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FERNANDA WUSTRO
FERNANDA WUSTRO- IMAGEM, ESTILO E IDENTIDADE
Texto: Redação Fotos: Erisney Ribeiro
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As roupas são um dos mais importantes cartões de visita social. As cores, os cortes, as texturas e como elas combinam (ou não) entre si podem falar muito sobre o seu estilo, a sua personalidade, a sua profissão, sobre suas convicções e dizem quem você é. Reconhecendo a importância do trabalho de uma consultora de imagem e estilo, convidamos Fernanda Wustro para um bate-papo que vai além da moda, confira:
“Eu sou a Fernanda. A Fê. A mãe, a amiga, a esposa. São várias nomenclaturas. Mas, falando um pouquinho de mim, sou uma pessoa que ama o que faz, que é apaixonada pelo que tem na vida. Sim, tive muitas dificuldades, muitos problemas, mas algo que eu sempre falo é que eu não sei dizer não para as coisas. Eu posso até cair, errar, mas eu não consigo dizer não para a vida, para as coisas e para as pessoas. Se eu estou fazendo um serviço, atendendo uma pessoa, seja em casa ou seja até em um momento com os amigos, eu gosto de me doar, gosto de que as pessoas saibam que podem contar comigo sempre.”
UM POUQUINHO MAIS SOBRE A FERNANDA Sou também a Fernanda mãe do Caetano (9 anos) e da Maria Vitória (5 anos). Há sete anos eu vim com o meu marido para Luís Eduardo para acompanhá-lo profissionalmente e atuo como consultora de imagem e estilo desde que cheguei aqui. Amo o que faço, adoro ajudar. Sei que o meu propósito é ajudar outras mulheres a se conhecerem e gostarem mais de si, além de fazê-las se sentirem mais confiantes, não apenas com um look bonito, mas entendendo um pouquinho mais sobre quem elas são. E, para ajudá-las a entender quem elas são, eu preciso entender quem eu sou. Por isso, acredito que estou na minha melhor fase. O GUARDA-ROUPA O que é muito importante para mim é saber o que você está vestindo e porque você está vestindo. Qual a mensagem que você está passando para as outras pessoas? Isso me traz essa realização e me deixa segura. Quando eu abro o meu guarda-roupa, depende muito do meu humor, do meu estado de espírito para usar certa roupa. Quando eu vou comprar uma peça, eu tenho certeza do porquê de comprar aquela peça, o que ela muda no meu corpo, o que eu quero disfarçar ou valorizar no meu corpo. Então é isso que eu quero ensinar às outras pessoas: que elas se vistam de acordo com seus propósitos, características, personalidades, formatos dos corpos, cores. Assim é possível criar um guarda-roupa inteligente, ou ter uma vida mais facilitada, compreender as mensagens que as cores passam.
A FÊ EMPREENDEDORA
Posso hoje dizer que sou uma mulher feliz, tenho 39 anos e digo que hoje estou na minha melhor fase. Chega um momento da nossa vida em que olhamos para trás e vemos o que fizemos, olhamos para os nossos propósitos, o que conseguimos construir ao longo da vida. Para mim, empreender é entender todo o mundo, é estar conectada, entender a conjuntura, o momento, o que está acontecendo, é estar ligada o tempo todo, para aí sim passar essa segurança para o cliente.
MOMENTOS ESPECIAIS PARA FERNANDA Falando em um prato especial, eu não sei escolher um só. Sou uma pessoa que gosta de tudo e de provar coisas novas também. Eu gosto de receber as pessoas na minha casa, de ter uma mesa posta bem linda, de estar no convívio com outras pessoas. Essa junção com amigos próximos e de pessoas queridas faz o ambiente ficar mais iluminado e dá um tom diferente à comida. Quando as pessoas veem a minha casa, eu gosto de fazer um risoto funghi com filé ou risoto de quatro queijos com salmão, gosto de misturar, buscar uma perfeição e servir bem. Acho que é legal montar um lindo prato, porque a aparência do prato conta muito, a gente come com os olhos. Mas, mais que tudo isso, o importante são as pessoas que estão ali com você que tornam tudo mais saboroso. Quando o assunto é bebida, eu adoro um apperol. Aprendi a gostar do gin e do apperol. Posso, às vezes estar em casa sozinha, que eu vou lá e faço um apperol para tomar e relaxar. Essa é a minha bebida favorita hoje.
