História além dos 25

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oração me salvou

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ogo que se casaram, sonhando em oferecer educação de qualidade para os filhos, Artur e Alaíde Souza adquiriram um terreno nas proximidades do Instituto Adventista de Ensino (hoje Unasp, campus São Paulo). Era final da década de 1930, a região não tinha saneamento básico e nem energia elétrica, e mesmo assim o colégio, fundado em 1915, se desenvolvia, principalmente após ter se tornado um internato agroindustrial, em 1925. Era a escolha certa para o futuro das crianças. Em 1941 nascia Vasti, a segunda filha, e a vida inicialmente planejada acontecia. Alaíde costurava roupas para as crianças, utilizava água do poço para os cuidados da casa, e lenha para cozinhar e passar roupas à ferro. Juntos faziam o culto familiar todas as manhãs, antes de Artur sair para o trabalho. Anos depois, já com dois filhos, o casal se mudou para o Rio de Janeiro, onde outro colégio estava iniciando, o antigo ITA, hoje Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE). Lá, Artur pôde utilizar toda a experiencia adquirida na marcenaria para fabricar portas, janelas e carteiras escolares. Crescendo em um ambiente de imersão cristã, Vasti era muito interessada em aprender sobre Jesus, tocava piano e fazia diversos cursos que a escola oferecia. A filha de um missionário americano logo se tornou sua melhor amiga, e entre uma brincadeira e outra, ela foi também aprendendo Inglês. De volta a São Paulo, já com 12 anos, Vasti trabalhava na cozinha do colégio no período de férias, e foi assim até concluir o segundo grau, na época. Sempre ativa na igreja, Vasti realizava atividades missionárias em bairros próximos, sonhando em se casar com um pastor. Quando começou a trabalhar na secretaria do colégio, logo foi notada pelo presidente do centro acadêmico, o jovem José Viana, que estudava Teologia. Alguns meses depois iniciaram o namoro, e, em fevereiro de 1963, se casaram. O primeiro chamado ministerial levou o casal para o nordeste. Vasti ajudava no preparo dos painéis e cartazes de divulgação, utilizando o que havia de mais novo na época: caneta fluorescente para ser utilizada com luz negra. Foi um trabalho de sucesso, e, devido a presença deles por ali, foi inaugurada a primeira Igreja Adventista de Mossoró. 34


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Cap 25: Quanto vale um garoto?

6min
pages 100-104

Cap 23: Pioneira como meus antepassados

3min
pages 94-96

Cap 24: Meu sonho era ter uma Bíblia

4min
pages 97-99

Cap 21: O Ministério da Mulher transforma a igreja

4min
pages 88-90

Cap 22: Uma mulher entre os anciãos

3min
pages 91-93

Cap 19: Minha casa, minha igreja

4min
pages 80-83

Cap 20: Meus pais me ensinaram a ser missionária

4min
pages 84-87

Cap 18: Contra os nãos que recebi quando criança

5min
pages 76-79

Cap 17: Todos agora conhecem a Igreja Adventista

5min
pages 72-75

Cap 15: Me redescobri ao ser missionária

5min
pages 64-67

Cap 11: Vi tanta pobreza que não consigo esquecer

6min
pages 46-49

Cap 16: Uma poetisa cristã

5min
pages 68-71

Cap 10: Quero um marido missionário

4min
pages 43-45

Cap 13: As mulheres sempre trabalharam

4min
pages 55-58

Cap 14: Nada me impedirá de cumprir o que Deus quer

8min
pages 59-63

Cap 12: Ter sucesso é pregar sobre Jesus

7min
pages 50-54

Cap 9: Encontrei minha missão no voluntariado

6min
pages 39-42

Cap 7: Não quero casar e serei missionária

7min
pages 29-33

Cap 3: E eu não sou uma mulher?

6min
pages 13-16

Cap 8: A oração me salvou

5min
pages 34-38

Cap 2: Ainda que eu não seja curada

6min
pages 9-12

Cap 5: Quero me casar com um pastor

4min
pages 21-24

Cap 6: Entender e explicar a Bíblia não tem preço

5min
pages 25-28

Cap 1: As mulheres podem fazer mais

4min
pages 5-8

Cap 4: Não entendo o que a Bíblia diz

5min
pages 17-20
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