CHOVE, CHUVIN HA • Local: Nordeste • Desenvolvimento: A chuva, no norte, sempre foi importante para os adultos e, por ser agradável, também para as crianças. Olhar a chuva cair, brincar e até mesmo se banhar com água das biqueiras, lançar barquinhos de papel nas poças e regos tudo era uma delícia. Por isso, era comum as crianças brincarem de pedir chuva. Faziam caretas, as mais horríveis, olhando para o céu, pra que o sol se zangassee s escondesse,e gritavam: _ Bem - te - vi ! . . .Bem - - te - vi ! . . . Ilimitando o pássaro, cujo canto era tido como prenúncio de mau tempo e sinal de chuva. Não satisfeitos, passavam à brincadeira mais poderosa, que devia irritar finalmente o pobre sol. Com pauzinhos finos, riscavam na terra um círculo enorme, dentro do qual desenhavam a cara do sol, sempre deformada e grotesca. Em volta do círculo, traçavam um serrilha de dentes agudos, que representavam os raios, ou a cabeleira do sol. Em seguida, davam-se as mãos e faziam roda, pulando e cantando: Chove, chuvinha, chove ! Chove, chuvinha, chove ! Chove, chuvinha ! Chove, chuvinha ! Chove, chuvinha, chove ! Chove, chuvinha, chove ! Confiantes na força da invocação vigiavam o céu, e qualquer fiapo de nuvem que aparecesseera saudado com gritos, vivas e palmas de regozijo.
• Fonte - Rodrigues, Anna Augusta Título: Rodas, brincadeiras e costumes Data da coleta: 1955 Data da publicação: 1984
PINGUEL I NO OU MANÉ GOSTOSO • Local(is): Rio de Janeiro, Nordeste • Desenvolvimento: Boneco de madeira com braços e pernas móveis, preso a uma estrutura de madeira em forma de H através de um barbante que passa por orifícios existentes nas suas mãos e na extremidade superior de cada uma das hastes laterais. Quando se apertam as extremidades inferiores da estrutura, o barbante se distende, o que faz com que o boneco dê saltos, cambalhotas, piruetas, como um trapezista de circo.
• Objetos ou brinquedos utilizados:
Nome: Pinguelino ou Mané gosto Material: madeira/barbante
• Fonte - Governador do Estado do Rio de Janeiro SEEC/INEPAC Título: Folclore Fluminense Data da coleta: a partir de 1976 Data da publicação: 1982
PIÃO (APANHAR PIÃO) • Local(is): Nordeste, Recife • Espaço: ar livre • Desenvolvimento: O ato de apanhar pião consistia em jogá-lo ao solo e, em seguida, fazer com que o mesmo, com uma técnica especial, subisse para a mão do jogador, onde continuava a girar. Da mão do jogador o pião passava a dançar na unha do polegar. Intenção dos jogadores era, como toda a força possível, acertar o pião adversário e pô-lo fora do jogo, rachado no meio.
• Objetos ou brinquedos utilizados: Nome: Pião Manufatura: feito por adulto (marceneiro) Material: verniz de açafrão, ou tinta de duas ou três cores diferentes, preço bem afiado.
• Fonte - SOUTO,MAIOR, Mário - Brinquedose JogosNordestinos: contribuição ao estudo da lúdica regional. Um depoimento, 1989.