passos n.º 10 - Julho de 2011

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ESCOLA BÁSICA 2.3 POETA BERNARDO DE PASSOS S. BRÁS DE ALPORTEL

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NESTA EDIÇÃO: PASSOS ENTREVISTA

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PASSOS EM VOLTA

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PASSOS DADOS

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PEQUENOS PASSOS

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PASSOS EM VISITA

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PASSOS RECONHECIDOS PELO MÉRITO

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Coordenação Prof. Carla Mateus Prof. Carlos Antunes Prof. Paulo Penisga Design e Produção Prof. Ana Teixeira Prof. Carla Mateus

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EDITORIAL É com uma preenchidíssima edição que a PASSOS encerra o ano lectivo 2010-2011. Foi mais um ano de muito trabalho, e as actividades do 3.º Período têm, neste número, um suporte para a memória de todos. Dirigimos um destaque especial à diversidade de actividades em que alunos e professores se envolvem: projectos, eventos, parcerias, concursos, intercâmbios, visitas, obras… Foi assim ao longo de todo o ano. Porém, é mais visível no final, quando muitas das sementes lançadas dão, finalmente, os seus últimos e mais maduros frutos. Segundo destaque importante, as páginas de entrevista. Independentemente da designação que o seu cargo e o Agrupamento de Escolas possam ter, a Dra. Violantina Hilário continua à frente da direcção das escolas de S. Brás de Alportel, na sequência da sua recente eleição pelo Conselho Geral Provisório. Por esta razão é, pela segunda vez, entrevistada pela PASSOS. Contudo, continuamos a aguardar o desejado nome para o Agrupamento das escolas de S. Brás de Alportel - um concelho cujo afamado nome não só será mais correcto/justo para o grupo de escolas,

como também facilitará o entendimento da orgânica da mega-instituição. O terceiro destaque vai para a última página, que divulga os nomes de todos os alunos inseridos nos Quadros de Excelência e Valor do Agrupamento, de acordo com as novas regras do Regulamento Interno. Nas Bibliotecas Escolares e Municipal, qualquer elemento da comunidade educativa poderá ler ou reler cada número da newsletter PASSOS. Os mesmos poderão ser requisitados para enriquecer o leque de materiais de qualquer aula, até de Formação Cívica. No próximo ano lectivo, a PASSOS, que terá periodicidade semestral, irá recolher as suas notícias e reportagens num blogue criado a pensar na divulgação mais actualizada dos momentos pedagógicos de cada escola ou do Agrupamento. Aproveitamos ainda para fazer um apelo: que o envolvimento dos alunos nas diversas actividades se estenda à fase de divulgação das mesmas, através dos inúmeros meios disponíveis no Agrupamento. Entretanto, boas férias! Prof. Carla Mateus

Prof. Carlos Antunes Impressão Câmara Municipal de S. Brás de Alportel Periodicidade trimestral Distribuição gratuita

Sumário Passos Entrevista (p.2-3)

Passos Dados (p.8-10)

Passos em Visita (p.15-17)

Entrevista à Dra. Violantina Hilário, Directora do Agrupamento

Desporto Escolar

Visita de Estudo ao Mosteiro dos Jerónimos e ao Palácio de Queluz

Directora toma posse Passos em Volta (p.4-7) O Dia dos CEF

Escola Activa Projecto Turma Amiga Parceria gastronómica

Intercâmbio com o Brasil: Oceano de valores, oceano de amizades…

Pequenos Passos (p.11-14) Escola lança mais um vol. “Nos Passos de Bernardo”

Passos reconhecidos pelo mérito (p.18)

Marcha pela família

IX Concurso Literário de Prosa: “Como eu vejo o nosso Mundo”

Quadros de Excelência e Valor do Agrupamento

Escola Solidária

(3 textos premiados em cada Ciclo)

Festival Intercultural Biblioteca da Escola PBP


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Espaço onde se divulgam as entrevistas feitas aos membros da Comunidade

“(...) o meu desejo de que todos os responsáveis do acto educativo assegurem boas aprendizagens aos nossos estudantes, num ambiente seguro e afectuoso.”

“(…) todos somos capazes de fazer melhor.”

“(…) a dedicação dos professores deste Agrupamento à aprendizagem dos alunos é notável (…)”

Nos últimos dois anos assistimos à primeira tomada de posse da Dra. Violantina Hilário como Directora do Agrupamento Vertical de Escolas de S. Brás de Alportel e como Presidente da Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas. Passada esta exigente fase intermédia, voltamos a entrevistá-la, no momento em que dá continuidade às suas funções directivas, novamente no papel de Directora, agora do mega Agrupamento de Escolas do concelho de S. Brás de Alportel. Passos – Quais são os grandes desafios que, actualmente, alunos, famílias, comunidade educativa e Ministério da Educação impõem ao seu trabalho de Directora? Directora - Exercer as funções de gestão é sempre uma tarefa muito exigente, mas ser Directora de um Agrupamento com características tão diversificadas como o de S. Brás de Alportel obriga à mobilização de capacidades de eficiência e de criatividade que me permitam, ao longo do mandato de 4 anos, renovar processos e rentabilizar recursos numa realidade escolar, social e económica dinâmica, em mudança e incerteza. Vivemos num contexto desfavorável, em que os constrangimentos financeiros terão significativo impacto na vida da Escola, tal como as alterações aos normativos legais que regulam a acção educativa e causam dificuldades na organização e na resposta às exigências do serviço educativo. O maior desafio continuará a ser conciliar estas condições com os interesses e expectativas das famílias, as diversas características, capacidades e motivações dos nossos alunos, a resposta aos anseios da população local em termos de formação e potencialidades de emprego, através da oferta formativa e, acima de tudo, o meu desejo de que todos os responsáveis do acto educativo assegurem boas aprendizagens aos nossos estudantes, num ambiente segu-

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ro e afectuoso. Ainda sob este lema “conciliar é preciso” é imprescindível que eu consiga mobilizar os parceiros de outras áreas que possam contribuir para o cumprimento da missão da Escola, bem como os responsáveis autárquicos da área da educação cujas competências e apoios são imprescindíveis para o desenvolvimento educativo concelhio. Estou consciente do enorme desafio mas também auto-confiante, determinada e aberta a um caminho de aperfeiçoamento do meu desempenho.

raça, de convicção religiosa da população escolar dos vários níveis de ensino. Estarei continuamente atenta (com os Directores de Turma) à realidade financeira das famílias de modo a apoiar alunos com carências económicas que se tornam cada vez mais evidentes. Espero veementemente que o trabalho que vamos desenvolver, permita ultrapassar situações de falta de interesse e de assiduidade dos alunos, bem como garantir um ambiente educativo propício à aprendizagem, numa postura articulada com pais e encarregados de educação, os maiores responsáveis e os mais interessados no desenvolvimento das crianças e jovens. Acredito na sustentabilidade deste Agrupamento e aspiro a que, nos próximos anos, os alunos são-brasenses possam adquirir, nas nossas escolas, ferramentas para a sua realização pessoal e para melhor poderem intervir no desenvolvimento deste concelho.

