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maio / junho de 2014

Décimo Sexto número do Jornal O Cusco

EDITORIAL Com o Verão à porta e prontinhos para pôr o pezinho na areia da praia, sai mais um número do jornal “o Cusco”. Nesta edição vamos recordar a festa do Agrupamento e as comemorações do 25 de abril. Vamos contar como foram as visitas de estudo no 3º período. Temos poemas e lendas e para quem ainda não resolveu não se esqueçam de resolver o problema do mês. Este número também traz com ele um suplemento a falar-nos sobre o Clube Europeu. Divirtam-se a ler!

N E S T A

E D I Ç Ã O :

Os nossos projetos

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Comemorações do 25 de abril

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Visitas de estudo

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SMS

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Dia da Europa

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Concurso de poesia

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Trabalhar para o boneco

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Ecos

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“A nossa escola faz parte do agrupamento todos os dias levamos a sacola e há sempre muito movimento…”

.”..Hoje é dia de festa! vamos chamar a Bia e dormir uma sesta!...”


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A festa do Agrupamento A festa decorreu num dia cinzento e de chuva. Pela escola havia várias atividades, brincadeiras, concursos, exposições e danças. Havia várias salas: a sala de Português, com jogos, rebuçados, leitura de poemas e entrega de diplomas; a sala de Ciências; as salas de Língua Estrangeira, de História, de Matemática; de Educação Visual e Tecnológica e também havia salas do 1º ciclo. Participei na atividade de orientação com as minhas colegas. No polivalente, houve várias danças, muitas canções e muitas pessoas. Esta festa permite que nós, os alunos, possamos mostrar aos pais os trabalhos que fizemos e, também, matar saudades dos professores do 1º ciclo. Yara Cardoso 6º 1ª

No Centro de Recursos No dia 4 de Abril de 2014, cumprindo a tradição, o Agrupamento de Escolas do Monte da Caparica organizou, na sua sede – a Básica 2,3 do Monte da Caparica, a sua “ Festa do Agrupamento”. Do primeiro ao terceiro ciclos, todos os alunos e professores se empenharam ativamente na dinamização de atividades, desde; exposições, poesias, teatro, a danças. Este ano as atividades, em geral, ficaram condicionadas devido as condições climatéricas que não permitiram a utilização do campo onde, por hábito, se realizam a maior parte das atividades. Não obstante as condicionantes, nos Blocos, onde normalmente decorrem as aulas, as salas serviram para expor/mostrar os trabalhos dos nossos alunos. No Polo Central e no Palco, devidamente preparado para o efeito, os nossos alunos brindaram os pais, encarregados de educação e outras pessoas que nos quiseram honrar com a sua presença com vários tipos de danças minuciosamente coreografadas. No Centro de Recursos, realizaram-se, para o público mais novo – os do 1º ciclo, sucessivas sessões de uma belíssima peça de teatro sobre “O Capuchinho Vermelho” ,interpretada com dedicação e amadorismo emocionado dos nossos alunos do 9º1ª. Para os nossos “pequenotes” convidados, para assistir à peça “Capuchinho Vermelho” foram preparadas deliciosas bolachinhas e frescas limonadas feitas na hora na “Bimby”. Prof. Marcelino Cassamá


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A dança na Ludoteca A dança foi um êxito. Os ensaios foram fantásticos. No princípio da coreografia, estávamos com algumas dificuldades em encontrar os passos certos, mas depois, ao fim de dois ou três ensaios, conseguimos encontrar os passos certos e o resultado ficou fantástico. Quando começámos a ensaiar os primeiros passos, começámos por fazer passos simples e estes, no início, pareciam um pouco complicados, mas conseguimos aprendê-los e executá-los na perfeição. No dia da atuação, havia em certo nervosismo no ar, mas, quando atuámos, fizemos uma bela prestação e executámos os passos da melhor maneira possível. Andreia Amiguinho, 8º 1ª

