EDIÇÃO
48 FEVEREIRO 2015
ADEI e AJEC lançam mais uma vez um desafio às mulheres da Praia e Mindelo
Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação
Turismo, Indústria e Energia
Edição nº 48| FEVEREIRO 2015
Editorial
ADEI e AJEC lançam mais uma vez um desafio às mulheres da Praia e Mindelo ..... 3 3º Edição do Start Up Universitário caminha para a 2ªfase ......................... 3 Câmara Municipal de São Filipe e ADEI de mãos dadas para a promoção do Empreendedorismo ....................................... 4 Conheça o depoimento de quem ouve o Minuto do Empresário ........................................ 4 Mais uma graduação na Incubadora da Praia ........................................................... 4
Frantz Tavares
Presidente da ADEI
Caro Empreendedor/Empresário, Pela segunda vez e em parceria com a AJEC lançamos o Concurso Empreendedorismo Feminino com o objectivo de capacitar as mulheres com técnicas de gestão de micro e pequenas empresas e incentivá-las a implementar o seu próprio negócio. O 3º concurso Start Up Universitário segue já na sua segunda fase e damos a conhecer a entrevista a um dos participantes, Juntamente com a Câmara Municipal de São Filipe promovemos o Concurso de ideias “Nhô San Filipe”. Após quase um ano de difusão do programa de rádio Minuto do Empresário, o INOVAR foi à entrevista com um ouvinte diário do Minuto do Empresário e ainda entrevistamos a empresa Ideia, um incubado da BIC já em fase de graduação. Ainda poderá ler os artigos de opinião sobre a Análise ao Inquérito Anual às Empresas de 2013, e os Desafios do Agro-negócio para a Incubadora de Santo Antão. Não perca no final desta edição, mais um extracto do Boletim Oficial sobre o Regime Especial das Micro e Pequenas Empresas, e não se esqueça que para se candidatar aos programas de desenvolvimento empresarial da ADEI basta aceder à página web www.adei.cv e seguir os passos indicados na imagem no final desta edição do INOVAR. Junte-se a nós, o nosso lema é inovar para crescer. Boa leitura
Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação
Inovar para Crescer
Artigo de Opinião: Análise ao Inquérito Anual às Empresas de 2013 ...................... 5 Programa de Consultoria da Holanda apoia empresas cabo-verdianas ................................. 6 Artigo de Opinião: Os desafios do Agro-negócio para a Incubadora de Santo Antão .............................................. 6 REMPE – O que preciso saber? ........... 7
ADEI e AJEC lançam mais uma vez um desafio às mulheres da Praia e Mindelo
A ADEI em parceria com a AJEC lançou oficialmente, nos dias 25 e 26, na Praia e Mindelo respectivamente, o 2º Concurso “Empreendedorismo Feminino”. Este projecto que tem o apoio financeiro do Governo dos Países Baixos, ADEI e AJEC, tem como objectivo promover uma maior e melhor participação das mulheres no tecido empresarial cabo-verdiano, através de ideias de negócios duradouras e economicamente viáveis. Pretende-se assim capacitar as mulheres com técnicas de gestão de micro e pequenas empresas e incentivá-las a implementar o seu próprio negócio. Para isso será aplicada a metodologia de formação GERME, que se baseia num conteúdo simples, claro e adaptado às necessidades em gestão do micro e pequenas empresas.
-
É de realçar que a 1ª Edição do Empreendedorismo Feminino abrangeu apenas a ilha de Santiago, tendo a sua implementação sido liderada pela Business Incubation Center (BIC). O público-alvo dessa edição eram mulheres oriundas de famílias com rendimento médio abaixo da média Nacional e potenciais empreendedoras, com ou sem experiencia de negócio. Ao longo de 3 meses essas mulheres foram capacitadas com técnicas de gestão de micro e pequenas empresas e incentivadas a implementarem o seu negócio. Ao longo das formações, as participantes elaboraram os seus Planos de Negócios, que foram avaliados e os dois melhores projectos foram premiados com dois anos de incubação, totalmente grátis, na RENI –Rede Nacional de Incubadoras. É de realçar que na primeira edição, decorrida em 2013, o objectivo de promover uma maior e melhor participação das mulheres no tecido empresarial Cabo-verdiano foi atingido, pois, para além das duas vencedoras que estão a ser acompanhadas pela Incubadora da Praia, foram elaborados dezoito Planos de Negócios, dezasseis mulheres foram capacitadas com técnicas de gestão para micro e pequenos negócios e dois dos projectos elaborados já tiveram acesso a financiamento.
