N.º9 DEZEMBRO 2021
BIOHEITOR
REVISTA ESCOLAR DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA BIOLOGIA 12ºANO
POCKET FOREST
FICHA TÉCNICA:
Título: BioHeitor Edição: Número 9 Ideia original e Curadoria: Mónica Ramôa monica.ramoa@sapo.pt (+351) 965 103 989
Logótipo: Mélanie Matthey-Doret e Simão Gonçalves Capa: José Pedro Fernandes Fotografia capa: Bela Geletneky por Pixabay
Apoio técnico digital/informático: Sílvia Martins e José Pedro Fernandes
Responsável científico-pedagógico: Mónica Ramôa Entidade responsável: Escola Secundária Frei Heitor Pinto www.aefhp.pt (+351) 275 331 228 gabinete-diretor@aefhp.pt Autores: Amélia Daniel, Beatriz Santos, Carolina Duarte, Catarina Lopes, Cristiano Gaiola, Daniela Maia, Duarte Amorim, Joana Quelhas, Joana Martinho, João Galvão, Lara Cancelinha, Laura Rodrigues, Leonardo Viegas, Leonor Vicente, Lucas Valezim, Marcos Carvalho, Margarida Saraiva, Maria Antunes, Maria Mendes, Mariana Morais, Martim Raposo, Martim Silva, Miguel Silva, Oriana Ferraz, Raquel Amaral, Sofia Sá, Tomás Rolo, Yuri Assunção. Local: Covilhã e ESFHP Data: Ano letivo 2021/2022 – Dezembro 2021
Índice Pocket Forest Joana Quelhas e Joana Martinho Pocket Forest Carolina Duarte, Margarida saraiva e Maria Mendes Pocket Forest Laura Rodrigues, Maria Antunes e Raquel Amaral Pocket Forest Cristiano Gaiola e Miguel Silva Pocket Forest Oriana Ferraz Pocket Forest Catarina Lopes, Leonardo Viegas e Lucas Valezim Pocket Forest Lara Cancelinha O Método Miyawaki e as Pocket Forests Tomás Rolo e Yuri Assunção Pocket Forest Duarte Amorim, Marcos Carvalho e Martim Silva Pocket Forest Leonor Vicente e Mariana Amorim Pocket Forest Martim Raposo e João Galvão Pocket Forest – Método de Plantação de Miyawaki Beatriz Santos e Daniela Maia Pocket Forest Sofia Sá
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Pocket Forest Joana Quelhas & Joana Martinho Ao longo das últimas décadas tem se assistido globalmente ao crescente fenómeno da urbanização, ao consequente aumento da mancha urbana devido ao acréscimo da população, e, ao elevado número de infraestruturas e serviços criados nos espaços urbanos (Paula, 2004).
Figura 1- ilha de calor na zona urbana
A estas alterações estão associados grandes impactos negativos e consequentes riscos ambientais. A crescente emissão de gases com efeito estufa e a falta de vegetação nas áreas urbanas são responsáveis pelo aumento da temperatura nas mesmas, pela baixa qualidade do ar e pela diminuição dos recursos naturais (Paula, 2004). As áreas urbanas devem adaptar e alterar diversos aspetos no sentido de proporcionarem ambientes de vida saudáveis e sustentáveis, tanto para os cidadãos como para o planeta (Moreno, 2006).
Uma das medidas de mitigação, para as consequências a nível ambiental devido ao fenómeno da urbanização, mais adotada é a implementação de espaços verdes urbanos. Estes são essenciais para a melhoria da qualidade de vida urbana (Moreno, 2006). O professor Akira Miyawaki, na década de 80, estabeleceu uma inovadora abordagem de reflorestamento no Japão com o intuito de restaurar os ecossistemas autóctones. O botânico japonês desenvolveu uma técnica denominada the Miyawaki method que ajuda a reconstruir densas florestas nativas (Schirone, 2010). As pocket forests ou florestas de bolso, são um método de cultivo de plantas autóctones em ambiente urbano, baseado no trabalho de Miyawaki. Estas crescem 10 vezes mais rápido, são 30 vezes mais densas, contêm 100 vezes mais biodiversidade e absorvem 16 vezes mais carbono do Figura 2- implementação de pocket forest em ambiente urbano que as florestas convencionais (SUGI,2021). A elevada capacidade de biodiversidade deve-se em parte à reduzida idade das florestas. Devido a este fator, as plantas que atingem uma elevada altura ainda se encontram rudimentares, pelo que não vão ser mais altas que os restantes constituintes das poket forests (The Guardian, 13 de junho, 2020). Assim, a reduzida idade da vegetação permite que haja uma maior incidência da luz solar nas plantas com flores e, será encorajada a libertação dos seus componentes voláteis que, por sua vez, atraem os seres polinizadores. A diversidade também é impulsionada pela plantação de várias espécies que fornecem uma maior variedade de alimentos e abrigo para um maior leque de espécies animais (The Guardian, 13 de junho, 2020).
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Figura 3 - Construção de pocket forests
Existem três principais métodos para a plantação das pocket forests. O conhecimento da vegetação natural potencial do local escolhido e, a seleção das plantas autóctones é o primeiro. Para identificar quais as melhores escolhas, há que fazer uma pesquisa prévia da vegetação pré-existente na zona para, assim, conseguir com que a pocket forest seja autossuficiente. “In the plant communities, if the top is authentic, the followers are also real, just like in human society.” (Akira Miyawaki, Creative Ecology: Restoration of Native Forests by Native Trees. Página 16) (Miyawaki, 1982).
