lição de Gereciamento dos riscos - manual CBMDF[1]

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Resgate Veicular Nível I – 2008

Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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Este manual, originalmente, possui autoria no CBMESC, através da pessoa do Capitão xxxxxxx. Atualmente foi adaptado, atualizado e revisado pelo CBMDF.


Resgate Veicular Nível I – 2008

Lição 5 Gerenciamento dos riscos

Objetivos:

Ao terminar esta lição o participante será capaz de: Definir ameaça, vulnerabilidade e risco. Definir risco aceitável e cena segura. Descrever os riscos mais comumente encontrados na cena de acidentes automobilísticos. Enumerar 5 fatores humanos que incrementam os riscos na cena do acidente. Descrever o EPI mínimo a ser utilizado em operações de resgate veicular Executar uma avaliação eficiente da cena do acidente. Executar uma organização eficiente da cena do acidente considerando os riscos. Executar as condutas de proteção da vítima em relação às manobras de desencarceramento. Executar as condutas de gerenciamento de riscos relacionados com energia elétrica, com incêndio em veículos, com vazamento de combustível, com o sistema elétrico do veículo, com produtos perigosos. Estabilizar um veículo acidentado.

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1 . Ge r e n ci a m e n t o d e r i sco s e m o p e r a çõ e s d e r e sg a t e v e i cu l a r As ameaças na cena do acidente podem variar de transtornos menores - como vidros quebrados, asfalto escorregadio, tempo inclemente ou escuridão - a ameaças graves para a segurança - como fios caídos, vazamento de combustível, ou incêndio. O tráfego e os curiosos podem vir a ser ameaças, se não forem controlados. Alguns riscos relacionados com acidentes precisam ser gerenciados, se não eliminados, antes de tentar fazer qualquer tentativa de alcançar as vítimas no interior do veículo acidentado. Esta é a fase em que são adotados procedimentos com ações sobre as ameaças e vulnerabilidades ou ambas, procurando tornar o risco aceitável e a operação segura. É compreendida por todos os procedimentos adotados pela guarnição de socorro visando minimizar os riscos, atuando sobre as ameaças ou vulnerabilidade, ou ambas, tornando o risco aceitável e a operação segura. Visa proporcionar proteção e segurança para os envolvidos no evento, ao sistema e ao patrimônio. Antes de continuarmos vamos revisar o conceito de análise de risco:

2 . A n á l i s e d e r i s c o p o t e n ci a l 2.1 Risco potencial Comparação entre ameaça e vulnerabilidade que determina a possibilidade e severidade dos danos e lesões que uma determinada ameaça pode causar a pessoas, propriedades ou sistemas.

2.2 Ameaça Fato ou situação que pode provocar lesões ou danos em pessoas, propriedades ou sistemas.

2.3 Vulnerabilidade Fator que determina o quanto pessoas, propriedades ou sistemas podem ser afetados por uma ameaça.

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2.4 Risco aceitável O risco que é compatível com o desenrolar da atividade que se pretende.

2.5 Operação segura É aquela em que o risco é aceitável

2.6 Gerenciamento de riscos A atuação sobre as ameaças, vulnerabilidades ou ambos, visando tornar o risco aceitável e a operação segura.

2.7 Principais ameaças As principais ameaças a serem gerenciados na cena de um resgate veicular são: Tráfego Vazamento de combustível Incêndios Rede elétrica danificada Posição instável do veículo Sistemas de segurança do veículo Produtos perigosos Curiosos Tráfego de Veículos Ferragens do veículo Instabilidade do veículo

3 . Ga r a n t i n d o a p r ó p r i a se g u r a n ça A área do acidente pode ser um perigoso lugar de trabalho. Lâminas cortantes, vidros arremessados e incêndio são apenas alguns dos perigos que resgatistas podem ter que lidar. Lembre-se que o resgatista não será um bom resgatista se tornar uma vítima. É vital que o resgatista se proteja adequadamente antes de se engajar em qualquer ação de resgate. Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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A prim e ir a a çã o de ge r e n cia m e n t o de risco de v e se r o u so dos EPI s, sendo de responsabilidade do CMT do socorro a observação do seu uso por parte de todos os integrantes da guarnição.

3.1 Fatores humanos no gerenciamento de riscos A experiência demonstra que alguns fatores humanos colaboram para potencializar os riscos na cena da operação se não forem devidamente gerenciados, tornando-se uma causa comum de acidentes:

Uma atitude descuidada com a própria segurança; Não reconhecer mecanismos agressores e riscos no ambiente Não gerenciar adequadamente os riscos identificados; Não utilizar o equipamento adequado, ou utiliza-lo de forma errada; Falta de disciplina tática.

Mas o ato inseguro que mais contribui para ferimento de bombeiros na cena do acidente é: Não utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) durante operações de resgate.

3.2 Equipamento de Proteção Individual (EPI) Durante as operações a equipe de resgate deverá utilizar o EPI completo, acrescido de itens especiais em situações específicas (Equipamento de Proteção Respiratória, Produtos Perigosos, etc.)

3.2.1

Capacete

O capacete deverá atender as normas internacionais, garantindo proteção do crânio contra impactos e perfurações, visor para proteção da face e possibilidade de uso com EPR e sistema de comunicação.

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3.2.2

Roupa de proteção

A roupa de proteção deverá ser de material incombustível, de preferência retardante ao fogo, com resistência a cortes, abrasão e perfuração. No CBMSC é utilizada a roupa de aproximação em incêndios, embora em outros sistemas seja utilizado um macacão de mangas longas.

3.2.3

Luvas

As luvas devem proteger as mãos contra calor, abrasão, perfuração e penetração de líquidos sem retirar a destreza do resgatista.

3.2.4

Calçados

Os calçados devem possuir palmilha reforçada contra penetração, proteção de bico e calcanhar e resistência à penetração de substâncias. No CBPMSC é utilizada a bota para incêndio estrutural, mas pode ser utilizado um calçado de segurança. O uso de todos estes equipamentos de proteção individual exige treinamento. Estes treinamentos devem ter como objetivos principais capacitarem os bombeiros a se equiparem de modo correto e com o menor tempo possível, assim como gerar uma adaptação ao seu uso.

4 . A v a l i a çã o d a ce n a d o a ci d e n t e 4.1 Os dois círculos de avaliação Como falamos anteriormente, para realizar o gerenciamento dos riscos é necessário identificar ameaças e avaliar vulnerabilidades. Em resgate veicular a técnica preconizada é a dos dois círculos de avaliação: O círculo externo, que é feito pelo R2 (Resgatista auxiliar) e o círculo interno, que é feito pelo R1 (Resgatista principal) que pode ser acompanhado pelo socorrista.

4.1.1

No círculo externo

O resgatista R2 avalia um círculo de 10 a 15 metros, no sentido anti-horário, buscando situações de risco, vítimas, obstruções, mecanismos que levem à compreensão do acidente, etc. Caso haja múltiplas vítimas, este resgatista já pode efetuar a primeira Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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triagem pelo sistema START, atribuindo uma tarja ou fita para cada vítima, caso seja treinado para tal. Este resgatista também avalia o perímetro necessário e viável para a delimitação da área de operação. Em acidentes de menor complexidade o R2 pode fazer o isolamento ao mesmo tempo em que avalia o círculo externo, desde que isto não retarde o relato de situações de risco ao Comandante da Operação.

