Nº2 - DEZEMBRO 2020
BIO HEITOR
REVISTA ESCOLAR DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA BIOLOGIA 12ºANO
FICHA TÉCNICA:
Ideia original e Curadoria: Mónica Ramôa
Logótipo: Mélanie Matthey-Doret e Simão Gonçalves Capa: José Pedro Fernandes
Apoio técnico digital/informático: Sílvia Martins e José Pedro Fernandes
Responsável científico-pedagógico: Mónica Ramôa Entidade responsável: Escola Secundária Frei Heitor Pinto Autores: Alice Simões, Beatriz Gaspar, Beatriz Timóteo, Beatriz Conceição, Bruna Marques, Bruno Ferreira, Carolina Susana, Catarina Sousa, Célia Pires, Cláudia Gonçalves, Diana Droguete, Fernando Martins, Gonçalo Charro, Lara Lopes, Leonor Gomes, Maria Arsénio, Maria Nogueira, Mélanie Matthey-Doret, Nádia Duarte, Pedro Marques, Rafaela Bernardo, Rodrigo Sousa, Rute Ferreira, Sérgio Morais, Simão Gonçalves, Sofia Esteves, Sofia Pereira, Vanessa Sardinha, Vitória Simão. Local: Covilhã e ESFHP Data: Ano letivo 2020/2021 – Dezembro 2020
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BIOHEITOR
ESCOLA SECUNDÁRIA FREI HEITOR PINTO
INFERTILIDADE D i a n a
D r o g u e t e
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S o f i a
E s t e v e s |
1 2 º A
INTRODUÇÃO Segundo a Organização Mundial de Saúde, a infertilidade é designada como um problema de saúde pública, de natureza global e com importante impacto social, podendo afetar os elementos femininos e masculinos do casal. É considerada como uma situação de infertilidade quando um casal, após 12 meses a tentar engravidar, não ser capaz de o fazer (Mascarenhas, Flaxman, Boerma, Vanderpoel & Stevens, 2012). Estima-se que cerca de 60 a 80 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentam dificuldades em desenvolver uma gravidez. https://www.who.int/reproductivehealth/topics/infertility/definitions/en/
COISAS QUE PRECISAS DE SABER:
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A infertilidade feminina ocorre em cerca de 37% dos casais inférteis e as desordens ovulatórias contam como mais de metade das causas. As maiores causas de infertilidade nas mulheres passam por problemas na ovulação, gravidez em idade avançada, bloqueios das trompas de Falópio, interrupção da nidação, endometriose e síndrome de ovário policístico (Unuane, Tournaye, Velkeniers & Poppe, 2011). https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1521690X110 0087X
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A infertilidade masculina tem origem em problemas de oligospermia, azoospermia, gametogénese anormal, incapacidade de fecundação do espermatozoide, anomalias morfológicas ou de mobilidade e baixa qualidade do sémen. A maioria das situações de infertilidade masculina são de causa inexplicável ou idiopática e devido a causas genéticas (Schmidt & Münster, 1995).
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Existe uma janela de tempo específica em cada ciclo menstrual que permite engravidar. Esta janela de tempo fértil feminina é geralmente próxima da ovulação da mulher, quando esta liberta um óvulo (aproximadamente 2 semanas antes do próximo período). O homem não tem janela de tempo fértil, uma vez que o esperma é continuamente formado e armazenado nos testículos, pronto a ser usado em qualquer altura (Ferin, Jewelewicz & Warren, 1993). https://books.google.pt/bookshl=ptT&lr=&id=fn75vzBLhLIC&oi=fnd &pg=PA3&dq=infertility+and+menstrual+cycle&ots=7JDL9zAsS_&sig =tq8wnjRNGPfjLFHte4GB5k81VwQ&redir_esc=y#v=onepage&q=infe rtility%20and%20menstrual%20cycle&f=false
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https://academic.oup.com/humrep/article-bstract/10/6/1407/643716? redirectedFrom=fulltext
Atualmente a maioria das mulheres atrasam a primeira gravidez para além dos 35 anos. Pensa-se que o avanço das tecnologias reprodutivas pode compensar o declínio da fertilidade relacionado com a idade, mas a ciência ainda não consegue vencer o relógio biológico. A idade é um fator determinante no processo de reprodução. As consequências do avanço da idade materna não são apenas para o risco de conceção natural e assistida, mas também para o resultado da gravidez. A fertilidade feminina tem uma "data de validade" de 35 e, para os homens, é provavelmente antes dos 45-50 anos (Balasch, 2010). https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3109/09513590.2010.501889
