INTRODUÇÃO
VII CONCURSO LITERÁRIO DE PROSA
A presente newsletter da Escola Poeta Bernardo de Passos é mais um meio que a escola criou no sentido de divulgar algumas das suas actividades, assim como proporcionar a todos os elementos da comunidade educativa, mas muito em especial aos alunos, um novo espaço de participação onde poderão publicar textos, fotografias
e
outros
conteúdos
interessantes
e
formativos. Escreve um texto em prosa sobre o tema
Este primeiro número surge com o começo do ano de
“ TENHO UM SONHO. . . “
2009, de forma ainda um pouco experimental. Divulga alguns eventos, textos literários e sobre História,
Entrega dos textos - de 1 a 20 de Fevereiro
os quais esperamos que sejam do vosso agrado.
Divulgação das classificações - 6 de Março
Que este seja o primeiro passo de muitos Passos...
Entrega dos Certificados e Prémios - Feira do Livro
Espaço destinado a divulgar e noticiar actividades da Comunidade Educativa e do Meio Local
15º ANIVERSÁRIO DA EB 2+3 POETA BERNARDO DE PASSOS Um programa variado de manifestações artísticas assinalou, no início deste ano lectivo, os 15 anos de vida da Escola Poeta Bernardo de Passos. Crianças e jovens do agora Agrupamento, cuja sede é a Escola Poeta Bernardo de Passos, cantaram, dançaram e numa surpresa para todos saíram de dentro de um bolo de aniversário gigante, declamando poemas alusivos à vida escolar.
Os
adultos,
professores,
funcionários,
pais
e
convidados comungaram da alegria de festejar uma longa história, um caminho de 15 anos – os nossos entusiasmos, os nossos desânimos, os nossos projectos e a nossa dedicação. Os momentos mais protocolares, mas apesar disso inundados de emoção e subjectividade, estiveram a cargo da Presidente da
Comissão Executiva, Violantina Hilário, responsável pela gestão desde a abertura desta Escola e do Presidente da Câmara Municipal, António Eusébio, parceiro de excelência. Girassóis, em sintonia com o slogan das comemorações “Gira o sol, gira a vida”, foram partilhados pela Presidente e pela equipa de professores e funcionários que desde Outubro de 1993 dedicam o seu profissionalismo a esta casa do saber educar e do saber aprender. Momento alto das comemorações foi a colocação no relvado do jardim da escultura “Sedimentações”, que simboliza diversas etapas e actores da vida da Escola, no entendimento e sentimento do seu autor, o artista plástico Adão Contreiras, professor nesta escola durante 11 anos e o primeiro docente do quadro a aposentar-se, mas ainda um amigo e um inspirador. Ao longo destes 15 anos, cada um de nós, à sua maneira, foi colocando a sua marca, a sua estrela no passeio da Bernardo de Passos. Mas é já o futuro que abraçamos e encaramos com optimismo, conscientes dos novos desafios que temos pela frente. Assim diversificamos a oferta formativa em função das necessidades inventariadas, bem como as acções para a integração dos alunos estrangeiros e dos que necessitam de apoios educativos específicos. Cientes dos passos dados e do caminho a percorrer, perspectivamos a continuidade da forte cooperação com a autarquia, a aposta no envolvimento das famílias e num projecto educativo sustentável que visa a formação integral das crianças e jovens deste Agrupamento.