4.1.2

No círculo interno

O resgatista R1 avalia o veículo e suas proximidades no sentido horário, verificando situações de risco, vítimas, obstruções mecanismos que levem à compreensão do acidente etc. Caso haja múltiplas vítimas, este resgatista já pode efetuar a primeira triagem pelo sistema START, atribuindo uma tarja ou fita para cada vítima a que puder acessar, caso seja treinado para tal. Caso haja um socorrista no local ele pode acompanhar a avaliação do círculo interno e iniciar o acesso externo às vítimas. Basicamente os dois resgatistas devem preocupar-se em observar: - presença de combustível; - veículo convertido para GNV; - presença de agentes de ignição; - presença de materiais ou áreas energizadas; - presença de materiais perigosos; - grau de estabilidade do veículo ou veículos envolvidos; - número de vítimas, prioridade inicial e grau de encarceramento. RELATÓRIO DA SITUAÇÃO Uma vez completada a avaliação, os resgatistas reportam a situação ao comandante, que estabelece a estratégia de resgate e escolhe as táticas para sua realização. Caso haja múltiplas vítimas, a triagem deve ser feita imediatamente utilizando o sistema START (Simple Trage and Rapid Treatment – Triagem Simples e Tratamento Rápido), atribuindo uma tarja ou fita para cada vítima e reportando a situação ao comandante que, de posse das informações dimensionará os meios necessários e determinará as linhas de ação segundo um plano padrão para acidente com múltiplas vítimas (EMV). Quando o comando é estabelecido e o trabalho de dimensionamento inicial da cena é completado, é hora de desenvolver o plano de ação básico e as Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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condutas específicas iniciadas. Estas informações é que compõem nossa tática e estratégia de resgate. A estratégia é o objetivo ou plano básico para a ação. Um objetivo genérico típico em uma situação de vítima encarcerada é desencarcerar a vítima da maneira mais segura e eficiente e encaminha-la para a equipe cirúrgica do centro médico de referência em um período máximo de 60 minutos a contar do momento do acidente (hora dourada do trauma).

5 . O r g a n i z a çã o d a ce n a d o a ci d e n t e A organização da cena do acidente é uma conduta de gerenciamento de riscos que está presente em todas as operações. Esta organização destacam:

envolve

alguns

aspectos

importantes,

dos

quais

se

5.1 Sinalização e Isolamento do local do acidente Os acidentes quase sempre produzem problemas de tráfego. Freqüentemente os veículos bloqueiam a via. Quando não, atrasos são causados por motoristas que passam devagar para darem uma espiada. Policiais normalmente cuidam do trânsito; mas o que a equipe de resgatistas fará se realizar o atendimento sozinha, se for a primeira unidade a chegar no local ou se a sinalização não for adequada? Realizar esta atividade rapidamente. Assim que inicia a operação, o comandante da operação deve estabelecer um perímetro de operação, que ficará livre de populares, equipamentos, ferragens, vítimas e etc., a fim de garantir uma área organizada e livre para os resgatistas trabalharem e circularem. A presença de curiosos pode causar inúmeros transtornos ao socorro. A ansiedade geralmente demonstrada por estes coloca em risco toda a operação. Os curiosos tornam-se também alvos fáceis se alguma ameaça vier a se concretizar. O isola m e n t o r e st r in ge t a m bé m a á r e a de a t u a çã o de ca da in t e gr a n t e do socor r o, e st a m e dida t e m o in t u it o de e vit a r a pe rda de gerenciamento por parte do comandante da operação. Assim que a unidade chega ao local a guarnição desembarca com segurança e o motorista (OCV):

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Posiciona corretamente a viatura, tomando o cuidado de não bloquear o acesso dos demais recursos, interpondo a viatura entre a cena e o fluxo principal de veículos, em 45º em relação à estrada, de forma a maximizar o uso de refletivos e sinalizadores luminosos. Sinaliza a via com cones, de preferência luminosos. Isola o local com fita zebrada, cordas, cabos, galhos de árvores, sacos de lixo e/ou qualquer outro material ou meio de fortuna.

Sinalização – “Não é tão simples quanto parece...” A sinalização é a causa mais comum das evoluções dos acidentes, tendo em vista que o trafego de veículos ocorre em todos os eventos de resgate veicular, agravado ainda pelo constante aumento da frota de veículo e pela displicência, irresponsabilidade, inexperiência e mau educação no transito. Sendo assim o trafego de veículos será sempre uma ameaça a gerenciar. Mesmo sendo de responsabilidade do policiamento, muitas vezes somos os primeiros a abordar o evento, e quando nesta situação devemos sinalizar de maneira correta, anulando o máximo a possibilidade de que algum veículo que por ventura venha a perder o controle atinja no máximo o sistema de sinalização e nunca algum bombeiro, curioso ou o sistema de isolamento onde se encontra montado todo o poder operacional. A sinalização tem como objetivo informar o acontecimento de algum fator adverso controlando e orientando o tráfego de veículos. Situações para execução da sinalização: Pista reta; Pista sinuosa; Aclive e/ou declive; Influência do clima; Óleo na pista. Pist a r e t a : a sinalização em pista reta deve ser feita com uma distância igual a velocidade da via acrescida de 50%, ou seja, se a velocidade da via é igual a 80 km/h, os primeiros cones serão colocados a uma distância de 120 metros do acidente. OBS: se em pista única a sinalização deve ser feita nos dois sentidos.

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Pist a sin u osa : na pista sinuosa é necessário que o motorista que trafega em direção ao acidente veja primeiro a sinalização antes do acidente, mesmo que a distância de colocação dos cones ultrapasse a recomendada para pista reta. Em a cliv e ou de clive : a sinalização deve ser feita de modo que se veja a sinalização antes do acidente. Deve-se alertar os condutores dos veículos para que estes, ciente da ocorrência de um fator adverso, entrem no declive com o freio motor acionado, ou seja, com o carro engrenado, e com a velocidade reduzida. Quando houver influência do clima, chuva, nevoeiro, escuridão, a distância da sinalização deve ser aumentada até que ofereça segurança compatível com a operação.

5.2 Organização das zonas de trabalho A cena deve ser organizada em zonas específicas de trabalho:

5.2.1

Zona quente:

Área de aproximadamente 5 metros ao redor do acidente, destinada às operações, em cujo interior permanecem apenas pessoal que está atuando e ferramentas que estão sendo utilizadas. Envolve o foco do acidente. O isolamento desta área não envolve o uso de materiais de isolamento, sendo apenas delimitado virtualmente pelo comandante do socorro. Algumas bibliografias a denominam de zona vermelha.

5.2.2

Zona morna:

Área de aproximadamente 5 metros ao redor da zona quente, onde ficam os recursos de emergência que aguardam emprego, incluindo socorristas, resgatistas, linha de combate a incêndio, viatura de resgate e auto socorro de urgência. Ficam ainda na zona morna o palco de ferramenta e o posto de comando. A unidade de resgate deve sempre garantir o isolamento físico (com fita) da zona morna. Abrange também um raio mínimo de 5 (cinco) metros isolados com uso de materiais (fitas ,cordas, cones, etc.). É nesta zona que o comandante gerenciará todo o socorro. A presença nesta área é restrita somente aos bombeiros envolvidos com a operação, ou ainda àqueles que o comandante do socorro permitir. Quando se optar pela criação de uma área de despejo de materiais, esta deverá ser providenciada na zona morna. Algumas bibliografias a denominam de zona amarela.

