Perspetivas para o desenvolvimento da nĂĄutica na regiĂŁo Centro
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
FICHA TÉCNICA Título: Perspetivas para o desenvolvimento da náutica na região Centro Ano: 2014 Edição AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego Rua António Lima Fragoso, nº 22 3060-216 CANTANHEDE Z 231 419 550 d 231 419 559 @ geral@adelo.pt s www.adelo.pt Entidade responsável pelo estudo Multialentejo Rua do Comércio, nº 28, 1º Esquerdo 7300-160 PORTALEGRE Z 245 337 168 / 9 @ multialentejo@multialentejo.pt EQUIPA TÉCNICA Coordenação geral: António José Cruz dos Santos Coordenação executiva e revisão: Carla Brinco Peixe Neves Recolha, análise e tratamento de informação: André Filipe Aguiar Ferreira Design e paginação: Afonso Designers, Lda.
INVESTINDO NO NOSSO FUTURO COMUM
2
3
RECURSOS — PRAIAS
Índice ENQUADRAMENTO P 10
1
4
OBJETIVOS E METODOLOGIA
P 12
P 14
2
P 112
LEVANTAMENTO DA OFERTA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA E LINHAS DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1.1. Recursos – Praias 16 1.1.1. Praias oceânicas 17 1.1.2. Praias Fluviais 20 1.2. Recursos - Infraestruturas 28 1.2.1. Centros de alto rendimento (CAR) 28 1.2.2. Marinas, portos e ancoradouros 30 1.2.3. Surf houses e surf camps 34 1.3. Outros locais propícios à náutica 36 1.4. Oferta náutica 41 1.4.1. Associações/clubes 46 1.4.2. Operadores 52 1.4.3. Modalidades 66 1.4.4. Agentes Económicos 72 1.4.5. Federações e associações nacionais 76 1.5. Grandes eventos náuticos na região Centro 78 1.6. Formação náutica 80 1.6.1. Cursos e formação 80 1.6.2. Cartas de navegador 82 1.7. Património 84 1.7.1. Património cultural 84 1.7.2. Património natural 96 1.7.3. Outros Atrativos Naturais 106
2.1. Estratégia e objetivos 114 2.2. Análise SWOT 117 2.3. Eixos de desenvolvimento e linhas de ação 118 2.3.1. Promoção da investigação e da formação 119 2.3.2. Criação de infraestruturas náuticas, requalificação das existentes e apetrechamento dos agentes promotores 120 2.3.3. Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural 121 2.3.4. Promoção e Dinamização da Náutica 122 2.4. Impactos esperados 126
BIBLIOGRAFIA P 132
5
ÍNDICE
ee Remo no rio Mondego em Coimbra Fonte: Secção de Desportos Náuticos da Associação Académica de Coimbra
Índice de Figuras Figura 1 ‣ Número de praias oceânicas qualificadas por município da região Centro ‣ P 19 Figura 2 ‣ Número de praias fluviais qualificadas por município da região Centro ‣ P 23 Figura 3 ‣ Localização geográfica das praias fluviais qualificadas na região Centro ‣ P 24 Figura 4 ‣ Praias fluviais da região Centro – Altitude ‣ P 25 Figura 5 ‣ Praias fluviais da região Centro – Densidade ‣ P 25 Figura 6 ‣ Praias, oceânicas e fluviais, qualificadas da região Centro ‣ P 27 Figura 7 ‣ Principais portos e marinas da região Centro ‣ P 31 Figura 8 ‣ Principais rios e afluentes da região Centro ‣ P 40 Figura 9 ‣ Distribuição geográfica dos promotores náuticos da região Centro ‣ P 42 Figura 10 ‣ Áreas protegidas da região Centro ‣ P 96 Figura 11 ‣ Áreas ecológicas da região Centro integradas na Rede Natura 2000 ‣ P 105 Figura 12 ‣ Outros atrativos naturais da região Centro ‣ P 106 Figura 13 ‣ Localização e identificação das características químicas das águas mineras / termais (…) ‣ P 110 Figura 14 ‣ Análise SWOT do setor náutico na região Centro ‣ P 117
Índice de Tabelas Tabela 1 ‣ Identificação, localização e contactos de marinas, portos e ancoradouros por município (…) ‣ P 32 Tabela 2 ‣ Identificação, localização e contactos das surf houses e surf camps por município (…) ‣ P 34 Tabela 3 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por associações e clubes (…) ‣ P 46 Tabela 4 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por operadores (…) ‣ P 52 Tabela 5 ‣ Identificação das modalidades náuticas oferecidas pelos promotores por município da região Centro ‣ P 66 Tabela 6 ‣ Identificação, localização, contactos dos agentes económicos da náutica por ramo e (…) ‣ P 72 Tabela 7 ‣ Identificação, localização, contactos dos organismos nacionais por modalidades ‣ P 76 Tabela 8 ‣ Cartas de navegador ‣ P 82 Tabela 9 ‣ Linhas de ação por eixo de desenvolvimento ‣ P 123 Tabela 10 ‣ Exemplos de intervenções por eixo de desenvolvimento ‣ P 124
Índice de Gráficos Gráfico 1 ‣ Promotores de atividade náutica por área de atuação ‣ P 41 Gráfico 2 ‣ Promotores da atividade náutica por município ‣ P 44 Gráfico 3 ‣ Promotores da atividade náutica por modalidade ‣ P 45
6
7
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
ee Barca Serrana do Mondego / Penacova Fonte: AD ELO 8
9
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
ENQUADRAMENTO
A água, presente em cerca de 60 a 70% da massa do corpo humano, é indispensável para a sua sobrevivência. Elemento que fecunda a terra, e que, simultaneamente, divide e une territórios, em estado líquido, sólido ou gasoso, a água é um recurso natural indissociável da pessoa e da vida e ocupa lugar de destaque no planeta, com cerca de 71% da sua superfície composta por meio de oceanos, rios, ribeiros, lagos, lagoas e aquíferos. Ao longo do tempo a relação dos homens e das mulheres com a água foi-se tornando mais próxima e também mais complexa, encontrando-se hoje consolidada incontornavelmente pela valorização das suas funções, da diversidade de utilizações e pela convicção de que se trata de um recurso limitado. Do amplo universo das suas funções e das necessidades que este recurso permite satisfazer, como mercadoria em que se transformou, emerge para além das funções biológica, industrial e produtiva, a função ecológica de lazer da água, podendo ser utilizada para a diversão e para o repouso, muito contribuindo para a dinâmica territorial e dos estilos de vida das populações. Entre as múltiplas atividades inerentes à vertente de lazer, para além da tradicional deslocação às praias, marítimas e fluviais, destacam- se, entre outras, a vela, o kitesurf, o remo, a canoagem, o surf, o mergulho e o windsurf. Dadas as suas características naturais, designadamente as praias e o clima, Portugal consolidou uma imagem internacional incontornavelmente associada ao turismo de sol e mar, o que do ponto de vista turístico representa uma importante potencialidade, pela atração que exerce junto da generalidade das populações estrangeiras. À extensa costa marítima portuguesa associam-se os sistemas fluviais como elementos estruturantes da paisagem. As diversas linhas de água espalhadas um pouco por todo o território potenciam a prática de diversos desportos náuticos e de natureza, atividades que evidenciam o valor natural, paisagístico e económico dos espaços, representando verdadeiros escapes ao quotidiano dos meios urbanos. Não obstante Portugal possuir uma história e cultura fortemente associadas à água, designadamente ao mar, principalmente por força dos Descobrimentos portugueses 10
e da importância da atividade piscatória, a herança cultural não implicou a inevitabilidade do desenvolvimento de uma cultura náutica e dos desportos náuticos, nem na perspetiva do lazer nem na turística. Embora, nas últimas décadas, tenhamos assistido ao crescimento da conscencialização desta ligação e da identificação das potencialidades económicas e sociais desta área de atividade, a realidade portuguesa evidencia um estádio muito inicial comparativamente a outros países europeus, nomeadamente da europa ocidental, que igualmente com tradições marítimas, verificaram uma evolução para uma cultura náutica dinâmica e consolidada, investindo no desenvolvimento de infraestruturas, na qualificação dos recursos humanos e na industria naval. Decorrente das características naturais, da crescente valorização da economia do mar e do reconhecimento do que este recurso pode representar para a economia portuguesa, é hoje claro e amplamente assumido o apelo institucional e governamental para um novo modelo de desenvolvimento do mar e das zonas costeiras. A Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020 (ENM 2013-2020) constitui, aliás, o suporte estratégico e operacional que permitirá a Portugal responder aos desafios colocados para a promoção, crescimento e competitividade da economia do mar, reforçando o regresso do país ao mar, visando sobretudo, a valorização económica, social e ambiental do espaço marítimo nacional através da execução de projetos sectoriais e intersectoriais. É, por conseguinte, consensual a urgência na recriação de uma identidade moderna, capaz de conciliar os valores tradicionais da herança e cultura náutica e marítima, com a visibilidade que potencie o espírito de criatividade, empreendedorismo e proatividade na ação na concretização e sustentabilidade de projetos relacionados com a utilização
do espaço marítimo, complementado pelas bacias hidrográficas e albufeiras, conferindo-se deste modo um caráter mais abrangente, integrador e diversificador das potencialidades de um setor reconhecidamente complexo, como é o designado setor “náutico”. O conjunto de carências e fragilidades que podemos identificar neste setor em Portugal, e designadamente na região Centro, sustenta a pertinência de iniciativas como a Náutica no Espaço Atlântico (NEA), integrada no programa INTERREG - Programa de Cooperação Operacional Transnacional no Espaço Atlântico, bem como, a oportunidade do trabalho agora apresentado, pretendendo-se evidenciar as potencialidades dos recursos existentes, mas também contribuir para congregar um conjunto de informação sistematizada. Como projeto de cooperação transnacional, o NEA visou promover o desenvolvimento sustentável da atividade náutica nas regiões do espaço atlântico através da cooperação, assentando em três bases temáticas: o Desenvolvimento Económico, a Proteção do Ambiente e a Coesão Social. Em cada uma destas temáticas, o projeto promoveu a realização de ações de caráter transnacional, associando os seus vinte e três parceiros e realizando ações locais, levadas a cabo por cada país parceiro no seu território de influência. A primeira edição da iniciativa NEA incidiu maioritariamente nas atividades ligadas ao turismo náutico, tendo decorrido entre 2004 e 2007, o seu sucesso e grande mais valia permitiu uma nova aposta nesta iniciativa, dando origem ao NEA 2 (2009 – 2011, tendo sido prolongado até Junho de 2014), ao qual a AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e do Mondego se associou, seguindo a sua estratégia de cooperação para o desenvolvimento.
Por forma a melhorar e aumentar as condições da prática e oferta de desportos náuticos, não motorizados, para portadores/as de incapacidade e/ou deficiência, na perspetiva da concretização dos objetivos do NEA 2 e dando consistência ao contributo para a promoção da coesão social das populações do espaço atlântico, foi concebido como principal produto um manual de boas práticas designado “Náutica e Coesão Social- Manual de Boas Práticas para o Desporto Adaptado” (2012), que permitiu desenvolver competências específicas e coletivas passíveis de ser partilhadas por todos/as, criando uma abordagem para a acessibilidade. Demonstrando uma capacidade de iniciativa e mobilização ímpares, a AD ELO realizou inúmeras ações de cariz transnacional e local que resultaram num genuíno êxito na disseminação e aproximação à atividade náutica na região, alavancando comprovadamente um novo despertar para um setor que apresenta condições de excelência para o seu desenvolvimento sustentável na região Centro de Portugal.
Na etapa de encerramento da segunda edição do NEA, e preparando uma desejada terceira edição, apresentamos este trabalho que designamos “Perspetivas para o desenvolvimento da náutica na região Centro”, outro produto do NEA 2 que contextualiza a terceira dimensão temática do NEA relativa ao desenvolvimento económico. Pretende-se ainda conferir a este primeiro trabalho de levantamento um caráter dinâmico, tornando-o um produto passível de ser alterado e complementado, designadamente incorporando-lhe sistemática e regularmente um conjunto de informações associadas à oferta náutica na região Centro. 11
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
OBJETIVOS E METODOLOGIA A conjugação das vertentes natural, social, económica e cultural do setor náutico confere uma mais valia a Portugal, e a diversas regiões em concreto, como à região Centro, dadas as suas diversas potencialidades, o que tem vindo a ser crescentemente considerado e aproveitado pelos atores locais, públicos e privados, mas que carece de um impulso estruturado e baseado no conhecimento real e atualizado da situação da náutica, nas suas múltiplas vertentes, a que este estudo pretende responder. É pois num contexto de diversidade na prática e significados da náutica que surge o presente trabalho que pretende dar um contributo visando, fundamentalmente, três objetivos: kk Conhecer e dar a conhecer a realidade da oferta náutica na região centro; kk Fomentar a prática da náutica, considerando sobretudo a oferta; kk Potenciar a vertente económica da náutica. O conhecimento da realidade atual constitui, portanto, um passo necessário e fundamental para garantir uma resposta cabal, consistente e estruturada para a região Centro no que se refere ao enquadramento das suas potencialidades. Para atingir os objetivos propostos importa, portanto, proceder ao diagnóstico da situação da oferta náutica na região Centro, nas suas várias vertentes e interligações para, posteriormente, definir a estratégia bem como identificar as principais linhas de ação, que pretendemos se constituam um auxiliar no efetivo desenvolvimento da atividade náutica como vetor da economia, capaz de captar investimentos bem como empreendedores e empreendedoras. Desde a sua fase embrionária, este estudo revelou-se uma desafiante missão dado o caráter difuso e disperso da informação existente, tendo sido as opções metodológicas condicionadas por alguns constrangimentos de recolha de dados homogéneos pertinentes para agrupar e caracterizar as diversas componentes regionais do setor náutico. Acresce ainda nesta matéria, a alteração do panorama regional que adveio da nova reorganização administrativa das áreas regionais de turismo, sustentada na Lei n.º33/2013, implementada recentemente, que obrigou ao alargamento e aprofundamento do estudo e acarretou um significativo conjunto de dificuldades no que diz respeito à 12
recolha de dados estatísticos, quantitativos e descritivos, os quais se encontram ainda bastante disseminados e desenquadrados com os atuais limites territoriais, flutuando consoante as áreas temáticas da sua gestão. Refira-se pois que na sequência das alterações introduzidas por aquele diploma legal, designadamente o alargamento territorial das àreas regionais de turismo, o presente estudo esboça uma abrangência territorial, à semelhança do que a CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro) assume em termos de número de munícipios (100) no âmbito da gestão dos fundos comunitários. Sendo a náutica, no geral, ainda um setor concêntrico e de difícil acesso, dadas algumas limitações, à frente retratadas, que se pretendem combater e em que esta análise se assume como mais uma adenda à criação de sinergias em prol do seu desenvolvimento sustentável, foram ultrapassadas as barreiras incorpóreas e fez-se recurso dos mais diversos meios de informação, salvaguardando-se assim eventuais falhas por omissão. A metodologia de trabalho prosseguida pressupôs, por um lado, uma forte componente de recolha e de análise e tratamento de informação (quer de natureza primária, quer de natureza secundária) e, por outro lado, um relacionamento estreito entre a equipa técnica e os/as agentes diretamente relacionados com o setor náutico, tidos como relevantes para o presente estudo, entendendo-se que a análise da situação atual da oferta náutica na região Centro, bem como a consequente definição de estratégias para a sua dinamização e valorização, ganharia com uma colaboração estreita com os agentes locais. Seguidamente apresenta-se a conceção e conteúdo do sistema de informação construído para o presente estudo.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
O sistema de informação é comummente constituído por dois tipos distintos de informação: a primária, produzida no âmbito do estudo, e a secundária, produzida em outras sedes e pertinente para a análise do objeto de estudo. Subsistema primário Goradas algumas das hipóteses de contacto direto com um conjunto significativo de agentes náuticos, dado o elevado número de promotores, a extensa área geográfica dos levantamentos e a ausência de resposta de contactos efetuados, determinou não terem sido realizados nem entrevistas nem inquéritos quer presenciais, quer postais. Realizaram-se, contudo, ao nível primário da produção de informação, sessões de trabalho e apresentações do trabalho desenvolvido, as quais se centraram na exposição do diagnóstico do setor bem como na discussão de perspetivas para o futuro do setor e das atividades náuticas.
Subsistema secundário Pelo já referido caráter difuso e espartilhado da informação existente sobre o setor e oferta náutica e ainda pela fraca expressão da dinâmica associativa, na procura e consequente acesso à informação, privelegiaram-se os elementos secundários, considerando a importância de selecionar, sistematizar e organizar a informação relevante para a prossecução dos objetivos do estudo. O subsistema de informação secundária contempla a informação produzida em outras sedes e tida como pertinente, incluindo quer a obtida através da pesquisa bibliográfica e documental quer a informação estatística, essencialmente com recurso às mais variadas publicações e estudos académicos, a anuários estatísticos, às entidades de turismo, à informação temática online, aos portais federativos, autárquicos e de promotores náuticos e, primordialmente, no comprovado conhecimento da realidade territorial que a AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego adquiriu após anos a exercer um trabalho de forte proximidade com as geografias regionais e em prol das mesmas.
Salienta-se ainda que as destacadas participações em programas como o NEA e o PROMAR (Programa Operacional da Pesca) foram igualmente valiosas na aquisição de importantíssimos conhecimentos de base para a realização deste estudo. kk
Entre as principais fontes, destacam-se: a Agência Portuguesa do Ambiente b Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego (AD ELO) c Associação Portuguesa de Portos de Recreio d Câmaras Municipais da região Centro e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) f Instituto Nacional de Estatística (INE) g Promotores e Agentes Náuticos h Turismo do Centro de Portugal
13
1. LEVANTAMENTO DA OFERTA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 1. R ecu rs os – Pr a i a s
Sendo uma clara evidência que as praias de Portugal constituem um dos principais motivos para a escolha do país como destino turístico, esta procura não está, porém, associada principalmente ao setor náutico, no que se refere à atratividade da oferta em termos de desportos, marinas e outros bens complementares associados, sendo o segmento de sol e mar, aquele que mais mobiliza e atrai turistas do estrangeiro para Portugal. No que se refere à dinâmica de turistas nacionais, o esmorecimento da economia e consequente agravamento do poder de compra das famílias, contribuiu para uma diminuição da procura no estrangeiro, constatando-se um aumento da procura de produtos internos, o que se vem refletindo na crescente valorização dos recursos do património natural e na diversificação de atividades de lazer, onde cada vez mais a náutica ganha adeptos. Os recursos hídricos desempenham um papel fundamental no território nacional, tendo a costa portuguesa cerca de 1.853 quilómetros de extensão e Portugal aproximadamente 521 praias e 620 quilómetros quadrados de bacias interiores, como rios e barragens.
A região Centro de Portugal é igualmente riquíssima em recursos náuticos marítimos e fluviais. Apesar de se evidenciar uma enorme extensão de praias oceânicas e de muitos outros locais fluviais que apresentam qualidade para a prática náutica, destacam-se aqui, de seguida, os locais qualificados (certificados com os distintivos como Bandeira Azul, Praia Acessível ou Quality Coast), mais aprazíveis e que possuem algumas estruturas de apoio, acessibilidades e facilidades no acesso à prática náutica, encontrando-se atualmente já referenciados nos mais variados guias turísticos e figurando nos planos estratégicos de ordenamento do território.
1. 1. 1. Pr aias oc e ânic as
Alcobaça pp Praia de Água de Medeiros GPS: 39º44'31"N • 9º02'21"O pp Praia de Pedra do Ouro GPS: 39º43'39"N • 9º02'41"O pp Praia da Polvoeira GPS: 39º43'10"N • 9º02'57"O pp Praia de Paredes de Vitória GPS: 39º42'03"N • 9º02'56"O pp Praia do Vale Furado GPS: 39º39'58"N • 9º03'50"O pp Praia da Légua GPS: 39º39'26"N • 9º04'06"O pp Praia da Falca GPS: 39º38'52"N • 9º04'20"O pp Praia de São Martinho do Porto GPS: 39º30'41"N • 9º08'03"O Aveiro pp Praia de São Jacinto GPS: 40º39'33"N • 8º44'51"O
ee Praia da Figueira da Foz Fonte: www.pisciarte.com
Caldas da Rainha pp Praia de Foz do Arelho GPS: 39º25'41"N • 9º13'20"O pp Praia do Mar GPS: 39º26'05"N • 9º13'46"O pp Praia de Salir do Porto GPS: 39º29'57"N • 9º09'06"O Cantanhede pp Praia do Palheirão GPS: 40º23'11"N • 8º49'23"O pp Praia da Tocha GPS: 40º19'47"N • 8º50'32"O
16
Figueira da Foz pp Praia de Quiaios GPS: 40º12'59"N • 8º53'33"O pp Praia da Murtinheira GPS: 40º12'19"N • 8º53'56"O pp Praia da Tamargueira GPS: 40º09'59"N • 8º52'58"O pp Praia de Buarcos GPS: 40º09'51"N • 8º52'35"O pp Praia do Alto do Viso GPS: 40º09'20"N • 8º52'08"O pp Praia do Relógio GPS: 40º08'59"N • 8º52'00"O pp Praia do Molhe Norte GPS: 40º08'47"N • 8º52'01"O pp Praia do Cabedelo GPS: 40º08'23"N • 8º51'44"O pp Praia da Cova-Gala GPS: 40º07'30"N • 8º51'48"O pp Praia da Costa de Lavos GPS: 40º05'28"N • 8º52'32"O pp Praia da Leirosa GPS: 40º03'32"N • 8º53'24"O Ílhavo pp Praia da Barra GPS: 40º38'17"N • 8º44'49"O pp Praia da Costa Nova GPS: 40º36'54"N • 8º45'02"O Leiria pp Praia do Pedrógão GPS: 39º54'58"N • 8º56'56"O
Lourinhã pp Praia de Paimogo GPS: 39º17'13"N • 9º20'24"O pp Praia de Areal Sul GPS: 39º15'33"N • 9º20'11"O pp Praia da Areia Branca GPS: 39º15'00"N • 9º20'00"O pp Praia de Peralta GPS: 39º14'37"N • 9º20'28"O pp Praia de Porto das Barcas GPS: 39º13'46"N • 9º20'24"O pp Praia de Porto Dinheiro GPS: 39º12'48"N • 9º20'39"O pp Praia de Valmitão GPS: 39º12'04"N • 9º20'49"O Marinha Grande pp Praia da Vieira GPS: 39º52'26"N • 8º58'09"O pp Praia de São Pedro de Moel GPS: 39º45'21"N • 9º01'55"O pp Praia das Pedras Negras GPS: 39º46'49"N • 9º01'21"O pp Praia Velha/Dourada GPS: 39º46'39"N • 9º01'22"O pp Praia da Concha GPS: 39º46'05"N • 9º01'47"O pp Praia das Valeiras GPS: 39º44'48"N • 9º02'08"O pp Praia da Pedra Lisa GPS: 39º44'29"N • 9º02'21"O Mira pp Praia Poço da Cruz GPS: 40º29'21"N • 8º47'25"O pp Praia de Mira GPS: 40º27'27"N • 8º48'03"O
17
ee Praia da Cova-Gala Fonte: AD ELO
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Na região Centro destacam-se os municípios de Alcobaça, Figueira da Foz, Lourinhã, Marinha Grande, Ovar, Peniche e Torres Vedras pelo maior número de praias marítimas qualificadas para a atividade náutica. O denominado turismo de sol e mar, na região Centro, ao contrário de outras regiões de Portugal, não constitui uma prioridade no desenvolvimento, segundo o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT 2007-2015), não estando também previstos Projetos de Interesse Turísti-
co (PIN). Contudo, estima-se um crescimento de cerca de 10% deste setor na região até 2015, de acordo ainda com o PENT (2007-2015), já revisto para o horizonte 2013-2015. Sobre esta possibilidade parece-nos pertinente, e legítimo, que sejam atempadamente acautelados os contornos para um crescimento inteligente e inclusivo, por forma a minimizar a ocorrência futura de fragilidades ambientais e sociais, o que certamente ocorrerá se o investimento não acompanhar a procura.
Figura 1 ‣ Número de praias oceânicas qualificadas por município da região Centro Fonte ‣ Realização AD ELO
Murtosa pp Praia da Torreira GPS: 40º45'46"N • 8º42'11"O
Óbidos pp Praia do Bom Sucesso GPS: 39º25'33"N • 9º14'21"O pp Praia de Rei Cortiço GPS: 39º25'16"N • 9º14'49"O pp Praia d´El Rei GPS: 39º23'29"N • 9º17'21"O Ovar pp Praia de Esmoriz GPS: 40º57'08"N • 8º39'20"O pp Praia de Cortegaça GPS: 40º56'33"N • 8º39'26"O pp Praia do Furadouro GPS: 40º52'37"N • 8º40'28"O pp Praia Torrão do Lameiro / Marretas GPS: 40º49'49"N • 8º41'19"O
18
Pombal pp Praia do Osso da Baleia GPS: 40º02'35"N • 8º53'41"O
Torres Vedras pp Praia de Porto Novo GPS: 39º10'44"N • 9º21'34"O pp Praia de Santa Rita Norte / Sul GPS: 39º09'51"N • 9º21'35"O pp Praia do Amanhã GPS: 39º09'02"N • 9º22'18"O pp Praia do Navio GPS: 39º08'52"N • 9º22'22"O pp Praia do Mirante GPS: 39º08'38"N • 9º22'32"O pp Praia do Pisão GPS: 39º08'25"N • 9º22'41"O pp Praia da Física GPS: 39º08'24"N • 9º22'44"O pp Praia do Centro (Santa Cruz) GPS: 39º08'13"N • 9º22'47"O pp Praia de Penedo do Guincho GPS: 39º08'00"N • 9º23'06"O pp Praia das Azenhas GPS: 39º07'55"N • 9º23'03"O pp Praia da Formosa GPS: 39º07'54"N • 9º23'08"O pp Praia Azul GPS: 39º06'42"N • 9º23'37"O pp Praia da Foz do Sizandro GPS: 39º06'21"N • 9º23'49"O pp Praia do Barril GPS: 39º03'17"N • 9º24'59"O Vagos pp Praias da Vagueira GPS: 40º33'56"N • 8º46'08"O pp Praia do Areão GPS: 40º31'15"N • 8º46'56"O
OVAR MURTOSA AVEIRO ÍLHAVO VAGOS MIRA CANTANHEDE NÚMERO DE PRAIAS OCEÂNICAS:
Nazaré pp Praia do Areeiro GPS: 39º37'45"N • 9º04'47"O pp Praia do Norte GPS: 39º36'38"N • 9º04'59"O pp Praia da Nazaré GPS: 39º35'47"N • 9º04'24"O pp Praia Nova GPS: 39º34'28"N • 9º05'41"O pp Praia do Salgado GPS: 39º33'27"N • 9º06'05"O
Peniche pp Praia das Berlengas GPS: 39º24'53"N • 9º30'27"O pp Praia da Almagreira GPS: 39º23'06"N • 9º18'07"O pp Praia do Baleal Norte e Sul GPS: 39º22'15"N • 9º20'15"O pp Praia de Peniche de Cima GPS: 39º22'01"N • 9º22'27"O pp Praia da Gamboa GPS: 39º21'51"N • 9º22'23"O pp Praia da Cova de Alfarroba GPS: 39º21'37"N • 9º21'50"O pp Praia do Porto de Areia Sul GPS: 39º21'13"N • 9º22'19"O pp Praia do Molhe Leste GPS: 39º20'53"N • 9º21'57"O pp Praia do Medão / Supertubos GPS: 39º20'09"N • 9º21'39"O pp Praia da Consolação GPS: 39º19'33"N • 9º21'35"O pp Praia de S. Bernardino GPS: 39º18'41"N • 9º20'48"O
FIGUEIRA DA FOZ
POMBAL LEIRIA MARINHA GRANDE
!5
NAZARÉ
!1
ALCOBAÇA
8 7 5 4
CALDAS DA RAINHA ÓBIDOS PENICHE LOURINHÃ TORRES VEDRAS
3 2 1 0
Saliente-se o facto de existirem outros locais passíveis da prática náutica oceânica, contudo, referem-se aqui apenas os mais qualificados que evidenciam a diferenciação em termos de infraestruturas de apoio, acessibilidades, serviços de apoio, limpeza e segurança marítima. 19
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .1 .2. Praias F luvi ai s Castro Daire pp Praia da Folgosa GPS: 40º53'18"N 7º54'20"O pp Praia de Reriz GPS: 40º54'17"N 7º59'47"O Coimbra pp Praia de Palheiros do Zorro GPS: 40º12'09"N 8º21'55"O Constância pp Praia do Rio Zêzere GPS: 39º28'28"N 8º20'28"O
Guarda pp Praia de Aldeia Viçosa GPS: 40º34'46"N 7º18'27"O pp Praia de Valhelhas GPS: 40º24'12"N 7º24'07"O
Arganil pp Praia de Pomares GPS: 40º16'08"N 7º57'50"O pp Praia de Côja GPS: 40º16'03"N 7º59'20"O pp Praia de Secarias GPS: 40º14'56"N 8º02'09"O pp Praia de Benfeita GPS: 40º13'51"N 7º56'41"O pp Praia do Piódão GPS: 40º13'47"N 7º49'29"O
Covilhã pp Praia de Ourondo GPS: 40º08'51"N 7º40'56"O pp Praia do Paul GPS: 40º12'08"N 7º38'10"O pp Praia de Unhais da Serra GPS: 40º15'37"N 7º37'21"O
Lousã pp Praia Sr.ª da Graça GPS: 40º15'73"N 8º19'59"O pp Praia da Bogueira GPS: 40º09'13"N 8º14'29"O pp Praia Sr.ª da Piedade GPS: 40º05'58"N 8º14'03"O
Ferreira do Zêzere pp Praia da Castanheira (Lago Azul) GPS: 39º40'33"N 8º13'51"O
Belmonte pp Praia de Belmonte GPS: 40º21'31"N 7º21'45"O
Figueiró dos Vinhos: pp Praia das Fragas de São Simão GPS: 39º54'55"N 8º19'03"O pp Praia Ana de Aviz GPS: 39º55'06"N 8º17'04"O
Mação pp Praia de Cardigos GPS: 39º70'81"N 8º01'39"O pp Praia do Carvoeiro GPS: 39º37'47"N 7º55'25"O pp Praia da Ortiga GPS: 39º28'59"N 8º00'07"O
Abrantes pp Aquapólis (Parque Urbano) GPS: 39º27'12"N 8º11'21"O pp Praia de Aldeia do Mato GPS: 39º32'43"N 8º16'39"O pp Praia de Alvega GPS: 39º28'08"N 8º02'45"O Alcanena pp Praia dos Olhos d` Água GPS: 39º26'43"N 8º42'37"O
Cantanhede pp Praia de Olhos de Fervença GPS: 40º21'07"N 8º41'38"O Castanheira de Pêra pp Praia do Poço Corga GPS: 40º01'31"N 8º11'37"O pp Praia Fluvial das Rocas (Artificial) GPS: 40º00'16"N 8º12'28"O Castelo Branco pp Praia de Almaceda GPS: 40º00'27"N 7º39'39"O pp Praia do Muro GPS: 39º52'15"N 7º36'51"O pp Praia de Sesmos GPS: 39º51'28"N 7º44'30"O pp Praia da Taberna Seca GPS: 39º50'19"N 7º35'34"O
20
Fornos de Algodres pp Praia Fluvial de Fornos de Algodres GPS: 40º36'45"N 7º31'09"O Fundão pp Praia de Lavacolhos GPS: 40º08'07"N 7º36'51"O pp Praia de Janeiro de Cima GPS: 40º03'55"N 7º48'17"O Góis pp Praia das Canaveias GPS: 40º11'05"N 8º09'01"O pp Praia da Peneda / Pego Escuro GPS: 40º09'14"N 8º06'43"O Gouveia pp Praia de Vale do Rossim GPS: 40º24'04"N 7º35'15"O
Idanha-a-Nova pp Praia Fluvial do Pego GPS: 40º02'36"N 7º00'52"O pp Praia da Barragem de Idanha GPS: 39º57'11"N 7º11'19"O
Mangualde pp Live Beach (Praia Artificial) GPS: 40º36'43"N 7º44'53"O Manteigas pp Praia da Relva da Reboleira GPS: 40º24'44"N 7º28'08"O Miranda do Corvo pp Praia de Segade GPS: 40º10'13"N 8º19'01"O Mortágua pp Praia do Vau – Parque Verde GPS: 40º23'21"N 8º14'06"O pp Praia da Barragem da Aguieira - Sobral GPS: 40º20'41"N 8º11'17"O
Murtosa pp Praia do Monte Branco GPS: 40º45'14"N 8º42'08"O Nelas pp Praia de Caldas de Felgueira GPS: 40º29'16"N 7º51'35"O Oleiros pp Praia das Cambas GPS: 40º00'46"N 7º50'47"O pp Praia Fluvial de Álvaro GPS: 39º58'39"N 7º57'41"O pp Praia do Açude Pinto GPS: 39º55'15"N 7º53'28"O Oliveira de Frades pp Praia do Vau GPS: 40º47'03"N 8º15'07"O Praia de Sejães GPS: 40º44'41"N 8º12'19"O Oliveira do Hospital pp Praia de São Gião GPS: 40º20'48"N 7º48'28"O pp Praia de Alvoco das Várzeas GPS: 40º18'03"N 7º50'09"O pp Praia de Avô GPS: 40º17'39"N 7º54'21"O Ourém pp Praia do Agroal GPS: 39º40'44"N 8º26'11"O Pampilhosa da Serra pp Praia de Santa Luzia GPS: 40º05'25"N 7º51'13"O pp Praia de Pessegueiro GPS: 40º03'07"N 8º01'26"O pp Praia de Pampilhosa da Serra GPS: 40º02'49"N 8º57'01"O pp Praia de Janeiro de Baixo GPS: 40º02'45"N 7º48'17"O Pedrógão Grande pp Praia do Mosteiro GPS: 39º56'09"N 8º11'09"O pp Praia da Ribeira de Mega GPS: 39º55'49"N 8º07'23"O pp Praia do Cabril GPS: 39º55'15"N 8º08'00"O
Penacova pp Praia do Vimieiro GPS: 40º16'37"N 8º11'51"O pp Praia do Reconquinho GPS: 40º16'01"N 8º16'04"O Penalva do Castelo pp Praia da Sr.ª da Ribeira GPS: 40º39'59"N 7º43'49"O Penamacor: pp Praia Fluvial O Moinho GPS: 40º13'45"N 7º13'16"O pp Praia de Meimoa GPS: 40º13'33"N 7º11'17"O Penela pp Praia da Louçainha GPS: 40º01'35"N 8º18'17"O Proença-a-Nova pp Praia de Alvito da Beira GPS: 39º49'25"N 7º47'53"O pp Praia da Cerejeira GPS: 39º48'35"N 7º45'11"O pp Praia do Malhadal GPS: 39º47'49"N 7º57'05"O pp Praia da Froia GPS: 39º47'24"N 7º50'19"O pp Praia de Aldeia Ruiva GPS: 39º46'09"N 7º58'56"O Sabugal pp Praia de Vale das Éguas GPS: 40º26'09"N 7º01'28"O pp Praia de Rapoula do Côa GPS: 40º25'05"N 7º02'39"O pp Praia do Sabugal GPS: 40º20'55"N 7º05'33"O pp Praia de Quadrazais GPS: 40º18'46"N 6º59'13"O pp Praia de Fóios GPS: 40º17'01"N 6º53'19"O
Santa Comba Dão pp Praia da Senhora da Ribeira GPS: 40º20'39"N 8º07'28"O São Pedro do Sul pp Praia Fluvial das Termas GPS: 40º44'22"N 8º05'19"O Sardoal pp Praia da Lapa GPS: 39º32'15"N 8º06'59"O Seia pp Senhora do Desterro GPS: 40º23'43"N 7º41'39"O pp Praia de Sandomil GPS: 40º21'23"N 7º46'52"O pp Praia de Loriga GPS: 40º19'53"N 7º41'17"O Sertã pp Praia do Troviscal GPS: 39º51'36"N 8º00'28"O pp Praia da Ribeira Grande GPS: 39º48'25"N 8º05'48"O pp Praia do Marmeleiro GPS: 39º44'00"N 8º05'25"O pp Praia de Trízio GPS: 39º43'47"N 8º13'51"O Sever do Vouga pp Praia da Quinta do Barco GPS: 40º42'32"N 8º21'33"O Tábua pp Praia da Ronqueira GPS: 40º14'53"N 8º02'14"O Tomar pp Praia de Alverangel GPS: 39º54'86"N 8º30'16"O pp Praia de Montes GPS: 39º63'02"N 8º25'25"O pp Praia de Vila Nova - Serra GPS: 39º13'17"N 8º41'15"O
21
RECURSOS — PRAIAS
Tondela pp Praia de S. João do Monte GPS: 40º33'47"N 8º14'12"O pp Praia de Caldas de Sangemil GPS: 40º31'34"N 7º58'01"O pp Praia de Ferreirós do Dão GPS: 40º28'01"N 8º02'06"O Vila Nova da Barquinha pp Praia de Vila Nova da Barquinha GPS: 39º27'19"N 8º25'49"O Vila Nova de Paiva pp Praia de Touro – Parque Urbano GPS: 40º53'44"N 7º44'56"O pp Praia de Fráguas GPS: 40º50'15"N 7º46'08"O
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Vila de Rei pp Praia Pego das Cancelas GPS: 39º44'09"N 8º03'16"O pp Praia Fernandaires GPS: 39º44'04"N 8º12'32"O Praia de Bostelim GPS: 39º43'22"N 8º06'28"O pp Praia da Zaboeira GPS: 39º42'16"N 8º13'21"O pp Praia do Penedo Furado GPS: 39º37'34"N 8º10'02"O
Vila Velha de Ródão pp Praia da Foz do Cobrão GPS: 39º43'55"N 7º45'47"O Viseu pp Praia de Almargem GPS: 40º45'27"N 7º53'31"O pp Praia das Termas de Alcafache GPS: 40º36'22"N 7º52'07"O Vouzela pp Praia de Porto da Várzea GPS: 40º41'01"N 8º13'11"O
As linhas de água do território estendem-se da zona costeira para o interior do país, caracterizado por uma fraca densidade populacional e por um desenvolvimento que tem ocorrido a uma velocidade menor, quando comparado aos níveis de evolução da orla costeira. Foi precisamente com o propósito de criar mecanismos de atração e exploração para estas áreas que os recursos hídricos beneficiaram de ações de projeção designadamente aos níveis turístico e ambiental. Apesar de a oferta de praias fluviais ser em grande número, a qualidade denota um forte potencial de melhoria. As bandeiras azuis são em número reduzido, a qualidade dos serviços é suscetível de progresso e as acessibilidades são por vezes difíceis.