Passos – Não querendo usar a palavra “metas”, em que medida é que as escolas do concelho serão escolas melhores ao longo dos próximos quatro anos? Directora - Apesar de se poder afirmar que o Agrupamento dispõe de boas instalações e de bons recursos materiais nas várias escolas e que, no plano pedagógico, já se atingiu um bom nível de eficácia, a minha atitude será, ao longo dos próximos 4 anos, procurar a melhoria global, centrando-me em alguns pontos que exigem aperfeiçoamento. Trabalharei (com os outros) para que os resultados das aprendizagens, essencialmente no 3.º Ciclo, possam ter uma evolução positiva. Serão promovidos, em todas as circunstâncias, princípios como a equidade, justiça e respeito pela diferença, de forma a garantir a igualdade de oportunidade para todos, considerando a diversidade de nível sócio-económico, de capacidade de aprendizagem, de limitações de saúde e desenvolvimento, de origem, de

Passos – Sabemos que a imperiosa sobreposição do valor dos números ao valor de tudo o que no ensino não é quantificável influencia cada vez mais o trabalho nas escolas. De que forma vai motivar os professores para todas as exigências que continuarão a sobrepor-se à verdadeira missão de ensinar? Directora - Em primeiro lugar devo dizer que não acredito que as múltiplas exigências que se colocam à Escola se sobreponham à “verdadeira missão de ensinar”. As situações de aprendizagem serão sempre o ponto fulcral da actividade docente, sejam em sala de aula sejam noutros ambientes menos formais como visitas de estudo e projectos de intervenção. A formação e o desenvolvimento do aluno estão acima de qualquer outra responsabilidade. Aos professores e à gestão são atribuídos outros desempenhos


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como a elaboração de documentos orientadores, prestação de contas, relatórios de avaliação, dados estatísticos… nos quais se aplicam esforço, conhecimento e… muito tempo. Para motivar todos os professores, conto com a minha reconhecida capacidade de relacionamento interpessoal e de persuasão para estabelecer consensos, influenciar com persistência e negociação para chegar a opções positivas, fazendo acreditar que podemos ser bem sucedidos porque todos somos capazes de fazer melhor. Estou convencida de que serei capaz de criar (manter) um clima organizacional baseado na cooperação, na partilha e em interacções harmoniosas, de forma a mobilizar para os objectivos do nosso Projecto Educativo. Mas os números permitem-nos constatar factos, as estatísticas têm utilidade se da sua interpretação resultarem planos de melhoria, alteração de métodos ou comportamentos. É preciso saber ler os números, reflectir e, assim, tirar benefício do esforço dispendido.

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lho é o apoio a imigrantes; … mas a dinâmica do Desporto Escolar tem sido assegurada ao longo dos anos, com diversas modalidades do interesse dos alunos, com participações regionais e nacionais premiadas e com uma dedicação à causa do desenvolvimento físico, desportivo e social dos jovens, que foi objecto de reconhecimento nacional pelo ME no âmbito do sector “Desporto Escolar” na categoria “Escola”; … mas a dedicação dos professores deste Agrupamento à aprendizagem dos alunos é notável, patente na procura de métodos e estratégias aliciantes e no investimento em medidas de compensação educativa para recuperação e ajuda, nos vários níveis de ensino e nas várias disciplinas: apoio individual, aulas suplementares, tardes de estudo, grupos de nível, oficinas com pequenos grupos, assessorias ao professor titular da turma e sessões de educação especial. Entrevista de Carla Mateus

Leia ou releia, na Passos n.º 5,

Embora a burocracia tenha roubado tempo às relações humanas e à disponibilidade para gestos solidários no universo inter-relacional que é a Escola, acredito que continuaremos firmes no propósito de formar cidadãos informados, culturalmente ricos e interventivos do ponto de vista ambiental e cívico.

Dra. Violantina Hilário

Passos – Apelando a um percurso pelos trilhos da memória, como continuaria a frase “Não é para nos gabarmos…”?

Directora toma posse em ambiente de festa

Directora - … mas temos boas práticas, reconhecidas em várias áreas, nomeadamente no encaminhamento de alunos para ofertas alternativas de formação como os Cursos de Educação e Formação e os Cursos Profissionais e na organização e acompanhamento dos jovens integrados nestas turmas; … mas a integração de alunos oriundos de países estrangeiros foi sempre uma preocupação, e os projectos interculturais que desenvolvemos, para além da leccionação de aulas de Português Língua Não Materna, já mereceram elogios quer da hierarquia da educação quer de instituições cujo objectivo de traba-

a entrevista à

e o seu Perfil 10+

No dia 18 de Junho, teve lugar a tomada de posse da Directora do Mega Agrupamento Escolar de São Brás de Alportel, professora Violantina da Felicidade Valente Martins Hilário. A cerimónia decorreu durante o jantar/festa de encerramento do ano lectivo, no recinto exterior da Escola Secundária José

Belchior Viegas, na presença de algumas individualidades convidadas para o efeito e de um grande número de elementos da comunidade educativa. No acto de posse, para além da Directora empossada, usaram da palavra o Presidente do Conselho Geral Transitório, o Presidente da Câmara Municipal e o Director Regional de Educação, que expressaram votos de felicidade pessoal e profissional à Dra. Violantina Hilário. O Presidente do Conselho Geral Transitório realçou a sólida experiência profissional, a formação relevante na área da administração e gestão escolar, bem como as qualidades de rectidão, bom senso, sentido de justiça e equidade. O Presidente da Câmara Municipal destacou o conhecimento profundo da estrutura, história e dinâmica do Agrupamento e o envolvimento nas estruturas municipais ligadas à acção social, à cultura e à educação. O Director Regional sublinhou o voto expressivo que lhe foi dado pelos representantes da comunidade educativa, quando a elegeram para exercer o cargo de direcção do Agrupamento, fruto da visão democrática que tem sobre os poderes do cargo de Director, ao manifestar disponibilidade para ouvir todos os envolvidos na vida do Agrupamento e considerar a participação colectiva como eixo/estrutura central da gestão escolar. Na sua intervenção, a Directora narrou as aventuras da princesa das “Bernardas” e da princesa dos “Belchiores” na “processo de unificação do Condado de São Brás de Alportel”, perante uma plateia que a escutou com um misto de surpresa e encantamento. Escolheu, assim, a linguagem metafórica dos contos infantis para descrever o polémico processo de constituição e direcção do mega agrupamento durante o ano escolar que agora finda. Após a tomada de posse, a Dra. Violantina Hilário agradeceu as palavras de elogio que lhe foram dirigidas e apresentou a equipa que a acompanhará, nos próximos 4 anos, na direcção do Mega Agrupamento de S. Brás de Alportel. Prof. Carlos Antunes

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Espaço destinado a divulgar as actividades da Comunidade Educativa e do Meio Local

O Dia dos CEF – Porque vale a pena! Decorreu, no dia 17 de Maio, uma comemoração que já se tornou habitual na nossa escola, o dia dos CEF. Pretendeu-se com este dia reforçar o convívio entre as turmas CEF e mostrar o seu trabalho à Escola e à Comunidade.

Formadores Ricardo e Renato

Pelas 9h30, os alunos do CEF Bar e Mesa serviram com toda a elegância e competência o pequeno-almoço confeccionado com todo o carinho e profissionalismo pelos colegas do CEF Cozinha. Este repasto esteve disponível a professores, funcionários, amigos e familiares das equipas CEF, que puderam ainda apreciar os trabalhos desenvolvidos com arte e perícia pelos alunos do CEF Pré-Impressão.

tar. Não tendo a prática do futebol angariado muitos adeptos, a festa continuou com campeonatos de matraquilhos e ping-pong. No final do esforço desportivo, todos foram usufruir de um lanche bem merecido.

Durante este evento deu-se um verdadeiro encontro de gerações e experiências de vida - o visitante mais novo estava muito orgulhoso dos seus 2 anitos e meio e a visitante mais sénior, com 73 anos, usufruiu da companhia dos seus companheiros de ginástica. O trabalho demonstrado pelas turmas foi muito apreciado e elogiado por todos os que tiveram oportunidade de conciliar o serviço e a degustação de um opíparo pequeno-almoço com a contemplação de verdadeiros testemunhos da inspiração dos nossos alunos.