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5.2.3

Zona fria:

A zona fria é a área mais externa ao acidente, onde permanecem os recursos em espera e os meios não emergenciais como guincho, guindastes, viaturas policiais, caminhão da companhia de luz, etc. A zona fria será implementada apenas nas ocorrências maiores e o seu controle é responsabilidade do policiamento. Nessa área não é permitida a entrada ou permanência de curiosos. Algumas bibliografias a denominam de zona azul.

5.3 Posto de comando O posto de comando é o local onde o comandante da operação pode ser encontrado e de onde pode controlar os recurso e coordenar a operação. A sua complexidade irá variar de acordo com a dimensão da ocorrência, podendo ir desde uma área geográfica de onde permanece disponível até uma viatura especial de comando. Um das formas existentes de identificação do PC é através da colocação de um cone em cima de uma viatura previamente escolhida para tal.

Gerenciar os riscos Palco de ferramenta Posto de comando Zona quente Zona morna Zona fria

Posição das viaturas

TEN GOMES SANTA CATARI NA

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5.4 Palco de ferramentas O palco de ferramentas é uma área, situada no limite entre a zona quente e morna, normalmente delimitada por uma lona, em que as ferramentas mais usadas são dispostas para fácil acesso da guarnição. O palco de ferramenta é montado e controlado pelo motorista (OCV) que as dispõe, monta e verifica. Assim, as ferramentas são retiradas do palco para serem utilizadas e para lá retornam após o uso, permitindo o gerenciamento adequado deste material.

6 . V a z a m e n t o d e co m b u st í v e i s Muitas vezes o resgatista descobrirá que o combustível está vazando sob o veículo, mas não está queimando. O vazamento é mais comum em colisões traseiras e capotamentos, mas pode ocorrer em todo tipo de acidente. Existem riscos de incêndio, explosões, danos à natureza, contaminação aos bombeiros, materiais e vítimas. Se houver contaminação de bombeiros ou materiais, estes deverão se afastados imediatamente do local de risco para que seja providenciada a descontaminação ou a troca de EPIs e materiais. Os pontos de vazamento mais comuns são: Ponto de injeção de combustível no motor Bocal de abastecimento Conexão dos condutores de combustível com o tanque Do próprio tanque de combustível Tubos e mangueiras Carburador em carros antigos Recipientes de transporte clandestino Registros de cilindros Tipos de combustível: Gasolina; Etanol; Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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Diesel; Biodiesel Gás natural veicular (GNV); Gás de cozinha. A conduta de gerenciamento deve ser Afastar fontes de ignição; desligar bateria, afastar fumantes, não acionar a moto bomba do equipamento de desencarceramento próximo do vazamento, etc. Deixar em condição de pronto emprego o recurso de extinção, preferencialmente uma linha de combate a incêndio com sistema de espuma, porém se não houver devem ser disponibilizados extintores de incêndio. Contenção, coleta, ou canalização do combustível; Cobrir os depósitos de combustível oriundos de derramamento com material inerte (serragem, areia, barro, cal).

7 . Gá s n a t u r a l v e i cu l a r ( GN V ) Gás Natural Veicular – GNV é o gás natural utilizado em veículo automotor, armazenado e transportado sob alta pressão em cilindros especiais em aço sem costura, alimentando o motor do veículo. Existem milhares de veículos convertidos no Brasil, principalmente veículos particulares, além de táxis, vans para transporte de passageiros, frotas cativas de empresas e veículos a diesel, que são convertidos de seu combustível, para permitir o uso do GNV, tornando assim o veículo bi-combustível. No caso de conversão de um veículo originalmente bi-combustível (álcool e gasolina) para GNV, esse veículo torna-se um veículo tri-combustível. Como combustível alternativo, pode ser utilizado em qualquer veículo com carburador ou sistema de injeção eletrônica. O GNV é armazenado em cilindros sob alta pressão (200 BAR ou 200 Kgf/cm2 ou 3.550 lbs/pol2 ). O GNV é composto de metano, em torno de 75%, etano 5%, propano 0,2% butano e gases mais pesados de 0 a 7% em volume, nitrogêgio e gás carbônico no máximo 6%, gás sulfídrico no máximo 29 mg/m3, enxofre no máximo 110mg/ m3, e apenas traços de etil mercaptana. Esse último é o que proporciona o odor semelhante ao Gás liquefeito de petróleo –GLP. Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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A localização do cilindro de GNV varia de veículo para veículo, geralmente são instalados no compartimento de carga de modo que comprometa o menos possível a sua capacidade. Em camionetes é comum a instalação sobre a caçamba, alguns sob a caçamba ou carroceria de madeira, podendo ser visualizado externamente. Em caminhões e ônibus fixos no chassis em ambos os lados entre os eixos dianteiro e traseiro. Podemos identificar se um veículo é convertido para GNV pelo cilindro de cor rosa, desde instalado externamente, pelos componentes instalados no compartimento do motor (válvula de abastecimento, regulador de pressão e manômetro) e pelo selo de identificação instalado no pára-brisa. A conversão é realizada através da instalação de um kit em oficinas especializadas. Após a instalação o veículo deve ser submetido a uma inspeção veicular em oficina homologada pelo DETRAN. Desde que sejam respeitadas as normas técnicas e utilizadas peças originais, o sistema é seguro. O cilindro é um tudo de alta pressão sem costuras produzido em aço. A pressão de trabalho é de 200BAR, com pressão de abastecimento máxima de 220BAR, teste hidrostático realizado a pressão de 300BAR, sendo a pressão de ruptura de 455BAR.

Observações: O GNV é menos denso que o ar atmosférico; ou seja, em caso de vazamento deslocar-se-á para as camadas superiores da atmosfera. Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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A cada cinco anos o cilindro precisa passar por uma requalificação em uma empresa reconhecida pelo Inmetro. Os testes hidrostáticos e ultrasom são feitos novamente, o cilindro é limpo, reformado, jateado, repintado e recebe uma nova data de validade e um novo selo do Inmetro comprovando sua nova validade por mais cinco anos. O abastecimento é feito em postos que possuem bombas de GNV. A pressão no mostrador que está na bomba não deve ultrapassar 250bar. Não existe nenhum indicativo de que o carro é movido a GNV, a não ser no Siena que vem a indicação que é TETRAFUEL, nos demais não há qualquer indicativo Ca r a ct e r íst ica s Té cn ica s do Cilin dr o. Material: Aço Cromo Molibidênio AISI 4130, sem costura e com tratamento térmico de têmpera e revenido. Aprovados em testes de gunfire (arma de fogo) e bonfire (fogueira). Ruptura hidráulica acima de 500 bar (fator de segurança 2,5x a pressão de serviço). Teste cíclico com mais de 80.000 enchimentos à pressão de serviço. Roscas: ¾” 14 NGT. Certificação: Norma ISO 4705D. A colocação do cilindro pode ser no: porta-malas, embaixo do veiculo ou na carroceria.

7.1 Vazamento sem fogo Ocorrendo vazamento no sistema o aumento do fluxo de GNV que sai do cilindro é automaticamente interrompido na válvula de segurança. O vazamento será quase invisível e se dissipa rapidamente no ar. Se o veículo estiver em local ventilado, o melhor a se fazer é deixar vazar. O GÁS NATURAL É MAIS LEVE QUE O AR E, PORTANTO, SE DISSIPA COM GRANDE FACILIDADE.

