111 DICAS PARA ADMINISTRAR O SEU DINHEIRO

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Administrar o seu Dinheiro

Administrar o seu Dinheiro

• Planeamento das suas dívidas • Dicas bancárias • Devem os pais pagar por trabalhos domésticos? • Compra de um carro • Prevenção contra fraude

111 Dicas Para Administrar o seu Dinheiro

Gelyn Musvosvi apresenta neste livro os seus muitos anos de experiência no munto da contabilidade e finanças. Tendo trabalhado anteriormente como professora na Universidade de Solusi e Executiva Financeira da empresa Gateway Incorporated, nos EUA, a Sra. Musvosvi é actualmente Reitora da Faculdade de Negócios no Colégio de Helderberg, Somerset West, África do Sul. Gelyn e o seu marido, o Pr. Simbarashe Musvosvi são os pais orgulhosos de três filhos adultos, Munyaradi, Tapiwanashe, e Rufaro. No seu tempo livre, Gelyn gosta de ler, pregar e passar tempo com a sua família.

Gelyn Musvosvi

Deseja estar equipado com os conhecimentos e perícias para tomar boas decisões financeiras? Apresentado de forma amistosa e não intimidadora, o livro, 111 Dicas para Administrar o seu Dinheiro confirma que não necessita de ser um génio financeiro para obter o proveito máximo do seu dinheiro. Encontrará neste guia útil uma rica fonte de conselhos práticos para cada família, enfatizando o envolvimento de todos os seus membros na administração dos recursos. A autora partilha as suas muitas experiências no mundo financeiro, através de uma grande variedade de dicas, incluindo: • Importantes conceitos financeiros • O que procurar nos investimentos • O valor de um bom cadastro de crédito • Qual a sua filosofia acerca do dinheiro?

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DICAS PARA

DICAS PARA

ISBN 978-1-920579-38-8

Casa Publicadora Angolana

Gelyn Musvosvi 9 781920 579388



Gelyn Musvosvi

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DICAS PARA Administrar o seu Dinheiro

Casa Publicadora Angolana


111 DICAS PARA ADMINISTRAR O SEU DINHEIRO Gelyn Musvosvi Copyright © Africa Publishing Company Africa Publishing Company

PO Box 111 Somerset Mall, 7137, África do Sul Tel: +27 (0)21 8527656 Fax: +27 (0)86 5022980 Email: info@africacopublishing.com

Distribuição Exclusiva em Angola pela Casa Publicadora Angolana Teixeira da Silva, Cidade Alta, Huambo, Angola +24424120417 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Este livro, ou qualquer parte do mesmo, não poderá ser reproduzido de maneira alguma, nem armazenado em sistema de recuperação, nem transmitido de qualquer forma ou meio – eletronicamente, mecanicamente, por meio de fotocópia, gravação, ou qualquer outra maneira – sem autorização prévia escrita do editor. A menos que em contrário indicado, todas as referências Bíblicas são retiradas da Bíblia Sagrada, Edição Revista e Corrigida de João Ferreira de Almeida. Copyright © 1991, pela Imprensa Bíblica Brasileira. Todos os direitos reservados mundialmente. Usado com permissão. ISBN: 978-1-920579-38-8 Publisher: Marcos Cruz Editor: Cindy Hurlow Tradução: Leila Neves Diagramação e design: Melanie Kriel Editora de Imagem: Cindy Hurlow Publicado na África do Sul Aviso: O editor faculta este livro ao público na esperança de que o mesmo forneça informações e orientações que beneficiem o leitor. No entanto, o leitor deve considerar o papel dos consultores financeiros profissionais, os quais estão autorizados a analisar as circunstâncias específicas de cada cliente e estão habilitados a oferecer o melhor aconselhamento possível em cada situação. O editor isenta-se de toda e qualquer responsabilidade no evento de surgir algum problema devido ao uso que o leitor fizer deste livro.


INDICE Introdução

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1. Finanças vs Contabilidade

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2. Uma perícia necessária

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3. Planeamento é tomada de decisões

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4. O que é Planeamento Financeiro Pessoal?

