Canada
Cartilha da SustentabilidadeStep by Natural Step
Agradecimentos Photos on the cover page by (from left to right): Intiaz Rahim, Chris & Lara Pawluk, Property#1 & Nicolas Raymond - Flickr.com
Esta Cartilha de Sustentab. foi desenvolv. pelo The Natural Step Canada. Preparada por: Kelly Baxter, Alaya Boisvert, Chris Lindberg, and Kim Mackrael Design e Layout: Alexandre Magnin A special thank you to the following people for their editorial comments and suggestions: Jennifer Allford (Writer and Communications Consultant), Cheryl DePaoli (Alberta Real Estate Foundation), Ann Duffy (Vancouver Organizing Committee for the 2010 Olympic and Paralympic Winter Games), Nola Kate Seymoar (International Centre for Sustainable Cities), and Natural Step Sustainability Advisors Sarah Brooks, Pong Leung and Chad Park. We are grateful to the Alberta Real Estate Foundation and the J.W. McConnell Family Foundation for their support.
www.mcconnellfoundation.ca
www.aref.ab.ca
2009. Some rights reserved.
For more information:. The Natural Step Brasil www.thenaturalstep.org/brazil Simone@willisharmanhouse.com.br, alexandra@ecohouse.com.br
O seu feedback sobre esta cartilha é apreciado. Por favor compartilhe seus pensamentos em: alexandra@ecohouse.com.br Tradução para o Português: Alexandra Lichtenberg - julho 2010 Revisão: Andre Winter
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Sobre este documento Sustentabilidade é sobre criar um tipo de mundo que queremos para nós mesmos, nossos vizinhos, e as futuras gerações. Nos desafia a viver nossas vidas e tomar decisões como indivíduos, organizações e sociedades de maneira que a garantir que gerações futuras tenham acesso às mesmas oportunidades e qualidade de vida que nós temos hoje.
baseada em melhores praticas, metodo cientifico e a contribuição de milhares de experts, profissionais de negócios e lideres comunitários de todo o mundo. A boa noticia é que já temos o conhecimento, ferramentas e recursos que precisamos para criar um mundo sustentável. A má noticia é que estamos ficando sem tempo e não temos os lideres necessários para efetivar uma mudança real. O deO objetivo desta cartilha é acabar com a confusão safio para todos nós é o de sermos inspiradores e sobre o termo ‘sustentabilidade’ e fornecer ao leitor nos tornarmos os defensores da sustentabilidade, uma visão de: necessários para liderar esta mudança e criarmos um futuro melhor. 1. As raízes das causas da ‘insustentabilidade’ no mundo de hoje; 2. Uma definição de sustentabilidade baseada na ciência e reconhecida internacionalmente; e 3. Uma metodologia estratégica para aplicar a sustentabilidade no planejamento e na tomada de decisões diários. Esta cartilha descreve 20 anos de pensamentos sobre o que é a sustentabilidade e como atingi-la. É
GLOSSA À medida que voce lê esta cartilha, voce pode encontrar termos e conceitos novos ou que são usados de uma maneira diferente da qual voce está acostumado. O glossário online do The Natural Step é um bom recurso de referencia para se ter ao longo de sua leitura, e pode ser acessado em: www.thenaturalstep.org/en/ canada/glossary.
Índice Introdução O Desafio da Sustentabilidade Olhando o Cenário Todo Uma olhada na Raiz dos Problemas Condições Sistêmicas para uma Sociedade Sustentável Começando com o Futuro em Mente: Backcasting Planejando para a Sustentabilidade Juntando Tudo Mais recursos Sobre o The Natural Step
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–Ex Secretário Geral das Naçõe Unidas - Kofi A. Annan
Dentre esta e muitas outras tendências alarmantes, pode ser difícil manter um senso de esperança para o futuro. Mesmo se conseguirmos abordar um problema, o resto permanece tão estarrecedor que pode ser difícil de imaginar o tipo de mudança real necessária para que possamos nos sentir bem sobre o mundo que iremos deixar para nossos filhos e netos. E se pudéssemos criar um futuro diferente?E se pudéssemos deixar um legado de esperança para as gerações futuras criando um mundo cheio de ecossistemas e comunidades prosperas? Um mundo onde água limpa, ruas seguras e trabalho significativo são a norma ao invés da exceção? O que seria necessário para criar um futuro assim? A promessa de um mundo melhor é a promessa do desenvolvimento sustentável. Apresenta tanto uma oportunidade enorme quanto o maior desafio dos nossos tempos.
Sustentabilidade: O que é isto? Em 1987, as Nações Unidas reuniram a Comissão Bruntland para discutir a preocupação crescente sobre o declínio de sistemas ambientais e suas conseqüências para o desenvolvimento econômico e humano. O relatório resultante nos deu o que é hoje a mais comum e mais amplamente aceita definição de desenvolvimento sustentável: “Desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a habilidade das futuras gerações de satisfazer suas próprias necessidades.”
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Ninguém lendo esta cartilha pode ter escapado às manchetes dos noticiários das décadas recentes, que parecem nos contar irrevogavelmente a estória de um mundo que está ficando mais perigoso, mais dividido, e mais complexo para se viver. Glaciares estão derretendo e causando o aumento do nível do mar; bebês estão nascendo com níveis sem precedentes de toxinas em seus corpos; e milhões de pessoas estão morrendo de doenças ligadas à pobreza a cada ano. Desde 2009 a economia global está em recessão e todos os nossos ecossistemas globais estão ou sob estresse ou em declínio.
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“Nós prosperamos e sobrevivemos no planeta Terra como uma única família humana. E uma de nossas principais responsabilidades é deixar para gerações sucessoras um futuro sustentável”
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Introdução
A definição Bruntland trouxe a um novo nível de debate internacional a discussão sobre a maneira como vivemos e como planejamos o futuro. Também levou muitos a se fazerem uma pergunta mais profunda: Para onde está indo a nossa sociedade global atual, e o que precisa mudar para que nosso desenvolvimento se torne sustentável? O objetivo desta cartilha é ajudar a mudar a sustentabilidade como algo abstrato que queremos para algo concreto para o qual podemos planejar. O raciocínio cientifico nos ajuda a enxergar que temos que evitar degradar ambos os sistemas social e ecológico para que possamos viver e prosperar rumo ao futuro. Com base nisto, podemos perguntar: • Quais são os problemas fundamentais que fazem a nossa sociedade global ser não sustentável? • Como estamos contribuindo para estes problemas? • O que podemos fazer hoje e amanhã para reduzir e interromper nossa contribuição a estes problemas? Esta cartilha apresenta duas décadas de pesquisas cientificas e sociais para responder a estas perguntas. Ela é fundamentada em melhores práticas e baseada na contribuição de experts, profissionais de empresas e lideres comunitários do mundo todo.
O Desafio da Sustentabilidade
Ao mesmo tempo em que recursos naturais estão desaparecendo, nossa demanda pelos mesmos estão crescendo. A Pegada Ecológica calcula quanto dos escossistemas do planeta é necessário para produzir os recursos que utilizamos e para absorver o lixo que criamos, e mostra que a nossa demanda global por recursos e serviços de ecossistemas tem crescido de maneira constante nos últimos 30 anos. Ela mostra que nossa demanda pelos recursos vivos do planeta já é 30% maior do que sua capacidade de regenerar estes recursos. Contudo, apesar de consumir mais recursos do que nunca, não estamos atendendo às necessidades mais básicas de mais de um bilhão de pessoas: metade da população do planeta vive com menos de U$2 por dia e mais de 800 milhões de pessoas vão dormir com fome a cada noite. O problema principal não é a falta absoluta de recursos - é
Source: The Living Planet Report 2008
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1990
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Source: The Living Planet Report 2008
Number of planet Earths
1980
HUMANITY’S ECOLOGICAL FOOTPRINT 1961-2005
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Worldbiocapacity
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o fato de que nosso consumo global de recursos é extremamente desigual e ineficiente. Pode ser difícil de acreditar, mas as 200 pessoas mais ricas no mundo tem uma renda combinada anual que é maior do que aquela dos 2.5 bilhões mais pobres. Os Canandenses estão entre as pessoas mais privilegiadas da Terra. Se todos no planeta consumissem recursos da maneira como o canadense médio consome hoje, necessitaríamos de mais de quatro planetas para nos sustentar. Por outro lado, se vivêssemos como a pessoa média do Haiti ou do Malawi, a humanidade estaria usando apenas um quarto da capacidade biológica do planeta. Obviamente a equilíbrio está em algum lugar entre estes dois exemplos. ECOLOGICAL FOOTPRINTS 5 Ecological footprint (Number of planet Earths)
Em uma escala global, já estamos vendo as conseqüências: o colapso da pesca ao redor do mundo está ameaçando vidas e meios de vida; a perda de terras aráveis está contribuindo para insegurança alimentar global; e suprimentos cada vez menores de água limpa significam que muito mais pessoas estão vulneráveis a doenças evitáveis como cólera e diarréia. As mudanças climáticas, em particular, emergiram como um desafio claro do século XXI. Até 2050, um bilhão de pessoas poderão perder suas casas por conta de falta de água, quebra de safras, e aumento do nível dos mares. É necessário ação urgente agora se desejarmos evitar estes problemas.