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7.2 Vazamento com fogo No caso de incêndio no veículo há na válvula de segurança o plug fusível, que se rompe a uma temperatura entre os 80ºC e 110ºC e, o disco de ruptura que se rompe aproximadamente a 300BAR. O incêndio ocorrendo na válvula de segurança, o agente extintor mais recomendado para a extinção é o Pó Químico Seco – PQS. A partir do momento que o fogo passa a tomar conta de todo o veículo, o fato dele ser movido a GNV passa a não ter mais importância, devendo-se adotar o padrão de combate a incêndio em veículo. A única observação a ser feita é de se evitar direcionar um jato compacto diretamente sobre o cilindro aquecido (temperatura maior que 590ºC), pois poderá perder resistência mecânica e romper no ponto onde estiver recebendo o jato. Nesse caso, o cilindro deverá está carregado de GNV e nenhum dos dispositivos de segurança anteriormente descritos ter funcionado. Os veículos a GNV são bi-combustíveis. Eles sempre estarão com os tanques, gasolina ou álcool, abastecidos com no mínimo1/4 de sua capacidade. Caso não tenha a informação de que o veículo é convertido para GNV, deverá

considerar sempre essa hipótese.

8 . I n cê n d i o n o v e í cu l o Primeiramente o resgatista deve saber que os veículos dispõem de cada vez mais recursos para evitar incêndios no veículo, destacando-se:

Painel corta-fogo, entre o compartimento do motor e o habitáculo. Blindagem dos sistemas eletrônicos. Fios anti chama. Corte inercial do combustível. Tanque de combustível colapsável. Porém, quando o incêndio se instala, o combate deve ser imediato e agressivo, pois grande parte do veículo é composta de material combustível e com potencial de gerar gases tóxicos.

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8.1 Princípios de combate Sempre que possível o combate deve ser feito por viatura com capacidade de combate a incêndio (bomba de incêndio e reserva de água) utilizando duas linhas (ataque e proteção) priorizando a preservação do compartimento dos passageiros. A guarnição deverá utilizar EPR (equipamento de proteção respiratória) tendo em vista a emissão de gases tóxicos. Se houver duas guarnições na cena da emergência, de incêndio e de resgate, a primeira gerencia o incêndio e determina o momento em que o resgate pode iniciar.

Estacionar o veículo de combate a incêndio a pelo menos 30 metros do veículo em chamas; Verificar a direção do vento; Armar duas linhas diretas de 1½ ”, sendo 1 de proteção e 1 de ataque, paralelas e abrindo ao aproximar-se do veículo; Efetuar o combate ao fogo pelo lado oposto ao compartimento de carga do veículo; Abertura mínima de 30º dos esguichos reguláveis; A distância para aproximação deverá ser de até 3 metros do veículo.

8.2 Incêndio no compartimento do motor Nesta situação, principalmente nos veículos com motor dianteiro, o combate inicial pode ser feito com PQS (pó químico seco) tomando-se o cuidado de manter uma linha de proteção montada e de restringir a ventilação do compartimento:

8.2.1

Se o capo está totalmente aberto: Posicione-se junto à coluna a do veículo e, se possível, com suas costas voltadas para o vento a fim de evitar a dispersão do agente ou sua entrada no compartimento dos passageiros. O agente extintor pó químico irrita as vias aéreas, e pode contaminar ferimentos abertos. Aplique o agente extintor na base do fogo com jatos curtos. Não utilize mais pó químico do que o necessário, pois o que o resgatista desperdiçou pode ser necessário em caso de re-ignição.

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8.2.2

Se o capo está parcialmente aberto: Para restringir o fluxo de ar e privar o fogo de oxigênio, não abra totalmente o capo. Direcione o agente extintor através de qualquer abertura para o compartimento do motor: entre o capo e o pára-lama, pela grade dianteira, por baixo do eixo ou pela abertura de um farol quebrado. Não utiliza mais pó químico do que o necessário, pois o que o resgatista desperdiçou pode ser o necessário em caso de re-ignição.

8.2.3

Se o capô está totalmente trancado: Deixe o fogo sob o capo. Deixe a extinção para a guarnição de combate a incêndio e inicie a remoção rápida da vítima. A divisória do habitáculo deve proteger a área de passageiros por tempo suficiente para remover a vítima com a técnica de remoção rápida.

8.3 Incêndio no compartimento dos passageiros Neste caso a prioridade será utilizar os meios de extinção para garantir a retirada segura dos passageiros, e num segundo momento passar ao controle e extinção. Tendo em vista a grande quantidade de material combustível de origem sintética, o combate deve ser agressivo desde o início, e o resgatista não deverá adentrar o veículo exceto quando houver segurança para tal.

8.4 Incêndio no compartimento de carga Nestes incêndios a maior preocupação é se o veículo convertido para GNV possui ali instalado o cilindro e com o material que está sendo transportado. Mesmo veículos de passeio podem estar levando produtos perigosos tais como GLP (gás liquefeito de petróleo) tinta, solventes, agrotóxicos, etc. Deve-se verificar ou informar-se de qual é a natureza da carga e qual o agente extintor apropriado. Com pa r t im e n t o fe ch a do: sentir a temperatura e agir conforme incêndio em residência. Provocar pequena abertura da porta do compartimento e em sequência usar jato atomizado para diminuir a temperatura dentro do compartimento. Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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Compartimento aberto: fazer ataque direto, sempre observando o tipo de combustível. Veículos Híbridos como alguns modelos da Toiota e Ronda possuem baterias de alta voltagem, que possuem em sua composição a substância NI – MH metal Hidruro de Níquel que é reagente com água, causando explosões.

9 . En e r g i a e l é t r i c a A eletricidade apresenta riscos diversos na cena do acidente. Tenha sempre isto em mente. Altas voltagens são mais comuns nos postes que margeiam as auto-estradas do que as pessoas costumam imaginar. Em muitas áreas os postes conduzem correntes superiores a 138.000 volts. Considere toda a área extremamente perigosa. Os condutores podem ter tocado e energizado qualquer parte do sistema, incluindo os cabos telefônicos, de televisão e quaisquer outros suportados pelo poste, cabos de sustentação, a área dos fios, o poste propriamente dito e a área ao redor, e guard rails e cercas. Assuma que fios caídos ou desativados podem ser re-energizados a qualquer momento. Os calçados de segurança comuns não protegem contra altas voltagens. Quando lidando com riscos relacionados com eletricidade, estabeleça a área de risco e a área segura. A área de risco só deverá ser adentrada pelo pessoal responsável por controlar o perigo, como o pessoal da companhia de força ou de resgate especializado. A zona segura deve ser longe o suficiente para assegurar que qualquer movimento do fio não possa causar lesões no pessoal de emergência ou curiosos.