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5. Ferramentas necessárias

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6. Guarde todos os documentos fonte

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7. Seja organizado

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8. Arquivo adequado dos registos—manual

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9. Arquivo adequado dos registos—electrónico

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10. Envolva a família

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11. Com que idade devem os filhos ser instruídos acerca de dinheiro?

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12. Necessidades vs Desejos

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13. O planeamento ajuda a ter domínio próprio

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14. Rapazes e dinheiro

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15. Pressões da sociedade nos rapazes

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16. Raparigas e dinheiro

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17. Pressões da sociedade nas raparigas

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18. Benefícios da administração conjunta do dinheiro

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19. Economizem em família

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20. O que está a devorar o seu dinheiro?

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21. Recompensa da economia

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22. Ensine os seus filhos a economizarem para o que desejam

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23. Devem os pais pagar por tarefas domésticas?

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24. As crianças devem ganhar o dinheiro ao invés de apenas recebê-lo

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25. Lições contra o ‘roubo’ em casa

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26. Ensine os seus filhos a serem íntegros

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27. O que é o orçamento?

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28. Saiba quais são as receitas e as despesas

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29. Despesas fixas

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30. Despesas variáveis

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31. Consolide o orçamento

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32. O que é um orçamento de tesouraria?

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33. Como preparar um orçamento de tesouraria

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34. Reconciliação do orçamento

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35. Torne o seu orçamento eficaz

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36. Seja positivo

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37. Estique o pouco que tem

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38. Primeiro cuide das grandes fugas

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39. Estique o seu rendimento ilíquido

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40. Estique o seu rendimento disponível

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41. Estique o seu rendimento discricionário

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42. Não compre de forma ignorante

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43. Vale a pena procurar outros preços?

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44. Faça uma lista do que precisa

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45. Não vá às compras com o estômago vazio

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46. Compras em volume

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47. Faça o trabalho doméstico

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48. Cuide do seu jardim

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49. Alimente-se de refeições caseiras

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50. Economize na electricidade

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51. Poupe no combustível

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52. Procure pechinchas

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53. Conceitos financeiros importantes

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54. Valor temporal do dinheiro

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55. Acumulação

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56. Desconto

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57. Valor actual

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58. Valor futuro

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59. Valor actual líquido

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60. Taxas de juro

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61. Poupanças

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62. Dicas bancárias—parte 1

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63. Dicas bancárias—parte 2

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64. Reconcilie: os bancos também cometem erros!

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65. Compra de um carro—parte 1

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66. Compra de um carro—parte 2

74

67. O que são dívidas?

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68. Tipos diferentes de dívidas

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69. Antes de contrair dívidas

77

70. Quando a dívida é uma necessidade

78

71. Planeamento das dívidas

79

72. Gestão da sua dívida

80

73. Cartões de crédito

81

74. Empréstimos

82

75. O valor de um bom histórico de crédito

83

76. As consequências das dívidas

84

77. O que são investimentos?

85

78. O que considerar ao investir

86

79. Investimentos a curto prazo

87

80. Investimentos a longo prazo—parte 1

88

81. Investimentos a longo prazo—parte 2

89

82. Depósitos a prazo

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83. Invista na sua reforma

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84. Fundos de pensões

92

85. Propriedade

93

86. Acções

94

87. Invista na educação dos seus filhos

95

88. Fundos fiduciários

96

89. O que é gestão de risco?

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90. Seguros

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91. Seguro médico

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92. O cuidado com a sua saúde é o melhor seguro médico

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93. Prevenção da fraude—parte 1

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94. Prevenção da fraude—parte 2

102

95. Prepare um testamento

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96. Esteja preparado para calamidades

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97. No princípio, Deus …

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98. Qual é a sua filosofia sobre o dinheiro?

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99. Mito dinheiro = Felicidade

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100. Mito dinheiro = Amor

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101. O dinheiro nos tempos da bíblia

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102. Finanças bíblicas nos tempos actuais

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103. Mordomia

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104. Dízimo

112

105. ‘Pagamos’ nós o dízimo?

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106. Ofertas

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107. Seja sócio de Deus—parte 1

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108. Seja sócio de Deus—parte 2

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109. Seja sócio de Deus—parte 3

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110. Tranquilidade

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111. Onde está o seu tesouro?