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Comemorações do 25 de abril No dia 7 de maio, foi apresentada a peça de teatro “O País de Abril” em comemoração do 25 de abril. Esta peça foi criada pela professora Maria e participaram vários alunos da escola, tornando-a ainda mais especial. Durante este dia, o teatro foi apresentado no polivalente da escola em diferentes horários, com diferentes turmas divididas, para que todos pudessem ver e apreciar a peça. Este teatro foi também apresentado em Almada, no Fórum Romeu Correia, e eu fui uma das convidadas para ir ver. Fomos todos de autocarro até lá, os convidados e os atores do teatro. Foi bastante divertido. Adorei ver o teatro e também vê-lo em Almada. Achei muito giro. Para as celebrações do 25 de abril, fizemos também uns cartazes sobre o tema em Design Gráfico com a professora Conceição Marques e o meu cartaz foi um dos escolhidos para ser exposto. Catarina Ferreira, 7º 3ª

“O País de Abril” Caros leitores, Neste texto, que foi escrito pelos atores do teatro Gonçalo Valente e Júlio Pinheiro, vamos contar como foi o teatro deste ano. Tudo começou numa hora de almoço normal. Eu, o Gonçalo, ia para casa quando a professora Maria me chamou e me convidou para participar no teatro. No dia seguinte, falei com o meu colega Júlio para entrar no teatro, pois a professora Maria também queria que ele participasse. Eu, o Júlio, fui apanhado de surpresa, mas aceitei o convite. Na primeira reunião do teatro, estávamos todos nervosos, mas não foi muito difícil, porque apenas lemos o texto, percebemos que tipo de teatro era, decidimos as personagens de cada um. Todos gostaram das personagens que iam representar e da peça em si. A peça era sobre o 25 de abril. O nosso primeiro ensaio correu bem, mas a professora era muito exigente com o nosso tom de voz e os gestos. Com os nervos e com a pressão, a Carla teve alguma dificuldade em interpretar a personagem dela e começou a chorar. Para a acalmar a ela e a todos os outros atores, a professora Maria fez um intervalo. Depois, falou com todos e explicou que quando não estamos a conseguir que o melhor é falarmos com ela e descansar. O teatro é para levar a sério, mas também para nos divertirmos. Ao longo dos ensaios houve mudanças de personagens e também desistências. Como os ensaios eram poucos e o teatro pedia algumas exigências, decidimos vir nas férias da Páscoa ensaiar umas tardes. Os ensaios correram bem, mas era difícil chegar ao último quadro. No último dia, a professora Maria filmou o ensaio para ficarmos com uma recordação de tudo até dos nossos enganos. E nestes dias fui eu quem provocou mais risos pela expressão que eu utilizava: “Não é fácil”. Todos acharam imensa piada à forma como eu dizia e até a professora não resistiu a umas gargalhadas. No último dia, conseguimos ensaiar todos os quadros e em especial a música que íamos cantar no final: “Portugal Ressuscitado.” Mas a canção ainda não estava bem, segundo a nossa encenadora. No ensaio do terceiro período, tivemos a ajuda da professora Conceição Marques e do professor Marco Paulo, para montar cenários e tratar da reprodução audiovisual. Neste mesmo ensaio, tivemos a agradável visita da professora Inês de Castro, que ainda nos contou como foi o dia da “Revolução dos Cravos”. Nesse dia, a professora Maria disse que nós tínhamos evoluído bastante. Chegaram os nervos! Estávamos na semana da apresentação, experimentámos roupas e acessórios e também realizámos o ensaio geral.


