INFORMATIVO TRIMESTRAL . Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - AD Diper
NÚMERO 02 . ANO 1 . OUTUBRO . 2014
PERNAMBUCO
Investimentos previstos por Setor de Atividade e por Região de Desenvolvimento Geração de empregos prevista em todo o Estado Demandas na indústria por matéria-prima e por qualificação profissional
Índice 3
EDITORIAL
4 5
RESULTADOS DA ECONOMIA PERNAMBUCANA INVESTIMENTOS PREVISTOS
6
EMPREGOS PREVISTOS
INFORMATIVO PANORAMA PERNAMBUCO Publicação Trimestral da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco AD DIPER. Tiragem: 2.000 exemplares
Regiões de Desenvolvimento Regiões de Desenvolvimento
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INVESTIMENTOS PREVISTOS Setor de Atividade
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EMPREGOS PREVISTOS
9 11
DEMANDA POR MATÉRIA-PRIMA ARTIGO
Setor de Atividade
Rota Nordeste
Governador do Estado de Pernambuco JOÃO LYRA NETO Secretário de Desenvolvimento Econômico MÁRCIO STEFANNI MONTEIRO MORAIS Diretor Presidente da AD Diper JENNER GUIMARÃES DO RÊGO Área responsável: DIRETORIA DE SUPORTE ESTRATÉGICO DA AD DIPER Edição: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA AD DIPER Diagramação: CLICK COMUNICAÇÃO E DESIGN
Av. Conselheiro Rosa e Silva, 347 - Recife - PE - Brasil - CEP 52.020-220
Editorial
Por Jenner Guimarães, diretor presidente da AD Diper
O momento é de mudança. Vivemos um período de incertezas no cenário econômico nacional perante a expectativa do pós-eleições. Não é à toa que 2015 vem sendo apontado por economistas como um ano de baixo crescimento, já que serão necessários ajustes nos pilares da economia nacional. Mas é fato que o Nordeste desponta quando o assunto é desenvolvimento e Pernambuco, em posição de destaque, coloca-se na vanguarda desse movimento. A economia pernambucana recrudesce diante da nacional e a prova inequívoca está nos números do PIB. Enquanto a indústria de transformação brasileira, por exemplo, amargou uma taxa negativa de -3,1% no primeiro semestre de 2014, a de Pernambuco alcançou a taxa positiva de 4,8%. Nos últimos nove anos (de 2005 a 2013) o Estado cresceu mais que o Brasil puxado pela chegada de grandes empreendimentos e de empresas ligadas a diversas cadeias produtivas. Mais de 800 empresas chegaram ao Estado contabilizando a geração de mais de 500 mil oportunidades de emprego para os pernambucanos. Esse resultado vem da adoção de um crescimento planejado e estruturado em políticas públicas e de uma estratégia baseada na descentralização do desenvolvimento no Estado. Aqui na AD Diper, nós estamos otimistas em relação a novos investimentos e acreditamos no trabalho que estamos desenvolvendo. As políticas de atração de investimentos estão mantidas e estamos empenhados ao máximo na consolidação desse desenvolvimento de forma perene e organizada. Após a chegada de grandes empresas, nossa tarefa passou a ser consolidar clusters a partir da projeção das demandas de matéria prima e de mão de obra especificadas por esses inves-
tidores. Com esse “norte”, nós também incentivamos o empreendedorismo local e informamos as prioridades nas grades curriculares das escolas técnicas e cursos profissionalizantes. Nesta reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), deveremos aprovar mais de 25 projetos industriais de implantação e ampliação que se juntarão aos outros 52 já anunciados este ano. Esses números comprovam que as crises têm prazo de validade e que o empresariado continua a tomar decisões quando pensa nos seus investimentos de médio e longo prazo. Esta segunda edição do Panorama traz o levantamento detalhado dos dados econômicos apresentados nas 85ª e 86ª reuniões do Condic realizadas este ano, com destaque para o forte processo de interiorização. Quase 73% dos investimentos no ano e 88% dos empregos prospectados no mesmo período, seguem para o interior do Estado. Na oportunidade, agradeço ao articulista desta edição, o geógrafo Henrique Jorge Tinôco de Aguiar, que contribuiu com um texto sobre as políticas de desenvolvimento operacionalizadas pela Sudene através dos seus fundos de financiamento e de benefícios e incentivos fiscais. Por fim, entendemos que nosso desafio, aqui na AD Diper e na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, é muito grande e exige esforço e planejamento. Com Pernambuco crescendo acima da média nacional, nós estamos e podemos contribuir mais para o desenvolvimento do Nordeste e para a minimização das diferenças entre as regiões brasileiras. Uma ótima leitura e bons negócios!
PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
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Resultados da economia pernambucana A economia pernambucana encerrou o primeiro semestre de 2014 com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a uma taxa de 3,5%*, enquanto a brasileira obteve 0,5% no mesmo período. Nos primeiros três meses do ano, o PIB estadual chegou aos 5,2%, mas no segundo trimestre ficou em 1,9%, o que trouxe a média abaixo dos 4% no fim do ciclo semestral. No entanto, Pernambuco se manteve acima da média brasileira, cujo desempenho no segundo trimestre foi de -0,9%. Nesse cenário, o Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), em seu 86º encontro (segundo do ano), aprovou 25 projetos de indústrias no âmbito do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe). São 10 projetos
de implantação de fábricas, 13 de ampliação e dois em isonomia. Os 25 projetos estão distribuídos em 17 municípios, sendo 10 do interior e sete da Região Metropolitana do Recife (RMR). São eles: Arcoverde, Belo Jardim, Bom Jardim, Bezerros, Cabrobó, Carpina (02 projetos), Escada, Goiana, Igarassu (03), Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes (02), Moreno, Olinda, Paulista (02), Petrolina, Recife (04) e São Caitano. Das doze Regiões de Desenvolvimento (RD) do Estado, sete foram contempladas: RMR, Agreste Central, Agreste Setentrional, Mata Norte, Mata Sul, Moxotó e São Francisco. Dessa forma, a maior parte dos projetos, exatos 56%, distribui-se na RMR, enquanto os 44% restantes se espalham pelos demais municípios. *Fonte: Condepe/Fidem
Tabela: Total de projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic e sua distribuição por RDs
Região de Desenvolvimento (RD)
Gráfico: Total de projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic e sua distribuição na RMR e no Interior do Estado
Quantidade
Região Metropolitana Mata Norte Agreste Central Sertão do Moxotó Mata Sul Agreste Setentrional Sertão do Moxotó
14 3 3 2 1 1 1
Região Metropolitana Interior
44%
Fonte: AD Diper
56%
25
Total
Fonte: AD Diper
É importante destacar que há uma variedade quanto à distribuição dos 25 projetos por setores de atividade, abrangendo especificamente 11 áreas produtivas, destacando-se a metalmecânica, que atraiu seis projetos; a agroindús-
tria, com cinco; e bebidas, com três. Dessa forma, os investimentos ganham pluralidade e trazem mais estabilidade no longo prazo, possibilitando ao Estado uma menor dependência de um único setor. Tabela: Total de projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic e sua distribuição por setores de atividade
Gráfico: % Projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic por setores de atividade 4%
24%
8%
20% 12%
Metalmecânica Agroindústria Bebidas Eletroeletrônica Minerais não-metálicos Plástico Artefatos (madeira/papel) Gases Papel Plástico/metalmecânica Produtos químicos
Setor Atividade Metalmecânica Agroindústria Bebidas Eletroeletrônica Minerais não-metálicos Plástico Artefatos (madeira/papel) Gases Papel Plástico/metalmecânica Produtos químicos Total
Projetos por setor 6 5 3 2 2 2 1 1 1 1 1 25 Fonte: AD Diper
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PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
8
11
2
6
10 7
1 Região Metropolitana do Recife
3
9
12
1
4
14 municípios + Arquipélago de Fernando de Noronha
2 Zona da Mata Norte - 19 municípios 3 Zona da Mata Sul - 24 municípios 4 Agreste Central - 26 municípios 5 Agreste Meridional - 26 municípios 6 Agreste Setentrional - 19 municípios 7 Sertão do Moxotó - 7 municípios 8 Sertão do Pajeú - 17 municípios 9 Sertão de Itaparica - 7 municípios 10 Sertão Central - 8 municípios 11 Sertão do Araripe - 10 municípios 12 Sertão do São Francisco - 7 municípios
5
Investimentos previstos Por Região de Desenvolvimento Os investimentos industriais previstos do último Condic totalizam R$ 894,5 milhões, sendo R$ 646,8 milhões destinados ao interior e R$ 247,7 milhões à Região Metropolitana do Recife (RMR). Assim, 72,3% dos recursos seguem para os municípios Estado adentro, fortalecendo o processo de interiorização do desenvolvimento, enquanto o Grande Recife recebe os 27,7% restantes. O protagonismo é para a ampliação da Klabin S.A, em Goiana, Mata Norte do Estado, que vai investir R$ 342,4 milhões para aumentar a produção de papel e criar uma nova linha de produtos.