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O relatório Bruntland ajudou a se atingir um consenso global de que a sociedade, o meio-ambiente e a economia estão indissociavelmente ligados. Isto significa que o bemestar dos seres humanos é fundamentalmente dependente da saúde do nosso meio-ambiente. Contudo, estamos debilitando nosso meio-ambiente a uma velocidade alarmante. O Índice Living Planet, que mede a saúde dos ecossistemas do planeta, mostra que eles tem estado em declínio constante desde a metade dos anos 80. Relatórios cientificos nos mostram que a atividade humana está colocando tamanho estresse no nosso meioambiente que a habilidade do planeta em nos sustentar não pode mais ser tida como certa.
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Canada 3
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Malawi 1970
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Sources: www.pembina.org and www.footprintnetwork.org
–Jeffrey Sachs, Economista e Diretor do Earth Institute, Columbia University
LIVING PLANET INDEX 1970-2005
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Index (1970 = 1.0)
“O desafio marcante do século XXI será o de encarar a realidade de que a humanidade divide um destino comum em um planeta superlotado”
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O Desafio da Sustentabilidade (cont.)
A Metáfora do Funil Baseado nas tendências atuais, a sociedade humana necessitará do dobro de que nosso planeta pode prover até o meio dos anos 2030. A verdade é que, apesar de o século passado ter trazido melhorias extraordinárias em saúde humana e medicina, educação publica, e bem-estar material, o efeito colateral involuntário do nosso progresso tem sido a destruição de ecossistemas, o minar da satisfação das necessidades humanas, e um estilo de vida que não pode continuar por muito tempo mais. A conseqüência de se viver além dos limites do planeta é que ecossistemas estão sendo destruídos, recursos estão desaparecendo e dejetos estão acumulando no ar, na terra e na água. Os impactos resultantes – como escassez de água limpa e mudanças climáticas – estão colocando em risco o bem estar e o desenvolvimento de todas as nações. Uma maneira simples de visualizar estes desafios é retratando um funil. As paredes do funil representam as crescentes pressões sobre nós – nossa crescente demanda por recursos e serviços de ecossistemas, a decrescente capacidade da terra em nos fornecer estes recursos e serviços, leis mais restritivas e pressão de consumidores, e as tensões sociais resultantes de abusos de poder e de desigualdades. O elemento mais importante desta metáfora é a natureza sistemática das pressões que estamos enfrentando. Existem muitos problemas diferentes, mas a tendência geral é que estes problemas estão se tornando cada vez mais comuns e cada vez mais severos porque são o resultado direto da maneira como nossa sociedade cresce e se desenvolve. Por exemplo, o verdadeiro desafio não é que estejamos consumindo recursos naturais, mas que nossa sociedade está aumentando sistematicamente nosso consumo ano após ano. No mesmo processo, estamos também sistematicamente diminuindo a habilidade dos sistemas naturais em prover os recursos e serviços dos quais necessitamos. Apesar de sabermos que estamos esgotando nossos estoques de peixes e de árvores e de óleo, continuamos a investir mais dinheiro e recursos em encontrá-los, processá-los e consumi-los. E em geral não paramos até que o sistema entre em colapso – basta olhar para o colapso da industria pesqueira do Atlântico como exemplo. De maneira similar, mesmo sabendo que o crescente abismo entre ricos e pobres está contribuindo para tensões sociais, violência e para debilitar as necessidades humanas, em geral focamos em construir fronteiras mais seguras ao invés de desafiar nossa própria
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maneira de viver. O conceito do funil – onde as coisas pioram e as oportunidades para mudança se tornam mais limitadas com o tempo - é obviamente estarrecedora. Mas também carrega esperança. É um lembrete da grande oportunidade que existe para aqueles que puderem nos ajudar a redesenhar nosso modo de vida e nos guiar rumo a uma direção mais sustentável. Também deixa claro que não há hora melhor para agir do que agora. A METÁFORA DO FUNIL
Increasing pressure
Pressão Crescente
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A pressão sobre a sociedade aumenta com o tempo devido a nossa crescente demanda por recursos e serviços de dos ecossistemas, a decrescente capacidade da terra em nos fornecer estes recursos e serviços, leis mais restritivas e pressão de consumidores, e as tensões sociais resultantes de abusos de poder e de desigualdades.
ESTÓRIA DE SUCESSO Os Co-operators é uma empresa seguradora multi-produtos líder no Canadá. Como parte de uma industria que identifica e gerencia riscos, a empresa reconhece que mudanças climáticas e outras tendências insustentáveis são ameaças sérias tanto para o planeta quanto para suas operações. Durante os últimos 50 anos, as paredes do funil tornando-se mais estreitas tiveram um impacto direto na Co-operators: o custo das indenizações resultantes de desastres naturais dobrou a cada 5 ou 7 anos, e as mudanças climáticas tornaram-se a ameaça numero 1 que a industria seguradora tem que enfrentar. A Co-operators reconhece que seu sucesso irá depender de sua habilidade em abraçar plenamente a sustentabilidade em todos os aspectos de suas operações. Entre outras conquistas, eles introduziram opções de investimentos socialmente responsáveis, e novos produtos de seguros destinados ao setor não-lucrativo/ voluntário, donos de estruturas eólicas, e motoristas de veículos elétricos híbridos. Visite www.thenaturalstep.org/en/the-co-operators para saber mais
Olhando o Cenário Todo “Na realidade, tudo se resume a isto: que toda a vida está inter-relacionada...tudo o que afeta a um diretamente, afeta a todos indiretamente.” –Martin Luther King, Jr., Ativista de Direitos Humanos, Autor
Para que possamos entender o que está por trás de nossos desafios de sustentabilidade, precisamos dar um passo atrás e olhar a cena toda, ver as conecções, identificar as causas principais de nossos problemas e achar os pontos de alavancagem para a mudança. Os humanos tem uma tremenda capacidade de resolver problemas. Nosso desafio é que tendemos a endereçar os problemas como se fossem assuntos únicos que podem ser resolvidos com uma nova técnica, um novo remédio, ou uma nova tecnologia. Na verdade, a maioria de nossos grandes problemas está interconectada através dos sistemas complexos humano, econômico e ambiental que formam nosso mundo.
começo de conversa. Muito frequentemente agimos como as pessoas aqui descritas e investimos grandes recursos para resolver problemas sem tomar o tempo para entender quais são suas causas principais dentro do sistema maior. Ao nos aventurarmos “upstream” temos a oportunidade de resolver problemas antes que aconteçam, e evitar os custos de lidar com os impactos “downstream”. No caso de Downstream, poderiam ter evitado o custo de investir em salva-vidas e barcos de resgate simplesmente colocando um aviso de perigo ou construindo uma ponte sobre o rio correnteza acima (upstream). Para chegar à raiz dos muitos problemas associados com sustentabilidade, temos que começar entendendo as leis e princípios básicos que governam sistemas humanos e naturais.
Photo by Nick Atkins Photography - Flickr.com
Frequentemente tentamos entender estes sistemas complexos estudando suas partes individuais, e tentamos resolver nossos problemas utilizando o pensamento linear. A realidade é que sistemas consistem de partes individuais mas interrelacionadas, e eles dependem das relações entre estas partes tanto quanto das partes em si. Estas relações fazem do todo maior do que a soma das partes. Se o sistema não for visto como um todo, não se enxerga o padrão de relacionamentos; ou seja, não se vê a floresta pelas arvores. Isto nos ensina que a melhor maneira de resolvermos nossos problemas é procurando os “erros fundamentais do sistema” que os causam para começar. Este ponto pode ser ilustrado pela fabula de uma vila chamada Downstream: Os residentes que moram na vila Downstream ergueram sua comunidade ao lado de um rio. Muitos anos atrás, eles começaram a notar que um numero crescente de afogados eram apanhados pela correnteza veloz do rio. Então começaram a trabalhar inventando tecnologias cada vez mais elaboradas para salvá-los. Se você conversar com as pessoas da vila hoje, lhe contarão com grande orgulho sobre o hospital beirando o rio, a flotilha de barcos de resgate de prontidão, ou o grande numero de salvavidas prontos para arriscar suas vidas para salvar as vitimas das águas furiosas. Estes personagens heróicos estavam tão preocupados com salvamento e tratamento que nunca pensaram em olhar para “upstream” para entender porque as pessoas estavam caindo no rio para
Existem sistemas em toda a nossa volta. O corpo humano, a cidade, um lago ou mesmo um jogo de hockey (ou futebol) são todos exemplos. Para estudar um sistema, você precisa entender quais são os seus limites (ou fronteiras), o que existe dentro destes limites (suas várias partes), o que entra e o que sai (inputs e outputs) e o que acontece do lado de dentro ( as relações entre cada parte) Um exemplo de um sistema é uma árvore. Seus principais componentes são as raízes, o tronco, galhos, ramos e folhas, e suas fronteiras são suas superfícies externas e sua casca. As folhas da arvore captam energia do sol para abastecer seu crescimento, e as raízes da arvore captam água e nutrientes do solo. Todas estas partes tem que trabalhar em conjunto para manter a arvore saudável e forte.
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Olhando o cenário todo (cont.)
