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INSTITUCIONAL

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EVANGELISMO

EVANGELISMO

ADORAÇÃO É MISSÃO O TESTEMUNHO CRISTÃO TEM COMO BASE O RECONHECIMENTO DE QUEM DEUS É, ASSIM COMO A EXPERIMENTAÇÃO DA SALVAÇÃO QUE ELE OFERECE

HERBERT BOGER

Adoração a Deus e compromisso com Sua missão estão intimimamente relacionados. É isso que nos mostra vários textos e experiências relatadas na Bíblia. Em Apocalipse 14:6 e 7, por exemplo, a primeira das últimas três mensagens de advertência ao mundo conecta a devoção Àquele que “fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” ao “evangelho eterno” que deve ser proclamado.

A adoração em espírito e em verdade (Jo 4:23-24; 39-42) transborda do adorador para outros. A razão da adoração é a imersão na graça, no perdão e na salvação de Jesus. Por isso, ela não pode ficar contida no coração, mas precisa ser compartilhada. Aqueles que buscam e encontram o Senhor tornam conhecidos os Seus feitos (Sl 105:1-3).

“Adoração tem tudo a ver com Deus, com o compromisso com Ele e com dar-Lhe valor, honra, glória e devoção”, define o teólogo S. Joseph Kidder (Adoração Autêntica, CPB, 2012, p. 9). Essa adoração é renovada nos dias de culto na igreja e ampliada fora do templo, quando andamos com Jesus a cada dia. Pois tudo o que fazemos deve glorificar a Deus (1Co 10:31).

A seguir, destaco três relatos bíblicos em que fica clara a conexão entre adoração e missão. Começo pelo etíope, mordomo da rainha Candace (At 8:27 e 28). Ele tinha ido a Jersualém para adorar e, sendo um homem de grande influência, Deus viu que, caso ele se convertesse, testemunharia fortemente do evangelho. Conforme comentou Ellen White, o Senhor comissionou anjos e o próprio Filipe para guiá-lo à luz (Atos dos Apóstolos, p. 107). Depois que

A CONEXÃO ENTRE ADORAÇÃO E MISSÃO ESTÁ PRESENTE NA PRIMEIRA DAS ÚLTIMAS TRÊS ADVERTÊNCIAS DE DEUS PARA A HUMANIDADE

o eunuco enxergou nas Escrituras que Jesus era o Cristo e rendeu-se ao Seu senhorio, ele foi batizado por Filipe.

A oferta da viúva pobre também pode nos ensinar algo sobre esse tema (Mc 12:41-44). O relato nos indica que Jesus observa os fiéis adoradores e reconhece a fidelidade deles. A adoração da viúva foi para demonstrar gratidão a Deus, e não para agradar os líderes religiosos. Segundo Ellen White, aquela pobre mulher não imaginou que seu gesto simples e discreto ficaria registrado na Bíblia e inspiraria cristãos do mundo todo “a manter missões, a estabelecer hospitais, a alimentar os

famintos, vestir os nus, curar os doentes e pregar o evangelho aos pobres” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 310).

Termino com a experiência de Paulo e Silas na prisão. Embora em circunstância muito desfavorável, eles adoraram a Deus no cárcere, louvando-O mesmo depois de terem sido espancados. Como destacou Ellen White, eles haviam aprendido a encontrar alegria “no sofrer por amor da verdade” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 423). A atitude de adoração de Paulo e Silas naquela noite salvou a vida do carcereiro e de toda a sua família (At 16:30-33).

Um oficial influente, uma frágil viúva e uma dupla de missionários nos ensinam que, quando nos deparamos com quem Deus é e o que Ele faz em nós, não há outra alternativa a não ser compartilhar o que experimentamos. ]

HERBERT BOGER é pastor e diretor do Ministério Pessoal da sede sul-americana da Igreja Adventista

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