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Diversos fatores aumentam a possibilidade da infertilidade. Fumar é um desses fatores. Aproximadamente 30% de mulheres na idade reprodutiva e 35% de homens na mesma idade fumam. Nas mulheres isto provoca um atraso na capacidade de fecundação e uma maior depleção folicular dos ovários (menopausa precoce). Nos homens diminui significativamente a qualidade do esperma (diminuição da densidade, motilidade e alterações morfológicas do espermatozóide) (Practice Committee of the American Society for Reproductive, 2006). https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0015028208 035358
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Os tratamentos para infertilidade variam em intensidade, invasividade e riscos associados. Existem já alguns tratamentos para a infertilidade que incluem técnicas de reprodução assistida, ovulação induzida, inseminação artificial, fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de esperma. O tipo de tratamento utilizado depende da causa, grau e duração da infertilidade, a idade do paciente e a tolerância aos efeitos secundários (Hrometz & Gates, 2009). https://europepmc.org/article/med/19499093
CONCLUSÃO O diagnóstico de infertilidade pode ser um fardo pesado para os pacientes. A dor, o sofrimento e o stress associados são um grande problema e por isso mesmo, o casal deve ser aconselhado e apoiado durante todo o processo e tratamento, caso optem por um. No mundo que vivemos, os maus hábitos alimentares, tabágicos, alcoólicos e o stress do dia-a-dia leva a que cada vez mais casais enfrentem impedimentos à conceção. Se queres ter filhos no futuro opta por estilo de vida mais saudável e pacífico, comendo de forma saudável e praticando exercício físico regularmente. BIBLIOGRAFIA:
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Balasch, J. (2010). Ageing and infertility: an overview. Gynecol Endocrinol, 26(12), 855-860. doi: 10.3109/09513590.2010.501889 ; Ferin, M., Jewelewicz, R. & Warren, M. P. (1993). The menstrual cycle : physiology, reproductive disorders, and infertility. New York: Oxford University Press. ; Hrometz, S. L. & Gates, V. A. (2009). Review of available infertility treatments. Drugs of today (Barcelona, Spain : 1998), 45(4), 275-291. doi: 10.1358/dot.2009.45.4.136098 ; Mascarenhas, M. N., Flaxman, S. R., Boerma, T., Vanderpoel, S. & Stevens, G. A. (2012). National, regional, and global trends in infertility prevalence since 1990: a systematic analysis of 277 health surveys. PLoS Med, 9(12), e1001356. doi: 10.1371/journal.pmed.1001356; Practice Committee of the American Society for Reproductive, M. (2006). Smoking and infertility. Fertil Steril, 86(5 Suppl 1), S172-177. doi: 10.1016/j.fertnstert.2006.08.018 ; Schmidt, L. & Münster, K. (1995). Infertility, involuntary infecundity, and the seeking of medical advice in industrialized countries 1970-1992: a review of concepts, measurements and results. Hum Reprod, 10(6), 1407-1418. doi: 10.1093/humrep/10.6.1407 ; Unuane, D., Tournaye, H., Velkeniers, B. & Poppe, K. (2011). Endocrine disorders & female infertility. Best Pract Res Clin Endocrinol Metab, 25(6), 861-873. doi: 10.1016/j.beem.2011.08.001
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Professor organizador: Professora Mónica Ramôa
O que é a fecundação? Fecundação é a união entre o gameta masculino (espermatozoide) e o gameta feminino (óvulo), que resulta num ovo/zigoto. → Os espermatozoides penetram na vagina, seguem para o útero e dele para as trompas de Falópio onde vão fecundar os oócitos.
Fig. 1: Fecundação do espermatozoide
O Sexo do Embrião ❖ Após a fecundação e a gestação do embrião os cromossomas X ou Y definem o sexo do feto, presente no par 23. ❖ As mulheres possuem dois cromossomas X (XX) e os homens um x e um y (XY). ❖ Sendo o óvulo o gameta que define o cromossoma X, o espermatozoide é o gameta masculino que define o sexo do embrião, assim sendo, se o espermatozoide contém o cromossoma X então o embrião será do Fig. 2: Cromossomas sexo feminino, se o cromossoma for o Y então o XX (sexo feminino) e 6XY (sexo masculino) embrião será do sexo masculino.