O grande dia… É hora de apresentar o teatro! Os nervos aumentavam! Eram dez e meia da manhã e a primeira sessão começou. No fim da primeira apresentação, a professora Maria disse que tínhamos que ser mais rápidos e menos barulhentos na mudança de cenários e da roupa. Como é obvio, não conseguimos, porque ela tornou a repetir as mesmas palavras e que, apesar de tudo, tinha corrido muito bem. As restantes sessões também correram muito bem. No dia seguinte, fomos ao Fórum Romeu Correia, em Almada. Antes de representarmos, assistimos à peça dos alunos do 1ºciclo da Escola da Costa da Caparica. Depois, uma senhora muito simpática levou-nos até aos bastidores, reparámos que eram bem maiores e diferentes dos camarins da nossa escola ,que são improvisados. A peça correu bem mesmo com alguns percalços, mas sem se notarem. Foi uma boa experiência e também aprendemos a ser responsáveis pelas roupas, porque muitas eram emprestadas. De seguida, fomos de autocarro para a escola a cantar a música inventada pelo Júlio, com o som da canção Portugal Ressuscitado: “O Monte unido jamais será vencido”. Só para acrescentar, eu e o Júlio fomos assistentes da professora e carregámos as coisas mais pesadas. Júlio Pinheiro, 8º 2ª Gonçalo Valente, 8º 2ª

Mais uma vez fui convidada a participar no teatro da escola. Pensámos que o teatro ia ser como os outros: engraçado, muito mexido e divertido tal como o teatro de Natal. Afinal, era um teatro sobre o 25 de abril, um teatro triste e calmo. Quando lemos o guião, percebemos que interpretar estas personagens seria giro. Eu fiquei com 4 personagens: três homens, o pai, o camponês, o polícia e uma mulher, a florista. Fazer os papeis dos homens foi muito difícil. Os ensaios foram muito intensos, tínhamos poucas semanas e a professora Maria estava sempre a repetir: “está tudo mal”. Nós até tivemos ensaios nas férias da Páscoa. Apesar do trabalho e da exigência, houve momentos muito engraçados, até riamos uns dos outros. Quando chegou o dia da apresentação da peça na escola, foi uma trapalhada atrás do pano, a correr de um lado para o outro, a trocar cenário e roupa. A professora Conceição, de Design Gráfico, e o Professor Marco ajudaram-nos bastante. Adorei participar no Inter escolas. Esforçamo-nos e correu tudo bem! Joaquina Mendes, 6º 1ª

Olá! Eu sou a Bruna e participei no teatro do 25 de abril. Vou falar um pouco sobre a minha experiência. Nos ensaios do teatro, tínhamos de repetir as falas muitas vezes e a professora era muito rigorosa. É claro que também riamos e brincávamos, mas demos tudo o que podíamos dar para que tudo corresse bem. No teatro, interpretei três personagens, todas elas mulheres: a mãe, a jornalista e a florista. A peça foi triste, porque na altura do 25 de abril as pessoas eram tristes. Fizemos quatro representações, três na escola e outra no Fórum Romeu Correia, onde eu nunca tinha ido para representar. Tínhamos um camarim e um palco grande. Estávamos todos um pouco nervosos pela experiência, mas o teatro correu bem. Já tinha participado em dois teatros anteriores, gostei da experiência e gostava de a voltar a repetir. Bruna Almeida, 6º 2ª


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Visita de Estudo ao Monte Selvagem No dia sete de março, todos os quintos anos da escola foram ao Monte Selvagem. Por volta das nove horas saímos da escola. Quando lá chegámos, lanchámos. A seguir, entrámos no parque e começámos a ver vários animais tais como: zebras, veados, camelos e outros animais incríveis. Nós também andámos num trator e gostámos muito, pois o motorista, ao longo da visita, foi-nos dizendo o nome dos animais que íamos encontrando e explicou-nos tudo sobre eles. Após este percurso, fomos para a quinta, onde tivemos a oportunidade de alimentar os porcos, as galinhas, as ovelhas… Por último, brincámos numa cama elástica e só vos digo que foi o máximo. Eu adorei esta visita! Júlia Almeida, 5º2ª