Porque o dia era seu, as turmas CEF tiveram oportunidade de vivenciar uma tarde de descontracção e convívio salu-

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Foi um dia diferente que envolveu principalmente os formandos CEF, os professores de Bar e Mesa, de Cozinha e de Pré-Impressão, os professores de Educação Física e os Directores de Turma e Coordenadores de Curso. Todos quiseram celebrar a alegria do sucesso e do trabalho em equipa. Todos asseguramos o futuro e todos queremos enfrentá-lo com segurança, responsabilidade e profissionalismo, porque vale a pena. Os Coordenadores CEF


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Festival Intercultural - “A Diversidade Religiosa” No âmbito do Projecto @ventura, realizou-se no 2.º Período, na nossa escola, o V Festival Intercultural, este ano subordinado ao tema “A Diversidade Religiosa”. Esta temática levou o Agrupamento à reflexão pluridisciplinar sobre a tolerância e a liberdade religiosa, de forma a promover o diálogo intercultural e a favorecer o respeito pela diversidade e convivência positiva entre diferentes religiões, com e sem representação no concelho. Desta forma fomentou-se o respeito pelo direito à liberdade de consciência, de religião e de culto, previsto na Constituição da República Portuguesa e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. O Festival divulgou os trabalhos produzidos em diversas disciplinas pelos

alunos dos diferentes ciclos e do secundário. Estiveram expostos em pavilhões decorados nas fachadas com representações arquitectónicas de diversos templos de culto (cristão, hinduísta, budista e islâmico). O programa de actividades incluiu diversos workshops (dança oriental, africana e hip-hop), pinturas corporais, a actuação do grupo musical Jeová

Asas para Amanhã, promovidos pela Associação InLoco. A recepção aos projectos participantes foi brindada com um delicioso lanche preparado pelos alunos do C.E.F. de Cozinheiro e servido pelos colegas do C.E.F. de Empregado de Mesa, com iguarias típicas do festejo pascal, entre eles o delicioso folar da região. Prof. José Mendonça

Chamá (que conta com a participação de alguns alunos do Agrupamento) e a apresentação do Projecto (Re)cria do Programa Escolhas com o grupo Ecos e

Pavilhão Budista

Biblioteca da Escola PBP - Actividades do 3.º Período Dia da Europa No dia 9 de Maio, comemorou-se o Dia da Europa e, para assinalar o evento, a Biblioteca da Escola Poeta Bernardo de Passos organizou uma exposição de bandeiras com algumas curiosidades relativas aos países pertencentes à União Europeia.

Concurso Nacional de Leitura – Plano Nacional de Leitura No dia 14 de Maio, realizaram-se, em Lisboa, as provas da semi-final do Concurso Nacional de Leitura, no estúdio Nova Imagem.

Na parte da manhã, os 36 representantes distritais resolveram a prova escrita, que levaria ao apuramento de 12 elementos para a prova oral. A Inês teve uma excelente prestação e foi uma das seleccionadas.

A Inês Gomes, aluna do 8.ºB da nossa escola, foi uma das duas representantes do 3.º Ciclo pelo distrito de Faro.

Na parte da tarde foram escolhidos 6 alunos de cada nível de ensino para gravar, no dia 21 de Maio, o programa "Quem quer ser Milionário Especial Ler+". A Inês ficou por aqui, mas o seu desempenho foi brilhante e encheunos de orgulho!

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Biblioteca Escolar - Actividades do 3.º Período Feira do Livro

A FEIRA DO LIVRO é a festa do livro, da escrita e dos escritores, da leitura e dos leitores.

Entre os dias 31 de Maio e 3 de Junho, decorreu mais uma Feira do Livro do Concelho de S. Brás de Alportel. Este ano, o local escolhido foi o lindo Jardim da Verbena e o Centro de Artes e Ofícios, pela proximidade com a Biblioteca Municipal, que festejou o seu 10.º aniversário. Foram quatro dias muito animados, com a participação de todos os alunos do Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas, de muitos encarregados de educação e população em geral. Durante esta festa do livro pudemos contar com as seguintes actividades: Maratona de Contos - “As histórias são como as cerejas” (com a participação de alunos de todos os níveis de ensino do Concelho de S. Brás de Alportel); Oficinas de ciências (“Ciência Monstruosamente Divertida” e “Ciência Fresquinha”); Demonstração de robótica; pinturas faciais; venda de marcadores artesanais; venda de bijutaria; Cantinho Verde (ateliês de educação ambiental); lançamento de livros (“Quem do Alto Olhar”, “Nos Passos de Bernardo” (vol. 8) e “O Dragão e a Poção Mágica”).

nou que numa próxima actividade gostariam de falar sobre a imitação que alguns autores fazem da obra de outros, como por exemplo: O Diário de um Banana, O Diário de um Totó, O Diário de um Tanso, etc. Foi muito interessante este pormenor porque os alunos vão revelando um espírito mais crítico relativamente ao livros e aos autores. Por fim, os alunos referiram que esta actividade deve continuar no próximo ano lectivo. Para brindar os alunos que participaram nas Tertúlias dos Bons Leitores, foram oferecidos cartões de agradecimento a todos os presentes e livros a quem participou em todas as tertúlias.

Tertúlia dos Bons Leitores No dia 21 de Junho, realizou-se a última Tertúlia dos Bons Leitores. Neste último encontro pretendeu-se que os alunos fizessem um balanço final de todas as tertúlias e apresentassem sugestões de melhoramento. Na generalidade, os alunos gostaram muito desta actividade e referiram que tudo foi muito interessante e positivo. Contudo, uma aluna mencio-

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Estagiária Ana Rita Ribeirinho


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Marcha pela Família No dia 15 de Maio, celebrouse o 18.º Aniversário do Dia Internacional da Família, proclamado em Assembleia Geral das Nações Unidas pela resolução 47/237, de 20 de Setembro de 1993, destacando a importância das famílias como unidades básicas da sociedade. Sabendo da importância do

papel da Família na Escola, e pelo trabalho que tem vindo a desenvolver ao longo do ano lectivo, o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (G.A.A.F), em parceria com a Associação Rota da Cortiça, preparou uma homenagem às famílias do nosso Agrupamento de Escolas. Realizou-se pelas 9h00, no sítio do Alportel, uma marcha-passeio pela família, que contou com mais de trinta participantes.

Com esta actividade pretendeu-se proporcionar uma manhã diferente às famílias inscritas, estimulando a união familiar, no convívio com a Natureza. No final todos estavam visivelmente satisfeitos com a caminhada e o convívio proporcionado, manifestando interesse em prolongar os 7 km inicialmente propostos, e incentivando a realização de outras acções do género. Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, Estagiária Cláudia Martins

Escola Solidária, um clube para o voluntariado No Ano Europeu do Voluntariado, o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família desta escola criou o Clube Escola Solidária, com o objectivo de fomentar junto dos jovens valores como a solidariedade, a tolerância e entreajuda. Desde o início do 2.º Período que este clube desenvolveu diversas actividades para os alunos, como a formação para a cidadania e para a prática do voluntariado, proporcionando-lhes experiências diferentes e criando hábitos de ocupação dos tempos livres enquanto estão no espaço escola. Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família,

Estagiária Cláudia Martins

O Clube Escola Solidária é um clube onde há muito divertimento! Reunimos no GAAF, onde podemos jogar, fazer expressões plásticas e visitas de estudo como fizemos aos bombeiros e ao museu. A actividade que mais gostei foi a participação no festival intercultural da nossa escola, onde representámos as religiões do mundo. Estar no clube é mesmo fixe! Rita Fialho, 5.ºE

O Clube Escola Solidária é um clube de voluntariado. O que é ser voluntário? É ajudar os outros, trabalhar em grupo e não bater nos outros colegas. Algumas vezes fomos para o auditório ver filmes engraçados. Fizemos dinâmicas de grupo, falámos também sobre o que é ser voluntário. E divertimo-nos sempre muito. Soraia Gonçalves, 5.ºE

“Eu acho que o Clube Escola Solidária é muito fixe, porque nos divertimos muito. Adorei as dinâmicas na sala de aula, e se para o ano a professora estiver eu também me inscrevo.” Marina Carvalho 5.ºE


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Espaço onde se publicam trabalhos realizados pelos alunos

Desporto Escolar

6 de Abril – Finais do InterTurmas de Futsal Na última edição da Passos prometemos informá-los dos resultados finais do Interturmas de Futsal do 2.º Ciclo. Como o prometido é devido, aqui ficam: 1.º lugar - 6.ºD; 2.º lugar - 5.ºD; 3.º lugar - 6.ºB; 4.º lugar - 5.ºF.