O que é a Inseminação Artificial?
❖ A inseminação artificial é um tratamento de infertilidade que consiste na introdução do sémen no útero da mulher, visando a fecundação do óvulo. ❖ É um procedimento médico bastante comum aplicado em casos de infertilidade tanto no homem como na mulher. ❖ Inseminação artificial intracervical, em que o esperma é colocado no colo do útero com uma seringa, tendo a mesma função do pénis no momento da ejaculação. ❖ Inseminação artificial intrauterina, em que os espermatozoides passam por uma qualificação no laboratório, em que apenas os aptos para fertilizar serão injetados. Após a seleção, eles são depositados no útero e a mulher passa por um tratamento de ovulação.
Por que se utiliza a Inseminação Artificial Causas Masculinas
Causas Femininas
▪ Esperma anómalo; ▪ Incompatível com o muco cervical; ▪ Esperma com infeções virais; ▪ Impossibilidade de ejaculação durante o ato sexual.
▪ Muco cervical muito ácido.
(Carrajola, 2009) (Castro, 2009) (Hilario, 2009)
Etapas da Inseminação Artificial
, segundo Carrajola, Castro e Hilario (2009)
a. Recolha de espermatozoides b. Processamento e seleção de espermatozoides c. Introdução dos espermatozoides através de cateter no útero (fecundação in vitro)
Bibliografia: • https://nilofrantz.com.br/blog/o-que-e-e-como-funciona-a-inseminacao-artificial/ • https://www.significados.com.br/fecundacao/
Fig. 3: Inseminação artificial
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CUIDADOS PRÉ-CONCEPCIONAIS E PRÉ-NATAIS B E A T R I Z C O N C E I Ç Ã O N º 7 , 1 2 º B / M A R I A N O G U E I R A N º 2 1 , 1 2 º B
PREVENIR POR DOIS… https://www.spmi.pt/wpcontent/uploads/2018/12/Cuidados-‐pr%C3%A9-‐ concepcionais-‐e-‐pr%C3%A9-‐natais.pdf
. Controlar o peso – a obesidade como o baixo peso podem ter reflexos negativos sobre a mãe e/ou feto; . Hábitos alimentares saudáveis e uma dieta equilibrada;
. Manter uma prática regular de exercício físico; . Não consumir tabaco, álcool e outras drogas. Pedir apoio médico para abandonar consumos; . Procurar o médico para o rastreio e controlo de doenças crónicas e ajuste de medicação;
O S C U I D A D O S P R É -‐ N A T A I S S Ã O F U N D A M E N T A I S P A R A O S U C E S S O D E U M A G R A V I D E Z E P A R A U M D E S E N V O L V I M E N T O S A U D Á V E L D O B E B É . É I M P O R T A N T E P R O C U R A R A C O N S E L H A M E N T O P R É -‐ C O N C E P C I O N A L E A O L O N G O D A G R A V I D E Z . E S T E T I P O D E S E G U I M E N T O P O D E P R E V E R O U D E T E C T A R P R O B L E M A S Q U E A F E C T A M A G R A V I D E Z E O B E B É .
É IMPORTANTE CONSULTAR UM MÉDICO, SOBRETUDO EM CASO DE DOENÇAS CRÓNICAS, COMO A DIABETES, HIPERTENSÃO, DOENÇAS CARDÍACAS, RENAIS E DA TIRÓIDE, EPILEPSIA, INFECÇÕES, ASMA, DOENÇAS REUMATOLÓGICAS E OUTRAS QUE PODEM AFECTAR A GRAVIDEZ POR SI SÓ OU PELA MEDICAÇÃO UTILIZADA NO SEU TRATAMENTO. https://www.spmi.pt/wpcontent/uploads/2018/12/C uidados-‐pr%C3%A9-‐concepcionais-‐e-‐pr%C3%A9-‐ natais.pdf
. Rever o boletim de vacinas e o estado de imunidade a determinadas infeções; . Adotar comportamentos sexuais seguros e usar métodos que previnam a transmissão de infeções sexualmente transmissíveis (negativas para o desenvolvimento do bebé); . Preferir alimentos ricos em ácido fólico, ferro, ácidos gordos essenciais e fibra alimentar; . Manter-se hidratada (beber 2 litros de água por dia); . Manter uma prática regular de exercício físico de baixo impacto.