OVAR
Contudo, verifica-se um aumento e uma melhoria da oferta, a procura tem aumentado de forma significativa nos últimos anos, o que parece estar associado às dinâmicas da procura interna, motivadas pela menor disponibilidade financeira das famílias para opções lúdicas mais onerosas, ao mesmo tempo que se assiste à crescente valorização e consequente adesão às atividades de lazer em natureza. Na região Centro a oferta é muito diversificada e explora precisamente territórios rurais, com algumas debilidades ao nível da oferta de serviços em geral, e de serviços de lazer em especial, conjugando propostas de turismo de natureza com o património cultural. Na região Centro salientam-se os rios Vouga, Tejo e o seu afluente Zêzere, o Mondego, e alguns dos seus afluentes, dando expressão à densidade de praias fluviais.
CASTRO D’AIRE VILA NOVA DE PAIVA SÃO PEDRO DO SUL
ESTARREJA SEVER DO MURTOSA VOUGA OLIVEIRA DE ALBERGARIA-A-VELHA FRADES VOUZELA AVEIRO
FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO
NÚMERO DE PRAIAS FLUVIAIS:
AGUIAR TRANCOSO DA PINHEL BEIRA VISEU PENALVA DO CELORICO CASTELO DA BEIRA ALMEIDA FORNO DE ÍLHAVO MANGUALDE ÁGUEDA ALGODRES TONDELA NELAS GUARDA VAGOS OLIVEIRA DO GOUVEIA BAIRRO CARREGAL ANADIA SEIA MIRA MORTÁGUASANTA DO SAL MANTEIGAS COMBA OLIVEIRA SABUGAL DÃO DO CANTANHEDE MEALHADA BELMONTE TÁBUA HOSPITAL PENACOVA MONTEMOR- COIMBRA COVILHÃ VILA NOVA DE POIARES ARGANIL -O-VELHO FIGUEIRA DA FOZ
5 4 3
MEDA
PENICHE
SATÃO
LOUSÃ FUNDÃO GÓIS CONDEIX MIRANDA PAMPILHOSA A A NOVA DO CORVO DA SERRA SOURE CASTANHEIRA PENELA DE PERA ANSIÃO FIGUEPEDROGÃO OLEIROS POMBAL IRÓ DOS GRANDE VINHOS CASTELO BRANCO SERTÃ MARINHA ALVAIAZERE LEIRIA GRANDE PROENÇA-A-NOVA FERREIRA DO VILA VELHA ZÊZERE VILA DE OURÉM DE RODÃO REI BATALHA NAZARÉ MAÇÃO TOMAR PORTO SARDOAL ALCOBAÇA DE MÓS TORRES NOVAS ALCANENA VILA NOVA DA BARQUINHA CALDAS DA RAINHA CONSTÂNCIA ÓBIDOS ABRANTES
2
LOURINHÃ
1
TORRES VEDRAS
PENAMACOR
IDANHA-A-NOVA
0 ee Praia fluvial de Olhos de Fervença Fonte: www.rotadabairrada.pt 22
Figura 2 ‣ Número de praias fluviais qualificadas por município da região Centro Fonte ‣ Realização AD ELO 23
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Atendendo à diversidade morfológica da região Centro é possível encontrar praias fluviais numa grande amplitude de altitudes.
PRAIAS FLUVIAIS:
1 2 3 4 RIOS ALTITUDE:
1600-2000 1200-1600 700-1200 400-700 200-400 100-200 0-100
Figura 3 ‣ Localização geográfica das praias fluviais qualificadas na região Centro Fonte: http://mapas.blogs.sapo.pt/35443.html
Figura 4 ‣ Praias fluviais da região Centro – Altitude Fonte: Atlas do Ambiente / Norberto Santos e Lúcio Cunha
DENSIDADE DE PRAIAS:
Muito Alta Alta Média Baixa Muito Baixa
ee Praia fluvial das Torres do Mondego Fonte: AD ELO 24
Figura 5 ‣ Praias fluviais da região Centro – Densidade Fonte: Atlas do Ambiente / Norberto Santos e Lúcio Cunha 25
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
VILA NOVA DE PAIVA
SÃO PEDRO DO SUL SEVER DO VOUGA OLIVEIRA ALBERGARIA-A-VELHA DE FRADES VISEU VOUZELA AVEIRO
ESTARREJA MURTOSA
ÍLHAVO
Dada a diversidade característica, na região Centro de Portugal, como se pode observar (figura 6), existem praias (oceânicas e fluviais) qualificadas para a prática náutica e balnear na grande maioria dos seus municípios, havendo mesmo concelhos que possuem os dois tipos de valências.
NÚMERO DE PRAIAS QUALIFICADAS:
ee Praia fluvial do Reconquinho / Penacova Fonte: AD ELO
VAGOS
!1 8 7 5 4 ee Praia da Tocha Fonte: AD ELO
ee Praia fluvial do Reconquinho / Penacova Fonte: AD ELO
Apesar de existirem muitos outros locais com condições favoráveis ao desenvolvimento e prática da atividade náutica, e que ainda não foram qualificados para tal, é incontornável que esta NUT II (Nomenclatura de Unidade Territorial) já se apresenta razoavelmente dotada de locais que se afirmam cada vez mais como preferenciais para o crescimento deste setor, tendo-se desenvolvido respostas adequadas à procu-
ra e aos novos paradigmas da sociedade contemporânea e consubstanciadas na atuação de organizações determinantes como associações, clubes, empresas e instalações vocacionadas para o desporto e lazer náutico que garantem o desenvolvimento de atividades de recreio e lazer em espaços naturais, aliando um amplo conjunto de recursos que sustentam a procura turística cultural e paisagística.
26
PENICHE
ÁGUEDA OLIVEIRA DO BAIRRO ANADIA
TONDELA
SATÃO
AGUIAR DA BEIRA
FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO
TRANCOSO PINHEL
PENALVA DO CELORICO CASTELO DA BEIRA FORNO DE MANGUALDE ALGODRES NELAS GUARDA GOUVEIA
ALMEIDA
CARREGAL SEIA MORTÁGUA SANTA DO SAL MANTEIGAS COMBA OLIVEIRA SABUGAL DÃO MEALHADA DO CANTANHEDE BELMONTE HOSPITAL TÁBUA PENACOVA MONTEMOR- COIMBRA COVILHÃ FIGUEIRA -O-VELHO VILA NOVA DE POIARES ARGANIL DA FOZ PENAMACOR FUNDÃO MIRANDA LOUSÃ GÓIS CONDEIXA DO CORVO PAMPILHOSA DA A NOVA SERRA SOURE CASTANHEIRA PENELA DE PERA ANSIÃO FIGUEIRÓ PEDROGÃO OLEIROS IDANHA-A-NOVA POMBAL DOS GRANDE VINHOS CASTELO BRANCO SERTÃ MARINHA ALVAIAZERE GRANDE LEIRIA PROENÇA-A-NOVA FERREIRA DO VILA VELHA ZÊZERE OURÉM VILA DE REI DE RODÃO BATALHA NAZARÉ MAÇÃO TOMAR PORTO DE SARDOAL MÓS ALCOBAÇA TORRES NOVAS ALCANENA VILA NOVA DA BARQUINHA CALDAS DA RAINHA CONSTÂNCIA ÓBIDOS ABRANTES MIRA
!5
MEDA
CASTRO D’AIRE
OVAR
LOURINHÃ
BOMBARRAL
TORRES VEDRAS
3 2 1 0 Figura 6 ‣ Praias, oceânicas e fluviais, qualificadas da região Centro Fonte: Realização AD ELO
27
RECURSOS — INFRAESTRUTURAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 2. R ecu rsos - I n fr a e str u tur a s
A região Centro, como se analisará neste capítulo, está dotada de um considerável conjunto de valências e infraestruturas que possibilitam e potencializam a atividade náutica.
1 .2 .1. Centro s d e alto re nd i m e nt o ( C AR) ee Fonte: www.shuterstock.com
Centro de Alto Rendimento do Surf de Aveiro
Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho
Centro de Alto Rendimento do Surf da Nazaré
Centro de Alto Rendimento do Surf de Peniche
O Centro de Alto Rendimento do Surf de Aveiro encontra-se em fase de construção em São Jacinto, a 100 metros da praia, pretende dinamizar a cultura dos desportos de ondas numa região com uma forte ligação à náutica e criar novos postos de trabalho.
Reestruturado e inaugurado memoravelmente, com o acolhimento de um campeonato europeu de remo em Setembro de 2010, apresenta-se como a melhor infraestrutura nacional para o desenvolvimento de desportos náuticos como a canoagem, o remo, a natação em águas abertas e o triatlo. Para além de hangares de arrumação de barcos, possui outras estruturas adicionais como ginásio, salas de conferência e de formação.
O Centro de Alto Rendimento do Surf da Nazaré terá capacidade para 30 atletas, encontra-se em fase de conclusão na Praia do Norte e que se associará o nome de Garret McNamara, “padrinho” do projeto e figura incontornável do surf que inscreveu recentemente a Nazaré no livro de recordes do Guiness.
Inaugurado a 9 de Outubro de 2012, aquando da realização da etapa portuguesa do campeonato do mundo de surf – Rip Curl PRO Portugal 2012. Este CAR possui uma capacidade de alojamento de 30 atletas em simultâneo e foi idealizado com uma construção sustentável, uma vez que possui sistemas de aproveitamento de águas e de produção de energia através de painéis fotovoltaicos.
ee Fonte: Câmara Municipal de Aveiro
ee Fonte: Câmara Municipal de Montemor-o-Velho
ee Fonte: Câmara Municipal Nazaré
ee Fonte: www.viroc.pt
O CAR do Surf de Aveiro 6 Câmara Municipal de Aveiro Praça da República 3810-156 Aveiro Z +351 234 406 300 9 40º39'12"N 8º44'52"O @ acferreira@cm-aveiro.pt s www.cm-aveiro.pt
O CAR de Montemor-o-Velho 6 Câmara Municipal Montemor-o-Velho Praça da República 3140-258 Montemor-o-Velho Z +351 239 687 300 9 40º10'31"N 8º39'16"O @ geral@cm-montemorovelho.pt s www.cm-montemorovelho.pt
O CAR do Surf da Nazaré 6 Av. Vieira Guimarães, 54 2450-951 Nazaré Z +351 262 550 010 9 39º35'54"N 9º04'13"O @ geral@cm-nazare.pt s www.cm-nazare.pt
O CAR do Surf de Peniche 6 Câmara Municipal de Peniche Largo do Município 2520-239 Peniche Z +351 926 578 149 9 39º21'41"N 9º20'57"O @ carsurfpeniche@cm-peniche.pt s www.cm-peniche.pt
28
29
RECURSOS — INFRAESTRUTURAS
1 .2 .2. Marina s , p ortos e ancorad o u r o s
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
N
A região Centro é caracterizada por alguns fatores determinantes para o desenvolvimento das atividades do setor náutico, seja na vertente lazer ou na da competição, disponibilizando importantes requisitos competitivos, designadamente fatores básicos como as boas condições naturais e fatores chave de êxito como infraestruturas náuticas, designadamente marinas, portos náuticos e ancoradouros, empresas especializadas, federações e associações de representação nacional com significativa capacidade de mobilização dos diversos desportos náuticos.
Com quatro grandes portos comerciais, que apresentam um elevado dinamismo ao nível da atividade piscatória, comercial e recreativa, a região Centro é caracterizada ainda por possuir quatro marinas qualificadas, seis portos de recreio, duas docas de recreio e alguns pequenos ancoradouros que perfazem entre si 1.737 postos de amarração, o que corresponde a aproximadamente 13,5% do total nacional de amarrações, segundo dados do INE (Instituto Nacional de Estatística, 2011), não possuindo, contudo, qualquer Bandeira Azul nestes equipamentos, como se regista noutros pontos de apoio à náutica do país. Não obstante em Portugal o rácio de barcos per capita ser um dos mais baixos da Europa, rondando atualmente os 285 habitantes por barco, existem nesta região mais de 2.000
embarcações registadas e licenciadas, o que corresponde sensivelmente a 25% do total nacional. Estes indicadores permitem depreender que não existem postos de amarração legais ou qualificados em suficiente número para acomodar todos os cascos registados e em funcionamento. Ressalve-se ainda que nem todas as embarcações são consideradas embarcações de recreio ou de atividade profissional e, como tal, legalmente não necessitam de ser registadas numa repartição marítima ou Capitania. Evidenciam-se também os registos de 3.791 pessoas (INE - 2011) com atividade profissional estabelecida no ramo das pescas e mais de 160.000 pessoas que requereram licença de pesca lúdica desportiva na região.
Principais portos dA REGIÃO CENTRO Na região Centro, a localização dos portos coincide na sua maioria com a localização das marinas qualificadas, segundo dados do INE e APPR (Associação Portuguesa de Portos de Recreio).
AVEIRO FIGUEIRA DA FOZ NAZARÉ PENICHE
ee Marina da Figueira da Foz Fonte: http://www.portosdeportugal.pt/UserFiles/P1011409.jpg Figura 7 ‣ Principais portos e marinas da região Centro Fonte: INE – Estatísticas da Pesca 2010 30
31
RECURSOS — INFRAESTRUTURAS
Tabela 1 ‣ Identificação, localização e contactos de marinas, portos e ancoradouros por município da região Centro
Denominação
Características
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
Ancoradouro de Abrantes (Vila do Mato)
Náutica de Recreio, Windsurf, Vela
241 331 736
Rua do Vale da Vinha / 2200-601 Abrantes
39º32’43”N • 8º16’40”O
geral@alfa-aventura.com
Abrantes
Cais de Acostagem do Clube AVELA
Escola de Vela e Náutica de Recreio
234 422 142
Av. Dr. David Cristo / 3801-301 Aveiro
40º38’52”N • 8º39’47”O
avela@avela.pt www.avela.pt
Aveiro
Porto de Recreio da Associação Náutica da Gafanha da Encarnação (Fluvial)
Escola de Vela, Náutica de Recreio e Aluguer de Embarcações
234 364 038
Largo da Mota, nº1 3830-488 Gafanha da Encarnação
40º36’49”N • 8º44’18”O
ange@ange.pt www.ange.pt
Aveiro
Porto de Recreio Associação Náutica da Torreira (Fluvial)
Escola de Vela e Canoagem, Náutica de Recreio e Aluguer de Embarcações
234 868 651
Av. Eng. Duarte Pacheco Pavilhão Náutico 3870 Torreira
40º45’58”N • 8º41’51”O
ant.geral@gmail.com www.antorreira.org
Aveiro
Doca de Recreio da Marina Clube da Gafanha
Escola de Mergulho, Aluguer de Embarcações, Motonáutica e Pesca Desportiva
234 363 789
Caminho do Praião Apartado 19 3834-907 Gafanha da Encarnação
40º37’40”N • 8º44’03”O
mc_gafanha@hotmail.com
Aveiro
Porto de Aveiro
Porto Comercial e de Pesca
234 393 300
Edifício 9 - Forte da Barra 3830-565 Gafanha da Nazaré
40º37’51”N • 8º43’53”O
geral@portodeaveiro.pt
Aveiro
Ancoradouro de Constância
Náutica de Recreio, Desporto Aventura
249 730 050
Estrada Nacional 3
39º28’33”N • 8º20’39”O
geral@cm-constancia.pt
Constância
Ancoradouro de Vila Velha do Ródão (Fluvial)
Náutica de Recreio, Canoagem, Vela, Remo
272 344 234
Posto Náutico 6030-238 Vila Velha de Ródão
39º38’59”N • 7º40’21”O
cncbranco@hotmail.com
Castelo Branco
Porto da Figueira da Foz
Porto Comercial e de Pesca
233 402 910
Av. Espanha Ap. 2007 / 3080 - 901 Figueira da Foz
40º08’51”N • 8º51’46”O
geral.apff@portofigueiradafoz.pt
Figueira da Foz
Porto de Recreio da Figueira da Foz
Escola de Formação Náutica e Mergulho, Náutica de Recreio, Vela Desportiva / Cruzeiro e Motonáutica
233 428 019
Av. Espanha, Doca de Recreio 3080-901 Figueira da Foz
40º08’50”N • 8º51’35”O
cnaff@sapo.pt www.cnaff.pt
Figueira da Foz
Marina do Centro Náutico de Ferreira do Zêzere
Náutica de Recreio, Canoagem, Insufláveis, Ski Aquático
274 802 178
Trizio 6100-494 Palhais
39º43’47”N • 8º13’49”O
trizio@centronauticozezere.com
Ferreira do Zêzere
Porto de Recreio do Clube de Vela da Costa Nova
Escola de Vela e de Formação Náutica, Náutica de Recreio
234 369 300
Avenida José Estêvão 3830-453 Costa Nova
40º36’31”N • 8º44’55”O
cvcn@cvcn.pt www.cvcn.pt
Ílhavo
Ancoradouro de Recreio do Jardim Oudinot
Náutica de Recreio
234 329 600
Câmara Municipal de Ílhavo 3830-193 Ílhavo
40º38’38”N • 8º43’53”O
geral@cm-ilhavo.pt www.cm-ilhavo.pt
Ílhavo
Doca de Recreio de Associação Náutica da Gafanha da Nazaré (Fluvial)
Náutica de Recreio
234 084 047
Rua Comendador Egas 3830-590 Gafanha da Nazaré
40º38’43”N • 8º41’57”O
anrgn@sapo.pt
Ílhavo
Marina Fluvial Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa
Náutica de Recreio, Aluguer de Postos de Amarração e de Embarcações.
231 920 456
Vale da Aguieira 3450-010 Mortágua
40º20’52”N • 8º11’28”O
www.montebeloaguieira.pt
Mortágua
Núcleo de Recreio do Porto da Nazaré
Náutica de Recreio
262 561 401
Caixa Postal 1 2450-075 Nazaré
39º35’11”N • 9º04’21”O
centro.nazare@imarpor.pt
Nazaré
Porto de Recreio do Carregal (Fluvial)
Escola de Vela e de Formação Náutica, Náutica de Recreio
256 592 548
Porto de Recreio do Carregal 3880-163 Ovar
40º51’39”N • 8º39’27”O
nado@sapo.pt
Ovar
Marina da Ribeira
Náutica de Recreio e Porto de Pesca
262 781 153
IPTM Porto de Pesca de Peniche / 2520-630 Peniche
39º21’06”N • 9º22’38”O
centro.peniche@imarpor.pt
Peniche
Ancoradouro de Vila Nova da Barquinha
Náutica de Recreio, Canoagem,Rafting
249 736 680
Centro Náutico de Vila Nova da Barquinha 2260- 909 Vila Nova da Barquinha
39º27’26”N • 8º25’29”O
tiagoduarte@diver.com.pt
Vila Nova da Barquinha
32
N MARINAS, PORTOS E ANCORADOUROS
33
RECURSOS — INFRAESTRUTURAS
1 .2.3. Surf ho us e s e s ur f camp s Tabela 2 ‣ Identificação, localização e contactos das surf houses e surf camps por município da região Centro
Denominação
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
Ticket 2 Surf
231 442 120
Rua dos Pescadores da Nossa Senhora da Tocha nº 33 • 3060-691 Tocha
40º19’43”N • 8º50’29”O
ticket2surf@gmail.com
Cantanhede
Careca SurfCamp
962 401 089
Rua das Flores • 3090-766 Figueira da Foz
40º05’51”N • 8º52’07”O
careca@carecasurfcamp.com
Figueira da Foz
Figueira SurfCamp
918 784 878
Rua Cabeço do Vale dos Poços Vais, Buarcos • 3080-378 Figueira da Foz
40º10’52”N • 8º54’04”O
www.figueirasurfcamp.com
Figueira da Foz
Gookinky Palace
912 694 566
Rua António Ferreira de Freitas nº37 • 3090-454 Lavos
40º06’05”N • 8º49’48”O
surfhouse.gookinkypalace@gmail.com
Figueira da Foz
Costa Nova Surf House
966 629 078
Av. José Estevão nº 256, Costa Nova • 3830-453 Ílhavo
40º36’33”N • 8º44’57”O
costanovasurfhouse@hotmail.com
Ílhavo
Areia Branca Beach Hostel
915 493 034
Rua da Foz nº 5 • 2530-221 Lourinhã
39º15’53”N • 9º20’03”O
abbhostel@gmail.com
Lourinhã
Global Surf School & Camp
917 973 981
Vale Geões nº 18 • 2530-088 Lourinhã
39º16’03”N • 9º20’06”O
info@globalsurfschool.com
Lourinhã
My Surf Hostel
262 787 115
Alameda do Golfinho Vivenda Oslo, Praia Da Areia Branca • 2530-211 Lourinhã
39º16’06”N • 9º20’04”O
bookings@mysurfhostel.com
Lourinhã
Underdog Surf House
261 419 533
Av. António José Do Vale nº 7 • 2530-213 Areia Branca
39º14’37”N • 9º18’49”O
underdogsurf@gmail.com
Lourinhã
West Coast SurfCamp
261 469 570
Rua António José do Vale, Vivenda Roseiral nº 29 • 2530-213 Lourinhã
39º15’55”N • 9º19’57”O
portugalwestcoast@hotmail.com
Lourinhã
Avenida do Mar nº 49, Baleal • 2520 Peniche
39º21’20”N • 9º22’43”O
www.hotelscombined.pt
Peniche
Ana’s Cottage Surf House Captain´s Log House
914 602 183
Avenida do Mar nº 142 Casais do Baleal • 2520-101 Peniche
39º22’15”N • 9º19’47”O
captainloghouse@gmail
Peniche
Lagido Surf House
961 112 940
Rua Pôr do Sol nº 2, Ilha do Baleal • 2520-008 Ferrel
39º22’25”N • 9º20’27”O
geral@lagidosurfhouse.com
Peniche
Nature Surf House
918 528 260
Rua do Talefé, Ferrel • 2520-210 Peniche
39º21’59”N • 9º18’41”O
naturesurfhouse@gmail.com
Peniche
Nineteen Bead and Breakfast
912 305 707
Rua António da Conceição Bento • 2520-285 Peniche
39º21’39”N • 9º22’46”O
nineteen.peniche@gmail.com
Peniche
Paradise Baleal
960 207 149
Avenida do Mar nº 182 • 2520-101 Peniche
39º22’22”N • 9º20’09”O
paradisebaleal@hotmail.com
Peniche
Peniche Surf Camp
962 336 295
Avenida do Mar nº 162 - Casais do Baleal • 2520-101 Peniche
39º22’18”N • 9º19’57”O
info@penichesurfcamp.com
Peniche
Supertubos Beach Hostel
939 303 396
Avenida do Mar nº 58 D, Atouguia da Baleia • 2525-150 Peniche
39º19’39”N • 9º21’25”O
supertubosbeachhostel@gmail.com
Peniche
Surfcaslte
912 526 151
Avenida do Mar nº 186, Baleal • 2520-010 Ferrel
39º22’22”N • 9º20’09”O
info@surfcastle.pt
Peniche
Surf House Helena
913 251 231
Rua Casal dos Ninhos nº 3, Casais do Baleal • 2520-053 Peniche
39º22’09”N • 9º19’37”O
info@surfhousehelena.com
Peniche
Surf Moments House & School
916 310 766
Travessa Cruz das Almas nº 20, Casais do Baleal, Ferrel • 2520-060 Peniche
39º21’59”N • 9º20’00”O
surfmoments@gmail.com
Peniche
Surfer´s Bay Peniche
913 775 077
Rua do Salgado, Lote D1 • 2520-193 Peniche
39º21’19”N • 9º21’20”O
penichesurfersbay@gmail.com
Peniche
Surfer´s Lodge Peniche
912 590 574
Urbanização da Papoa • 2520-360 Peniche
39º22’03”N • 9º22’40”O
Info@surferslodgepeniche.com
Peniche
Surf in Peniche
262 184 593
Travessa do Salva Vidas – Praia da Gamboa • 2520-534 Peniche
39º21’52”N • 9º22’25”O
geral@escolasurfpeniche.com
Peniche
Tribo da Praia
262 381 829
Rua do Catalo nº 65, Ferrel • 2520-141 Peniche
39º22’17”N • 9º19’04”O
bookings@tribodapraia.com
Peniche
Sizandro Beach Lodge
261 856 389
Sizandro Beach Lodge - Praia de Sizandro • 2560-179 Torres Vedras
39º06’09”N • 9º23’56”O
sizbeachlodge@gmail.com
Torres Vedras
34
C SURF HOUSES & SURF CAMPS
35
OUTROS LOCAIS PROPÍCIOS À NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 3. Ou tros loca i s pr op í ci os à n á u t i c a
Existem muitos outros locais para além das praias e infraestruturas, que apresentam condições excecionais para a prática náutica, nomeadamente o desporto aventura e de natureza. Apresentam-se de seguida os recursos com maior potencial para a prática de atividades náuticas.