“Fun” Parque No dia 24 de abril, os 7º anos foram ao 2Fun” Parque. Os professores responsáveis pediram para estarmos no portão às 8:00 e para levarmos lanche e almoço. Como previsto, partimos às 8:00, a pé, até à Arriba Fóssil da Costa da Caparica. Lá começámos a nossa caminhada até à Arriba Fóssil, todos em fila, dois a dois. Alguns professores, no início; outros, no meio, e outros, no fim. Éramos muitos. Pelo caminho falávamos uns com os outros e riamos, e claro, andávamos, ao mesmo tempo. Fomos por caminhos muito estranhos que eu não conhecia, e até atravessámos um pequeno rio, com uma passagem de pedras, improvisado pelo professor Jaime. Quando passámos o rio, um pouco mais à frente, estava um descampado onde parámos para comer o lanche da manhã. Continuámos a nossa caminhada, depois de alguns passos, começámos a ver o mar. Estávamos perto quando começaram a cair algumas gotas de água. Ficámos preocupados! Abrigámo-nos nuns telheiros de uns prédios, porque já chovia bem. Como estava a chover, já não fomos à Arriba e seguimos caminho para o “Fun” Parque, que ficava perto da praia de São João. Quando chegámos, sentámo-nos numas mesas para almoçarmos e depois fomos explorar o “Fun” Parque. Fomos para uns insufláveis. Passado algum tempo, os trabalhadores do parque disseram-nos que podíamos ir para os slides. Havia duas pistas de slides e eram ambas divertidas. Por volta das 16:00, começámos a preparar as nossas malas para regressarmos à escola. Viemos pelo mesmo caminho e chegámos, como previsto, às 17:30. Carolina Magro, 7º 3ª


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SMS: A ESCOLA É FEITA PARA TI E É FEITA POR TI No presente ano letivo, as psicólogas do Serviço de Psicologia e Orientação da escola desenvolveram, junto dos alunos do 7º ano, sessões de reflexão sobre vários temas. Um dos temas abordados foi a escola, a sua importância e como melhorar a participação dos alunos. Neste âmbito, foi proposto aos alunos o desenvolvimento de um conjunto de atividades onde se inclui aquela que agora se apresenta. Foi distribuído aos alunos um SMS imaginário, pedindo-lhes uma resposta ou comentário. Recebemos um sem número de respostas interessantes, mas o reduzido espaço disponível obrigounos a seleccionar apenas algumas destas respostas que partilhamos neste jornal.

SMS: Quando acordo de manhã não me apetece ir à escola Resposta: Deves ir à escola para aprenderes coisas novas que nunca saberias e para teres uma boa vida quando te formares. Filipa, 7º 2

SMS: Só vou à escola para a minha mãe não ficar triste. Resposta: A escola é essencial para a nossa vida:/ Érica Santos, 7º 1

A todos os alunos e Diretores de Turma do 7º ano agradecemos a participação neste projeto.

SMS: Tenho dois irmãos: o João acabou um curso de informática e já está a trabalhar; a Catarina faltava muito às aulas, não acabou a escola e agora não consegue encontrar trabalho. Resposta: Devemos ajudá-la a regressar à escola e aos estudos, porque ela perdeu muitas aulas que, se calhar, eram importantes. Podemos dar-lhe as matérias que ela não apanhou. Assim, ela pode ter mais hipóteses de encontrar um emprego. Marcelo Tavares, 7º 5

SMS: Este ano estou a achar a matéria muito difícil e penso que não vou conseguir passar o ano! Resposta: Tenta estudar mais um pouco de cada matéria e concentra-te mais nas aulas. Não penses tanto no futuro. Bruna Santos, 7º 1

SMS: Não consigo aprender nada porque os meus colegas de turma fazem muito barulho Resposta: Tenta não ligar ao que eles fazem e concentra-te no teu trabalho. Ignora os outros durante as aulas. Jacira Sanches, 7º 1

SMS: Só vou à escola para a minha mãe não ficar triste. Resposta: Não vás à escola pela tua mãe, mas sim pelo teu futuro. Telma Freitas, 7º3