BIBLIOGRAFIA https://www.atlasdasaude.pt/publico /content/cuidados-preconcepcionais http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/pr otocolos/obstetricia/consulta_pre_co ncepcional.pdf https://www.ordemfarmaceuticos.pt/f otos/publicacoes/ft112_cuidados_pre _concepcionais https://saudebrasil.saude.gov.br/euquero-me-exercitar-mais/trescuidados-que-a-gravida
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Desenvolvimento embrionário e gestação Simão Gonçalves Nº28 12º B
Como se dá a fecundação? A fecundação humana, de uma forma sintética, é o momento em que um oócito secundário é penetrado por um espermatozoide, o mesmo acaba o seu processo de divisão meiótico e após a união dos pronúcleos dos gâmetas (cariogamia), acaba por formar a estrutura denominada de zigoto, este processo dá-se normalmente no primeiro terço das trompas de Falópio. (Sardinha, 2014) Figura 1: Fecundação de um Oócito II https://t2.uc.ltmcdn.com/pt/images/0/1/0/a_seleca o_do_espermatozoide_14010_1_600.jpg
O zigoto irá assim originar um novo individuo com milhões de células que formarão tecidos e órgãos, sendo que este nascerá cerca de nove meses depois da ocorrência da fecundação. Este período de desenvolvimento designa-se por gestação.
Desenvolvimento embrionário Primeiro Trimestre de gestação Desde o momento de fecundação até à 13ª semana de gestação, irão ocorrer importantíssimos processos de divisão e diferenciação celular do novo ser, começando pelo processo de segmentação do zigoto, o qual ocorre ao longo da trompa de Falópio pela divisão sucessiva do mesmo até ter cerca de 16 células (estrutura designada por mórula), onde chega ao útero. Continuando este processo, a mórula desenvolve-se em blastocisto, quando as células se diferenciam e formam o trofoblasto, que contribui para a formação da placenta, o botão embrionário, composto por células estaminais que vão originar o novo ser vivo e o blastocélio, uma cavidade com líquido uterino. (Carrajola, Castro, Hilário, 2009) A nidação, proporcionada por enzimas das células do trofoblasto, é o momento em que o embrião se fixa no endométrio e após isto, desenvolve estruturas embrionárias que acompanharam o desenvolvimento do feto até ao fim da gestação. Das mesmas estão incluídas a placenta, que sendo seletiva deixa passar oxigénio, nutrientes, anticorpos e também resíduos metabólicos, mas que impede a mistura entre o sangue materno e do feto, o âmnio, que irá envolver completamente o mesmo e o cordão umbilical que liga o embrião à placenta. (Santos, 2016) Durante o resto do primeiro trimestre, ir-se-ão formar, por processos de diferenciação e organização celular, devido a mitoses sucessivas, três camadas básicas de células constituintes da estrutura gástrula, importante na organogénese (formação de órgãos): A ectoderme, que origina tecido nervoso, epiderme, unhas, cabelo e pelos, partes de órgãos dos sentidos, boca e dentes; A endoderme, que formará o revestimento do sistema digestivo, respiratório, bexiga, fígado e pâncreas; A mesoderme, que vai gerar músculos, derme, ossos, cartilagens, sangue, vasos sanguíneos, parte dos rins e gónadas. (Carrajola, Castro, Hilário, 2009)
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Figuras 2 e 3: Embriões no primeiro trimestre de gestação http://pt.altarta.com/02_27/odesenvolvimento-do-feto-oprimeiro-trimestre-de-gravidez/ https://www.babyboom.pl/ciaza/kal endarz-ciazy/11-tydzien
Segundo trimestre de gestação A partir do 4 mês de gestação, o feto tem aproximadamente 18cm de comprimento e pesa 200g, estão também já formados os órgãos principais que continuarão o seu desenvolvimento. O corpo do feto está coberto por pelos curtos, finos e macios, sem pigmentação, denominados de lanugo que geralmente desaparecem no sétimo ou oitavo mês, mas que podem ainda aparecer no recém-nascido, desaparecendo em alguns dias ou semanas. É também no decorrer deste trimestre, pela segunda ecografia, possível saber, caso os pais queiram, o sexo do feto O encéfalo e o sistema nervoso do feto já desenvolvido, permite que o mesmo memorize e oiça sons, as suas unhas e cabelos comessem o seu crescimento e que este se movimente. Já pelo final do 6º mês, os olhos do feto já estão abertos, dentes em desenvolvimento e o mesmo tem cerca de 33cm e 900g. (Sainsimon, 2020)