Entre os investimentos rumo ao interior, também se destaca a decisão da Arborem Agroflestal, que vai investir R$ 251,8 milhões para se instalar em Petrolina, no Sertão do São Francisco. O número é tão representativo que coloca a RD do São Francisco como segunda maior captadora de investimentos do 86º Condic e terceira no acumulado de 2014, lista atualmente liderada pela Mata Norte. Após duas reuniões do Condic no ano, esse montante já soma R$ 1,1 bilhão.
Total de investimentos em indústria aprovados na 86º reunião do Condic
Percentuais dos investimentos industriais aprovados na 86º reunião do Condic - Interior x RMR
Região de Desenvolvimento (RD)
Investimentos
Região Metropolitana Interior
R$ 247.673.495,00 R$ 646.836.590,64
Total
R$ 894.510.085,64
Gráfico: % dos investimentos de indústria aprovados na 86º reunião do Condic por Região de Desenvolvimento (RD) 3,1%
1,0% 0,9% 0,1%
27,7%
38,6%
27,7%
Fonte: AD Diper
72,3%
Fonte: AD Diper
Mata Norte Sertão do São Francisco Região Metropolitana Agreste Central Mata Sul Agreste Setentrional Sertão do Moxotó
Região Metropolitana Interior
Tabela: Distribuição dos investimentos (R$) em indústria por Região de Desenvolvimento (RD) aprovados na 86º reunião do Condic e no acumulado do ano
28,5% Gráfico: % dos investimentos acumulados em 2014 por RD 4,1% 11,6%
2,7% 0,1% 0,1%
31,1%
22,9%
27,4%
Mata Norte Região Metropolitana Sertão do São Francisco Mata Sul Agreste Setentrional Agreste Central Agreste Meridional Sertão do Moxotó
Região de Desenvolvimento Mata Norte Sertão do São Francisco Região Metropolitana Agreste Central Mata Sul Agreste Setentrional Sertão do Moxotó Agreste Meridional Total
Investimento (R$)
Acum. 2014 (R$)
345.229.589,00 255.216.742,56 247.673.495,00 28.138.603,47 9.387.078,00 8.234.577,61 630.000,00 -
347.327.289,00 255.216.742,56 305.410.267,20 30.053.603,47 129.745.500,61 45.684.577,61 630.000,00 1.640.000,00
894.510.085,64
1.115.707.980,45
PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
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8
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2
6
10 7
1 Região Metropolitana do Recife
3
9
12
1
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14 municípios + Arquipélago de Fernando de Noronha
2 Zona da Mata Norte - 19 municípios 3 Zona da Mata Sul - 24 municípios 4 Agreste Central - 26 municípios 5 Agreste Meridional - 26 municípios 6 Agreste Setentrional - 19 municípios 7 Sertão do Moxotó - 7 municípios 8 Sertão do Pajeú - 17 municípios 9 Sertão de Itaparica - 7 municípios 10 Sertão Central - 8 municípios 11 Sertão do Araripe - 10 municípios 12 Sertão do São Francisco - 7 municípios
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Empregos previstos Por Região de Desenvolvimento
Tabela: Total dos empregos previstos para Interior e RMR, dos projetos aprovados na 86º reunião do Condic
Região
Empregos previstos
Região Metropolitana Interior
580 6.652
Gráfico: Percentuais dos empregos previstos para Interior e RMR, dos projetos aprovados na 86º reunião do Condic
Região Metropolitana Interior
8%
7.232
Total
Fonte: AD Diper
Fonte: AD Diper
92% Os investimentos previstos projetam a geração de 7.232 postos de trabalho, dos quais 6.652 ofertados no interior do Estado e os 580 restantes na Região Metropolitana do Recife. Assim como no quesito investimento, a Arborem Agroflestal também chama atenção na geração de mão de obra para o interior: são 6.105 oportunidades para a região do vale do São Francisco, que alcança a marca de 73% dos empregos previstos no acumulado do ano. A RMR tem a segunda posição, com 999 empregos anunciados, quase 12% do total. Para se ter uma ideia da importância Gráfico: % dos investimentos acumulados em 2014 por Região de Desenvolvimento (RD)