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INTRODUÇÃO

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stou certa de que ao ver o título do livro pensou, ‘Dinheiro!’ Está correcto em pensar dessa forma. Iremos de facto falar sobre dinheiro, mas focaremos a nossa atenção principalmente na forma de administrar esse dinheiro. Gostaria de comparar a administração financeira a um volante, o qual é usado para manobrar um automóvel. Certa vez, depois de ter sido convidada para apresentar um seminário sobre Administração Financeira Pessoal numa igreja, um amigo disse-me, “Pensei ir à apresentação, mas não tenho muito dinheiro para administrar, vivo de mês para mês!” Depois fiz ao meu amigo uma pergunta que pode até parecer estranha: “Quando é que precisas mais do volante – quando o carro é o único veículo numa estrada direita e plana ou quando estás a conduzir numa estrada montanhosa com muitas curvas apertadas e penhascos íngremes?” 8

“Precisaria do volante sempre, mas sem dúvida que necessitaria mais dele nas curvas!” afirmou ele. Então eu disse-lhe, “Estás certo. E, da mesma forma, precisas desta apresentação mais do que nunca. Cada rand deve ser planeado, encaminhado, e controlado para que chegues bem ao fim da tua jornada financeira!” Faça esta viagem comigo aos descobrirmos as 111 dicas para administrar o seu dinheiro.

Chamamos a atenção do leitor para o facto de que o Rand Sul-Africano, utilizado nos exemplos e quadros, serve apenas para fins de ilustração. Contudo, a norma apresentada constitui o ponto importante, podendo os mesmos princípios ser aplicados à moeda local. Os Editores.


1. FINANÇAS VS CONTABILIDADE

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ão Finanças o mesmo que Contabilidade? Tive o privilégio de ensinar as duas disciplinas no colégio e digo sempre aos meus estudantes que os conceitos de Finanças e a Contabilidades são ‘primos’. Não vamos debater qual é mais velha nesta relação! Se alguém lhe pedisse para ‘dar conta’ de onde esteve a noite anterior, o que a pessoa realmente pede é para explicar, relatar, descrever, e contar-lhe a história de onde esteve a noite passada. Em termos financeiros, a contabilidade requer o relatório, explicação, e descrição do seu histórico financeiro. O conhecimento do seu histórico financeiro sem qualquer acção não ajudaria, certo? O que fazer com este histórico financeiro é onde entram as Finanças. Por conseguinte, o conceito de finanças é a ‘arte’ de administrar o seu dinheiro e outros bens. Portanto, podemos afirmar que a Contabilidade é o histórico de como foi gerido o seu dinheiro e outros bens no passado, e Finanças é a extracção da informação de registos contabilísticos anteriores (assim como do seu meio ambiente, economia e gestão), a fim de habilitá-lo a tomar decisões futuras. Na realidade, não podemos ter um dos primos sem o outro!

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2. UMA PERÍCIA NECESSÁRIA

S

e eu fosse responsável pelos sistemas de educação mundiais, recomendaria a frequência obrigatória de um Curso de Finanças Pessoais, de todos os estudantes antes que estes recebessem o seu diploma ou licenciatura de qualquer colégio ou universidade. De facto, insistiria em alguma forma de instrução em Finanças Pessoais mesmo antes dos estudantes terminarem o ensino secundário. Antes dos leitores pensarem que posso estar simplesmente a criar a necessidade de uma matéria que ensino e da qual gosto, deixem-me explicar.

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Finanças pessoais são definidas no Dicionário Investopedia da seguinte forma: “Todas as decisões e actividades financeiras de um indivíduo. Isto pode incluir orçamentos, seguros, poupanças, investimentos, serviços de dívida, hipotecas e muito mais.” Da mesma forma que as crianças são ensinadas a ler e escrever porque farão uso dessas perícias na sua vida diária, também é importante que os estudantes aprendam a tomar boas decisões financeiras, pois precisam desta competência na sua vida diária. Qualquer pessoa que possua dinheiro ou outros bens deve aprender a administrá-los e controlá-los de forma eficaz. Os princípios e técnicas utilizadas para administração de finanças pessoais são semelhantes às usadas na gestão de finanças empresariais, com a diferença dos princípios e técnicas aplicáveis a finanças pessoais serem em menor escala e a título individual. Possui esta Precisa dela!

competência?