Ria de Aveiro
Rio Alva
A Ria de Aveiro, com o seu cenário bucólico e esplendoroso, apresenta características únicas para longos passeios nas suas águas, seja a bordo de um tradicional moliceiro ou pela força dos próprios braços numa canoa. A canoagem nas rias pretende acima de tudo satisfazer praticantes mais aficionados/as pela natureza do que pela vertente mais física do desporto. A cor das águas, as culturas (Ostras, Mexilhão, viveiros de peixes), a sua fauna e as pequenas ilhas, que salpicam estas grandes extensões de água salobra, são locais que reservam paisagens únicas e momentos inesperados e inesquecíveis.
O rio Alva começa igualmente a ganhar projeção nas descidas de rio, sendo comum esta atividade num trajeto de 18 quilómetros entre Vila Cova do Alva – Côja – Secarias. Esta descida é mais exigente do que a do rio Mondego pois contempla mais de uma dezena de açudes com diferentes formatos e alturas e uma sucessão de pequenos rápidos. Apesar de não apresentar setores demasiadamente técnicos, a sua descida exige alguma condição e destreza físicas, porque o contacto constante com a água é inevitável. É recomendável a quem pratica possuir experiência anterior em canoagem.
Rio Alvoco Ribeira das Quelhas
ee Barrinha de Mira Fonte: AD ELO
Barragem da Aguieira
Barragem de Castelo de Bode
Numa dinâmica diferente das anteriormente referidas, este enorme lago artificial alimentado pelas águas do Mondego e do Dão apresenta-se como local de eleição para a prática de desportos de alta competição, como o remo e a canoagem, pois possui um espelho de água bastante favorável ao aperfeiçoamento de pormenores técnicos. A barragem está ainda provida de uma marina, associada a um complexo hoteleiro, que propicia atividades náuticas de lazer como o remo, vela, windsurf, ski aquático, wakeboard, mergulho e o aluguer de canoas, insufláveis, motos de água e gaivotas, sendo dotada de uma escola de vela e de mergulho, quer para o nível inicial, quer para o avançado. Algumas das espécies identificadas têm particular importância do ponto de vista conservacionista e comercial, nomeadamente o Barbo, a Boga, a Lampreia, a Carpa e a Truta, no domínio piscícola, e também o Pato-real, a Cegonha-branca, e o Alfaiate como as aves observáveis com maior frequência. A vegetação é tipicamente ripícola com predominio do Choupo, do Ulmeiro e do Salgueiro. A edificação da barragem e consequentes submersões de povoações e áreas circundantes e a amenização dos caudais originaram ainda um local que apresenta atualmente uma forte afluência turística estival, a praia fluvial de Nossa Senhora da Ribeira em Santa Comba Dão, que está dotada de um ancoradouro para pequenas embarcações, onde se podem alugar barcos e gaivotas, aliando assim o lazer náutico à natureza envolvente.
A barragem de Castelo de Bode apresenta-se como uma das maiores albufeiras do país, sendo assim um local de eleição para o recreio e lazer, aliando a natureza com a prática de desportos náuticos. Possui um ecossistema rico, resultante da variada vegetação com forte presença de Pinheiro-bravo, Eucalipto, Medronheiro, Urze e Oliveira e de espécies piscícolas como o Achigã, a Boga, a Carpa e a Perca, assim como de aves, onde se destacam a Águia, a Gralha, a Garça e a Perdiz, que transformam este local num paraíso natural. Impulsionada pela natureza ou pelo desporto, a atividade náutica tem crescido, estando já enraizados os passeios de canoa, à vela e de jet-ski nestas águas.
36
Barragem do Fratel Construída em 1973, a Barragem do Fratel represa o rio Tejo junto à localidade de Amieira, acumulando as funções de reguladora de caudal e de produção de energia elétrica, situa-se na mais apertada garganta daquele rio, entre as Portas de Rodão e a foz do Rio Ocreza. Possui um pequeno cais, fundeadouros e rampas de acesso à água permitindo assim a prática de desportos náuticos como o windsurf, a canoagem, o jet-ski, a vela e a pesca. As espécies piscícolas mais comuns são a Boga, a Carpa, o Barbo, o Pimpão e o Achigã.
As margens da Ribeira das Quelhas, em Castanheira de Pera, são de uma rara beleza natural. Pelas suas fragas imponentes deslizam as àguas a grande altitude. Esta ribeira é bastante procurada para a prática do canyoning, sendo um percurso simples e básico, com um troço curto e adequado para iniciação na atividade. Possui 6 rapéis interessantes com cerca de 14 a 20 metros. O percurso implica ainda para quem o experimente alguns saltos pequenos para a água e, em certos locais, é necessário realizar pequenos destrepes (descidas de lugares elevados pela rocha).
Com um percurso de aproximadamente 16 quilómetros entre Seia e Oliveira do Hospital, é um rio de montanha caracterizado por alguns açudes de grandes dimensões e zonas mais técnicas com rochedos no seu leito. As zonas mais técnicas são transpostas com toda a segurança, mas exigem redobrada atenção e concentração. Este rio exige experiência prévia em canoagem por parte dos e das participantes, sendo aconselhável apresentar boa forma física, pois o percurso é bastante extenso e duro.
Rio Ceira Ribeira da Pena Sendo esta uma das ribeiras mais espetaculares da região Centro, onde se conjugam o cenário inóspito e bravio, formado por inúmeras cascatas, lagoas e rochedos imponentes, com a vegetação exuberante e a vida selvagem peculiar, é também um dos locais mais procurados para canyoning por praticantes experientes. A atividade que envolve a descida a pé da Ribeira da Pena, com recurso a saltos, descidas em rapel e travessias por dentro de água percorre um vale encaixado e abrupto cujo leito, margens e encostas são formados por impressionantes fragas que tornam este local quase inacessível.
As pequenas descidas em canoa e caminhadas aquáticas pelo leito do rio Ceira, atraem cada vez mais entusiastas do exercício em natureza. O Ceira possui uma galeria ripícola bem preservada que pode ser contemplada ao longo do passeio. O percurso mais conhecido não apresenta especial exigência sendo acessível à maioria das pessoas entusiastas da natureza. Inicia na Foz da Fonte, um local espetacular do rio, onde no passado habitantes locais desviaram o leito do rio Ceira, escavando um túnel na montanha, incluindo a passagem e transposição de alguns açudes através de pequenos saltos. Ao longo deste setor, para além de toda a fauna e flora podem observar-se antigos moinhos, lagares de azeite, muros de propriedades agrícolas e pontes, construídos com os tradicionais materiais de xisto e lousa. Ao longo de todo o percurso é garantido um com constante acompanhamento pelos monitores e monitoras.
37
OUTROS LOCAIS PROPÍCIOS À NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Rio Dão
Rio Mondego
Rio Pônsul
Rio Vouga
Este afluente da albufeira da Aguieira, primordialmente no seu troço que pertence ao concelho de Santa Comba Dão, é um rio de águas límpidas e tranquilas onde até as crianças podem praticar canoagem, tendo como um dos principais pontos de interesse as margens repletas de fauna e flora autóctone. Facilmente se visualizam Carvalhos, Sobreiros, Castanheiros e várias espécies arbóreas aquáticas. No que respeita à fauna, são observáveis Patos-reais, Milhafres e Águias-de-asa-redonda. A qualidade da água é assinalável, não existindo qualquer problemas associados a poluição, garantindo assim, momentos de lazer e de diversão excecionais.
O rio Mondego, o maior com nascente em Portugal, é palco de uma crescente afluência em descidas de rio em canoa ou raft (embarcação semirrígida), atividade que devido ao perfil calmo e constante do curso de água se torna acessível a todos e a todas praticantes. Esta atividade, apesar de ser possível de realizar um pouco por todo o curso do rio, tem uma especial e evidente relevância no seu trajeto de aproximadamente 12 quilómetros entre as praias fluviais do Reconquinho (Penacova) e de Palheiros do Zorro (Torres do Mondego, Coimbra), constituindo uma proposta tão característica da região, que preenche de cor o leito do rio nos dias de maior calor ou em noites de lua cheia. Estas descidas do rio exercem uma fortíssima atração junto de promotores institucionais de desporto aventura, tendo como consequência o alargamento da atividade a outros cursos de água e outras disciplinas náuticas. Pode-se afirmar que é uma atividade que se tornou o rastilho para o surgimento de outras, tendo contribuído para a aproximação da população à náutica. Nas margens, a flora é essencialmente constituída por Choupos, Salgueiros, Freixos, Cedros e Oliveiras. A fauna é sobretudo caracterizada pelo predomínio de Trutas, Lampreias, Barbos e Enguias.
O rio Pônsul atravessa os concelhos de Idanha-a-Nova (onde nasce) e Castelo Branco. É um afluente da margem direita do rio Tejo que desagua em Malpica do Tejo, traçando a fronteira entre os concelhos de Castelo Branco e de Vila Velha de Ródão. O Pônsul apresenta um caudal ameno e tem-se vindo a tornar o cenário ideal para a iniciação de canoagem, passeios turísticos em diferentes embarcações e pequenas descidas ao longo do seu leito.
Conhecido pelos seus percursos calmos e serenos caudais, este rio encontra-se muito em voga entre as opções para descidas de rio e para a iniciação ao rafting. A ausência de uma barragem, que controle o caudal de água, não possibilita a sua utilização e navegação constante durante todo o ano. Contudo, o percurso possui uma envolvência natural magnífica e diversos rápidos, acessíveis a todos e todas praticantes, o que torna as descidas de rio mais radicais até à separação das águas que formam o início da ria de Aveiro.
Rio Erges O Erges é um rio que na maior parte do seu percurso define a fronteira hispano-portuguesa, em Idanha-a-Nova. Este afluente da margem direita do Tejo nasce em Espanha, na Serra de Gata, e faz fronteira entre Portugal e Espanha durante cerca de 50 quilómetros, passando pelas ruínas do castelo de Salvaleón, pelas termas de Monfortinho, por Salvaterra do Extremo, pelo castelo de Peñafiel e por Segura, desaguando no Tejo cerca de 12 quilómetros a jusante de Alcântara. As descidas do Erges têm vindo a ganhar algum mediatismo no panorama ibérico do desporto náutico de aventura, em grande parte por se tratar de um rio que traça a fronteira entre os dois países. Sendo geralmente um rio calmo e acessível, a sua descida é temperada de emoção por alguns rápidos ao longo do percurso. Assiste-se a uma fauna e flora interessantes e diversificadas tanto na margem esquerda, espanhola, como na margem direita, portuguesa.
Rio Paiva O rio Paiva é provavelmente o rio português mas conhecido para a prática do rafting nos seus percursos Vau-Espiunca ou Espiunca-Bairros. No entanto, não é o rio mais indicado para iniciantes ou praticantes com pouca experiência, pois a viagem pelas suas águas turbulentas tornam-no um desafio exigente implicando bastante adrenalina. A cada etapa que passa a dificuldade aumenta assinalavelmente, pelo que a concentração é essencial em todos os momentos do percurso. Apesar do nível de exigência que apresenta, é possível apreciar a magnífica paisagem montanhosa envolvente e fortalecer o espírito de equipa, necessário à transposição dos obstáculos deste rio.
Rio Teixeira Rio Zêzere Localizado nas serras da Freita e de Arestal, a noroeste de Oliveira de Frades, o rio Teixeira é um dos locais de prática de canyoning mais interessantes e concorridos de Portugal. Vários promotores náuticos da região propõem a descida das quedas do rio Teixeira, através de técnicas de rapel e saltos. O seu enquadramento natural oferece momentos peculiares, dadas as suas características selvagens, propícias a banhos devido às suas magníficas lagoas. A segurança é elevada, pois o enquadramento técnico é feito por pessoas altamente especializadas neste complexo e exigente percurso. Nas suas margens existem ainda relíquias da floresta primária, tais como Freixo, Salgueiro e Amieiro. A Ribeira das Vessadas, afluente deste rio, é considerada o percurso ideal para a iniciação e treino antes da passagem para o majestoso percurso do Teixeira.
Apresentando algumas semelhanças com o Mondego, também neste rio é possível a prática de alguns desportos náuticos em bastantes trechos do seu traçado, contudo, as descidas de rio, que contemplam o percurso de aproximadamente sete quilómetros entre a Barragem da Bouçã e a Foz de Alge (Figueiró dos Vinhos) promovidas por um alargado leque de promotores, são a atividade náutica mais concorrida neste curso de água. Com início a jusante da Barragem de Bouçã e final em Foz de Alge é uma descida com água parada, mas com um enquadramento muito interessante na envolvente exterior, sendo a experiência ideal para iniciantes neste desporto de natureza.
ee Canoagem em Montemor-o-Velho Fonte: AD ELO 38
39
Locais de eleição para prática de mergulho Portugal é um país de excelência para a prática do mergulho, com uma costa imensa, plena de vida e cor, formações rochosas diversas e várias embarcações naufragadas e apetecíveis para explorar. Mergulhar em Portugal pode ser, por isso, uma experiência inédita, onde é possível desvendar os segredos de uma flora e fauna marítimas únicas na Europa. A prática do mergulho regista uma grande expansão na região Centro, com um assinalável aumento de entusiastas ao longo dos anos, assim como de escolas, empresas e associações que providenciam em diversos locais formações nesta disciplina aquática. Na região Centro são particularmente famosos os spots de mergulho das Berlengas, devido à sua fauna peculiar, aos destroços de embarcações, às grutas e reentrâncias e à relevante acessibilidade para mergulhadores e mergulhadoras menos experientes. Peniche e Nazaré são também locais de grande afluência de pessoas para o mergulho, que acorrem a estas zonas essencialmente para a iniciação ao mergulho de mar. Em complementaridade, é ainda de salientar a existência na região de um generoso leque de complexos de piscinas, que se apresentam como essenciais para a formação prática inicial de novos e novas praticantes de mergulho.
ee Fonte: Sergiy Zavgorodny / www.shuterstock.com
OUTROS LOCAIS PROPÍCIOS À NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 . Oferta náutica
A partir da informação e dos dados recolhidos é possível destacar um conjunto de circunstâncias e de fatores que permitem evidenciar algumas das características da dinâmica dos diversos agentes em atuação no domínio da oferta náutica na região Centro e a forma como aqueles se relacionam com as características da envolvente. ee Windsurf Fonte: Sergey Sukhorukov / www.shuterstock.com
ee Vela no rio Mondego / Coimbra Fonte: AD ELO
90 75 60 45
84
91
30 15 0 MAR
Figura 8 ‣ Principais rios e afluentes da região Centro Fonte: Realização AD ELO 40
ÁGUAS INTERIORES
No que se refere à utilização dos recursos hídricos e considerando o binómio mar e águas interiores, para a atividade náutica, observa-se uma distribuição muito equivalente entre as duas tipologias pelos promotores da região, com 84 promotores no segmento “mar” e 91 no segmento “águas interiores”.
Gráfico 1 ‣ Promotores de atividade náutica por área de atuação
41
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
extensão geográfica em que os municípios não apresentam quaisquer registos e tornando possível inferir que existe ainda um manancial de recursos naturais, por explorar/rentabilizar. Os municípios do interior de Portugal que apresentam maior número de promotores são Castelo Branco e Idanha-a-Nova.
Como podemos observar na figura 9, a distribuição geográfica dos promotores náuticos concentra-se nos municípios situados na faixa costeira, sendo que à medida que essa distribuição se estende para o interior, se assiste à diminuição do número de promotores, deixando perceber uma grande
VILA NOVA DE PAIVA
SÃO PEDRO DO SUL SEVER DO VOUGA OLIVEIRA ALBERGARIA-A-VELHA DE FRADES VISEU VOUZELA
ESTARREJA MURTOSA AVEIRO ÍLHAVO
ÁGUEDA VAGOS
NÚMERO DE PROMOTORES:
!0-!2 6-9
PENICHE
OLIVEIRA DO BAIRRO ANADIA
TONDELA
SATÃO
AGUIAR DA BEIRA
FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO
TRANCOSO PINHEL
PENALVA DO CELORICO CASTELO DA BEIRA FORNO DE MANGUALDE ALGODRES NELAS GUARDA GOUVEIA
ALMEIDA
CARREGAL SEIA MORTÁGUA SANTA DO SAL MANTEIGAS COMBA OLIVEIRA SABUGAL DÃO MEALHADA DO CANTANHEDE BELMONTE HOSPITAL TÁBUA PENACOVA MONTEMOR- COIMBRA COVILHÃ FIGUEIRA -O-VELHO VILA NOVA DE POIARES ARGANIL DA FOZ PENAMACOR LOUSÃ FUNDÃO MIRANDA GÓIS CONDEIXA DO CORVO PAMPILHOSA DA A NOVA SERRA SOURE CASTANHEIRA PENELA DE PERA ANSIÃO FIGUEIRÓ PEDROGÃO OLEIROS IDANHA-A-NOVA POMBAL DOS GRANDE VINHOS CASTELO BRANCO SERTÃ MARINHA ALVAIAZERE GRANDE LEIRIA PROENÇA-A-NOVA FERREIRA DO VILA VELHA ZÊZERE OURÉM VILA DE REI DE RODÃO BATALHA NAZARÉ MAÇÃO TOMAR PORTO DE SARDOAL ALCOBAÇA MÓS TORRES NOVAS ALCANENA VILA NOVA DA BARQUINHA CALDAS DA RAINHA CONSTÂNCIA ÓBIDOS ABRANTES MIRA
!3-!8
MEDA
CASTRO D’AIRE
OVAR
LOURINHÃ
BOMBARRAL
5 4
TORRES VEDRAS
3 2 1 0 Figura 9 ‣ Distribuição geográfica dos promotores náuticos da região Centro Fonte: Realização AD ELO 42
ee Remo no rio Mondego / Coimbra Fonte: Secção de Desportos Náuticos da Associação Académica de Coimbra 43
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
No que concerne ainda aos aspetos relacionados com a localização e distribuição geográficas dos promotores da atividade náutica, identificamos claramente um dinamismo mais significativo de alguns concelhos/municípios da região Centro, destacando-se sobretudo Aveiro e Peniche, ambos os municípios com 18 promotores, seguidos pelo município da Figueira da Foz, com 12 promotores, e com menos três (3) promotores, encontram-se os municípios de Coimbra e Ílhavo. Pela observação do gráfico 2 podemos concluir da visibilidade de determinados municípios em matéria de empreendedorismo e desenvolvimento náuticos, mas também do reduzido dinamismo que apresentam outros municípios da região, ao constatar que 50 não apresentam registos associados à presença de promotores náuticos.
70
18
65 60
16
55 50
14
45 40
12
35 30 25
10
20 15
8
10 5
6
A BR A N T E S Á GU E D A ALC O BA Ç A ARGANIL AV E I R O CA L D A S D A R AI N H A C A N TA N H E D E C A S T E LO BR A N C O CA S T R O D A I R E C O I MB R A C O N S TÂ N C I A E S TA R R E J A FE R R E I R A D O ZÊ ZE R E F IG U E I R A D A F O Z FI GU E I R Ó S D O S V I N H O S GÓIS I DA N A H A A N O VA ÍL H AV O LO U R I N H Ã LO U S Ã M A R I N H A GR A N D E ME A L H A D A MIRA MONTEMOR-O-VELHO M O R TÁG U A N A ZA R É NELAS Ó B ID O S O VA R P E N A C O VA PENEDA PE N A M A C O R PE N I CH E P R O E N Ç A - A - N O VA S E R TÃ SEVER DO VOUGA TO M A R TO N D E L A TO R R E S V E D R A S VA GO S V. N . BA R QU I N H A VISEU
WINDSURF
KITESURF
VELA
NATAÇ Ã O / T R I AT LO
P E S C A D E S P O R T I VA
M E R GU L HO
D E S CI D A S D E R I O
C A N YO NI NG/ R A F T I N G
0
S UR F / BO D Y BO A R D
2
REMO
4
C A N O A GE M
AL U GU ER / PA S S E I O S
0
Gráfico 3 ‣ Promotores da atividade náutica por modalidade
Considerando a natureza das atividades náuticas oferecidas pelas diversas entidades promotoras na região Centro (empresas, clubes, associações, entre outras) na lógica da prestação de serviços, destaca-se o peso da canoagem, como a modalidade oferecida por um maior número de operadores (66), seguida do aluguer/passeios (44 promotores) e em terceiro lugar, o surf/bodyboard com oferta em 31 operadores. É ainda bastante significativo o número de operadores com oferta de modalidades como o canyoning/rafting (29); a vela (26) e o remo (22). As modalidades com menor número de promotores são a natação e o kitesurf, ambos com 7 e 6 promotores, respetivamente.
Gráfico 2 ‣ Promotores da atividade náutica por município
44
45
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .1. Associa çõe s / clube s Tabela 3 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por associações e clubes por município da região Centro
Denominação / Associação / Clube
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Clube Náutico de Abrantes
Natação
241 363 835
Rua Dr. Álvaro Barreirinhas Cunhal Apartado 72, 2201-909 Abrantes
www.cnabrantes.pt geral@cnabrantes.pt
Abrantes
Clube Náutico de São Martinho do Porto
Vela
262 980 290
Rua Cândido dos Reis (Cais) 2460-637 São Martinho do Porto
cnsmp@cnsmp.org
Alcobaça
Ass. Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira
Canoagem
234 629 818
Óis da Ribeira 3750-650 Águeda
arcor@mail.pt www.arcor-ipss.com
Águeda
Ginásio Clube de Águeda
Canoagem
234 623 399
Rua Celestino Neto nº25 3750-126 Águeda
gica.canoagem@gica.pt www.canoagemgica.com
Águeda
Associação Aveirense de Vela de Cruzeiro
Vela
234 422 142
Av. Dr. David Cristo, Pavilhão 7 3801-301 Aveiro
avela@avela.pt www.avela.pt
Aveiro
Associação de Canoagem de Aveiro
Canoagem
966 525 577
Rua dos Santos Mártires nº13, 1º 3810-171 Aveiro
geral@acacanoagem.com www.acacanoagem.com
Aveiro
Associação Náutica da Gafanha da Encarnação
Vela
234 364 038
Largo da Mota nº 1 3830-488 Gafanha da Encarnação
ange@ange.pt www.ange.pt
Aveiro
Associação Náutica da Torreira
Canoagem / Vela
234 868 651
Avenida Eng. Duarte Pacheco, Pavilhão Náutico 3870-322 Torreira
ant.geral@gmail.com www.antorreira.org
Aveiro
Clube dos Galitos de Aveiro
Natação / Triatlo / Remo
234 426 059 927 115 290
Praça Dr. Melo Freitas nº 3, Apartado 906 3800-158 Aveiro
nautica@galitos.pt
Aveiro
Colectividade Popular de Cacia
Remo
234 914 234
Posto Náutico Rua João Chagas 3800-597 Cacia
colpcacia@gmail.com colectividadepopularcacia.blogspot.com
Aveiro
IDECacia
Canoagem
965 218 079
Mossainho, Sarrazola 3800-540 Cacia
idecacia@gmail.com idecacia.googlepages.com
Aveiro
Sharpie Club Portugal
Vela
234 360 002
Porto de Pesca Costeira 3830-052 Gafanha da Nazaré
geral@sharpieclub.aveiro.co.pt www.sharpieclub.aveiro.co.pt
Aveiro
Sporting Clube de Aveiro
Canoagem/ Motonáutica/ Natação/ Vela
234 480 191
Lugar de Moinhos 3800-130 Aveiro
www.sportingcaveiro.pt
Aveiro
Ass. Académica de Coimbra - S. D. Náuticos
Remo / Mergulho / Carta de Marinheiro / Descidas de Rio
239 810 023 916 997 194
Avenida Inês de Castro, Pavilhões A e B 3040-255 Santa Clara
geral@aac-nauticos.com
Coimbra
Ass. Académica de Coimbra - S. Pesca Desp.