Definindo Necessidades Humanas A definição Bruntland de sustentabilidade como “desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a habilidade de futuras gerações de satisfazer suas próprias necessidades” levanta algumas questões importantes: O que é uma necessidade humana? Temos todos as mesmas necessidades? E como sabemos se estão sendo atendidas? Dada a importância destas questões, não é de se surpreender que pesquisadores ao redor do mundo tenham dedicado o trabalho de suas vidas tentando respondelas. Um dos mais respeitados destes pesquisadores é Manfred Max-Neef, um economista chileno e ganhador do prestigiado premio Right Livelihood. Max-Neef definiu nove necessidades humanas fundamentais que são consideradas universais entre todas as culturas e períodos históricos. Elas são: subsistência, proteção, afeto, compreensão, participação, lazer, criação, identidade e liberdade. Uma maneira de entender esta lista é perguntandose a seguinte questão: “O que aconteceria se eu fosse completamente privado de um deles?” Max-Neef salienta que nenhuma destas necessidades humanas básicas pode ser substituída por outra, e que a falta de qualquer uma delas representa uma pobreza de algum tipo. Por exemplo, nenhuma quantidade de afeto pode substituir a ausência de comida. Uma necessidade não é o mesmo que um desejo – você pode
querer caviar, mas o que você necessita é subsistência, e o que você faz para atender esta necessidade irá depender muito da sua renda, cultura, localização e rede social. Cada uma das nove necessidades tem que ser atendida se as pessoas quiserem ser física, mental e socialmente saudáveis. Criar uma sociedade sustentável não significa necessariamente criar uma utopia onde todas as necessidades das pessoas são atendidas o tempo todo. De uma perspectiva sustentável, o problema é que estamos criando barreiras estruturais que na verdade impedem que as pessoas sejam capazes de satisfazer suas próprias necessidades. Estas barreiras estão enraizadas em nossos sistemas econômicos e políticos globais, e incluem o abuso do poder político, do poder econômico e do meio-ambiente. Exemplos incluem políticas governamentais discriminatórias, guerras, negócios que promovem a exploração de mãode-obra infantil e praticas de gerenciamento de lixo que poluem comunidades e suprimentos de água. Obviamente, remover estas barreiras ao redor do mundo é uma tarefa incrivelmente complicada e difícil que pode não ser atingida em nosso tempo de vida. Mas o primeiro passo de toda viagem é escolher a destinação. Sucesso em uma sociedade sustentável significa que não estamos sistematicamente minando a capacidade das pessoas de satisfazer suas necessidades humanas básicas.
Subsistencia Proteção Subsistence Protection Participação Participation
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Lazer Leisure
Afeto Affection
U nderstanding Compreensão
Criação Creation
Identidade Identity
Liberdade Freedom
Photos by (from left to right and top to bottom): gussifer, emms76, Dieter Drescher, Pikaluk, teointarifa, bhardy, Carf, MaxLow.com and LunaDiRimmel - Flickr.com
NECESSIDADES HUMANAS FUNDAMENTAIS
As Regras da Natureza Para poder criar uma sociedade sustentável, precisamos entender que temos que operar dentro das leis e princípios da natureza ao invés de tentarmos subjugá-las. Existe consenso cientifico em torno dos seguintes fatos nãonegociáveis sobre a Terra:
naturais que governam toda a vida no planeta. Em outras palavras, sucesso em uma sociedade sustentável significa que não estamos constantemente minando a habilidade da Natureza de nos fornecer os recursos naturais e serviços de ecossistemas dos quais todos os seres vivos dependem.
1. A Terra é um sistema fechado com respeito a matéria. Nada entra ou sai (com exceção de algum eventual meteoro ou foguete), o que significa que tudo o que estava aqui dois bilhões de anos atrás ainda está aqui hoje. Não existe jogar fora: a matéria muda de forma, mas não sai do planeta.
CICLOS NATURAIS
SPHERE BIO
2. A Terra é um sistema aberto quanto a energia. De fato, energia do sol é o único input no sistema. Esta energia adentra nossa atmosfera e é liberada de volta para o espaço na forma de calor. A energia do sol conduz tudo. 3. A vida existe na fina camada ao redor da Terra chamada de biosfera, que é tão fina quanto a pele da cebola. A biosfera é muito frágil – como estamos aprendendo quase que diariamente, e ela tem seus limites. E certamente é rara. Tanto quanto sabemos, existe apenas uma como ela no universo todo, e quanto mais aprendemos sobre ela, mais complexa e maravilhosa ela se apresenta. 4. Organismos fotossintéticos (plantas e algumas algas) captam a energia do sol e a utilizam para prover de energia seu crescimento. Este crescimento suporta o desenvolvimento de todos os organismos na Terra – em outras palavras, a fotossíntese paga a conta. 5. Toda a vida na Terra depende de sistemas complexos e auto-regulatórios que circulam materiais e energia em ciclos fechados. Processos geológicos lentos movem materiais do fundo da crosta terrestre (ou litosfera) para a biosfera, e de novo de volta. Ecossistemas na biosfera rapidamente ciclam e reciclam os nutrientes, água e energia de um organismo para o outro. A Natureza trabalha em ciclos eficientes onde nada é desperdiçado. Como uma sociedade, precisamos começar por compreender que todo os nossos sistemas econômico e industrial se situam dentro dos sistemas maiores da Natureza. Dependemos de serviços de ecossistemas para regular nosso clima e limpar nosso ar e nossa água. Nós colhemos recursos renováveis (como arvores e a luz do sol) e recursos não-renováveis (como óleo e urânio) para alimentar nossos corpos e nossas economias. Portanto, para sermos sustentáveis no longo prazo, os sistemas humanos precisam operar dentro das leis e princípios
Sustentabilidade e sobre a habilidade da sociedade humana continuar indefinidamente dentro dos ciclos naturais Ciclos geologicos lentos (volcano eruptions and weathering)
LITHOSPHERE
Ciclos geologicos lentos (sedimentation and mineralization)
ALÉM DO TRIPLE-BOTTOM-LINE Muitas pessoas pensam no meio-ambiente, economia e sociedade como o triple-bottom-line ou o banco de três pernas. Ao invés disto, é mais útil pensar neles como três esferas aninhadas e interdependentes. A esfera maior representa o meio-ambiente, ou a Terra, da qual todo progresso econômico e social acaba por depender. É nosso capital natural: fornece os serviços de ecossistemas e recursos naturais dos quais precisamos para sobreviver. A esfera do meio representa a sociedade, ou o capital humano. Nossa economia é o circulo menor porque é governada pelas regras, regulamentações e estruturas das outras duas esferas. A economia depende do capital humano e do capital natural para prosperar. Não se pode ter um às custas do outro.
Meio-Ambiente Sociedade Economia
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Uma Olhada na Raiz dos Problemas “Não podemos resolver problemas utilizando o mesmo tipo de pensamento que utilizamos quando os criamos” –Albert Einstein
No século XVI, muitos dos maiores pensadores do mundo tinham certeza de que a Terra era o centro do Universo. Esta idéia era baseada em duas observações: que o sol, as estrelas e os outros planetas pareciam circular ao redor da Terra a cada dia, e que a própria Terra parecia ser sólida e estável. Quando um matemático chamado Copernicus destruiu esta idéia ao provar que a Terra e outros planetas no sistema solar circulam ao redor do Sol, as pessoas literalmente tiveram que reconstruir toda sua visão do mundo. Ao invés de ver a Terra e os humanos ocupando o centro do Universo, tiveram que aceitar o fato de que eram apenas parte de um sistema maior, interconectado. Centenas de anos mais tarde, entender o desafio da sustentabilidade requer o mesmo tipo de mudança de mentalidade. Durante séculos estivemos operando nossas economias baseados na idéia de que temos recursos naturais ilimitados para nos suprir, serviços de ecossistemas ilimitados para nos sustentar, e locais ilimitados para depositar nosso lixo. Nós supomos que o crescimento ilimitado não só é possível, mas que é a única maneira de melhorar nossa qualidade de vida e de atender às necessidades humanas. Este crescimento é fomentado pela suposição de que podemos encontrar soluções tecnológicas para superar quaisquer desafios que encontremos pelo caminho. O resultado destas suposições é um sistema econômico que extrai recursos naturais da Terra, faz produtos, e depois os descarta como lixo quando eles não nos são mais úteis. Quer você analise empreendimentos residenciais, embalagem de alimentos, fabricação de carros ou gerenciamento de água, a abordagem é geralmente a mesma. Esta dinamica extrai-faz-lixo é um erro de design. É baseada em suposições falsas que ignoram o fato de que nossa economia e nossa sociedade são parte de um sistema maior, interconectado – a Terra – e são completamente dependentes dos recursos que ele fornece. É ineficiente porque depende de um sistema de fluxo de recursos linear de mão única, ao invés de se basear na elegância dos ciclos da Natureza. E não é realista porque presume que podemos ter crescimento infinito em um mundo finito.
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Mas o mais importante, esta dinamica não é sustentável pois mina sistematicamente a habilidade da Terra de fornecer os recursos e os serviços dos ecossistemas que são necessários para atender as necessidades humanas tanto agora quanto no futuro.