Espaço aberto à criação literária e artística dos alunos
VI CONCURSO LITERÁRIO DE PROSA 2007/2008 Tema: "Quero manter as cores do meu Planeta!" RESULTADOS 1.º Prémio - 2.º Ciclo Rafael Medeiros Guerreiro - 6.º B, N.º 14
Mas afinal qual é a cor do meu planeta? Era Sábado. Estava eu sentado no meu puf azul, quando a minha mãe me chamou: - Rafael, vai pôr o lixo no ecoponto, se faz favor. Alguns minutos depois fiz o que a minha mãe me pedira. Ao fechar a porta de casa, vi um homem a deitar o lixo para o chão, enquanto comia um pacote de pipas. Fiquei muito zangado e resmunguei com ele, dizendo-lhe que o que ele estava a fazer não estava correcto. Com isto fizera-se tarde e a minha mãe já estava preocupada. Mas quando cheguei a casa, expliquei-lhe o que acontecera e ela compreendeu. Acordei numa bela manhã de Domingo e decidi pedir aos meus pais para ir à Fonte Férrea. Enquanto brincava com o meu irmão, observei de longe um homem que estava a fumar e que jogara o cigarro para o chão. Isto vai dar mau resultado – pensei. –aquilo parece estar a deitar fumo. Fiquei preocupado, mas não me aproximei. No dia seguinte
Estou na sala a ver televisão e vejo no noticiário que houve um incêndio no Parque da Fonte Férrea. Rapidamente relacionei a catástrofe com o tal cigarro … Estou farto! O nosso planeta é ou não é para ser azul e verde? Tomei uma decisão: vou escrever um livro com muitas soluções ao nosso alcance para manter as cores do nosso planeta. Vou apelar aos sentimentos de todos os cidadãos, pois, pequenas atitudes que podemos ter diariamente, podem ajudar a construir um mundo limpo e colorido. Agora, já passou quase um ano e estou a acabar o meu livro. Espero que tenha muito sucesso, pois as dicas que dou vão certamente ajudar todos os que pensam como eu e alertar os que pouco pensavam neste assunto. Imploro que todos coloquem o lixo nos ecopontos, que andem mais vezes a pé, que não fumem, enfim … que tenham atitudes dignas de cidadãos que não gostam nem querem um planeta cinzento, mas um bem mais colorido …
1.º Prémio - 3.º Ciclo Susana Conceição - 9.º A, N.º 22
Quero manter as cores do meu planeta Com o pincel na mão e as tintas na paleta, olhei para a tela que encandeava de tão branca que estava e, sem saber muito bem o que pintar, limitei-me a sonhar. A minha tela tinha de ter muitas cores, ou melhor, seria a representação das cores que fazem parte do meu planeta. Mesmo sabendo que ele está a passar por um momento difícil, vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para o manter colorido. O verde será a cor mais abundante. Sem as florestas seria muito difícil obtermos o oxigénio para podermos respirar tão profundamente. O azul também lá estará. Sem os oceanos, o que seria dos peixes e de todos os outros animais que lá vivem? E de nós humanos, que precisamos tanto de água? A ligação do laranja com o vermelho demonstra os laços de amizade e amor entre as pessoas. É um dos sentimentos de que mais precisamos para nos sentirmos felizes neste planeta colorido. Eu também deixarei espaço branco com o propósito de transmitir paz, harmonia, bemestar, pureza, tranquilidade e silêncio ao planeta. Inevitavelmente, também o preto lá estará para representar os pássaros que encantam com o seu cantar.
Para que tudo isto se una, precisarei de luz, e o amarelo brilhante marcaria a sua presença, pois o sol é uma fonte de energia indispensável. O castanho também terá um lugar muito importante, pois a terra possibilita a existência dos animais, das árvores, do Homem e de tudo o que este cria para a sua sobrevivência e bemestar. Embora estas cores sejam muito importantes, todas as outras farão parte da minha tela. Serão elas que irão embelezá-la e dar-lhe um certo requinte, que é aquilo que o meu planeta tem. Imaginei o resultado final do meu trabalho e fiquei muito contente, porque consegui olhar o meu planeta de uma forma positiva. Olho para ele assim, não por ignorância (eu sei que ele está doente), mas como já estou a fazer por ele aquilo que posso, espero que pelo menos não piore. Seria pedir muito que ele voltasse a ter as cores originais, mas como acontece com as pessoas, a doença quando aparece quase sempre deixa vestígios ou permanece. Depois de idealizar a minha tela, vou passá-la do sonho para a realidade. Vou explicar a todas as pessoas que o planeta pode manter-se colorido, só depende da nossa atitude.