Pesca Desportiva
914 693 379
Rua Padre António Vieira nº 1 3000-315 Coimbra
pesca.desportiva@academica.pt
Coimbra
Ass. Regional Beiras Pesca Desportiva
Pesca Desportiva
919 617 271 935 622 214
Apartado 123 3000-902 Coimbra
arbpd@arbpd.pt www.arbpd.pt
Coimbra
Clube do Mar de Coimbra
Vela / Nautimodelismo
966 641 144 962 697 248 239 701 564
Avenida Inês de Castro, Pavilhão C 3040-255 Santa Clara
cmcoimbra@gmail.com esab@mail.telepac.pt nuno.xano.costa@gmail.com
Coimbra
46
3 Associações clubes
47
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .1. Associa çõe s / clube s CONTINUAÇÃO…
Denominação / Associação / Clube
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Clube Fluvial de Coimbra
Canoagem / Descidas de Rio
239 441 471 914 681 772 919 698 969
Av. Inês de Castro, Pavilhão A 3040-255 Coimbra
cfcoimbra@sapo.pt
Coimbra
Ass. Bodyboard Palheiros da Tocha
Bodyboard
964 549 220
Praceta Francisco Guímaro, Lote EN C2, 3º C 3060-693 Praia da Tocha
www.abpt.org
Cantanhede
Ass. dos Clubes de Canoagem da Beira Baixa
Canoagem
272 344 234
Rua Prof. Dr. Faria Vasconcelos Lote 5, 3º - D 6000-266 Castelo Branco
cncbranco@hotmail.com
Castelo Branco
Ass. Cultural e Recreativa Saavedra Guedes
Canoagem
234 851 811
Pavilhão Náutico Rua Prof. Saavedra Guedes 3860-437 Pardilhó
saavedraguedes@clix.pt
Estarreja
Associação de Bodyboard Foz do Mondego
Bodyboard
233 414 343 965 135 806 933 366 521
R. dos Lavadores nº 23 3080-331 Buarcos
fozmondego@abfm.pt figueirabodyboard@gmail.com
Figueira da Foz
Associação de Surf da Figueira da Foz
Surf
910 577 505 968 855 028
Rua dos Pescadores nº 130, 1º 3080-325 Figueira da Foz
www.asffoz.blogspot.com asfigfoz@gmail.com
Figueira da Foz
Associação Naval 1º Maio
Remo / Futebol / Rugby
233 428 897 233 422 809
Rua da Republica nº 193 3080-360 Figueira da Foz
ncmnaval@gmail.com
Figueira da Foz
Associação de Remo da Beira Litoral
Remo
233 411 319
Avenida 1º de Maio Pavilhão Jorge Galamba Marques Sala 12 3080-011 Figueira da Foz
geral@arbl.pt
Figueira da Foz
Clube Náutico da Figueira da Foz
Vela / Cartas de Marinheiro / Motonáutica
233 428 019
Doca de Recreio da Figueira da Foz
www.cnaff.pt
Figueira da Foz
Ginásio Clube Figueirense
Remo / Natação / Triatlo / Orientação / Basquetebol
233 423 470 917 664 695
Fontela - Vila Verde 3090-641 Figueira da Foz
ginasiocf.remo@gmail.com ginasiofigueirense@gmail.com
Figueira da Foz
iSurf Academy
Surf / Bodyboard
918 733 143
Praia do Cabedelo 3090-661 Figueira da Foz
www.isurfacademy.com isurfba@gmail.com
Figueira da Foz
Mergulhoceano (PADI)
Mergulho
233 411 348 913 358 900 964 034 083 966 906 035
Av. De Espanha-Doca de Recreio da Marina da Figueira da Foz 3080-271 Figueira da Foz
mergulhoceano@gmail.com
Figueira da Foz
Núcleo de Surf da Figueira
Surf
R. Dr. Manuel Arriaga nº 170 3080-331 Buarcos
nsf@surf.pt
Figueira da Foz
Surfing Figueira
Surf
918 703 363
Rua do Cabedelo nº 36 3090-731 Figueira da Foz
escola@surfingfigueira.com
Figueira da Foz
Clube Náutico do Lago Azul
Náutica de Recreio
249 362 239
Lago Azul, Castanheira 2240-332 Ferreira do Zêzere
dupam@sapo.pt
Ferreira do Zêzere
48
3 Associações clubes
49
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .1. Associa çõe s / clube s CONTINUAÇÃO…
Denominação / Associação / Clube Associação de Surf de Aveiro
Modalidades Surf
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
234 368 658 919 246 928
Avenida João Corte Real nº 258, Praia da Barra 3830-751 Ílhavo
info@aveirosurf.com www.aveirosurf.com
Ílhavo
Clube Natureza e Aventura de Ílhavo
Canoagem
963 855 376
Rua Sargento João Nunes Redondo nº 67 3830-222 Ílhavo
aventura.ilhavo@gmail.com www.cnailhavo.com
Ílhavo
Clube de Vela da Costa Nova
Vela
234 369 300
Avenida José Estêvão 3830-453 Ílhavo
cvcn@cvcn.pt www.cvcn.pt
Ílhavo
Clube Náutico da Praia de Mira
Vela / Remo / Canoagem
968 489 029 912 507 455 918 486 884
Clube Náutico da Praia de Mira 3070-808 Praia de Mira
clubenauticopraiademira@hotmail.com
Mira
Centro Alto Rendimento de Montemor-o-Velho
Remo / Canoagem / Natação / Triatlo
239 687 300
Câmara Municipal Montemor-o-Velho Praça da República 3140-258 Montemor-o-Velho
geral@cm-montemorovelho.pt www.cm-montemorovelho.pt/centro_alto_rendimento.htm
Montemor-o-Velho
Clube Náutico Infante de Montemor
Canoagem / Natação / Remo
239 687 530
Rua Dr. João de Alarcão 3140-857 Montemor-o-Velho
infantemontemor@sapo.pt www.cimontemor.com
Montemor-o-Velho
Clube Naval da Nazaré
Vela / Mergulho / Natação / Pesca Desportiva
262 560 422 917 500 851
Rua Mouzinho de Albuquerque nº 63 2450-901 Nazaré
geral@cnnazare.pt
Nazaré
Clube de Canoagem de Ovar
Canoagem
917 314 227
Rua Ferreira de Castro nº 115, 5ºD 3880-218 Ovar
ccovar@gmail.com www.ccovar.com
Ovar
Náutica Desportiva Ovarense
Vela
256 592 548
Porto de Recreio do Carregal 3880-163 Ovar
nado@sapo.pt
Ovar
Surf Clube do Furadouro
Surf / Bodyboard
256 082 999
Rua do Varine 3880-374 Furadouro
scfuradouro@gmail.com www.scfuradouro.com
Ovar
Centro Canoagem do Oeste
Canoagem
262 759 701 967 237 975
Estrada Nacional 114, Apartado 546 2526-909 Peniche
ccoeste@sapo.pt ccoeste.no.sapo.pt
Peniche
Clube Naval de Peniche
Pesca Desportiva / Mergulho / Caça Submarina / Vela
262 782 568 966 054 520
Cais das Gaivotas 2520-619 Peniche
cnpeniche@sapo.pt http://cnpeniche.pt
Peniche
Viking Kayak Clube
Canoagem
967 092 027
Praia Fluvial de Sever do Vouga 3740-070 Sever do Vouga
vikingkaiakclub@clix.pt
Sever do Vouga
Clube Náutico Barquinhense
Canoagem / Rafting
963 731 721
Rua 5 de Outubro nº 6 2260-413 Vila Nova da Barquinha
cnb@aeiou.pt www.cnb.do.sapo.pt
Vila Nova da Barquinha
50
3 Associações clubes
51
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s Tabela 4 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por operadores por município da região Centro
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Alfa Aventura
Canoagem / Descidas de Rio / Passeios de Barco / Ski Aquático / Vela / Windsurf
969 139 320
Rua da Lagoa, nº 22 R/C Esq., Apartado 4 2205-025 Abrantes
geral@alfa-aventura.com www.alfa-aventura.com
Abrantes
Pés No Ar
Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura
965 025 843
Rua de S. Valentim nº 400 2200-230 Abrantes
info@pesnoar.pt
Abrantes
Academia d´Aventura
Canoagem / Desporto Aventura
913 894 361
Rua Larga S/N, Caselho 3750-012 Agadão
www.academiadaventura.net geral@academiadaventura.net
Águeda
Margens
Vela / Bodyboard / Remo / Canoagem / Ski Aquático / Surf / Windsurf / Rafting / Hidrospeed / Mergulho
234 648 571 933 882 041 918 123 354
Centro Comercial Diana, Loja 309 3750-144 Águeda
margens@margens.pt programas@margens.pt
Águeda
Cumes do Açôr
Canoagem / Desporto Aventura
235 205 959 965 546 782
Avenida das Forças Armadas 3300-011 Arganil
cumes_do_acor@hotmail.com
Arganil
Távolanostra
Windsurf / Surf / Bodyboard / Wakeboard / Esqui Aquático / Vela / Remo / Canoagem / Mergulho / Pesca Desportiva
235 203 029
Rua Condessa das Canas nº 9 3300-036 Arganil
geral.tabua@tavolanostra.com www.tavolanostra.com
Arganil
Ecoria
Passeios de Barco / Aluguer de Embarcações
234 425 563 967 088 183
Rua Cândido dos Reis nº 59-B 3800-200 Aveiro
geral@ecoria www.ecoria.pt
Aveiro
Embarcar os Sonhos
Passeios de Barco / Aluguer de Embarcações / Observação de Cetáceos / Mergulho
919 550 750
Rua de Aveiro nº 14 3800-901 São Jacinto
alquimiadomar@gmail.com
Aveiro
Estado Líquido
Windsurf / Kitesurf / Vela / Kayak / Surf / Stand Up Paddle
234 394 715 919 943 595
Rua Banda Amizade nº 32 3810-059 Aveiro
riactiva@riactiva.com / info@riactiva.pt www.riactiva.com
Aveiro
Onda Colossal
Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações / Observação de Cetáceos
914 171 014
Rua José Estevão, nº 27-1º F 3800-202 Aveiro
ondacolossal@gmail.com
Aveiro
Quebra Tempo
Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações
967 611 828
Rua Capitão Lebre nº 71 3810 - 384 Aveiro
paulo-rosa50@hotmail.com
Aveiro
Rializações
Canoagem / Remo / Stand Up Paddle / Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações
965 823 560
Avenida de Oita nº 18, 4º Direito 3810-143 Aveiro
rializacoes@gmail.com
Aveiro
Viva a Ria
Passeios de barco / Observação de Cetáceos
969 008 687
Rua Mário Sacramento, Ed. Colombo, Loja J 3810-106 Aveiro
vivaaria@gmail.com
Aveiro
W Kayaks
Aluguer de Embarcações / Remo / Canoagem
922 132 547
Rua de Angola nº 1 3800-008 Aveiro
rui.calado@gmail.com
Aveiro
1000 Cerimónias
Passeios de barco
234 423 149 936 654 581
R. Manuel Marques Gomes, Ed. Vera Cruz R/C Loja A 3800-221 Aveiro
geral@1000cerimonias.pt www.sensacoes.pt
Aveiro
Adventure Riders
Canoagem / Aluguer de embarcações sem motor / Desporto Aventura
913 751 614
Rua da Liberdade nº 118, R/C Esq. 3025-006 Coimbra
adv.riders@hotmail.com www.adventure-riders.com
Coimbra
52
q OPERADORES NÁUTICOS
53
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Caminhos D’ Água
Descidas de Rio / Windsurf / Mergulho / Aluguer de Gaivotas / Canyoning / Remo / Rafting / Kitesurf / Desporto Aventura
239 718 192 969 049 470 916 333 226
Rua Afonso II nº 4 3030-396 Santo António dos Olivais
info@caminhosdagua.com
Coimbra
DownStream
Canyoning / Canoagem / Rafting / Surf / Bodyboard / Desporto Aventura
966 087 358
Rua de Moçambique nº 159 -Armazém 7/8 3030-062 Coimbra
rleao@downstream.pt www.downstream.pt
Coimbra
Geoaventura
Descidas de Rio / Rafting / Desporto Aventura
914 982 651 967 049 002
Rua D. João I nº 35 – Avial, São Martinho do Bispo 3040-279 Coimbra
geral@geoaventura.pt
Coimbra
Matos e Marcelino
Canoagem / Rafting / Descidas do Rio Paiva
936 933 111
Avenida da Misericórdia Edifício 2000, Bloco 1 – 4º 3600-202 Castro Daire
mtmteam@mtm-team.com www.mtm-team.com
Caldas da Rainha
Escola de Vela da Lagoa
Aluguer de Embarcações / Vela / Canoagem / Windsurf / Kitesurf
262 978 592 962 568 005
Rua dos Reivais nº40 Nadadouro 2500-606 Foz do Arelho
info@escoladeveladalagoa.com escoladeveladalagoa.com
Caldas da Rainha
Surfoz
Surf / Bodyboard
262 833 732 964 009 264
Rua Vitorino Fróis nº24 A 2500-256 Caldas da Rainha
surfozschool@hotmail.com www.escolasurfoz.com
Caldas da Rainha
Gaventura
Canoagem / Descidas de Rio
249 739 972
Avenida das Forças Armadas, Parque de Campismo 2250-020 Constância
glaciarsportsbar@hotmail.com www.gaventura.com
Constância
Street Sport
Canoagem / Desporto Aventura
231 423 601 919 681 822 922 009 700
Rua D. Afonso Henriques nº 17 3060-137 Cantanhede
s2streetsport@gmail.com www.streetsport.no.sapo.pt
Cantanhede
EduEvent
Canoagem / Mergulho / Descidas de Rio / Vela / Desporto Aventura
213 304 256
Praia Fluvial Penedo Furado 6110-241 Vila de Rei
info@escolaaventura.com www.escolaaventura.com
Castelo Branco
Naturpesca
Pesca Desportiva / Táxi Fluvial
967 092 077
Avenida Infante D. Henrique nº 15, Maxiais 6000-022 Benquerenças
guiasnaturpesca@gmail.com
Castelo Branco
Ponsulativo
Canoagem / Canyoning / Rafting / Remo / Pesca Desportiva / Vela / Aluguer de Embarcações / Desporto Aventura
967 465 785
Rua da Fonte Nova nº 1, Lugar de Lentiscais 6000-451 Castelo Branco
cristina.domingues@travemestra.pt
Castelo Branco
D´Evento em Popa
Passeios Náuticos / Pesca Turística / Observação de Cetáceos
966 203 226
Rua Eng.º Silva nº 36 - 38 3080-150 Figueira da Foz
jgjregionis@gmail.com
Figueira da Foz
Maregalia - Charter Náutico
Charters Náuticos
967 533 153 966 203 226
Apartado 1026 Bairro Novo 3080-251 Buarcos
d.eventoempopa@sapo.pt jgjregionais@gmail.com
Figueira da Foz
Cordastrong
Canoagem / Descidas de Rio / Canyoning / Passeios de Gaivota
917 777 126 912 994 248
Carameleiro 3260-308 Figueiró dos Vinhos
geral@cordastrong.pt www.cordastrong.pt
Figueiró dos Vinhos
Várzea da Raposa
Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura
236 438 853
Ribeira Velha 3260-218 Campelo
varzea.raposa@portugalmail.pt
Figueiró dos Vinhos
54
q OPERADORES NÁUTICOS
55
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Kaventura
Canoagem / Desporto Aventura
915 823 134 925 875 479
Valadas 2240-332 Ferreira do Zêzere
kaventura.cm@gmail.com www.kaventura.com
Ferreira do Zêzere
Terra Oculta
Canoagem / Mergulho / Desporto Aventura
966 632 947
Rua Prof. Dr. António Esp. M. Ferreira nº 40 2240-334 Ferreira do Zêzere
terraoculta@sapo.pt www.terra-oculta.com
Ferreira do Zêzere
TranSerrano
Descidas de Rio / Canoagem / Canyoning / Caminhadas Aquáticas
235 778 938 961 787 772
Bairro São Paulo nº 2 3330-304 Góis
geral@transserrano.com
Góis
Different Portugal
Aluguer de Embarcações / Mergulho
916 047 883
Incubadora de Empresas - Zona Industrial 6060-182 Idanha-a-Nova
filipe.cordeiro@differentportugal.com
Idanha-a-Nova
Edeventos
Aluguer de Embarcações / Remo / Canoagem
962 579 381
Avenida Mouzinho de Albuquerque nº 30 6060-179 Idanha-a-Nova
edeventos@edeventos.pt www.edeventos.pt
Idanha-a-Nova
Trilobite
Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura
963 869 892
Rua da Alegria nº 26 6060-326 Penha Garcia
geral@trilobite.pt www.trilobite.pt
Idanha-a-Nova
Vila Fraga
Canoagem / Canyoning / Rafting / Desporto Aventura
277 366 130 962 943 193
Rua do Penedo nº 19 606-337 Penha Garcia
vilafraga@hotmail.com www.vilafraga.pt
Idanha-a-Nova
Animeventos
Bodyboard / Canoagem / Hidrospeed / Kitesurf / Rafting / Remo / Surf / Vela / Wakeboard / Windsurf / Mergulho
234 360 597 962 693 644
Rua de Aveiro nº 34 3830-770 Gafanha da Nazaré
animeventos@animeventos.pt www.animeventos.pt
Ílhavo
Apostafama
Aluguer de Embarcações / Passeios Turísticos
234 398 290 918 473 157
Rua D. Duarte nº 53 R/C Esq. A 3830-648 Gafanha da Nazaré
apostafama@gmail.com
Ílhavo
AveiroSub
Passeios de Barco / Mergulho
234 367 666
Rua D. Fernando nº 12 3830-650 Gafanha da Nazaré
aveirosub@veirosub.com www.aveirosub.com
Ílhavo
Movido a Água
Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações / Observação de Cetáceos
234 351 069
Avenida João Corte Real nº 165 3830-751 Gafanha da Nazaré
geral@movidoaagua.com
Ílhavo
Ria Norte
Passeios de Barco Moliceiro
962 452 732 968 888 897
Rua Gago Coutinho nº 72 3830-669 Gafanha da Nazaré
ria.norte@hotmail.com www.passeiosnaria.com
Ílhavo
Vela e Ria
Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações / Observação de Cetáceos
919 570 947
Avenida do Mar nº 8 3830-452 Gafanha da Encarnação
geral@velaeria.com
Ílhavo
Experience Sport
Passeios de Barco / Canoagem / Surf / Rafting
261 985 116 966 498 909
Rua dos Oficiais nº3 2430-840 Vimeiro
geral@experience-sport.com www.experience-sport.com
Lourinhã
56
q OPERADORES NÁUTICOS
57
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Global Surf School
Surf
917 973 981
Vale Geões nº 18 2530-000 Lourinhã
info@globalsurfschool.com www.globalsurfschool.com
Lourinhã
Lubremar
Pesca Desportiva
261 411 470 919 792 800
Estrada do Porto Dinheiro nº5 2530-641 Ribamar
RIPAR
Surf
968 508 618
Rua Poço do Largo nº 6, Vale de Lobos 2530-359 Lourinhã
info@ripar.pt www.ripar.pt
Lourinhã
StandUp Portugal
Stand Up Paddle
962 374 793
Rua Bartolomeu Dias, nº5 - Praia da Areia Branca 2530-218 Lourinhã
jorgebranco2010@gmail.com www.standupportugal.com
Lourinhã
DNA
Canoagem / Canyoning / Desporto de Natureza
964 016 797 916 404 108
Av. São Silvestre nº35, 1º 3200-203 Lousã
geral@dnaventura.com www.dnaventura.com
Lousã
Montes D`Aventura
Canoagem / Desporto Aventura e Ambiental
919 804 493
Rua Combatentes da Grande Guerra nº 3 Bloco 2- 4º Esq. 3200-216 Lousã
paulo.pinho@montesdaventura.com
Lousã
Turislousã
Descidas de Rio / Canoagem
914 133 128 968 336 822
Rua Dr. António José de Almeida 3220-213 Lousã
turislousa@hotmail.com www.turislousa.net
Lousã
Mitiluma Surf School
Surf / Bodyboard
919 785 651
Avenida Marginal nº 75 2430-696 Praia da Vieira
mitiluma@gmail.com www.mitiluma.com
Marinha Grande
Murillo´s
Surf / Bodyboard
244 599 070 913 814 470
Rua das Saudades nº 3 2430-492 Marinha Grande
info@murillosacademy.com www.murillosacademy.com
Marinha Grande
SurfSpot
Surf / Bodyboard
916 763 335
São Pedro Moel
surfspotsurfschool@gmail.com
Marinha Grande
Aventura21
Canoagem / Canyoning / Kitesurf / Rafting / Passeios Turísticos / Windsurf / Desporto Aventura
231 201 509
Rua das Escolas Novas, Apartado 124 3050-244 Mealhada
aventura21@sapo.pt
Mealhada
Odabarca
Passeios Turísticos no Mondego / Passeios Culturais de Tuk-Tuk
969 830 664
Apartado 99 3050-901 Mealhada
info@odabarca.com
Mealhada
Aventuris
Canoagem / Canyoning
231 922 386 963 542 439
Beco de São Paulo nº 6, Vila Nova 3450-348 Mortágua
geral@aventuris.com.pt www.aventuris.com.pt
Mortágua
Radioactiva
Canoagem / Canyoning / Rafting / Passeios de Barco (Rios Paiva e Mondego)
961 561 618
Rua do Paço nº 115 3525-060 Canas de Senhorim
geral@radioactiva.pt
Nelas
Adventure By You
Mergulho / Surf / Bodyboard / Passeios de Barco / Kitesurf
262 562 107
Rua Mouzinho de Albuquerque nº 6A, 1º 2450-255 Nazaré
geral@adventurebyyou.pt www.adventurebyyou.pt
Nazaré
58
Lourinhã
q OPERADORES NÁUTICOS
59
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Atlantic Safaris
Passeios de barco / Observação de Cetáceos
965 025 966
Rua Quinta dos Frades nº 833 2405-003 Alcogulhe
info@atlanticsafaris.com www.atlanticsafaris.com
Nazaré
Great West
Passeios de Barco / Surf / Bodyboard / Mergulho / Pesca Desportiva
262 186 346 962 965 634
Rua Dr. Amílcar Campos nº 119 – Amoreira 2510-402 Óbidos
mail@greatwest.pt www.greatwest.pt
Óbidos
Recantos de Lazer
Canoagem / Mergulho / Passeios de Gaivotas
966 855 069
Rua do Outeiro nº 46 6090-565 Penamacor
geral@recantosdelazer.pt www.recantosdelazer.pt
Penamacor
Capitão Dureza
Descidas de Rio / Rafting / Canyoning / Desporto Aventura
918 315 337 239 476 701
Rua Principal nº 64C, Telhado 3360-062 Figueira de Lorvão
info@capitaodureza.com
Penacova
O Pioneiro do Mondego
Descidas de Rio
239 478 385
Rua da Calçada nº 21 3360-184 Penacova
info@opioneirodomondego.com
Penacova
Search Time
Descidas de Rio / Ski Aquático / Vela / Windsurf / Desporto Aventura
932 961 902 968 026 347 239 476 152
Rua da Lomba nº 16 3360-184 Penacova
miguel@searchtime.pt www.searchtime.pt
Penacova
Sport Margens
Descidas de Rio / Desporto Aventura
239 477 143 917 750 840 917 511 406
Avenida 5 de Outubro nº 1 3360-191 Penacova
sportmargens@net.sapo.pt
Penacova
AcuaSubOeste
Mergulho
918 393 444
Porto de Pesca de Peniche - Armazém 3 2520-620 Peniche
aquaoeste@gmail.com www.acuasuboeste.com
Peniche
Adventure Begin
Stand Up Paddle
916 697 870
Rua das Arigueiras nº 2L 2510-772 Usseira
info@supxscape.com www.supxscape.com
Peniche
Alto Mar
Pesca Desportiva
262 083 182 962 691 771
Rua Nossa Senhora de Fátima nº 2 2520-382 Peniche
Peniche
Atraente
Pesca Desportiva
262 781 661 962 766 621
Rua das Traineiras nº 6 2520-356 Peniche
Peniche
Baleal SurfCamp
Surf
969 050 546
Rua Amigos do Baleal nº 2 2520-052 Ferrel
bookings@balealsurfcamp.com www.balealsurfcamp.com
Peniche
Berlenga Turpesca
Passeios de Barco / Pesca Desportiva
262 789 960 963 073 818
Largo da Ribeira, Pavilhão 2 2520-000 Peniche
www.cm-peniche.pt
Peniche
Berlengas Sailing
Passeios de Barco / Vela
917 295 314
Marina de Peniche 2520-620 Peniche
nazareavela@gmail.com www.berlengas-sailing.com
Peniche
60
q OPERADORES NÁUTICOS
61
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Escola de Surf de Peniche
Surf / Stand Up Paddle
262 184 593
Travessa do Salva Vidas, Praia da Gamboa 2520-534 Peniche
geral@escolasurfpeniche.com www.escolasurfpeniche.com
Peniche
FunPolis
Surf / Bodyboard / Canoagem / Mergulho
262 184 593 962 864 822
Travessa do Salva Vidas da Gamboa 2520-534 Peniche
geral@funpolis.com www.funpolis.com
Peniche
Haliotis
Mergulho
262 781 160 916 135 642
Casal Ponte, Atouguia da Baleia 2525-376 Peniche
info@haliotis.pt www.haliotis.pt
Peniche
Julius - Berlenga Praia
Passeios de Barco / Pesca Desportiva
262 782 698 917 601 114
Rua da Liberdade nº 16, R/C Esq. 2520-324 Peniche
info@julius-berlenga.com.pt www.julius-berlenga.com.pt
Peniche
Nautipesca
Passeios de Barco / Pesca Desportiva
917 588 358 936 226 658
Rua das Âncoras nº 31 2520-341 Peniche
reservas@nautipesca.com.pt www.nautipesca.com.pt
Peniche
Peniche Kite Center
Kitesurf / Surf
262 789 099 919 424 951
Avenida Monsenhor Bastos, Praia de Peniche de Cima 2520-225 Peniche
info@penichekitecenter.com www.penichekitecenter.com
Peniche
Peniche Surf Camp
Surf
962 336 295
Rua do Gualdino nº 4 2520-101 Casais do Baleal
info@penichesurfcamp.com www.penichesurfcamp.com
Peniche
São José ao Leme
Pesca Desportiva
262 083 182 962 691 771
Rua Nossa Senhora de Fátima nº 2 2520-382 Peniche
Xotavento
Passeios de Barco / Pesca Desportiva
262 759 727 917 132 216
Rua Moderna nº 7, Lugar da Estrada 2525-485 Atouguia da Baleia
xotavento@sapo.pt xotavento.com
Peniche
Go Outdoor
Canoagem / Pesca Desportiva
239 561 392 916 428 275
Mini Habitat de Penela, Rua do Brasil nº 1 3230-255 Penela
info@go-outdoor.pt www.aventura.go-outdoor.pt
Penela
Horizontes do Pinhal
Canoagem / Rafting / Remo / Aluguer de Embarcações / Desporto Aventura
274 673 139 969 016 899
Rua das Vinhas nº 14, Monte Trigo 6150-125 Proença-a-Nova
geral@horizontes.com.pt www.horizontes.com.pt
Proença-a-Nova
Trilhos do Zêzere
Canoagem / Descidas de Rio
919 675 275
Rua José Tavares nº 33–35 6100-561 Pedrógão Pequeno
trilhos_zezere@netcabo.pt www.trilhos-zezere.com
Sertã
Boca do Lobo
Canoagem / Rafting / Desporto Aventura
910 306 712
Rua da Igreja, Edifício Laranja Loja AF 3740-264 Sever do Vouga
boca.do.lobo.eventos@gmail.com
Sever do Vouga
DouroVou
Canyoning / Canoagem / Remo / Windsurf / Vela / Aluguer de Embarcações
918 521 821
Rua da Igreja nº 16, 2º esq. 3740-264 Sever do Vouga
info@douro.biz www.douro.biz
Sever do Vouga
EvasionTime
Canoagem / Rafting / Remo / Aluguer de Embarcações / Desporto Aventura
937 656 707
Vila Fria - Silva Escura 3740-343 Silva Escura
evasiontime@gmail.com
Sever do Vouga
62
q OPERADORES NÁUTICOS
Peniche
63
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Turnauga
Canoagem / Rafting / Canyoning / Desporto Aventura
967 092 027
Lugar da Lomba, Apartado 16 3740-115 Pessegueiro do Vouga
turnauga@turnauga.net www.turnauga.net
Sever do Vouga
Templar
Canoagem / Mergulho / Desporto Aventura
249 323 414 249 817 165
Rua Dr. Joaquim Jacinto nº 103 2300-577 Tomar
aventura@templar.pt www.templar.pt
Tomar
TomaRadical
Canoagem / Desporto Aventura
916 433 390
Rua de São Pedro nº 15 2300-153 Tomar
info@tomaradical.com www.tomaradical.com
Tomar
Via Aventura
Canoagem / Canyoning
916 444 026 962 414 253
Rua Principal nº 45 D, Carvalhal Pequeno 2305-406 Tomar
geral@via-aventura.com www.via-aventura.com
Tomar
Sport Natura
Canoagem / Canyoning / Rafting / Hidrospeed / Aluguer de Embarcações
232 860 100
Rua Dr. Abel de Lacerda 3475-031 Caramulo
info@sportnaturaeventos.com www.sportnatura.pt
Tondela
Escola de Surf Inês Tralha
Surf / Stand Up Paddle
919 814 615
Rua Oceano Atlântico, Lote 167, Praia de Santa Cruz 2560-748 Torres Vedras
info@esit.pt www.esit.pt
Torres Vedras
SAL
Canoagem / Surf / Bodyboard / Vela / Windsurf / Canyoning / Desporto Aventura
234 797 669 912 816 135
Rua Principal nº 402 3840-252 Gafanha da Boa Hora
joaocarcosta@sapo.pt s.a.l@orange.fr
Vagos
Cankay
Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura
232 421 714 964 084 936
Rua Coração de Jesus nº 116, Bloco B, 3º Esq. 3510-005 Viseu
geral@cankayaventura.com cankayaventura@hotmail.com www.cankayaventura.com
Viseu
Montebelo
Passeios de Barco / Pesca Desportiva / Remo / Mergulho / Vela / Windsurf / Canoagem / Aluguer de Embarcações
232 420 000
Urbanização Quinta do Bosque, Lote 150 3510-000 Viseu
montebeloaguieira@visabeiraturismo.com www.montebeloviseu.pt
Viseu
64
q OPERADORES NÁUTICOS
65
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .3. Modal id ad e s
Tabela 5 ‣ Identificação das modalidades náuticas oferecidas pelos promotores por município da região Centro
Mar
Águas Interiores
★
Abrantes
W Kayaks
●
●
●
★
★
Aveiro
★
Abrantes
1000 Cerimónias
●
★
★
Aveiro
Alcobaça
Adventure Riders
●
●
★
Coimbra
A.A.C. - S. D. Náuticos
●
●
★
★
Coimbra
A.A.C. - S. Pesca Desp.
●
★
★
Coimbra
Ass. Regional Beiras Pesca Desportiva
●
★
★
Coimbra
Caminhos D’ Água
●
●
●
★
★
Coimbra
Clube do Mar de Coimbra
★
★
Coimbra
Clube Fluvial de Coimbra
●
★
Coimbra
DownStream
●
★
Coimbra
Geoaventura
●
●
★
Coimbra
Matos e Marcelino
●
●
●
★
Caldas da Rainha
Escola de Vela da Lagoa
●
●
★
Caldas da Rainha
Surfoz
●
Clube Náutico S. Martinho do Porto
Academia D´Aventura
●
★
Águeda
Ass. Rec. Cult. Óis da Ribeira
●
★
Águeda
Ginásio Clube de Águeda
●
★
Águeda
Margens
●
●
★
Águeda
Cumes do Açôr
●
★
Arganil
Távolanostra
●
●
★
Arganil
Ass. Aveirense de Vela de Cruzeiro
Ass. Canoagem de Aveiro
●
Ass. Náutica Gafanha Encarnação
●
★
Aveiro
Ass. Náutica da Torreira
●
●
★
Aveiro
Clube Galitos de Aveiro
●
Colectividade Popular de Cacia
●
Ecoria
●
Embarcar os Sonhos
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
★
★
★
●
● ●
●
●
●
Quebra Tempo
●
Rializações
●
Sharpie Club Portugal Sporting Clube de Aveiro
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
●
Onda Colossal
Aveiro
★
●
IDECacia
★
★
Estado Líquido
66
●
★
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
●
●
★
●
●
●
★
●
★
★
Aveiro Aveiro
★
Aveiro
4
Gaventura
●
●
●
●
●
●
●
●
● ● ●
●
●
●
●
●
●
★
★
Caldas da Rainha
★ ●
Município
★
Constância
Ass. Bodyboard Palheiros da Tocha
Street Sport
●
★
Cantanhede
Ass. Clubes Canoagem Beira Baixa
●
★
Castelo Branco
EduEvent
●
★
Castelo Branco
Naturpesca
●
●
★
Castelo Branco
Ponsulativo
●
●
●
●
★
Castelo Branco
Ass. Cultural Rec. Saavedra Guedes
●
★
Estarreja
Ass. Bodyboard Foz do Mondego
●
★
Figueira da Foz
Ass. de Surf da Figueira da Foz
●
★
Figueira da Foz
●
Cantanhede
★
●
●
●
●
★
●
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
Windsurf
Aveiro
Pés No Ar
●
Canyoning / Rafting
★
Kitesurf
★
Vela
Natação / Triatlo
Pesca Desportiva
●
Mergulho
Viva a Ria
Descidas de Rio
Remo
Abrantes
Denominação PROMOTORES
Surf / Bodyboard
Canoagem
●
★
Águas Interiores
Mar
●
Aluguer / Passeios
Clube Náutico de Abrantes
Windsurf
Canyoning / Rafting
Kitesurf
●
Município
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
●
M O D ALI D A D ES
Vela
Natação / Triatlo
Pesca Desportiva
Mergulho
●
Descidas de Rio
●
Surf / Bodyboard
Canoagem
Alfa Aventura
Remo
Denominação PROMOTORES
Aluguer / Passeios
M O D ALI D A D ES
4 67
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .3. Modal id ad e s CONTINUAÇÃO…
Mergulhoceano (PADI)
Núcleo de Surf da Figueira
Surfing Figueira
Cordastrong
●
●
Várzea da Raposa
●
Centro Náutico do Zêzere / C.B
●
●
Clube Náutico do Lago Azul
●
Kaventura
●
Terra Oculta
●
TranSerrano
●
Different Portugal
●
Edeventos
●
●
●
Trilobite
●
Vila Fraga
●
Animeventos
●
●
Apostafama
●
Ass. de Surf de Aveiro
AveiroSub
●
68
★
Figueira da Foz
Movido a Água
●
★
Figueira da Foz
Ria Norte
●
Figueira da Foz
Vela e Ria
★
★
★
Figueira da Foz
★
Figueira da Foz
★
Figueira da Foz
●
★
Figueira da Foz
●
★
Figueira da Foz
●
●
●
●
●
●
★
Figueiró dos Vinhos
●
★
Figueiró dos Vinhos
★
Ferreira do Zêzere
★
Ferreira do Zêzere
★
Ferreira do Zêzere
★
Ferreira do Zêzere
★
Góis
★
Idanha-a-Nova
★
Idanha-a-Nova
●
★
Idanha-a-Nova
●
★
Idanha-a-Nova
★
Ílhavo
● ●
●
★
●
● ●
★
●
●
●
●
★ ★
Ílhavo
★
Ílhavo
★
Ílhavo
4
★
Município
Ílhavo
★
Ílhavo
★
Ílhavo
★
★
Ílhavo
●
★
★
Ílhavo
Experience Sport
●
●
●
★
★
Lourinhã
Global Surf School
●
Lubremar
RIPAR
StandUp Portugal
DNA
●
Montes D`Aventura
●
Turislousã
●
Mitiluma Surf School
●
★
Marinha Grande
Murillo´s
●
★
Marinha Grande
SurfSpot
●
★
Marinha Grande
Clube Náutico da Praia de Mira
●
●
Aventura21
●
●
Odabarca
●
C.A.R. Montemor-o-Velho
●
●
Clube Náutico Infante Montemor
●
●
Aventuris
●
Radioactiva
●
●
Adventure By You
●
Atlantic Safaris
●
●
●
★
Lourinhã
★
Lourinhã
●
★
Lourinhã
●
★
Lourinhã
●
●
●
★
Lousã
★
Lousã
Mira
★
Mealhada
★
Mealhada
●
★
Montemor-o-Velho
●
★
Montemor-o-Velho
●
★
Mortágua
●
★
Nelas
★ ●
●
Lousã
★
●
●
★
●
●
★
Nazaré
★
Nazaré
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
●
Águas Interiores
Maregalia - Charter Náutico
Clube de Vela da Costa Nova
Mar
Figueira da Foz
Windsurf
★
Canyoning / Rafting
Kitesurf
iSurf Academy
●
●
Vela
●
Natação / Triatlo
Clube Natureza Aventura Ílhavo
Pesca Desportiva
Figueira da Foz
Mergulho
Ginásio Clube Figueirense
●
★
Descidas de Rio
★
Surf / Bodyboard
Remo
●
Canoagem
D´Evento em Popa
●
Aluguer / Passeios
Denominação PROMOTORES
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
Águas Interiores
Município
Mar
Clube Náutico da Figueira da Foz
Windsurf
●
Canyoning / Rafting
Kitesurf
M O D ALI D A D ES
Vela
Ass. Remo da Beira Litoral
Natação / Triatlo
●
Pesca Desportiva
Mergulho
Remo
Descidas de Rio
Canoagem
Ass. Naval 1º Maio
Surf / Bodyboard
Denominação PROMOTORES
Aluguer / Passeios
M O D ALI D A D ES
4 69
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .3. Modal id ad e s CONTINUAÇÃO…
●
O Pioneiro do Mondego
●
Search Time
●
Sport Margens
●
AcuaSubOeste
Adventure Begin
Alto Mar
Atraente
Baleal SurfCamp
Berlenga Turpesca
●
Berlengas Sailing
●
Centro de Canoagem do Oeste
●
Clube Naval de Peniche
Escola de Surf de Peniche
●
FunPolis
●
●
Haliotis
Julius - Berlenga Praia
●
●
●
★
Ovar
São José ao Leme
●
★
Ovar
Xotavento
●
Go Outdoor
Horizontes do Pinhal
● ●
●
●
★
Penamacor
★
Penacova
★
Penacova
★
Penacova
★
Penacova
★
Peniche
★
Peniche
●
★
Peniche
●
★
Peniche
★
Peniche
★
Peniche
★
Peniche
● ●
● ● ●
★ ●
●
●
Peniche
★
Peniche
★
Peniche
★
●
★
Peniche
★
Peniche
●
★
Peniche
●
Município
★
Peniche
★
Peniche
★
Peniche
●
★
Peniche
●
★
Peniche
●
●
●
●
●
Trilhos do Zêzere
●
Boca do Lobo
●
DouroVou
●
●
●
Evasion Time
●
●
Turnauga
Viking Kayak Clube
Templar
●
★
Penela
★
Proença-a-Nova
★
Sertã
★
Sever do Vouga
★
Sever do Vouga
●
★
Sever do Vouga
●
★
Sever do Vouga
●
★
Sever do Vouga
★
★
Tomar
★
Tomar
●
★
Tomar
●
★
Tondela
● ● ● ●
●
●
Via Aventura
●
Sport Natura
●
●
Escola de Surf Inês Tralha
●
SAL
●
●
Cankay
●
Montebelo
●
●
●
●
●
●
●
Tomar Radical
Clube Náutico Barquinhense
●
●
★
Torres Vedras
★ ●
●
●
● ●
●
●
● ●
★
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
Peniche Surf Camp
Águas Interiores
Capitão Dureza
Ovar
★
Mar
●
Windsurf
●
Canyoning / Rafting
●
Kitesurf
Recantos de Lazer
Vela
Peniche Kite Center
Natação / Triatlo
Óbidos
★
Pesca Desportiva
Mergulho
Surf Clube do Furadouro
Descidas de Rio
●
★
Surf / Bodyboard
Remo
Canoagem
Náutica Desportiva Ovarense
Aluguer / Passeios
●
Nautipesca
★
Município
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
●
●
Nazaré
Águas Interiores
●
Denominação PROMOTORES
Mar
Clube Canoagem de Ovar
●
●
Windsurf
●
Canyoning / Rafting
●
Kitesurf
●
Vela
Great West
Natação / Triatlo
Pesca Desportiva
M O D ALI D A D ES
Mergulho
Remo
Descidas de Rio
Canoagem
Clube Naval da Nazaré
Denominação PROMOTORES
Surf / Bodyboard
Aluguer / Passeios
M O D ALI D A D ES
★
Vagos
★
Viseu
★
Viseu
★
Vila Nova da Barquinha
4 70
4 71
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .4. Agentes E conóm i cos Tabela 6 ‣ Identificação, localização, contactos dos agentes económicos da náutica por ramo e por município da região Centro
Denominação - Empresa
Ramo
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
Obe & Sirius
Construção de embarcações de pesca e recreio
234 646 888
Entre Caminhos - Raso Alagôa 3750-301 Águeda
40º35’39”N • 8º27’55”O
obe@obecraft.com
Águeda
Riamar
Barcos de Pesca e de Recreio em fibra de vidro
234 112 359
Malaposta 3780-294 Anadia
40º36’08”N • 8º40’20”O
www.riamar.biz
Anadia
Navalria
Construção e reparação de embarcações
234 378 970
Apartado 39 Porto Comercial 3811-901 Aveiro
40º38’09”N • 8º41’11”O
info@navalria.pt
Aveiro
Riatlante (SanRemo)
Venda de embarcações e material náutico
234 722 829
E.N. 235 Oiã 3770-059 Oliveira do Bairro
40º32’27”N • 8º31’51”O
info@sanremoboats.com
Aveiro
Nautiracing
Venda e reparação de embarcações
262 843 494
R. Bernardino Simões nº 27 2500-138 Caldas da Rainha
39º24’17”N • 9º08’07”O
www.nautiracing.com.pt
Caldas da Rainha
Aquabordo
Comércio e assistência náutica
233 435 133
Rua Jogo da Bola nº 1 3080-388 Buarcos
40º09’57”N • 8º52’49”O
Atlanticeagle
Construção, comércio e reparação de embarcações
961 368 805
Rua dos Estaleiros, Morraceira 3090-749 Figueira da Foz
40º08’34”N • 8º51’45”O
www.aeshipbuilding.com
Figueira da Foz
Estaleiros Navais do Mondego, S.A.