3º Edição do Start Up Universitário caminha para a 2ªfase excede o número de candidaturas, tendo em conta que os projectos podiam ser apresentados de forma individual ou em grupo, incentivando assim o associativismo junto dos concorrentes. : O INOVAR foi à entrevista com um candidato da Cidade de Mindelo. Confira: “Participar já está sendo uma mais-valia”
O Concurso «Start-Up Universitário!», resultado de uma parceria entre o MESCI e a ADEI, segue já na sua 3ª edição e tem por objectivo avaliar e premiar ideias e planos de negócios junto dos universitários. Constitui ainda, uma importante ferramenta de apoio ao empreendedorismo com vista à criação de um sector privado forte, competitivo e gerador de emprego qualificado. A fase de candidatura foi de âmbito regional e intra-universitária, fruto da boa parceria entre ADEI e Universidades. Na Ilha de São Vicente, 41 candidatos apresentaram 19 ideias de projectos enquanto na Ilha de Santiago, foram apresentados 23 ideias de projectos por 42 candidatos. Olhando para o Nacional, foram apresentadas 42 ideias de projectos com um total de 83 participantes. De realçar que o número de candidatos
Tomei conhecimento desse concurso através dum cartaz que foi enviado para a Uni-Lusófona. Candidatei porque tenho um sonho de algum dia ver o meu projecto implementado e ganhando esse concurso terei todas as bases suficientes para iniciar. Sabendo que é a primeira vez que estou participando num concurso do tipo, já adquiri muitos conhecimentos e tenho a certeza que vou adquirir muito mais ainda nas próximas fases. A minha participação já está sendo uma mais-valia porque mesmo que não consiga nenhum prémio ficarei com os conhecimentos e assim para a próxima estarei mais preparado. Quanto às expectativas, na próxima fase vou tentar corrigir alguns erros cometidos na primeira para passar a outra faze com muita firmeza. Candidato da ilha de São Vicente: Anildo Lima | Projecto: Criação de Galinha Caipira “Terra”
Câmara Municipal de São Filipe e ADEI de mãos dadas para a promoção do Empreendedorismo
A ADEI e a Câmara Municipal de São Filipe, no âmbito das suas políticas de promoção da competitividade e do desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas e do emprego sustentável realizam conjuntamente o primeiro concurso de ideias Nhô San Filipe destinado a potencializar o empreendedorismo e o espírito de inovação. O concurso enquadra-se no projecto da ADEI “Empreender Agora”, que visa estimular o desenvolvimento de conceitos de negócio inovadores e com potencial de desenvolvimento, em torno dos quais se perspectiva a criação de novas empresas e desenvolvimento de novos produtos/serviços no Concelho de São Filipe. Conheça o regulamento na página: www.adei.cv
Conheça o depoimento de quem ouve o Minuto do Empresário
directamente sobre o aproveitamento que vão fazendo dos conteúdos do programa, mas constatamos um esforço no sentido de melhoria das operações internas, da qualidade da prestação de serviços de acolhimento e relacionamento com clientes e na organização/sistematização das informações sobre clientes/reclamações.
Mais uma graduação na Incubadora da Praia A empresa iDEIA é uma empresa de Design e Desenvolvimento de softwares. Tem uma componente voltada para o web design e design gráfico, e outra componente dedicada ao desenvolvimento de softwares multiplataformas web e aplicações móveis. Desenvolve soluções para clientes em plataformas integradas com a internet, oferecendo soluções que se ajustam ao objectivo proposto. A IDEIA também desenvolve projectos para o público em geral como sites e aplicações móveis para um determinado objectivo. INOVAR: Durante quanto tempo a iDEIA esteve como incubado? Ideia: A IDEIA esteve incubada durante 2 anos. INOVAR: O que o motivou a ser um incubado? Foi virtual ou residente?
