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PRIMEIROS PASSOS
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RESGATADO COM NOSSO CACHORRINHO, APRENDI QUE PARA GANHAR A CONFIANÇA DE ALGUÉM É PRECISO TEMPO, PACIÊNCIA E AMOR
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CHARLOTTE ERICKSON
u me apaixonei pelo Sparky na primeira vez E que vi sua fotografi a. Nosso yorkshire terrier, de 15 anos de idade, tinha morrido e eu estava desolada. “Só vou dar uma olhadinha nele”, disse ao meu marido.
Soubemos que Sparky tinha sido maltratado. Seu pelo longo estava sujo e embaraçado. Seus “pais de criação” o limparam, colocaram um lenço bonito ao redor do pescoço e postaram uma fotografi a no petfi nder.com, uma plataforma digital para adoção de animais. Por fora, ele era um lindo cachor“Mas Tu, rinho, mas não tínhamos ideia de quão machucado o bichinho estava Senhor, por dentro. A primeira vez que levamos és Deus Sparky para fora de casa, ele fi cou aterrorizado. Quando se assustava, compassivo e o que era frequente, corria para misericordioso, debaixo de uma cama. Ele fazia isso tantas vezes que fi nalmente muito paciente, deixamos a coleira no seu pescoço o tempo todo para que pudésserico em amor e mos tirá-lo de seus esconderijos. Sparky se apegou ao meu em fidelidade” marido, mas tinha medo de mim. Quando me aproximava dele, (Sl 86:15) encolhia-se no colo do meu esposo ou corria para debaixo de algum móvel. Tentei argumentar com ele. “Vamos, Sparky”, supliquei. “Você pode confi ar em mim. Eu amo você.” Não ajudou. Eu estava pronta a desistir.
Então, meu marido viajou por alguns dias. E o meu colo passou a ser o único disponível em casa. A primeira vez que Sparky pulou nos meus braços, eu quase caí da cadeira. Ele fi cou todo tenso enquanto eu o acariciava. Mas pelo menos passou a me tolerar.
Sparky não tinha a menor ideia de como ser um cachorro. Tentamos brincar com ele, atirar uma bola, puxar uma meia, mas ele só fi cava sentado. Só após oito meses ele teve confi ança para pegar um biscoito da minha mão. Vagarosamente, ele começou a relaxar. Começou a gostar de brincar ao ar livre e de fazer caminhadas. No inverno, ele rolava na neve. Ele era bonito, engraçado e educado. No aniversário de um ano conosco, já éramos amigos – não melhores amigos, mas amigos. Afinal de contas, ele deve ter percebido que não era tão ruim assim.
Aprendi muito com Sparky. Entendi que as cicatrizes do lado de dentro são como as cicatrizes do lado de fora: elas nunca desaparecem totalmente. Aprendi que não se pode forçar alguém – nem um cachorro – a confi ar em você. Isso leva tempo, exige paciência e muito amor. Mesmo que Deus já tenha me dito tantas vezes que Ele é digno de confi ança, eu ainda tenho difi culdade de acreditar Nele completamente. Aprendi que assim como nós resgatamos o Sparky, Deus me resgatou. E, quando fujo Dele, Deus vem atrás de mim e me diz: “Venha, você pode confi ar em Mim. Eu amo você.” ]
CHARLOTTE ERICKSON vive em Battle Creek, Michigan (EUA)