Espaço onde se publicam trabalhos realizados pelos alunos
Expedição dos Bandeirantes No mês de Maio do ano de 1720, partiu um grande grupo de bandeirantes, sensivelmente 40 a 45 pessoas. Faziam parte desse grupo eu, a Inês, o Nuno Carmo, a Ana Trindade, o Pedro Monteiro entre outros e o nosso superior Paulo P. Partimos de S. Paulo, de manhã muito cedo, cada um ia montado no seu esbelto cavalo, cada um mais bonito do que o outro, mas o que estava melhor tratado e conservado era o da Ana Trindade. Ela adorava cavalos, tinha um picadeiro com três cavalos e duas éguas. Também tínhamos três cavalos
com mantimentos. Apenas andámos cinco metros tivemos logo uma grande dificuldade, atravessar uma ribeira, que tinha muitas piranhas e os cavalos tiveram muito medo de a atravessar, mas lá a superámos. Quando o Sol já ia alto e queimava, avistámos uma grande quantidade de palmeiras todas de seguida, sentámo-nos para comer qualquer coisa e reuniu-se o superior com os restantes elementos do grupo, para combinar onde iríamos a seguir. Ficou decidido, que íamos procurar ouro numas minas que se encontravam ali um pouco mais à frente, depois disso iríamos procurar índios que nos quisessem dar informações sobre outras minas de ouro ou de outras riquezas que por ali se encontravam. Pouco depois da reunião ter terminado, partimos em busca de ouro, mas de repente o tempo virou-se do avesso, escureceu, começou a trovejar e a chover com muita intensidade. O que nos valeu foi que tínhamos uma grande gruta, mesmo à nossa frente, onde cabíamos todos. De repente, de dentro da gruta apareceu um casal de índios, eles disseram qualquer coisa, mas na sua língua, nós não percebemos nada… Mas lembrámonos que o Nuno Carmo tinha ido à América e sabia falar a língua deles. Ele chegou-se à frente e começou a comunicar com eles. De seguida, voltou-se para trás e informou-nos que estávamos perante umas das maiores minas de ouro da zona. Descemos dos cavalos e começámos a cavar nas minas três dias consecutivos. No final desta estafa, arrecadámos três quilos e meio de ouro. O Nuno agradeceu aos índios e voltámos para S. Paulo, como tinham passado duas semanas, as lianas tinham crescido e por isso uma das dificuldades do regresso foi ter de cortá-las todas, mas conseguimos superar essa dificuldade. No fim, estávamos de volta a S. Paulo com o nosso ouro e graças a Deus com todos os elementos do grupo. Finda a expedição, dividimos o ouro e separámo-nos, seguindo cada um o seu caminho. Inês Carolino R. Gomes, nº7 - 6ºC
No dia 20 do mês de Maio de 1750, eu Diogo Filipe Cabrita Trindade montado na minha fiel égua Orquídea, acompanhado pelos meus companheiros Tiago do Carmo, Nuno Carmo e Ricardo Dias Martins e mais trinta homens e cinco cavalos de tiro atrelados, que nas suas carroças traziam mantimentos, partimos do Rio de Janeiro em direcção à floresta em busca de riquezas nunca vistas. Nos primeiros dias tudo correu como planeado, até que se acabaram os mantimentos; nós sabíamos que então teríamos de sobreviver com caça, com alguma pesca e com frutos secos. Foi muito difícil abrir caminho, mas com um pouco de esforço conseguimos. No dia 22 do mês de Maio fomos atacados por uma onça esfomeada. Com sorte nenhum dos nossos homens morreu. De manhã fizemo-nos ao caminho. Durante o nosso “passeio”, o Nuno decidiu fazer um herbário. A vegetação era muita: estevas, lianas, folhas enormes, pinheiros bravos e muitos arbustos; alguns deles com frutos deliciosos como, por exemplo, as amoras, as framboesas e também havia muito pau-brasil. Parámos para retomar energias à beira do Rio Zabaquirida. Pusemos os cavalos a comer e enquanto isso eu e o Tiago apanhámos uma lebre e dois coelhos; o Ricardo e mais dez homens apanharam cinco peixes que depois de cozinhados até sabiam bem; o