Após quase um ano de difusão, o INOVAR entrevistou um ouvinte do programa de rádio da ADEI – Minuto do Empresário. Entrevistamos a Direcção do Colégio da Turminha, escola privada de ensino primário, sita no Palmarejo na estrada de acesso à Cidade Velha, que vem prestando serviços de educação e desenvolvimento humano há mais de uma década. “O Minuto do empresário é muito importante pois a tendência é pensamos que já sabemos tudo, inclusive matérias mais elementares em gestão. Mas, no final do dia, há sempre algo que nos escapa” Conhecemos o programa e o ouvimos maioritariamente online. Apreciamos os temas difundidos e vale mencionar que são objectivos, atuais e relevantes para as necessidades/perfil das nossas empresas, inclusive da nossa. Gostaríamos entretanto, de ouvir temas como Optimização de recursos limitados, controle de custos e fidelização de clientes. Acreditamos que tal como nós, este programa tem ajudado bastante outras empresas e empreendedores no geral. O Minuto do Empresário ajuda a aumentar e melhorar os conhecimentos de gestão operacional, complementa na perfeição outras ações de capacitação da ADEI e é facilmente acessível. No nosso caso, os colaboradores não manifestam
Ideia: A motivação surgiu depois da participação na 1ª edição do Start Up Weekend na Praia. Depois de analisar os nossos objectivos concluímos que precisávamos dar o próximo passo, que passava por fazer o registo da empresa. Após essa conclusão, começamos a pesquisar por programas da ADEI que pudessem ser úteis na promoção e organização da nossa empresa e encontramos o programa de incubação de empresas. Decidimos ser uma empresa incubada virtual por questões de estratégia a nível de custos. INOVAR: Como foi estar na Incubadora todo este tempo? Quais foram as aprendizagens? Ideia: Estar incubado foi uma experiência extremamente nova para nós, exigiu algum estudo no início para podermos estar a par dos conceitos ligado a gestão de empresas. Creio que a incubadora foi fundamental para que pudéssemos ver o mundo empresarial com outros “olhos” e preparar da melhor forma possível para os passos que se seguiram. Durante o período de incubado as aprendizagens foram incontáveis, passando pela organização da empresa, dos modelos e planos de negócios até ao acesso ao network da ADEI. INOVAR: A incubadora foi importante na fase de arranque da sua empresa? Ideia: Sem dúvida. No início eramos apenas sonhadores, hoje somos empreendedores com uma visão de negócio, com metas e objectivos. INOVAR: Quais as principais diferenças entre a iDEIA no inicio da incubação e neste momento? Ideia: Hoje temos uma empresa organizada a nível de
gestão, de metas e de processos. No início não tínhamos noção de como funcionava uma empresa a nível de impostos, plano de actividades, processos de negócios, etc. INOVAR: Como visualizam a iDEIA após saída do BIC? Ideia: Estamos preparados para o próximo passo. Os anos de incubados preparam-nos de forma ideal para que hoje tenhamos a confiança e o “know-how” para seguir em frente e crescer a nossa empresa para liderar no ramo de TIC em Cabo Verde. INOVAR: Qual a mensagem que quer deixar aos jovens empreendedores? Ideia: A nossa mensagem não podia ser mais clara e simples. Sonhar sempre, preparar e planejar constantemente, trabalhar e dedicar continuamente, e desistir nunca! E deixamos aqui um dos nossos lemas: “ Uma mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho inicial” - Albert Einstein.
