc.br 13 de maio, 2010.

O Teatro do Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza, será palco, sábado próximo (14), às 20h15min, da estreia da segunda temporada do espetáculo “Borandá Brasil”, apresentado pelo Coral da UFC. O show oferece um “passeio pela música popular brasileira”, inspirado na obra de Darcy Ribeiro.

Uma viagem de um circo itinerante que se movimenta através dos símbolos artísticos brasileiros, englobando a produção musical de diversas regiões do Brasil. A tenda circense remete a diversidade de atrações sonoras da vida brasileira, que convidam a todos a andar pelo país. Com direção de Erwin Schrader e Elvis Matos, a concepção do espetáculo é inspirada na obra de Darcy Ribeiro e envolve também características das etnias que compõem a formação do povo brasileiro, mostrando elementos da cultura indígena, africana, europeia e nordestina. Em Borandá Brasil estão presentes elementos diversos como o sertão nordestino, as grandes cidades e o artista brasileiro, que festeja e denuncia a magia real do país. O espetáculo representa uma caminhada que busca a própria identidade nas identidades múltiplas que formam a cultura brasileira. O Coral da UFC apresenta um repertório variado, entre as canções estão: Tropicália (Caetano Veloso), Cara de Índio (Djavan) Borandá (Edu Lobo) e Construção (Chico Buarque). O Coral da UFC existe desde 1959 e é uma referência também para a música vocal cearense, que reconhece a atuação pioneira do projeto na divulgação da cultura regional através do canto coral. É um grupo musical sem fins lucrativos, que promove o desenvolvimento de jovens universitários, trabalhadores e pessoas da comunidade.

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Haverá apresentações nos dias 14, 15, 21, 22, 28 e 29 de maio. O repertório contempla variados estilos da MPB, em 17 canções: “Chegança” (Edu Lobo); “Tropicália” (Caetano Veloso), “Cunhataiporã” (Geraldo Espíndola); “Cara de Índio” (Djavan); “Jogo de Angola” (Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro); “Candeeiro Encantado” (Lenine e Paulo C. Pinheiro); “Cocada” (Rita Ribeiro); “Xaxado” (Luis Gonzaga e Hervê Cordovil); “Borandá” (Edu Lobo); “Procissão da Chuva” (Cacilda Borges Barbosa e Wilson Rodrigues); “Sonora Garoa” (Paçoca); “Pecado Capital” (Paulinho da Viola); “Construção” e “Fantasia” (Chico Buarque); “Canta, canta mais” (Tom Jobim); “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso); “Redescobrir” e “É” (Gonzaguinha).

Sintufce - www.sintufce.org.br/ 12 de novembro, 2010.


UFC - www.ufc.br 30 de maio, 2010.

ver encontros para que as duas gerações pudessem desenvolver alguma atividade em conjunto. Da Internet para a sala de ensaio foi um pulo. O movimento ganhou força e virou realidade, iniciando-se uma troca de experiências entre duas gerações, que se unem pela musicalidade única do Coral da UFC. O resultado de toda essa articulação será apresentado no próximo final de semana, quando os antigos coralistas serão convidados a subir ao palco e apresentar duas músicas com os atuais integrantes, sob a batuta da regente Izaíra Silvino. “Borandá Brasil” passeia pela música popular brasileira. O show conduz à viagem de um circo intinerante, que se movimenta através do universo de símbolos artísticos brasileiros, estabelecendo um nexo com a produção musical de diversas regiões do país. Em uma tenda circense, múltiplas atrações sonoras da vida brasileira convidam a todos para andar pelo País. O espetáculo anuncia em diversos momentos as esferas que compõem as etnias de formação do “povo brasileiro”. Sendo assim, o mosaico de vocabulários simbólicos se estende para elementos da cultura indígena, africana, nordestina, europeia, ou seja, toda a diversidade cultural que se condensou em nossa formação. Vários elementos estão ali: o sertão nordestino, as grandes cidades que atravessam a noite embaladas pelo som da música urbana e, especialmente, o artista brasileiro. “Borandá Brasil” traz ainda segredos especiais para o palco e desafia o público a descobrir os truques dos cantores “mágicos”. Em uma das cenas, um dos personagens desaparece e surge em outro local para continuar a história. Em outra, os coralistas usam o ilusionismo para trocar de roupa em segundos, sem dar ao público a chance de descobrir o segredo. Para obter este resultado, o coral manteve uma rotina de muitos ensaios, incorporando, além da música, outras linguagens artísticas, como o teatro e o circo.

Coral da UFC em final de temporada no Dragão do Mar nesse final de semana O Coral da UFC encerra a segunda temporada do espetáculo “Borandá Brasil”, no Teatro do Centro Dragão do Mar, nesse final de semana (28 e 29). Haverá o encontro musical entre coralistas da geração de 1980 com os novos integrantes do Coral, cantando juntos ao final do espetáculo, que tem 60min e começará às 20h15min.

O Coral da UFC também contou com a assessoria da Associação de Mágicos do Ceará para conseguir desenvolver as cenas de ilusionismo. Os ingressos custam R$ 14,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia). Mais informações no site do Coral da UFC ou e-mail coralufc@ gmail.comcoralufc@gmail.com.

Fonte: Equipe de Produção do Coral da UFC - (fone: 85 8843 7301 / 8852 8433)

O ensaio geral ocorreu na última noite (26), com a presença de alguns participantes dos anos 1980. A ideia de reunir as duas gerações de coralistas no palco surgiu do reencontro dos antigos membros através das redes sociais. Há cerca de dois meses, o jornalista Fernando Brito, ex-coralista, criou no Facebook o Grupo “Coral da UFC Pupilos de Izaíra”. Começaram a aparecer fotos dos ex-coralistas. A partir de então, os regentes Erwin Schrader e Elvis Matos e a regente Izaíra Silvino, responsável pelo grupo durante a década de 80, começaram a pensar na possibilidade de promoCORALUFC | 21


BRASIL- FORTALEZA O Povo 01 de novembro, 2011.

Lobo, ganhando viva numa atmosfera circense, interpretativa e com intervenções com números de mágica. Foi na Internet que o contato Brasil-Austrália teve início. Os australianos, de tradição britânica, possuem, de acordo com o professor Erwin, um estilo muito austero de se apresentar, investindo no tradicionalismo da música em inglês. Já o coral da UFC busca uma formação humana e uma estética arrojada, investindo – além da musicalidade – no corpo e na teatralidade. Os opostos “trocaram figurinhas” através de um portal internacional de corais e veio o convite para o intercâmbio e apresentações em quatro cidades australianas (Adelaide, Camberra, Melbourne e Sidney). Essa vai ser a primeira visita de um coral brasileiro à Oceania e um dos primeiros grupos interpretativos a trocarem experiências com os corais universitários australianos. “Vamos ser bem diferentes do que o que eles estão acostumados. Até para cá somos diferentes, daí conseguirmos certo destaque nacional”, aponta Erwin. Para ampliar ainda mais o intercâmbio cultural, o grupo de 34 coralistas e seis técnicos vai ficar hospedado na residência de músicos australianos, numa atitude tradicional entre corais. “A gente faz com acima de 30 pessoas, porque é o que define como coral. Até 12 é grupo vocal. Até 30 é madrigal. Acima de 30 é coral em si. A gente faz questão de ser um coro, já que queremos provar que esse trabalho corporal funciona para corais propriamente ditos. Mas, olha, é difícil! (risos)”, aponta Erwin ao lembrar do tamanho de seu grupo e destacando que o coral da UFC não é formado apenas por alunos da instituição, mas por interessados em geral. Antes de pegar um avião rumo ao outro lado do mundo, uma escala doméstica. Dia 17 os coralistas partem para Matão, no interior paulista, para um intercâmbio com os integrantes da Associação Cultural Coro e Osso, outro coral que se destaca pela fluidez entre música e expressão corporal em suas apresentações. “(O coral da UFC) é na verdade um coro de formação. Você não precisa saber música. Você precisa querer cantar e querer fazer parte dessa história. Eu ainda era estudante, quando entrei, em 2002, e estou até hoje”, aponta Maria Laisse Mariano, professora de Espanhol e integrante do naipe dos contraltos no coral. Outro caráter destacado pelo regente Erwin Schrader é o multiplicativo; essa vocação quem ilustra é Carlos do Vale Filho, integrante dos baixos no coral e estudante de música (UFC) e ciências sociais.(Uece). “Fiz a seleção em 2008, quando já tinha um pequeno grupo vocal de músicas cristãs. Formei o Vitrola Nova, grupo que tenho até hoje, depois de entrar na UFC. Foi ele que me chamou a atenção para a interpretação do forma mais viva”, diz Carlos, que se prepara para a primeira viagem internacional com o coral da UFC. Dica de quem sabe