Figura 4: Feto no segundo trimestre de gestação https://staticr1.blastingcdn.com/media/photo gallery/2017/11/4/660x290/b_1200x526/reali zan-la-primera-neurocirugia-en-mexico-a-unfeto-de-6-meses-de-commx_1671927.jpg
Terceiro trimestre de gestação Durante o último trimestre, o feto começa a ganhar peso de forma a se preparar para o meio exterior e continua o seu desenvolvimento, os sistemas respiratório e circulatório sofrem mudanças para permitir a respiração autónoma após o nascimento, adquirindo também a capacidade de manter a temperatura constante. (Carrajola, Castro, Hilário, 2009) Gradualmente, a sua movimentação será cada vez menor, devido à falta de espaço e o feto irá assumir a posição já para o parto, normalmente de cabeça para baixo, com isto, estará pronto para nascer, apresentando cerca de 50cm de comprimento e um peso entre os 2.70kg e 4.50kg nesse momento. (Sainsimon, 2020)
Conclusão
Em suma, foi possível, com a realização deste trabalho, adquirir novos conhecimentos sobre a formação e desenvolvimento de um feto em condições de normalidade, desde a fecundação e formação do embrião até ao momento do seu nascimento .Sendo importante transmitir os mesmos para futuros pais, de modo a saber em que condições o seu bébé se encontra em qualquer momento da gravidez para esta ocorrer de forma mais saudável possível.
Figura 5: Recém-nascido ainda com o cordão umbilical. https://upload.wikimedia.org/wikipedia/com mons/thumb/3/38/HumanNewborn.JPG/1280 px-HumanNewborn.JPG
Bibliografia
Sardinha, V. 2014. Avenida E, nº 1.470, Salas 1001/07 Edifício JK Business, Jardim Goiás, CEP 74810-030 - Goiânia - GO (62) 3997-9750. Fecundação. Carrajola, C; José Castro, M; Hilário, T. 2009. Rua Mário Castelhano, 40 – Queluz de Baixo, 2734-502. Barcarena, Portugal. Planeta com vida. 1°Edição. Santillana Constância. Santos R. 2016. Offices Nações Unidas, R. Benedito Fernandes, 545 Santo Amaro, São Paulo - SP, 04746-110. Implantação do Embrião – Como e Quando Ocorre? Sainsimon V. 2020. 146 Rue de la libération 38300 Bourgoin Jallieu – France (N° TVA: FR 784 290 068 69). Le développement du bébé trimestre par trimestre.
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Métodos contracetivos de emergência Lara Lopes, Mélanie Matthey-Doret, Simão Gonçalves
O que é um método contracetivo?
Introdução –
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A realização deste trabalho tem a intuição de propagar uma melhor perspetiva sobre os métodos contracetivos, mais concretamente, os de emergência.
Um método contracetivo, de maneira geral, é uma forma de evitar uma gravidez indesejada impedindo que exista o encontro dos gâmetas masculinos (espermatozoides) com o gâmeta feminino (Oócito II). Existem dois tipos principais de métodos contracetivos:
Ir-se-á falar em geral dos vários tipos métodos contracetivos e como os mesmos atuam, mas de uma maneira mais profunda dos de emergência, a sua constituição maioritária, os seus efeitos, riscos e consequências na saúde assim como vantagens e desvantagens principais da sua utilização.
Os hormonais, atuam libertando hormonas sexuais para o corpo de forma a que este se comporte diferentemente; Os de barreira, impedem ou desabilitam totalmente os espermatozoides. Dos diversos tipos de contracetivos, falar-se-á mais especifica e detalhadamente dos contracetivos de emergência, nos quais estão incluídos a pilula do dia seguinte e o DIO (Carrajola, José Castro, Hilário, 2009).