Conhecimento da germinação das plantas selecionadas e os respetivos métodos de plantio. As principais espécies de árvores têm, geralmente, raízes mais profundas tornando-as difíceis de transplantar. Para resolver este problema são recolhidas sementes com o intuito de serem germinadas e assim que brotam as primeiras folhas são mudadas de canteiro (Miyawaki, 1982). Prosperar a plantação cuidando do local. A remoção de ervas daninhas e outras espécies invasoras vai ser necessária nos primeiros dois a três anos do cultivo. Normalmente, após isso, não haverá necessidade de manutenção. Através da seleção natural, as plantas irão crescer constantemente com o tempo (Miyawaki, 1982).
As pocket forests são projetadas para regenerar a biodiversidade de locais em menos tempo do que os mais de 70 anos que uma floresta convencional leva para se regenerar por conta própria. A ideia de integrar pocket forests nas áreas urbanas espalhouse do Japão e tem vindo a ser adotada com entusiastas holandeses, franceses, indianos, belgas e britânicos (Cleary, 2021).
Figura 4 - Colaboração da comunidade
As pocket forests não requerem muito espaço, são de plantação e crescimento rápido e não demandam monitoramento periódico a partir do segundo ano. Estas são soluções viáveis para cidades que procuram mitigar a elevada pegada de carbono pois rapidamente formam um habitat para inúmeras espécies (SUGI, 2021). É essencial que as várias áreas urbanas adotem a implementação de espaços verdes, como as pocket forests. Estes espaços são essenciais para o bem-estar e saúde pública assim como para proteger o impacto da crise climática que o mundo enfrenta nos dias de hoje (SUGI, 2021). Bibliografia: Bobiec, A., Ćwik, A., Gajdek, A., Wójcik, T., & Ziaja, M. (2021). Between Pocket Forest Wilderness and Restored Rural Arcadia: Optimizing the Use of a Feral Woodland Enclave in Urban Environment. Forests, 12(9), 1173. https://doi.org/10.3390/f12091173 Cleary, C. (2021, September 6). Pocket Forests. https://www.pocketforests.ie/new-blog?offset=1627316641609&reversePaginate=true Miyawaki, A., 1982. Bull. Inst. Environ. Sci. Technol. Yokohama Natl. Univ., 11: 107-120. Miyawaki, A., 1975. Entwicklung der Unweltschutz-Pflanzungen and Ansaaten in Japan. In: Tuxen, R. (Ed.) Sukuzessionsforschung. Bericht uber das Internationale Symposium der Internationalen Vereinigung fur Vegetationskunde. Vaduz, Cramer, 237-254. Moreno, M. M.; (2006). Parâmetros para implantação efetiva de áreas verdes em bairros periféricos de baixa densidade. Campinas, Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Paula, R. Z. R. (2004) Influência da vegetação no conforto térmico do ambiente construído. Campinas. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) Schirone, B., Salis, A., & Vessella, F. (2010). Effectiveness of the Miyawaki method in Mediterranean forest restoration programs. Landscape and Ecological Engineering, 7(1), 81–92. https://doi.org/10.1007/s11355-010-0117-0 SUGi. (2021).The Miyawaki Method for Creating Forests – Sugiproject.com. https://www.sugiproject.com/blog/the-miyawaki-method-for-creating-forests The Guardian staff reporter. (2020, June 13). Fast-growing mini-forests spring up in Europe to aid climate. The Guardian; The Guardian. https://www.theguardian.com/environment/2020/jun/13/fast-growing-mini-forests-spring-up-in-europe-to-aid-climate#top Urban Forests can Help Cities Adapt to the Impacts of Climate Change – SUGi. (2021).Sugiproject.com.https://www.sugiproject.com/blog/urban-forests-can-helpcities-adapt-to-the-impacts-of-climate-change Who we are — Pocket Forests. (2014). Pocket Forests. https://www.pocketforests.ie/who-we-are
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POCKET FOREST: CAROLINA DUARTE, MARGARIDA SARAIVA & MARIA MENDES.
CONCEITO: As “florestas de bolso” foram feitas de modo a atenuar os efeitos ambientais da vida urbana, como por exemplo, reduzir a poluição atmosférica. Desta forma, podemos contribuir para a sustentabilidade ambiental com uma pequena floresta que ocupe pouca área de terreno mas que tenha benefícios a longo prazo para a qualidade de vida em ambientes urbano-industriais (Bobiec, et al, 2021).
Para a construção da pocket forest na Covilhã , devemos escolher espécies autóctones, tais como:
Taxus baccata (teixo): Taxus baccata, mais conhecido por teixo, caracteriza-se por ser uma espécie autóctone, perenifólia e não resinosa, que atinge no máximo menos de 28m (Thomas, et al, 2003). Caracteriza-se, também, por ser uma gimnoespérmica nativa, normalmente dióica (Thomas, et al, 2003). "As estruturas reprodutivas , nascem nas axilas das folhas perto do final do crescimento do verão anterior. Taxus baccata, apresenta ainda , capacidade de produzir ramos folhosos de ramos velhos ou até de fezes." (Thomas, et al, 2003). Todas as partes que compõem o teixo, exceto o seu arilo carnudo, ou seja o seu "falso fruto" de cor avermelhada, são venenosas, devido à sua capacidade de libertar alcaloides derivados da taxina. A ingestão de uma alta dosagem, pode levar à morte (Pinto, et al, 2021). Devido ao uso abusivo da terra, por parte do Homem, tem-se registado uma diminuição das populações de teixo em toda a Europa (Ruprecht, et al, 2010).