“Boas Férias com muito DESPORTO!”

Maio – XI Edição da Taça da Escola Este ano a Taça da Escola contou com a participação de 4 turmas do 2.º Ciclo. Os alunos do 6.ºD demonstraram que nestas coisas do futebol é a sua turma que manda e lá arrecadaram mais uma vitória. O prémio de melhor árbitro foi repartido pelos alunos: Bruno Vieira (6.ºC); Dário Bernardo (6.ºB); e Tiago Santos (6.ºA). Lamenta-se, este ano, a ausência de turmas do 3.º Ciclo.

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Maio/Junho - Torneio de Basebol 5.º Ano Foram 4 as turmas que se inscreveram neste torneio e aqui fica a respectiva classificação: 1.º lugar - 5.ºD; 2.º lugar - 5.ºC; 3.º lugar - 5.ºF; 4.º lugar - 5.ºB.

Prémio Turma Mais Desportiva Esta “competição” foi criada para incentivar os alunos da Escola a participarem nas actividades desportivas que lhes são propostas e premiar as turmas com melhores resultados. Em cada prova realizada na escola, Corta-Mato, Megas e Interturmas, são atribuídos pontos de acordo com o n.º de participantes da turma e as classificações obtidas por cada aluno. Neste ano, a Turma Mais Desportiva do 2.º Ciclo foi a turma do 5.ºA, que obteve 70 pontos, e do 3.º Ciclo, a turma do 9.ºB, com 67 pontos. No próximo ano haverá mais Desporto Escolar! Boas Férias com muito DESPORTO! Prof. Susana Alho


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Encontro Final Escola Activa Neste evento, os alunos, cerca de 210, tiveram a oportunidade de realizar diversos jogos e actividades físicas, no âmbito das diversas áreas do seu programa de Educação Física, como, por exemplo, deslocamentos e equilíbrios, manipulação de objectos, jogos de luta/ Realizou-se no passado dia 13 de oposição e actividades rítmicas e Junho, na parte da manhã, o Encontro expressivas. Final do Projecto Escola Activa. O Senhor Director Regional de Este projecto pretende promover um movimento interno de dinamização das comunidades escolar e educativa em torno de hábitos de vida saudável, não só para prevenção e combate à obesidade mas principalmente para criação na Escola de uma cultura próactiva de intervenção comunitária, a fim de melhorar a qualidade de vida dos alunos e de toda a comunidade educativa.

Educação e o Coordenador do Projecto no Algarve fizeram questão de nos brindar com a sua presença e ficaram encantados com o entusiasmo dos alunos. Parabéns aos alunos, pais, professores e técnicos da Autarquia, pois só com o empenho de todos foi possível a realização deste “Mega Evento”. Prof. Susana Alho

Projecto Turma Amiga

No dia 17 de Junho, a turma da sala 3 do Jardim de Infância da Educadora Isabel Reis deslocou-se à nossa escola para participar numa aula de Educação Física promovida pela turma do 5.ºD.

Estas turmas são “turmas amigas” exterior. Os alunos gostaram muito desde o passado ano lectivo e, desta desta experiência e querem repeti-la. Prof. Susana Alho forma, puderam reencontrar-se. Todos os alunos participaram nas actividades com muito entusiasmo, principalmente os alunos mais novos, que ficaram deslumbrados com a grandeza do espaço


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Parceria Gastronómica

“Esta parceria

No último sábado de cada mês assistimos a uma parceria entre o nosso Agrupamento e a Autarquia de S. Brás de Alportel no Mercado Municipal. Quem visitou esse local pôde assistir a grandes Chefs a efectuarem demonstrações da confecção de vários pratos com a ajuda dos nossos formandos do Curso CEF de Cozinha.

Neste evento participou também o nosso professor do CEF de Bar e Mesa, Renato Pires, que elaborou alguns cocktails que foram experimentados e muito apreciados pelos visitantes.

foi muito importante para a turma CEF de Cozinha porque permitiu aos alunos um maior contacto com o público e com a prática de um profissional de cozinha.”

O Chef Valdemar Guerreiro trouxe-nos o sabor colorido da América Latina e o Rogério Martinho, com um ar muito profissional, efectuou todas as tarefas solicitadas. O Chef Bruno Rocha trouxe o Deolindo, cozinheiro no Hotel Tivoli Vitória e o Chefe de Sala do mesmo hotel, num ambien-

tração e esmero. Os ritmos e sabores de África estiveram presentes com o Chef José Niza e, nesta ocasião, foi o Tomás Silva que deu o seu contributo.

A culminar esta parceria saborosa e cheirosa nada melhor que ter o Chef Ricardo Bernardo e os seus dois formandos, Guilherme Jesus e Rogério Martinho, a explorar os sabores do Alentejo.

te muito sofisticado foram elaboradas iguarias requintadas, o nosso Milton Correia colaborou com muita concen-

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Esta parceria foi muito importante para a turma CEF de Cozinha porque permitiu aos alunos um maior contacto com o público e com a prática de um profissional de cozinha.

Todos os intervenientes da turma agradecem o apoio e o carinho manifestado pela Senhora Vereadora Marlene Guerreiro. Coordenadora do CEF de Cozinha, Prof. Paula Nascimento


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Espaço aberto à criação literária e artística dos alunos

Escola lança mais um volume Nos Passos de Bernardo Na Feira do Livro, organizada pela Rede de Bibliotecas de S. Brás de Alportel, a Escola Poeta Bernardo de Passos lançou o 8.º volume do sobejamente conhecido livro de poesia, “Nos Passos de Bernardo”.

Nesta publicação anual, os alunos do 2.º e 3.º Ciclos vêem editados os seus poemas criados nas aulas de Oficina de Escrita. As temáticas são seleccionadas pelos próprios autores e correspondem aos seus interesses: vão desde a própria arte de escrever poesia aos sonhos profissionais, da amizade à vida, passando sempre pelo tema do amor. Como acontece desde o 1.º volume, esta última publicação contou com a participação de ainda mais alunos, pelo que colige o maior número de poemas de sempre.

Já na Feira do Livro, o momento de lançamento do livro “Nos Passos de Bernardo” ficou marcado por uma pequena actuação em palco encenada pelos alunos do 8.ºA, nas aulas de Língua Portuguesa. A breve representação teatral, onde os alunos superaram o seu nervosismo, exibiu um momento de mímica que remeteu a criação poética, desde o acto de escrita até à fase de publicação em livro. No final, a bela voz da aluna Inês Cruz, acompanhada à guitarra pelos colegas Ana Beatriz Teixeira e Cristiano Lopes, fez a apologia da leitura e da escrita de poesia durante os tempos livres dos jovens. A letra desta canção, da autoria dos alunos do 8.ºA, encaixou perfeitamente na música da canção “The lazy song”, de Bruno Mars.

Canção Hoje nada vou fazer! Eu só quero ler e escrever. Poesia, vem aqui, que eu preciso muito de ti. Hoje nada vou fazer! Texto, hei-de publicar-te num livro muito conhecido: “Nos Passos de Bernardo” é arte! E eu conto sempre contigo. Texto, hei-de publicar-te! Alunos do 8.ºA

De facto, o empenho de todos os envolvidos (incluindo a assistência repleta de pequenos poetas e não só) resultou num bonito momento de divulgação e homenagem a este livro de poesia. Só por si, esta colecção, que já se vai aproximando do 10.º volume, constitui uma merecida homenagem ao patrono da nossa escola. Prof. Carla Mateus


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IX Concurso Literário de Prosa

TEMA: COMO EU VEJO O NOSSO MUNDO 2.º Ciclo 1.º Prémio

"São Brás de Alportel, 17 de Setembro de 2143 “Aqueles cheiros da natureza... aquela liberdade de brincar na rua, sem fatos protectores e sem máscaras de oxigénio, poder abrir as janelas… acho que isso devia ser mesmo bom.”