Artigo de Opinião: Análise ao Inquérito Anual às Empresas de 2013 O Inquérito Anual às Empresas de 2013 baseou-se essencialmente em três indicadores: número de empresas ativas, número de pessoas ao serviço e volume de negócio. Da análise ao Inquérito salta à vista a diminuição de 128 empresas ativas, bem como a diminuição de 436 pessoas ao serviço e de um baixo crescimento do volume de negócios comparativamente ao ano de 2012. Conferindo a evolução destes indicadores desde 2007, verifica-se que é a primeira vez que o número de empresas ativas diminuem, mas a evolução do efetivo de pessoas ao serviço tem vindo a ter uma variação negativa desde 2011 e o volume de negócio, que tinha variado negativamente no ano de 2012, recuperou em 2013. Entretanto torna-se necessário desagregar os dados, separando as empresas entre as que têm contabilidade e as que não têm. Pois no que diz respeito às empresas com contabilidade, no ano de 2012 houve uma evolução negativa de todos os indicadores em análise, mas o ano de 2013 representou uma recuperação em todos os indicadores, contrabalançando com uma evolução menos favorável das empresas sem contabilidade. O que se pode concluir que os empresários estão a consciencializar-se da necessidade de terem os seus processos internos de apoio à gestão organizados e as empresas que têm contabilidade organizada estão visivelmente a obter os benefícios. De acordo com o Doing Business 2013, as iniciativas empresariais têm sofrido principalmente com o limitado acesso ao financiamento das pequenas e médias empresas, pois estas deparam com um sector bancário pouco recetível a conceder créditos (muito por causa do elevado crédito mal parado) e com taxas de juros crescentes. O acesso a crédito torna-se ainda mais difícil para as empresas sem contabilidade pois normalmente têm uma deficiente organização interna e as instituições financeiras que têm lidado com uma procura elevada de crédito (apesar de uma ligeira diminuição da procura em 2013) têm optado por aplicações mais seguras. A performance da nossa economia muito depende do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) e das remessas dos emigrantes oriundos da Zona Euro que tem visto a sua economia a ressentir-se da crise financeira. A taxa de desemprego na Zona Euro atingiu os valores históricos de 12,1% refletindo na diminuição das remessas dos emigrantes, sendo o mais afetado as que tinham como destino o investimento, mas também as que se destinavam ao consumo foram prejudicadas, contribuindo
para a redução de 0,9% do consumo privado em 2013. Todos os aspetos referidos vêm contribuir para uma perceção negativa dos aspetos macroeconómicos da parte dos investidores nacionais, traduzindo numa aversão ao risco verificado pelo aumento dos depósitos bancários dos residentes nacionais. Na análise por ilhas destaca-se a ilha do Sal que é a única que todos os indicadores em análise aumentaram, pois se no número de empresas ativas a evolução positiva do Sal foi acompanhado pela Boavista, São Nicolau e Fogo e no número de pessoas ao serviço pela Boavista, já no que toca ao volume de negócios o Sal foi a única ilha a ter uma evolução positiva a tal ponto que colmatou as descidas nas restantes ilhas.O turismo é a muitos anos o motor da economia do país e essencialmente do Sal. É neste sentido que se pode associar a excelente evolução do volume de negócio (+ 45,75%) e do número de pessoas ao serviço (+ 956) das empresas que se dedicam ao Alojamento e à Restauração com a performance positiva desta ilha. Apesar de no ano de 2013 os agentes turísticos terem sofrido o duro golpe do aumento da taxa do IVA (6% para 15% nos serviços - nos turísticos) e da criação da taxa de pernoita estabelecimentos turísticos (2€ por noite), a evolução do volume de negócio e do número de pessoas em serviço indicam que não foi nesse ano que os agentes turísticos sentiram o efeito do aumento das taxas de impostos, adiando talvez para o próximo ano. Também é de referir que a evolução do Volume de Negócio poderá não ser apenas consequência de um maior número de turistas pois a procura aumentou apenas 3% em 2013 (o crescimento do