Figura 1- Taxus baccata
Quercus robur (carvalho-alvarinho): Quercus robur, mais conhecido por carvalho-alvarinho, é uma espécie caducifólia que pode atingir os 45 metros de altura (Osório, 2018). São espécies comuns de árvores de folhas largas, na Europa (Eaton, et al, 2016). O carvalhoalvarinho desenvolve-se de forma irregular com ramos retorcidos e possui frutos, denominados bolotas que se encontram frequentemente aos pares, as mesmas são variáveis em tamanho e forma (Eaton, et al, 2016). Necessita de solos profundos e ricos, desenvolve-se habitualmente a altitudes entre os 400-700 m (Figueiral, 2020).
Figura 2- Quercus robur
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Prunus lusitanica L. (Azereiro): O Azereiro (Prunus lusitanica L.) é uma espécie autóctone que pertence à família das Rosáceas, á subfamília Prunoideae, ao género Prunus (Antunes, et al, 2007) e ao subgénero Lauroserasus caracterizando-se pelas suas folhas perenes, coriáceas e glabras, mas também pelas suas flores brancas (Ribeiro, et al, 1997). Sendo considerada uma espécie rara, é protegida a nível nacional e comunitário (Antunes, et al, 2007). Na Serra da Estrela, os bosques de azereiro permitiram a instalação de uma diversificada flora, uma vez que eles não sofreram grandes modificações nem uma intensa desflorestação ao longo dos anos, para além disto, nestes bosques há uma menor incidência de incêndios (Sérgio, et al, 2001).
Figura 3- Prunus lusitanica L. https://www.wilder.pt/naturalistas/o-que-procurar-no-outono-o-azereiro/
Juniperus Communis L. (Zimbro):
Figura 4- Juniperus Communis L.
O Zimbro (Juniperus communis L.) é uma planta gimnospérmica, sendo um arbusto perene da família Cupressáceas que cresce sobretudo em regiões montanhosas na Europa Mediterrânea (Bacém, 2018). Caracteriza-se como um pequeno arbusto com folhas em forma de agulha e bagas, estas últimas têm múltiplas utilizações como em perfumes, cosméticos, tempero de comida, bebidas alcoólicas (Bacém, 2018) e em fármacos devido às suas capacidades diuréticas, estomáquicas e antissépticas (Falcão, et al, 2018). É um arbusto com grande tolerância à seca e ao frio que exige luminosidade (Anjos, 2017).
Baccharis trimera (Carqueja): A carqueja (Baccharis trimera) é um membro da família Asteraceae e é a espécie mais estudada farmacologicamente entre o gênero Baccharis. É uma planta amplamente distribuída na América do Sul e tem uso tradicional na população. Alguns estudos indicam que esta planta é capaz de crescer em solos pobres em fósforo, nitrogênio e potássio. Além disso, o seu crescimento não responde a fertilizações ricas em nitrogênio e minerais , mostrando que não é uma planta que apresenta alto valor nutricional (Rabelo, et al, 2018). Além disso, Baccharis trimera é uma planta usada como chá e na medicina é utilizada no tratamento de doenças gastrointestinais e processos inflamatórios ( Oliveira, et al, 2012).
Figura 5- Baccharis trimera https://www.cm-mafra.pt/pages/983
Bibliografia:
Anjos, R. M. D. (2017). Avaliação da bioatividade da espécie mediterrânica Juniperus sp (Doctoral dissertation). Antunes, J., & Ribeiro, M. M. A. (2007). O Azereiro (Prunus lusitanica L.): uma monografia. Agroforum: Revista da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, 33-36. Bacém, I. (2018). Composição química e atividade biológica de bagas do Zimbro (Juniperus communis L.) (Doctoral dissertation).
Bobiec, A., Ćwik, A., Gajdek, A., Wójcik, T., & Ziaja, M. (2021). Entre a região selvagem da Floresta de Bolso e a Arcádia Rural Restaurada: Otimizando o Uso de um Enclave de Floresta Feral no Ambiente Urbano. Florestas , 12 (9), 1173. Carecho, J. M. B. S. (2006). Percursos Investigativos: uma abordagem para a sua implementação em escolas da região da Serra da Estrela e na Formação Contínua de Professores (Doctoral dissertation, Tese de Mestrado em Biologia Animal. Faculdade de Ciências e Tecnologia–Universidade de Coimbra, Coimbra, 1- 37). De Oliveira, CB, Comunello, LN, Lunardelli, A., Amaral, RH, Pires, MG, Da Silva, GL, ... & Gosmann, G. (2012). O extrato fenólico enriquecido de Baccharis trimera apresenta atividades antiinflamatórias e antioxidantes. Molecules , 17 (1), 1113-1123. Eaton, EGSDJ, Caudullo, G., Oliveira, S., & De Rigo, D. (2016). Quercus robur e Quercus petraea na Europa: distribuição, habitat, uso e ameaças. Atlas europeu de espécies de árvores florestais , 160-163. Falcão, S., Bacém, I., Igrejas, G., Rodrigues, P. J., Vilas-Boas, M., & Amaral, J. S. (2018). Avaliação da composição química e atividade antimicrobiana do óleo essencial de bagas de zimbro (Juniperus communis L.). XIV Encontro de Química dos Alimentos. Figueiral, I. (2020). Mamoas 1 e 2 do Alto da Portela do Pau (Castro Laboreiro, Melgaço): resultados preliminares do estudo antracológico. Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 35(3). Osório, J. M. P. (2018). Definição da Aptidão Florestal para diversas espécies arbóreas numa zona do Centro de Portugal Continental (Doctoral dissertation). Pinto, A., Lemos, T., Silveira, I., & Aragão, I. (2021). Intoxicação por Taxus baccata: sol após a tempestade elétrica. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 33, 172-175. Rabelo, ACS, & Costa, DC (2018). Uma revisão das atividades biológicas e farmacológicas de Baccharis trimera. Interações químico-biológicas , 296 , 65-75. Ribeiro, M. M. A., & Antunes, A. (1997). Enraizamento de estacas de azereiro (Prunus lusitanica L. ssp. lusitanica) após realização de ferida e aplicação de auxina. In I Congresso Florestal Hispano-Luso (pp. 527-532). Ruprecht, H., Dhar, A., Aigner, B., Oitzinger, G., Klumpp, R., & Vacik, H. (2010). Structural diversity of English yew (Taxus baccata L.) populations. European Journal of Forest Research, 129(2), 189-198. Sérgio, C., Cros, R. M., Brugués, M., & Garcia, C. (2001). A brioflora de enclaves com Prunus lusitanica L. no Parque Natural da Serra da Estrela. Bol. Soc. Esp. Briol, 18(19), 5-14. Thomas, P. A., & Polwart, A. (2003). Taxus baccata L. Journal of Ecology, 91(3), 489-524.