Querido Ciber-diário, Hoje tive que ficar todo o dia no nosso habitáculo porque deixei passar a data de validade do meu fato anti-radioactivo, por isso não pude sair. De manhã, fiquei um bom bocado a relaxar dentro do higienorífico mas depois tive mesmo que ir estudar para a infoteca porque o rôboteacher é implacável. Na parte da tarde, depois do intervalo para hidratação e nutrição, fui para a sala e estendi-me na minha rede magnética, de frente para o grande ecrã panorâmico, fiquei imenso tempo a observar o tráfego imparável dos aeromobiles que cruzavam o ar cinzento em todas as direções, uns mais altos, outros mais baixos, mas todos super-rápidos. Então, resolvi ir espreitar a minha avó, encontrei-a a olhar para uns textos impressos num material frágil e amarelado. A avó disse que era papel e que não estavam impressos, tinham sido escritos manualmente, o mais antigo com uma pena molhada em tinta e os outros com uma caneta (que

nome tão estranho!). A avó explicou que, quando ela era jovem, ainda havia muitas árvores e com elas fazia-se o tal papel, era aí que as pessoas registavam os seus textos, cálculos ou desenhos. Ela também me falou dos frutos que as árvores tinham e que as pessoas comiam, aliás as pessoas também comiam animais. Eu já tinha estudado isso mas pensei que tinha sido há mais tempo. Nós agora só temos que nos sentar na sala de hidratação/ nutrição, pousar os pulsos em cima dos sensores, na mesa, e o computador satisfaz as nossas necessidades energéticas. A avó diz que é por isso que os jovens agora têm os dentes tão pequenos, porque já não é preciso mastigar. Sinceramente, sempre achei nojento isso de comer animais assados e mastigar, mas hoje, depois de ter lido aquelas páginas escritas pelas minhas tetra, tetra, tetra, hipertetravós, fiquei curiosa. Aqueles cheiros da natureza... aquela liberdade de brincar na rua, sem fatos protectores e sem máscaras de oxigénio, poder abrir as janelas... acho que isso devia ser mesmo bom. E a paisagem, a paisagem que as

pessoas antigas descrevem, de certeza que o mundo era mais bonito do que com estes arranhacéus sem fim que fazem sombra uns aos outros. Pensando bem, eu nem sei o que é o nascer ou o pôr-do-sol. Hoje em dia, nós vivemos sempre com luz artificial. E estar em São Brás, em Lisboa, em Madrid ou em Nova Iorque é a mesma coisa, porque a paisagem "não existe", o planeta está coberto de prédios, pontes, estradas e fábricas. A minha avó contou-me também que antigamente todos tinham um nome, ela era Carolina Silvas, é dessa palavra, Silvas, que vem a minha identificação "SLVS". Quando a minha mãe nasceu, já ninguém perdia tempo com nomes para bebés. A avó gostava de lhe ter dado o nome de uma familiar muito antiga, Clara Silvas, mas foi obrigada a aceitar o sistema actual. Assim, a minha mãe é apenas F.PT769//SLVS, o F de feminino e PT é a nacionalidade, de resto é só um número como eu e toda a gente."

Sol, nunca viram o verde da floresta, nem nunca viram um resto de azul no céu, nas noites de Verão. Todavia, apesar de não pensarmos nessas coisas não quer dizer que não existam. Há pessoas que nunca tiveram nem nunca terão essa oportunidade, a oportunidade de ver o Mundo tal como ele é. Existia uma rapariga assim.

Não conseguia ver... Ela passava e as pessoas empurravam-na, fingindo que estava tudo bem e que era simplesmente uma pessoa normal como as outras todas. Um dia, estavam na rua a fazer um inquérito sobre a vida de hoje e a crise no Mundo. Como sempre, as pessoas andavam numa correria, cada uma para seu lado, ignorantes.

F.PT770//SLVS Inana Wolfsdorf, 6.ºB

“Há pessoas que nunca tiveram nem nunca terão (…) a oportunidade de ver o Mundo tal como ele é. ”

2.º Prémio Penso que toda a gente vê o Mundo de maneira diferente. Algumas pessoas só vêem o que querem, outras vêem a realidade, mas há ainda outras pessoas que nem sequer têm a possibilidade de desfrutar deste nosso Mundo, por mais horrendo e ignorante que seja! Não nos apercebemos de que existem pessoas no Mundo que nunca viram o nascer do

PASSOS


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Uma mulher, meio disparatada, foi ter com a pobre rapariga, não se dando conta que esta era cega. Pegou-lhe na mão e disse: - Venha responder a um pequeno inquérito! Não dando tempo para a rapariga argumentar, pegou num papel e começou a escrever, fazendo outra pergunta:

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- Como se chama? - Chamo-me Rosa! – respondeu a rapariga ainda um pouco confusa. - Agora, basta responder a uma questão. Como vê o seu Mundo? – continuou a mulher. As lágrimas escorreram-lhe pela cara e, com a voz estremecida, respondeu:

- Simplesmente não o vejo! E, tirando os óculos escuros, a rapariga deu a entender à mulher que não era igual aos outros. É por isso que devemos parar por uns instantes e olhar à nossa volta para ver que o nosso Mundo já não é o que era!

que o planeta está sujeito diariamente. Este facto leva-me a concluir que a mudança está nas nossas mãos e, se não reunirmos esforços e cuidarmos urgentemente do nosso planeta, vamos sofrer muito. No entanto, isso implica a mudança radical de hábitos e conceitos dos cidadãos, para salvar o que ainda nos resta – a vida. Ser cidadão é viver em sociedade, e viver em sociedade é participar activamente com consciência dos direitos e deveres, é lutar por um Mundo mais justo e sem desigualdades. Ser Cidadão do Mundo é participar em desafios que devem alimentar as nossas esperanças, vivências e aprendizagens de modo a que nos permitam sonhar com um futuro melhor, com tolerância e solidariedade. É saber viver e conviver com os outros, abraçando projectos e criando iniciativas com objectivos num tra-

balho permanente, aprendendo a dialogar, a reflectir e agir, naquilo a que chamamos VIVER. Contribuir para a evolução positiva e formação de um Mundo mais aprazível passa sobretudo por ser responsável e solidário, preservar o meio ambiente, a natureza, os animais e nunca descuidar o respeito pelo próximo, construindo a paz e, acima de tudo, estar consciente de cada atitude, colaborando para a construção de um Mundo melhor, fundamentado em valores e princípios éticos. Todos os dias convivemos com pessoas desiguais, mas entre todas as diferenças existe algo em comum – somos seres humanos e cidadãos do Mundo!