SISTEMAS DA ERA INDUSTRIAL SÃO LINEARES
Extração
Bens em Produção
Vendas
Bens em Uso Descarte
Lixo da Produção
Lixo do Uso Lixo
Source: Peter M. Senge & Göran Carstedt, MIT Sloan Management Review 2001 SISTEMAS FECHADOS SEGUEM CICLOS
Sistema Regeneration
vivo
Decay
Nutrients Source: Peter M. Senge & Göran Carstedt, MIT Sloan Management Review 2001
ESTÓRIA DE SUCESSO A Interface Inc. é o maior fabricante mundial de carpetes modulares. A dedicação da empresa à sustentabilidade é mostrada pelo seu compromisso Missão Zero – a promessa de eliminar qualquer impacto negativo que possam ter no meioambiente até 2020. Liderada pelo seu fundador e chairman Ray Anderson, a Interface identificou sete objetivos estratégicos, para guiar as ações da empresa rumo à sustentabilidade: Eliminar Lixo, Emissões Benignas, Energia Renovável, Fechando o Ciclo, Transporte Eficiente, Sensibilização dos Stakeholders, e Redesenho do Comercio. Eles chamam este programa de as ‘Sete Frentes do Montanha da Sustentabilidade’. Visite http://www.thenaturalstep.org/en/usa/interface-atlantageorgia-usa para ler o estudo de caso do The Natural Step para a Interface. Para saber mais sobre o comprometimento Mission Zero da Interface, veja http://missionzero.org/.
Condições Sistemicas
para uma Sociedade Sustentável
CIEDADE SO
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DU
A segunda tem a ver com a grande quantidade de coisas que nossa sociedade produz e permite que acumule no meio-ambiente. Isto inclui tanto substancias naturais (como dióxido de carbono e estrume) quanto componentes sintéticos (como plásticos e pesticidas). Substancias naturais podem causar problemas quando as produzimos em grandes quantidades que afetam a habilidade da Natureza de processá-los. Compostos sintéticos podem causar problemas porque são estranhos à natureza e em geral não podem ser desmembrados e reintegrados dentro dos ciclos da Natureza.
SFERA BIO
INDI
A primeira está ligada ao modo como extraímos materiais da crosta terrestre e depois os descartamos na biosfera. Alguns destes materiais, como o granito, são relativamente comuns na Natureza e apresentam pouco estrago quando são descartados na superfície da Terra. Outros, como os metais pesados, são relativamente pouco comuns e são tóxicos à maioria das formas de vida. Normalmente este materiais são trazidos à superfície terrestre através de ciclos geológicos extremamente lentos, então o movimento rápido de bombear e despejar estes materiais na biosfera – por atividades como mineração e exploração de óleo e gás – pode confundir os sistemas naturais.
SOCIEDADE INSUSTENTÁVEL
ES
O Natural Step passou as ultimas duas décadas olhando para o mundo a partir desta perspectiva de sistema total, completo. Eles trabalharam com uma rede internacional de cientistas para desenvolver uma definição rigorosa de sustentabilidade (veja Definição de Sustentabilidade na pagina 10). Estes cientistas concluíram por consenso que existem quatro maneiras fundamentais pelas quais a sociedade humana está sistematicamente minando a habilidade da Natureza de funcionar, e a habilidade de os seres humanos de atenderem às suas necessidades.
A quarta é o resultado pelo qual nós organizamos nossos sistemas sociais. Abusos de poder político e poder econômico possibilitam que riqueza e recursos sejam concentrados nas mãos de um grupo seleto de pessoas. O resultado é uma sociedade global que sistematicamente mina a habilidade da maior parte das pessoas em atender às suas necessidades humanas fundamentais.
NO
Nos anos que se seguiram aos primeiros vôos no espaço, muitos astronautas descreveram terem passado horas admirando o planeta e entendendo, pela primeira vez, que o que fazemos para o planeta, nós fazemos para nós mesmos. Imagine admirar o planeta do ponto de vista deles. Desta perspectiva, veríamos o sistema todo, e como nosso modo de vida extrai-faz-lixo tem influenciado o desenvolvimento humano e a biosfera.
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–Sigmund Jahn, Astronauta
A terceira tem a ver com o impacto físico que temos nos sistemas naturais. Nós pavimentamos bio-regiões produtivas, introduzimos espécies exóticas, e extraimos recursos naturais de forma exagerada, como florestas e reservas de peixes. O problema não é que mudamos ou colhemos recursos naturais; precisamos deles para sobreviver. O problema real é que utilizamos estes recursos a uma velocidade maior do que a Natureza pode regenerá-los. Isto significa que a ‘reserva’ de recursos da qual podemos retirar está ficando cada vez menor. O resultado da agricultura convencional, uso de florestas, planejamento urbano e técnicas de gerenciamento de recursos é uma deteriorização continuada da Natureza e da sua habilidade em nos sustentar.
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“Apenas quando vi a Terra do espaço, em toda a sua inefável beleza e fragilidade, foi que me dei conta que a tarefa mais urgente da humanidade é cuidar e preservá-la para futuras gerações.”
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R O DE O
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LITOSFERA
Fluxos relativamente grandes de materiais da crosta terrestre
Introduzir componentes persistentes alheios à Natureza
Inibir fisicamente a Natureza de executar seus ciclos
Barreiras para as pessoas satisfazerem suas necessidades basicas
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Condições Sistemicas para uma Sociedade Sustentável (cont.)
Quando alguém está com fome, sem teto, ou enfrentando qualquer outra ameaça ao seu bem-estar, normalmente não pode se dar ao luxo de estar preocupado com o quão sustentáveis são suas ações. Ele pode, por exemplo, usar pesticidas ou cortar arvores para atender às suas necessidades imediatas mesmo sabendo que isto não é bom para ele no longo-prazo. E quando toda nossa sociedade global está consumindo recursos de maneira insustentável, as pessoas que já estão batalhando para atender às suas necessidades são as que sofrerão mais. Juntas, as três maneiras como sistematicamente minamos os sistemas naturais, e a maneira sistemática como minamos a habilidade das pessoas em atender suas próprias necessidades são as quatro raízes do problema da falta de sustentabilidade na Terra. Quando re-escritas, descrevem os requerimentos básicos para sustentar a vida como nós a conhecemos – são também conhecidas como as Condições Sistêmicas do Natural Step para a sustentabilidade. CONDIÇÕES SISTEMICAS PARA A SUSTENTABILIDADE
Em uma sociedade sustentável, a natureza não está sujeita ao aumento sistemático de... ...concentrações de substancias extraídas da crosta terrestre ...concentrações de substancias produzidas pela sociedade, ...degradação por meios fisicos, e, nesta sociedade... ..., as pessoas não são submetidas a condições que criem barreiras sistemáticas à suas capacidades de
Princípios para Sustentável
uma
Sociedade
As condições sistêmicas fornecem uma descrição global do que é necessário para se alcançar uma sociedade sustentável. Elas podem ser re-escritas como princípios básicos de sustentabilidade para ajudar a fornecer uma orientação mais explicita para qualquer individuo ou organização interessado em caminhar rumo à sustentabilidade.
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Os Princípios de Sustentabilidade do The Natural Step formulam que, em uma sociedade sustentável, iremos: 1. Reduzir e eventualmente eliminar nossa contribuição ao acumulo sistemático de materiais da crosta terrestre. Isto significa substituir o uso de certos minerais que são raros na Natureza por outros que são mais abundantes, utilizar todos o metais minerados de maneira eficiente, e sistematicamente reduzir ate eliminar nossa dependência em combustíveis fosseis. 2. Reduzir e eliminar nossa contribuição ao acumulo sistemático de substancias produzidas pelo homem. Isto significa a substituição sistemática de certos compostos persistentes e não naturais por outros que são normalmente abundantes ou que decomponham mais facilmente na Natureza, e utilizar todas as substancias produzidas pelo homem de maneira eficiente. 3. Reduzir e eliminar nossa contribuição à continua degradação física da Natureza. Isto significa retirar recursos apenas de ecossistemas bem gerenciados, sistematicamente buscar o uso mais produtivo e mais eficiente tanto dos recursos quanto do solo, e ter cuidado em todos os tipos de modificação da Natureza, como super colheitas e a introdução de espécies exóticas. 4. Reduzir e eliminar nossa contribuição a condições que sistematicamente minem a habilidade das pessoas em atender às suas necessidades básicas. Isto significa a oferta de produtos e serviços, e a mudança de praticas, fornecedores e modelos de negócios de modo a garantir que os direitos humanos sejam respeitados, barreiras ao ‘ganha-pão’ sejam removidas, ambientes de trabalho seguros e sadios sejam fornecidos, e condições de vida permitam a comunidades locais atenderem às necessidades dos cidadãos. Ao primeiro contato, as condições sistêmicas e princípios básicos podem parecer sugerir que temos que parar toda mineração, fechar todas as fabricas, fechar todas as usinas de papel e celulose e renunciar às possessões mundanas. Mas não é isto que elas querem dizer. Retornando à metáfora do funil, o desafio da sustentabilidade é o de reduzir as pressões crescentes causadas pelo aumento do consumo e pelo declínio de serviços de ecossistemas e de recursos naturais. É a natureza sistemática destas tendências que está causando as paredes do funil a se fecharem.