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POCKET FOREST Laura Rodrigues, Maria Antunes & Raquel Amaral
As pocket forest têm como objetivo contribuir para o aumento de áreas verdes na cidade. Concentram grande biodiversidade e massa arbórea numa pequena área, e são uma solução ambiental importante para a cidade, pois combatem ilhas de calor, humidificam e purificam o ar, preservam espécies vegetais nativas ameaçadas de extinção, resgatam a biodiversidade local e fornecem abrigo para polinizadores e pássaros. Além disso, são pensadas para espaços reduzidos, podendo ser implementadas em áreas a partir de 15 m². Espaços urbanos residuais estão assim capacitados a abrigar novos usos, promovendo a construção de uma rede de benefícios no âmbito da cidade, a um espaço que atualmente é árido num local agradável para a população. (Castanheira, 2017). A importância da complexidade estrutural em ecossistemas florestais para a diversidade de ecossistemas tem sido amplamente reconhecida. Estruturas de microhabitats de árvores como indicadores de biodiversidade, raramente têm sido o foco de pesquisas sobre diversidade, embora sua ocorrência esteja altamente correlacionada com a abundância de espécies florestais e funções do ecossistema (Michel, et. al., 2009).
Fig.1- Pocket forest Fonte: https://www.standard.co.uk/news/london/rewilding-pon t-street-chelsea-forest-cadogan-harrods-b960476.html
Copas ultra densas filtram poluentes transportados pelo ar
Apenas uns metros quadrados podem ser transformados numa pocket forest de luxo
O crescimento rápido permite que o ecossistema se estabilize rapidamente e a biodiversidade florescer sem nenhuma manutenção necessária
Processos e métodos 100 % naturais e orgânicos
A água da chuva é processada pelas árvores e pelo chão da floresta Toma medidas diretas que ajudam o meio ambiente local, o ecossistema e a saúde da comunidade
Criar um refúgio para abelhas e outros polinizadores
CO 2 é capturado enquanto o oxigénio é emitido
Fig.2- Benefícios de uma pocket forest (adaptado) Fonte: https://www.sugiproject.com/pocketforest
Grandes parques urbanos situados nos centros industriais do século XIX foram pensados para melhorar a higiene de vida da classe trabalhadora pobre. Uma das florestas urbanas mais famosas do mundo pode ser considerada o Central Park da cidade de Nova York, projetado e desenvolvido entre 1850 e 1860. Este bloco retangular de 341 hectares de infraestrutura verde é visitado anualmente por 40 milhões de visitantes, proporcionando-lhes uma oportunidade de recreação e descanso em uma bela paisagem arborizada no meio de Manhattan (Bobiec, et. al., 2021).
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Bibliografia: Bobiec, A., Ćwik, A., Gajdek, A., Wójcik, T., & Ziaja, M. (2021). Entre a região selvagem da floresta de bolso e a arcádia rural restaurada: Otimizando o uso de um enclave de floresta selvagem no ambiente urbano. Florestas , 12 (9), 1173. Castanheira, E. B (2017). Cidade: Apropriação e Micro Intervenções. Academia 5. IV Seminário Internacional. Academia de Escolas de Arquitectura e Urbanismo de Língua Portuguesa. Belo Horizonte. 28 de Abril. Michel, AK, & Winter, S. (2009). Estruturas de microhabitats de árvores como indicadores de biodiversidade em florestas de pinheiros de Douglas de diferentes idades e históricos de manejo no noroeste do Pacífico, EUA. Forest Ecology and Management , 257 (6), 1453-1464.
"Pocket Forest"
Cristiano Gaiola nº26 12ºB Miguel Silva nº25 12ºB
As "Pocket Forest" são pequenos espaços de terra onde são plantadas árvores nativas do local. Lagariya, V. J., & Kaneria, M. J. (2021)
As "Pocket Forest" foram criadas com o objetivo de aumentar a velocidade de recuperação, de florestas e vida vegetal do local pretendido. Lagariya, V. J., & Kaneria, M. J. (2021)
Uma das arvores nativas da covilhã, tendo até 35 metros de altura sendo muito utilizada para fins ornamentais.
Outra arvore nativa da covilhã, de baixo porte mais conhecida como arbusto pode contudo atingir os 15 metros de altura e ter trocos de até um 1 metro diâmetro . Sendo bastante conhecida pelos seus "frutos" venenoso.