A pílula do dia seguinte ou de emergência – A pílula do dia seguinte pode ser distinguida de forma geral pela sua composição maioritária de hormonas sintéticas em dois tipos mais comuns: A que contem Levonorgestrel (um tipo de progesterona sintética), a qual tem como principal alvo atuar nos ovários, com a função inibir ou retardar a ovulação, sendo muito eficaz antes do pico de aumento de LH antes desta e com pouco efeito se a mesma já tiver acontecido (De Wulf, Duquet, Ceulemans. Foulon, 2019). A que contem Acetato de ulipristal (substância que atua, ocupando os recetores que normalmente se unem com a progesterona), tal como a anterior tenta inibir ou retardar a ovulação, dependendo a sua eficácia de quando a mesma é utilizada (De Wulf, Duquet, Ceulemans. Foulon, 2019). Estes dois tipos de pílulas não são abortivos, devem ser utilizados o mais brevemente possível após o ato sexual para diminuir a probabilidade de ocorrer uma nidação caso tenha existido fecundação, num máximo de 3 dias para a de Levonorgestrel e de 5 para a de Acetato de ulipristal (Mawet, 2016). Por um lado estatístico, a fiabilidade deste método contracetivo é cerca de 85%, esta tende a decrescer significativamente o quanto maior for o tempo entre o ato sexual e a administração deste fármaco. É também importante citar que a pílula do dia seguinte ou de emergência não deve ser usada regularmente como método contracetivo devido à sua grande concentração de hormonas que podem alterar o ciclo menstrual da mulher e causar outros distúrbios e patologias. (Mawet, 2016).
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O Dispositivo intrauterino (DIO) – O DIO é um dispositivo em forma de “T”, que apresenta um comprimento variável entre 3,0 e 3,5 centímetros, existem dois tipos principais;
O DIO hormonal que contem Levonorgestrel, fazendo com que o muco cervical seja mais espesso, dificultando a locomoção dos espermatozoides, restringindo a sua passagem para as trompas de Falópio e também, vai modificar a estrutura do endométrio impedindo a nidação (Cardenas, 2020). Este tipo de DIO é utilizado como contracetivo normal, pois o mesmo não pode parar a ovulação caso esta ocorra antes do uso do dispositivo, pois é só dois dias após a implantação do DIO é que a mulher está protegida (Franc, 2017).
O DIO de cobre, no qual, como o seu nome indica, existe um revestimento de cobre au longo da sua estrutura, capaz de atuar como espermicida devido a sua toxicidade, ou seja, inibindo por completo ou retardando significativamente o deslocamento dos espermatozoides. Com isto, evitando a fecundação, ou no caso desta ocorrer impossibilitando a nidação (Cardenas, 2020).
Estes dispositivos devem ser vigiados e colocados por um profissional de saúde, os mesmos têm uma longa duração e normalmente atuam corretamente entre 4 e 10 anos com uma fiabilidade cerca de 99%, colocando-o como um dos métodos contracetivos mais eficazes (Cardenas, 2020). Por outro lado, no DIO de cobre, a sua utilização pode causar alguns efeitos secundários, como uma maior abundância de sangue e de dores no período menstrual e alguns riscos de hemorragias caso ocorra perfuração do útero, neste caso é necessário contactar um médico, não sendo aconselhável a mulheres com o período menstrual muito doloroso ou que sofram de endometriose de utilizar este método (Mawet, 2016)
Conclusão –
Bibliografia –
Concluindo, os contracetivos de emergência apresentam uma alta eficácia devido à sua quantidade de hormonas superiores aos contracetivos normais, mas, como o nome indica, estes métodos contracetivos devem ser utilizados como última opção, pois não são aconselhados a tomar diariamente por causa dos seus efeitos secundários, prejudicando a saúde da mulher.
Carrajola, C; José Castro, M; Hilário, T. (2009). Rua Mário Castelhano, 40 – Queluz de Baixo, 2734-502 Barcarena, Portugal. Planeta com vida. 1°Edição Santillana Constância.
É por isso importante e necessário utilizar contracetivos normais antes de um ato sexual para assim não ocorrer uma fecundação indesejada e evitando tomar os de emergência.
De Wulf, I ; Duquet, N ; Ceulemans, M; Foulon, V. (2019). La pilule d’urgence : nécessaire ? Pour qui ? Quels conseils ?
Cardenas, J. (2020). Doctissimo. Le dispositif intrautérin (DIU) hormonal: définition, prix, pose et efficacité.
Franc, A. (2017). Le Figaro. Stérilets au cuivre ou hormonal : quelles sont les différences ? Mawet, M. (2016). Gyneco. La pilule du lendemain, une contraceptive d’urgence. Mawet, M. (2016). Gyneco. Le stérilet au cuivre.
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