Construção e reparação de embarcações
233 401 600
Murraceira, Apartado 63 3081-801 Figueira da Foz
40º08’37”N • 8º51’43”O
adm@enm.pt www.enm.pt
Figueira da Foz
Figueiraeates
Venda de embarcações e material náutico
233 426 243
Doca de Recreio 3080-000 Figueira da Foz
40º08’50”N • 8º51’47”O
www.figueiraiates.com
Figueira da Foz
Goltziana
Fabricante de Kayaks de Mar de Alta Performance
233 426 969
Estrada de Coimbra Lote C 3080-302 Figueira da Foz
40º09’35”N • 8º50’33”O
loja@goltziana.com
Figueira da Foz
Navegador Mór
Construção naval em metal
233 412 101
Rua Amizade nº 4, R/C, Buarcos 3080-246 Figueira da Foz
40º09’53”N • 8º51’51”O
Figueira da Foz
Papiro Yacht Line
Reparação de embarcações e transporte marítimo
233 411 849
Avenida de Espanha, Apartado 2191 3080 Figueira da Foz
40º08’49”N • 8º51’49”O
Figueira da Foz
RPF Kayaks
Construção de Kayaks
233 428 164 919 797 090
Rua das Galinheiras nº 9 3080-023 Figueira da Foz
40º09’22”N • 8º51’24”O
ee Fonte: AD ELO
72
O AGENTES ECONÓMICOS DA NÁUTICA
Figueira da Foz
info@rpfkayaks.com http://www.rpfkayaks.com
Figueira da Foz
73
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .4. Agentes E conóm i cos CONTINUAÇÃO…
Denominação - Empresa
Ramo
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
SOREB
Reparações eletromecânicas e bobinagem em embarcações
233 420 581
Rua Direita do Monte nº 68 3080-104 Figueira da Foz
40º08’57”N • 8º51’15”O
soreb.lda@gmail.com
Figueira da Foz
Delmar Conde
Construção de embarcações personalizadas
234 361 978 966 931 582
Rua de Ílhavo nº 3 3830-488 Gafanha da Encarnação
40º36’50”N • 8º44’18”O
info@demalconde.pt www.delmarconde.pt
Ílhavo
NavalPep
Reparação e manutenção de embarcações
234 361 646
Rua Damão nº 76 3830-601 Gafanha da Nazaré
40º38’25”N • 8º41’46”O
navalpepe@hotmail.com
Ílhavo
Pontemar
Reparação, manutenção e documentação de barcos de recreio
234 363 516
Porto de Pesca Costeira 3830 Gafanha da Nazaré
40º37’46”N • 8º44’01”O
pontemar@sapo.pt
Ílhavo
MiraRia
Barcos de Pesca e de Recreio em fibra de vidro
234 322 244
Estrada da Mota, Gafanha d’ Aquém 3830-143 Ílhavo
40º38’05”N • 8º42’14”O
miraria@miraria.com www.miraria.com
Mira
Estaleiro Amigos da Ria
Construção e recuperação dos barcos moliceiros
234 868 134
Cais da Ribeira de Pardelhas 3870-168 Murtosa
40º43’52”N • 8º39’37”O
net-moliceiro@inovanet.pt www.net-moliceiro.inovanet.pt
Murtosa
Navalship - Construção e Gestão Naval S.A.
Construção e reparação de embarcações
262 562 244
Estaleiro - Porto Abrigo 2450-075 Nazaré
39º36’05”N • 9º04’12”O
Cenário
Recuperação e construção de barcos tradicionais
965 635 233
Cais do Puxadouro, Válega 3780-000 Ovar
40º50’00”N • 8º37’26”O
cenario.blogspot.com
Ovar
Paulo Manuel Henriques Rodrigues (PMHR)
Construção de embarcações tradicionais (Barca Serrana)
239 476 398
Rua da Ferradosa Velha nº 1, Ferradosa 3360-186 Penacova
40º15’52”N • 8º15’23”O
geral@pmhr.2mark.pt
Penacova
Estaleiros Navais de Peniche, S.A
Construção e reparação de embarcações
262 780 420
Molhe Leste 2520-620 Peniche
39º21’11”N • 9º22’06”O
j.paulo@enp.pt
Peniche
Fibramar
Construção de embarcações em fibra de vidro
262 759 538
Zona Industrial Porto de Lobos 2525-378 Atouguia da Baleia
39º20’38”N • 9º20’45”O
fibramar@fibramar.pt
Peniche
Franqueira & Companhia
Venda de embarcações e material náutico
262 782 287
Rua José Estêvão nº 26 2520-466 Peniche
39º21’24”N • 9º22’45”O
M.B.P, Lda.
Manutenção e aluguer de material náutico
249 371 589
Estrada da Serra nº3, Serra 2300-251 Tomar
39º35’57”N • 8º18’07”O
centronautico.castelobode@sapo.pt
Tomar
Ski World
Comércio de equipamentos náuticos
249 311 509
Rua D. Antónia Marques de Carvalho nº 15 2300-251 Tomar
39º36’03”N • 8º18’23”O
info@skiworld.pt www.skiworld.pt
Tomar
ee Fonte: AD ELO
74
O AGENTES ECONÓMICOS DA NÁUTICA
Nazaré
Peniche
75
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .5. Fed era çõe s e as s oci açõe s n a cio n a is Tabela 7 ‣ Identificação, localização, contactos dos organismos nacionais por modalidades
Denominação - ORGANISMO
Modalidades
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Associação Nacional de Cruzeiros
Vela de Cruzeiro
213 958 910
Rua General Gomes Araújo Edifício Vasco da Gama, Piso 1 1399-005 Lisboa
39º42’05”N • 9º09’52”O
geral@ancruzeiros.pt www.ancruzeiros.pt
Associação Portuguesa de Kite
Kitesurf
265 533 633
Largo Defensores da Republica nº 2-A 2910-470 Setúbal
38º31’23”N • 8º53’09”O
info@apkite.pt www.apkite.pt
Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas
Pesca Submarina / Hóquei, Tiro e Râguebi Subaquático / Natação com Barbatanas / Mergulho / Orientação
211 910 868
Rua José Falcão nº 4, 2º 1170-193 Lisboa
38º43’58”N • 9º08’02”O
fpas@fpas.pt www.fpas.pt
Federação Portuguesa de Canoagem
Canoagem / KayakSurf / Kayak Pólo
225 432 237
Rua António Pinto Machado nº 60 4100-068 Porto
41º09’49”N • 8º38’39”O
geral@fpcanoagem.pt www.fpcanoagem.pt
Federação Portuguesa de Motonáutica
Motonáutica
218 871 990
Av. Infante D. Henrique Muralha Nova S/N 1900-264 Lisboa
38º35’34”N • 9º06’12”O
fpm@fpmotonautica.org www.fpmotonautica.org
Federação Portuguesa de Natação
Natação
214 158 190
Moradia do Complexo do Jamor Estrada da Costa, Cruz Quebrada 1495-688 Dafundo
38º42’15”N • 9º15’26”O
secretaria@fpnatacao.pt www.fpnatacao.pt
Federação Portuguesa de Pesca Desportiva
Pesca Desportiva
213 140 177
Rua Eça de Queirós nº 3, 1º 1050-095 Lisboa
38º43’37”N • 9º08’53”O
fppd@fppd.pt www.fppd.pt
Federação Portuguesa de Remo
Remo
213 929 840
Doca de Santo Amaro 1350-353 Lisboa
38º41’56”N • 9º10’43”O
geral@remoportugal.pt www.remoportugal.pt
Federação Portuguesa de Surf
Surf / Bodyboard
219 228 914
Complexo Desportivo de Ouressa, Mem Martins 2725-320 Sintra
38º47’52”N • 9º21’09”O
fps@surfingportugal.com www.surfingportugal.com
Federação Portuguesa de Vela
Vela / WindSurf
213 658 500
Doca de Belém 1300-038 Lisboa
38º41’44”N • 9º11’31”O
fpvela@fpvela.pt www.fpvela.pt
FEDERAÇÕES E ASSOCIAÇÕES NACIONAIS
77
ee Fonte: istockphoto.com
76
q
GRANDES EVENTOS NÁUTICOS DA REGIÃO CENTRO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 5. G rande s e v e n tos ná u ti c o s n a r e g i ã o C e n t r o
Portugal tem granjeado fama na realização de eventos desportivos. Os eventos náuticos não fogem a esta reputação, uma vez que já se realizaram no país alguns dos eventos mais importantes das mais variadas disciplinas. Apesar de os grandes eventos náuticos não terem ainda uma forte expressão na região, existem alguns que já se enraizaram e que se realizam continuamente, sendo estes uma mais valia comprovada para as modalidades e organismos impulsionadores e para os locais que os recebem ao nível da sua promoção económica, turística e hoteleira. Começam, por conseguinte, a constar no calendário náutico mundial alguns acontecimentos realizados em Portugal que alcançam uma forte mediatização e promovem a região, como é o caso dos desportos de ondas no oeste.
1
Ria de Aveiro Weekend: iniciativa regional de capacitação e promoção da Ria, realiza-se em junho e oferece um fim de semama completamente dedicado à Ria de Aveiro e ao seu patrimómio natural e humano. No âmbito desta iniciativa dinamiza-se um conjunto diversificado de atividades, como a Grande Regata dos Moliceiros da Ria de Aveiro (atividade âncora do evento promovida pelo município de Aveiro), onde desde a Torreira até ao canal central, em Aveiro, ao longo de cerca de duas horas, a ria fica mais bonita com a profusão de cores e movimento dos Barcos Moliceiros a concurso, proporcionando excelentes e únicas imagens. 78
2
Mar Agosto: iniciativa anual no município de Ílhavo que integra no seu leque de realizações vários eventos associando a promoção do mar, da cultura, dos desportos náuticos e gastronomia, entre os quais se destacam o Festival do Bacalhau (Jardim Oudinot), o Sumol Cup - Campeonato da Europa de Bodyboard Feminino e Campeonato Nacional de Surf Feminimo (Praia da Costa Nova) e Festival Ria Agosto.
6
De seguida, destacam-se alguns exemplos de grandes eventos que contribuem ou contribuíram para a economia e desenvolvimento da região:
3
Regata Internacional Queima das Fitas de Coimbra: regata anual de remo que conta com a participação de mais de 1.100 atletas e que, sendo a maior prova da Península Ibérica da modalidade, já ultrapassou as 30 edições.
1 Fonte: http://www.cm-ilhavo.pt/uploads/event/image/946/cartaz_ria_de_aveiro_weekend-page-002.jpg 2 Fonte: http://www.cm-ilhavo.pt/uploads/news/image/1035/mar_agosto_not_cias.jpg 3 Fonte: AD ELO 4 Fonte: http://www.cm-montemorvelho.pt/images/2013/20130423_1_1.jpg 5 Fonte: homydesign / www.shuterstock.com 6 Fonte: http://praiadonorte.com.pt/wp-content/uploads/2013/09/wave_2013.jpg
4
Campeonatos da Europa e do Mundo no CAR de Montemor-o-Velho: não tendo um caráter fixo anual, são realizados pontualmente nestas instalações grandes eventos nacionais e internacionais de remo e canoagem que se apresentam como os mais importantes das respetivas modalidades.
5
Campeonatos Internacionais de Surf no oeste: o oeste vem-se afirmando como passagem obrigatória por esta zona de etapas importantes do circuito mundial do surf e de etapas dos mais prestigiados troféus internacionais de desportos de ondas.
6
Quebra de recordes mundiais: também no Oeste (Nazaré), a forte mediatização da iniciativa Zon North Canyon (2012-2014), que incentiva a procura, durante um período mínimo de três anos consecutivos, da quebra sucessiva do recorde do mundo da maior onda alguma vez surfada, consitiui um importante vetor de afirmação e promoção do território como a “Capital da Onda”.
79
FORMAÇÃO NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Em complementaridade com toda a oferta náutica das mais diversas modalidades na região, existe também uma oferta de cursos superiores que direta ou indiretamente propiciam a aprendizagem dos mais variados conteúdos de relevante interesse para o setor e que se constituem certamente como uma alavanca para o seu desenvolvimento.
ee Fonte: Akirastock / www.istockphoto.com
1 . 6. Form aç ã o ná u ti c a
1 .6 .1. Cursos e f orm ação Universidade de Aveiro:
ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e Administração de Aveiro:
Instituto Politécnico de Leiria Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche:
44 Licenciatura em Ciências do Mar - licenciatura multidisciplinar de três anos que pretende fornecer uma formação sólida de base nos diversos aspetos das ciências marinhas.
44 Licenciatura em Gestão das Atividades Marítimas e Portuárias – licenciatura de três anos que pretende assegurar a formação superior de técnicos/as especializados/as ao nível da gestão de atividades relacionadas com o mar.
44 Licenciatura em Biologia Marinha e Biotecnologia – licenciatura de três anos que pretende conferir competências de gestão sustentável dos recursos biológicos marinhos.
44 Licenciatura em Meteorologia, Oceanografia e Geofísica – licenciatura de três anos que tem como objetivo providenciar uma formação sólida em ciências da terra, da atmosfera e do oceano, com especial ênfase nos processos físicos. 44 Mestrado em Biologia Marinha – mestrado de dois anos letivos, pretendendo-se alcançar uma compreensão aprofundada dos principais processos biológicos de produção e de degradação da matéria orgânica que decorrem nos ecossistemas marinhos. 44 Mestrado em Ciências do Mar e das Zonas Costeiras – tendo a duração de dois anos, propõe-se fornecer conhecimentos sólidos e multidisciplinares, dos principais processos físicos, químicos, biológicos e geológicos que caracterizam e ocorrem nos sistemas costeiros e marinhos. 44 Mestrado em Meteorologia e Oceanografia Física – ao longo de dois anos visa a obtenção de conhecimentos relativamente aos processos físicos que determinam a evolução dos estados da atmosfera e do oceano. 44 Doutoramento em Ciência, Tecnologia e Gestão do Mar 44 Doutoramento em Ciências do Mar e do Ambiente 44 Doutoramento em Gestão Marinha e Costeira
80
Universidade de Coimbra:
44 Mestrado em Aquacultura – ao longo de dois anos pretende-se fomentar os conhecimentos da aquacultura moderna e dos novos métodos de cultivo em ambiente aquático.
44 Curso de Climatologia e Hidrologia Médicas – com a duração de um ano, é destinado a médicos/as que queiram especializar-se em clínica hidrológica e climatérica com particularização em águas minerais portuguesas.
44 Mestrado em Biotecnologia dos Recursos Marinhos – com a duração de três anos, este mestrado pretende cimentar conhecimentos da biologia marinha aliada à conservação e gestão sustentável dos recursos marinhos.
44 Pós-graduação em Economia e Gestão da Água – tendo a duração de um semestre, este novo curso procura criar uma visão integrada das múltiplas dimensões que caracterizam a água, como recurso fundamental para a existência das atividades económicas e da própria vida. 44 Licenciaturas e Mestrados em Geografia e Desenvolvimento – com a duração de três e dois anos respetivamente, conferem ensinamentos nas áreas da hidrologia, climatologia marinha, desenvolvimento sustentável e ordenamento das orlas costeiras e águas interiores.
Na Universidade de Coimbra (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra) está sediado ainda o IMAR – Centro de Transferência de Saberes do Mar e do Ambiente, que coordena grupos de investigação nas seguintes áreas do saber do domínio náutico: kk Ecossistemas de zonas húmidas, estuários e zonas marinhas costeiras kk Ecossistemas de água doce e bacias hidrográficas kk Sistemas sedimentares, hidrodinâmicas e alterações globais kk Ecotoxicologia e avaliação de riscos ambientais kk Recursos hídricos e ambiente kk Modelação ecológica.
Na Universidade de Aveiro está identicamente institucionalizado um centro de investigação e transferência de tecnologia dedicado às questões do mar, denominado ECOMARE, que é constituído por duas unidades básicas, o Centro de Extensão e de Pesquisa Ambiental e Marinha (CEPAM) e a Unidade de Pesquisa e Recuperação de Animais Marinhos (UPRAM), cada uma com funções e valências únicas em Portugal. Este centro pretende desenvolver prestação de serviços de I&D e transferência de tecnologia a empresas e organizações governamentais e internacionais no âmbito do mar, com vista ao aproveitamento sustentável dos recursos marinhos. Neste polo universitário está ainda sediado o CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar que envolve cerca de 500 investigadores e investigadoras de seis departamentos da Universidade de Aveiro: ambiente e ordenamento, biologia, engenharia civil, fí¬sica, geociências e quí¬mica. O CESAM tem por missão desenvolver investigações na área do ambiente costeiro e marinho envolvendo a atmosfera, a biosfera, a hidrosfera, a litosfera e a troposfera. É igualmente relevante salientar, que na região Centro é fornecido um vasto leque de formações técnicas e profissionais, com especial destaque para o For-Mar – Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar, que ministra continuamente um conjunto alargado de cursos multidisciplinares ligados à ciência e arte náutica e piscatória, nos seus centros de formação de Ílhavo, Figueira da Foz e Peniche/Nazaré. Também na Figueira da Foz está instalado desde 1995 o CEMAR - Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque, que desenvolve ações de investigação, desenvolvimento e cooperação nas diferentes temáticas marítimas.
81
FORMAÇÃO NÁUTIVA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .6 .2. Cartas d e nave gad or Tabela 8 ‣ Cartas de navegador
Denominação Entidade Formadora
Cursos
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
Clube Náutico de São Martinho do Porto
Principiante / Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa
262 980 290
R. Cândido dos Reis 2460-637 São Martinho do Porto
39º30’43”N • 9º08’24”O
cnsmp@cnsmp.org cnsmp@sapo.pt
Alcobaça
A.A.Coimbra - Secção de Desportos Náuticos
Principiante / Marinheiro
239 810 023 916 997 194
Avenida Inês de Castro, Pavilhões A e B 3040-255 Santa Clara
40º11’59”N • 8º25’43”O
geral@aac-nauticos.com
Coimbra
Forsailing
Marinheiro
964 919 375
Rua do Bonfim nº 58 6000-186 Castelo Branco
39º49’40”N • 7º28’25”O
forsailing@netcabo.pt www.forsailing.pt
Castelo Branco
Clube Náutico da Figueira da Foz
Principiante / Marinheiro / Patrão Local
233 428 019
Doca de Recreio da Figueira da Foz 3081-801 Figueira da Foz
40º08’50”N • 8º51’46”O
cnaff@sapo.pt
Figueira da Foz
Consulfoz
Principiante / Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa / Patrão de Alto Mar
233 418 209
Estação Fluvial da Margem Sul 3090-661 Figueira da Foz
40º09’07”N • 8º51’27”O
exames-consulfoz@sapo.pt
Figueira da Foz
Clube de Vela da Costa Nova
Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa
234 369 300
Avenida José Estevão 3830-453 Gafanha da Encarnação
40º36’31”N • 8º44’55”O
cvcn@cvcn.pt www.cvcn.pt
Ílhavo
Sharpie Club de Portugal
Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa
934 682 695
Porto de Pesca Costeira de Aveiro 3830-565 Gafanha da Nazaré
40º37’45”N • 8º44’05”O
sharpieclub@gmail.com
Ílhavo
7,5° Oeste
Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa
962 534 078
Cais Comercial Terminal N, Edifício 6, Forte da Barra 3830-702 Gafanha da Nazaré
40º38’27”N • 8º44’31”O
escola@75oeste.com www.75oeste.com
Ílhavo
NW - Actividades Náuticas
Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa
262 562 292
Porto da Nazaré- Edifício IPTM 2450-075 Nazaré
39º35’02”N • 9º04’19”O
noroeste@net.sapo.pt www.noroeste.com.pt
Nazaré
Haliotis
Patrão Local / Patrão de Costa
262 781 160
Porto de Abrigo de Sesimbra 2970-000 Sesimbra
39º21’01”N • 9º21’35”O
geral@haliotis.pt pedro.oliveira@haliotis.pt
Peniche
ee Fonte: www.pixabay.com
82
9 CARTAS DE NAVEGADOR
83
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 7. Patri móni o
Na região Centro destaca-se um riquíssimo património cultural e natural com características endógenas únicas que complementam e fortalecem a atividade náutica. 1 .7 .1. Patrimóni o cultur al Arte Xávega
Barca Serrana do Mondego
Barcos Moliceiros
Batel do Sal
A Xávega é uma arte de pesca por cerco, realizada por embarcações tradicionais muito características, na qual uma extremidade da rede fica em terra, enquanto a rede é colocada a bordo de uma embarcação que sai para o mar, libertando-a. A outra extremidade é levada para terra, e puxada; antigamente com a ajuda de juntas de bois e força braçal, e atualmente recorrendo a meios mecânicos. Este tipo de pesca centenária na costa portuguesa é atualmente objeto de fortes interesses turístico-culturais, em complemento dos fins comerciais de outrora, sendo ainda observável nos areais do Furadouro, Torreira, Vagueira, Mira, Tocha, Quiaios, Costa de Lavos, Pedrógão, Vieira, Peniche e Nazaré, entre outros.
Lançada em Abril de 2012 na praia fluvial do Reconquinho em Penacova, esta réplica é o resultado de uma parceria entre a AD ELO e o município de Penacova no âmbito do projeto europeu NEA 2-Náutica no Espaço Atlântico integrando um leque de iniciativas de dinamização da atividade náutica na região. Apresenta como objetivos reavivar tradições, usos e costumes, proteger e preservar os métodos construtivos tradicionais e realçar o potencial que a exploração comercial da Barca Serrana pode desempenhar na dinamização do turismo local.
Moliceiro é o nome dado aos barcos que circulam na ria de Aveiro, região lagunar do rio Vouga. Destinavam-se outrora à colheita e transporte de moliço (vegetação da ria, utilizada para fertilizar os campos agrícolas), mercadorias e gado, sendo hoje essencialmente uma atração turística, visível pelo enorme tráfego destas embarcações nos canais da “Veneza de Portugal”. Em forma de meia lua, os moliceiros têm mastro e leme de grandes dimensões. O seu pequeno calado permite-lhes mover-se nos canais menos fundos, sendo, nessas circunstâncias, movido à vara. Estes ex-libris da cidade de Aveiro possuem uma proa e ré muito aprimoradas que normalmente estão pintadas com cores fortes e desenhos, representando ou satirizando os mais diversos temas, desde cenas religiosas, românticas ou políticas e sociais.
Atracado na Figueira da Foz, encontra-se uma réplica de um secular Batel do Sal. O “Sal do Mondego” é a única embarcação do género a navegar no estuário do Mondego. Os passeios turísticos a bordo deste batel pretendem recriar a tradição histórica da atividade salineira, dando relevo à fauna e à flora peculiar da foz do Mondego.
ee Arte Xávega na praia da Costa de Lavos Fonte: AD ELO
ee Réplica de Barca Serrana do Mondego (praia fluvial de Reconquinho em Penacova) Fonte: AD ELO
ee Barcos Moliceiros Fonte: Wikipédia
ee Réplica de Batel do Sal -“Sal do Mondego” Fonte: AD ELO
6 Câmara Municipal de Penacova Largo José Alberto Leitão, 5 3360-341 Penacova 8 +351 239 470 300 9 40º16'00"N • 8º16'44"O @ geral@cm-penacova.pt s www.cm-penacova.pt
6 Ria de Aveiro - C. M. de Aveiro Cais da Fonte Nova, Ap. 244 3811-904 Aveiro 8 +351 234 406 300 9 40º38'28"N • 8º39'20"O @ geral@cm-aveiro.pt s www.cm-aveiro.pt
6 Armazéns de Lavos 3090 Lavos 8 +351 961 365 457 9 40º06'20"N • 8º36'08"O @ nucleo.sal@cm-figfoz.pt s www.cm-figfoz.pt
84
85
PATRIMÓNIO
Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Quiaios (CRAM-Q) As primeiras estruturas permanentes de reabilitação de animais marinhos em Quiaios surgiram em 2006 devido a um aumento no número de pedidos de ajuda para o salvamento de animais marinhos e à falta de unidades de apoio. Esta realidade era bastante evidente na faixa litoral entre Peniche e o Porto, obrigando a uma melhoria na eficácia de atuação por parte da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem (SPVS). Assim surgiu o Centro de Recuperação de Quiaios (Figueira da Foz) que se encontra aberto ao público.
ee Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Quiaios Fonte: CRAM-Q
6 Casa da Guarda Florestal Rua das Matas Nacionais 3081-101 Figueira da Foz 8 +351 919 618 705 9 40º13'43"N • 8º52'42"O @ cramq@socpvs.org s www.cramq.socpvs.org
86
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Ciclovias/Ecovias
Ecomuseu do Olival
Ecomuseu Marinha da Troncalhada
Para uma região se tornar atrativa e competitiva necessita de apostar naquilo que a distingue das outras, nas suas especificidades, valorizando os seus próprios recursos e tornando-os inovadores. As redes de ciclovias constituem uma excelente oportunidade, podendo assumir um contributo preponderante na definição de estratégias de desenvolvimento turístico mais competitivas e sustentadas que associam os recursos naturais aos culturais disponíveis para o processo de desenvolvimento, tornando-o mais coeso, sustentável e inclusivo. A região Centro é dotada de algumas destas acessibilidades, onde se destacam a Ecopista do Rio Dão (49,5 quilómetros), a Pista Ciclopedonal de Mira (25 quilómetros), a Ciclovia da Tocha (4,5 quilómetros), a Ciclovia Urbana da Figueira da Foz (4 quilómetros) e a Ciclovia da Marinha Grande, que se divide em três percursos: Marinha Grande- Praia da Vieira (18 quilómetros), Marinha Grande – São Pedro de Moel (9 quilómetros) e São Pedro de Moel – Nazaré (20 quilómetros).
Ecomuseu inaugurado em 1994 como resultado da recuperação de um moinho de água em ruínas, possuindo um espólio etnográfico regional assinalável. O museu é composto por três partes distintas: a cozinha, a sala de estar e a sala do moinho. Nesta última sala encontram-se os dois moinhos existentes, totalmente recuperados e em funcionamento.
Marinha de sal ainda em atividade, adaptada para ecomuseu onde é possível, dependendo das estações do ano, ver a produção e recolha de sal feitas, nos nossos dias, ainda de forma tradicional. A visita a este núcleo explora as vivências e tradições ligadas à salicultura da região aveirense, bem como o seu património natural onde se inclui a diversidade de paisagens e a fauna e flora características. O Ecomuseu Marinha da Troncalhada, através do Museu da Cidade de Aveiro, faz parte integrante do projeto Ecosal-Atlantis. Projeto que entre muitas outras iniciativas conta com a criação da Sal Tradicional Rota do Atlântico.
ee Fonte: www.pixabay.com
ee Ecomuseu do Olival Fonte: www.mediotejodigital.pt
ee Ecomuseu Marinha da Troncalhada Fonte: Câmara Municipal de Aveiro
6 Rua Carvalho da Bola, nº14 2435-451 Ourém 9 39º42'29"N • 8º36'11"O
6 Cais das Pirâmides 3800-200 Aveiro 9 40º38’42’’N • 8º39’01’’O
87
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Farol da Barra
Farol do Cabo Carvoeiro
Farol do Cabo Mondego
Farol e Forte da Nazaré
O Farol da Barra situa-se na praia com o mesmo nome, sendo um dos ex-líbris do município de Ílhavo. Construído à entrada da barra, esta admirável obra do século XIX (18851893) passou a estar de vigia a toda a navegação que até aí não dispunha de orientação, evitando os naufrágios nos bancos de areia. As embarcações da época eram frequentemente atraídas para terra, devido à ilusão de afastamento, provocada por uma costa muito plana com as primeiras elevações a grande distância do mar. À data da sua construção foi o sexto maior do mundo em alvenaria de pedra, continuando a ser atualmente o mais alto de Portugal, o segundo maior da Europa e considerado o 26º mais alto do mundo, erguendo-se 66 metros acima do nível do mar, com uma altura de 62 metros. A sua potente lâmpada projeta um feixe luminoso visível, em condições normais de transparência atmosférica, a 26 milhas náuticas, cerca de 48 quilómetros.