Bibliografia:
Lagariya, V. J., & Kaneria, M. J. (2021). Ethnobotanical Profiling and Floristic Diversity of the Miyawaki Plantation in Saurashtra University Campus, Rajkot. Journal of Drug Delivery and Therapeutics, 11(2), 87-99. 9
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POCKET FOREST Catarina Lopes, Leonardo Viegas, Lucas Valezim
INTRODUÇÃO Em todas as cidades deveriam estar contemplados espaços verdes de preferência com espécies autóctones. As áreas verdes são importantes para a qualidade ambiental, já que assumem um papel de equilíbrio entre o espaço modificado para o meio urbano e o meio ambiente. (Lima e Barroca, 2009) O desenvolvimento das grandes cidades é fundamentado na condensação de processos sociais e espaciais, em que a escassa prioridade da dimensão humana deu origem a padrões urbanísticos inadequados, e consolidados por um planeamento pouco estruturado. (AmatoLourenço, et al, 2016) Neste sentido e para colmatar o desinteresse nos projetos paisagísticos de urbanização aparece um novo conceito, o Pocket Forest ou “Floresta de Bolso” para dar e devolver a sustentabilidade aos espaços urbanos, bem como trazer inúmeros benefícios até então perdidos no tempo.
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Fig. 1 - Floresta
CONCEITO:
O conceito Pocket Forest é uma metodologia de restauração florestal desenvolvida para criar pequenos espaços verdes de espécies autóctones em áreas urbanas. Segundo Castanheira (2015) esta técnica desenvolvida pelo botânico Ricardo Cardim concentra grande biodiversidade e massa arbórea numa pequena área, e é uma solução ambiental importante para a cidade.
Fig. 2 - Primeiro empreendimento com terraço pocket forest do Brasil
A IMPORTÂNCIA DAS POCKET FOREST Ainda segundo Castanheira (2015) as Pocket Forest ou Florestas de Bolso são pensadas para espaços reduzidos podendo ser implementado em áreas a partir de 15 m². As Pocket Forest têm benefícios, para a sociedade no que respeita a uma vida mais sustentável. Estas proporcionam vantagens, para além de transformar a paisagem urbana, restabelece as ligações essenciais da população com a natureza natural da cidade (Castanheira, 2015).
VANTAGENS DAS POCKET FOREST: combate ondas de calor humidifica e purifica o ar preserva espécies vegetais nativas ameaçadas de extinção resgata a biodiversidade local fornece abrigo para polinizadores e aves transformará um espaço que atualmente é desagradável, num local agradável para a população frequentar. Fonte: Itens idealizados pelos próprios autores com base na pesquisa do site https://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/florestasdebolso/ (Acesso em: 1 dez. 2021)
PROJETO POCKET FOREST
Segundo Locatelli (2018) as cidades impõem o mais severo e complexo conjunto de modificações no meio físico e biótico, apoiando-se numa base ambiental com fortes efeitos negativos sobre a biodiversidade. Quando as infraestruturas verdes são planeadas adequadamente, esses maus efeitos são minimizados, devolvendo a qualidade de vida às pessoas e a conservação da biodiversidade urbana. (Locatelli, 2018) Assim nasceram vários projetos implementados na cidade de São Paulo. A iniciativa teve início com o financiamento do governo, de associações e de voluntariado, que objetivam a restauração de biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, respetivamente, por meio de plantação de espécies autóctones em parques, praças, áreas residuais de ocupação e pequenas áreas verdes privadas e públicas. (Locatelli, 2018)
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Fig. 3 - Pocket forest no centro de Londres
AÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DAS POCKET FOREST NA CIDADE DE SÃO PAULO Ricardo Cardim, botânico idealizou o projeto para a implementação das Pocket Forest na procura de recuperação da biodiversidade local, devolvendo população local de São Paulo espécies autóctones colmatando a falta de biodiversidade.
Fig. 4/5/6/7 - Projeto de implementação de pocket forest em São Paulo Fonte: http://institutoecoacao.blogspot.com.br/2016/03/sao-paulo-vai-ganhar-sua-primeira.html (Acesso em: 1 dez. 2021)
SITES https://www.academia.edu/33953884/Cidade_Apropria%C3%A7%C3%A3o_e_Micro_Interven %C3%A7%C3%B5es https://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/florestasdebolso/ http://institutoecoacao.blogspot.com.br/2016/03/sao-paulo-vai-ganhar-sua-primeira.html
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CONCLUSÃO:
A metodologia Pocket Forest tem vários benefícios, proporcionando à sociedade uma vida mais sustentável. Os espaços verdes proporcionam vantagens reais, que além de transformar a paisagem urbana, oferece serviços eco importantes, restabelecendo as ligações essenciais da população com a natureza de origem da cidade, proporcionando uma melhoria na paisagem, mas sobretudo à população. Esta investigação pretendeu dar a conhecer sobretudo este conceito e a forma como se operacionaliza na cidade de São Paulo.
BIBLIOGRAFIA Amato-Lourenço, L. F., Moreira, T. C. L., Arantes, B. L. D., Silva, D. F. D., & Mauad, T. (2016). Metrópoles, cobertura vegetal, áreas verdes e saúde. Estudos Avançados, 30, 113-130. Castanheira, E. B. Cidade: Apropriação e Micro Intervenções. Academia 5 IV Seminário Internacional. Academia Portuguesa. Belo horizonte. 28 de Abril. Lima, I. G. D., & Barroca, B. B. (2009). Influência do telhado ecológico com plantas verdes no conforto ambiental. Locatelli, M. M. Ecologia da paisagem para o planejamento da infraestrutura verde da cidade de São Paulo, SP (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
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"POCKET FOREST" Duarte Amorim, Marcos Carvalho e Martim Silva
DESCRIÇÃO DO PROJETO A Pocket forest é um projeto que tem como intuito sensibilizar as pessoas a terem mais cuidado com a natureza, pois ela é essencial para a nossa sobrevivência. Criando zonas verdes em zonas urbanas, para além disso é uma solução ambiental para as cidades (Castanheira 2015).