4,22% 5,91%
2,63% 1,81% 0,39% 0,12%
11,89%
73,02%
desse número para o Sertão do São Francisco, durante o ano de 2012, os empregos previstos no âmbito do Prodepe para a RMR foram 6.377. O Agreste Setentrional é a terceira colocada na geração de mão-de-obra em 2014 pelo Prodepe, com 497 oportunidades, que representa algo em torno de 6% do total. Tabela: Distribuição dos empregos previstos por Região de Desenvolvimento (RD) dos projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic e no acumulado do ano
Região de Desenvolvimento
Sertão do São Francisco Região Metropolitana Agreste Setentrional Agreste Central Mata Sul Mata Norte Agreste Meridional Sertão do Moxotó
Região Metropolitana Mata Norte Mata Sul Agreste Setentrional Agreste Central Agreste Meridional Sertão do Moxotó Sertão do São Francisco Total
Previstos
Acumulado 2014
580 104 42 17 343 10 6.136
999 152 221 497 355 33 10 6.136
7.232
8.403 Fonte: AD Diper
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PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
Investimentos previstos Por Setor de Atividade
Tabela: Distribuição dos investimentos em R$ por setor de atividade nos projetos de indústria aprovados na 86º reunião do Condic e no acumulado do ano
Setor Atividade Agroindústria Papel Metalmecânica Plástico Bebidas Eletroeletrônica Móveis Minerais não-metálicos Produtos químicos Têxtil Gases Plástico/metalmecânica Artefatos (Madeira/papel) Total
Investimento
Acumulado
257.146.742,6 (2º)* 342.374.589,0 (1º)* 136.122.574,0 (3º)* 71.955.000,0 (4º)* 37.566.021,0 (5º)* 23.672.105,6 (6º)* 9.336.075,5 (8º)* 9.387.078,0 (7º)* 4.400.000,0 (9º)* 1.675.900,0 (10º)* 874.000,0 (11º)*
353.232.865,2 342.374.589,0 173.361.770,2 120.840.856,0 41.696.021,0 23.672.105,6 21.466.720,0 11.086.075,5 11.027.078,0 10.000.000,0 4.400.000,0 1.675.900,0 874.000,0
894.510.085,6
1.115.707.980,5
*Classificação no 86º Condic - Fonte: AD Diper
Dos 11 setores contemplados pelos projetos do último Condic, o de produção de Papel obteve a maior parcela dos investimentos previstos. Com R$ 342,4 milhões, a Klabin S/A não só foi o projeto de maior orçamento, como também alavancou o setor de papel para o segundo lugar em atração de investimentos no acumulado de 2014, atrás do setor Agroindustrial, com R$ 353,2 milhões. Já a ampliação da planta da Alcoa em Itapissuma, orçada em R$ 101,9 milhões, soma-se a outros cinco projetos que colocam o setor de metalmecânica na terceira posição. No acumulado do ano, há projetos oriundos de 13 áreas industriais distintas. O setor de plástico também ultrapassou a casa dos R$ 100 milhões em investimento no ano, com R$ 120,8 milhões. Dos demais setores, o de bebidas atingiu R$ 41,7 milhões e o de eletroeletrônica, R$ 23,7 milhões. Já a indústria de móveis, que não foi contemplada neste último Condic, está em sétimo no acumulado 2014, com
Gráfico: Distribuição % dos investimentos por setor de atividade nos projetos de indústria aprovados na 86º reunião do Condic
2,6% 4,2% 8%
1% 1% 0,5% 0,2% 0,1%
38,3%
15,2%
28,7%
Papel Agroindústria Metalmecânica Plástico Bebidas Eletroeletrônica Produtos químicos Minerais não-metálicos Gases Plásticos/metalmecânica Artefatos (madeira/papel)