Austrália, é para lá que eles vão Em preparação para o intercâmbio, o coral da UFC se despede de Fortaleza com a turnê do espetáculo Borandá Brasil, com início na sexta-feira (4). Com mais de 50 anos de tradição musical, o coral da Universidade Federal do Ceará se prepara para ir mais longe do que qualquer outro grupo vocal brasileiro. Destino: Austrália (com escala em Matão, no estado de São Paulo). Antes disso, porém, as obrigações caseiras de despedida, na melhor forma de um grupo artístico – no palco. Quem é da terrinha, porém, tem seis últimas chances de conhecer o espetáculo cênico-musical Borandá Brasil, que sobe ao Teatro do Centro Dragão do Mar nos dias quatro, cinco, seis, 11, 12 e 13 de novembro, sempre às 20h30min. Numa viagem para tão longe, o espetáculo precisava ser especial. Foi daí que surgiu a terceira turnê de Borandá Brasil, um dos maiores sucessos do coral da UFC e que exprime grande parte do trabalho do grupo. “Ele (o espetáculo) fala dos ritmos, das misturas das raças, da diversidade cultural brasileira. Acaba sendo bem representativo para a música brasileira e para a nossa música de coral”, define Erwin Schrader, um dos diretores do espetáculo e regente do grupo. No palco, Borandá mistura ritmos de artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e Edu 22 | ACUFC - CLIPPING

Para serum coralista Determinação e vontade. Acima de tudo saber que é diferente cantar em grupo do que cantar sozinho e compreender que o coro lhe dá um retorno para entender o seu instrumento e sua voz. A pessoa entra em compromisso com um grupo. É necessária essa consciência de que se constrói algo coletivamente — no caso, a música. Às vezes perguntam se é necessária uma experiência anterior para se iniciar num coral. Quem teve (essa experiência) tem alguns aspectos que o ajuda a se comprometer com mais facilidade. O nosso grupo busca a vanguarda do coral nacional, não somos apenas um coral institucional da UFC; então. há uma grande cobrança externa e interna. Daí, é necessária uma disponibilidade. O processo seletivo envolve não apenas um ensaio, mas aulas de corpo para quem possamos avaliar essa disponibilidade para entrar no grupo e acrescentar essa própria energia. Em janeiro começa a seleção para uma nova turma. Eu não acredito em cuidados com remédios. Cada voz é única e apresenta necessidades bem específicas. Mas uma coisa essencial para todos é respirar. Nesse mundo maluco, a gente sempre correndo, sem poder respirar direito, acabamos prejudicando muito a nossa voz. Para se recuperar a saúde da voz é necessário se reconstruir o ritmo normal da respiração. Respirar


Blog CULTucando - www.zonamix.com.br/cultucando/ 01 de novembro, 2011.

O Coral da Universidade Federal do Ceará realiza as seis últimas apresentações do espetáculo cênico-musical “Borandá Brasil”, em Fortaleza, no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, nos dias 04, 05, 06, 11, 12 e 13 de novembro de 2011, às 20h30. Na seqüência, o Coral da UFC segue para a cidade de Matão – SP para intercâmbio com a Associação Cultural Coro e Osso (um grupo coral que também realiza espetáculos cênico-musicais) e depois parte para a Austrália, a convite da Australian Intervarsity Choral Societies Association – AICSA (Associação de Corais Universitários da Austrália), continuando o intercâmbio com corais das cidades de Melbourne, Sidney, Camberra e Adelaide. O Coral da UFC será o primeiro coral brasileiro a visitar o continente australiano, levando ritmos como maracatu, samba, chorinho, xote e baião, dentre outros para o outro lado do mundo, revelando toda a diversidade da cultura musical brasileira. Em São Paulo e nas cidades australianas, o Coral da UFC apresentará além do espetáculo “Borandá Brasil” o recital “Três Tempos do Homem – 2011”. A primeira montagem do espetáculo “Borandá Brasil” foi apresentada em teatros da Alemanha em 2005, em intercâmbio com corais desse país. Em 2007, o coro percorreu alguns países europeus através do projeto de intercâmbio Brasil-Europa, apresentando o recital “Três Tempos do Homem” e o espetáculo “Gonzagas” em teatros e igrejas da Polônia, Alemanha e França.

Jornal UFC - nov-dez/2011 dezembro, 2011.

A riqueza da música brasileira nascida do cadinho das culturas indígena, africana e europeia está no roteiro do espetáculo Borandá Brasil, que o Coral da UFC leva a Austrália. O grupo também vai apresentar o recital “Os três tempos do homem”, com repertório erudito. O convite para a viagem de intercâmbio partiu da Australian Intervarsity Choral Societies Association – AICSA (Associação de Corais Universitários da Austrália). No período de 24 de novembro a 19 de dezembro, o grupo se apresenta em Melbourne, Adelaide, Sidney e, na capital, Camberra, onde mantém contatos com corais locais. O grupo acaba de realizar temporada no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura nos finais de semana do mês de novembro. Depois seguiu para São Paulo, onde apresentou “Borandá Brasil” e o recital “Os três tempos do homem”. O Prof. Erwin Schrader, um dos regentes do coral – junto com os professores Elvis Mattos e Gerardo Júnior – diz que para a nova temporada do Borandá Brasil foram feitas pequenas modificações no repertório, sem mexer na essência de apresentar um painel da diversidade e riqueza da música brasileira. No espetáculo, com cenário circense, música, teatro, dan-ça e muita magia se unem, dando “um colorido sonoro e de matizes de raças e da diversidade da cultura brasileira”. A magia, desta vez, não fica só na metáfora, garante Schrader. Por meio do maracatu, samba, chorinho, xote e baião a proposta é levar o público a uma viagem pelo País, com recursos cênicos que contaram até com assessoria da Associação de Mágicos do Ceará. No palco, composições de Edu Lobo, Caetano Veloso, Djavan, Paulo Cesar Pinheiro, Lenine, Luiz Gonzaga, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Tom Jobim, Ary Barroso e Gonzaguinha são a trilha para encenações que incluem truques de ilusionismo, com cantores-atores trocando de roupa em segundos ou desaparecendo de um lado e aparecendo em outro. Já o recital “Três Tempos do Homem – 2011”, apresentado em outubro na Igreja do Pequeno Grande, em Fortaleza, reúne obras de compositores europeus e peças do cancioneiro erudito nordestino e brasileiro. O material de divulgação detalha que a primeira parte é dedicada ao aspecto espiritualizado do ser humano. No programa estão o Bendito de Penitentes da região do Cariri, a Missa do Vaqueiro, composta pela cearense Vanda Ribeiro Costa, e “El Ahuasca”, do folclore peruano. A segunda parte põe em foco o homem terra das diversas regiões do Brasil. Será traduzido por músicas como “Os Três Cantos Nativos” dos Índios Krahôs da região de Tocantins, “Pavão Mysterioso”, de Ednardo e outras. O homem nação está na terceira parte, que tem músicas como “Corsário”, de João Bosco, “Isto aqui o que é”, de Ary Barroso, e “Dindi”, de Tom Jobim, cantada em inglês. Para a viagem a São Paulo e Austrália vão 40 integrantes, sendo 34 cantores e seis pessoas da equipe técnica, incluindo os regentes. O Prof. Erwin explica que as viagens nacionais e internacionais do Coral têm caráter de intercâmbio. Em 2005, o coral fez turnê pela Alemanha e no ano seguinte recebeu, em Fortaleza, o Kinderchor Camtemus, coro infantil da cidade alemã de Hamburgo. Em 2007, o Coral da UFC esteve na Alemanha, Polônia e França. Em, 2008, veio o coral da Associação Franco-Alemã. Erwin destaca que todas essas ocasiões resultam em oportunidades de trocas de informações e experiências entre os grupos. Novos Projetos • Antes mesmo de terminar esta última temporada do Borandá Brasil, o Coral da UFC já está trabalhando na preparação do novo espetáculo, cujo título provisório é “3 Pontas”, com estreia prevista para 2013. Terá o repertório centrado na obra do cantor e compositor Milton Nascimento, nascido no Rio de Janeiro, mas criado na cidade de Três Pontas, em Minas Gerais. Como nas ouCORALUFC | 23


BRASIL- MATÃO A Comarca 11 de novembro, 2011.

nova leitura poética através do repertório composto por musicas brasileiras de compo­ sitores como Milton Nascimento, Danilo Caymmi, Pedro Luiz, Ita­mar Assumpqao, Chico Buarque, entre outros. O evento é gratuito e os interessados devem retirar o convite antecipadamente na Casa da Cultura. As três apresentações integram as comemoraqoes da 13a Semana Municipal da Cons­ciencia Negra, promovida pela Prefeitura e Conselho Municipal de Participaqao e Integrgao da Comunidade Negra (Comucon). Mais informa~oes sobre os espe­taculos pelo telefone 3382-6640. O Coral da UFC iniciou suas atividades em abril de 1959, sob a regência do maestro Orlando Leite, no momento da fundação da própria Universidade. Nos anos 60, o grupo alcançou destaque no cenário musical local e nacional através de recitais e participação em festivais de coros. Nos anos 80, a regência do coral ficou sob a responsabilidade da professora Maria Izaira Silvino Moraes, que deu início a um trabalho de aproximação da atividade de canto coral com a cultura popular brasileira e a comunidade, modifi­cando o repertório, postura cênica e atitudes vocais.