O Farol do Cabo Carvoeiro faz parte do grupo de seis faróis mandados edificar pelo Alvará Pombalino de 1 de fevereiro de 1758 que criou o Serviço de Faróis em Portugal. Entrou em funcionamento em 1790, sendo assim um dos mais antigos da costa portuguesa. Situa-se a uma altitude de 57 metros acima do nível do mar e tem uma altura de 27 metros. A sua luz tem um alcance de aproximadamente 15 milhas náuticas, cerca de 28 quilómetros.
Situado no Cabo do Mondego foi construído entre 1835 e 1858. Debruçado sobre o Atlântico, este pitoresco farol é composto por uma torre quadrangular branca com edifício anexo, tem 15 metros de altura ficando 97 metros acima do nível do mar e apresenta o alcance luminoso de 28 milhas náuticas, cerca de 52 quilómetros. Encaixado na magnífica paisagem da Serra da Boa Viagem é presentemente um dos locais mais visitados da Figueira da Foz.
Farol instalado no Forte de São Miguel (1577) desde 1903 e automatizado em 1986, servindo para o auxílio à navegação. Tem atualmente um alcance luminoso de 15 milhas, cerca de 28 quilómetros e com oito metros de altura, está 50 metros acima do nível do mar. Presentemente tem tido bastante divulgação e projeção internacional graças às inúmeras imagens que retratam as quebras dos records da maior onda surfada.
ee Farol da Barra Fonte: www.patrimonioreligiosodeilhavo.blogspot.pt
ee Farol do Cabo Carvoeiro Fonte: www.oitograus.blogspot.com
ee Farol do Cabo Mondego Fonte: AD ELO
ee Farol e Forte da Nazaré Fonte: www.dn.pt
6 Largo do Farol, Praia da Barra 3830-753 Gafanha da Nazaré 8 +351 234 369 271 9 40º38'33"N • 8º44'52"O @ geralcmi@cm-ilhavo.pt s www.cm-ilhavo.pt
6 Cabo Carvoeiro 2520-607 Peniche 8 +351 262 780 122 9 39º21'36"N • 9º23'58"O @ cmpeniche@cm-peniche.pt s www.cm-peniche.pt
6 EN 109-8, Buarcos 3080-008 Figueira da Foz 8 +351 233 422 955 9 40º11'28"N • 8º54'19"O @ municipe@cm-figfoz.pt s www.cm-figfoz.pt
6 Estrada do Farol - Sítio da Nazaré 2450-065 Nazaré 8 +351 262 551 171 9 39º35'23"N • 9º04'58"O @ geral@cm-nazare.pt s www.cm-nazare.pt
88
89
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Farol e Forte das Berlengas
Farol Penedo da Saudade
Forte da Figueira da Foz
Forte de Peniche
Sendo um dos mais antigos faróis portugueses, o também denominado de “Farol Duque de Bragança” foi mandado edificar por Alvará pombalino em 1758, porém, só em 1839 é que a sua luz passou a iluminar as noites do Atlântico. A sua torre quadrangular tem 29 metros de altura, encontra-se 121 metros acima do nível do mar a e sua luz atinge um alcance de 27 milhas náuticas, cerca de 50 quilómetros. Outro ponto de referência das Berlengas é o Forte S. João Batista, concluído em 1666, serviu ao longo da história como uma estratégica linha de defesa da costa portuguesa. Presentemente tem 20 quartos e variados serviços abertos ao público.
Inaugurado em 1912, por não haver, na época, nenhum outro entre Peniche e o Cabo Mondego, o farol servia não só de aviso à navegação mas também para a deteção de fogos no pinhal. Tem de altura 51 metros, desde o nível do mar até ao topo da sua torre e um feixe luminoso que atinge uma distância de 41 milhas, cerca de 76 quilómetros.
Denominado de Forte de Santa Catarina, localiza-se na freguesia de Buarcos. Este forte que serviu de base ao Duque de Wellington quando desembarcou em Portugal em 1808, para ajudar a expulsar as tropas de Napoleão, foi edificado no século XVII e fez parte da linha defensiva que integrava o forte de Buarcos (que ainda ostenta parte da sua vistosa muralha junto ao areal) e de Palheiros (onde permanecem ruínas do seu Fortim). Possui uma pequena capela dedicada a Santa Catarina que foi, juntamente com o forte, classificada como monumento nacional em 1961.
Esta fortaleza foi mandada edificar por D. João III em 1557 e concluída em 1645 por D. João IV, que a considerou a principal chave do Reino pela parte do mar, tendo sido uma praça militar de vital importância estratégica até 1897. Esta edificação, que serviu de prisão política durante o Estado Novo, tem presentemente um museu aberto ao público que evoca toda a sua história e da região.
ee Farol e Forte das Berlengas Fonte:www.panoramio.com
ee Farol Penedo da Saudade (São Pedro de Moel) Fonte: www.cq0odx.clanteam.com
ee Forte da Figueira da Foz Fonte: www.pela-positiva.blogspot.pt
ee Forte de Peniche Fonte: Wikipédia
6 Reserva da Berlenga 2520 Peniche 8 +351 262 787 910 9 39º24'54"N • 9º30'33"O @ cmpeniche@cm-peniche.pt s www.cm-peniche.pt
6 Avenida do farol 2430-502 São Pedro de Moel 8 +351 234 406 300 9 39º45'50"N • 9º01'51"O @ geral@cm-mgrande.pt s www.cm-mgrande.pt
6 Avenida 25 de Abril 3080-086 Figueira da Foz 8 +351 233 422 630 9 40º08'52"N • 8º51'58"O @ jf.sjuliao.fig@net.novis.pt s www.saojuliao.pt
6 Campo da República 2520-609 Peniche 8 +351 262 780 116 9 39º21'13"N • 9º22'49"O @ museu@cm-peniche.pt s www.cm-peniche.pt
90
91
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Moinho das Doze Pedras (Moinho de Marés)
Museu dos Rios e das Artes Marítimas
Museu Marítimo de Ílhavo e Aquário de Bacalhaus
Navio Santa Maria Manuela
O Moinho das Doze Pedras ou Moinho de Marés encontra-se inserido na unidade agrícola da Quinta do Canal, junto ao rio Pranto. A data da sua construção remonta ao século XVIII e foi mandado construir pelo Colégio de Santo Antão de Coimbra - Companhia de Jesus. Apesar da sua utilização inicial se destinar à atividade industrial e agrícola, o moinho, serviu também como armazém de grão ou farinha. Presentemente, o equipamento encontra-se desativado.
Fundado a 11 de Abril de 1998 em Constância, este museu possui um conjunto de coleções de etnografia fluvial e pretende recolher, salvaguardar e divulgar o património centenário deste porto fluvial, que assumiu uma posição de relevo até meados do século XX. Encontra-se dividido em três espaços, sendo o primeiro dedicado à pesca, o segundo ao transporte fluvial e o terceiro dedicado à construção naval. Possui ainda uma sala que representa a festa anual em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, protetora do povo marítimo.
O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) alberga uma vasta coleção de objetos relacionados com a pesca à linha do bacalhau e com as fainas marítimas da ria de Aveiro destacando as diversas artes de pesca da laguna nos séculos XIX e XX. No âmbito das Comemorações do 75.º Aniversário do MMI, a Câmara Municipal de Ílhavo inaugurou em janeiro de 2013, o Aquário de Bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo, numa aposta forte na promoção da cultura marinheira do Município Capital Portuguesa do Bacalhau. O Aquário de Bacalhaus confere uma nova tripla dimensão deste espaço de cultura: museu, aquário e investigação, esta última, resultado da ativação do Centro de Investigação e Empreendedorismo do Mar (CIEMar-Ílhavo) inaugurado de março de 2012. Assumindo-se como organização ativa no processo de valorização social da maritimidade, o CIEMar-Ílhavo é uma estrutura aberta a uma vasta comunidade de públicos e ao estabelecimento de sinergias com diversas instituições e agentes de cultura e conhecimento como universidades e centros de investigação de reconhecida competência na área marítima.
O Santa Maria Manuela é um raro exemplar de um navio de quatro mastros, lançado em 1937. Criado na Companhia União Fabril (CUF) em Lisboa foi abatido e desmantelado em 1993 e reconstruido entre 2007 e 2010, recuperando, aquelas que tinham sido as suas principais características ainda enquanto lugre bacalhoeiro, sem esquecer o conforto e a comodidade indispensáveis nos dias de hoje. Durante várias décadas o Santa Maria Manuela cumpriu numerosas de viagens à pesca de bacalhau (chamadas "campanhas"), e, juntamente com os navios Creoula e Argus, fez parte da famosa Frota Branca Portuguesa. De antigo lugre bacalhoeiro passou a navio de turismo cultural de vocação marítima, promovendo a realização de viagens temáticas de turismo alternativo e direcionando-se a quem aprecia o turismo aventura em geral e procura opções de viagens ou férias didáticas e vivenciais, viagens temáticas pela subordinação a um tema, seja a observação de espécies marinhas, exploração de zonas de interesse ambiental, ou a vivência de viagens de importância histórico cultural como por exemplo a pesca do bacalhau na Terra Nova ou nas etapas das Descobertas, pressupondo a participação ativa dos/as participantes nas tarefas de bordo.
ee Moinho das Doze Pedras Fonte: Wikipédia
ee Museu dos Rios e das Artes Marítimas Fonte: www.mediotejodigital.pt
ee Museu Marítimo de Ílhavo Fonte: www.standartwall.com
ee Navio Santa Maria Manuela Fonte: Wikipédia
6 Quinta do Canal - Alqueidão 3090 Figueira da Foz 9 40º06'36"N • 8º46'47"O
6 Estrada Nacional, nº3 2250 Constância 9 39º28'39"N • 8º20'27"O
6 Avenida Dr. Rocha Madahíl 3830-193 Ílhavo 8 +351 234 329 990 9 40º36'16"N • 8º39'57"O @ museuilhavo@cm-ilhavo.pt s www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt
6 Cais dos Bacalhoeiros, Ap.12 3834-909 Gafanha da Nazaré 8 +351 234 390 290 9 40º38'55"N • 8º43'07"O @ santamariamanuela@gmail.com s www.santamariamanuela.pt
92
93
PATRIMÓNIO
Núcleo Museológico do Mar da Figueira da Foz
Núcleo Museológico do Sal da Figueira da Foz
O Navio-museu Santo André é um antigo arrastão bacalhoeiro que se encontra atracado no Jardim Oudinot em Ílhavo. O Santo André, que nasceu para a pesca em 1948, não resisitiu às restrições à pesca em águas exteriores que resultaram na redução da frota e no abate de boa parte dela nos anos oitenta, tendo sido convertido em museu em 2001, iniciou um novo ciclo de vida mostrando como se vivia e trabalhava a bordo dos barcos de pesca do bacalhau nos mares gelados do Atlântico Norte.
Este espaço nasceu da necessidade de recuperar e divulgar algumas das principais memórias históricas das práticas piscatórias mais identificativas das comunidades da orla costeira do concelho da Figueira da Foz. O Núcleo Museológico do Mar encontra-se estruturado em três grandes áreas temáticas: a atividade piscatória do concelho da Figueira da Foz; a pesca do bacalhau e as gentes do mar - a arte e a fé.
Criado com a missão de interpretar, valorizar e difundir a relação secular do homem com o território das salinas do concelho da Figueira da Foz. O Núcleo Museológico do Sal pretende ainda informar e sensibilizar os diversos públicos para a necessidade de preservação de uma atividade tradicional e artesanal e funcionar como um centro de informação sobre a riqueza da biodiversidade deste ecossistema singular em que se insere a salicultura.
ee Navio-museu Santo André Fonte: www.geocaching.com
ee Núcleo Museológico do Mar da Figueira da Foz Fonte: AD ELO
ee Núcleo Museológico do Sal da Figueira da Foz Fonte: AD ELO
6 Cais do Jardim Oudinot, Forte da Barra 3830 Gafanha da Nazaré 8 +351 234 329 990 9 40º38'29"N • 8º43'43"O @ museuilhavo@cm-ilhavo.pt s www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt
6 Rua Governador Soares Nogueira, 32 3080-296 Buarcos 8 +351 233 413 490 9 40º09'54"N • 8º52'34"O @ nucleo.mar@cm-figfoz.pt s www.figueiradigital.com
6 Armazéns de Lavos 3090-451 Lavos 8 +351 966 344 488 9 40º06'20"N • 8º36'08"O @ nucleo.sal@cm-figfoz.pt s www.figueiradigital.com
94
ee Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-5G0y1p-y8ik/SnyqVDxlPaI/AAAAAAAADtg/jNWIyRy0kek/s1600/Ecomuseu+do+Sal+Figueira+8.jpg
Navio-museu Santo André
95
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .7 .2. Patrimóni o natural
Reservas Naturais
Áreas Protegidas
Reserva Natural da Serra da Malcata
Reserva Natural das Berlengas
A Serra da Malcata é a uma das maiores elevações de Portugal continental, com 1.075 metros de altitude. Situa-se na região de transição da Beira Alta e da Beira Baixa, entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, integrando o sistema montanhoso luso-espanhol da Meseta. Nela foi criada, em 1981, a Reserva Natural da Serra da Malcata, que com uma área protegida de 16.348 hectares, tem como principal objetivo a salvaguarda do Lince-ibérico que ali vive e de todo o ecossistema a ele associado, sendo este o felino mais ameaçado do mundo. Atualmente acredita-se que o lince esteja quase extinto na reserva, ainda que a área possa no futuro ser utilizada como área de reintrodução. Entre as outras espécies animais importantes presentes no parque encontram-se o Gato-bravo, a Víbora-cornuda, o Cágado, a Cobra-de-escada, a Cobra-rateira, o Bufo-real, o Javali, a Raposa-vermelha, a Gineta, o Grifo, o Chapim-azul e destaca-se ainda a Cegonha-preta, uma espécie rara em Portugal. Praticamente todas as espécies de anfíbios existentes em Portugal continental estão representadas na reserva. No domínio da flora é dominada, a norte pelo Carvalho-negral e pelo Pinheiro, a sul pela Azinheira e pelo Medronheiro, nas margens dos principais cursos de água pelo Freixo, pelo Amieiro e pelo Salgueiro. A Serra da Malcata é a sétima elevação de Portugal continental. Ali nasce o rio Bazágueda, afluente do Erges, que faz parte da rede hidrográfica do Tejo. O relevo é ondulado, com presença de bosques e áreas de mato mediterrânico.
Situada 5,7 milhas a oeste do Cabo Carvoeiro, a Reserva Natural das Berlengas foi instituída a 3 de setembro de 1981. Porém, as Berlengas são reconhecidas como sendo a primeira área protegida do mundo, desde o reinado de D. Afonso V que a 15 de novembro de 1465 lhe atribuiu o estatuto de proteção integral. As três pequenas ilhas (Berlenga Grande, Estela e Farilhões) apresentam uma fauna característica, onde se destacam a Lagartixa-de-bocage e o Sardão, esta última espécie ameaçada pelas populações de Gaivotas, Coelhos-bravos e Ratos-pretos. Existem várias espécies de aves, marinhas e não marinhas, que nidificam neste ponto isolado do litoral, tais como o Airo (ave símbolo da Reserva Natural das Berlengas); a Cagarra, o Corvo-marinho-de-crista, a Gaivota, a Pardela-de-bico-amarelo e o Roque-de-castro. Algumas das espécies de flora endémica presentes no arquipélago das Berlengas são únicas na Terra, outras apresentam distribuição muito restrita. A quase ausência de espécies arbóreas explica-se pela dificuldade de instalação, devido à falta de solo fértil e aos ventos fortes carregados de sal. Estão assim inventariadas cerca de uma centena de espécies de herbáceas e arbustivas, de entre as quais as seguintes espécies endémicas: Armeria berlengensis; Pulicaria microcephala; e Herniaria berlengiana. Atualmente só podem entrar nas Berlengas 350 pessoas por dia, de forma a ser minimizado o impacto na natureza e no habitat das suas espécies.
ee Reserva Natural da Serra da Malcata Fonte: Infopédia
ee Reserva Natural das Berlengas Fonte: www.tintafresca.net
9 40º16'44"N • 7º01'44"O
9 39º24'54"N • 9º30'33"O
O processo de criação de Áreas Protegidas (AP) é, regulado por legislação específica (Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho), surgindo como um instrumento de ação estratégica oficial fundamental à conservação da natureza e da biodiversidade. A classificação das AP de âmbito nacional pode ser proposta pela autoridade nacional ou por quaisquer entidades públicas ou privadas; a apreciação técnica pertence ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), sendo a classificação decidida pela tutela. O Decreto-Lei n.º
142/2008, de 24 de julho, prevê ainda a possibilidade de criação de Áreas Protegidas de Estatuto Privado (APP). As tipologias existentes são Reserva Natural, Monumento Natural, Parque Natural, Paisagem Protegida e Parque Nacional. As Áreas Protegidas de âmbito nacional e as Áreas Protegidas de Estatuto Privado pertencem à Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP).
DUNAS DE SÃO JACINTO
SERRA DA ESTRELA SERRA DA MALCATA CABO MONDEGO
PAUL DE ARZILA MONTES DE SANTA OLAIA E FERRESTELO
SERRA DO AÇOR
PORTAS DE RODÃO MONTE DE SÃO BARTOLOMEU SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS BERLENGAS
PAUL DE TORNADA PAUL DO BOQUILOBO
LEGENDA: Áreas Protegidas NUT II - Centro
Figura 10 ‣ Áreas protegidas da região Centro Fonte: Elaboração AD ELO
96
97
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Reserva Natural do Paul de Arzila
Reserva Natural do Paul de Boquilobo
Esta reserva natural criada em 1979 e integrada na Zona Especial de Proteção da Ria de Aveiro abrange uma área aproximada de 960 hectares, situa-se junto ao oceano e acompanha as extensas praias entre Mira e Ovar, sendo delimitada a oeste pelo Atlântico e a este pela Ria de Aveiro. A vegetação é muito característica e, no séc. XIX, foram plantadas acácias e pinheiros bravos, num esforço para fixar as dunas. A disposição dos terrenos onde se localiza esta área protegida é relativamente recente, tendo estes começado a adquirir a sua forma atual entre os séculos X e XVII. Até meados do século XIX, estes terrenos eram formados por areias em movimento que dificultavam a fixação de plantas, no final desse século iniciam-se os trabalhos de arborização, por parte dos Serviços Florestais, que se prolongaram até à década de 1930. Anteriormente existiam na zona inúmeros pântanos, locais propícios á proliferação de mosquitos, responsáveis, por exemplo, pela transmissão da malária tendo sido essa uma das causas para a drenagem e secagem dessas zonas. Na Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto subsiste uma faixa de vegetação rasteira natural bem conservada na zona das dunas, mas existe também uma zona de mata, instalada e profundamente alterada pela ação humana. Pela sua localização litoral algumas espécies marinhas abundam nesta reserva. A Andorinha-do-mar-comum é a ave marinha que mais facilmente pode ser aqui observada durante todo o ano, contudo, podem-se encontrar variadas espécies como o Fulmar-glacial, o Borrelho, o Ganso-patola, o Gavião, o Corvo-marinho-de-faces-brancas, a garça, o açor e várias espécies de gaivotas, cobras, pequenos anfíbios e patos (na sua zona lacustre). O Centro de Interpretação organiza visitas guiadas através do denominado Trilho Interpretativo de Descoberta da Natureza.
A Reserva Natural do Paul de Arzila, instituída a 27 de Junho de 1988, localiza-se 11 km a oeste de Coimbra, na margem esquerda do rio Mondego, e abrange uma área de 535 hectares, que se distribuem por três concelhos (Coimbra, Condeixa-a-Nova e Montemor-o-Velho). Esta zona húmida deve, no entanto, o seu nome à freguesia de Arzila, do concelho de Coimbra. Insere-se no vale da Riibeira de Cernache, na sua confluência com o Mondego. Quanto ao património natural, no domínio da flora, a zona de caniçal é ocupada pela Tabua, pelo Bunho, pelo Juncão e pelo Caniço. Nas valas: Lírio-amarelo, loureiro e Erva-pinheirinha. Na zona envolvente: Pinheiro-bravo, Sobreiro, Choupo, Salgueiro, Carvalho e Eucalipto. Relativamente à fauna, comporta uma variada população de aves com cerca de 140 espécies recenseadas, onde se incluem núcleos reprodutores de garças (símbolo do Paul), Águias-de-asa-redonda, Gaviões e Cegonhas. É uma importante zona de passagem outonal para migradores transarianos, em particular passeriformes e uma zona húmida de excecional importância para limícolas, anatídeos, Patos-reais, peixes, insetos, anfíbios e Lontras. A sua fauna diversificada, principalmente no domínio ornitológico, valeu-lhe a classificação como Reserva Biogenética do Conselho da Europa e a integração na Rede Natura 2000. O parque da Reserva Natural do Paul de Arzila dispõe de um centro de interpretação e de um serviço de visitas guiadas que permite a visitantes desfrutar em pleno deste espaço.
A Reserva Natural do Paul do Boquilobo situa-se entre a confluência dos rios Almonda e Tejo, ao longo da junção dos concelhos de Torres Novas e Golegã na parte sudeste da freguesia da Brogueira. O Paul é fendido por numerosas valas que formam uma complexa malha e regista uma elevada variação do nível das águas ao longo do ano, podendo também atuar como uma zona tampão, contribuindo para uma proteção acrescida às zonas agrícolas adjacentes. A sua fauna diversificada, principalmente no domínio ornitológico, valeu-lhe em 1981 a classificação pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera, tendo sido esta a primeira área protegida portuguesa a integrar a Rede Mundial de Reservas da Biosfera. É reconhecida a importância da reserva como zona húmida natural e como local de abrigo para um grande número de aves, como local de reprodução, alimentação e repouso nas rotas de migração. Os Salgueiros, os Caniçais, os Bunhais, os Jacintos-de-água e alguma variedade de plantas aquáticas dizem respeito à maior parte da sua vegetação. Em meados de julho alberga uma colónia de alguns milhares de Garças, em novembro e fevereiro é palco de repouso e alimentação de Arrábios, Zarros, Piadeiras, Marrequinhas, Gaivinas-dos-paúis e Patos-coelho. Possui várias espécies de peixes como o Ruivaco e a Boga-portuguesa e acolhe ainda mais de uma vintena de espécies de anfíbios e répteis bem como pequenos mamíferos como a Lontra, o Toirão e o Rato-de-cabreira. A Quinta do Paul do Boquilobo, foi pertença das Ordens do Templo de Cristo, tendo sido doada pelo rei D. João I ao seu filho D. Henrique e posteriormente a D. Fernando de Castro, senhor do Paul do Boquilobo e respetiva descendência.
ee Reserva Natural das Dunas de São Jacinto Fonte: www.gojiberries.blogs.sapo.pt
ee Reserva Natural do Paul de Arzila Fonte: ICN
ee Reserva Natural do Paul de Boquilobo Fonte: Paul do Boquilobo
9 40º39'44"N • 8º43'43"O
9 40º10'23"N • 8º33'30"O
9 39º23'23"N • 8º31'58"O
98
ee http://2.bp.blogspot.com/-fROLqOEfZaU/UPGc1_VxlmI/AAAAAAAAAGM/wKBfwzVHs1g/s1600/DUNAS+S+JACINTO2.JPG
Reserva Natural das Dunas de São Jacinto
99
PATRIMÓNIO
Monumentos Naturais
100
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Monumento Natural das Pegadas dos Dinossauros da Serra de Aire
Monumento Natural das Portas de Rodão
Monumento Natural do Cabo Mondego
O também conhecido como Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros de Ourém/Torres Novas na povoação de Bairro, no Parque Natural das serras de Aire e Candeeiros, contém um importante registo fóssil do período Jurássico, as pegadas de alguns dos maiores seres que alguma vez povoaram o planeta Terra, os dinossáurios saurópodes, que habitaram esta zona que seria no passado uma zona costeira inundada por lagunas marinhas de baixa profundidade. No local onde hoje se encontram as pegadas de dinossáurio funcionava uma pedreira, onde em 1994 descobriram as pegadas que viriam a transformar a mesma no monumento atual. O Monumento é aberto ao público em 1 de março de 1997 e no mesmo ano é aberto o primeiro circuito autónomo de visita e de interpretação da jazida. Em 2002 é criado o Jardim Jurássico e o parque possui ainda uma área de animação, um centro de animação ambiental, um parque de merendas, um grande painel ilustrativo da evolução da vida na Terra ao longo do tempo geológico e diversos painéis informativos ao longo dos cerca de 1.000 metros do seu percurso. Os 20 trilhos existentes são os maiores e os mais antigos trilhos de saurópodes de que há conhecimento (cerca de 175 milhões de anos) mas também, dos mais bem conservados, sendo compostos por mais de 1.000 pegadas. Os Saurópodes eram animais possantes, herbívoros, quadrúpedes, de cabeça pequena e cauda e pescoço compridos.
As Portas de Ródão são uma formação geológica situada na passagem do rio Tejo por Vila Velha de Ródão, que resultam do entrecorte do duro relevo quartzítico da Serra das Talhadas com o caudal do rio Tejo. As Portas de Ródão assinalam um estreitamento do vale, com 45 metros de largura, que aqui corre entre duas paredes escarpadas e que atingem cerca de 170 metros de altura, apelando ao imaginário de duas "portas", uma a norte no distrito de Castelo Branco na Beira Baixa, e outra a sul no concelho de Nisa, distrito de Portalegre no Alto Alentejo. A sua albufeira e as grandes profundidades que se presenciam imediatamente a jusante das Portas testemunham a provável imponência de uma queda de água que aqui terá existido antes de se atingir a atual situação de equilíbrio. Esta Área Protegida, classificada em 2009, caracteriza-se pela existência de um importante património natural, onde se destacam os seus valores geológicos, biológicos e paisagísticos. Este geossítio evidencia particularidades geológicas, geomorfológicas e paleontológicas. A estas, associam-se as formações vegetais naturais, onde se destacam os Zimbrais, a avifauna rupícola e o património arqueológico, que testemunha uma presença humana desde o Paleolítico Inferior e a sua relação com o Tejo. Esta região apresenta-se como um local privilegiado para a observação da avifauna, onde podem ser observadas 116 espécies, sendo o habitat natural da maior colónia de grifos de Portugal, e sendo ainda um local de eleição para a observação de populações de Cegonha-preta e de Milhafres-reais. As Portas de Ródão, sendo um dos maiores ícones do rio Tejo, é um dos principais locais que sustentaram a candidatura aprovada pela UNESCO para a criação do Geoparque Naturtejo.
O Monumento Natural do Cabo Mondego é uma área protegida localizada na Figueira da Foz criada a 3 de outubro de 2007. Os afloramentos jurássicos do Cabo Mondego constituem um conjunto de excecional importância, nacional e internacionalmente reconhecida. Para além do elevado valor nos domínios da paleontologia de amonites, da paleoecologia de ambientes de transição, da sedimentologia e da paleoicnologia dos dinossáurios, este conjunto sobressai, em particular, no domínio da estratigrafia. Nos seus conjuntos de estratos, datados do Jurássico Superior, existem pegadas de dinossauros que foram as primeiras a serem reconhecidas, descritas e publicadas do ponto de vista científico em Portugal, entre 1884 e 1915. A assinalável qualidade do registo geológico dos afloramentos emersos e submersos, expostos de forma contínua e correspondendo a um intervalo de 50 milhões de anos, conjugada com a situação geográfica estratégica, que proporciona excelentes condições de observação e estudo, conferem ao Cabo Mondego um valor científico, pedagógico e didático admirável, para além do seu grande interesse geomorfológico e notável qualidade paisagística. Atualmente, e apesar da ação destrutiva do homem e da ondulação costeira, ainda se observam algumas pegadas isoladas e em sequência, com marcas finas e longas de dedos.
ee Monumento Natural das pegadas dos dinossauros da serra de Aire Fonte: Wikipédia
ee Monumento Natural das Portas de Rodão Fonte: www.mapav.com
ee Monumento Natural do Cabo Mondego Fonte: Fonte AD ELO
9 39º30'10"N • 8º48'53"O
9 39º38'34"N • 7º41'17"O
9 40º11'58"N • 8º53'53"O 101
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Parques Naturais Parque Natural da Serra da Estrela
Paisagens Protegidas Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
Paisagem Protegida da Serra do Açor
O Parque Natural da Serra da Estrela foi criado a 16 de julho de 1976 e localiza-se no interior centro de Portugal essencialmente no distrito da Guarda (85%) e no distrito de Castelo Branco (15%), constituindo uma das mais extensas áreas protegidas nacionais com 88.850 hectares. Marcado por maciços rochosos de granito, xisto e xistograuváquios e vestígios de antigos glaciares, a elevada altitude e localização do parque natural tornam-no num dos locais de Portugal continental com maior queda de chuva, neve, granizo e orvalho. Do imenso valor natural desta área resultou a aquisição do estatuto de Reserva Biogenética onde subsistem refúgios de vida selvagem e formações vegetais endémicas de importância nacional e internacional. No ano 2000 foi designada uma área de 88.295 hectares como sítio de interesse biológico e passou a integrar a Rede Natura 2000. A zona húmida de importância internacional, com que o parque é dotado, abrange uma área de 5.075 hectares do planalto superior da serra da Estrela e da cabeceira do rio Zêzere e inclui, a nível nacional, o mais importante conjunto de Turfeiras e lagoas de origem glaciária. Com valores naturais evidentes, povoam este parque algumas espécies de flora únicas no país, quanto à fauna destaca-se o Lobo, o Javali, a Ferreirinha, o Corvo, a Lontra, a Raposa, a Lagartixa-de-montanha, a Geneta, o coelho-bravo-europeu e uma raça de cães homónima. Os recursos hidrogeológicos atingem uma enorme relevância, quer sob a forma de águas termais para uso terapêutico, quer como águas de nascente. As suas nascentes (Mondego, Zêzere e Alva), rios, ribeiros e lagoas são apenas algumas das atrações turísticas para quem é amante da natureza e do desporto aventura.
