Ter
sucesso é pregar sobre Jesus
D
izem que quem tem nome comprido descende da realeza, e é isso que chama a atenção no início da história de Cesiane Lopes Amaral Monteiro de Barros. Nascida em Teófilo Otoni, MG, ela teve na árvore genealógica membros da aristocracia portuguesa, que se tornaram grandes proprietários de terra no Brasil. Historicamente, na colonização do Brasil os portugueses trouxeram grande envolvimento com a Igreja Católica, e assim também a família de Cesiane continuou a tradição religiosa por anos, exceto uma tia-avó dela, que havia se mudado para o Paraná, onde se casou com um alemão e se tornou adventista do sétimo dia. Na fazenda do avô de Cesiane havia muitas capelas e igrejas onde padres e até bispos celebravam missas e realizavam quermesses. Alguns jovens dali foram para seminários, outros se tornaram padres e a mãe de Cesiane era beata - uma espécie de auxiliar dos padres. Porém, Cesiane lembra que desde muito pequena não gostava de ir a estas igrejas e nem de se aproximar da estátua do “Cristo morto”. A situação era contornada pela mãe, até que um dia, depois de ouvir a tia-avó contando a história de Davi para uma criança, durante uma de suas visitas, Cesiane colocou a própria mãe contra a parede. Com cinco anos de idade, questionou sobre as histórias bíblicas que nunca havia ouvido; fato que a mãe confessou que também desconhecia existir. Na mesma visita da tia, a mãe de Cesiane ganhou o livro O Grande Conflito, e, dentro de um mês leu inteiro e decidiu ser batizada, acompanhada também de sua melhor amiga, passando a frequentar a igreja adventista na companhia dos filhos. A decisão provocou muitas desavenças familiares, principalmente, por parte da avó de Cesiane que foi contrária ao batismo e se distanciou da filha e netos. Porém, nada foi impedimento e, em pouco tempo, a cidade de Padre Paraíso teve sua primeira igreja adventista inaugurada. De volta a Teófilo Otoni, eles continuaram frequentando a igreja.
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