9.1 Poste quebrado com fios no solo Se o resgatista percebe que o poste está quebrado e os fios estão no solo: Estacione a viatura fora da zona de risco. Antes de sair do veículo esteja seguro de que nenhuma parte do veículo, inclusive a antena do rádio, está em contato com qualquer material potencialmente energizado. Ordene aos curiosos e ao pessoal de emergência não essencial que abandonem a zona de risco. Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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Resgate Veicular Nível I – 2008

Oriente os ocupantes do veículo acidentado para não abandonar as ferragens. Proíba o tráfego pela zona de risco. Determine o número do poste mais próximo que o resgatista pode se aproximar com segurança e solicite ao seu despachante para que avise a companhia de força. Não tente remover fios caídos a menos que possua o equipamento adequado. Objetos de metal, obviamente, conduzem eletricidade, mas mesmo objetos que não aparentem podem ser condutores, como equipamentos com empunhadura de madeira ou cordas de fibra natural que podem ter uma alta concentração de matéria condutora e levarem um bem intencionado socorrista a ser eletrocutado. Permaneça em um local seguro até que a companhia de força torne a área segura. Só combater incêndio com pó químico, usando EPIs isolantes e de uma distância segura. Seja especialmente cuidadoso quando se aproximar de um local de acidente em uma área escura, como em uma estrada na zona rural.

9.2 Poste quebrado com os fios intactos Sempre que os fios estiverem intactos, o poste ainda é perigoso. Os cabos ou obstáculos que suportam o poste e fios podem quebrar a qualquer momento, derrubando poste e fios sobre a cena do acidente. Se o resgatista encontrar esta situação: Estacione a viatura fora da zona de risco. Notifique o despachante da situação. Permaneça fora da zona de risco até que a companhia de força desenergize a rede e estabilize o poste. Mantenha os curiosos e outros serviços de emergência fora da zona de risco.

Relato Especial e Dramático de ocorrência CFS Rondineli Nunes da Silva, matric. 8456- 5 – 2ºBBS Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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Resgate Veicular Nível I – 2008 “Fom os a ciona dos pa r a u m a cide nt e a ut om obilíst ico na BR 0 7 0 n o se nt ido Ceilândia- Águas Lindas. Era final de tarde quando a UTE na qual eu compunha a gua r n içã o ch e gou a o loca l da ocor r ê n cia logo a pós u m a ou t r a via t ur a de socorro da 8ª CRI. Tratava- se de u m ve icu lo de pa sse io qu e por a lgu m m ot ivo pe r de u o cont r ole da direção e colidiu com um poste de metal. O poste não caiu, apenas inclinou u m pou co, n o e nt a nt o e ssa le ve inclin a da foi t a l qu e o post e e n cost ou - se a u m a r ede de a lt a t e n sã o e x ist e nt e n o loca l. Com isso o ca r r o qu e e st a va encostado no poste ficou totalmente energizado. Logo a pós o a cide nt e e a nt e s da che ga da dos bom be ir os, dois m ot oboys qu e pa ssa va m n a qu e le m om e nt o pa r a r a m pa r a da r socor r o, u m de le s foi dir et o t ent a r t ir a r o m ot or ist a que a in da e st a va vivo, e n ã o per cebe ndo o pe r igo t ocou no ca r r o, r e ce be u u m a de sca r ga e lét r ica viole nt a , fica n do pr e so a o ca r r o. O out r o m ot oboy, ir m ã o de le , foi a j uda r , t a m bé m

r e ce be u u m a

de sca r ga e lét r ica , m a s foi j oga do a un s dez m e t r os de dist â n cia . Todos morreram, pois o m ot or ist a qu e e st a va isola do de nt r o ca r r o, qua n do t ocou no motoboy também foi eletrocutado. Qu a n do vi t oda a que la t r a gédia , e nt e ndo o que ha via ocor r ido, n ã o pu de de ix a r de pe n sa r que podia t er a cont e cido com um de nós, com igo m e sm o, pois se m pr e que che ga va e m u m a ocor r ê n cia m inh a pr e ocupa çã o e r a a de a ce ssa r r a pida m ent e a vít im a , se m m e pr e ocupa r com a s condiçõe s de se gu r a n ça do loca l. Eu e r a r e cé m for m a do e a in da nã o t in h a o cur so de e m e r gên cia m é dica , m a s a pa r t ir da que le dia pa sse i a obse r va r com ba st a nt e atenção as condições de segurança do local.”

1 0 . Es t a b i l i z a ç ã o d o v e í c u l o Antes de iniciar qualquer manobra no veículo acidentado, é necessário que ele seja estabilizado a fim de evitar riscos adicionais para o resgate, para o socorrista ou para a vítima. Esta estabilização deve obedecer aos seguintes princípios: Deve manter o veículo seguro, deve manter o veículo imóvel, deve ser simples e de fácil memorização, deve ser de rápida utilização. Para isto utilizamos: Os calços de madeira tipo escada (step) ou simples (calço), cabos, correntes, guinchos, multiplicadores de força, macacos, etc.

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EM QUALQUER SI TUAÇÃO, A EN TRAD A D OS SOCRRI STAS SOM EN TE POD ERÁ SER EFETU AD A APÓS A ESTABI LI ZAÇÃO D O VEÍ CULO E LIBERAÇÃO DO COMANDANTE DO SOCORRO PARA TAL PROCEDIMENTO.

10.1 Meios de estabilização Step: Estabilizador de madeira ou material sintético, em forma de escada ou degraus. Calço: Estabilizados em forma de taco (paralelepípedo) ou cunha.

Escoras: Postes de madeira, com sapatas e fixadores.

Almofadas: equipamentos pneumáticos infláveis.

Tracionadores: Sistemas mecânicos para tracionamento de cabos.

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Ca lços e cu n h a s pa r a e st a biliza çã o v e icu la r - pa drã o a dot a do pe lo CBMDF: Analisando estatísticas de vitimas com agravamento de lesões e seqüelas após atendimentos realizados por equipes de emergência, foram criados simuladores humanos, os quais foram utilizados no interior de veículos submetidos a testes de choques, verificando-se então a necessidade da estabilização do veículo por calços antes das operações de salvamento para acesso da vítima. Padrão indicado para as medidas dos calços: Confeccionado com madeira 5cm de altura X 10cm de largura. Calço nº 1 - Quatro calços com 30 cm de comprimento. Calço nº 2 - Quatro calços com 50 cm de comprimento com dois encaixes em U em ambos os lados. Calço nº. 3 - Quatro calços com 70 cm de comprimento com dois encaixes em U em ambos os lados da lateral com 03 cm de profundidade por 05 cm de largura. Calço nº 4 - Quatro calços em degraus de cinco lances com 15cm, 27cm, 39cm, 51 cm e 63 cm. de comprimento sendo os cinco pedaços sobrepostos formando uma escada que chamamos de step. Quatro Cunhas de 10 cm de altura por 30 cm de comprimento. Quatro cunhas de 5 cm de altura por 20 de comprimento. Todos os calços devem possuir alça para facilitar o transporte e o manuseio no ato da estabilização veicular. OBS: Os calços devem ser confeccionados com alças de suporte, para que, quando da sua utilização, o bombeiro não coloque membros debaixo do carro. Finalidade básica para uso dos calços; O calço número 1 tem por finalidade de uso: 1- Base de extensor entre colunas; 2- Base de extensor entre painel assoalho de veículo; 3- Aumentar a altura do calço nº 4, servindo como base; 4- Combinação com calço numero 3 para aumentar a distância; 5- Combinação com calço numero 2 servindo de base para este, quando usados entre barra de direção e o assoalho do veículo; Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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6- Durante tracionamento de volante servindo de base para corrente, não deixando-a adentrar na lataria do veículo.

O calço número 2 tem por finalidade de uso: 1- Apoiar a barra de direção, distância esta entre a barra de direção e o assoalho do veículo, tendo como base o calço nº 1; 2- Podendo ser usado substituindo o calço numero 1 em seus itens 2, 3, 5 e 6.