Recitais serão promovidos pela Prefeitura e ‘Coro e Osso’ A Prefeitura de Matão e a As­ sociação Cultural Coro e Osso realizarão, entre os dias 18 e 20 de novembro, três eventos musicais com a participação do Coral da Universidade Federal do Ceara (UFC) e do Grupo Vocal Coro e Osso. A primeira apresentação do Coral da UFC sera na sexta-feira (18), as 20 horas, na Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida (Bairro Alto), com o recital ‘Três Tempos do Homem’. No repertório estão obras de compositores europeus e peças do cancioneiro erudito nordestino e brasileiro, em um painel de ritmos como ma­ racatu, samba, ciranda, marcha, xote e baião. A atração faz parte do projeto Sexta-Básica, realizado pelo Departamento Municipal de Cultura com entrada gratuita. No sábado (19), o Coral da UFC apresentará o espetáculo musical ‘Boranda Brasil’. A atra­ ção conduz a viagem de um circo itinerante, que movimenta-se através do universo de simbolos artísticos brasileiros, estabelecen­do um nexo corn a produção mu­sical de diversas regiões do País. Em uma tenda circense, múltiplas atrações sonoras da vida brasileira convidam a todos para andar pelo Brasil. O evento será as 20 horas, no Anfiteatro ‘Adriana Manzi’. Os ingressos estão a venda, ante­cipadamente, na Casa da Cultura ‘Prefeito Armando Bambozzi’ ao preço de R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia-entrada). Os convites tam­bém serão vendidos no Anfiteatro, no dia da apresentação. E no domingo (20), as 20 horas, no Anfiteatro ‘Adriana Manzi’, o Grupo Vocal Coro e Osso apresentará o espetaculo `Temporal’, em que mergulha no universo das canções para apre­sentar uma 24 | ACUFC - CLIPPING

Ao longo dos ultimos 25 anos, o grupo dedicou-se à pes­quisa e construção do repertório brasileiro, explorando as possibi­lidades do espaço teatral através da montagem de espetáculos cênico musicais, rompendo de vez com a imagem tradicional do coral em que os cantores pouco se movimentam. Os espetáculos ‘Boranda Brasil’ e “Gonzagas’ ti­veram repercussão internacional, através de duas turnês europeias feitas pelo grupo em 2005 e 2007, com apresentações em teatros da Alemanha, Polônia e França. Sendo um grupo musical sem fins lucrativos, o Coral da UFC promove o desenvolvimento de jovens universitários, trabalha­ dores e pessoas da comunida­de, acreditando ser a educação musical uma das competências fundamentais na consolidação de valores humanos e de novas ideias de recriação do mundo. O Coral da Universidade Federal do Ceará participará ainda neste mês de uma turnê de intercâmbio cultural na Austrália, onde se apresentará nas cidades de Adelaide, Camber­ra, Melbourne e Sidney. Coro e Osso - Em 1990 teve inicio o mo­vimento que deu origem a As­ sociação Cultural Coro e Osso, uma associação civil sem fins lucrativos que desenvolve ações para a promoção da cultura mu­ sical, especialmente da música vocal, por meio de atividades ar­tístico-culturais e de educação. Sob a regência e direção artística do compositor e maestro Luiz Piquera, o Grupo Vocal Coro e Osso como é mais conhecido o corpo artístico da Associação - tem sua história permeada pela pesquisa e divulgação da música vocal, pelo intercâmbio com coros e regentes de muitos lu­gares, pela produqao própria de espetáculos, pela apresentação de seus trabalhos em palcos do Brasil e do exte-


A Comarca 18 de novembro, 2011.

Três diferentes espetaculos serão apresentados Integrando as comemorações da 13ª Semana Municipal da Consciência Negra, a Prefeitura de Matão e a Associação Cul­tural Coro e Osso realizam um ‘Final de Semana com Musica’, com a participação do Coral da Universidade Federal do Ceara (UFC) e do Grupo Vocal Coro e Osso. A primeira apresentação sera do Coral da UFC, nesta sexta-feira, às 20 horas, na Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Bairro Alto), com o recital `Tres Tempos do Homem’. O es­ petáculo, com entrada gratuita, apresenta obras de compositores europeus e peças do cancioneiro erudito nordestino e brasileiro, em um painel de ritmos como maracatu, samba, ciranda, xote e baiao. A atração tambem faz parte do projeto Sexta-Básica, realizado pelo Departamento de Cultura. No sabado (19), as 20 horas, no Anfiteatro ‘Adriana Manzi’, - o Coral da UFC apresentará outro espetaculo - ‘Boranda Brasil’. A atração conduz a viagem de um circo itinerante, que movimenta-se através do universo de símbolos artísticos brasileiros, estabelecendo um nexo com a produção musical de diversas regiões do Pais. Em uma tenda circense, multiplas atrações sonoras da vida brasileira convidam a todos para andar pelo Brasil. Os ingressos estão a venda antecipadamente, na Casa da Cultura ‘Prefeito Armando Bambozzi’, ao preço de R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia-entrada). Os convites também serão vendidos no Anfiteatro, no dia da apresentação. O Grupo Vocal ‘Coro e Osso’ apresentará o espetáculo `Temporal’ no domingo (20), às 20 horas, no Anfiteatro ‘Adriana Manzi’, com um repertório com­posto por músicas brasileiras de compositores como Milton Nascimento, Danilo Caymmi, Pedro Luiz, Itamar Assumpção, Chico Buarque, entre outros. O evento é gratuito e os interessa­dos devem retirar o convite ante­cipadamente na Casa da Cultura. A 13ª Semana Municipal da Consciência Negra é promovida pela Prefeitura e pelo Conselho Municipal de Participação e In­ tegração da Comunidade Negra (Comucon). Mais informa-

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AUSTRÁLIA - MELBOURNE Portuguese Language School - portugueselanguageschool.com.au/ novembro, 2011.

My247 local.my247.com.au/melbourne/12137/guide/12137 novembro, 2011.

“Enquanto andamos nós cantamos - pés indígenas, sertanejos pés, pés, pés negros urbanos. Cantar é o nosso caminho para todos os cantos da Terra Brasilis“. Tendo excursionado Borandá Brasil! no Brasil e na Europa, o Coro e os músicos da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza (UFC) estão a caminho de Melbourne para apresentar um concerto que irá ressoar com a energia exuberante e paixão da música brasileira e dão início a sua turnê nacional na Austrália! Como espetáculo tanto quanto desempenho, Borandá Brasil! vira os holofotes sobre as muitas culturas - indígena, africana, nordestinos, europeus - que se fundiram e se tornar o vibrante nação brasileira, e sua música .... “... O sertão nordestino, as grandes cidades que passam as noites embalados pelo som da música urbana, o artista brasileiro, que celebra a verdadeira magia do nosso país.” Junte-se ao coro UFC e músicos na BMW The Edge (Fed @ Sq), como eles levá-lo em uma turnê musical de seu amado país é apenas uma noite e não pode 26 | ACUFC - CLIPPING


AUSTRÁLIA - SYDNEY Pablito Austrália - pablitoaustralia.com/ dezembro, 2011.