3. PLANEAMENTO É TOMADA DE DECISÕES

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a essência, o planeamento constitui a tomada de decisões. Cada pessoa tem que decidir quais são os seus objectivos financeiros. Após saber quais os seus principais objectivos financeiros, deverá concentrar-se neles durante todo o processo de planeamento. Muitos de nós temos sonhos maravilhosos com respeito à nossa situação financeira mas, para muitos, estes sonhos não passam de tal até morrermos. Então, o primeiro passo no planeamento financeiro pessoal é o estabelecimento de objectivos financeiros realistas. No princípio de cada semestre, normalmente pergunto aos meus alunos qual a nota que gostariam de obter no fim do semestre. Nunca tive um aluno que quisesse um ‘F’ como seu alvo final! Contudo, no fim do semestre não me surpreendo quando vejo que os alunos que desejaram um ‘A’ encontram-se na categoria ‘F’. Um dos problemas que tenho notado é que muitos dos meus alunos sabem qual é o seu objectivo principal, mas muito poucos sabem como planear para alcançá-lo. O planeamento financeiro requer que estabeleça objectivos financeiros realistas e que trace a forma de alcançar esses objectivos, devendo verificar constantemente se está no caminho certo. Qual é o seu objectivo financeiro?

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4. O QUE É PLANEAMENTO FINANCEIRO PESSOAL?

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planeamento financeiro pessoal não é tão complicado como parece. Planeamento é simplesmente o processo de determinação de objectivos, desenvolvimento de estratégias, e elaboração de tarefas e planos para a realização dos objectivos. Portanto, o Planeamento Financeiro Pessoal pode ser definido como o processo de fixação de objectivos, desenvolvimento de estratégias e elaboração de tarefas e planos para realização dos seus objectivos financeiros pessoais. É importante lembrar que o planeamento financeiro pessoal é um processo e não um resultado final. É adicionado um elemento necessário ao próximo até que os objectivos sejam alcançados. Por vezes pode ser necessário reexaminar o processo, especialmente quando não estão a ser obtidos os resultados desejados.

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Lembre-se igualmente que um plano nunca é escrito em pedra. Necessita de estar disposto a analisar cada elemento, em cada fase, e determinar se é um bom ponto de partida para o próximo elemento necessário. Em caso negativo, deverá adaptar o seu plano. Nas dicas seguintes vamos analisar os melhores processos a utilizar para poder realizar os seus objectivos financeiros.


5. FERRAMENTAS NECESSÁRIAS

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ara além de uma caneta, papel, e uma simples máquina de calcular, não necessita de quaisquer ferramentas especializadas para elaboração, manutenção e administração das suas finanças domésticas. Pode até nem precisar de uma máquina de calcular se a sua aritmética for boa. Contudo, tendo dito isto, o conhecimento de certos programas pode facilitar grandemente a gestão dos seus registos financeiros. Indico algumas ferramentas que o ajudarão a administrar as suas finanças: • Máquina de calcular – para adição e subtracção. • Calculadora financeira – esta ajuda com cálculos de acumulação, descontos e valor presente líquido. • Planilhas—o conhecimento de planilhas como Microsoft Excel é aconselhável. Após escrever as funções relevantes na sua planilha Excel, esta fará os cálculos sempre que inserir quaisquer números. O programa Excel pode também ajudar com os cálculos do valor temporal do dinheiro. Pode estar a perguntar-se, ‘Mas como é que uso Excel?’ Se abrir o Google e digitar “como usar uma planilha Excel”, irá ficar surpreso com a quantidade de páginas que oferecem esta informação de graça. Existe ainda um tutório no YouTube que poderá seguir e utilizar. • O quadro financeiro é outra ferramenta que pode utilizar para cálculos de acumulação ou descontos. • Livro e caneta—estes são necessários, especialmente se não vai depender do computador para armazenar os dados.