As serras de Aire e Candeeiros são o mais importante repositório de formações calcárias existente em Portugal. A morfologia cársica, a natureza do coberto vegetal, a rede de cursos de água subterrâneos, a sua fauna específica (nomeadamente a cavernícola), e a intensa atividade no domínio da extração da pedra, são os principais aspetos da sua classificação como parque natural a 4 de maio de 1979, tentando assim preservar e disciplinar os seus usos e ações. O coberto vegetal destaca-se pela predominância de determinados tipos de árvores tais como o Carvalho-cerquinho, o Carvalho-negral, Alecrim, Oliveiras, Azinheiras, Sobreiros, Ulmeiros e de Castanheiros. Destaca-se ainda que a presença de um grande número de habitats permite a existência de uma riqueza faunística que se divide entre aves, mamíferos (onde se incluem 10 espécies de morcegos), répteis e anfíbios. As aves constituem o grupo com maior número de representantes nesta área protegida, sendo conhecidas mais de cem espécies que aqui permanecem, tais como o Bufo-real ou a Gralha-de-bico-vermelho. Nesta área total de 38.900 hectares, ao longo do tempo e através de processos geomorfológicos, os elementos naturais foram modelando a rocha, sobretudo de origem calcária, dando origem a mais de 1.500 grutas, visitadas anualmente por milhares de pessoas. Apesar da ausência de cursos de água de superfície nesta região, eles existem em grande abundância no subsolo, constituindo um dos maiores e mais importantes reservatórios de água doce subterrânea de Portugal.
ee Parque Natural da Serra da Estrela Fonte: Fonte AD ELO
ee Parque Natural das serras de Aire e Candeeiros Fonte: AD ELO
ee Paisagem Protegida da Serra do Açor Fonte: www.olhares.sapo.pt
ee Sítio Classificado do Monte de São Bartolomeu Fonte www.trilhosdesbartolomeu.com
9 40º20'00"N • 7º38'00"O
9 39º30'10"N • 8º48'53"O
9 40º11'51"N • 7º47'58"O
9 39º35'36"N • 9º03'07"O
102
Situada no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, os 382 hectares que a constituem distribuem-se pelas freguesias de Benfeita e de Moura da Serra. Nesta área protegida encontram-se dois sítios de especial interesse, a mata da Margaraça, localizada próximo da povoação de Pardieiros e a Fraga da Pena que se localiza num pequeno desvio da estrada que liga Benfeita a Pardieiros. A mata da Margaraça apresenta uma amostra rara da vegetação natural das encostas xistosas do centro de Portugal, que se manteve praticamente inalterável durante séculos. Além da componente geológica, os diferentes habitats que possui permitem o crescimento de comunidades muito diversificadas como anfíbios, fungos e briófitos. A Fraga da Pena resulta de um acidente geológico que origina um conjunto de várias quedas de água ao longo de um curso de água permanente, tornando-se um local de grande importância paisagística e conservando ainda alguns exemplares antigos de Carvalho-alvarinho, Azereiro, Azevinho, Castanheiro e Aderno, entre outros. As águas que se despenham desta cascata correm por um vale bastante estreito na montanha, dando assim origem a uma micropaisagem, que surge de forma inesperada, dotada de vegetação abundante a cobrir o xisto. O desnível da cascata da Fraga da Pena chega aos 20 metros de altura criando assim um cenário aquático idílico, atraindo inúmeros e inúmeras amantes da natureza que se refrescam nas suas águas frescas e cristalinas nos dias de maior calor.
Sítio Classificado do Monte de São Bartolomeu O Sítio Classificado do Monte de São Bartolomeu, no concelho e freguesia da Nazaré, recebeu a classificação em 1979, estando em curso a sua reclassificação como monumento natural de âmbito nacional. Esta formação magmática conhecida como monte de S. Brás ou S. Bartolomeu (anteriormente monte Seano) foi, e ainda é, local de peregrinação e de romaria das populações da região. É caracterizado pela sua flora endémica, tipicamente mediterrânica, com cerca de 150 espécies de plantas, onde se destacam o Carrasco, o Medronheiro e o Aderno, pela sua fauna onde predomina o Peneireiro, a Águia-de-asa-redonda e a Gineta, pela sua geologia de origem ígnea, e pelo seu inegável valor paisagístico. O Monte de S. Bartolomeu é hoje rodeado por areias dunares e pelo extenso pinhal de Leiria. O seu cume, a uma altura de 156 metros, é um marco para navegantes, que o avistam a mais de 35 quilómetros de distância, sendo acessível por um caminho a nascente, e, por uma escadaria moderna, a poente. Com uma vista privilegiada sobre o oceano Atlântico e sobre as magníficas praias da Nazaré, este sítio classificado assume-se como um ponto de visita obrigatória para de turistas estivais que visitam a região todos os anos e por altura das suas Romarias, a 3 de fevereiro.
103
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Sítio de Interesse Biológico dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo
Rede Natura 2000
Entre a Figueira da Foz e Coimbra situam-se o Outeiro de Santa Olaia e o Monte de Ferrestelo, duas elevações calcárias contíguas, com vegetação de características predominantemente mediterrânicas, estando inseridas numa região onde ainda se verificam influências atlânticas. O Sítio classificado dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo foi criado a 10 de outubro de 1991, com o intuito de proteger e conservar os valores naturais, científicos e culturais nele contidos, um uso sustentado do território e a promoção e disseminação da educação ambiental, estando neste momento em progresso o processo de reclassificação para monumento natural. O monte de Ferrestelo, onde se encontra o castro de Santa Eulália ou Olaia, é sítio classificado de interesse público desde 1954. No local protegido resta ainda uma pequena capela, que se estima ter sido edificada no século XII, que se encontra encerrada exceto na romaria de 24 de julho em honra de Santa Eulália. Situada no monte, a sua vista sobre os arrozais do Mondego é deslumbrante. A paisagem é dominada por campos cultivados e pastos em todo o vale inferior do Mondego. O Monte de Santa Olaia tem vestígios arqueológicos desde o período Neolítico, com outros vestígios da Idade do Ferro, fenícios, romanos e medievais. Os objetos que provam o povoamento do sítio desde a Idade do Ferro, encontrados no final do século XIX, estão expostos no Museu Municipal Santos Rocha, na Figueira da Foz. Foi ainda instalada recentemente nesta área protegida uma estação de anilhagem de aves para a monitorização de aves invernantes.
A Rede Natura 2000 é outro instrumento de relevo para a conservação da natureza e consiste num conjunto de áreas criadas por imposição comunitária, surgidas a partir do contributo individual e obrigatório de todos os países membros da União Europeia para uma listagem de áreas que contribuíssem para a preservação de habitats naturais, da fauna e flora, tendo em consideração as exigências económicas, sociais e culturais. Foi assim criada a nível europeu uma rede ecológica denominada Natura 2000, constituída por Zonas Especiais de Proteção (ZPE) e que pretende a conservação de locais de grande valor ecológico, bem como a determinação de Sítios Especiais de Conservação (SIC) relativas à conservação de aves selvagens e seus habitats. No caso português, a Rede Natura 2000 ocupa cerca de 20% do território continental, valor que é bastante superior ao da Rede Nacional de Áreas Protegidas (8%), mas que ainda pode ser considerado insuficiente para a correta manutenção da biodiversidade e conservação de habitats. Na região Centro, objeto do presente estudo, estão classificadas algumas áreas pertencentes a esta rede ecológica, entre as quais:
RIO PAIVA SERRAS DE FREITA E ARADA RIA DE AVEIRO
RIO VOUGA
CAMBARINHO
CARREGAL DO SALSERRA DA ESTRELA DUNAS DE MIRA, GÂNDARA E GAFANHAS PAUL DO TAIPAL PAUL DE ARZILA PAUL DA MADRIZ
SERRA DA LOUSÃ
AZABUXO / LEIRIA SICÓ / ALVARIAZERE
kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk
Ria de Aveiro Serra da Malcata Paul de Arzila Arquipélago das Berlengas Serra da Estrela Serras de Aire e Candeeiros Cambarinho Rio Vouga Carregal do Sal Tejo Internacional, Erges e Pônsul Serra da Gardunha Paul do Taipal Paul da Madriz Sicó/Alvaiázere Azabuxo/Leiria Serras da Freita e Arada Complexo do Açor Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas Peniche/Santa Cruz Rio Paiva Serra da Lousã
MALCATA COMPLEXO DO AÇOR
SERRA DA MALCATA GARDUNHA
TEJO INTERNACIONAL, ERGES E PÔNSUL
SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS
ARQUIPÉLAGO DAS BERLENGAS PENICHE / SANTA CRUZ
LEGENDA: Rede Natura NUT II - Centro Figura 11 ‣ Áreas ecológicas da região Centro integradas na Rede Natura 2000 Fonte: Elaboração AD ELO
ee Sítio de Interesse Biológico dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo Fonte: I.C.N.
9 40º10'13"N • 8º42'58"O 104
ee Fonte: www.pixabay.com
105
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .7 .3. Outros Atr ati vos N aturai s
Figura 12 ‣ Outros atrativos naturais da região Centro Fonte: AD ELO
1 Lagoa da Barrinha de Mira 2 Lagoas de Quiaios 3 Observação de Flamingos no Estuário do Mondego
5 Parque Natureza do Agroal 4 Parque Ambiental de Santa Margarida 6 Rota dos Dinossauros na Lourinhã
ee Fonte: AD ELO
ee Fonte: www.jf-quiaios.pt/eventos_fotos/13/7_229078832hhfg.jpg
1 Lagoa da Barrinha de Mira
2 Lagoas de Quiaios
A Lagoa da Barrinha de Mira é uma lagoa costeira localizada na praia de Mira, que fica a cerca de 250 metros do oceano Atlântico. Apesar da proximidade ao mar, a lagoa da barrinha de Mira contém água doce, continuamente alimentada por uma pequena ribeira. Possui uma área aproximada de 45 hectares e integra o Sítio Classificado “Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas”. A Lagoa tem uma configuração arredondada e é rodeada por arvoredo e dunas. A norte é delimitada pelo núcleo urbano da praia de Mira, sendo envolta na sua restante configuração por terrenos agrícolas e florestais. As suas águas são maioritariamente povoadas por populações de Taínhas e Carpas. Esta lagoa costeira é o resultado de um lento processo natural milenar de acumulação e formação de bancos de areia, que levou à sua separação do mar, seguido de um outro processo natural de contínuo e lento assoreamento. Nos últimos 200 anos, verificou-se um intenso processo contínuo de aterro e recuperação de terras pelo homem, para obter terrenos para habitação e agricultura, que só terá parado recentemente e que diminuiu de forma considerável a área ocupada pela Barrinha de Mira. A degradação da qualidade da água, o assoreamento e a invasão pelo Jacinto-de-água, considerada a maior espécie invasora aquática do planeta, são também alguns dos graves problemas ambientais que esta área protegida enfrenta. A pesca desportiva, as atividades náuticas não motorizadas e o uso balnear são as atividades com maior expressão nesta área natural.
Situadas a norte da Figueira da Foz, as lagoas de Quiaios são três lagoas facilmente acessíveis. Rodeadas por abundante vegetação, albergam um grande número de aves aquáticas, que se deixam observar relativamente bem e em todas as lagoas existe uma forte presença de Carpas e outros peixes de água doce. A Lagoa das Braças é a que se situa mais a sul, encontrando-se envolvida por vegetação densa. O nível de água na lagoa é muito variável, podendo chegar a secar completamente quando a precipitação escasseia. Havendo água, observam-se Maçaricos-bique-bique. Durante o inverno, este é um local de ocorrência regular da Garça-branca-grande. A vegetação que envolve a lagoa é geralmente frequentada por Toutinegras-de-barrete-preto e pequenos bandos de Chapins-rabilongos. Nos pinhais circundantes observa-se o Pica-pau-malhado-grande, o Chapim-azul e o Chapim-real. A Lagoa da Vela é a maior e a mais interessante das três lagoas com uma área aproximada de 67 hectares. No local ocorrem geralmente algumas dezenas de Galeirões-comuns. No inverno é possível observar diversas espécies de patos, nomeadamente Patos-reais, Marrequinhas e Patos-trombeteiros. No lado oriental da lagoa existem alguns terrenos agrícolas, habitualmente frequentados pela Pega-rabuda, pela Petinha-dos-prados e por pequenos bandos de Fringilídeos. A Lagoa da Salgueira reparte-se por dois municípios, concelho de Cantanhede (Tocha) e Figueira da Foz (Bom Sucesso), com uma área de cerca de cinco hectares, integrando o sítio "Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas" da Rede Natura 2000. Esta lagoa possui um rico património natural, florístico e faunístico, destacando-se algumas espécies como o Mergulhão-pequeno, a Marrequinha e a Galinha-d´água.
9 40º27'01"N • 8º47'46"O
9 40º14'33"N • 8º48'17"O
106
107
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
ee Fonte: http://www.pixabay.com
ee Fonte: http://www.cm-constancia.pt
ee Fonte: http://1.bp.blogspot.com
ee Fonte: http://1.bp.blogspot.com
3
4 Parque Ambiental de Santa Margarida
5 Parque Natureza do Agroal
6 Rota dos Dinossauros na Lourinhã
Os Flamingos, aves pernaltas de bico encurvado que medem entre 90 e 150 centímetros de altura, fizeram a sua primeira aparição registada no estuário do Mondego em setembro de 1997. Contudo, só a partir de 2002 é que a sua presença neste local se tornou regular, sobretudo nos canais da Ilha da Murraceira. Estas aves frequentam o estuário durante a maré baixa e refugiam-se nas salinas quando a maré sobe. Atualmente são observáveis todos os anos algumas dezenas de exemplares, que já atraem centenas de turistas entusiastas da ornitologia. Os passeios no Batel do Sal no estuário do Mondego são uma excelente proposta para a observação desta espécie.
O Parque Ambiental de Santa Margarida, em Constância, é um espaço lúdico e pedagógico com cerca de seis hectares onde, para além do lazer, quem o visita encontra também informação e formação ambiental. O parque oferece aulas e workshops que promovem a descoberta e sensibilização ambiental, tendo por base os seres vivos e os fenómenos naturais. É dotado de um laboratório e vários percursos de observação e interpretação, um para crianças e outros cinco para adultos/as. Oferece equipamentos didáticos nas áreas das ciências naturais e ambiente, um espaço de lazer com parque de merendas, campo de jogos, parque infantil e anfiteatro ao ar livre; um espaço didático com torre de observação, jardim de plantas aromáticas e medicinais e diversas atividades organizadas.
O Parque Natureza do Agroal, em Ourém, é destinado à cultura, ao lazer e à prática de desportos de aventura em comunhão com a natureza, com uma envolvente ecológica e paisagística privilegiada, desenvolve-se em área vedada e integra um conjunto de infraestruturas que permitem cobrir um diversificado leque de atividades nomeadamente, lazer, turismo ambiental, workshops de formação, eventos socioculturais e projetos educativos de sensibilização ambiental.
Os amantes e as amantes da natureza podem usufruir de um original percurso pedestre na Lourinhã que se intitula de Rota dos Dinossauros, um trajeto de dez quilómetros que se percorre em três horas. O percurso tem início no Museu da Lourinhã, onde está exposta a maior coleção ibérica de fósseis de dinossauros do Jurássico e termina no Forte de Paimogo, a norte da praia da Areia Branca, local onde foram encontrados os famosos ovos de dinossauro. O percurso, que pretende promover a atividade física e desportiva, assinala diversos pontos de interesse histórico e cultural como o Convento de Santo António e a Santa Casa da Misericórdia, obras do século XVI e a igreja de Santa Maria do Castelo, do século XIV. É ainda possível observar, atravessando os caminhos rurais, as diversas fases da evolução dos produtos hortícolas dos campos envolventes. A rota é classificada como um percurso dinâmico e panorâmico, de fácil execução, com desníveis pouco acentuados e aconselhado para qualquer época. Dirigindo-se para norte, o percurso atravessa o rio Grande chegando à Praia da Areia Branca, seguindo depois para o Forte da Paimogo.
Observação de Flamingos no Estuário do Mondego
9 40º08'38"N • 8º49'55"O
9 39º26'46"N • 8º19'05"O
9 39º40'44"N • 8º26'11"O
9 39º15'42"N • 9º10'32"O
108
109
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Como se depreende pela imagem abaixo representada (figura 13), a região Centro de Portugal é rica em águas termais, essencilamente sulfúreas, o que evidencia o seu potencial no setor do turismo de saúde bem estar. Em 2012 o turismo termal representou para a região um proveito estimado de 9 milhões de euros, registando 31.600 utentes, mais de metade do total nacional.
} }
}
}
VIANA DO CASTELO
]
}]
]
}
} } }} }
} } }
PORTO
}
} } } } } }
VISEU
VILA REAL
}
Portugal, desde sempre conhecido pela produção de sal, exibe ao longo do litoral zonas de excelência para extração e produção de sal, e entre estas na região Centro destacam-se as salinas dos distritos de Aveiro e de Coimbra (Figueira da Foz). A salina, área onde se extrai e produz sal através da evaporação da água do mar, ou de lagos de água salgada, representa ainda hoje, para parte da população, uma atividade económica importante. Contudo, inseparável destes admiráveis marcos de tradição e qualidade produtiva nacional é o seu papel importante na preservação da fauna e flora. Com o passar dos séculos, o nosso litoral foi sofrendo alterações naturais, daí resultando o desaparecimento de numerosos centros de produção salina, ao que foi acrescendo uma forte diminuição da competitividade das tradicionais salinas, ao longo das décadas, face aos processos industriais. Ainda assim, algumas zonas permaneceram centros de produção de sal até aos dias de hoje.
} }
} }
}
} } }
}
} } } } }] } }
COIMBRA
}
LEIRIA
}
SANTARÉM
GUARDA
} ] } }
}] }
}
CASTELO BRANCO
PORTALEGRE
Amor com Sal Q.B. Ilha da Morraceira 3090-081 Figueira da Foz 8 960 244 711 @ amor.com.sal.qb@gmail.com
Associação de Produtores de Sal e Peixe do Salgado da Figueira da Foz
Salina Municipal Corredor da Cobra Armazéns de Lavos, Lavos 3080-000 Figueira da Foz 8 233 402 840 @ museu@cm-figfoz.pt
ÉVORA
}
SETÚBAL
Rua João Mendonça, nº 20 3800-320 Aveiro 8 234 481 001 / 917 828 430 @ geral@ilhadospuxadoiros.pt
Salinas Eiras Largas 3090-451 Figueira da Foz 8 929 060 517 @ casadosal@gmail.com
}
LISBOA
Canal do Peixe, Lda.
Casa do Sal
}
} }
Salineira Aveirense - Ricardo Neves & Filho, Lda. Rua Canal São Roque 3800-257 Aveiro 8 234 423 739
Rua Major Humberto Cruz, nº1 - Morraceira 3090-707 Figueira da Foz 8 233 900 900 @ jose.canas@canasem.pt
}
AVEIRO
Salinas Corredor do Sol } }
Rua do Eucalipto, nº 49, Castanheiro 3080-753 Figueira da Foz 8 960 383 353 @ gcardoso@cardoso.lu / corredordosol.salinas@gmail.com
BEJA
Exibebússola, Lda. Urbanização Casal Galego, Lote 224 3100-522 Pombal
}
Figura 13 ‣ Localização e identificação das características químicas das águas mineras / termais em Portugal continental Fonte: LNEG – Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia 110
BRAGANÇA
}
}
BRAGA
QUIMISMO: } SULFÚREAS } SULFATADAS } GASOCARBÓNICAS } BICARBONATADAS } HIPOSSALINAS } CLORETADAS
Salinas
ee Fonte: www.pixabay.com
Águas Minerais / Termalismo
FARO
EMPSA - Empresa Produtora de Sal, Lda. Várzea da Rainha, Santa Maria, Óbidos 2510-000 Leiria ee Fonte: Inês Saraiva from Belgium / Portugal (Cycle Tour in Aveiro: salinas) [CC-BY-2.0 (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0)], via Wikimedia Commons. 111
2. ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA E LINHAS DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2
ESTRATÉGIA E OBJETIVOS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 . 1. Estraté g i a e ob j e ti v os
Apresentado o diagnóstico, importa realizar o trabalho de reflexão estratégica sobre as perspetivas de desenvolvimento da náutica na região Centro de Portugal, considerando a componente estratégica da sua identidade e dos recursos que apresenta. A análise dos documentos enquadradores é, então, um primeiro passo, no sentido de apoiar a definição de estratégias, ponto de partida para a estabelecer eixos de desenvolvimento e linhas de ação, enquanto um conjunto de propostas e recomendações. O setor náutico tem vindo a assumir recentemente uma posição de destaque nas politicas nacionais e europeias, sendo reconhecida a sua importância estratégica nos domínios do turismo, do lazer, da economia, do ambiente, do desporto, da cultura e da segurança. A União Europeia, reconhecendo o inegável valor da economia náutica, ou “Economia Azul”, aponta que em 2020 este setor poderá aprovisionar 7 milhões de postos de trabalho. Em junho de 2006 a Comissão Europeia publicou um Livro Verde para uma Futura Política Marítima Comunitária, que se arrola num dos contextos mais relevantes da Estratégia de Lisboa. Esta publicação procurou criar as primeiras bases para uma política marítima abrangente orientada para o desenvolvimento sustentável, criando uma economia marítima forte e competitiva mas preservando os recursos naturais marinhos. O documento reconhece o valor do oceano nas vertentes económica, social, ambiental, lúdica e de investigação. Portugal adotou uma posição de relevo nesta estratégia, criando a Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar e o Fórum Permanente para os Assuntos do Mar a ela associado, reconhecendo a necessidade de uma abordagem integrada para os assuntos marítimos. Em maio de 2013, seguindo as bases ideológicas do Livro Verde, foi aprovado o Plano de Ação para a Estratégia Marítima no Espaço Atlântico que envolve cinco países membros costeiros: Espanha, França, Irlanda, Portugal e Reino Unido, sendo que Portugal é líder na implementação do seu Plano de ação entre 2014 e 2015, um reconhecimento da capacidade organizativa nacional demonstrada na “Lisbon Atlantic Conference 2013” em que se afirmou como uma Capital Europeia do Atlântico. No âmbito da estratégia a adotar, a Comissão Europeia apresentou a criação de um “Fórum Atlântico” com o objetivo de identificar as ações com caráter prioritário e os projetos primordiais, com viabilidade para serem propostos 114
ee Promoção da náutica na região Centro na BTL - Lisboa Fonte: AD ELO
para financiamento, que contribuam para os pressupostos basilares desta estratégia comunitária. As diretrizes europeias definem as prioridades relativamente à investigação e ao investimento para uma con tribuição positiva no crescimento sustentável e socialmente inclusivo das regiões costeiras, impulsionado pela Economia Azul e atingindo o perfeito equilíbrio ambiental e ecológico dos recursos endógenos.
No âmbito da estratégia europeia comum, foram assim definidas quatro (4) prioridades de ação a ser aplicadas até 2020: 1 Promover o empreendorismo e a inovação; 2 Proteger, assegurar e desenvolver o potencial do meio ambiente marinho e costeiro do Atlântico; 3 Melhorar as acessibilidades e a conectividade; 4 Criação de um modelo de desenvolvimento regional sustentável e socialmente inclusivo.
Existem ainda diversas diretrizes de âmbito comunitário, que direta ou indiretamente influenciam e parametrizam o setor náutico, como são exemplos a Estratégia Europeia de Desenvolvimento Sustentável, a Política Portuária Europeia, a Diretiva da Água, a Política Comum das Pescas, a Política Europeia de Transportes, a Estratégia Europeia para Gestão Integrada das Zonas Costeiras e a Estratégia de Gestão do Meio Marinho, entre outras.
ee Intercâmbio náutico em Coimbra Fonte: AD ELO
ee Sensibilização para a náutica em Penacova Fonte: AD ELO
Em Portugal, dada a sua inegável ligação histórica ao mar e as condições de excelência para o desenvolvimento da náutica, têm vindo a ser gradualmente adotadas políticas que visam dinamizar o setor náutico e valorizar o cluster da economia do mar. Como referido, Portugal é um dos líderes na adoção das diretrizes comunitárias do novo Plano de Ação para a Estratégia Marítima no Espaço Atlântico, beneficiando assim de um conjunto de incentivos e de obrigações, que permitirão auxiliar o desenvolvimento sustentável e socialmente inclusivo deste auspicioso setor e renovar a sua identidade como país marítimo por excelência. Foi neste âmbito que Portugal adotou e estruturou a sua Estratégia Nacional para o Mar, lançada em 2006 e revista em 2013 (ENM 2013-2020), onde manifesta como principais objetivos a sensibilização e mobilização da sociedade para a importância dos recursos aquáticos, a educação para
os assuntos do mar, a promoção da investigação, o planeamento e ordenamento das atividades, a conservação e recuperação dos ecossistemas, o desenvolvimento da economia do mar, a aposta em tecnologia e inovação e a defesa da soberania e segurança nacional. Tornando-se também essencial disseminar a afirmação da náutica como setor de primazia de crescimento para o turismo, para a economia, para o desporto, para o lazer e para a preservação dos recursos naturais. Nunca esquecendo o importantíssimo legado histórico da relação dos portugueses com o mar, com os recursos aquáticos e a sua identidade marítima, deve-se realçar a posição estratégica que Portugal ocupa como uma das principais “portas” da Europa, a extensa linha de costa, as águas interiores com características únicas e o clima agradável e ameno durante praticamente todo o ano. 115
ESTRATÉGIA E OBJETIVOS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 .2 . Análise SW OT
Estando o desenvolvimento do setor condicionado por um conjunto de fatores internos e externos, foi elaborada uma matriz SWOT, conjugando as potencialidades e oportunidades, fraquezas e ameaças, que sintetizam a realidade do panorama náutico na região.
Na região Centro, à semelhança da generalidade do país, são referenciadas algumas necessidades e carências que dificultam o progresso e desenvolvimento da atividade náutica, e que se acentuam em relação ao resto do território nacional uma vez que a região se encontra na terceira e última linha de prioridade de apoio ao desenvolvimento, segundo o Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT). Por outro lado, regista-se um conjunto de potencialidades e de excelentes fatores endógenos que representam uma clara oportunidade para um crescimento positivo deste multifacetado setor na região, como descrito no capítulo anterior do presente estudo e sintetizado na análise SWOT apresentada na figura 52. Estando o Setor Náutico, representado nas vertentes de Turismo Náutico, de Sol e Mar e de Saúde e Bem Estar, como um produto estratégico referenciado no PENT e sendo cada vez mais encarado como uma prioridade nas agendas políticas nacionais, indissociáveis das politicas comunitárias, onde se adotam as diretrizes supra identificadas seguindo uma Estratégia Nacional delineada em
harmonia com os diferentes Planos Setoriais, considera-se que após um levantamento da oferta, das necessidades e da realidade territorial, devem ser seguidos alguns eixos de desenvolvimento gerais que alavanquem positivamente o desenvolvimento da náutica na região Centro de Portugal, através da qualificação, do alargamento da oferta e da promoção da procura.
ee Barca Serrana do Mondego / Penacova Fonte: AD ELO
FR AQUEZ AS Infraestruturas insuficientes e de capacidade de crescimento limitada; Distribuição geográfica deficitária Fatores Internos Fatores Negativos de promotores e infraestruturas; Finanças dos clubes bastante frágeis; Material náutico insuficiente e deteriorado; Desaparecimento e/ou deterioração de algumas infraestuturas de apoio às atividadades na sequência do avanço do mar /erosão costeira; Ausência de estratégias conjuntas e unificadoras, que atraiam For ças Ameaças públicos especiais. Infraestrutras de razoável qualidade; Envolvência pouco atrativa de alguns locais Técnicos/as habilitados/as; Know-How: vasta experiência náutica nacional e internacional; Clima propício ao desenvolvimento da atividade náutica todo o ano; Geografia: extensa linha costeira, numerosos cursos de água com características diferenciadas e excelentes condições naturais; Potencial económico nas regiões.
Fatores Positivos
W S
T O
propicios à náutica ao nível da limpeza, ordenamento e acessibilidades; Carências ao nível do associativismo e da união entre agentes; Conjuntura económica bastante desfavorável ao desenvolvimento de atividades de lazer náutico; Dificuldades de financiamento dos agentes promotores (subsidios, patrocínios e quotas).
Oportunidades Mediatismo e exposição internacional; História de Portugal associada à tradição marítima e aos descobrimentos; Integração dos clubes e associações na gestão dos "centros" náuticos; Sistema de incentivos e financiamento (próximo quadro comunitário) de apoio a novas iniciativas e reestruturação das existentes; Forte apelo institucional ao desenvolvimento da economia do mar e atividades associadas; Aproveitamento dos expressivos fluxos turísticos.
Fatores Externos
Figura 14 ‣ Análise SWOT do setor náutico na região Centro 116
117
EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 . 3. Ei xos d e d e se nv olv i m e n t o e l i n h a s d e a ç ã o
Tendo em conta todas as premissas até este ponto expostas e evidenciadas, após uma análise do panorama náutico europeu e nacional e de um exaustivo levantamento e contacto com a realidade regional, consideram-se quatro (4) eixos gerais de desenvolvimento para o setor náutico:
Inseridas nos diferentes vetores do desenvolvimento apresentados, expõem-se neste âmbito um conjunto de linhas de ação que podem ser transversais aos vários eixos, adaptadas à realidade regional e que devem ser consideradas como fios-condutores técnicos, que possibilitem um suprimento das carências existentes assinaladas e que auxiliem um eficaz enraizamento e desenvolvimento sustentável do setor náutico na região Centro. 2. 3. 1. Pr omoç ão da inv e stig aç ão e da for maç ão
1 Eixo 1 Promoção da investigação e da formação A sociedade do conhecimento determina que a informação, a formação, a investigação e o desenvolvimento ocupem um lugar de crescente relevo em todos os quadrantes, considerando-se que na náutica deverá igualmente ser dada primazia à aposta neste eixo, absolutamente importante na estruturação de respostas e iniciativas.
2 Eixo 2 Criação de infraestruturas náuticas, requalificação das existentes e apetrechamento dos agentes promotores Qualquer atividade turística, económica, desportiva ou de lazer necessita de um adequado suporte físico para o seu desenvolvimento sustentável. O investimento em infraestruturas e equipamentos torna-se assim essencial para o progresso da náutica.
118
3 Eixo 3 Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural A salvaguarda das identidades históricas, territoriais e culturais, assim como a preservação do ambiente e dos ecossistemas, assegurando o livre usufruto por parte das gerações atuais e futuras, deverá ser uma das principais bandeiras a ter em conta em qualquer estratégia náutica.
4 Eixo 4 Promoção e dinamização da Náutica Indissociável dos eixos anteriores, uma eficaz e inclusiva promoção e dinamização humana e territorial da náutica assume contornos de considerável relevo numa sociedade cada vez mais aberta e globalizada, onde as distâncias se encurtam, as novas experiências são valorizadas e a integração com outras dinâmicas colhe benefícios.
1 Numa região comprovadamente reconhecida por pres- 2 Apostar na formação técnico profissional vocacionada tigiadas instituições de ensino superior e que atesta níveis de qualidade de ensino semelhantes às maiores referências mundiais, e tendo inclusivamente diversos cursos e unidades curriculares direta ou indiretamente ligados à ciência marítima e aquática e à investigação, à luz do exposto no capítulo de diagnóstico e seguindo as orientações da Estratégia Nacional para o Mar, considera-se que deverá ser promovido um estreitamento dos laços entre o setor náutico, as empresas a operar no ramo e as instituições de investigação e ensino, incentivando a complementaridade, a inovação, o intercâmbio, a troca de saberes e o desenvolvimento de projetos de investigação. O setor poderá beneficiar em várias vertentes, usufruindo de mão de obra altamente qualificada e de avanços técnicos e científicos, importantes fatores de desenvolvimento da Economia do Mar, como a construção naval, as novas técnicas de produção em aquicultura e poderá ainda beneficiar de progressos alcançados na monitorização e na preservação dos imprescindíveis ecossistemas naturais aquáticos.
para o mercado de trabalho, incentivando o empreendedorismo e elucidando as gerações mais jovens da oportunidade de conquistarem uma carreira profissional de sucesso no ramo da náutica. Num setor cada vez mais competitivo, onde os paradigmas da competência assumem contornos mais técnicos e que exigem forte capacidade de adaptabilidade a novas realidades, é considerada a crescente importância que uma sólida formação de base tem na competitividade do setor e a elasticidade operacional dos recursos humanos. A formação técnica e profissional, para além de conferir valiosas competências funcionais e de suprir necessidades não satisfeitas no mercado de trabalho, confere igualmente importantes qualificações para a mão de obra do setor.