Gráfico: Distribuição % dos investimentos por setor de atividade no acumulado de 2014 1,9% 1% 1% 0,9% 0,4% 0,2% 0,1%
2,1% 3,7%
31,7%
10,8%
15,5%
30,7%
Agroindústria Papel Metalmecânica Plástico Bebidas Eletroeletrônica Móveis Minerais não-metálicos Produtos químicos Têxtil Gases Plástico/metalmecânica Artefatos (madeira/papel)
R$ 21,5 milhões. Vale salientar que o PIB pernambucano do último trimestre obteve desempenho positivo nos setores de agropecuária (16,8%), indústria (1,2%) e serviços (1,6%), segundo relatório da Condepe/Fidem.
PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
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Empregos previstos Por Setor de Atividade Tabela: Distribuição dos empregos por setores de atividades nos projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic e no acumulado do ano
Setor Atividade Agroindústria Minerais não-metálicos Metalmecânica Plástico Bebidas Eletroeletrônica Papel Artefatos (Madeira/papel) Produtos químicos Gases Plástico/metalmecânica Têxtil Móveis Total
Gráfico: Distribuição % dos empregos por setores de atividades no acumulado de 2014
Investimento
Acumulado
6.156 229 203 144 138 117 83 62 42 33 25 -
6.593 244(5º)* 348(2º)* 288(4º)* 166(6º)* 117(7º)* 83(8º)* 62(11º)* 75(10º)* 33(12º)* 25(13º)* 80(9º)* 289(3º)*
7.232
8.403
1,4% 1% 1% 0,9% 0,7% 0,4% 0,3%
(1º)*
*Classificação no 86º Condic - Fonte: AD Diper
2% 2,9% 3,4% 3,4% 4,1%
78,5%
Tabela: Demanda por mão-de-obra especializada nos projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic
Setor Atividade
A decisão da Arborem Agroflestal de ir para Petrolina tende a impulsionar a demanda por mão de obra na agroindústria pernambucana. Os 6.105 postos de trabalhos previstos no projeto de implantação da empresa - quase 73% das vagas no ano - trazem novo fôlego à agroindústria, que ainda se recupera dos efeitos da seca, e evidencia o setor na geração de trabalho por atividade industrial. No acumulado, já são 6.593 empregos previstos para o setor, o que significa 78,5% das vagas. Com 348 vagas previstas, o segmento de metalmecânica desponta como segunda maior demanda de emprego no ano, sendo 203 anunciadas no último encontro do Condic. Móveis e plásticos estão praticamente empatados, com respectivamente 289 e 288 empregos previstos, enquanto minerais não-metálicos geram 244 oportunidades. Parte desses empregos demandados exige qualificação técnica de 19 tipos, conforme a tabela da demanda
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PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
Agroindustria Metalmecânica Móveis Plástico Minerais não-metálicos Bebidas Eletroeletrônica Papel Têxtil Produtos químicos Artefatos (madeira/papel) Gases Plástico/metalmecânica
Encarregado de produção Técnico agrícola Técnico cervejeito Téc. em administração Téc. em contabilidade Técnico em desenho Técnico em edificações Técnico em elétrica Técnico em eletrônica Téc. em instrumentação Total
Vagas 3 200 1 15 13 5 1 3 4 4
Setor Atividade Técnico em logística Técnico em manutenção Téc. materiais plásticos Técnico em mecânica Téc. em metalmecânica Técnico em produção Técnico em química Téc. em seg. do trabalho Técnico em soldagem
Vagas 2 6 2 20 1 8 3 5 2 298
*Classificação no 86º Condic - Fonte: AD Diper
por mão de obra indica. São 298 vagas específicas para tais funções, entre elas, 200 para técnico agrícola, 20 para técnico em mecânica e 15 para técnico em administração. Há também 13 vagas para técnico em contabilidade e oito para técnico em produção.