Portanto, o problema não é que mineramos ou que usamos metais pesados, ou usamos químicos e componentes produzidos pelo homem, ou que desfazemos processos naturais, ou nem mesmo que algumas pessoas não sejam capazes de atender às suas necessidades básicas. É mais que nossos sistemas econômico e industrial estão estruturados de maneira que nós sistematicamente aumentemos estas atividades ano após ano ao manter a abordagem extrair-produzir-descartar, e sistematicamente minamos a capacidade das pessoas em atender às suas próprias necessidades. Estes princípios fornecem os limites dentro dos quais a sociedade pode operar de maneira sustentável. Meu retrato Podem ser vistos como da sustentabilidade os quatro lados de uma moldura para fotografia: dentro da moldura podemos ser o quanto criativo quisermos. Contanto que não con tribuamos para a violação das condições sistêmicas, cada um de nós é livre para desevolv er seu próprio retrato da sustentabilidade.
DEFINIÇÃO DE SUSTENTABILIDADE Desenvolvimento das Condições Sistêmicas Ao examinar ao microscópio as células de um de seus pacientes de câncer, o oncologista sueco Dr Karl-Henrik Robert teve uma idéia simples porém impactante. E se pudéssemos obter concordancia sobre o entendimento básico das células – e portanto um entendimento básico para os requisitos para a continuação da vida? Se pudéssemos concordar com o básico, poderíamos construir consenso entre governos, homens de negócios e ambientalistas sobre o que era necessário para se tornar sustentável. Dr. Robert elaborou uma metodologia esboçando estas condições e a enviou para uma grande gama de cientistas, incluindo mais de 50 ecologistas, químicos, físicos e médicos pedindo sua colaboração. Vinte e um esboços mais tarde, conseguiu-se finalmente o consenso sobre o que é necessário para se sustentar a vida no planeta. Este consenso cientifico é a base para as Condições Sistêmicas do Natural Step para a sustentabilidade
Visite http://www.thenaturalstep.org/en/our-story para mais more.
ESTÓRIA DE SUCESSO A Nike Inc usou os princípios de sustentabilidade para aparelhar a mentalidade ‘just do it’ da empresa a serviço da sustentabilidade. Em 2008, o fabricante líder mundial de tênis e vestuário esportivos lançou oficialmente o Nike Considered, um índice que usa uma
abordagem de ciclo de vida para examinar fatores de design e de produção, como seleção de material, uso de solventes, tratamento das roupas, lixo, e inovação para calçados e para vestuário. Os produtos Considered são classificados como ouro, prata ou bronze. Desde já este índice tem sido uma alavanca para os designers da Nike, canalizando com sucesso a natureza competitiva da empresa para focalizar em inovação de design sustentável. É enraizado no entendimento de que os Princípios de Sustentabilidade do The Natural Step fornecem as regras do jogo, ou os limites dentro dos quais os designers podem inovar e melhorar o desempenho. O objetivo da Nike é de fazer com que todos os calçados atendam aos requisitos da categoria bronze pelo menos até 2011, e todo o vestuário, até 2015, e todos os equipamentos como bolas, luvas e mochilas, até 2020. Visite www.thenaturalstep.org/en/usa/nike-inc-beaverton-oregon
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Começando com o Futuro em Mente:
Backcasting
“O futuro não é uma estrada a ser descoberta, é um lugar a ser criado”
A primeira metade desta cartilha definiu o que é a sustentabilidade, descreveu as raízes da nossa falta de sustentabilidade, e delineou um conjunto de princípios para uma sociedade sustentável. As secções seguintes focam em como podemos planejar, tomar decisões, e agir rumo à sustentabilidade. O primeiro passo é entender o conceito de ‘“backcasting”’ ou começando com o fim em mente
mas mesmo este passo é uma parte de sua estratégia global para chegar ao sucesso – tornar-se um eletricista . Ao nível individual, a maioria de nós “backcast” automaticamente, porque é a maneira mais eficiente de se determinar qual a melhor maneira para se chegar de onde estamos hoje para onde queremos estar no futuro. Mas quando planejamos para o futuro em grupos maiores, como comunidades, municipalidades ou empresas, tendemos a usar o “forecasting”. Isto envolve usar informações passadas para estabelecer tendências, e depois desenvolver um plano projetando estas tendências para o futuro. Por exemplo, se notamos que um numero crescente de pessoas está usando o estoque de comida, então podemos querer planejar como aumentar este estoque, ou mesmo abrir uma segunda alternativa de estoque de comida.
“Backcasting” é um termo sofisticado para algo que todos conhecemos. Simplesmente se refere ao processo de decidirmos sobre algo que queremos no futuro e depois descobrir o que temos que fazer hoje para chegar até lá. Geralmente usamos o “backcasting” toda vez que pensamos em alguma possibilidade futura, seja uma mudança de carreira, a compra de uma casa, ou o planejamento para a aposentadoria.
“Forecasting” é muito eficiente se estamos contentes com a maneira como as coisas estão acontecendo. Mas e se queremos, ou precisamos, de um futuro muito diferente daquele para o qual estamos caminhando? É aí que precisamos “backcast”. Voltando ao exemplo do banco de comida, precisamos olhar “upstream” (para o inicio do processo) e “backcast” se quisermos eliminar a necessidade de se ter bancos de comida para começo de conversa.
Por exemplo, digamos que você está trabalhando como lavador de pratos mas quer se tornar um eletricista. Podem existir varias maneiras de proceder, mas é provável que todas envolvam ir para a escola técnica, encontrar um estagio, depois passar nos exames e assim por diante. Dependendo de sua situação financeira, você pode ter que fazer os estudos esperarem por um tempo para que possa economizar dinheiro para a escola ,
“Backcasting” é particularmente útil quando as tendências atuais são parte do problema com o qual você está trabalhando. No caso do planejamento para a sustentabilidade, “backcasting” é uma metodologia útil por conta da complexidade do desafio da sustentabilidade e da necessidade de se desenvolver novas maneiras de se fazer as coisas para endereçar estes desafios.
–Göran Carstedt, Chair of The Natural Step International and Senior Director of the Clinton Climate Initiative
BACKCASTING
ra pa
Visão do que eu quero
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Presente
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Futuro
O “backcasting” também ajuda a garantir que movamos rumo ao nosso objetivo desejado da maneira mais eficiente possível. O foco em começar com o fim em mente significa que os planejadores começam por concordar sobre as condições para um resultado de sucesso.
De maneira similar, os princípios para a sustentabilidade nos ajudam a identificar as condições para o sucesso em uma sociedade sustentável. Já que os princípios são o resultado de um grande consenso cientifico, eles ajudam a emoldurar um objetivo que pessoas e organizações ao redor de todo o mundo podem compartilhar. Se pudermos concordar que aqueles princípios são os critérios básicos para uma sociedade sustentável, eles se tornam nosso ponto de partida e nos ajudam a avaliar nossas idéias e a planejar para o futuro enquanto fazemos o uso mais efetivo e eficiente possível de nossos recursos.
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Pense da ultima vez que mudou para uma casa nova. Você pode ter começado decidindo sobre algumas condições que fariam da casa um sucesso, como se era perto do trabalho ou da escola, se tinha numero suficiente de banheiros, e quanto ela custaria. Depois de definir seus critérios para o sucesso, você provavelmente começou a procurar pela sua casa da maneira mais eficiente possível utilizando as condições como um selecionador para determinar quais casas iria visitar. Desta maneira, você manteve abertas suas opções mas não perdeu seu tempo visitando casas que você não podia pagar ou nas quais você nunca iria querer morar.
De várias maneiras, “backcasting” a partir de princípios é como um jogo de hóquei ou futebol. Não sabemos exatamente como será o jogo, mas sabemos o que é o sucesso (fazer mais gols do que o outro time). Então jogamos a partida de uma maneira estratégica, trabalhando com as limitações das regras do jogo e sempre mantendo a visão do sucesso futuro na cabeça.
ESTÓRIA DE SUCESSO Canmore é uma cidade na montanha na parte sul de Alberta (CA), que está usando “backcasting” para fazer com que sua visão de um futuro sustentável se torne uma realidade. Para tanto, criaram um processo formal de seleção para avaliar todas os desenvolvimentos propostos na comunidade.
Photo Canmore Civic Centre
Antes que empreendedores possam requisitar uma aprovação para alteração do uso da terra, precisam demonstrar que seu projeto está alinhado com os princípios orientadores da visão de Canmore, e que ele contribui para a sustentabilidade social, econômica e ambiental da comunidade.
O Centro Cívico de Alberta é a primeira edificação em Alberta a receber certificação LEED Prata para sustentabilidade
Desde que esta política entrou em ação em 2007, todos os novos empreendimentos atingiram os padrões de construção sustentável e muitos investidores se aliaram a organizações comunitárias, resultando em doações para o fundo de moradias de baixa renda da cidade, adoção formal da creche local, e suporte para um workshop local e uma galeria de arte cooperada Para saber mais, visite http://www.thenaturalstep.org/en/canada/ town-canmore-alberta.