3.º Prémio O nosso Mundo poderia ser um Planeta Azul lindíssimo, se não fosse a ambição desmedida dos homens. O Mundo não pode mudar enquanto não mudarem as mentalidades. Enquanto houver exploração infantil, fome, guerra, violência, destruição de paisagens naturais, do ambiente em geral e, principalmente, a perda de valores essenciais à educação e formação do ser humano, entre outros, não podemos esperar atitudes dignamente positivas do ser humano. Só agora é que a maioria dos seres humanos se começou a consciencializar do que está a acontecer ao planeta. Entre outros factos, um que muito me preocupa é a destruição das florestas, o que compromete a qualidade do próprio ar de que necessitamos para viver, agravado, ainda, pela drástica poluição a

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Roksolana Zaritska, 6.ºD

Nádia Adriano, 6.ºD

3.º Ciclo 1.º Prémio Era sábado à tarde. O sol entrava pela persiana partida do quarto, trazia com ele o tempo e o sabor amargo da vida. Eu estava sentado na beira da cama, velha e enferrujada. Era o quarto do meu avô, há anos que não vivia ali ninguém para além do tempo que entrava pela janela sem permissão. Apoderou-se das memórias e das pessoas presas em molduras de madeira desgastada. Roubou a felicidade e escondeu-a. Pouca gente se lembra dela e quase mais ninguém a viu. Quando senti o amargo da vida a arranhar-me a garganta e a esmagar o meu coração, abri os olhos e levantei-me. Vagueei pelo quarto à espera de poder encontrar o tempo. O tempo que tão mal tinha feito às pessoas presas nas molduras e àquela casa. O tempo e o

Preço da Felicidade

dinheiro com que as pessoas tentavam comprar a felicidade e que, sem darem por isso, as tinha afastado dela. As minhas mãos iam tacteando cada centímetro daquela divisão, enquanto os meus olhos brilhavam ao ver o baú do meu avô, que eu desde pequeno sonhava abrir. Procurei a chave, sem saber qual abria o baú. Acabei por pegar numa que se assemelhava a um coração. Os meus olhos brilharam intensamente ao descobrir que tinha acertado na chave. Por fim, abri o baú. Carreguei-o para cima da mesa, com as duas mãos. Era leve mas ao mesmo tempo pesado, pesado de felicidade, de humildade, de modéstia. Um sorriso cresceu nos meus lábios ao encontrar apenas dois brinquedos. Lembrava-me do meu avô e do que ele me dizia sem-

pre que me via com um brinquedo em cada mão: “Meu filho, há pessoas com tão pouco e nós nunca nos contentamos com o muito que temos.” Sorri, também porque sabia que se abrisse o baú em miúdo teria ficado desiludido. Na época eu sabia de cor os anúncios publicitários dos brinquedos na televisão e tinha ouvido os adultos dizerem quão importante era ter bens materiais. Naquele momento, desejei poder estalar os dedos e mudar o mundo. Ter o poder de, com um simples brinquedo de madeira, oferecer às crianças um enorme sorriso. Depois, dei razão ao meu avô e tive pena que ele não continuasse comigo para que, juntos, pudéssemos mudar a sociedade, o mundo e o sabor amargo da vida. Rafael Guerreiro, 9.ºB


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“(…) somos (…) seres dispostos a viver tudo aquilo que a vida tem para nos dar.”

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2.º Prémio Somos seres humanos, nascemos, crescemos e morremos. Deixamos tudo por amor e não ligamos ao resto. Erramos mas mesmo assim não somos capazes de admitir os nossos erros. Dizemos que não quando sabemos que a verdade é sim. Prometemos algo que sabemos logo à partida que não vamos cumprir. Não ligamos ao que nos dizem mesmo quando sabemos que têm razão. Fugimos para não termos de enfrentar os nossos problemas. Não aceitamos um “não” como resposta. Modificamos o nosso aspecto para agradarmos a quem não interessa. Preocupamo-nos com o que pensam de nós em vez de nos preocuparmos com aquilo

3.º Prémio Todos nós vivemos num enorme balão azul, com tanta energia que nunca pára, um simples brinquedo num enorme manto negro desconhecido.

“(…) a história não se faz, vive-se.”

Este balão é o que nós chamamos de Terra e é onde se situa a nossa casa, construída nos confins da Serra do Caldeirão, numa pequena e singela aldeia, nada mais, onde todos se conhecem e eu não conheço ninguém. Porém, reconheço-os se os vir na rua. Dei a todos um nome, uma identificação fictícia mas, na verdade, não sei quem são. Também eles não me conhecem, realmente ninguém conhece o seu próximo, como ele é.

PASSOS

que realmente somos. Tentamos encaixar-nos em moldes que fazem para nós. Rimos quando na verdade nos apetece chorar. Escondemos sentimentos e não mostramos o nosso ponto fraco. Pensamos que só as coisas superficiais importam. Julgamos as pessoas sem as conhecermos. Somos capazes de identificar o mais pequeno erro ou defeito. Criticamos o certo e aplaudimos o errado. Queremos sempre mais e mais. Exigimos o que não nos podem dar. Queremos atingir a perfeição, custe o que custar. E, por vezes, podemos até pensar que somos defeituosos em todos os aspectos, mas na

verdade não, na verdade somos seres humanos, somos verdadeiras provas da vida, seres feitos para errar, seres feitos para testar capacidades, seres feitos para o bem e para o mal, seres capazes de matar e de amar, seres conscientes e determinados, seres incompletos e diferentes, seres inteligentes, mas acima de tudo seres dispostos a viver tudo aquilo que a vida tem para nos dar. Como é que eu vejo o nosso mundo? Não sei, apenas percebi que o mundo não passa do lugar onde nascemos, crescemos e morremos, e que o nosso mundo somos nós. Carolina Pinto, 9.ºA

O eterno movimento do Mundo Sinto que afinal vivo numa cidade onde cada pessoa é só mais um elemento, onde uma multidão se encontra diariamente, se cruza nas ruas, no metro, nas lojas, mas nunca se chega a conhecer, nem repara na pessoa que, no cinema, está sentada mesmo ao lado. Cada filme é baseado numa vida, sendo que a cena para todas elas é o Mundo. Milhões de histórias, biliões de pessoas, um único cenário. O Mundo sabe tudo, até quando irá acabar, mas a sua história não, nunca mudará. Um dia ou outro, tudo será esquecido, nada ou ninguém é importante o suficiente para ser relembrado toda a eternidade.

O Universo não tem uma história, porém muitas. Achamos que sabemos qual é, que só nós fazemos história. Contudo, a história não se faz, vive -se. O mundo é o nosso lar, protege-nos mas, como tudo, temos de o deixar, um dia. Neste lugar que consideramos seguro e só nosso não poderemos permanecer para sempre, num instante partimos para um lugar incerto, porque cheio de enigmas. Este nosso cantinho e o que está para além dele, por muito que já se conheça, continuam a ser um segredo, um mistério para todos nós. Valerie Spitaels, 9.ºE


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Espaço dedicado ao relato das visitas de alunos e professores

Visita de Estudo ao Mosteiro dos Jerónimos e ao Palácio de Queluz Aos quatro dias do mês de Março do ano de dois mil e onze, partimos desta nossa querida vila de São Brás de Alportel com destino à capital, a nobre cidade de Lisboa. Após uma viagem de três horas e meia, pelas modernas vias do século XX, chegámos ao sítio de Belém. À nossa frente encontra-se o Mosteiro dos Jerónimos (ou Mosteiro de Santa Maria de Belém) mandado construir por el-rei D. Manuel I, em 1501. Tem por isso quase 500 anos. Aqui viveram os monges da ordem de S. Jerónimo até ao ano de 1833, altura em que foi decretada uma lei que os obrigou a sair deste Mosteiro. A nossa visita iniciou-se pela Porta Principal da igreja, onde pudemos observar as estátuas orantes dos reis fundadores, com suas respectivas insígnias e seus santos patronos: do lado esquerdo D. Manuel I e atrás, de pé, São Jerónimo, do lado direito, a rainha D. Maria, sua segunda mulher, e São João Baptista. Ao entrarmos na igreja, encontrámos dois belos túmulos, ricamente decorados. À esquerda, o túmulo de Vasco de Gama, navegador português que, a mando do rei D. Manuel I, saiu de Belém com uma armada de três naus e chegou pela primeira vez por mar à Índia, no ano de 1498. À direita, o túmulo de Luís de Camões, poeta português que viveu na época dos Descobrimentos e escre-