@fernanda_wustro
FULÔ DE MANDACARU
O SERTÃO NA TELA DE EDUARDO LIMA
Texto: Carol Freitas Foto: Divanildo Silva
Traços firmes, cores fortes e a temática nordestina. Quem diria que essas marcas levariam o menino Eduardo Lima, nascido na pequena cidade de Capim Grosso, ao sucesso como artista plástico? “Eu nasci no interior da Bahia, no sertão baiano, e lá eu passei a aplicar os meus primeiros traços asrtísticos inpirados na minha vivência infantil no sertão”, lembra.
Aos 44 anos, Eduardo colhe os louros do talento cultivado ainda quando menino, na olaria em que o pai trabalhava com fabricação de cerâmicas, lugar onde teve os primeiros contatos com a arte ao brincar de fazer esculturas. “Me sinto prestigiado, super valorizado e o que eu quero mesmo é que as pessoas se inspirem com o que eu faço e o que eu puder mostrar pelo meu trabalho, mostrarei”, aponta.
Mas nem sempre foi assim. Até estabelecer-se na arte, Eduardo trilhou um longo caminho. Como ser artista era algo que não pertencia à própria realidade como profissão, aos 18 anos, Eduardo trabalhou como frentista. Na época, ainda com muitos sonhos na cabeça, o jovem pintava quadros para si mesmo e para a família. Uma dessas obras ficou de presente para a esposa, que colocou na própria loja. “Um cliente gostou, pediu para comprar e nós decidimos vender. Então, eu fiz outro quadro para pôr no lugar e, novamente, outro cliente quis comprar”, conta Eduardo. Foi aí que a vida dele começou a mudar.
As obras de Eduardo já foram enviadas para mais de 30 países, e o sucesso do artista é nítido nas mídias. Eduardo já participou de programas como “Encontro, com Fátima Bernardes” e teve as obras adquiridas por famosos como Felipe Neto (que fez uma encomenda personalizada para o pintor), a namorada dele, Bruna Gomes, Marco Antônio Biaggi, Rodrigo Lombard e Natasha Dantas, esposa do jornalista e apresentador Willian Bonner.
Além do reconhecimento popular, a carreira de Eduardo também é marcada por premiações em eventos artísticos na Itália, em Londres e na Áustria. “Quando recebi o convite para participar de um evento em Roma, pensei em criar uma obra que retratasse o cotidiano do sertanejo. Assim foi. E essa obra obteve o prêmio de medalha de ouro nesse salão em Roma. Anos depois, eu participei com outra obra também retratando a lida sertaneja, e também fui premiado. Hoje eu tenho espaços abertos lá fora, justamente em decorrência dessas premiações”, afirma.
E esse reconhecimento permitiu que Eduardo fizesse da arte sua única fonte de renda. “Como a procura pelas minhas telas estava muito grande e algumas pessoas não estavam conseguindo, eu resolvi explorar as possibilidades gráficas. Então, eu fotografo e exploro por meio de canecas, camisetas, bonés e diversos produtos e minha família toda está envolvida no processo. Minha esposa trabalha com a parte de assessoria, um filho trabalha com as mídias e outro com o financeiro.’
A vida nordestina impregnada no jovem sertanejo que, atualmente, vive em Barreiras, mistura-se com diversos cotidianos. “Eu gosto de gente, de retratar pessoas. Certa vez, eu visitei uma comunidade quilombola e fiquei tão tocado com a força deles que, quando eu cheguei em casa, fui para o ateliê e passei a retratar as figuras que representam as mulheres em suas labutas diárias, nas batalhas. Também resolvi usar um traço mais fino para trazer a sutileza que eu chamo de leveza, o brilho que eu vejo nessas pessoas. Também temos a figura do cangaceiro Lampião e Maria Bonita, que são personagens históricos e, apesar de toda a problemática em torno dele ser criminiso ou não, eu tento retratá-lo de forma doce. As pessoas têm brilho e é esse brilho que eu tento retratar. Quando as pessoas enxergam isso, eu fico muito feliz. Pintar, para mim, é um sentimento de completude. Eu preciso pintar, fazer arte para me completar, para me sentir inteiro como pessoa”, finaliza.
Amadurecemos e nos reinventamos para chegar ainda mais longe, porque a gente entende o quanto isso é importante para a vida de tantas famílias. Foi por isso que viemos, que estamos e continuaremos jujuntos em busca de novas perspectivas de futuro às pessoas. Nossa gratidão a todos que contribuíram com essa história de sucesso.
MANSÃO BURLE MARX POETA DRUMMOND 2021
TORRE NIEMEYER MANSÃO CECÍLIA MEIRELES