Demanda por matéria prima Os 25 projetos industriais aprovados no último encontro do Condic, além de acarretar investimentos e gerar empregos, demandam por uma variedade de matéria-prima, tanto no período de instalação, como após o início das operações das empresas. Os dados obtidos em cada um dos projetos trazem 60 tipos de insumos, em que nove deles estão entre os 100 principais produtos importados por Pernambuco*, ou seja, é um material já demandado por outras empresas em atuação. Essa demanda pode ser fonte de oportunidade para novos empreendimentos, que têm a chance de entrar na cadeia produtiva e se tornar fornecedores desses itens. Uma leitura dos dados da balança comercial no Estado revela que, historicamente, Pernambuco tem importado mais do que exportado. Entre janeiro de 2013 a agosto de 2014, apenas em dezembro/2013 as exportações superaram as importações, devido a venda de uma plataforma de perfuração para exploração de petróleo para o Panamá ao valor de US$ 1,2 bilhão. Nos demais meses, a entrada de produtos tem sido superior.
Tabela: Nove tipos de matéria-prima demandas pelos projetos industriais do 86º Condic entre as 100 mais importadas em PE de janeiro a agosto de 2014
Matéria prima Álcool Chapa em aço Chumbo Laminados não planos de aço Laminados planos de aço Levedura Malte Polietileno Polipropileno *Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
O malte, por exemplo, é o 10º na lista dos 100 principais produtos importados pelo Estado em 2014. O insumo, necessário para fabricação de cervejas e chopes, é uma das demandas da Puma Ind. de Cerveja, empresa que vai investir R$ 5 milhões para se instalar em Jaboatão dos Guararapes. A empresa pretende trazer 216 toneladas de malte por mês, ou seja, quase 2,6 mil toneladas por ano que se somam às atuais 79 mil toneladas importadas até agosto de 2014 (quase US$ 50 milhões em importações). A expansão do setor de bebidas em Pernambuco, evidenciada pela chegada de plantas como a da Ambev e a do Grupo Itaipava, deve aumentar ainda mais a busca pelo malte. Outro insumo demandado e também presente na lista dos 100 principais produtos importados é o polipropileno, um polímero bastante utilizado na produção de plástico reciclável. Duas empresas listaram o polipropileno em seus projetos: a Acumuladores Moura, que vai ampliar sua linha de fabricação, e a Inoplast, que funciona em Carpina e também pretende expandir a produção. A primeira necessita de 12,7 toneladas/mês, enquanto a segunda de 6,6 toneladas/mês. Em oito meses, já havia desembarcado em Pernambuco cerca de 7 mil toneladas do produto ao custo de US$ 11,5 milhões. Entre as empresas em Pernambuco que mais trouxeram produtos de fora em 2014, a Moura é a 11º colocada, com gastos de US$ 51 milhões.
Gráfico: Balança comercial PE de jan/2013 a ago/2014 (US$ 1.000) 1.200.000
Exportação Importação
1.000.000 800.00 600.00 400.00 200.00 0 JAN/13
MAR/13
MAI/13
JUL/13
SET/13
NOV/13
JAN/14
MAR/14
MAI/14
JUL/14
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
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Demanda por matéria prima Tabela: Matéria-prima mensal demandada pelas 25 empresas nos projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic
MATÉRIA PRIMA
Quantidade
Unid.