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6. GUARDE TODOS OS DOCUMENTOS FONTE

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s contabilistas usam o nome ‘documentos fonte’ para se referirem aos documentos originais que descrevem o ocorrido, a data e o preço. Um destes documentos é o recibo de pagamento. Por exemplo, um recibo da caixa registadora pode indicar como, no dia 12 de Dezembro de 2012, comprou 13 artigos no Shoprite, que custaram R156. Indica o nome da pessoa na caixa que recebeu o dinheiro ou que vendeu os artigos em crédito. A única coisa que o talão não indica é o seu nome, mas o resto da informação estará lá incluída.

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Com as novas tecnologias, os documentos fonte podem ser electrónicos, mantendo a sua função de verificação do histórico financeiro. Quais são alguns dos outros documentos fonte? Todos os documentos que recebe como comprovativo do seu histórico financeiro são documentos fonte. Por exemplo, se comprar um bilhete de autocarro, fique com o talão. Se comprar combustível, mantenha um livro de registo indicando o número de quilómetros viajados, aonde foi e qual o motivo da deslocação, quando é que reabasteceu o tanque e quantos litros de combustível colocou no automóvel (o melhor é que o talão até indica o nome da estação de serviço onde reabasteceu). Se pagar aos seus filhos por algum trabalho que tenham feito, aconselho-o a registar o acontecido e assinar. Pode parecer insensível, como se não confiasse neles, mas está desta forma a ensiná-los para o mundo real. No fim do mês, se tiver registado todas as suas actividades financeiras (por muito pequenas que sejam) poderá ficar surpreso ao constatar quanto gastou! Isto irá ajudá-lo a fazer melhores escolhas no futuro.


7. SEJA ORGANIZADO

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a dica anterior aconselhei a guardar todos os documentos fonte mas, se estes forem deixados em qualquer lugar, criam apenas confusão! Organizar a sua vida e saber onde encontrar o que precisa irá poupar-lhe horas desperdiçadas. Uma das minhas sobrinhas colocou o seguinte no Facebook: “Gosto quando escondo as coisas tão bem que nem eu consigo encontrá-las… 2 horas perdidas!” Considere desta forma: será responsabilizado perante o Senhor pelas horas que gastou nesta terra. Certamente não quer relatar que metade do seu tempo foi passado à procura de coisas que tinha e que ‘escondeu’. Uma forma de acabar com o zelo na administração das suas finanças é deixar os seus documentos fonte em lugares onde vai ser difícil encontrá-los e depois passar horas à sua procura. As duas dicas seguintes tratam do arquivo manual e electrónico dos documentos. Estas são duas das melhores ferramentas para manter os seus documentos organizados e a sua casa livre de confusão.

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8. ARQUIVO ADEQUADO DOS REGISTOS— MANUAL

E

u sei que muito poucas pessoas gostam de arquivar papéis. Gostamos de colocar os papéis ‘em algum lugar onde depois nos lembraremos’ e, vinte minutos depois, já nos esquecemos onde deixámos um envelope muito importante com recibos! Todos os documentos financeiros devem ser guardados de forma ordenada para facilitar o acesso aos mesmos. Ficam aqui algumas dicas sobre o arquivo de documentos: • Não guarde papel desnecessário (ex. os envelopes onde vêem as suas facturas e recibos). Evite imprimir facturas e recibos ou documentos electrónicos (veja a próxima dica sobre arquivos electrónicos). • Utilize um armário de arquivo ao invés da superfície da secretária para guardar os documentos.

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• Tenha uma bandeja de entradas para colocar todos os documentos quando os recebe. No fim de cada dia (ou semana, no máximo) esvazie a bandeja ao arquivar ou destruir o que não é necessário. Não guarde documentos na bandeja de entradas durante muito tempo porque depois pode ser difícil organizá-los de uma vez. • Coloque rótulos nas pastas de arquivo de forma a poderem ser reconhecidos por qualquer pessoa que possa querer ajudar. Pode agrupar as pastas em ordem alfabética ou em grupos para facilitar o acesso. • Depois de ter remetido a sua declaração de impostos, agrafe todos os documentos comprovativos a esta declaração e arquive em outro armário durante três anos – caso os serviços fiscais decidam realizar uma auditoria. • Os documentos que não são necessários para os serviços fiscais e que tenham mais do que um ano devem ser destruídos – a menos que se trate de um recibo de alguma compra significativa com garantia superior a um ano (ex. computador ou máquina de costura).