O calço número 3 tem por finalidade de uso: 1- É a distância mínima necessária entre as colunas A e B para ser feito o giro de uma vítima quando em retirada rápida usando o Ked; 2- Podendo ser combinado com o calço numero 1 para aumentar a distância; 3- Pode ser usado em substituição ao calço numero 1, quando em sua ausência conforme item 3 e 6; O calço número 4 tem por finalidade de uso: 1- A estabilização veicular, podendo ser combinado com os outros calços para aumentar a altura 2- Formar um quadrado combinando-se dois calços numero 4, servindo de base para almofadas pneumáticas 3- Usado como base de corrente quando do tracionamento de volante 4- Unidos dois a dois e colocados na vertical combinados com o calço nº 2 formam uma plataforma. As cunhas além de preencher espaços vazios entre o vículos e os pontos de apoio, também podem ser usadas com a finalidade firmar os calços e tornar a estabilização mais segura.

10.2 Veículo sobre as quatro rodas Quando o veículo acidentado está em pé sobre os quatro pneus inflados parece estável. Todavia, é facilmente movimentado para cima e para baixo, para um lado e para outro, para frente ou para trás, quando socorristas e resgatistas sobem nele, entram pelas janelas, ou se inicia o Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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desencarceramento. Estes movimentos podem agravar seriamente o estado da vítima, ou mesmo representar perigo para socorristas e curiosos. A melhor forma para estabilizar veículos nesta condição é através do emprego dos calços e cunhas. Técnica base de estabilização em quatro pontos; Devemos colocar os calços abaixo das colunas, “A” e “C” de um lado e do outro, próximo às rodas apoiando o veículo, estabelecendo assim o carro em quatro pontos de apoio. Calçar uma das rodas a frente e atrás. O uso de cunhas pode ser faz necessário para que o calço fique bem firme. Acionar o freio de mão, engrenar o veículo, são medidas que melhoram a estabilização do carro. Técnica base de estabilização em três pontos; Do lado em que se encontra a vítima deve ser colocado um calço abaixo da coluna “A” e outro abaixo da coluna “C”, do lado oposto deve ser colocado um calço abaixo da coluna “B”, perfazendo assim três pontos de apoio. Calçar uma das rodas a frente e atrás. O uso de cunhas pode ser faz necessário para que o calço fique bem firme. Acionar o freio de mão, engrenar o veículo, são medidas que melhoram a estabilização do carro.

10.3 Veículo sobre uma das laterais A situação mais crítica é aquela na qual o veículo se encontra tombado sobre um dos seus lados. Nesta situação a base de apoio é bastante reduzida, deixando o veículo muito instável com acesso limitado e perigoso. Quando o veículo está sobre uma das laterais existe uma tendência natural das testemunhas em empurrar o veículo acidentado de volta para a posição normal. Eles não conseguem compreender que este movimento pode causar ou agravar as lesões nos ocupantes do veículo. Por isso, o veículo deve ser estabilizado sobre a lateral.

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10.3.1 Posições do veículo O veículo lateralizado poderá estar em duas posições principais: Repousando sobre as colunas A, B, C, com as laterais das rodas no ar, ou Repousando sobre as laterais das rodas e lateral do veículo, com as colunas A,B,C no ar. A diferenciação dos dois casos é importante pois no primeiro os calços serão colocados sob as laterais da roda e laterais do veículo e a estabilização é feita pela tração com cabos pelo fundo do veículo, enquanto no segundo caso serão colocados calços sob as colunas do veículo, realizando-se a tração na direção teto do veículo.

10.3.2 Estabilização com cabos A primeira forma de estabilização é com cabos tracionados. O princípio geral da técnica é posicionar calços sob a parte da lateral do veículo que está no chão, ancorar cabo na parte superior (em dois pontos) e tracionar contra o calço.

10.3.3 Estabilização com escoras Outra forma de estabilização de veículos lateralizados é utilizando escoras previamente preparadas com fitas ou cabos de ancoragem.

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10.4 Veículo sobre o teto O veículo sobre o teto pode estar em uma das quatro posições abaixo: Horizontal, com o teto amassado, achatado contra o corpo do veículo, com o capo e o bagageiro em contato com o solo. Horizontal, repousando inteiramente sobre o teto, com espaço entre o capo e o solo e entre o bagageiro e o solo. A frente para baixo, com o friso dianteiro do capo em contato com o solo e a retaguarda do veículo sustentada pela coluna - C. A traseira para baixo, com o bagageiro traseiro em contato com o solo e a maioria do peso do veículo suportado pela coluna - A. Escoras, calços, almofadas e macacos são alternativas utilizadas para estabilizar veículos capotados.

Um cuidado na estabilização de veículo sobre o teto é a segurança da integridade do compartimento dos passageiros, principalmente na retirada de porta e corte da coluna B (central) do veículo.

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10.5 Um veículo sobre o outro Ocasionalmente, a colisão fará com que um veículo permaneça sobre o outro. Isto é pode ocorrer em duas situações:

Quando um veículo é consideravelmente maior do que o outro como quando um carro de passeio colide com um caminhão. A prioridade de estabilização neste caso é para evitar algum movimento do veículo de cima, bem como reduzir a pressão sobre o veículo baixo Para se atingir estes objetivos é necessário estabilizar o veículo de cima com escoras de madeira, almofadas infláveis, cilindros de resgate, macacos mecânicos ou outros meios, sempre tomando cuidado para não provocar um aumento da pressão sobre determinada área.

Quando a velocidade faz com que um veículo leve fique sobre o outro, neste caso a solução mais recomendada é estabilizar o de baixo e fixar o de cima ao de baixo com fitas ou cabos.

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1 1 . S i st e m a s d o v e í cu l o A evolução da tecnologia veicular na área de segurança constitui preocupação para a equipe de resgate, tendo em vista que alguns sistemas, apesar de serem benéficos para os ocupantes dos veículos no momento da colisão podem representar risco pós-colisão. O risco decorre de sistemas não acionados que podem se ativar durante o resgate. Existe risco para todos os envolvidos no evento, exigindo que os bombeiros atuantes no desencarceramento e extração adotem medidas de gerenciamento de riscos para anular os sistemas não ativados. Os sistemas de segurança que exigem atenção dos bombeiros de resgate são os chamados Sistemas Restritivos passivos, mais conhecidos como Air bags e pré tencionadores de cinto.

11.1 Bateria Muitas unidades de resgate sempre desativam como rotina os sistemas elétricos dos veículos cortando ou desconectando o cabo da bateria. Hoje, quase sempre, a situação é diferente. A menos que combustível esteja empoçado sob o veículo ou que o air bag não ativado tenha que ser desarmado, o corte do cabo da bateria como procedimento inicial pode ser não apenas uma perda de tempo como retardar a operação de resgate. Lembre-se que muitos veículos possuem trava elétrica nas portas, vidro elétrico e ajustes elétricos do banco. A possibilidade de abaixar o vidro ao invés de quebrá-lo elimina a necessidade de expor as vítimas ao risco de receberem uma chuva de cacos de vidro ao quebrá-los. A possibilidade de abrir a porta elimina a necessidade de forçar a sua abertura. A possibilidade de operar os comandos elétricos do banco criará a oportunidade de manusear os bancos aumentando o espaço para o atendimento. Assim, o sistema elétrico deve ser desativado no momento oportuno: Na fase de gerenciamento dos riscos, quando houver risco de incêndio, ou air bag oferecendo risco, ou no decorrer do resgate quando este risco for inexistente. Localização da bateria dos principais modelos: Modelos Mercedes Benz: a bateria pode estar no porta-malas, embaixo do banco de trás do carona, na frente em baixo do capô; e em modelos como o Classe A, no assoalho dianteiro direito, do lado do carona. Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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Modelos Corolla: as baterias ficam sempre em baixo do capô, na frente, e vão alternar apenas o lado, direito ou esquerdo.