SMS: Este ano estou a achar a matéria muito difícil e penso que não vou conseguir passar o ano! Resposta: Pensas mal! Ainda não está tudo perdido. Bom, se estás a achar a matéria muito difícil é porque se calhar não estás a ver da melhor forma. Dentro das matérias há coisas boas e más, aquelas que apanhas mais rapidamente e as que são mais difíceis. Com as que são mais rápidas de apanhar não tens que te preocupar, mas com as difíceis, para além de teres de estudar, algo de que não gostamos, podes fazê-lo de forma diferente: prestando mais atenção nas aulas, vendo se consegues “brincar” um bocado com a matéria e assim poderes achá-la mais interessante. Cláudia Brito, 7º 5

Ângela Santos Filomena Oliveira Serviço de Psicologia e Orientação


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Dia da Europa Todas as turmas do 6º ano participaram no projeto interdisciplinar "Monumentos e trajes típicos da União Europeia" que envolveu as disciplinas de História e Geografia de Portugal, Educação Visual e Educação Tecnológica. Pretendeu-se, através deste projeto, despertar nos alunos a curiosidade pelos países membros da União Europeia, nomeadamente no que respeita ao seu património cultural edificado e aos trajes típicos, e assinalar o Dia da Europa - 9 de maio. O produto final foram ilustrações de monumentos pintadas a aguarela (executadas em Educação Visual) e bonecos articulados, caracterizados com trajes típicos dos diversos países (realizados em Educação Tecnológica). Prof. Sandra Franganito

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Porquê um Dia da Europa? Quando, em 9 de maio de 1950, propôs à República Federal da Alemanha e aos outros países europeus que quisessem associar-se à criação de uma comunidade de interesses pacíficos, Robert Schuman realizou um ato histórico. Ao estender a mão aos adversários, não só apagava os rancores da 2ª guerra e o peso do passado como desencadeava um processo totalmente novo na ordem das relações internacionais, ao propor a velhas nações, pelo exercício conjunto das suas próprias soberanias, a recuperação da influência que cada uma delas se revelava impotente para exercer sozinha. Esta proposta de Robert Schuman, conhecida como "Declaração Schuman", é considerada o começo da criação do que é hoje a União Europeia. Na Cimeira de Milão de 1985, os Chefes de Estado e de Governo decidiram celebrar o dia 9 de maio como "Dia da Europa".

Lenda das 7 Cidades Há muitos, muitos anos, vivia no Reino das Sete Cidades uma pequena Princesa chamada Antília. A menina era a filha única de um velho Rei viúvo que era conhecido pelo seu mau feitio. Senhor das Alquimias e do Saber, o Rei vivia em exclusivo para a sua filhinha, não gostando que a Princesa falasse com ninguém. Os anos foram passando, Antília foi crescendo e um dia já não era mais aquela menina de tranças loiras caídas sobre os ombros, enfeitadas com flores silvestres; tinha-se transformado numa linda jovem, uma Princesa capaz de encantar qualquer rapaz do seu reino. Contudo, se todos ouviam falar da beleza da jovem Princesa, eram poucos ou nenhuns os que a conheciam, pois o Rei não gostava que ela saísse do castelo nem dos jardins que o circundavam. Mas Antília não se deixava intimidar pelo pai, e com a ajuda da velha ama costumava esquivar-se todas as tardes, enquanto o rei dormia a sesta depois do almoço. Saía pelas traseiras, sem que ninguém a visse, e ia passear pelos montes e vales próximos. Num desses passeios, andando pela floresta, um dia a Princesa escutou uma música. A música era tão linda que a encantou de tal forma, que ela se deixou guiar pelo som e foi descobrir um jovem pastor a tocar flauta, sentado no cimo de um monte. Era ele o autor de tanta maravilha! A Princesa, encantada, deixou-se ficar escondida a ouvir o jovem a tocar flauta. E ouviu-o escondida durante semanas, até que o pastor, um dia, a descobriu por detrás de uns arbustos. Ao vê-la foi amor à primeira vista e era recíproco, pois ela também estava apaixonada por ele. Os jovens continuaram a encontrar-se. Passavam as tardes a conversar e a rir, o pastor a tocar para a Princesa e ela a escutá-lo enlevada, e ambos se sentiam muito felizes juntos. Um belo dia o pastor decidiu pedir a Princesa em casamento. Logo pela manhãzinha, o jovem bateu à porta do Castelo, e pediu ao criado para falar com o Rei. Pouco depois o criado voltou e levou-o à presença do Soberano. Muito nervoso, mas determinado, o pastor fez-lhe uma vénia e, olhando-o nos olhos, disse: - Majestade, gosto muito de Antília, sua filha, e gostaria de pedir a sua mão em casamento. - A mão de minha filha, NUNCA... OUVISTE... NUNCA! - disse o Rei aos berros. - Criado, põe este pastor atrevido na rua. O jovem bem tentou argumentar, mas ele não o deixava falar, e expulsou-o do Castelo. Em seguida o Rei mandou chamar Antília e proibiu-a de ver o pastor. Antília mais não fez do que acatar as ordens do Rei seu pai. E nessa mesma tarde foi ter com o seu amor e disse-lhe que nunca mais se podiam encontrar. Os dois jovens choraram toda a tarde abraçados. As suas lágrimas, de tantas serem, formaram duas lindas e grandes lagoas, uma verde da cor dos olhos da Princesa, a outra azul da cor dos olhos do pastor. E ainda hoje estas duas lagoas continuam no Vale das Sete Cidades, na Ilha de São Miguel, lá nos Açores, para avivar a memória de todos quantos por ali passam, e recordar o drama dos dois apaixonados. Prof. Preciosa Marques