Não é um musical e nem um espetáculo de dança. As pessoas chamam de coral cênico, mas Erwin Schrader, um dos regentes, não gosta da definição pois, segundo ele, todo coral é cênico. Para Erwin, é um um espetéculo de cor, de movimentação em cena. “Nosso trabalho parte de pesquisa corporal, da pesquisa de movimentação, são 34 pessoas em cena, 3 regentes, que na verdade são doutores em canto, professores da universidade que pesquisam muito, que trabalham na formação dos estudantes, na estética de formação e trazem uma estética arrojada.” O Coral da UFC existe há mais de 50 anos, está na quinta geração de regentes e, desde os anos 80, vem fazendo esse trabalho de integrar outras manifestações artísticas ao coral, aproximando-o da música popular brasileira. Cada montagem dura dois anos e hoje é justamente o final da temporada 2010/2011. Para o biênio 2012/13, o espetáculo será inspirado na obra do cantor Milton Nascimento. Caso ainda não tenha se animado, veja o repertório abaixo. Ingressos a $30. 1. Chegança – Edu Lobo / Oduvaldo Viana Filho (Arr. Elvis Matos) 2. Tropicália – Caetano Veloso (Arr. Marcos Leite) 3. Cunhataiporã – Geraldo Espíndola (Arr. Samuel Kerr) 4. Cara de Índio – Djavan (Arr. Elvis Matos) 5. Jogo de Angola – Mauro Duarte / Paulo Cesar Pinheiro (Arr. Erwin

Se você gosta de música brasileira, artes cênicas e circo, não deixe de ver Borandá Brasil, espetáculo que o Coral da Universidade Federal do Ceará trouxe para a Austrália, a convite da Australian Intervarsity Choral Societies Association – AICSA. Eles já passaram por Melbourne, Adelaide e Canberra, e hoje, às 19h30, se apresentam no Tom Mann Theatre (136 Chalmers Street), em Surry Hills. O Coral ainda fará um recital na quinta-feira e um workshop no sábado (vide final do texto), ambos em Sydney, mas o espetáculo de hoje será não apenas o primeiro e único na cidade, como também a última apresentação dessa montagem. Mas, afinal, o que é o Borandá Brasil? Imagine um coral convencional, daqueles com ótimas vozes perfiladas horizontalmente sobre degraus. Esqueça! Borandá Brasil não é nada disso. Tem sim boas vozes, mas não perfiladas, e sim em cena, cantando música popular brasileira como Construção, de Chico Buarque, e Tropicália, de Caetano Veloso, passando por sambas, choros e ritmos regionais como ciranda, maracatú, xote e baião.

chrader) 6. Candeeiro Encantado – Lenine / Paulo Cesar Pinheiro (Arr. Daniel Sombra) 7. Cocada – Rita Ribeiro (Arr. Daniel Sombra) 8. Xaxado – Luis Gonzaga / Hervê Cordovil (Arr. José Gomes) 9. Borandá – Edu Lobo (Arr. Elvis Matos) 10. Procissão da Chuva – Cacilda Borges Barbosa / Wilson Rodrigues 11. Sonora Garoa – Paçoca (Arr. Elvis Matos) 12. Pecado Capital – Paulinho da Viola (Arr. Elvis Matos) 13. Construção – Chico Buarque (Arr. Liliana Cangiano) 14. Fantasia – Chico Buarque 15. Canta, canta mais – Tom Jobim (Arr. Elvis Matos) 16. Redescobrir – Gonzaguinha (Arr. Erwin Schrader) 17. É – Gonzaguinha (Arr. Tarcísio Jose de Lima) Música Incidental – Aquarela do Brasil – Ary Barroso. Borandá Brasil Quando: Quarta-feira, 14 de dezembro, às 19h30 | Onde: Tom Mann Theatre (136 Chalmers Street), Surry Hills, Sydney | Quanto: $30 Recital 3 Tempos Homen (Three Times of Man) O quê: Música sacra e popular | Quando: Quinta-feira, 15 de dezembro, às 19h30 | Onde: Christ Church St. Laurence, George St, Sydney | Quanto: $20

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BRASIL - NATAL - RN 18º Encontro de Corais da Cidade de Natal e 10º Encontro Nacional de Coros em Natal novembro, 2012.

BRASIL - FORTALEZA - CE XII Encontro de Corais do Colégio Santa Cecília novembro, 2012.

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BRASIL - FORTALEZA

PORTAL UFC - ufc.ce.br, 25 de outubro, 2013.

O Coral da UFC estreia na próxima sexta-feira, dia 1º de novembro, o espetáculo cênico-musical “Menino”, inspirado na obra do cantor e compositor Milton Nascimento. A nova produção fica em cartaz todas as sextas, aos sábados e domingos do mês, sempre às 20h, no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Rua Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema). Os ingressos são R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

Resultado de elaborada pesquisa da obra de Milton, “Menino” faz uma homenagem aos 50 anos de carreira do cantor, completados em 2012. De acordo com a concepção dos idealizadores, o espetáculo faz referência à “alma moleque do brasileiro, sonhador e poético presentes na vida e na obra do músico mineiro”.

No palco, 36 cantores vão interpretar 19 canções de Milton Nascimento, “abordando os ‘encontros e despedidas’ inerentes à travessia da vida, fazendo ao público uma pergunta: o que de vera foi feito?”. O coral tem a regência e direção dos maestros Erwin Schrader e Elvis Matos e a preparação vocal é do maestro Gerardo Viana Júnior.

Saiba mais

Atuando há 54 anos em nome da difusão do saber e da arte, o Coral da UFC é um grupo musical sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento de jovens universitários, trabalhadores e pessoas da comunidade, acreditando ser a educação musical uma das competências fundamentais na consolidação de valores humanos e de novas ideias de recriação do mundo.

Portal Vermelho - vermelho.org.br/, sobre a estreia do espetáculo MENINO, 29 de outubro de 2013.

Ao longo dos últimos 25 anos, o Coral da UFC dedicou-se à pesquisa e construção do repertório brasileiro, explorando as possibilidades do canto coral com o espaço teatral em suas diversas linguagens, através da montagem de espetáculos. O grupo já teve seu trabalho reconhecido no Brasil e em países como Alemanha, França, Polônia e Austrália.

Fonte: Portal da UFC

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Saci Pererê. O projeto foi apresentado pelo vereador Guilherme Sampaio e aprovado pela Câmara em 2007, numa contraposição ao importado “Halloween”. Coube a prefeita de então, Luizianne Lins, petista como ele, sancionar a matéria.

BRASIL - FORTALEZA - CE PORTAL ADITAL - adital.com.br 25 de outubro, 2013.

ade AV. ROGACIANO LEITE

ICADO

odonordeste.com.br

afiodoPTdoCeará

érie de da em inco residente do m hoje um tête-à-tête. eza, na sede enida da 2189 tir das 19h. no, Eudes is Diniz, mpaio e José erão mais e discutir os petistas

podem tomar. E com a perspectiva das eleições em 2014, associada ao ingresso na cena política do Pros e do Solidariedade e, ainda, do saída do grupo de Cid Gomes e Roberto Cláudio - adversários de parte das alas da sigla - do PSB. Mas há um nó que para o PT do Ceará não será fácil de desatar: as boas relações da presidente Dilma Rousseff com o governador e o prefeito. Haja debate, então.

O POVO Divirta-se - 20 de março

E ELEIÇÕES DIRETAS do PT, contemplando onal, estaduais e municipais, será realizado a 10. Este ano, as chapas deverão respeitar ta por cento dos cargos cabem a mulheres, 20% a negros e/ou indígenas.

ão atendidos AC 2 para imentação: rque Tijuca, al Maracanaú, eira, Horto, alto Verde.

13,5 bilhões De reais são o montante de valores que a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento prevê para contemplar 310 projetos que atenderão 1.198 municípios de todo o País.

Menino,Milton,Minas Entrega de túnel está nove meses atrasada Motoristas reclamam dos transtornos no trânsito, e comerciantes se queixam da poeira e de queda nas vendas A construção do túnel que liga a Avenida Rogaciano Leite à Washington Soares segue em ritmo lento. A intervenção teve início em junho do ano passado, com prazo para término em fevereiro deste ano. A obra prevê dois túneis, mas, por enquanto, apenas um foi concluído. Agora, nove meses após o prazo inicial anunciado, o segundo equipamento ainda passa por muitos ajustes. Motoristas reclamam dos transtornos no trânsito, enquanto comerciantes se queixam da poeira e de queda nas vendas. Uma de 2014. concessionária, que teve parte do piso rachado em decorrência das obras, afirma que o movimento caiu 50%. “Os clientes desapareceram, o movimento caiu pela metade. Às vezes as pessoas passam em frente e até se interessam, mas para retornar têm que fazer uma volta danada”, comenta José Francisco Freitas, vendedor de uma concessionária. Ele conta que quando foram construir as paredesdesustentaçãodotúnel, apareceram várias rachaduras na loja. Acrescenta, ainda, que um dos motivos para o atraso foram os alagamentos no túnel. “Lá dentro é um rio, teve até um trator que ficou totalmente