veu "Os Lusíadas", versos que descrevem a viagem de Vasco da Gama até à Índia e contam a História de Portugal, até ao reinado de D. Sebastião. Percorremos depois a Nave Central da igreja, onde nos sentámos por uns instantes nos bancos da frente e, olhando à nossa volta, pudemos reparar na largura e altura das colunas e como estão tão trabalhadas. Observámos encantados para os belos vitrais das grandes janelas, à nossa direita. Dirigimo-nos mais para o interior da igreja para ver a capela-mor e a sua alta abóbada. Aqui encontrámos os túmulos de D. Manuel I e de D. João III e respectivas mulheres, assentes sobre elefantes de mármore. Saímos da igreja e seguimos em direcção ao Claustro do mosteiro. Era aqui que os monges passavam parte do seu tempo a ler, meditar e a rezar. Este espaço era muito silencioso, calmo e, naquele tempo, ninguém mais aqui podia entrar. Olhando para cima, pudemos ver nas abóbadas os símbolos da arte manuelina que nos fazem lembrar a época dos Descobrimentos e o poder do rei: esferas armilares, cruzes da Ordem Militar de Cristo, o escudo do rei, cordas, plantas e animais de outras terras. Parámos junto à Fonte do Leão. Noutros tempos, os monges lavavam aqui as mãos antes de se dirigirem para o Refeitório, onde tomavam as suas

refeições. Seguindo a tradição, todos quisemos colocar a mão na pata do leão e pensar num desejo secreto... Entrámos na Sala do Refeitório. Era neste espaço que os monges comiam em silêncio enquanto ouviam as leituras feitas em voz alta por um deles. Nas paredes desta sala estão colocados painéis de azulejos que contam cenas da vida de José no Egipto (uma das histórias do Antigo Testamento). Fomos visitar ainda a Sala do Capítulo que servia para os monges se reunirem, falarem dos seus problemas e lerem capítulos da Bíblia. Ao centro está colocado o túmulo de um escritor do século XIX chamado Alexandre Herculano. Subimos, depois, por uma escadaria até ao Coro-Alto. Era neste local que os monges rezavam e cantavam em coro. Aqui os monges passavam 7 horas em oração, repartidas ao longo do dia. Às vezes rezavam em pé e quando se sentiam cansados, apoiavam-se nas misericórdias do cadeiral. Ainda no Coro-Alto, observámos uma imagem de Cristo Crucificado. Descemos a escadaria e saímos para o exterior do mosteiro. Fomos, por fim, ver a Porta Sul, onde pudemos observar a rica decoração desse pórtico manuelino. Já com a barriga a dar horas...


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almoçámos nos jardins fronteiros ao mosteiro, misturando-nos com os muitos visitantes que aí merendavam.

Jardim de Belém

“(…) tivemos oportunidade de “ver” ao vivo alguns temas que estudámos nas aulas de História e Geografia de Portugal.!”

Música e canto

Após o almoço, partimos para o Palácio de Queluz, segunda etapa da nossa visita de estudo. Com a ajuda de uma simpática guia fizemos uma “exploração orientada ao percurso interior do palácio, sobre o período áureo do Palácio de Queluz e o quotidiano da corte de D. Maria I”. A visita teve início na Sala do Trono, onde, sentados no chão, escutámos a guia a contar-nos um pouco da história do palácio e dos seus proprietários. Passámos, depois, pela Sala da Música, onde se realizavam os serões musicais naquela época. Continuámos a visita, entrando na Capela do palácio, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Queluz.

Entrámos, depois, na Sala do Toucador. Aqui, vinda do interior de outro aposento, apareceu uma “princesa” que nos foi mostrando algumas das diversas peças de vestuário usadas pela nobreza no século XVIII. Ficámos, assim, a conhecer melhor a complexa toilette daqueles tempos. Passámos ao Quarto Dom Quixote, onde observámos mais algumas das belas e ricas peças de mobiliário que recheiam todo o palácio. Na Sala das Merendas, aposento onde entrámos a seguir, fomos surpreendidos com a presença do “cozinheiro do palácio” que tratou logo de convidar três dos nossos colegas para o ajudarem na preparação do jantar real... De uma forma muita divertida aprendemos como eram muitos e variados os pratos que se serviam diariamente na corte de D. Maria I. De seguida, fomos levados para uma ala do palácio, onde percorremos várias dependências de pequenas dimensões, onde se situavam outrora os aposentos de D. Maria Francis-

ca Benedita, princesa do Brasil, irmã mais nova da rainha D. Maria I. Na Sala do Fumo, esperavam-nos um músico e uma cantora que interpretaram duas peças musicais do século XVIII. Passámos pelo Corredor das Mangas, onde observámos lindos painéis de azulejos com a representação das estações do ano, dos continentes e cenas de caça. Aqui também pudemos ver um pequeno coche. Entrámos, por fim, na Sala dos Embaixadores, onde assistimos a um baile palaciano. Concluída a visita ao interior do palácio, ainda visitámos o seu belo jardim. Gostámos muito desta visita de estudo. Para além do convívio com os colegas e professores, tivemos oportunidade de “ver” ao vivo alguns temas que estudámos nas aulas de História e Geografia de Portugal. 5.ºD, 6.ºE, Prof. Carlos Antunes

Oceano de Valores, Oceano de Amizades… No dia 14 de Abril lá estávamos nós ansiosos e entusiasmados com a partida para o Brasil. Depois de uma viagem maravilhosa, sem imprevistos, aterrámos no aeroporto de Fortaleza. À nossa espera estavam as professoras e algumas mães que nos receberam com muito carinho e alegria, tal como no resto da viagem. Estávamos estoirados e cheios de calor, ansiosos por um banho quente e umas belas horas de sono. Banho quenPASSOS

te?! Só havia água fria e foi com essa que o tomámos… À nossa espera estavam também alguns animaizinhos: sapos, lagartixas, osgas e aranhas. Havia até sapos no chuveiro! À porta dos quartos, no SESC, estava uma fotografia de todos nós, a dar-nos as boasvindas. Caímos na cama e assim ficámos até ao dia seguinte… Na manhã seguinte, acordámos por volta das sete da manhã e tomámos o pequeno-almoço no SESC (muita fruta, muitos sumos naturais, muita tapioca saboro-

sa…). Dirigimo-nos ao colégio, no autocarro conduzido pelo Sr. Sérgio, que nos aturou durante dez dias inesquecíveis, e chegámos ao colégio. Fomos recebidos por uma calorosa salva de palmas e sentimos logo uma grande simpatia e animação da parte deles. Deram-nos uns coletes, que usámos praticamente todos os dias, para nos identificarem melhor e saberem que se tratava de um intercâmbio escolar, o que provocou a curiosidade de outras pessoas, pois fomos abordados


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várias vezes sobre esse mesmo tema. Nesse dia visitámos a Fábrica Fortaleza, que é a maior fábrica de biscoitos do Brasil. A fábrica despertou a curiosidade especialmente nos mais novos, que fizeram várias perguntas sobre o fabrico dos biscoitos e do macarrão. À tarde houve jogos no Colégio Cícero Nogueira, onde desenvolvemos o espírito de equipa e, quando terminámos, fomos ao Habib’s, que é um restaurante onde servem deliciosos pastéis e minipizzas. Lá, dançámos e jantámos. Foi super divertido. Quando chegámos ao SESC, tomámos um banho de piscina, à noite, e divertimonos imenso, como em toda a viagem. Caímos na cama novamente e assim ficámos… No sábado fomos visitar o Mosteiro dos Jesuítas e Redenção. No Mosteiro, vimos tudo o que os jesuítas construíram e a magnífica vista do mesmo. Almoçámos lá e à tarde fomos visitar Redenção, a primeira fazenda no Brasil a libertar os escravos. Assim que entrámos, o guia recebeu-nos com muita simpatia e algumas piadas. Fomos visitar a senzala, onde havia dois a três… mil morcegos. Aí, as meninas morreram de medo! Tudo isto sempre com a boa disposição dos professores, pais e alunos. Despachámo-nos rapidamente e fomos até ao Colégio. Estavam todos à nossa espera (como sempre, risos) e foram supersimpáticos. Os nossos amigos brasileiros, prepararam várias apresentações para nós: músicas, peças de teatro, declamações… Depois de jantarmos, ficámos a conviver com os alunos… Eles acharam-nos lindos e simpáticos. Tirámos imensas fotos para mais tarde recordar… Que noite maravilhosa!