Nuno e outros cinco homens apanharam mel, amoras, framboesas, algum bambu e também apanharam um fruto muito mais saboroso a que demos o nome de zabaione por ter sido colhido à beira do rio Zabaquirida. Ao amanhecer, atravessámos o rio até que um pobre homem se desequilibrou e foi atacado por uma cobra gigante - a anaconda - que pelos cálculos matemáticos do Tiago e do Nuno deveria medir cerca de três metros de comprimento. Enfim, tivemos de esquecer o que acontecera e continuar a nossa viagem; de repente, o Ricardo passa à minha frente a meio-galope montado no seu belo cavalo russo, quando de repente, pára e diz em alto e bom som: ¬ -Parem homens! Assusteime e fui a trote até ele, e disse-lhe: -O que se passa companheiro? -Isto é areia movediça, atravessem com cuidado. – mandou ele. Eu, o Tiago, o Nuno e o Ricardo e os outros homens saltámos a cavalo e os cavalos de tiro atravessaram por uma passagem ao lado do lago de areia. Mas, dois homens, distraídos, caíram ao lago; o Tiago ainda conseguiu agarrar num e tirá-lo, mas já era tarde de mais o pobre homem já era um homem morto. Continuámos e andámos três quilómetros e três homens morreram de sede e de uma doença chamada febre tifóide.
Depois encontrámos um grupo de Índios composto por quatro homens e cinco mulheres e graças ao nosso professor de línguas, o Nuno, conseguimos comunicar com o grupo. O Nuno perguntou-lhes onde ficavam as minas do Indo, e eles responderam que as nossas minas ficavam mesmo ali à nossa frente, mas que para podermos entrar, teríamos de dizer uma palavra que para os índios era sagrada. O Nuno deu voltas à cabeça até que se lembrou e disse: ALINGACHU PARA ULA SAGUAISMALA CHABA. E por fim pudemos entrar na gruta. Agradecemos aos Índios e despedimo-nos. Escavávamos durante o dia, deitávamo-nos à noite bem tarde; depois de apanhar umas groselhas e lianas. Durante dois dias inteiros não fizemos mais nada senão escavar, mas o trabalho compensou, pois tirámos cerca de quatro quilos de ouro, dois de diamantes e cinco de bronze. Chegámos ao Rio de Janeiro passado uma semana. Quando lá chegámos, fomos muito admirados, apesar de todos “partidos”e quando contámos ao nosso rei as nossas aventuras ele nem quis acreditar; o que eu achei mais graça dentro disto tudo foi que o Nuno, quando disse a palavra sagrada dos Índios, nem pensou, pois disse aquilo ao calhas. Bem, se querem saber eu fiquei muito contente por ter regressado inteiro, com os meus companheiros e os seus cavalos Tornado, Zoara e Camões, sem alguns homens mas feliz. Adeus! Ana Rita Cabrita, nº 1 – 6º C
Espaço dedicado ao relato das visitas de alunos e professores
Viagem à Ilha da Madeira
Mais uma vez a Câmara Municipal de São Brás de Alportel recompensou, com uma viagem, os seis melhores alunos do concelho (dois finalistas de cada ciclo Rafael Guerreiro e Valerie Spitaels, do 6ºano, Sara Eusébio e Sara Rodrigues, do 9ºano e Marta Pereira e Sónia Cavaco, do 12ºano. Desta vez os premiados tiveram direito a uma estadia de cinco dias, entre os dias 5 e 9 de Setembro, na magnífica Ilha da Madeira. Os alunos foram acompanhados pelas professoras Helena Gonçalves e Liseta Pascoal. Foram cinco magníficos dias, com boa comida, excelentes passeios e muita, muita diversão. Esta foi certamente uma viagem que ficará guardada para sempre no coração de cada um pois, acima de tudo, nasceu entre nós uma grande amizade. Os alunos e as professoras aproveitam a oportunidade para agradecer à Câmara Municipal todo o empenho e dedicação para tornar esta viagem inesquecível! Rafael Guerreiro
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Edição e propriedade da Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Poeta Bernardo de Passos Coordenação editorial: Paulo Penisga e Carlos Antunes Colaboração de Carla Mateus