EM QUE É QUE CONSISTE? É um projeto que consiste em plantar árvores em sítios urbanos, como por exemplo, árvores nativas, arbustos e flores silvestres. De modo a se criar um ecossistema florestal biodiverso. É uma plantação de baixa manutenção e rápido crescimento que deverá manter-se ao fim de 3 anos. Essas florestas podem ser 100 vezes mais biodiversas do que um relvado (Sebbenn, 2002).
QUAIS AS VANTAGENS DA POCKET FOREST? Reflorestação de zonas ardidas ou que sofreram desflorestação (Cordeiro 2003). Promover a biodiversidade em zonas urbanas, onde a emissão de gases provoca mais consequências (Cordeiro 2003). Purificação do ar (Cordeiro 2003).
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QUE ESPÉCIES USAREMOS: Carvalho-alvarinho. Azereiro. Zimbro.
Figura 1 - Castanheiro
Figura 2 - Azereiro
BIBLIOGRAFIA Castanheira, E. B. Cidade: Apropriação e Micro Intervenções. Cordeiro (2003), B. Biodiversidade e Turismo: as Plantas Invasoras como Fator de Ameaça. Análise a Partir de um Percurso Pedestre na Serra da Lousã29. Geocaching e Percursos Pedestres, 126. Sebbenn, A. M. (2002). Número de árvores matrizes econceitos genéticos na coleta de sementes para reflorestamentos com espécies nativas. Rev. Inst. Flor" São Paulo. v, 14(2), I15-132.
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POCKET FOREST Leonor Vicente & Mariana Morais
Pocket Forest (florestas de bolso) é uma iniciativa cujo objetivo é contribuir para o aumento de áreas verdes numa cidade (Castanheira, 2017). Consiste numa pequena área onde diferentes espécies autóctones, sendo estas, arbustivas, árvores e espécies rasteiras são plantadas, ajudando assim o ecossistema local. Esta ação ajuda não só o ecossistema como também promove a relação da população com a natureza.
Espécies da Pocket Forest na Covilhã Espécies Arbustivas / Rasteiras Juniperus communis L O Zimbro (Juniperus communis L.) apresenta-se geralmente como uma pequena árvore ou arbusto, muito variável em tamanho, sendo frequentemente um arbusto baixo/pequeno, mas que ocasionalmente pode atingir 10 m de altura (García et al., 1999). O zimbro tem uma boa adaptação as condições quentes e secas do interior.
Crataegus monogyna Esta árvore (Crataegus Monogyna), fruteira silvestre, é uma planta bravia que fornece frutos edíveis. Visualmente classifica-se como uma nano ou microfanerófito ramosa, cuja altura pode atingir os 10 metros e de copa arredondada (Moura, 2013).
Pilriteiro
Zimbro
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Espécies / árvores de grande porte Castanea Sativa
Quercus Pyrenaica
Segundo Gonçalves (1991), O Castanheiro europeu (Castanea Sativa) é considerado uma árvore de grande porte e longevidade, com crescimento rápido até aos setenta, oitenta anos. Árvore mais vulgar nas regiões frias do interior com necessidade de água da ordem dos 700 mm por ano.
De acordo com Santos (2005), o carvalho negral (Quercus Pyrenaica) é uma espécie muito bem adaptado ao clima interior continental português. Apresenta um porte diversificado desde 1-2m de altura até 25m de altura.
Carvalho
Castanheiro
Aubretia Deltoidea
Espécie rasteira
Aubrietia
Segundo Patro (2014), a Aubrietia ( Aubretia Deltoidea) é uma planta de porte muito pequeno com cerca de 15-20 cm de altura, desenvolve-se muito bem em solos húmidos e climas frios.
BIBLIOGRAFIA Castanheira, E. B. (2017) Cidade: Apropriação e Micro Intervenções. academia, 5.IV Internacionalmente Academia Portuguesa. Belo Horizonte
Seminário
Garcı́a, D., Zamora, R., Hódar, J. A., & Gómez, J. M. (1999). Age structure of Juniperus communis L. in the Iberian peninsula: conservation of remnant populations in Mediterranean mountains. Biological Conservation, 87(2), 215-220. Gonçalves, J. C. D. D. (1991). Influência de alguns factores na micropropagação do castanheiro (Castanea Miller) (Doctoral dissertation, UTL. ISA).
Moura, R. J. P. (2013). Validação do método analítico para a determinação da atividade antioxidante do fruto do Crataegus monogyna (Doctoral dissertation, [sn]). Patro, R. (2014). Aubretia Deltoidea. Jardineiro.net
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BioHeitor
Melhor Trabalho de Ciência no Concurso Nacional de Jornais Escolares 2020/2021.
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POCKET FOREST
Martim Raposo & João Galvão
O QUE É UMA POCKET FOREST? Uma pocket forest tem como objetivo contribuir para o aumento das áreas verdes de uma cidade. Esta técnica consiste numa grande concentração de biodiversidade e massa arbórea numa pequena área de terreno. Esta é uma solução ambiental essencial para qualquer meio urbano pois combate ilhas de calor, purifica o ar, preserva espécies naturais da região que estão em risco de extinção, conserva a biodiversidade local e por vezes pode fornecer abrigo para os pássaros. Além disso transforma um espaço desabitado e sombrio em um local agradável que toda a cidade pode visitar (Castanheira, 2017).
COMO REALIZAR O PROJETO Estas florestas estão pensadas para espaços pequenos, podendo ser plantadas em áreas entre os 15 e os 25 m², ou então em áreas maiores em projetos de restauração florestal na zona rural (Castanheira, 2017).
BIBLIOGRAFIA Bobiec, A., Ćwik, A., Gajdek, A., Wójcik, T., & Ziaja, M. (2021).