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Concurso de poesia - 1º Prémios 1º ciclo O Agrupamento

3º ciclo

3º ciclo As fases da vida

Poema sem tema

A nossa escola faz parte do agrupamento todos os dias levamos a sacola e há sempre muito movimento.

Recém-chegados a este mundo Cavaleiros corajosos Do ventre viemos nós Despidos mas orgulhosos.

Não tenho imaginação E muito menos um tema Apenas sei que devo rimar Para criar o meu poema.

No Chafariz nós brincamos pegamos no giz e trabalhamos!

Dou uns passos e vou ao chão Choro logo pela manhã E o pai fica ofendido Por eu saber dizer mamã.

Só me quero despachar Para ver se fica feito Espero que com tudo isto Fique alguma coisa de jeito.

Hoje é dia de festa! vamos chamar a Bia e dormir uma sesta!

Na escola tenho amigos E os adultos estão sempre a dizer Para aproveitar esta fase Pois outra igual não volto a ter.

Não sei o que se passa Mas não estou com disposição Talvez porque seja tarde Não tenho imaginação.

Estamos cansados de tanto brincar pois só fizemos macacadas e só nos apetece descansar!

Paixões e paixonetas Só pensam em namorar E os pais mentalizando-se “Isto mais tarde vai passar”.

Acho que acabei De escrever o meu poema Pela primeira vez criei Um poema sem tema.

Ana Gonçalves e Daniela Nunes, 4º 1º EB1 nº 3

2º ciclo

Agora já tenho carro Já não dependo de ninguém No entanto percebi Que preciso da minha mãe. Criei a minha família E encontrei o meu amor Trabalho e tenho um filho Dei ao mundo um progenitor.

O livro das palavras Está um livro, aqui à minha frente… Procuro inspiração, dentro da minha mente. As palavras voam, como falcões… Elas são humanas, têm corações. O livro grande é como uma prisão. As palavras bem guardadas, Por magia de poção, voam…voam… Livres… na imaginação.

O meu filho já é crescido Já não me mexo da mesma forma Estou farto de trabalhar Já só sonho com a reforma. Foi uma vida preenchida Mas o momento chegou Despeço-me do mundo E agora em paz eu vou. Carolina Tinoco, 8º 1ª

Marco Santos, 5º 3ª,

Marta Tinoco, 8º 1ª


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A participação dos alunos da nossa escola no XXVI Interescolar de xadrez foi um êxito! Parabéns a todos os participantes.