ÁCIDO AÇO CARBONO AÇO GALVALUME 0,5 mm AÇO GALVANIZADO AÇO GALVANIZADO 4 mm AÇÚCAR CRISTAL ADUBOS E FERTILIZANTES ÁGUA MINERAL POTÁVEL ÁLCOOL ALUMINA TABULAR AMIDO SPEED ANTENA 2,4 GHZ ANTENA 5 GHZ ARGILA PRETA AROMA ARTIFICIAL ARROZ EM CASCA ARROZ SEM CASCA BARRA CHATA / CANTONEIRA CAL HIDRATADO CAULIM AMARELO CHAPA DE PAPELÃO CHAPA EM AÇO CHUMBO COLA COMPENSADO NAVAL COMPOSTO POLIETILENO AZE MICRONIZADO COMPOSTO PVC TUBO DEFENSIVOS E INSUMOS AGRÍCOLAS ELETRODO E ARAME DE SOLDA EMULSIFICANTE POLIMÉRICO
41.875 20.000 500.000 1.845.000 1.000.000 30.000 450 1.652.800 200.000 471 229.166 1.333 1.333 3.410 1.332 500 316.250 4.000 1.916 3.100 10.416 7.000 139.058 27.500 1.000 10.073.154 6.201.272 2.800 2 26.794
L kg kg kg kg kg t L L kg t unid unid t kg t kg kg kg t kg kg kg t m kg kg L t kg
MATÉRIA PRIMA EPS - POLÍMEROS DE POLIESTIRENO FELDSPATO FOLHA DE PAPELÃO GARRAFAS DE VIDRO GRANALHA DE AÇO GUARANÁ SD EXTRATO LÂMINA DE AÇO LAMINADOS NÃO PLANOS DE AÇO LAMINADOS PLANOS DE AÇO LENHA LEVEDURA LINGOTE DE ALUMÍNIO IMPORTADO LÚPULO AMARGO MADEIRA DE PINUS MALTE MILHO MILHO NITRATO DE AMÔNIO B.D. (POROSO) ÓLEO MINERAL REFINADO PERFIL EM AÇO PERFIL U PLACA DE CIRCUITO IMPRESSO PLÁSTICO STRECH POLIETILENO POLIPROPILENO RESISTÊNCIA A ÚMIDO SÊMOLA DE MILHO SUCATA DE POLIETILENO/POLIPROPILENO XAROPE SIMPLES (60% AÇÚCAR) ZINCO
Investimento
Unid.
58.333 12.400 8.416 200.000 28.333 63 10.416 31 73 166 320 592 720 2.500 216.000 2.360 28.000 658.985 17.312 10.000 4 666 100 8.333 19.374 59.583 1.520 16.666 12.425 5
kg t kg unid kg L kg t t m³ kg t kg m³ kg kg sc kg kg kg t unid kg kg kg t kg kg kg t
Fonte: AD Diper
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PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
Artigo
Por Henrique Tinôco*
Rota Nordeste A criação das Superintendências de Desenvolvimento Regional (Norte e Nordeste), em 1959, foi um importante passo no exercício de políticas explícitas de desenvolvimento regional e determinante para a construção de uma economia mais dinâmica, complexa e diversificada, observada nos dias de hoje. Neste cenário, dois instrumentos desta Política de Desenvolvimento, operados pela Sudene, têm sido determinantes para atrair e viabilizar projetos estruturantes para nossa Região, quais sejam: i) os Fundos de Financiamento e Desenvolvimento; e ii) os Incentivos e Benefícios Fiscais. Os Fundos de Financiamento e Desenvolvimento, representados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), só com seu orçamento, disponibilizaram mais de R$ 60 bilhões para projetos no Nordeste, nos últimos 05 (cinco) anos, estando previsto para 2015, um montante superior a R$ 15 bilhões, com recursos de natureza não contingenciável e taxas subsidiadas para os projetos de investimento que variam de 4,5% a 7,5% ao ano, prazos de até 20 anos e curva de amortização adaptável às necessidades do projeto. De outra parte, como mecanismos adicionais que se somam a oferta de recursos através dos Fundos, temos os Incentivos e Benefícios Fiscais operados pela Sudene, com destaque para: i) redução fixa de 75% do imposto sobre a renda e adicionais não restituíveis; ii) depósitos para reinvestimento; e iii) isenção do Adicional ao Frete para
Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). Em 2013, foram 298 processos de concessão de benefícios fiscais (62% de redução de 75% do Imposto de Renda), vinculados a investimentos (novos e de modernização de projetos) da ordem de R$ 27,2 bilhões. Até setembro/14, foram 164 processos de benefícios concedidos e R$ 13,7 bilhões em investimentos vinculados a estas concessões, o que denota a relevância destes mecanismos na atração e manutenção de empreendimentos, em suas mais diversas modalidades, em nossa região. Resta óbvio, pois, que as decisões de investimentos devem contemplar um exame amiúde da opção Nordeste, numa perspectiva de disponibilidade de funding com custos atrativos, prazos compatíveis e renúncia fiscal de até 75% do imposto real devido, em fruição de 10(dez anos), além da possibilidade de reaplicar parte do imposto devido em sua operação local e obter descontos nos custos de fretes marítimos na importação de máquinas e equipamentos, sem considerar, ainda, outros atrativos que podem ser intermediados juntos aos Estados, a exemplo do que faz com extrema competência a equipe da Agencia de Desenvolvimento de Pernambuco – AD Diper, atraindo para o Estado uma planta automotiva, plantas industriais de alimentos e ações de integração de suas cadeias âncoras com estruturação de base de fornecedores locais. A hospitalidade nordestina é extensiva aos negócios, a parceria é um insumo de construção de efetividade no desenvolvimento regional. Venha conferir os caminhos para a Rota Nordeste.