A obra do cantor e compositor mineiro Milton Nascimento é a base do espetáculo “Menino”, que o Coral da UFC estreia amanhã no teatro do Centro Dragão do Mar. E com razão justa: Milton está completando 50 anos de carreira - ou de “Travessia”, como poderiam dizer os fãs mais ardorosos. O show ficará em cartaz em todas as sextas, sábados e domingos de novembro.

mais conteúdos: www.diariodonordeste.com.br/roberto C eLeia www.twitter.com/roberto_maciel

O espetáculo “Menino”, realizado pelo Coral da Universidade Federal do Ceará (UFC), estreará sua segunda temporada de shows no Teatro do Centro submerso. Eu acho que eles não precisam funcionar 24h por dia não existem calçadas. Pedestres doasDragão dopuxar Mar dequeArte finsden-de conseguiram conter infiltra- para a água emergee Cultural, que quiserem senos locomover ções, porque é área de mangue”,do da período superfície. Se uma pa- março tro ou fora a dos13 túneis de semana de delas 21 de deterão abril, afirma. O vendedor diz que de- rar é questão de tempo para o disputar espaço com os carros. 20h. asinundado. dozeApesar apresentações do musical pois que o túnel às estiver prontoTodas túnel ficar de Outraqueixarecorrenteadificulpode até ser que acontecerão a situação me- estarem na tarde dade para atravessar a rua. “Não às funcionando, 20h. De acordo com o Departamento Estadual de Rodovias (DER), o túnel deverá ser liberado na primeira quinzena do próximo mês de novembro. O órgão informa que o total do investimento é de R$ 30 milhões, com os dois túneis FOTO: BRUNO GOMES

lhore, mas, por enquanto, recla- de ontem, boa parte do túnel existe passagem para pedestre. ma que são só transtornos. estava cheia de água. Em horário de pico, a gente perUm olho d’água bem no meio Apesar de ter sido anunciada de horas tentando atravessar. doequipamentoteriasidooprin- como obra de mobilidade urba- Sem falar que têm muitos buraA primeira temporada do realizado a denunpartir cipal empecilho para dar conti- na, chama a atenção o fatomusical, de os cos e empecilhos na via”, nuidade às obras.da Um mestre ciaaestudanteuniversitáriaNeiobradedotúneisnãocontemplarempedescantor e compositor Milton Nascimenobrasquepreferiunãoseidentifi- tres e nem ciclistas. Mesmo do de Ribeiro, 38. expectadores em 15 apresencar informa que to, duasteve bombasquase lado de 4 foramil do equipamento, Adoméstica VeraLúciadaSilva Bandeira, 39, que trabalha tações. próximo à Av. Rogaciano Leite, reclama que tem de descer do ônibus na Av. Sebastião de Abreu e seguir a pé, em um trajeO primeiro dia de espetáculo, 21 demaior março, será por um to bem que o habitual, dos desvios. Ela é outra ensaio aberto ao público, com causa entrada gratuita. Os que se queixa da dificuldade paingressos serão distribuídos a partir das 19h, na ra atravessar a Rogaciano Leite.bi-

lheteria do Dragão do Mar.

gum secretário eforma edado prefeito, do sem ão.Nós não osesse titude”

ANGUEIRA

oberto Cláudio egandoque vidamvereadoe nos bairros

memora ira, pelo

“promoção de atividades artísticas e de lazer em escolas, bibliotecas, casas de cultura, praças e parques”. Mas a Prefeitura nunca deu DO NORDESTE, bola DIÁRIO para o tema. Guilherme Cidade - 31 de outubro, 2013. Sampaio promete fazer hoje DIÁRIOsobre DO NORDESTE um pronunciamento a FORTALEZA, CEARÁ - QUINTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2013 data. Menos mal para o Saci.

...Assombroso

30 | ACUFC - CLIPPING Diz o texto do projeto 189/2007 que o Dia do Saci

Prazo Em nota, o Departamento Estadual de Rodovias (DER) esclarece que os motivos para atrasos decorrem das dificuldades A novidade desta temporada será a abertura do de esESPECIALIZAÇÃO EM conciliação de serviços na cidapaço para que alunos das escolas públicas possam de e da falta de CAP (cimento de petróleo). O prazo de conassistir ao espetáculo. Os Diretores enovo professores clusão é a primeira quinzena de de escolas públicas do Ceará podem agendar e renovembro. Aobradosdoistúneisfoiorçaservar os ingressos dos alunos para a segunda temda em R$ 30 milhões, sendo R$ porada do espetáculo. 25 milhões com verba do Estado e R$ 5 milhões de contrapartida de recursos privados. No momento, diz a assessoria, estão CONFIRA OUTROS CURSOS COM INÍCIO EM NOVEMBRO/2013 sendofeitosajustesfinaiserevesServiço: timento nas paredes do túnel. Em relação aos alagamentos Segunda temporada do espetáculo ‘Menino”Coral eda COMUNICAÇÃO E GESTÃO travessiaspara pedestres e ciclisUFC tas, o órgão não se pronunciou. Assessoria de Comunicação Local: Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura MBA em Gestão de Organizações Sustentáveis MBA em Finanças MBA em Gestão de Negócios em Saúde PREVISÕES

MOBILIDADE URBANA


BRASIL - FORTALEZA O POVO Vida & Arte - 08 de março de 2014.

A saga do menino que cresceu encantado pelas paisagens de Minas Gerais e viu tanta gente partir num trem chegou ao fim na noite desta terça-feira (6). A história foi contada pelo Coral da UFC, num espetáculo que estreou em 1° de novembro de 2013, no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, e rendeu 30 apresentações. A despedida acabou tendo um toque especial por conta da presença do homenageado do musical: Milton Nascimento. Em Fortaleza para apresentar a turnê Uma Travessia, onde comemora 50 anos de carreira, o compositor carioca de acordes mineiros esteve presente na sessão de despedida de Menino, realizada somente para convidados. Depois que todos estavam sentados, o compositor chegou discreto, acenou meio tímido e foi para seu lugar. E ali permaneceu imóvel diante da plateia previamente avisada de que era proibido qualquer tipo de abordagem ao artista. Foi somente no bis que o homenageado se juntou ao elenco que apresentou “De magia de dança e pés”. Com regência e direção de Elvis Matos e Erwin Schrader, Menino foi visto por mais de 4000 espectadores e costura episódios da vida de Milton Nascimento ao longo de 19 canções. O coral é formado por 36 vozes, reforçadas por flauta, violões e tambores. “Uma das homenagens que mais me emocionou nos últimos anos foi esse espetáculo da UFC. O trabalho feito por eles é simplesmente incrível! Desde a primeira música já foi susto”, elogia Milton em entrevista por email. Ele, que recentemente foi tema de outro musical (Nada será como antes, de Charles Möeller & Claudio Botelho), disse que ficou “maravilhado” com cenário, atuação e roteiro da peça cearense. “A vontade era de assistir isso ainda mais umas mil vezes de tão bonito que é”, confessa. Das canções apresentadas, Milton até aponta sua preferida. “Tudo é lindo! Mas, pra falar a verdade, ‘Sentinela’ quase me matou”. Sobre os 50 anos de carreira, Milton Nascimento não nega o orgulho do que construiu e ressalta que tudo aconteceu com naturalidade. “Tudo que aconteceu na minha vida até hoje eu considero muito especial. Desde quando comecei a tocar na noite, aos treze anos de idade, junto com Wagner Tiso. Éramos tão jovens que tínhamos que nos esconder na cozinha dos lugares que a gente tocava pra fugir dos agentes do Juizado de Menores”, lembra. Aos 71 anos, Milton diz que continua gostando do palco e das turnês. Sobre o próximo disco, ele revela que já está gravado e trará parcerias com guitarrista gaúcho Ricardo Vogt. E adianta que os fãs terão novidades até julho. Enquanto isso, segue com sua Uma Travessia pelo Brasil. CORALUFC | 31


BRASIL - FORTALEZA - CE PORTAL UFC - ufc.ce.br 09 de abril, 2014.