Sempre que for cortar ou desconectar o cabo de uma bateria, inicie pelo POLO NEGATIVO.

11.2 Airbag e pré- tensionador de cinto de segurança Hoje, os carros são um verdadeiro campo minado! Os projetistas de veículos começaram a espalhar air bags e pré-tensionadores de cintos de segurança onde antigamente cortadores moto-abrasivos e ferramentas hidráulicas atuavam livremente. O risco decorre de air bags não acionados que podem se ativar durante o resgate em função de eletricidade estática, movimentação de ferragens e aplicação de calor, além da possibilidade de rompimento de cilindros pressurizados com a ferramenta hidráulica. As marcas identificando a localização dos air bags são quase invisíveis, e é preciso procurá-las com muito cuidado e atenção. Os Air bags são bolsas que são infladas no momento do impacto para minimizar os efeitos do 2º impacto da colisão. No momento da colisão o sensor de impacto capta a inércia das ferragens e envia sinal para o computador central que envia impulso elétrico para detonação da ampola que libera o gás que infla a bolsa, tudo isso em milionésimos de segundo. O risco decorre de Air bags, que o não foram acionados com a colisão, se acionarem durante o resgate, por ocasião da movimentação de ferragens para o desencarceramento e extração da vítima. Durante o acionamento a bolsa pode atingir bombeiros que se encontram próximos ou ainda interpostos entre Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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a vítima e o seu curso. O impacto da bolsa pode causar lesões graves em decorrência da velocidade com que a bolsa se projeta, sendo mais grave se o socorrista estiver interposto entre a vítima e o Air bag. Outro risco existente é o rompimento de ampolas de gás com o equipamento hidráulico, podendo causar dispersão de vidros ou outros objetos que podem atingir vítimas e socorristas. Estes dispositivos podem lesionar gravemente o socorrista, estando este com o corpo projetado ao veículo, no caso das portas estarem abertas, ou com a cabeça projetada na janela no momento do acionamento, poderá com o impacto da bolsa ser lançado no encosto superior da porta ou para fora do veículo, sofrendo sérias lesões. As ampolas podem estar localizadas no poste “A”, “B” e “C”, devendo-se sempre observar o local do corte para não atingi-las. Gases usados para inflar as bolsas: Hidreto de Sódio NA3 H3. Hidrogênio, Hélio ou argônio.

11.2.1 Air bags tipo cortina Os modelos Mercedes e Volvo ano 1999, bem como o Audi ano 2000 possuem air bags tipo cortina que se expandem a partir do teto, logo acima da porta, entre as colunas A e C. O Toyota Premiun e outros veículos devem ter este acessório de segurança à partir de 2001. Air bags tipo cortina salvam vidas, mas os resgatistas podem ser vítimas deles com resultados bastante graves se forem acionados enquanto o resgatista avalia os ocupantes do veículo pela janela. Desative o air bag tipo cortina utilizando uma ferramenta para remover a capa que há dentro da coluna C e desconectando a conexão elétrica do dispositivo gerador de gás.

11.2.2 Air bag lateral O air bag lateral dos BMW estão na coluna A, bem próximo ao painel. Eles estão acondicionados na coluna A e na moldura superior da porta até o topo da coluna B. Um impacto lateral aciona o dispositivo, protegendo a cabeça do motorista e dos ocupantes do banco da frente . Como o air bag tipo cortina, o air bag lateral pode lesionar gravemente um resgatista que esteja

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com a cabeça na janela durante o acionamento. Solução: Desconectar a bateria do BMW. A maioria dos carros categoria premium possuem air bags na porta. Alguns veículos mais baratos também oferecem esta opção. A inércia ativa a maioria deles, então é preciso cuidado quando estiver forçando uma porta. Se uma ferramenta sob pressão escapa ou quebra o trinco da porta, pode causar impacto suficiente para que o sensor de inércia seja ativado, ativando por conseqüência o air bag. Alguns carros, como o Cadillac 2000, possui air bag lateral nas portas traseiras, que representam a mesma ameaça que os dianteiros. Desconecte as baterias. Outros veículos possuem air bags sob o painel, para prevenir lesões nos membros inferiores em colisões frontais. Desconecte a bateria para desativar estes air bags.

11.2.3 Air bags com duas cargas Alguns modelos ano 2000 podem ser acionados duas vezes. Uma carga menor ativa o air bag em acidentes abaixo de 50 Km/h. A carga menor e uma carga auxiliar ativam o air bag se os sensores do computador de bordo forem detectarem que o impacto é superior a 50 Km/h. Infelizmente, um resgatista despreparado pode ver o air bag acionado e presumir que os air bags não constituem mais uma ameaça. Solução: Desconecte a bateria a fim de evitar este erro potencialmente perigoso. Mas lembre-se: as baterias podem estar localizadas em vários lugares do veículo, então você pode ter que procurar bastante antes de achá-la.

11.2.4 Regras gerais Mantenha-se afastado do caminho de expansão do airbag. Tenha em mente a regra do guru do desencarceramento Ron Moore, a regra 1525-50: Fique 15 centímetros distante dos air bags das portas, 25 centímetros distante dos air bags do lado do motorista e 50 centímetros distante do air bag do lado do passageiro. Não trabalhe com a ferramenta hidráulica na área de acondicionamento dos cilindros sob pressão Utilize contentores para o airbag do motorista Desligue a bateria assim que tiver desbloqueado vidros e portas elétricas. Tome cuidado, entretanto, por que os air bag são dotados de Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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capacitores que podem mantê-los energizados por até 20 minutos após o desligamento da bateria. A existência de Air bags frontais é de fácil visualização, bastando observar no volante e no painel a inscrição AIRBAG ou SRS. Desativar o sistema do air bag do passageiro ; Amarração do volante; Desconectar a conexão elétrica do dispositivo gerador do Gás; Estabilizar o veículo. OBS: Tramita no congresso nacional o projeto de lei 00115/2004, que obriga a instalação de Air bags frontais em todos os modelos de carro do país. Desconecte todas as baterias assim que possível. Alguns air bags, como o air bag de assento do Volvo e o air bag do motorista da Cherokee 1996, não podem ser desconectados. Eles são acionados mecanicamente e são muito perigosos para os resgatistas e para as vítimas.

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11.2.5 Ferragens A exposição de ferragens retorcidas e com soluções de continuidade, apresentam grande capacidade de provocar lesões penetrantes nas vítimas e nos bombeiros atuantes, portanto devemos adotar medidas de gerenciamento que minimizem o impacto que estes elementos podem provocar. Medidas preventivas: Uso de EPIs; Proteger a vítima com cobertores ou outro material; Cobrir com lonas partes pontiagudas e cortantes. Cobrir com lonas partes pontiagudas e fixá-las se houver risco de movimentação

11.2.6 Vidros Vidros quebrados ou até mesmo intactos oferecem riscos. Vidros quebrados têm em seus estilhaços riscos diversos para a vítima e socorrista, podem provocar cortes, entrar nos olhos, provocar quedas, etc. Os vidros intactos oferecem risco em decorrência de precisarem ser rompidos, principalmente os temperados, se estiverem na área de atuação das ferramentas. Medidas preventivas: Uso de EPIs; Proteger a vítima com cobertores ou outro material; Cobrir com lonas partes pontiagudas e cortantes.