3 Promover a constante formação, a certificação, a profis- 4 Impulsionar a inclusão dos desportos náuticos no desporsionalização e o empreendedorismo dos vários agentes e promotores náuticos, como entidades empregadoras, monitores/as, técnicos/as, dirigentes, árbitros/as, navegadores/ as, reparadores e construtores de embarcações, entre outros, são diretrizes europeias que devem ser aplicadas na região. Esta valorização do capital humano do setor náutico permitirá aumentar a sua competitividade em todas as vertentes, alavancando-o para novos patamares de excelência.
to escolar sobretudo em localidades com facilidades no acesso aos recursos aquáticos pela sua proximidade. A inserção dos desportos náuticos nas agendas escolares, nos próprios programas ou de modo extracurricular, será uma excelente alavanca para o desenvolvimento e difusão das diferentes modalidades náuticas junto das novas gerações e despertando assim o interesse de novos/as praticantes que até então se encontram limitados às tradicionais disciplinas desportivas.
119
EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 .3 .2. Criação d e i nf r ae s trutura s n á u t ic a s , r eq u a l if ic a ç ã o da s e xi stentes e ap e tre ch am e nto d o s a g en t es p r o m o t o r es
1 Apoiar a criação de pequenas infraestruturas de apoio 2 Responder às evidentes mudanças relativamente às noà náutica de lazer, desportiva e de recreio, explorando as excelentes condições que apresentam os planos de águas interiores navegáveis ou flutuáveis da região, dotando assim os clubes, associações e promotores náuticos de instalações e acessibilidades que auxiliem o desenvolvimento das suas atividades que importam valor acrescentado e dinamismo para locais mais afastados do mar. Tendo em consideração a Estratégia Nacional para o Mar, deve igualmente ser promovido o eficaz planeamento e o ordenamento das atividades no território, das margens e dos espaços envolventes, não comprometendo o acesso a estes recantos naturais por parte das gerações futuras.
vas tendências na procura e à emergência de novos desportos de mar, assim como a continuidade do expressivo setor do turismo de sol e mar. Considera-se ser vital o alargamento da rede de apoios de praia previstos nos Planos de Ordenamento da Orla Costeira, compatibilizando os usos balneares com os usos náuticos, assim como o incentivo à criação de novos Centros de Alto Rendimento para estes desportos emergentes.
3 Fomentar a criação de pequenas marinas e ancoradou- 4 Promover o setor náutico junto das populações com limiros fluviais, impulsionando a náutica de recreio, assim como promover a adaptabilidade, a melhoria das acessibilidades e o aumento da capacidade das existentes no litoral de modo a que permitam a atracagem de mais embarcações e de maiores dimensões, com o principal objetivo de colocar a região no mapa dos percursos dos grandes cruzeiros turísticos, o que, dadas as características deste tipo de turismo, alavancará outros setores económicos (como a hotelaria e a restauração, por exemplo) complementares e auxiliará a requalificação das zonas costeiras. O aumento da capacidade e a melhoria das condições estruturais dos portos e marinas, para além de dar a necessária resposta ao número de embarcações registadas na região, em número superior aos postos de amarração existentes, favorecerá igualmente a intermodalidade das regiões costeiras, seguindo a diretriz europeia que preconiza a melhoria nas acessibilidades e da conectividade, encurtando distâncias para os agentes económicos e contribuindo de sobremaneira para o desenvolvimento económico regional.
120
tações físicas, dotando as instalações de apoio à náutica de facilidades de acesso, como rampas para cadeiras de rodas, interiores adaptados e mecanismos de auxílio de entrada na água, fomentando assim a inclusão social de todos os públicos, como sugerem as estratégias nacionais e comunitárias.
5 Colaborar no apetrechamento dos agentes promotores náuticos. Sendo um setor que acarreta custos elevados no que respeita a material e equipamentos essenciais às suas atividades básicas, deverá ser fomentada a colaboração no apetrechamento pontual dos promotores náuticos, assim como no apoio ao financiamento destes agentes, pois, como ficou patente no diagnóstico realizado, a grande maioria são associações, clubes e pequenas entidades, que apresentam dificuldades no acesso a apoios, créditos e verbas que possibilitem o desenvolvimento normal e sustentável das suas atividades.
2.3.3. Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural
1 Recuperar as paisagens naturais degradadas. Sendo a 3 Difundir as boas práticas ambientais entre a população, natureza o pano de fundo de toda a atividade náutica praticada ao ar livre, torna-se vital a preservação dos ecossistemas marinhos e fluviais. As praias e frentes ribeirinhas poluídas, as margens negligenciadas, os fundos marinhos contaminados, a destruição dos habitats naturais e toda uma envolvência descuidada são um fator repulsivo para o desenvolvimento de atividades náuticas nesses locais, sendo assim imperativa a preservação e manutenção destes recursos únicos e esgotáveis, assim como um controlo mais rigoroso das atividades de pesca e caça nestes ambientes. Devem ainda ser conjuntamente tomadas medidas de controlo e combate ao assoreamento dos cursos de águas interiores e das barras marítimas, garantindo a sua navegabilidade e prevenindo as inundações dos seus leitos de cheia.
seguindo o preconizado no Livro Verde para a política marítima comunitária e da Estratégia Nacional para o Mar. Numa sociedade do conhecimento, onde se registam contínuos avanços nos estudos ambientais e nas mais diversas áreas, entende-se como fulcral informar e educar a população para as melhores práticas a adotar na preservação dos ambientes aquáticos, da biodiversidade e dos seus recursos naturais assim como o estreitamento das ligações com os centros científicos que poderão auxiliar na adoção de medidas de monitorização e de preservação mais eficazes.
2 Incentivar a aplicação de sistemas sustentáveis nos cen- 4 Valorizar os patrimónios históricos e culturais com ligatros náuticos. Fazendo valer o caráter de ligação privilegiada à natureza que o setor náutico apresenta, considera-se ser de imenso valor a redução da pegada ecológica destas entidades, criando no setor um modelo regional de desenvolvimento sustentável, como sugerem as orientações estratégicas europeias. Mais uma vez, os benefícios são medidos em várias escalas, pois enquanto se adotam comportamentos mais ecológicos, favorecendo o desenvolvimento sustentável sem comprometer as gerações futuras, será ainda possível reduzir a fatura energética destes agentes. A visão de futuro e de potencial crescimento deverá ser tida em conta na edificação e gestão destas estruturas, promovendo o eficaz ordenamento do espaço e o equilíbrio ambiental. A qualidade destas instalações, que têm na sua maioria gestão privada ou associativa, deve ser alvo de uma maior atenção pública visando o alcance dos patamares de excelência na prestação de serviços, correspondendo aos requisitos de um público cada vez mais exigente.
ção à náutica e criação de redes turísticas temáticas e novos espaços museológicos. Promover e recuperar as embarcações regionais históricas e tradicionais, como os Barcos Moliceiros e a Barca Serrana do Mondego assim como as atividades náuticas e piscatórias com impacto económico, cultural e turístico como é o exemplo da Arte Xávega, das Procissões de Mar e suas respetivas embarcações e da gastronomia regional, auxiliará a valorização das comunidades e dos seus costumes, podendo ser um favorável impulsionador do turismo local. A gastronomia regional, com forte ligação ao mar e ao rio, assume também aqui um importante papel no dinamismo da região, como o provam os variados festivais gastronómicos que se realizam um pouco por todo o território. Num país com uma histórica e inegável tradição marítima e numa região com expressivas comunidades piscatórias, preservar e potenciar esta herança cultural abonará o setor náutico ao atrair novos públicos alvo, entusiastas do turismo histórico e cultural, o que por sua vez contribuirá para a melhoria da qualidade de vida destas zonas.
121
EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 .3 .4. Promoç ão e D i nam i z ação d a N á u t ic a
1 Promover a náutica e o turismo náutico nacional e inter- 3 Incitar a apresentação de candidaturas à realização e aconacionalmente, evidenciando a singularidade e as condições de excelência que a região centro apresenta. A divulgação das várias disciplinas do setor poderá ser realizada das mais diferentes maneiras, evidenciando-se a participação em feiras náuticas e feiras de turismo, a colaboração com as entidades reguladoras e promotoras do turismo e agências de viagens, a publicação e edição de material temático elucidativo da oferta na região em cada subsetor e a promoção nos diferentes meios de comunicação, apostando nos novos veículos de transmissão de informação e na exposição mediática internacional, privilegiando os potenciais mercados emissores de turistas. A criação e difusão de pacotes náuticos regionais temáticos e a promoção de produtos turísticos ligados à náutica, assim como o incentivo à realização de estágios de alta competição nos vários locais referenciados que apresentam condições bastante favoráveis, poderão ter um papel importante na dinamização do setor na região.
lhimento de Grandes Provas Internacionais das diferentes modalidades e de Megaeventos Náuticos. A realização das maiores provas internacionais é um excelente vetor na promoção do desenvolvimento e da projeção do país e da região no panorama da náutica mundial. Os benefícios são evidentes, ao nível da mediatização e difusão do setor, na requalificação e dotação de novas valências nos locais anfitriões respeitando os padrões de qualidade e inovação que se exigem, com os devidos apoios institucionais e das federações internacionais que estas provas transportam, auferindo dos proveitos para os setores económicos que complementam a realização destas provas, como a hotelaria, a restauração, os transportes e o turismo. A realização de Megaeventos Náuticos causa um grande impacto dada a sua dimensão, assumindo-se como objetivo principal o desafio à experimentação e o despertar da curiosidade, materializados numa atividade aberta a todos os públicos, bastante informal e descontraída, que dadas as sua características lúdicas poderão ser um excelente veículo de atração de novos e heterogéneos entusiastas para a atividade náutica.
A tabela 9 sistematiza, por cada um dos eixos de desenvolvimento definidos como estruturantes para o desenvolvimento da náutica na região Centro, as principais linhas de ação. Tabela 9 ‣ Linhas de ação por eixo de desenvolvimento
Eixo de desenvolvimento
Linhas de ação
1
Promoção da investigação e da formação
kk Incentivar a colaboração e estreitamento de relações profissionais entre o setor náutico, os agentes económicos do ramo e as instituições de investigação e ensino; kk Apostar na formação técnico profissional vocacionada para o mercado de trabalho no setor e incentivar o empreendedorismo; kk Promover uma constante formação, certificação e profissionalização dos agentes e promotores; kk Impulsionar a inclusão dos desportos náuticos no desporto escolar.
2
Criação de infraestruturas náuticas, requalificação das existentes e apetrechamento dos agentes promotores
kk Apoiar a criação de pequenas infraestruturas de apoio à náutica; kk Responder às mutações das novas tendências na procura e à emergência de novos desportos; kk Fomentar a criação de marinas e ancoradouros fluviais e a adaptabilidade das infraestruturas existentes; kk Promover a náutica junto das populações com limitações físicas; kk Colaborar no apetrechamento dos agentes náuticos.
3
Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural
kk Recuperar as paisagens naturais degradadas; kk Incentivar a aplicação de sistemas sustentáveis nos centros náuticos; kk Difundir as boas práticas ambientais entre a população; kk Valorizar os patrimónios históricos e culturais com ligação à náutica, criar redes turísticas temáticas e promover e recuperar as embarcações tradicionais e a gastronomia regional.
4
Promoção e dinamização da náutica
kk Promover a náutica e o turismo náutico nacional e internacionalmente; kk Incentivar a iniciação e experimentação da náutica com iniciativas de caráter inovador e mobilizador; kk Incitar a candidatura à realização e acolhimento de grandes provas internacionais e de megaeventos náuticos; kk Promover a formação de uma rede de promotores, formadores e prestadores de serviços, públicos e privados.
2 Incentivar a iniciação e experimentação da náutica com 4 Promover a formação de uma rede de promotores, foriniciativas de caráter inovador e mobilizador, como as Férias Náuticas, os Open Days das diferentes modalidades, os Batismos Náuticos, os pacotes de ofertas de experiências, os campos de aventura, os acampamentos náuticos de verão e as ações de divulgação junto de entidades como as escolas, os ginásios, as instituições de solidariedade social as associações juvenis e os centros de dia e de tempos livres.
122
madores e prestadores de serviços públicos e privados. Os agentes náuticos laboram atualmente numa perspetiva bastante reclusa e independente, operando num setor restritivo individualmente enquanto o poderiam estar a fazer como um todo, trabalhando em conjunto e a retirar proveito de uma complementaridade nos serviços que já se provou ser valorosa em inúmeros outros setores. A interligação deste núcleo poderá gerar parcerias bastante proveitosas no desenvolvimento individual e coletivo do ramo náutico, criando uma base de negócios sólida e de fácil acesso para os diferentes agentes, que poderão por sua vez prestar serviços de proximidade mais eficazes e abrangentes à comunidade náutica. Esta rede poderá ser a base para estruturação de um futuro Observatório da Náutica, um centro coordenador representativo do setor nos mais diversos parâmetros, estabelecendo e fortificando parcerias, monitorizando e potenciando uma fluidez operacional que se ambiciona para a região.
123
EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
A tabela 10 sistematiza por cada um dos eixos de desenvolvimento identificados para o desenvolvimento do setor náutico, exemplos de eventuais intervenções a implementar.
Tabela 10 ‣ Exemplos de intervenções por eixo de desenvolvimento
Eixo de desenvolvimento
ee Estrutura de apoio à náutica em Monetmor-o-Velho Fonte: AD ELO
Eixo de desenvolvimento
Exemplos de eventuais intervenções
Exemplos de eventuais intervenções
1
Promoção da investigação e da formação
kk Promover a integração /inclusão da náutica no Desporto Escolar através do fomento de parcerias de escala local kk Fomentar a profissionalização e formação de agentes kk Diversificar os meios de disseminação da oferta náutica e das práticas associadas (brochuras, suportes informático e digital, internet) kk Manter atualizada a informação da Brochura de oferta náutica do Baixo Mondego kk Aumentar e diversificar eventos de promoção do setor e das atividades (feiras, conferências e seminários, workshops) kk Divulgar formas de apoio e financiamento de projetos empreendedores no âmbito da náutica kk Promover e divulgar boas práticas no âmbito de atividades e projetos náuticos (elaboração de brochuras, guias e manuais)
3
Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural
kk Incentivar a aplicação de sistemas sustentáveis nos centros náuticos (instalação de painéis solares, aproveitamento de águas pluviais,etc) kk Intensificar e diversificar os meios de sensibilização ambiental e os locais de colocação próximos da prática das atividades náuticas, por forma a consolidar a consciência ambiental e a preservação da natureza (ex. Outdoors,) kk Recuperar paisagens naturais degradadas e promover a limpeza de margens (náutica fluvial e águas interiores), por exemplo através de iniciativas de responsabilidade social envolvendo empresas, IPSS, entidades públicas e pessoas individuais kk Intensificar a utilização de réplicas de embarcações tradicionais, por forma a dinamizar os locais com um cunho económico histórico e cultural e de atração turística kk Promover as expressões culturais, gastronómicas e históricas associadas às tradições náuticas e piscatórias kk Difundir boas práticas ambientais e culturais (elaborar brochuras, sites eletrónicos, guias e manuais) kk Criar redes turísticas temáticas e novos espaços museológicos
2
Criação de infraestruturas náuticas, requalificação das existentes e apetrechamento dos agentes promotores
kk Melhorar e diversificar estruturas de apoio logísticas deficitárias ou inexistentes (instalações, armazenamento de materiais e equipamentos, seja na náutica fluvial, seja na náutica de mar) kk Promover a criação de infraestruturas de apoio à náutica de lazer, desportiva e de recreio kk Promover a o alargamento de apoios de praia previstos (Planos de Ordenamento da Orla Costeira) kk Incentivar a criação de novos CAR (Centros de Alto Rendimento) kk Fomentar a criação de pequenas marinas e ancoradouros fluviais kk Promover a melhoria das acessibilidades e aumento da capacidade das marinas e ancoradouros fluviais existentes kk Melhorar a capacidade e as condições estruturais dos portos e marinas kk Promover a prática náutica para pessoas com mobilidade condicionada (temporária ou permanente) melhorando designadamente as acessibilidades (rampas para cadeiras de rodas, interiores adaptados, mecanismos de auxílio de entrada na água,…) kk Divulgar informação e encaminhar os promotores e agentes náuticos (empresas, clubes, associações) para formas de financiamento ou de apoio ao investimento (apetrechamento, infraestruturas/obras,…)
4
Promoção e dinamização da náutica
kk Promover megaeventos náuticos, como forma de projetar a náutica e de envolver novos públicos e praticantes (Ex. mega descida de rios, provas nacionais e internacionais) kk Desenvolver redes temáticas e interligação com produtos turísticos como vetor de valorização económica da região (criação, promoção de pacotes turísticos, conjugando alojamento-restauração-comércio-lazer) kk Promover feiras náuticas e de turismo em diversos concelhos/municípios do Centro kk Promover o partenariado de sinergias locais (clubes, empresas, instituições ensino e de investigação, municípios…) kk Promover a criação de redes corporativas e parcerias entre os diferentes agentes náuticos (prestadores de serviços, promotores, formadores,…) kk Incentivar a criação de redes de atividades náuticas nas praias kk Dinamizar e aumentar a cobertura das iniciativas de férias náuticas em meio fluvial e marinho, junto de públicos diversificados, incluindo públicos especiais, com dificuldades de diversa natureza ao acesso
124
125
IMPACTOS ESPERADOS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 .4. Impa ct o s e sp e r a d o s
Como observável ao longo deste trabalho, são muito amplos e multidisciplinares os benefícios que o desenvolvimento, proliferação e enraizamento da náutica importará para os mais variados setores. Tendo em atenção todas as premissas anteriormente referidas, sintetizam-se agora as principais componentes do impacto esperado que o desenvolvimento do setor náutico poderá veicular para os mais diferentes ramos de atividade, considerando-se assim três grandes vetores onde estes benefícios se podem traduzir, existindo um elevado grau de complementaridade entre eles, pois grande parte das valorizações são representáveis em múltiplos setores.
Impactos Económicos
Impactos Ambientais
Impactos Sociais
126
Impactos Económicos
Criação de postos de trabalho Com a proliferação das atividades náuticas verificar-se-á um benefício generalizado para todo o território, mas com um especial relevo para as zonas de baixas densidades populacionais, através de investimentos na edificação de novas instalações de apoio à náutica, de marinas e ancoradouros e na criação de pacotes náuticos turísticos que abranjam regiões de menor desenvolvimento económico e populacional e que possuam recursos aquáticos, a criação de novos postos de trabalho, diretos e indiretos, será incontornável. Como será também incontornável a dinamização destas áreas principalmente nos setores do turismo, do comércio e da construção e reparação naval. A região Centro de Portugal é comprovadamente dotada de condições de excelência para a prática da náutica um pouco por todo o seu território, sendo também patentes as baixas densidades populacionais em alguns destes locais de eleição, assim, considera-se como uma das maiores benesses em termos de fixação de população, o caráter económico da criação de novos postos de trabalho que o desenvolvimento náutico poderia transportar para estas regiões.
Emergência de novas empresas e serviços Indissociável da criação de novos postos de trabalho, a difusão do setor náutico nas regiões onde até então não tinha um caráter suficientemente expressivo, será o rastilho para o aparecimento de inúmeras atividades complementares e sucedâneas, como as empresas de animação turística, de construção e manutenção náutica, a hotelaria, a restauração e o comércio. Ambiciona-se que esta rede de atividades complementares em torno do setor alavanque uma cadeia de valor, um verdadeiro “Cluster1 da Náutica”, que crie elos e sinergias em prol do desenvolvimento da mesma e das regiões.
ee Atividade náutica Fonte: aragami / www.fotolia.com
Aumento da competitividade regional Num país cada vez mais marcado por uma litoralização e bipolarização no que concerne a fixação de população, de serviços e de agentes económicos, o que por sua vez origina um duplo despovoamento do interior e dos locais mais afastados das duas principais áreas metropolitanas (Lisboa e Porto) e a consequente desvalorização económica regional, a fixação de atividades indutoras de novos investimentos, como é o caso das do setor náutico, trará valor acrescentado a estas regiões menos desenvolvidas, relançando-as no panorama económico nacional, rejuvenescendo-as e tornando-as mais atrativas e competitivas.
Aumento da competitividade nacional A descentralização nos investimentos nacionais, promovendo uma homogeneização nas apostas territoriais, permitirá que o país funcione como um todo no panorama económico e setorial e na competitividade internacional, apostando na oferta múltipla e diferenciada, que vise atingir e ultrapassar os critérios de exigência e excelência que distinguem os outros mercados.
1. Cluster – aglomerado de empresas que possuem uma forte característica de especialização e comércio interfirmas, é considerado como um aglomerado geográfico de empresas de tamanhos variáveis, que desenvolvem as mesmas atividades ou atividades similares, contando com a participação de seus fornecedores e prestadores de serviços. A competição concentrada no mercado pressiona as empresas a atingirem mecanismos que as diferenciem e que proporcionem vantagem competitiva. 127
IMPACTOS ESPERADOS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Impactos Sociais
Impactos Ambientais
Construção de novos equipamentos e infraestruturas
Reabilitação de zonas degradadas
A dotação dos locais de prática náutica com novos equipamentos e infraestruturas, contrariando a concentração até agora patente na geografia nacional, trará novas acessibilidades às localidades, consolidando uma oferta lúdica, desportiva e económica multidisciplinar nas regiões. A criação destes novos equipamentos de apoio permitirá retirar um melhor e mais sustentável proveito dos recursos e das condições naturais de excelência de que o país e a região centro em particular são dotados, contribuindo assim para o aumento da qualidade de vida das populações locais.
O fomento da náutica em locais propícios ao seu desenvolvimento poderá ser o mote ideal para operações de reabilitação total de zonas ribeirinhas ou frentes marítimas até então negligenciadas, criando novas zonas de lazer e espaços de convívio em comunhão com a natureza. Seguindo as premissas anteriormente referidas no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável e à recuperação e reestruturação de postos náuticos e marinas, o setor náutico deverá afirmar-se como o setor “verde” que constrói a economia “azul”.
Fomento de uma sociedade inclusiva
ee Sensibilização para a prática da náutica em Penacova Fonte: AD ELO
Manutenção da fauna e flora autóctones
O desenvolvimento e proliferação do setor náutico, assim como uma dotação territorial mais abrangente de infraestruturas de apoio permitirão uma maior inclusão de toda a sociedade, facilitará o acesso à náutica em termos logísticos e financeiros, dado o novo caráter de proximidade, e fomentará o espírito de grupo, alicerçando as identidades locais e regionais. Os públicos especiais, com dificuldades no acesso aos produtos náuticos, serão certamente os mais beneficiados com o desenvolvimento e eficaz distribuição territorial deste setor.
Com um setor náutico mais coeso e regulamentado, com instalações utilizadoras de energias renováveis, com o subsetor da pesca desportiva devidamente controlado e com a aplicação de todas as medidas ecológicas que visam o desenvolvimento sustentável, será garantida a manutenção biológica dos recursos aquáticos, não comprometendo a sua utilização por parte das gerações vindouras.
Benefícios para a saúde
Consciencialização e educação ambiental
O enraizamento do setor náutico e respetivas acessibilidades em diferentes localidades aumentará, por sua vez, o número de praticantes que até então se viam privados ou limitados no acesso a estas atividades. Tendo as atividades náuticas um contacto de primazia com o meio ambiente e englobando os desportos náuticos algumas das disciplinas desportivas mais completas, o aumento do número de praticantes será traduzido em benefícios para a saúde, combatendo os crescentes e preocupantes valores de sedentarismo.
A náutica, dado o seu caráter de exceção no que concerne à atividade em natureza, reúne condições para se constituir como um veículo de transmissão de conhecimentos das boas práticas ambientais, criando uma sociedade mais ecológica e desperta para a preservação do meio ambiente, assim como se afirmará como um excelente meio de valorização do património natural, local e cultural, e como importante contributo para a consolidação dos valores inerentes a uma consciência e cultura ambientais.
128
ee Limpeza de praias na Figueira da Foz Fonte: AD ELO
129
RECURSOS — PRAIAS
ee Marina 130 da Figueira da Foz Fonte: emei / shutterstock.com
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
131
BIBLIOGRAFIA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
BIBLIOGRAFIA
kk AD ELO (2011) Projeto Náutica Espaço Atlântico 2 20092012, NEA: NEA 2. kk AD ELO (2012) Turismo Náutico do Baixo Mondego, Cantanhede: AD ELO. kk AD ELO; MULTIAVEIRO (2012) Náutica e Coesão Social – Manual de Boas Práticas para o desporto Adaptado, Cantanhede: AD ELO. kk CUNHA, L., SANTOS, N. (2007) Novas oportunidades para o espaço rural – análise exploratória do Centro de Portugal, Coimbra: Instituto de Estudos Geográficos da Universidade Coimbra. kk MEDEIROS, C. (2005) Geografia de Portugal Vol.1,2,3 e 4, Lisboa: Círculo de Leitores. kk AHR - CENTRO (2012) “Parte 2 – Caracterização Geral Geológica e Geomorfológica”, in AHR CENTRO (org.), Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis integrados na Região Hidrográfica 4, Coimbra: ARH - Centro, pp. 1 -41. Disponível em: http://www.apambiente. pt/_zdata/planos/PGRH4/RB%5CParte%202%5C1.Caracterizacao_Geral%5C1.3_Geologica%5Crh4_p2_s1_3_rt_final. pdf, consultado em março de 2014. kk ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO MONDEGO (2008) Programa Territorial de Desenvolvimento Baixo Mondego 2008-2013, Baixo Mondego (Montemor-o-Velho): A.M.B.M.. Disponível em: http://www.maiscentro.qren.pt/ private/admin/ficheiros/uploads/PTD_BAIXO%20MONDEGO.pdf, consultado em março de 2014. kk ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO PINHAL INTERIOR SUL; COMUNIDADE URBANA DO MÉDIO TEJO (2008) Programa Territorial de Desenvolvimento – Estratégia de Desenvolvimento 2020, Plano de Ação 2007/2013, Lisboa: 2008. Disponível em: http://www.maiscentro.qren.pt/private/admin/ ficheiros/uploads/PTD_MeDIO%20TEJO-PINHAL%20INTERIOR%20SUL.pdf, consultado em fevereiro 2014. 132
kk ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PORTOS DE RECREIO (2011) Portugal Marinas, Lisboa: APPR. Disponível em: http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/ AreasAtividade/desenvolvimentoeinovacao/Documents/ APPR%20Marinas_AF%20-%20Brochura.pdf, consultado em abril de 2014.
kk INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (2011) Anuários Estatísticos da Região Centro – Instituto Nacional de Estatística, 2010. Disponível em: http://www.ine.pt/ngt_ server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=130441971&att_ display=n&att_download=y, consultado em março e abril 2014.
kk Plano de Ordenamento da Orla Costeira. Disponível em: http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=7&su b2ref=10&sub3ref=94, consultado em fevereiro de 2014.
kk CCDRC (2011) Plano Regional do Ordenamento do Território do Centro, Coimbra: CCDRC. Disponível em: http:// www.ccdrc.pt/index.php?option=com_content&view=article &id=156&Itemid=230&lang=pt, consultado em abril e maio de 2014.
kk INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (2012) Anuários Estatísticos da Região Centro – Instituto Nacional de Estatística, 2011. Disponível em: http://www.ine.pt/ngt_ server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=150338505&att_ display=n&att_download=y, consultado em março e abril 2014.
kk THR (2006) 10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal - Turismo Náutico, Lisboa: Turismo de Portugal, ip. Disponível em: http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/turismodeportugal/ publicacoes/Documents/Turismo%20Nautico%202006.pdf, consultado em maio de 2014.
kk INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (2013) Anuários Estatísticos da Região Centro – Instituto Nacional de Estatística, 2012. Disponível em: http://www.ine.pt/ngt_ server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=209714927&att_ display=n&att_download=y, consultado em março e abril 2014.
kk TURISMO DO CENTRO DE PORTUGAL (2010) Guia Náutico, Aveiro: T.C.P. Disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=loja, consultado em fevereiro de 2014.
kk COMISSÃO EUROPEIA (2007) Orientações para a criação da Rede Natura 2000 no domínio marinho. Aplicação das Diretivas. Habitats e Aves, Bruxelas: Comissão Europeia. Disponível em: http://ec.europa.eu/environment/nature/natura2000/marine/docs/marine_guidelines_pt.pdf, consultado em abril 2014. kk COMISSÃO EUROPEIA (2013) Plano de Ação para a Estratégia Marítima Atlântica, Bruxelas: Comissão Europeia. Disponível em: http://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/ TXT/?qid=1395674057421&uri=CELEX:52013DC0279, consultado em maio de 2014. kk DRAP CENTRO (2008) Pescas e Aquicultura na Região Centro, breve caracterização, Castelo Branco: DRAP-Centro. Disponível em: http://www.drapc.min-gricultura.pt/base/ documentos/brochura_pescas_vf.pdf, consultado em abril e maio de 2014. kk GRUPO DE TRABALHO NÁUTICA DE RECREIO (2012) Um Pilar do Desenvolvimento Local e da Economia do Mar, Óbidos: Sinapis. Disponível em http://www.fem.pt/Documentos/nautica%20de%20recreio.pdf, consultado em maio 2014.
kk INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (2011) Estatísticas da Pesca 2010, Lisboa: INE. Disponível em: http://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_ parentBoui=120498658&att_display=n&att_download=y, consultado em março e abril de 2014.
kk Portugal Tourist Map. Disponível em: http://www.visitportugal.com, consultado em fevereiro 2014.
kk TURISMO DO CENTRO DE PORTUGAL(2012) Guia de Praias Fluviais e Oceânicas, Aveiro: T.C.P. Disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=4, consultado em fevereiro de 2014
kk INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (2012) Estatísticas da Pesca 2011, Lisboa: INE. Disponível em: http://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_ parentBoui=140611380&att_display=n&att_download=y, consultado em março e abril de 2014. kk INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (2013) Estatísticas da Pesca 2012, Lisboa: INE. Disponível em: http://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_ parentBoui=140611380&att_display=n&att_download=y, consultado em março e abril de 2014.
133
SITES CONSULTADOS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
ee Regata da Queima das Fitas em Coimbra Fonte: Secção de Desportos Náuticos da Associação Académica de Coimbra
Sites consultados
kk AD ELO: www.adelo.pt, consultado em março, abril e maio 2014.
kk Mais Centro: www.maiscentro.qren.pt, consultado em maio 2014.
kk Agência Portuguesa do Ambiente: www.apambiente.pt, consultado em março e abril 2014.
kk Náutica Press: http://www.nauticapress.com, consultado em março 2014.
kk Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar: www.for-mar.pt, consultado em abril 2014.
kk Nautisme Espace Atlantique: www.nea2.eu, consultado em fevereiro, março, abril e maio 2014.
kk Ciência: www.ciencia.pt, consultado em maio 2014.
kk Portais das autarquias locais e dos promotores, consultado em fevereiro e março 2014.
kk Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro: www.ccdrc.pt, consultado em março, abril e maio 2014.
kk Região Turismo do Oeste: www.rt-oeste.pt, consultado em março 2014.
kk Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar: www. estm.ipleiria.pt, consultado em abril 2014.
kk Turismo do Centro de Portugal: www.turismodocentro. pt, consultado em março, abril e maio 2014.
kk Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas: www.icnf.pt, consultado em maio 2014.
kk Universidade de Aveiro: www.ua.pt, consultado em abril 2014.
kk Instituto Nacional de Estatística: www.ine.pt, consultado em março e abril 2014.
kk Universidade de Coimbra: www.uc.pt, consultado em abril 2014.
kk Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração: www.iscia.edu.pt, consultado em abril 2014.
kk Visit Portugal: www.visitportugal.com, consultado em fevereiro 2014.
kk Laboratório Nacional de Energia e Geologia: www.lneg. pt, consultado em abril 2014.
134
135
INVESTINDO NO NOSSO FUTURO COMUM