No mês em que completa 55 anos, o Coral da UFC comemora um dos momentos de maior sucesso de sua história. A boa fase levou a Administração Superior da Instituição a preparar homenagem ao grupo na noite de terça-feira (8), no salão nobre da Reitoria. O Vice-Reitor da UFC, Prof. Henry Campos, agradeceu e parabenizou o Coral pelo trabalho realizado. Ele e o Reitor Jesualdo Farias estiveram na plateia da primeira temporada do espetáculo “Menino”, apresentação cênico-musical que se consagrou como a mais assistida do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em 2013. Além do Prof. Henry, participaram da homenagem e confraternização o diretor do Coral e titular da Secretaria de Cultura Artística (Secult-Arte) da UFC, Prof. Elvis Matos, o regente Erwin Schrader e o preparador vocal Gerardo Viana Júnior, além de coralistas e novos integrantes do grupo. Na ocasião, o Coral apresentou “Semen”, canção de Milton Nascimento, e “Toda menina baiana”, de Gilberto Gil. Imagem: O Vice-Reitor Henry Campos parabenizou o grupo pelo trabalho realizado (Foto: Arlindo Barreto)O espetáculo “Menino”, inspirado na obra do cantor e compositor Milton Nascimento, encerrará sua segunda temporada no próximo dia 13 de abril, às 20h, no Teatro do Centro Dragão do Mar (Rua Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema). Depois, dará início à preparação para seu próximo trabalho, que recebe o título provisório de “Batucanto”, cuja estreia está prevista para 2015. “Penso que este é um dos momentos mais felizes do Coral. O coro está encontrando o reconhecimento institucional. As pessoas sempre acharam o trabalho do grupo artisticamente muito bonito, mas agora há condições para que a arte se desenvolva. Há conquistas como a implantação do Programa de Promoção de Cultura Artística, criado no ano passado, e a possibilidade de um espaço para abrigar não apenas o Coral, mas a Casa da Voz, para incrementar a multiplicação de corais”, avaliou o Prof. Elvis. Ele explica, ainda, que as inscrições para novos participantes ocorrem em períodos específicos, a cada novo projeto. Para saber mais sobre a história do Coral, acesse o site do grupo.

Com a presença de Milton Nascimento, o Coral da UFC encerrou, na noite de terça-feira (6), no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, as apresentações do espetáculo Menino, que homenageia os 50 anos de carreira do cantor e compositor mineiro, completados em 2012. O Prof. Elvis Matos, da Secretaria de Cultura Artística da UFC e um dos regentes do Coral, reconheceu que a emoção tomou conta de todos os integrantes do grupo, cuja apresentação foi tão empolgante que concederam um bis, com a canção “De magia, de dança e pés” (não incluída no show), momento em que o homenageado foi levado ao palco. Discretamente, Milton acompanhou a interpretação cantarolando e marcando o ritmo com o pé. Antes, sentado na plateia e acompanhado de pessoas de sua produção, assistira atentamente ao desenrolar de Menino, que considerou “muito bonito”, conforme disse aos maestros. Imagem: Milton Nascimento assistiu ao espetáculo “Menino”, do Coral da UFC, na noite de terça-feira (6)Os maestros Erwin Schrader e Elvis Matos fizeram pronunciamentos, a título de despedida, destacando terem ali acabado de fazer o “trigésimo Menino” e agradecendo a todos que contribuíram para o sucesso da temporada estreada em novembro de 2013 e de volta à cena em março deste ano, sempre com casa lotada. Anunciaram o próximo espetáculo, Batukantu, que contará a história do Brasil por meio da culinária nacional. Fizeram Menino 36 cantores que interpretaram 19 canções de Milton Nascimento, “abordando os ‘encontros e despedidas’ inerentes à travessia da vida, fazendo ao público uma pergunta: o que de vera foi feito?”. O Coral da UFC tem a regência e direção dos maestros Erwin Schrader e Elvis Matos, e a preparação vocal é do maestro Gerardo Viana Júnior. 32 | ACUFC - CLIPPING

PORTAL UFC - ufc.ce.br 07 de maio, 2014.


BRASIL - FORTALEZA - CE DIÁRIO DO NORDESTE Caderno 3 - 08 de outubro, 2014.

O trem que partiu de Minas Gerais, da pequena Três Pontas, na década de 1960, levando Milton Nascimento ao “clube” de compositores, em uma esquina de Belo Horizonte, passando pelo Rio de Janeiro, dos festivais, e percorrendo o Brasil pelas últimas cinco décadas, o largou, na noite da última terça-feira, no Teatro Dragão do Mar, para aplaudir e emocionar-se com as vozes que o saudavam. Após um mês em cena, os 36 cantores do Coral da Universidade Federal do Ceará (UFC) fizeram na ocasião a última sessão do espetáculo “Menino”, um mergulho lírico na música, na poesia, na vida de Milton Nascimento. Aproveitando a passagem do cantor por Fortaleza, onde faz show comemorativo de seus 50 anos de estrada, amanhã, no Siará Hall, Milton prestigiou a despedida, a convite do grupo, e, ao final, subiu ao palco e cantou com coral. “Estava todo mundo nervoso, é o encontro do intérprete com o autor”, avaliou o maestro Erwin Schrader, logo após o espetáculo, sobre o ânimo à flor da pela dos cantores. Ele destacou o longo caminho trilhado e o papel formativo do coral, que renovou 90% dos integrantes em 2012. “Estamos com um grupo novo, de estudantes de música. Foram dois anos trabalhando essa ideia de fazer a obra do Milton. A gente foi se envolvendo com ele. Fizemos 30 “Menino”, com mais de 7 mil espectadores. A gente não esperava tanto”, reforça, satisfeito com o reconhecimento. “É fantástico poder trabalhar, poder tê-lo aqui. A presença do Milton veio só premiar o trabalho do Coral da UFC. Para a gente é um prazer. Para mim, que escuto desde criança, é fantástico poder tê-lo aqui perto, desta vez ouvindo a gente, se emocionando com a gente”, completa Giseldo Castro, um dos mais experientes do grupo, com mais de uma década contínua no coral. Para o estreante Leonardo Rio, de 21 anos, cantor, guitarrista e fã de rock, “Menino” abriu portas para uma música que desconhecia. “Foi uma experiência formativa muito importante. Tanto por conhecer a obra de um compositor brasilei-

ro ao qual eu era muito distante, como por chegar tão perto dele em um espaço de tempo que nunca imaginaria”, diz. Investindo em uma proposta radicalmente cênica, com a música, mal comparando ao que faz a ópera, a serviço de um espetáculo maior, que dança, que conta uma história, “Menino” transformou a caixa cênica em uma janela lírica, com vista para a obra de Milton Nascimento. Partindo da plateia para o palco, o musical abre de pronto com uma sequência intensa, citando versos de “Guardanapos de papel”, “Na minha cidade tem poetas, poetas / Que chegam sem tambores nem trombetas / Trombetas e sempre aparecem quando / Menos aguardados, guardados, guardados”, misturada a vocalizações incidentais de “Travessia”, “Caçador de mim”, “Sentinela”. Como narrativa, a um só fôlego, “Morro velho”, “O que foi feito devera” e “Sêmen”. O coral segue como se todas as canções fossem momentos de uma mesma peça. O trem, a história, a música brasileira, e os coralistas da UFC, percorrem os últimos 50 anos pela obra de Milton. Do canto ingênuo, romantizado nas paisagens do interior de canções como “Rouxinol” (Rouxinol me ensinou / Que é só não temer / Cantou / Se hospedou em mim), entoado pelas

vozes femininas do coral, ao engajamento político do ambiente universitário de “Maria, Maria” e “Coração Civil”. Os festivais marcaram o início da carreira de Milton. O coral atualiza as utopias e lutas setentistas, cantando e devolvendo às ruas bandeiras de “amor”, “amizade”, “respeito”, retiradas dos versos de Fernando Brant. A música tema, seguida por “Leo”, parcerias com Ronaldo Bastos e Chico Buarque, que revelam o peso do amadurecimento, do contato com o mundo cão em que moleque carioca, adotado por Três Pontas, se lançou. O roteiro passa ainda por “Vera Cruz”, também simbólica desse momento de amadurecimento, “Travessia”, “As várias pontas de uma estrela”, passando por “O que foi feito de vera”, música que marca o momento final do espetáculo. O encerramento tem “Nada será como antes”, parceria com Ronaldo Bastos e, fechando em festa, “Nos Bailes da Vida”. A música é uma espécie de resumo de uma trajetória que parte bandas de bailes “em busca de sol”. “Cantando me disfarço e não me canso de viver nem de cantar”, encerram. Aplausos, emoção, e um abraço de Milton.