11.2.7 Pré- tensionadores Os pré-tensionadores, que esticam o cinto de segurança logo antes do acionamento do air bag também constituem uma ameaça para os resgatistas. Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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Os pré-tensionadores podem estar embutidos no assento, adaptados ao assento, adaptados à coluna B ou embutidos na coluna B. Forçando os assentos com pré-tensionadores os resgatistas podem ativá-los. Volvos possuem pré-tensionadores na coluna B. Alguns carros novos possuem dois pré-tensionadores por assento. Para neutralizar os pré-tensionadores tire os cintos das vítimas.

1 2 . P r o d u t o s p e r i g o so s Não é improvável que uma equipe de resgate veicular acabe se defrontando com um acidente envolvendo produtos perigosos, afinal grande parte destes produtos tem no modal rodoviário o principal meio de transporte. A ação em um evento com produtos Perigosos deve ser conduzida por uma equipe de técnicos, cabendo às demais agências na cena tomar as medidas iniciais de gerenciamento de risco. Por isso o gerenciamento dos riscos envolvidos em acidentes com Produtos Perigosos são: Identificar o mais precocemente possível o envolvimento de Produtos Perigosos no acidente, através das informações iniciais, por meios informais (formato do veículo, logotipos, etc.) ou meios formais (painel de risco e rótulo de segurança) Isolamento inicial de 100 metros com as costas para o vento; Aproxime-se da cena de emergência com cuidado, tendo o vento pelas costas, tomando como referência o ponto de vazamento do produto perigoso; Evite qualquer tipo de contato com o produto perigoso; Identifique o produto perigoso; Isole o local do acidente impedindo a entrada de qualquer pessoa; Solicite a presença do socorro especializado; e Determine as ações iniciais de emergência, recomendadas no Manual de Emergências da ABIQUIM. O manual de Emergências da ABIQUIM é uma fonte de informação Inicial somente para os primeiros 30 minutos do acidente. Utilize suas recomendações para orientar as primeiras medidas na cena de emergenciais, até a chegada de uma equipe especializada, evitando riscos e a tomada de decisões incorretas.

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Cada produto perigoso é identificado por um número de 4 (quatro) algarismos, conhecido como número da ONU (Organização das Nações Unidas). Exemplo: o Gás de cozinha (GLP), possui o nº 1075. O Manual da ABIQUIM possui quatro seções identificadas por cores: AMARELA AZUL LARANJA VERDE SEÇÃO AMARELA Nas paginas amarelas do manual de emergências da ABIQUIM, os produtos perigosos relacionados por ordem numérica crescente. SEÇÃO AZUL Nas páginas azuis, os produtos perigosos estão relacionados por ordem alfabética. SEÇÃO LARANJA Nesta seção é encontrado uma série de 61 Guias de Emergência (numerados de 111 até 172). Guia emergencial nº 111 Se não for possível identificar o nº da ONU, o nome do produto perigoso, ou quando a carga for mista, utilize a gu ia de e m e r gê n cia n º 1 1 1 , que é a indicada para produtos perigosos em geral. Porém deve-se procurar informações sobre o produto o mais rápido possível. Sabendo-se o número da ONU devemos consultar as páginas amarelas do manual de Emergência. A coluna “guia Nº” indica a página laranja que deverá ser consultada. Nelas será encontrado informações sobre os riscos potenciais do produto perigoso e as ações de emergência a seguir. Não sendo possível identificar o nº da ONU ou o nome do produto perigoso, existe outra alternativa que é procurar o rótulo de risco do produto perigoso. Na parte inicial do Manual de Emergenciais da ABIQUIM existe uma Tabela de Rótulos de Risco e Guias Correspondentes para uso no local do incidente.

336 1206 Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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Este manual, originalmente, possui autoria no CBMESC, através da pessoa do Capitão xxxxxxx. Atualmente foi adaptado, atualizado e revisado pelo CBMDF.


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1 3 . O f i ci a l d e se g u r a n ça É preciso lembrar que o gerenciamento de riscos é efetuado como prioridade estratégica é um determinado momento da operação, mas continua sedo feito durante toda a operação. Esta preocupação é principalmente do Comandante da Operação, mas seguindo o princípio da modularidade do SCO, ele pode delegar esta atividade, designando um oficial (ou encarregado) de segurança. Este encarregado de segurança é quem vai identificar e gerenciar os riscos durante toda a operação, possuindo inclusive autoridade para interromper qualquer ação que julgue perigosa.

1 4 . S u p l e m e n t o Es p e c i a l s o b r e E P I . “O fluido h idr á u lico ( óle o m in e r a l) on de ve io a pe n e t r a r de n t r o da m ã o dir e it a ; pr e ssã o do fluido e r a 6 3 0 Ba r ( a pr ox . 9 ,1 5 0 psi) , e qu ipa m e n t o e m u so: t e sou r a cor t a n t e ou ( t e sou r a h idr á u lica LKS) , utilizada em cortes de veículos após chocarem- se. Loca l do a cide n t e : EUA. O a cide n t e ocor r e u du r a n t e u m t r e in a m e n t o qu e bom be iros fa zia m a o la do de u m a a u t o e st r a da n ort e a m e r ica n a . Or ie n t a çã o e r a pa r a r e t ir a r ( e v e n t u a l a cide n t a do de n t r o da ca r ca ça de auto batido). A mangueira hidráulica devido a movimentos constantes, soltou- se da m ot o bom ba e in su flou a r n a pa r t e in t e r n a da m ã o. O bombeiro não utilizava luvas para o treinamento. Após o a cide n t e , o pr oce dim e n t o de socor r o foi de ix a r loca l lim po e de sin fe t a r a o m á x im o. Por ca su a lida de u m e spe cia list a qu e e st a va n a s im e dia çõe s in t e r v e io. O óle o m in e r a l j á t in h a com e ça do a cor roer t e cidos gor du r osos da m ã o, j á e st a va in filt r a n do por t odo bra ço do acidentado. Pr oce dim e n t o m é dico: foi r e t ir a do o óle o qu e e st a v a n a pa r t e in t e r n a de m ã o e bra ço. Fe r ida n ã o pôde se r su t u r a da de vido a os da n os a o t e cido a t ra v é s de óle o, a ssim a fe r ida pr e cisou se r fe ch a da gradualmente, durante semanas de tratamento com fortes antibióticos e antiflamatórios. RESULTADOS Após lon ga s se m a n a s de t r a t a m e n t o su a m ã o v olt ou a n or m a lida de , só r e st a n do a s cica t rize s. Foi a lt e r a do o t ipo de Flu ido hidráulico e m u so, " Ae r o Flu ido 4 ." O Cor po de Bom be ir os pa ssou orie n t a çã o pa r a bom be ir os de t odos os EUA e in for m ou pa r a Fabricante da Tesoura Hidráulica do ocorrido. “ Fonte: http://www.bombeirosemergencia.com.br/desencarcerador.htm

Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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Bibliografia:

Lição5 – Gerenciamento dos riscos

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