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compras e mais compras… Foi um bom dia, onde pudemos observar a magnífica Natumas cansativo, claro! reza. Foi um dia muito bem passado, no Na segunda-feira, fomos visitar a 10.ª meio de todas aquelas diversões, apesar da Região Militar, a Catedral e o Mercado chuva torrencial… Ao anoitecer, dirigimoCentral, no centro da cidade. Na 10.ª -nos ao Sítio do Sr. Odilon e da Prof. Evídia, Região Militar, ouvimos o Major a explicar- onde íamos dormir a última noite -nos o que tinha acontecido naquele lugar, a (pensávamos nós…). Ao chegar lá, tínhachegada dos holandeses e dos portugue- mos à nossa espera uma diversidade enorses... De seguida, vimos a Catedral. É enor- me de bichos como baratas, aranhas… que me e tem vitrais magníficos, e maravilhosa- insistiam em fazer-nos companhia. Depois mente bem feitos. Ficámos encantados! De de muitas trocas e baldrocas, acabámos a seguida, fomos até ao Mercado Central, que dormir três numa rede e lá “dormimos” o tem 5 andares de artesanato. Lá, almoçá- resto da noite… mos e fizemos o resto das compras para amigos e familiares. No caminho, tivemos de parar no Centro de Saúde, pois a Rita tinha uma picada enorme e estava a alastrar. Após ter levado uma injecção, ficou tudo bem… Depois de uma visita à Auto Viação São José, preparámo-nos para a grande noite no Pirata Bar. Divertimo-nos imenso e aprendemos (risos) a dançar forró. Os mais novos adormeceram e nós e os adultos dançámos até não poder mais. O dia seguinte foi passado no Beach Park e ainda demos um mergulho na Praia Porto das Dunas. Foi um dia superdivertido mas, ao mesmo tempo, cansativo. À noite, nós fomos ao shopping com a Camila e uma amiga; os pais, professores e alunos mais novos, foram à Feirinha da Beira Mar… Divertimo-nos imenso nessa noite e ensinámos muita coisa à Camila (risos)! Na quarta-feira, visitámos o Dragão do Mar, e lá havia várias exposições: a do Vaqueiro e a do Brinquedo. Antes das exposições, estivemos no Planetário. Assistimos a uma sessão interessantíssima sobre o Sistema Solar. Depois disso, vimos as exposições. Ambas muito interessantes! Neste mesmo dia, ainda fomos ao Colégio assistir à Peça “Paixão de Cristo”, dramatizada pelo grupo de Teatro do CCN. Foi uma peça muito emocionante, tal como a noite, pois começaram as despedidas e, junto delas, as lágrimas a cair pelo rosto de todos. Foi deveras difícil, mas sabíamos que ia ser assim, tínhamos de nos despedir mais tarde ou mais cedo. Nesse dia despedimo-nos também da Camila, mais um momento difícil… Encharcados em lágrimas, voltámos para o SESC, onde íamos passar a nossa última noite.

O despertador tocou à mesma hora. Depois de comer, fomos em direcção ao Parque do Cocó, que é o pulmão da cidade de Fortaleza, um parque onde a natureza nos esmaga. Os espaços naturais a contrastar com os espaços urbanos. Magnífico, ficámos completamente encantados! Quando terminámos, fomos almoçar ao Clube dos Portugueses. Foi interessante ver um espaço dedicado ao nosso povo, num país que não é o nosso. Divertimo-nos imenso na piscina do clube. Passámos o resto da tarde no SESC, onde tivemos um bom momento na piscina, a De manhã, metemos as malas no autocontar anedotas e a exercitar os músculos carro e fomos em direcção ao Ypark faciais (risos). Depois de termos a barriga (Museu da cachaça e parque radical). Lá cheia, fomos à Feirinha da Beira Mar, só encontrámos uma paisagem arrebatadora,

Acordámos bem cedo e f om os para Beberibe, onde íamos fazer o passeio de Buggy. Chegámos lá, dividimo-nos em grupos de quatro e separámo-nos pelos buggies. Durante todo o passeio, vimos praias lindas e fizemos várias paragens, para nadar durante um pouco no mar morno, tomar um banho de água doce na lagoa e comer qualquer coisa… Após a manhã no passeio, a apanhar sol e a ver todas as praias magníficas, regressámos ao Sítio da Prof. Evídia. Supostamente, era o dia de partida para Portugal… Mas não! Houve um problema com o nosso voo. Entre telefonemas, idas ao aeroporto e carradas de stresse, conseguimos o voo para Lisboa, via Recife. Tentámos aliviar o stresse, jogando cartas e conversando. No dia seguinte, estaria tudo bem… Acordámos bem cedo e fomos até ao aeroporto. Lá, foi rápido até apanharmos o voo para Recife, e aqui é que a espera foi maior: 11 horas! O voo correu bem e até passou rapidamente, pois dormimos quase toda a viagem… Quando chegámos a Lisboa, fomos de autocarro até São Brás de Alportel, onde estavam todos os familiares à nossa espera. Já tínhamos saudades… Apesar de todas as adversidades, esta será uma viagem que ficará para sempre na nossa memória, pelos momentos, pelos lugares e pelas pessoas inesquecíveis. Ficarão lembrados os risos, os choros, as partilhas e as fotos. Ficará recordado na nossa memória um Oceano de Valores, um Oceano de Trocas, um Oceano de Sabedoria e sobretudo, um Oceano de Amizades e Lembranças… Beijos a todos os novos amigos! Ana Gonçalves, Dinis Rosa, Joana Maroco, Rafael Guerreiro, Rita Oliveira, Vera Sancho, Prof. Maria João Carvalho


PASSOS RECONHECIDOS PELO MÉRITO PARABÉNS a todos os alunos que, neste ano lectivo, integraram os QUADROS DE EXCELÊNCIA e VALOR do Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas! PARABÉNS também aos pais e professores! Quadro de Excelência (43 alunos) Quadro de Excelência

Quadro de Excelência

2.º Ciclo

3.º Ciclo

E. Secundário

5.º Ano

7.º Ano

10.º Ano

David Ferreira (Turma F)

Carolina Viegas (B)

Catarina Negrão Gago (A)

Diogo Moleiro (C)

Catarina Moleiro (B)

11.º Ano

Diogo Rodrigues (A)

Cláudia Cabrita (C)

Marcos Lopes (A)

Diogo Silva (F)

Diogo Eusébio (E)

Marília Martins (B)

Gonçalo Viegas (E)

Filipa Dias (E)

12.º Ano

Joana Oliveira (C)

Inga Bruhns (D)

Sara Eusébio (A)

João Vargues (D)

Jéssica Anjos (C)

Priscila Reis (F)

Luana Costa (B) Tânia Vaz (E)

6.º Ano André Monteiro (E)

8.º Ano

Beatriz Rosa (B)

Inês Gomes (B)

Carolina Cruz (D)

Ruben Belchior (B)

Catarina Gonçalves (A) Inana Wolfsdorf (B)

9.º Ano

Inês Pereira (A)

Isabel Pimenta (B)

Júlia Conde (C)

João Martins (C)

Laura Nunes (A)

Mara Bruhns (E)

Lúcia Nunes (B)

Rafael Guerreiro (B)

Marta Viegas (E)

Rita Oliveira (B)

Nádia Adriano (D)

Yara Dorsch (C)

Sofia Gomes (B)

Valerie Spitaels (E)

Tiago Agostinho (A)

Quadro de Valor (8 alunos) Artes Cristiano Fernandes (CEF 1.ºB)

Humanidades Laura Dorsch (11.ºC) Lúcia Nunes (6.ºB)

Ciências Ana Francisco (12.ºA) Beatriz Mendoza (12.ºA) Inês Mendonça (12.ºA)

Solidariedade Rute Fernandes (6.ºD)

Solidariedade e Voluntariado Joaquim Gago (11.º PA)

Na PASSOS do próximo Ano, novas pegadas serão reveladas… Colabora!


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