Fábio Marques - Repórter CORALUFC | 33


BRASIL - FORTALEZA - CE DIÁRIO DO NORDESTE Caderno 3 - 12 de novembro, 2015. por Iracema Sales

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DIÁRIO DO NORDESTE FORTALEZA, CEARÁ - QUINTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2015

“GULA”

Temperos do samba e do baião IRACEMA SALES Repórter

relação entre música e comida é remota e está associada a festas e celebrações sacras e profanas, ao longo da história. Uma boa pista para decifrar essa ligação pode ser o conjunto das canções de trabalho, cantadas tanto para amenizar a dureza da labuta diária no campo quanto para celebrar a colheita. Canções como “Penerô xerém”, de Luiz Gonzaga, ou “No tabuleiro da baiana”, de Ary Barroso, ilustram bem a afeição entre a linguagem musical e a alimentação. “Em alguns casos, os nomes remetem a protagonistas de histórias de amor, como a famosa sobremesa Romeu e Julieta (combinação de queijo e goiabada), brinca Erwin Schrader, regente do Coral da Universidade Federal do Ceará (UFC). Em fevereiro, o coral se debruçou sobre o cancioneiro brasileiro para estudar essas nuances. O resultado do minucioso trabalho, que passeia por clássicos da MPB, samba, baião, sertanejo, entre outros ritmos, está condensado no espetáculo “Gula”. A estreia da primeira temporada acontece sexta (13), às 20h, no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), prosseguindo até domingo. Após a segunda temporada (prevista para o início de 2016), o tempero musical brasi-

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Espetáculo que o Coral da UFC estreia sexta (13), no Teatro do Dragão do Mar, celebra o casamento de tradições da música brasileira leiro viajará para o Canadá, como parte de novo projeto de intercâmbio do grupo, que integra uma das atividades de extensão da UFC. A pesquisa para “Gula” envolveu os 35 cantores do Coral da UFC. Em seu 8º trabalho, o grupo incursiona pela comédia. O espetáculo cênico-musical marcado por cenografia e estética “arrojadas” passa em revista mais de 200 canções sobre o tema, promovendo o “casamento” do samba, ritmo característico da região Sudeste, com o baião, estilo musical típico do Nordeste. Conforme Erwin Schrader, o compositor cearense Descartes Gadelha, que participa da montagem, defende que samba e baião têm a mesma raiz. Lembra de um dos pratos típicos da cozinha do sertão nordestino, o baião de dois, e a feijoada, iguaria presente nas rodas de bares cariocas, um dos redutos do samba no Brasil, levam feijão no preparo. O traço comum entre os ingredientes que compõem os pratos demonstra, também, a ligação na gênese entre os ritmos, ambos dançantes. No roteiro, 18 músicas de compositores antigos e contemporâneos, que usaram o tema

comida para expressar mensagens. Entre outros, Chico Buarque, com a sua “Feijoada completa”, passando por Noel Rosa, em “Conversa de bar”, Aldir Blanc e Dorival Caymmi, com gosto da urbanidade de pratos servido em bares, animados pelo samba. A viagem gastronômica envereda pelo forró, trazendo no cardápio o irreverente Genival Lacerda, o contestador João do Vale, canções do grupo de forró Mastruz com Leite e Sivuca.

Montagem Cenários originais, com panelas e mesas, associado a figurinos coloridos completam a verdadeira ode à comida, que tem 1h10m de duração. A dança e a cenografia complementam a proposta, que investe na alegria, ao juntar música e co-

O espetáculo cênico-musical marcado por cenografia e estética “arrojadas” passa em revista mais de 200 canções sobre o tema

Oficina prática de figurino

mida, com uma pitada de humor. “Virou uma grande comédia, diferente de tudo o que a gente já fez”, assegura o regente, caracterizando como uma experiência nova. O espetáculo que conta com direção geral e regência é Erwin Schrader, assistência de Elvis Matos e Artur Guidugli. Os cantores são acompanhados por violão, sanfona e percussão forte. Schrader remete ao Carnaval para traduzir o clima de alegria da apresentação, marcada por uma percussão forte, para evidenciar o samba e o baião, sendo um convite para o público cair na dança. Um dos principais méritos do espetáculo é fazer com que os compositores dialoguem entre si, fazendo com que o grupo ressignifique as canções. A mistura forma um verdadeiro balaio ou uma colcha de retalhos, compara. Não se trata de musical, avisa Schrader, justificando que o coral interage num discurso harmonioso como o enredo proposto. “Não existem personagens, todos cantam”, salienta o regente, afirmando que o espetáculo apresenta uma estética e um processo formativo arrojados. “O trabalho é de formação e

envolve todo o processo da obra”, reforça.

Formação O coral tem como principal proposta a formação, e conta com alunos de diversos cursos da UFC, embora predomine os de música. Da criação da proposta cênico-musical até o figurino, todas as etapas de elaboração são executadas pelos integrantes. Muitos são professores de música ou de artes, em escolas públicas, portanto, se tornarão multiplicadores, após a experiência. Cada um traz sua parcela de conhecimento e a emprega na obra. Diferentemente do último trabalho, espetáculo “Menino”, que era mais introspectivo, “Gula” é dançante e alegre. No palco, uma demonstração do canto coral contemporâneo promove um passeio pelo samba e o baião, intercalado por um cardápio saboroso. Algumas letras retratam casos de amor e de traição, atravessados pela comida.

C Mais informações:

Estreia do espetáculo “Gula”, do Coral da UFC. Amanhã (13), às 20h, no Teatro do CDMAC (R. Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema). Ingressos: R$ 30 (inteira). A temporada prossegue até 6 de dezembro, sempre às sextas, sábados e domingos. Contato: (85) 3488.8600


BRASIL - FORTALEZA - CE DIÁRIO DO NORDESTE Caderno 3 - 12 de novembro, 2015. por Iracema Sales

TEMPEROS DO SAMBA E DO BAIÃO Espetáculo que o Coral da UFC estreia sexta (13), no Teatro fo Dragão do Mar, celebra o casamento de tradições da música brasileira A relação entre música e comida é remota e está associada a festas e celebrações sacras e profanas, ao longo da história. Uma boa pista para decifrar essa ligação pode ser o conjunto das canções de trabalho, cantadas tanto para amenizar a dureza da labuta diária no campo quanto para celebrar a colheita. Canções como “Penerô xerém”, de Luiz Gonzaga, ou “No tabuleiro da baiana”, de Ary Barroso, ilustram bem a afeição entre a linguagem musical e a alimentação. “Em alguns casos, os nomes remetem a protagonistas de histórias de amor, como a famosa sobremesa Romeu e Julieta (combinação de queijo e goiabada), brinca Erwin Schrader, regente do Coral da Universidade Federal do Ceará (UFC). Em fevereiro, o coral se debruçou sobre o cancioneiro brasileiro para estudar essas nuances. O resultado do minucioso trabalho, que passeia por clássicos da MPB, samba, baião, sertanejo, entre outros ritmos, está condensado no espetáculo “Gula”. A estreia da primeira temporada acontece sexta (13), às 20h, no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), prosseguindo até domingo. Após a segunda temporada (prevista para o início de 2016), o tempero musical brasileiro viajará para o Canadá, como parte de novo projeto de intercâmbio do grupo, que integra uma das atividades de extensão da UFC. A pesquisa para “Gula” envolveu os 35 cantores do Coral da UFC. Em seu 8º trabalho, o grupo incursiona pela comédia. O espetáculo cênico-musical marcado por cenografia e estética “arrojadas” passa em revista mais de 200 canções sobre o tema, promovendo o “casamento” do samba, ritmo característico da região Sudeste, com o baião, estilo musical típico do Nordeste. Conforme Erwin Schrader, o compositor cearense Descartes Gadelha, que participa da montagem, defende que samba e baião têm a mesma raiz. Lembra de um dos pratos típicos da cozinha do sertão nordestino, o baião de dois, e a feijoada, iguaria presente nas rodas de bares cariocas, um dos redutos do samba no Brasil, levam feijão no preparo. O traço comum entre os ingredientes que compõem os pratos demonstra, também, a ligação na gênese entre os ritmos, ambos dançantes. No roteiro, 18 músicas de compositores antigos e contemporâneos, que usaram o tema comida para expressar mensagens. Entre outros, Chico Buarque, com a sua “Feijoada completa”, passando por Noel Rosa, em “Conversa de bar”, Aldir Blanc e Dorival Caymmi, com gosto da urbanidade de pratos servido em bares, animados pelo samba. A viagem gastronômica enve-

reda pelo forró, trazendo no cardápio o irreverente Genival Lacerda, o contestador João do Vale, canções do grupo de forró Mastruz com Leite e Sivuca.

Montagem

Cenários originais, com panelas e mesas, associado a figurinos coloridos completam a verdadeira ode à comida, que tem 1h10m de duração. A dança e a cenografia complementam a proposta, que investe na alegria, ao juntar música e comida, com uma pitada de humor. “Virou uma grande comédia, diferente de tudo o que a gente já fez”, assegura o regente, caracterizando como uma experiência nova. O espetáculo que conta com direção geral e regência é Erwin Schrader, assistência de Elvis Matos e Artur Guidugli. Os cantores são acompanhados por violão, sanfona e percussão forte. Schrader remete ao Carnaval para traduzir o clima de alegria da apresentação, marcada por uma percussão forte, para evidenciar o samba e o baião, sendo um convite para o público cair na dança. Um dos principais méritos do espetáculo é fazer com que os compositores dialoguem entre si, fazendo com que o grupo ressignifique as canções. A mistura forma um verdadeiro balaio ou uma colcha de retalhos, compara. Não se trata de musical, avisa Schrader, justificando que o coral interage num discurso harmonioso como o enredo proposto. “Não existem personagens, todos cantam”, salienta o regente, afirmando que o espetáculo apresenta uma estética e um processo formativo arrojados. “O trabalho é de formação e envolve todo o processo da obra”, reforça.