turismo Global e da Africa Subsariana foi de 5% em 2013), mas de um aumento dos preços, em resposta ao aumento dos impostos. Destaca-se a evolução positiva de todos os indicadores em estudo das Atividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares, chamando a atenção pelo facto de ser a segunda atividade que mais cresceu o seu volume de negócios em 2013 (+ 34%). Esta evolução reflete, mais uma vez, a preocupação da nossa sociedade na planificação, análise e organização das suas atividades. Apesar de uma evolução positiva no número de empresas e de pessoas ao serviço, as empresas que se dedicam às Atividades Imobiliárias sofreram uma queda do seu volume de negócios em 55,5% no ano em causa. Pode-se explicar essa evolução negativa pela redução do IDE e das remessas dos emigrantes que se destinavam grande parte ao investimento no setor imobiliário. Este Inquérito confirma a importância do setor do Turismo para a economia Cabo-Verdiana, principalmente no que toca às atividades de Alojamento e Restauração, abrindo portas para o aparecimento de mais iniciativas privadas capazes de oferecer outros serviços complementares aos tradicionais. Mas também realça a necessidade da operacionalização de medidas que tragam soluções ao financiamento das empresas (Sistema de Garantia Mutua e Capital de Risco), que venha promover e incentivar o investimento externo (Janela Única de Investimento) e que potenciam o sector privado tendo em conta que este é suportado por micro, pequenas e médias empresas (novo Código Laboral e Regime Especial para as Micro e Pequenas Empresas). Diogo Moeda | Coordenador Nacional de Incubadoras - RENI
Técnico
Rede
Artigo de Opinião: Os desafios do Programa de Consultoria da Holanda apoia empresas cabo-verdianas Agro-negócio para a Incubadora de Santo Antão
O PUM (Programa de Consultoria de Especialistas Seniores da Holanda) é um Programa que trabalha actualmente com 3.200 profissionais voluntários que adquiriram uma vasta experiência de trabalho em diversos sectores da actividade económica e que propõem compartilhar seus conhecimentos através do apoio directo às empresas individuais. O target deste Programa são as empresas dos países em desenvolvimento e dos mercados emergentes. Trabalhando directamente com as empresas, o PUM visa favorecer o desenvolvimento competitivo do sector privado, resultando em desenvolvimento económico sustentável, geração de emprego e redução da pobreza. Alguns dos critérios mais importantes de aplicação: 1. A empresa deve ser propriedade privada 2. Mais de 50% do capital social da empresa estarem subscritas a nacionais 3. A empresa deverá ser uma PME, e estar operacional por m período de pelo menos dois anos 4. A empresa não deve suportar o trabalho infantil ou trabalho forçado, nem operar em qualquer um dos seguintes sectores: • Armas e munições, materiais radioactivos, jogos de azar e casinos, pornografia e prostituição e mídia racista e anti-democrática O programa aplica-se aos sectores da Saúde, Ambiente, Ensino Profissional, Sector Têxtil, Papel e embalagem e Restauração A ADEI, a CCISS (Câmara de Comercio Industria e Serviços de Sotavento) e a CCB-AE (Câmara do Comércio de Barlavento/Agremiação Empresarial) estabeleceram um protocolo conjunto com o PUM visando levar a assistência técnica às empresas nacionais, na perspectiva de contribuir para a melhoria da capacidade competitiva das empresas nacionais e para a promoção de novas oportunidades de negócio entre as empresas de Cabo-verdianas e Holandesas. No âmbito deste protocolo, o Coordenador do PUM responsável pelo Programa em Cabo verde, Sr. Henk Van der Spek, fará uma deslocação às ilhas de Cabo Verde com a seguinte agenda: S. Vicente a 6 de Março; ilha do Sal a 10 e ilha de Santiago a 11 de Março respectivamente. Pretende assim dinamizar sessões de trabalho com o sector privado local e apresentar as oportunidades do Programa. As sessões decorrerão nas instalações da CCISS e CCB /AE. Aproveitamos para encetar o convite a todas as empresas interessadas a participarem nas sessões de trabalho e a e inscreverem até ao dia 05 de Março através da ADEI, da CCISS e do CCB/AE.