Divirta-se a arquivar!


9. ARQUIVO ADEQUADO DOS REGISTOS— ELECTRÓNICO

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ou a conhecer a minha idade ao me recordar muito bem quando apareceram os computadores no princípio dos anos ‘80. Falava-se de ‘gabinetes sem papel’. Iríamos realizar todos os negócios sem papéis por todo o lado como prova do que tínhamos feito! Na realidade, devo dizer que tenho verificado uma enorme redução na utilização de papel. Quando pago as minhas contas, praticamente não uso papel – incluindo notas. Em vez disso faço transferências electrónicas. Da mesma forma, podemos ter arquivos sem papéis! Mas como é que se arquivam facturas e recibos electrónicos? • Crie uma pasta no seu computador chamada Administração Financeira. • Crie outras subpastas de acordo com o ano. • Nas subpastas anuais crie outras pastas para as diversas actividades, por exemplo, ‘Facturas’. • Guarde todos os documentos em formato PDF para evitar que sejam alterados. • Seja consistente com o seu sistema de arquivo, para facilitar a busca de documentos. • Não deixe para amanhã o que pode arquivar hoje. O arquivo electrónico requer apenas um clique. • Faça sempre cópias de segurança e lembrese que o computador pode avariar ou ser roubado, então é recomendado que tenha uma cópia de segurança externa (ex. disco rígido externo).

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10. ENVOLVA A FAMÍLIA

S

e tem família então o seu planeamento financeiro deverá envolver todos os membros do agregado familiar.

Reúna os membros da sua família – do mais novo ao mais velho – deixe que cada um deles expresse quais são os seus objectivos. O envolvimento das crianças neste processo está a formá-los para o futuro, quando terão que lidar com dinheiro. Como chefe de família, necessitará de dirigir a reunião, visando chegar a um consenso sobre os objectivos realistas da família.

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Debata com toda a família como cada membro pode ajudar a tornar os objectivos realizáveis. Presumamos que o seu objectivo é construir uma casa para quando se reformar nos próximos dez anos. Por outro lado, o objectivo do seu cônjuge é comprar um apartamento que gere rendimentos. Os seus dois filhos adolescentes têm os seus próprios alvos. Se não chegarem a um acordo, qual o objectivo que vão seguir? É muito possível que, no evento de não chegarem a consenso acerca do alvo a seguir, não serão alcançados nenhuns objectivos uma vez que os recursos serão divididos em muitas direcções. É preferível conversarem uns com os outros como família e decidirem quais os objectivos que serão realizados. As próximas dicas abordam a forma como cada membro da família pode participar activamente na administração das finanças domésticas.



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Gelyn Musvosvi apresenta neste livro os seus muitos anos de experiência no munto da contabilidade e finanças. Tendo trabalhado anteriormente como professora na Universidade de Solusi e Executiva Financeira da empresa Gateway Incorporated, nos EUA, a Sra. Musvosvi é actualmente Reitora da Faculdade de Negócios no Colégio de Helderberg, Somerset West, África do Sul. Gelyn e o seu marido, o Pr. Simbarashe Musvosvi são os pais orgulhosos de três filhos adultos, Munyaradi, Tapiwanashe, e Rufaro. No seu tempo livre, Gelyn gosta de ler, pregar e passar tempo com a sua família.

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Deseja estar equipado com os conhecimentos e perícias para tomar boas decisões financeiras? Apresentado de forma amistosa e não intimidadora, o livro, 111 Dicas para Administrar o seu Dinheiro confirma que não necessita de ser um génio financeiro para obter o proveito máximo do seu dinheiro. Encontrará neste guia útil uma rica fonte de conselhos práticos para cada família, enfatizando o envolvimento de todos os seus membros na administração dos recursos. A autora partilha as suas muitas experiências no mundo financeiro, através de uma grande variedade de dicas, incluindo: • Importantes conceitos financeiros • O que procurar nos investimentos • O valor de um bom cadastro de crédito • Qual a sua filosofia acerca do dinheiro?

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DICAS PARA

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ISBN 978-1-920579-38-8

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