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Planejando para a Sustentabilidade “Uma visão sem um plano é apenas um sonho. Um plano sem uma visão é apenas labuta. Mas uma visão com um plano pode mudar o mundo”-Old Proverb Para criar uma sociedade sustentável, necessitamos tanto de uma visão de onde queremos chegar quanto de um plano de como chegar lá. Existem muitas maneiras de se planejar para a sustentabilidade, e o processo do Natural Step descrito abaixo é apenas um deles. O que faz desta abordagem única, entretanto, é que ela foca na construção de um plano para a sustentabilidade baseado nos quatro princípios de sustentabilidade e utiliza “backcasting” para avaliar o valor estratégico de cada ação possível. Apesar de o processo ser descrito em termos de uma organização, pode ser aplicado em vários níveis diferentes, de um individuo a uma nação. Pode também ser aplicado ao design de produtos e processos. Qualquer que seja o escopo ou o nível, o processo envolve quatro passos básicos: Awareness – conscientização, Baseline Analysis – Analise da realidade atual, Compelling Vision – visão do sucesso no futuro e Down to Action – Mãos à obra. Os passos estão listados alfabeticamente como ‘ABCD’, mas não necessariamente precisam ser seguidos de maneira linear. A maior parte das pessoas revisita cada um
destes passos de planejamento muitas vezes conforme eles movem através de uma espiral de mudanças. Do começo ao fim deste processo, os princípios de sustentabilidade irão ajudá-lo a manter o fim em mente à medida que lida com as múltiplas decisões envolvidas no planejamento de longo-prazo. O que é considerado realístico e possível hoje não deverá afetar a direção da mudança, apenas sua velocidade.
Awareness - Conscientização Conscientização envolve criar uma compreensão compartilhada de sustentabilidade e um senso comum de propósito entre os times, departamentos e organizações. É essencial que todos que participem do processo de planejamento tenham um entendimento comum do que é sustentabilidade e porque nosso sistema atual não é sustentável. Isto promove uma maior cooperação e colaboração no design de soluções e idéias inovadoras
Baseline Analysis - Análise da Realidade Uma vez que todos entendam o que é sustentabilidade e o que ela significa para sua organização, o próximo passo é entender aonde você se encontra hoje. Isto envolve completar uma analise da realidade atual das operações correntes da organização
A ESPIRAL DA MUDANÇA: A NATUREZA CÍCLICA DO ABCD Na pratica, o processo ABCD é cíclico, não linear, com cada passo ajudando a informar os outros. Por exemplo, você pode começar por simplesmente criar conscientização (A) em um pequeno grupo de pessoas chave, e estas pessoas podem trabalhar para criar uma analise corrente (de base) de alto nível (B) e um rascunho de uma visão de sustentabilidade (C) para input. Durante este tempo, este grupo pode já começar a identificar alguns projetos ou protótipos (D) para implementação. À medida que a equipe aprende com seus protótipos e demonstra que seus primeiros projetos tem sucesso, podem conseguir suporte para mais projetos. Um dos projetos chave poderia ser um treinamento para conscientização mais abrangente (A) que mira os gerentes sênior nas organizações, assim como uma analise mais profunda dos ciclos de vida dos produtos (B) e o desenvolvimento de objetivos estratégicos para a organização toda (C) baseada no rascunho desenvolvido pelo time inicial. Como parte da revisão do processo para engajar as pessoas nos objetivos estratégicos, funcionários podem ser convidados a fornecerem idéias e recursos para implementálas (D) e assim por diante.
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À medida que seu grupo trabalha através do processo ABCD, você irá: • Gerar compromisso crescente e maior conscientização da sustentabilidade e sua relevância para a organização (A); • Esclarecer a lacuna entre a realidade atual e seu futuro desejado. Olhando para frente e para trás, para as aspirações de seu grupo e a sua realidade atual, irá desenvolver uma tensão criativa entre os dois pontos, produzindo mais idéias e inovações. (B-C) • Implementar mais e mais ações inteligentes rumo à sustentabilidade, começando com as iniciativas mais acessíveis que são plataformas para iniciativas mais ousadas no futuro (D).
D
A
C
B
olhando para os fluxos e impactos para ver como diferentes atividades estão dando suporte a, ou indo contra, os princípios da sustentabilidade. A analise inclui uma avaliação dos produtos e serviços, energia, recursos humanos e capitais através de todo o ciclo de vida, e olha para o contexto social e a cultura organizacional para entender como positivamente introduzir mudanças. Isto lhe permite identificar questões críticas de sustentabilidade, suas implicações nos negócios, nos ativos que você já possui, e oportunidades para mudanças.
Compelling Vision - Visão de Sucesso no Futuro Nesta etapa, você precisa considerar o que sua organização seria em um futuro sustentável. Qual a sua descrição de sucesso? E quais são suas oportunidades para inovação? Este é um processo criativo e aberto que envolve imaginar o que nossas organizações seriam no futuro se alinharmos nossas decisões com todos os quatro princípios de sustentabilidade. Por fim, este “brainstorming” culmina com uma poderosa visão de sustentabilidade que tenha objetivos estratégicos arrojados para mobilizar as pessoas na sua organização.
Isto traduz os quatro princípios de sustentabilidade em objetivos tangíveis baseados nos valores e serviços únicos da sua organização, e no seu ambiente externo. Formam a base para sua visão de sustentabilidade e servem como uma bússola para guiar e orientar todas as suas estratégias e ações.
VISÃO DE SUCESSO Muitas organizações fizeram dos objetivos de sustentabilidade uma parte central de seus negócios. Um exemplo é o Fairmont Banff Springs Hotel, em Banff, Alberta. Depois de receber treinamento em sustentabilidade e na metodologia do The Natural Step, o hotel desenvolveu uma visão corporativa que pede por “Fornecer ricas memórias da montanha em nosso caminho para um futuro sustentável”. Sua nova política inclui sete objetivos estratégicos que ajudam a definir seu direcionamento de longo prazo. Imaginamos um dia em que o Fairmont Banff Springs Hotel: 1. Utilize apenas fontes de energia renováveis; 2. Seja neutro em carbono, significando que carbono não irá acumular na atmosfera como resultado de nossas operações; 3. Produza lixo zero, significando que 100% dos materiais associados às operações do hotel serão re-usados, reciclados ou compostados; 4. Utilize apenas químicos benignos, significando que todos os químicos e produtos de limpeza serão não-toxicos e degradam naturalmente sem danificar a Natureza ou processos naturais; 5. Trabalhe apenas com fornecedores que tenham um comprometimento comprovado com praticas sustentáveis;
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6. Compre tantos produtos quanto possível de fornecedores locais e regionais;
O The Fairmont Banff Springs Hotel está localizado no coração do Banff National Park, a UNESCO World Heritage Site.
7. Seja um líder de sustentabilidade na Corporação Fairmont, na industria da hospitalidade e na comunidade na qual trabalhamos, significando que seremos reconhecidos por ações inovadoras, busca de novas praticas, e que nossos colegas estarão ativamente engajados na promoção da sustentabilidade no Bow Valley e além. Para saber mais sobre o Fairmont Banff Springs Hotel, visite http://www.thenaturalstep.org/en/canada/fairmont-banff-springshotel-canada.
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Planejando para Sustentabilidade (cont.)
Down to Action - Mãos à obra Esta etapa envolve traçar um plano para preencher a lacuna entre onde você está hoje e onde você gostaria de estar como uma organização sustentável. Você pode começar com uma lista longa de ações ou investimentos possíveis, e depois priorizá-las com base no que move a organização o mais rápido rumo à sustentabilidade, ao mesmo tempo em que otimiza a flexibilidade e gera retornos suficientes. Isto dá suporte passo a passo ao planejamento efetivo. Ações e idéias devem ser escolhidas baseadas em três questões estratégicas: 1. A ação ou investimento move você na direção correta? (rumo à sua visão de sustentabilidade e alinhado com os princípios de sustentabilidade?) 2. A ação ou investimento é um trampolim para ações ou investimentos futuros? Nenhum investimento único lhe levará à sustentabilidade, da mesma maneira que nenhuma jogada única ganhará um jogo de hóquei (ou futebol). Sabendo disto, você precisa priorizar seus investimentos para que lhe dêem o maior nível de flexibilidade para investimentos futuros, e você quer evitar empatar capital em ações ou tecnologias que são becos sem saída, ou que são tão caros que torna-se difícil investir em melhorias mais tarde.
que está tentando tornar-se sustentável for à falência. Você precisa manter a sustentabilidade econômica à medida que viaja rumo à sustentabilidade social e ambiental. Como uma regra de ouro, faz sentido começar investindo nas ações mais proveitosas. Estas são ações que geram um bom retorno do investimento e podem ser usadas para custear ações mais complicadas e caras mais tarde. Em geral, as ações mais proveitosas são melhorias em eficiências que geram economias imediatas. Existem varias maneiras diferentes de se tornar sustentável, e cada organização precisa escolher seu próprio caminho e identificar os recursos dos quais irá precisar para ser bem sucedida. Varias ferramentas, métricas e conceitos excelentes estão disponíveis para ajudá-lo a entender a sustentabilidade, identificar ações e avaliar seu impacto. Por exemplo, se um de seus objetivos estratégicos é desenvolver edificações sustentáveis, você pode usar a ferramenta LEED para ajudar a avaliar seu progresso. Se você está re-escrevendo regulamentações municipais, você pode usar os princípios do Smart Growth para ajudar a desenvolver políticas de uso do solo. Ou se você está desenvolvendo uma
3. Esta ação fornece um retorno adequado sobre o investimento? Não faz bem a ninguém se uma organização
O PROCESSO DE PLANEJAMENTO ABCD
A
asting ckc a B
Awareness Conscientização
B
Visão de Sucesso Futuro
D Presente
Baseline Analysis - Realidade Atual
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C
Down to Action - Mãos à obra
Nos leva na direção correta? É uma plataforma flexível? Tem um bom retorno do investimento?
fabrica nova você pode avaliar integrar a abordagem cradle-to-cradle ao seu processo de design e em adotar a ISO 14001 como seu sistema de gerenciamento ambiental. O numero de ferramentas e abordagens para a sustentabilidade está crescendo rapidamente – a chave está em encontrar as ferramentas que atendam suas necessidades, prioridades e capacidade especificas. Fazer a triagem de ações potenciais respondendo às três questões estratégicas lhe ajudará a priorizar suas idéias para implementações de curto, médio e longo prazo. Trilhar a trajetória rumo à sustentabilidade não é um processo linear, portanto é importante avaliar seu progresso regularmente e fazer correções ao longo do caminho. Por fim, seu plano de ação de sustentabilidade deverá estar integrado com o plano de negócios, com o orçamento e com os sistemas gerenciais de sua organização. Isso irá assegurar que o progresso rumo à sustentabilidade seja avaliado regularmente e que continue a ser melhorado. À medida que cada ação toma corpo , também é importante celebrar e compartilhar os sucessos, internamente e na comunidade. Isto ajudará a fazer da sua estória rumo à sustentabilidade uma estória inclusiva, acessível e emocionante.