CRISE AO ALMOÇO Sexta-feira é dia de pizza na cantina da escola da Raquel. Na 6ª feira passada, 60 alunos esfomeados esperavam a sua vez na fila. A Sra. Odete, encarregada da cantina, começou a cortar as 10 grandes pizzas, acabadas de sair do forno, em seis pedaços cada uma. Tinha já partido mais de três pizzas, quando descobriu que uma delas não estava bem cozida. Então, decidiu cortar algumas pizzas em sete fatias e outras em oito, de maneira que ninguém deixasse de comer e que não sobrasse nenhuma fatia. Quantas pizzas poderia ter cortado em 6 fatias? E em 7 fatias? E em 8 fatias.

Soluções A Sra Odete pode dividir as pizzas das seguintes forma: - 4 pizzas em 6 fatias; 4 em 7 fatias e 1 em 8 fatias; - 5 pizzas em 6 fatias; 2 em 7 e 2 em 8 fatias; - 6 pizzas em 6 fatias; 0 em 7 e 3 em 8 fatias.


VENCEDORES DO CONCURSO DE LEITURA 2014 Parabéns aos vencedores!!! 5ºAno: Alexandre Miguel Almeida Mergulhão, nº2 do 5º5ª 6ºAno: Mariana Figueiredo Carreira,nº21 do 6º3ª 7ºAno:Catarina Isabel de Queiroz Ferreira,nº9 do 7º3ª 8ºAno:Catarina Sofia Rosa Conceição,nº4 do 8º4ª 9ºAno:Joana Filipa Gatinho Palhau,nº16 do 9º3ª

Ser cidadão … É poder votar e ser votado. É respeitar e ser respeitado. É ter liberdade. Ser cidadão É ter direitos e deveres… É ter a sua própria cultura… A sua própria língua.

A Coordenadora do Departamento de Línguas Natércia Figueiredo

Se pudesse voar… Iria diretamente a uma nuvem, Onde me iria sentar… Para o sol poder apreciar. Se pudesse voar… Voaria para outro lugar … Num prédio me iria sentar… Ver as ruas com outras, com outro olhar.

Catarina Nyogéri 5º3ª

Se pudesse voar… Iria buscar uma estrela… Ao Daniel a iria dar. As coisas que faria…se pudesse VOAR!...

Daniela Sousa nº 8 do 5º3ª

Foram dias de morte, Sofrimentos e também dores… Acontecimentos horríveis… Portugal sem forma e sem cores. As pessoas queriam justiça… E desejavam dizer Liberdade. Precisavam de amor e compaixão… Precisavam de ter felicidade. Até que houve um dia… O dia da esperança… As pessoas das forças armadas, Ajudaram as pessoas de uma forma mansa. Agora sim é vida… Sem a PIDE e ninguém a vigiar… Somos finalmente livres… E podemos dizer o que estamos a pensar!

Rafaela Varela 5º 3ª

Colaboradores Alunos: Ana Gonçalves, 4º1ª Daniela Nunes, 4º 1ª Júlia Almeida, 5º2ª Catarina Nyogéri, 5º 3ª Rafaela Varela, 5º 3ª Marco Santos, 5º 3ª Daniela Sousa, 5º 3ª Yara Cardoso, 6º 1ª Bruna almeida, 6º 2ª Joaquina Mendes, 6º 2ª

Paulino Cruz, 6º3ª Carolina Magro, 7º 3ª Catarina Ferreira, 7º 3ª Carolina Tinoco, 8º 1ª Marta Tinoco, 8º 1ª Júlio Pinheiro, 8º 2ª Gonçalo Valente, 8º 2ª

Professores: Ana Cardoso Ana Filipe Daniel Trindade Ema Silva Isolina Jesus Marcelino Cassamá Maria do Castelo Fernandes Natércia Luz Natércia Figueiredo Patrícia Marta

Paula Morais Preciosa Marques Sandra Franganito Sílvia Faim Psicólogas: Ângela Santos Filomena Oliveira Coordenação: Conceição Marques Maria Elisa Coelho


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