O agronegócio é definido como um conjunto de operações de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização de insumos e de produtos agro-pecuários e agro-florestais, o que quer dizer que isto não se limita a produção, ou seja este processo implica ter em conta os fornecedores de sementes, adubes e outros, a água e sua qualidade, os terrenos, o clima, o tempo, o cultivo, a rega e a colheita e suas técnicas, o armazenamento e o manuseio, a transformação, a embalagem, distribuição e comercialização, etc., ate chagar ao consumidor final, um leque enorme de fases do processo da cadeia. Além disso, contempla os serviços de apoio e tem por objectivo suprir as necessidades do consumidor final. Os serviços de apoio representam as instituições de crédito, pesquisa, assistência técnica, entre outras, e um aparato legal e normativo, exercendo forte influência no desempenho do agronegócio e consequente sucesso do mesmo. Tendo por base os objectivos, o sector e as formas de trabalhar pretendidas pela incubadora, esta vem trazer a ilha a esperança de possível industrialização do sector, maior capacidade administrativa às empresas e empresarialização das empresas familiares (informais) e consequente desenvolvimento económico da ilha e do sector. A incubadora terá um papel preponderante durante toda a linha, um desmedido desafio que será certamente conseguida, com o esforço, empenho e envolvimento de todos os intervenientes e colaboradores. Está-se a trabalhar num Plano de negócios que ira certamente apresentar algumas estratégias de desenvolvimento do sector e actuação da incubadora e possíveis inovações a introduzir nos processos e em toda a cadeia, mas também neste capítulo a INIDA e o MDR terão um papel fundamental, de acordo com as suas competências. Um grande desafio prende-se com a consciencialização por parte dos produtores de que devem encarar este ramo não tão só como de subsistência, mas sim como principal fonte de rendimento e sair de suas zona de conforto como empresa familiar e informal e passar a formalizar e levar esta actividade mais a serio e encara-lo como uma oportunidade de se dar bem na vida. Há muito que os actores agrícolas da ilha vêem reivindicando maiores condições para o sector. Mas se antes gritavam socorro pela perda dos produtos que não conseguiam escoar, então agora com possível maior área irrigada para a ilha decorrente da disponibilização de algumas barragens, este é um assunto que urge ser resolvido, pelo que a Incubadora acredita que a industrialização é a solução para este problema. Mas como é claro, há que procurar solucionar a problemática da industrialização que advêm sobretudo da necessidade de financiamento. Não obstante haver a linha de crédito do BADEA em parceria com a MDR e CECV e ainda uma outra linha do BCA destinada ao Sector, ainda há que procurar solucionar a questão do acesso, que prende-se com as garantias exigidas pelos Bancos que muitas vezes são difíceis de se conseguir. O sector, com as devidas intervenções irá alavancar a economia regional dentro de muito pouco tempo. O Grogue e o Café de Santo Antão são autênticas minas de ouro que a ilha possui, mas inexploradas. “Agro-negócio: uma palavra, milhões de empregos”. Juari Nobre | Gestor Incubadora de Agronegócios Santo Antão
REMPE – O que preciso saber?
O Regime Jurídico das Micro e Pequenas Empresas (REMPE) é aplicável às micro e pequenas empresas constituídas e registadas no território nacional, bem como às unidades de negócios já existentes que venham a ser credenciadas como micro ou pequena empresa. Obrigações • Comunicação prévia ao Presidente da Câmara Municipal da sua sede para o efeito do início de actividade e o pagamento da respectiva taxa; • Declaração trimestral do volume de negócio realizado; • Procedimento de pagamento trimestral do TEU Tributo Especial Unificado, nas Repartições de finanças, nos Bancos e online no Porton di nos ilha; •
Inscrição obrigatória dos trabalhadores no INPS;
• Emissão de talão de venda, processados através de máquinas registadoras ou impressas em tipografias autorizadas; • : Emissão de factura e recibos quando solicitada, com menção expressa de “Tributo Especial Unificado”; • Guardar e conservar em boa ordem os registos de compras e vendas durante 8 anos. Lei nº 70/VIII/2014, de 26 de Agosto de 2014
Envie suas dúvidas e sugestões para: adei@adei.cv Rua Dr. Júlio Abreu nº3 Plateau CP nº710 Tel.:2601980 /90 Fax.:2616042
Rua Patrice Lumumba Mindelo CP nº 100 Tel.:2317623 Fax.:2318517
Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação
Inovar para Crescer
Visite-nos em www.adei.cv http://adeiadei.blogspot.com e nas Redes Sociais
Propriedade: Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação | Colaboradores: Sálua Barbosa e Helga Almeida Edição: Sálua Barbosa e Helga Almeida | Paginação: Helder Cardoso | Distribuição: Gratuita
20| SETEMBRO 2012 2012
Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação
Inovar para Crescer
Fevereiro 2015
www.adei.cv