ESTÓRIA DE SUCESSO Santropol Rouland é um programa de alimentação-sobre-rodas baseada em Montreal para indivíduos que vivem com perda de autonomia, idosos e pessoas com deficiencias. Em 2007, eles lançaram seu programa Eco-Desafio para ajudar a movelos para alem da segurança alimentar de curto prazo e rumo à sustentabilidade econômica, social e ambiental de longo prazo. Eles começaram conduzindo um exercício de avaliação da sustentabilidade e de criação de uma visão para determinar como embutir a sustentabilidade nos serviços que eles prestam e nos seus planos para o futuro. A equipe da Rouland desenvolveu um plano de ação baseado em oito áreas prioritárias; energia, água, alimento, materiais, comunicação e outreach, transporte, políticas e parcerias, e comunidades saudáveis. Uma de suas primeiras ações foi contratar um Coordenador de Sustentabilidade que é responsável por assegurar que o plano de ação seja implementado, mensurado, reportado e avaliado de maneira continua.
Para mais, visite www.thenaturalstep.org/en/canada/ santropol-roulant-montreal-quebec-canada.
EXEMPLOS DE FERRAMENTAS E CONCEITOS Exemplos de ferramentas e conceitos para a sustentabilidade:
para mais informações sobre estas ferramentas e conceitos – e muitas outras – visite a pagina de recursos desta cartilha em www.thenaturalstep.org/en/canada/primer-resources.
Photo by Robert Van Waarden
• Sistemas de gerenciamento ambiental como a ISO 14001 • Sistemas de medição como o Genuine Progress Indicators, Happy Planet Índex e Ecological Footprint • Abordagens de design e ferramentas como Cradle-to-cradle, Factor 10, Life Cycle Assessment e LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) • Abordagens de desenvolvimento como o Capitalismo Natural, Sustainable Community Development e a Agenda 21 das Nações Unidas • Movimentos inovadores como o Lixo Zero (Zero Waste), Climate Neutrality e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas
Voluntários preparam refeições na cozinha da Santropol Roulant. Qualquer sobra de comida vai para a vermicomposteira da Roulant, que por sua vez fornece ricos nutrientes para os jardins da comunidade,
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Juntando Tudo
–Dr. Karl-Henrik Robèrt,fundador do The Natural Step
Até agora esta cartilha definiu o que é sustentabilidade, esboçou as raízes da falta de sustentabilidade, e descreveu um conjunto de princípios e um processo ‘ABCD’ para planejamento e tomada de decisões. Juntos, eles fornecem uma metodologia para planejamento estratégico sustentável. Começamos por reconhecer que estamos trabalhando em um sistema (o planeta Terra), onde as ‘regras do jogo’ são os ciclos que mantem nosso meio-ambiente em um estado que dá suporte a uma sociedade humana saudável. Se quisermos ter sucesso neste sistema, que definimos como sendo capazes de prosperar no planeta tanto agora como no futuro, precisamos usar as quatro condições sistêmicas para a sustentabilidade para nos guiar. Nossa principal estratégia para atingir o sucesso é “backcasting” através dos princípios da sustentabilidade. Isto nos permite identificar a lacuna existente entre aonde estamos agora e aonde queremos estar no futuro. Também assegura que escolhamos ações e estratégias específicos que nos guiarão para o sucesso. Depois então escolhemos entre as varias ferramentas, conceitos e métricas diferentes que podem nos ajudar a entender aonde estamos e dar suporte em nossa jornada rumo à sustentabilidade.
Próximos Passos • Existem possibilidades ilimitadas de ações especificas para ajudá-lo a mover-se rumo à sustentabilidade. As opções irão variar de acordo com seu orçamento, cultura organizacional e prioridades. Algumas idéias para primeiras ações incluem: • Crie conscientização e entendimento – crie workshops de educação e alinhamento para a sustentabilidade para funcionários e outros stakeholders para que estejam todos com o mesmo nível de compreensão e indo na mesma direção; • Colaboração – crie parcerias estratégicas para dar suporte a seus esforços para tornar-se mais sustentável. Estas podem incluir tanto parceiros internos da cadeia de valor (como fornecedores de insumos e serviços, clientes ou compradores) quanto organizações externas que dividem o mesmo interesse pela sustentabilidade;
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METODOLOGIA DOS 5 NÍVEIS A metodologia dos cinco níveis mostrada aqui foi desenvolvida pelo The Natural Step para ajudar os grupos a moverem-se para o sucesso em diversas situações. Isto pode ser ilustrado usando o exemplo do jogo de hóquei (ou de futebol). No nível do sistema, você tem que entender as regras do jogo para poder jogar. No nível do sucesso, seu time tem um entendimento comum do sucesso: fazer mais gols do que o outro time (e divertir-se!). Você pode usar muitas estratégias diferentes para ganhar, incluindo montar uma defesa forte ou usar um tipo especifico de formação. Você então toma ações concretas para chegar ao sucesso – de preferência fazendo um gol. Algumas das ferramentas que você pode usar podem incluir programas de treinamento para manter a forma, conselhos do técnico para melhorar as técnicas, ou um par de patins (ou chuteiras) de ultima linha para melhorar sua velocidade.
Sistema nível
Sucesso nível
Estrategia nível
Ações nível
Ferrament nível
Photo by dziner - Flickr.com
“A questão de se alcançar a sustentabilidade não é sobre se teremos comida ou energia suficientes, ou outros recursos tangíveis....A questão é: teremos lideres suficientes a tempo?”
• Crie um plano – crie uma equipe de sustentabilidade dentro de sua organização e trabalhem em conjunto para criar seu planejamento e solicitar idéias e input do resto da organização;
de seus funcionários para trabalhos comunitários.
• Pesquisa – conduza uma auditoria energética ou uma avaliação do seu uso de recursos para entender como maiores eficiências podem ser atingidas, ou pesquise design sustentável de produtos e reciclagem de materiais na abordagem de ciclo fechado;
• Tornar-se um campeão de sustentabilidade – qualquer individuo ou organização pode tornar-se um campeão. Leva paixão, comprometimento e uma abordagem sistemática à mudança. Você pode começar aplicando o processo de planejamento descrito nesta cartilha e seguindo as sete praticas de campeões de sustentabilidade do autor Bob Willard (descritas abaixo);
• Torne-se mais eficiente – troque suas lâmpadas, reduza o uso de papel, reduza o desperdício, e implemente medidas de economia de energia. Reduza o transporte relacionado a emissão de CO2 iniciando um programa caminhe ou pedale para o trabalho. Se você já não os está fazendo, estas são as coisas fáceis com as quais começar, e geralmente resultam em economias de custo; • Faça um upgrade em sua infraestrutura – instale nova infraestrutura ou tecnologias, como maquinas e equipamentos de alta eficiência ou um sistema de energia renovável utilizando energia solar, eólica ou geotérmica; e
• As duas iniciativas mais importantes que todos temos que tomar são:
• Advogue para a mudança – a realidade é que não nos tornaremos sustentáveis sem fazer grandes mudanças. E estas grandes mudanças não ocorrerão a não ser que as pessoas se levantem e as exijam. Descubra o assunto pelo qual você é mais apaixonado e organize-se. Escreva cartas, faça telefonemas a autoridades, candidate-se a cargos públicos, comece um novo negocio, arrisque-se. Solte o campeão de sustentabilidade que existe dentro de você!
• Envolva-se – adote uma ONG local ou voluntarie tempo
CAMPEÕES DA SUSTENTABILIDADE
ESTÓRIA DE SUCESSO
Para saber mais, visite nosso site: www.thenaturalstep.org/en/ district-north-vancouver-bc.
Sete Praticas dos Campeões de Sustentabilidade: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Torne-se confiavel, mantenha-se confiavel Dialogue com as partes Colabore, Eduque, fortaleça sua rede Encontre-os aonde eles estão Vá na carona de alternativas existentes Influencie os tomadores de decisão Pratique “Oportunismo Planejado”
Esta lista foi tirada do Livro “The Sustainability Champion’s Guidebook, de Bob Willard, 2009. Para saber mais, visite www.sustainabilityadvantage.com.
