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A importância do ESG

Ações da cadeia produtiva do tabaco estão em acordo com a sigla

A vigésima edição da Expoagro Aubra, que deveria ter acontecido em 2020, foi realizada somente em 2022, em função da pandemia de Covid-19 que assolou o país e o mundo. Foi uma feira especial, a de retomada dos eventos, por muitos aguardada. No lançamento, quando acolhemos inúmeras autoridades, o destaque foi a palestra do vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Sr. Domingos Velho Lopes, que, mais tarde, veio a assumir a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul. A abertura e a realização da feira, pela primeira vez estendida para quatro dias, entre eles o sábado, para oportunizar a participação de visitantes da área urbana, foi providencial. Tivemos a presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior e, no último dia, do governador Eduardo Leite. A participação dos patrocinadores, dos expositores e de agroindústrias, apoiadas por instituições públicas, contribuiu para o sucesso de nosso evento. Isso não só nos deixou imensamente felizes como fortaleceu o ânimo para programarmos para 2023 a vigésima primeira edição.

Um tema que está em evidência, e que merece uma atenção especial nesta edição da Expoagro Afubra, é o Envaironmental, Social e Governance (ESG, na sigla em inglês), que significa ambiental, social e governança. Trata-se de um assunto em voga agora, mas que há muitos anos foi abordado, primeiramente, como três pês: planet (planeta), people (pessoas) e profit (lucro). Posteriormente, passou-se a denominar sustentabilidade, tendo como foco o ambiental, o social e a economia. Dessas versões, que antecederam o ESG, foi conservada sua base ambiental e social, e alterado, gradativamente, o termo lucro para economia e, atualmente, para governança. A agenda ESG é um marco importante do atual mercado, e as organizações precisam criar políticas para estruturar suas atividades, de modo sustentável, com maior atenção, num primeiro momento, para as empresas exportadoras. Os países importadores, em especial, a Europa, estão selecionando as empresas que respeitam e melhor atendem à agenda ESG.

Felizmente, a cadeia produtiva do tabaco é pioneira na observância dos requisitos exigidos. Já nos anos de 1980, o setor preocupava-se com o plantio de mata energética para suprir suas necessidades de cura do tabaco, passando, desde então, a não mais utilizar a mata nativa para esse fim. Nos tratos culturais, foi adotado o uso de defensivos de tão-somente 1,1 kg de princípio ativo, cujas embalagens vazias, utilizadas nas lavouras de tabaco e em todas as culturas produzidas pelo fumicultor, passaram a ser recolhidas. Além disso, outras ações são realizadas anualmente e de forma contínua para minimizar o impacto que geram ao meio ambiente, como o recolhimento de óleo saturado, por exemplo. Também são desenvolvidas atividades de coleta de sementes de árvores de matas nativas, de geração de novas fontes de energia, de preservação do solo para evitar doenças e garantir maior produtividade, entre outras. No âmbito social, o foco é a justiça social, alinhada com todos os públicos, mantendo métodos de parceria, de transparência e de respeitabilidade entre pessoas físicas e jurídicas.

O trabalho do Instituto Crescer Legal, através do Sinditabaco e suas empresas associadas, assim como o Projeto Verde é Vida, desenvolvido pela Afubra em conjunto com municípios, com apoio de prefeituras, através de suas Secretarias de Educação que, por sua vez, envolvem professores, alunos, pais e comunidade em geral, têm mostrado que é possível trabalhar juntos para melhorar as técnicas de produção, harmonizandoas com o ambiente em que vivemos. Quanto à governança, tanto o Instituto Crescer Legal quanto o Projeto Verde é Vida desenvolvem cursos específicos, presenciais e a distância, para formar e instrumentalizar jovens do campo com as melhores técnicas de preparação para gerir as propriedades agrícolas. Enfim, em termos de ESG, temos certeza de que a cadeia produtiva brasileira é a mais abrangente e capacitada entre os países produtores de tabaco.

Estamos preparando a 21ª Expoagro Afubra com esse enfoque, e com todo esmero e dedicação. Aproveitamos, assim, a oportunidade para convidar a todos os produtores rurais e as pessoas dos centros urbanos para visitar-nos de 21 a 24 de março de 2023, em Rincão Del Rey, Rio Pardo/RS. Além de produtos alimentícios, produzidos por agroindústrias familiares, são oferecidos produtos de artesanatos, flores e folhagens. Empresas fornecedoras de insumos agrícolas e de tecnologia, de máquinas, equipamentos e ferramentas agrícolas lá estarão. Tem atrações e produtos que agradam tanto ao campo quanto à cidade. Não deixem de conferir.

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