IMPORTÂNCIA NO MEIO URBANO? Devido ao crescimento mundial da população citadina há um crescente interesse da sociedade pelas florestas urbanas por causa das características do meio (densidade populacional muito alta, poluição, ruído e calor) espera-se que estas florestas atenuem as desvantagens ambientais da vida urbana (Bobiec et all, 2021).
BENEFÍCIOS DAS MINI FLORESTAS? Estas florestas crescem dez vezes mais rápido, tornam-se trinta vezes mais densas e cem vezes mais bio diversas do que as que são plantadas por métodos convencionais, este resultado é obtido devido às espécies nativas que estão adaptadas às condições locais. Uma grande variedade de espécies autóctones é plantada para recriar as camadas de uma floresta natural. Segundo cientistas estes ecossistemas são essenciais para atingir as metas climáticas, estimando que estas florestas naturais podem armazenar até quarenta vezes mais carbono do que as plantações de uma só espécie (Guardian, 2021). O aumento da biodiversidade deve-se em parte à abertura das florestas, isto permite que mais luz solar alcance as plantas com flor que atraem os polinizadores. A diversidade também impulsionada pela plantação de várias espécies, que fornecem maior variabilidade de alimentos e de abrigo para uma maior heterogeneidade de seres vivos (Guardian, 2021, referenciando Ottburg, 2021).
Entre a região selvagem da floresta de bolso e a arcádia rural restaurada: Otimizando o uso de um enclave de floresta selvagem no ambiente urbano. Florestas , 12 (9), 1173. Castanheira, E.B. (2017). cidade: Apropriação e microintervenções. Academia 5 . IV Seminário Internacional. Academia de escolas de arquitetura e urbanismo de lingua
Portuguesa. Belo Horizonte. 28 de abril. The guardian staff reporter. (2020 june,13 ). Fast-growingmini-forests spring up in europe to aid climate. The guardian; The guardian.
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POCKET FOREST MÉTODO DE PLANTAÇÃO DE MIYAWAKI Beatriz Santos & Daniela Maia
O QUE É O MÉTODO DE PLANTAÇÃO DE MIYAWAKI? [1]
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O método de plantação de Miyawaki (introduzido pelo botânico japonês Dr. Akira Miyawaki) pode ser definido como a plantação aleatória e densa de espécies de plantas nativas de uma determinada região. Esta metodologia de restauração inovadora tem sido extremamente bemsucedida em todo o mundo para restaurar os fragmentos de minifloresta ou pocket forest, mesmo em ambientes urbanos. O método de Miyawaki promove este restauro plantando uma densa combinação de espécies de plantas nativas que irão originar um ecossistema com uma diversidade compatível com as características daquele ambiente. As árvores nativas das pocket forests crescem vigorosamente sendo dez vezes mais rápidas e absorvendo trinta vezes mais dióxido de carbono do que as da floresta natural.
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A vegetação desempenha um papel fundamental no meio urbano ao apoiar diversos subsistemas fundamentais como o balanço de gases atmosféricos, ciclo biogeoquímico, ciclo hidrológico, o clima envolvente, etc., portanto o desenvolvimento de áreas verdes contribui para melhorar as condições ambientais urbanas.
Akira Miyawaki - Fonte: [8]
PLANTAS AUTÓCTONES Plátano-bastardo - Acer pseudoplatanos
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Espécie localmente abundante no clima oceânico do Noroeste integrando os carvalhos caducifólios. [2] Pode atingir grandes dimensões (megafanerófita), sendo comum apresentarem alturas entre 20–35 m na maturidade; tem copa larga em forma de abóbada e ramagens abertas. [3] A espécie floresce cedo na primavera, produzindo flores hermafroditas de cor amarelo-esverdeado e o fruto é formado por duas sâmaras unidas. [3]
Plátano-bastardo
Pereira brava - Pyrus bourgaeana
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A pereira brava ibérica (Pyrus bourgaeana D.) é uma árvore rara, de frutos carnudos, restrita a montados e florestas esclerofilas perenes do Mediterrâneo no sudoeste da Península Ibérica. Produz frutos saborosos e folhas atrativas a diferentes grupos de espécies, desempenhando um importante papel trófico nas redes ecológicas dos ecossistemas mediterrânicos [4]
Pereira brava - Fonte: https://flora-on.pt/Pyrus-bourgaeana_ori_xnjd.jpg
PLANTAS AUTÓCTONES (CONT.) Sobreiro - Quercus Suber
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O sobreiro é uma espécie com uma distribuição mundial muito restrita. A maior área contínua encontra-se na Península Ibérica a sudoeste. Não tolera solos calcários ou muito húmidos, raramente se encontra a altitudes superiores a 800 m. [5]
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Tem grande variedade de aplicações que se relacionam com a existência de diferentes tipos de uso de solo associados ao sobreiro. Os povoamentos densos são usados principalmente para a produção de cortiça, fazendo parte de um sistema agroflorestal chamado montado, que gera: cortiça, lenha, e forragem providenciada pelas bolotas, folhagem e uma garantia de proteção do solo. [5]
Sobreiro
Pilriteiro - Crataegus monogyna
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Pilriteiro - Fonte: https://www.wilder.pt/wpcontent/uploads/2021/01/Crataegus_monog yna_subsp._monogyna_sl4-1024x768.jpg
O pirliteiro é um arbusto que pode alcançar os 10 m de altura. Tem um tronco simples ou muito ramificado desde a base, formando uma copa muito variável. As folhas são compridas, obovadas, apresentando uma tonalidade verde-escura brilhante na página superior, sendo claras e baças na página inferior. As flores são brancas róseas reunidas em corimbos e os frutos (bagas) são globosos ou ovóides, brilhantes de cor vermelha ou de cor castanho avermelhado e a afloração ocorre de Abril a Maio. [6]