Formação

O coral tem como principal proposta a formação, e conta com alunos de diversos cursos da UFC, embora predomine os de música. Da criação da proposta cênico-musical até o figurino, todas as etapas de elaboração são executadas pelos integrantes. Muitos são professores de música ou de artes, em escolas públicas, portanto, se tornarão multiplicadores, após a experiência. Cada um traz sua parcela de conhecimento e a emprega na obra. Diferentemente do último trabalho, espetáculo “Menino”, que era mais introspectivo, “Gula” é dançante e alegre. No palco, uma demonstração do canto coral contemporâneo promove um passeio pelo samba e o baião, intercalado por um cardápio saboroso. Algumas letras retratam casos de amor e de traição, atravessados pela comida.

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BRASIL - FORTALEZA - CE Jornal O Povo - caderno Vida & Arte 13 de novembro, 2015, por Paulo Renato Abreu

BAIÃO DE MUITOS Unindo música e culinária, o espetáculo Gula, nova produção do Coral da UFC, estreia hoje no Teatro Dragão do Mar Arroz e feijão, café e leite, queijo e goiabada, Maria do Juá e Zé do Mangaio. O casal que conduz a história de Gula, novo espetáculo do Coral da UFC, traz à tona as dualidades presentes na culinária e na música brasileira. O amor de Maria e Zé é uma união metafórica entre dois ritmos distintos – o baião e o samba –, que, na trama, se mistura com outros estilos e gostos. A produção estreia hoje, às 20 horas, no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, seguindo em cartaz às sextas, sábados e domingos até o dia 6 de dezembro. “Quase todo compositor brasileiro tem uma música que passa pela nossa culinária. Sempre a comida vem relacionada a uma história de amor, mas também se relaciona com a malícia, como uma pimenta no vatapá”, afirma Erwin Schrader, diretor geral e regente do Coral. Ele conta que o grupo partiu de 186 canções que perpassam o tema para chegar ao repertório de 18 músicas. Em cena, são 35 coralistas com direção de Erwin e assistência de Elvis Matos e Artur Guidugli. Entre os compositores apresentados, o grupo traz a cearensidade com músicas de Descartes Gadelha, a alegria irreverente de Genival Lacerda, a boemia de Noel Rosa e Aldir Blanc, os ritmos contagiantes de Dorival Caymmi e Sivuca. Tem ainda clássicos que incluem Chico Buarque, Tunai e João do Vale, e jovens talentos do forró, sertanejo e tecnobrega. As músicas temperam a história de amor contada por meio de performance cênico-teatral em que artistas juntam teatro, música e dança. No enredo, o romance é abalado pela briga entre famílias rivais, mote que até cruza o clássico Romeu e Julieta, mas não fica só nisso. Enquanto uma família representa o samba, a outra levanta a bandeira do baião. No centro, um cozinheiro que dosa esse romance com muito bom humor. “O amor dos dois não é impossível, só é diferente. Essa briga entre os dois mundos é também essa diferença entre o interior e a cidade, o moderno e o tradicional”, destaca a coralista Carolina Areal. A artista pontua que a mocinha da trama não é ingênua e sonhadora como o público ainda costuma ver em romances. “Ela está muito à frente do Zé, tem ideias mais revolucionárias. Se algumas canções tem um duplo sentido, às vezes, machista, a gente reformula para mostrar que não é bem assim”, diz. O espetáculo, destaca Erwin Schrader, é também uma homenagem ao próprio Coral da UFC. “É uma síntese de outros trabalhos, tem um pouquinho de Borandá Brasil, de Gonzagas e também de Menino”, conta. O grupo já está com viagem marcada para apresentar o novo espetáculo fora do País. Em junho e julho do ano que vem ele será apresentado no Canadá. Por lá, o coral vai representar a cultura nacional em dois festivais. “Gula é um espetáculo bem brasileiro”, resume Carolina, destacando a potência desse país cheio de sons e temperos. 36 | ACUFC - CLIPPING


BRASIL - FORTALEZA - CE Jornal O Povo - caderno Vida e Arte 03 de junho, 2016.

MUSICAL GULA INICIA NOVA TEMPORADA NO DRAGÃO O Povo – 03.jun.2016

Dicionários dizem que baião pode ser comida ou ritmo nordestino. Misturando com samba, o Coral da UFC vai fundo na definição e traz culinária e música aos palcos em Gula. O espetáculo inicia hoje a segunda temporada no Teatro do Dragão do Mar com seis apresentações. A produção é do maestro Erwin Schrader com assistência de Elvis Matos e Artur Guidugli e tem 40 coralistas em cena. Elvis explica que a gula tratada pela montagem vem de “outras fomes”, sendo uma fábula também corporal. “O espetáculo fala da nossa insaciável fome de arte e é simbolizada pelo pretexto da comida”. O enredo ritmado e gaiato conta a história de amor à brasileira de Maria do Juá e Zé do Mangaio, que representam samba e baião. Os estilos, ou melhor, os personagens se encontram, se apaixonam, casam, brigam, conhecem outros personagens e por fim se reencontram. Estes outros vão da MPB ao forró, brega e sertanejo. O espetáculo inclui canções de Noel Rosa, Dorival Caymmi, Sivuca e Chico Buarque, por exemplo.A contralto Carolina Areal fala da mágica em interpretar várias vertentes da música. “O espetáculo proporciona um contato com a música ritmada e swingada que o Brasil tem. É uma oportunidade de brincar com as sonoridades junto à plateia”, diz a coralista. Elvis conta que o repertório foi montado priorizando sons e temperos com “espírito de brasilidade, músicas que qualquer pessoa ao redor do mundo reconhecesse como brasileira”. A performance cênico-musical tem mote romântico, mas vai além, com uma mistura bem humorada que dá água na boca. Intercâmbio Após a segunda temporada do espetáculo, o Coral da UFC embarca em intercâmbio musical, levando Gula e o recital Alguém Cantando à Itália e Alemanha. Com espetáculos anteriores, o grupo já esteve em intercâmbios pela Europa e Oceania. O ano em que o Coral completa 58 anos será marcado pela viagem. Nela os 40 componentes representarão a cultura nacional, divulgando-a e fortalecendo as relações interculturais entre Berlim e o Brasil através do programa City West. O projeto, comandado pela maestrina Andréa Huguenin Botelho, visa ao ensino da música brasileira na escola pública alemã. Durante a viagem, os coralistas da UFC ainda vão trocar experiências com os estudantes alemães e falar sobre música brasileira em oficinas.


BRASIL - FORTALEZA - CE Jornal O Povo - caderno Divirta-se 19 de abril e 13 de junho, 2016.

CORAL DA UFC APRESENTA O RECITAL GRATUITO “SAMBAIÃO”

O Coral da UFC apresenta o recitalSambaião nesta quarta-feira, 20, às 17h30min, no Coreto do Sesc-Fortaleza (rua Clarindo de Queiroz, 1740 Centro). Encerrando a programação de abril do projeto Sesc Instrumental, a apresentação reúne 40 integrantes interpretando canções eruditas e populares, a exemplo de “Alguém Cantando”, de Caetano Veloso; “Jogo de Angola”, de Clara Nunes; e “Ave Maria Sertaneja”, do rei do baião Luiz Gonzaga. O acesso é gratuito.

ANNA HENRIKE EYMESS LANÇA “A MÚSICA DO CORO CORPO BRASILEIRO

A antropóloga e musicista alemã Anna Henrike Eymess lança o livro A Música do Coro/Corpo Brasileiro: Uma Etnografia do Espetáculo Abraços, nesta terça-feira, 14, às 18h30min, no Salão Nobre da Reitoria da UFC (Av. da Universidade, 2853). Em edição bilíngue português-alemão, a obra analisa como se dão os corpos em um coro num espetáculo cênico-musical, além de trazer um breve histórico do Coral da UFC. Acesso é gratuito. 38 | ACUFC - CLIPPING


BRASIL - FORTALEZA - CE site da Universidade Federal do Cearรก 06 de julho, 2017.

CORAL CANTO DA CASA | 39


press clipping


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