*Henrique Jorge Tinôco de Aguiar - Geógrafo, pós-graduado com MBA em Finanças pela Fundação Dom Cabral, é o atual diretor de Gestor de Fundos, Incentivos e Atração de Investimentos da Sudene. Possui experiência de Gestão nas áreas de Project Finance e Operações Estruturadas, Análise de Projetos, Operações em bolsa de valores e Mercado de capitais. Foi diretor de investimentos em Fundos de Pensão e superintendente do Banco do Nordeste (BNB) nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte e também atuou como conselheiro do Sebrae nos estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
PANORAMA PERNAMBUCO nº2 - Outubro de 2014
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Um dos estados que mais cresce e gera empregos no Brasil
Dez motivos para investir em Pernambuco
Em 2012, o PIB pernambucano teve crescimento de 2,3% enquanto o brasileiro cresceu apenas 0,9%. E, entre 2007 e 2013 foram criados mais de 500 mil novos empregos em todas as regiões do Estado.
Localização estratégica
Um dos principais pontos de distribuição para a América do Norte, Europa, África, Ásia e toda a Região Nordeste.
Mais investimentos em infraestrutura
A ampliação de serviços como energia elétrica, gás natural e abastecimento de água. Modernização das estradas, portos e aeroportos. Transnordestina, Transposição do São Francisco, Arco Metropolitano e grandes obras criando novos polos logísticos. Tudo isso conferiu ao estado a 7ª melhor posição em infraestrutura no ranking da FDI Magazine, Revista do Financial Times entre os estados da Amédica do Sul em 2014.
Os outros, você vai descobrir quando chegar aqui.
4 5 6 7 Grandes projetos estruturadores
Mais de 50 bilhões de Reais em investimentos vieram com a Refinaria Abreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul, Petroquímica Suape, Estaleiro Promar e os polos automotivo e farmacoquímico.
Melhor porto público do País
Educação e qualificação profissional
Inovação, ciência e tecnologia
O Porto de Suape também ganhou, em 2012, a premiação de melhor infraestrutura portuária pela revista inglesa “The New Economy”.
Pernambuco vem investindo forte em capacitação profissional e na infraestrutura acadêmica de excelência.
Através de pesquisa, desenvolvimento e muita inovação, Pernambuco vem se tornando cada vez mais competitivo.
8 9 10 Incentivos fiscais
Novo modelo de gestão pública
São vários programas oferecendo incentivos fiscais em três esferas: federal, estadual e municipal.
Gestão democrática e regionalizada com foco em resultados. O modelo Pernambucano de gestão virou referência para todo o Brasil, além de ter conquistado, em 2012, o prêmio das Nações Unidas (UNPSA).
Mais vantagens
Além de incentivos fiscais, o Governo de Pernambuco dá suporte para a realização de investimentos no Estado: apoio na seleção e capacitação de mão de obra e no desenvolvimento da cadeia de fornecedores. E você ainda conta com uma equipe especializada em promoção de investimentos (Invest In Pernambuco).
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