Medronheiro - Arbutus unedo
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Da família Ericaceae, apresenta porte arbóreo, e encontra-se bem adaptado a solos pobres e a condições ambientais extremas. É nativo da bacia do Mediterrâneo e em Portugal, é mais abundante na Região Central. Ajudando a manter a diversidade da fauna e evita a erosão dos solos. Os frutos podem ser consumidos frescos ou transformados em marmeladas, compotas e conservas e as folhas tem fins medicinais. [7] Medronheiro - Fonte: https://m.planfor.pt/Donnees_Site/Produit/Imag es/2168/medronheiro_PT_500_0000183.jpg
BIBLIOGRAFIA [1] Lagariya, V. J., & Kaneria, M. J. (2021). Ethnobotanical Profiling and Floristic Diversity of the Miyawaki Plantation in Saurashtra University Campus, Rajkot. Journal of Drug Delivery and Therapeutics, 11(2), 87-99. [2] Pinho.J., Santos.C., Sampaio.G., 2020 Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. [3] e Interior, P., & Tapete, R. Acer pseudoplatanus. [4] Arenas-Castro, S., Fernández-Haeger, J., & Jordano-Barbudo, D. (2016). Population structure and fruit production of Pyrus bourgaeana D. are affected by land-use. Acta Oecologica, 77, 91-99. [5] Silva, S. J., & Catry, F. (2006). Incêndios Florestais em Povoamentos de Sobreiros (Quercus Suber L.) em Portugal. International Journal of environmental Studies, 63(3), 235-257. [6] Costa, J. F. S. D. (2011). Crataegus sp., uma planta com interesse terapêutico (Doctoral dissertation) [7] Dias, V. L. A. (2014). Estruturas secretoras em Medronheiro (Arbutus unedo L.): caracterização morfológica, estrutural e histoquímica e avaliação da atividade proteásica da secreção (Doctoral dissertation) [8] https://www.hypeness.com.br/2020/07/metodo-miyawaki-pequenas-florestas-estao-sendo-plantadas-pela-europa-para-restaurar-a-biodiversidade/
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Pocket Forest Sofia Sá Enquadramento teórico: Ribeiro, 2019 citando a FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, (2016), as florestas urbanas podem ser explicadas como “redes ou sistemas que compreendem todas as florestas, grupos de árvores e árvores individuais localizadas em áreas urbanas e periurbanas”. Tanto podem ser árvores de rua ou árvores em parques e jardins, ou seja, “as florestas urbanas são a espinha dorsal da infraestrutura verde interligando as áreas rurais e urbanas que melhoram a pegada ambiental da cidade”.
As florestas urbanas na Europa são principalmente usadas para recreio ativo e passivo ao ar livre. As árvores urbanas retêm partículas e poluentes gasosos, reduzem a velocidade do vento, ajudam como barreira sonora, protegem os solos, protegem as bacias hidrográficas e proporcionam sombra. Ribeiro, 2019 citando Konijnendijk, (1999).
Figura 1 - Floresta Urbana na periferia de um centro urbano
Um dos principais papéis das florestas urbanas é serem um lugar de integração social, uma vez que proporcionam aos residentes e aos visitantes uma área adicional de recreio, vida selvagem e alívio para a população urbana com uma vida mais agitada. Ribeiro, 2019 referindo Chiari & Seeland, (2004).
Com as características específicas do ambiente urbano (densidade populacional muito alta,
poluição, ruído, calor), as florestas urbanas têm sido particularmente exaltadas para mitigar as desvantagens ambientais da vida urbana. Assim, em contraste com a maioria das florestas do campo, os serviços regulatórios e culturais dos ecossistemas têm recebido prioridade muito maior nas áreas metropolitanas do que o fornecimento de bens florestais. Bobiec et al, 2021 mencionando Giedych & Maksymiuk, (2017).
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Figura 2 – Vista aérea em Toronto, Canadá - Foto: Matthew Henry/Unsplash
Importância da floresta urbana: A apreciação dos benefícios proporcionados pelas árvores e florestas urbanas pode diferir de cidade para cidade. Por exemplo, na Europa o recreio e os benefícios estéticos são tradicionalmente considerados mais importantes nos países nórdicos, a utilização de árvores como barreira contra ventos fortes é mais relevante a Noroeste, e a utilização da vegetação para proporcionar sombra é particularmente valorizada nos países de clima mais quente, nomeadamente o mediterrânico. Pimentel, 2010 referindo Tyrväinen et al., (2005). Com adequado planeamento, desenho e gestão, os espaços verdes, e em particular as árvores e florestas urbanas, podem proporcionar inúmeros e importantes benefícios para a sociedade, que se listam na Tabela 1.
Tabela 1 - Benefícios proporcionados pelas árvores e florestas urbanas Pimentel, 2010 adaptado de Tyrväinen et al, (2005).
Beneficio:
Descrição:
Ecológico
Impacto no clima urbano através do controlo da temperatura, do vento e da humidade. Redução da poluição do ar, do ruído, da
luminosidade e da reflexão da luz, prevenção de cheias e controlo da erosão. Instalação de biótipos de flora e fauna em ambiente urbano.
Social
Estético
Oportunidades de recreio, melhoria da envolvente da habitação e do local de trabalho, impacte na saúde
física e mental. Valores culturais e históricos das áreas verdes. Paisagem diversificada através das cores, texturas, formas e densidades de plantas diferentes. Crescimento das árvores, dinâmica
das estações e contacto da população com a natureza. Definição de espaços abertos, enquadramento de vistas de edifícios.
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