Photo by Eric Ezechieli
O distrito de North Vancouver (DNV) tem uma visão agressiva: “estar entre as comunidades mais sustentáveis do planeta até 2020”. Em 2008 DNV desenvolveu um esboço de plano de sustentabilidade para ajudá-los a atingir esta visão, compilando idéias de funcionários de todos os departamentos e avaliando cada uma contra uma serie de critérios inspirados pela metodologia do The Natural Step. Neutralidade de carbono surgiu como uma das prioridades chave do plano de ação, e o Distrito já começou a agir em algumas das recomendações para esta área. Eles implementaram tecnologias novas e mais eficientes na Prefeitura e no Centro de Operações, e estão gradualmente convertendo sua frota para bio-diesel e comprando carros híbridos para substituir veículos menos eficientes. A Equipe Verde do DNV está fornecendo dicas para os funcionários de como reduzir o consumo de energia e de recursos, e está trabalhando para reduzir a pegada de carbono dos funcionários dando suporte à mudança para meios alternativos de transporte e criando arranjos de trabalho flexíveis.
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Juntando Tudo (cont.)
Últimas Palavras Criar o futuro que queremos não significa simplesmente fazer as coisas um pouco melhor do que fizemos ontem – usando um pouco menos de energia, um pouco menos de papel, gerando um pouco menos de lixo. Isto é mudança incremental, e mesmo sendo um primeiro passo muito importante, não é o suficiente. Mudança incremental significa que diminuímos a velocidade enquanto continuamos a ir na direção errada. David Suzuki usou a metáfora de um carro em alta velocidade para descrever nossa direção atual: “estamos em um carro gigante indo em direção a uma parede de tijolos, e todos estão discutindo sobre aonde vão se sentar”. Se diminuirmos a velocidade, podemos comprar um pouco de tempo extra, mas ainda assim iremos bater contra a parede. Precisamos escolher um novo destino e mudar a direção do carro. Precisamos mudar a maneira como gerenciamos nossos negócios, como projetamos nossas cidades, e como interagimos com o meio-ambiente natural. Isto é mudança transformacional. Os princípios de sustentabilidade descritos nesta cartilha mudam nosso foco para longe dos sintomas, em direção às causas principais do problema. Agindo na fonte, a complexidade torna-se mais gerenciável, e somos mais capazes de prevenir prejuízos antes que ocorram.
se nos sentarmos e esperarmos para que alguém comece primeiro. O que o mundo precisa agora, mais do que nunca antes, é de liderança. Modelos. Campeões. Pessoas dispostas a se levantar e fazer a diferença. E lideres não são apenas CEOs e políticos. Lideres podem ser campeões em qualquer nível de uma organização ou comunidade. Podem ser estagiários de verão, gerentes de departamento, faxineiros, professores, técnicos, engenheiros, donas-de-casa, e estudantes. Campeões de sustentabilidade efetivos tem uma combinação especial de paixão e competência. Eles se preocupam o suficiente para fazer a mudança acontecer, mesmo se os obstáculos parecerem gigantes. E eles são hábeis o suficiente, e comprometidos o suficiente para identificar estes obstáculos e remove-los um a um. Sustentabilidade é sobre nada mais do que decidir o futuro de nosso planeta. Todos nós dividimos o privilegio e a responsabilidade de fazer escolhas em nossas vidas. Depende de cada um de nós criar um futuro do qual nos orgulhemos de passar para as gerações futuras.
Esta é uma jornada que vai precisar de liderança sem precedentes. Não iremos conseguir o futuro que queremos
Mais Recursos
O The Natural Step também oferece cursos online acessíveis sobre desenvolvimento sustentável. Estes cursos interativos, ganhadores de prêmios foram usados por indivíduos, empresas, ONGs e comunidades por todo o Canadá e ao redor do mundo para catalisar ações rumo à sustentabilidade. Para saber mais ou para comprar um curso, entre em contato com elearning@naturalstep.ca ou visite o site de e-learning em www.thenaturalstep.org/ elearning.
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Esta cartilha forneceu uma visão geral de uma abordagem estratégica para o planejamento da sustentabilidade e tomada de decisões. O TNS, juntou online uma lista adicional de links, ferramentas, estudos de caso, e outros recursos para aprofundar o seu entendimento e tornar uma realidade sua ação para a sustentabilidade. Para mais informação visite a pagina de recursos online para esta cartilha em: www.thenaturalstep.org/en/canada/primer-resources.
Sobre o The Natural Step O The Natural Step Canada é uma organização nãogovernamental nacional que fornece treinamento, coaching e aconselhamento em como avançar na prática do desenvolvimento sustentável. Nossa missão é a de conectar cada líder no Canadá com a inspiração e educação necessários para integrar prioridades economicas, ambientais e sociais dentro de seu planejamento e tomada de decisões. Oferecemos um entendimento da sustentabilidade claro, baseado na ciencia e convincente e uma metodologia de planejamento estratégico prática para auxiliar as organizações a fazerem as escolhas que irão colocá-las no rumo da sustentabilidade. Nosso papel é atuarmos como coaches para ajudar nossos parceiros a construírem a liderança, o comprometimento e capacitação necessários para transformarem suas organizações. Ajudamos a criar um alinhamento entre equipes, departamentos e stakeholders através do desenvolvimento de uma linguagem comum e uma visão compartilhada do sucesso para a sustentabilidade. Também atuamos como uma central para uma rede crescente de lideres e campeões de sustentabilidade que
estao compartilhando e aprendendo uns com os outros. Fundada em 1989 na Suécia pelo Dr. Karl-Henrik Robèrt, o The Natural Step agora tem escritórios em 11 países, incluindo no Canadá. A metodologia do The Natural Step para Desenvolvimento Sustentável Estratégico está sendo utilizada internacionalmente por centenas de organizações, incluindo empresas Fortune 500, departamentos de governos, universidades, municipalidades, e pequenas e médias empresas em suas respectivas jornadas rumo à sustentabilidade.
Para mais informação: T www.thenaturalstep.org/brazil
Simone@willisharmanhouse.com.br alexandra@ecohouse.com.br
Trabalhos citados: A informação apresentada aqui esta disponivel nos seguintes locais: -- Houlihan, J. K. (2005, July 14). Body Burden 2: The Pollution in Newborns. Retrieved March 11, 2009, from Environmental Working Group: http://archive.ewg.org/reports/bodyburden2/ -- Macabrey, J.-M. (2009, March 11). Researchers: Sea Levels May Rise Faster Than Expected. New York Times. -- The Global Fund to Fight AIDS, Tuberculosis and Malaria. (2007). 2007 Brochure. Retrieved March 11, 2009, from: www.theglobalfund.org/documents/publications/brochures/whoweare/gf_brochure_07_full_high_en.pdf -- Hails, C. (2008). The Living Planet Report. Retrieved March 11, 2009, from World Wildlife Fund: http://assets.panda.org/downloads/living_planet_report_2008.pdf 2 World Commission on Environment and Development. (1987). Our Common Future. Retrieved March 11, 2009, from United Nations: http://www.un-documents.net/wcedocf.htm 3 Estes relatorios podem ser acessados online nos seguintes websites: - Millenium Ecosystem Assessment. (2005). Retrieved March 9, 2009, from Millenium Assessment: www.millenniumassessment.org -- Intergovernmental Panel on Climate Change. (2007). Retrieved March 9, 2009, from www.ipcc.ch/ -- Stern, N. (2006, October). The Stern Review on the Economics of Climate Change. Retrieved March 11, 2009, from www.sternreview.org.uk -- United Nations. (2008). Human Development Reports. Retrieved March 11, 2009, from http://hdr.undp.org/en/ -- Hails, C. (2008). The Living Planet Report. Retrieved March 11, 2009, from World Wildlife Fund: http://assets.panda.org/downloads/living_planet_report_2008.pdf 4 Morris, N. (2008, April 29). Climate change could force 1 billion from their homes by 2050” April 29, 2008. The Independent. 5 Hails, C. (2008). The Living Planet Report. Retrieved March 11, 2009, from World Wildlife Fund: http://assets.panda.org/downloads/living_planet_report_2008.pdf 6 World Bank. (2008). PovertyNet Statistics. Retrieved February 26, 2009, from http://web.worldbank.org/poverty 7 Senge, P. et al. (2008). The Necessary Revolution. Doubleday. 8 Hails, C. (2008). The Living Planet Report. Retrieved March 11, 2009, from World Wildlife Fund: http://assets.panda.org/downloads/living_planet_report_2008.pdf 9 Hails, C. (2008). The Living Planet Report. Retrieved March 11, 2009, from World Wildlife Fund: http://assets.panda.org/downloads/living_planet_report_2008.pdf 10 Adapted from Steingraber, S. (1997). Living Downstream: an Ecologist Looks at Cancer and the Environment. Addison Wesley. 11 Ekins, P. and Max-Neef, M. (1992). Real-life Economics: Understanding Wealth Creation. In M. Max-Neef, Development and Human Needs. Routledge. 12 Cook, D. (2004). The Natural Step Toward a Sustainable Society. J.W. Arrowsmith Ltd. 1
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www.aref.ab.ca
www.thenaturalstep.org/canada
Canada
The Natural Step - 2009