Afubra - Revista Expoagro 2023

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Solo é fonte de alimento e riqueza Premissa da Agro-Comercial Afubra Tecnologia e muita informação na Expoagro Afubra 2023

Foto: Luís Fernando Bertuol

Preservar para produzir CONSERVAÇÃO 10

Índice EDUCAÇÃO AMBIENTAL 24 Espaço reúne atualidades à disposição do produtor

O tabaco e o ESG PALAVRA DO PRESIDENTE 5 Feijão em estudo pela Afubra e Embrapa DIVERSIFICAÇÃO 14 Setores tradicionais se organizam para receber os visitantes

Foto: Nataniél Sampaio

Casa do Associado é o espaço do mutualista ASSOCIADO 30

ESPAÇO DA INOVAÇÃO 40

PROGRAMAÇÃO 33 Como acessar o Parque da Expoagro Afubra ACESSO AO PARQUE 48

Coordenação Geral: Eng. Agr. Marco Antonio Dornelles

Coordenação Editorial: Luciana Jost Radtke / Márcio Almeida

Coordenação Gráfica: Ana Luisa de Lara

Coordenação Publicitária: Alex Bonelli

51 3713-7700

Website: www.afubra.com.br

E-mail: expoagro@afubra.com.br

Textos: Cristina Severgnini (MTb/RS 9.231) e Michelle Treichel (MTb/RS 12.559)

Capa: Marketing Afubra

Projeto Gráfico: Cristiano Henrique Schindler

Diagramação: Sadraque Lenz Veiga

Colaboração: Sabine Hentschke

Impressão: Art Laser Gráfica e Editora

Tiragem: 30 mil exemplares

Distribuição gratuita

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Revista Expoagro Afubra 2023 – 17ª edição Publicação da Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra Rua Júlio de Castilhos, 1031 96810-156 – Santa Cruz do Sul – RS Telefone:
Expoagro Afubra BR 471 – Km 161 – Rincão del Rey – Rio Pardo – RS
Expediente Compromissos e desafios PALAVRA DO COORDENADOR 4 Assistência técnica gratuita auxilia o produtor AGRO-COMERCIAL AFUBRA 6 Recuperação de nascentes é aliada à sustentabilidade

PALAVRA DO COORDENADOR

Novos compromissos com grandes desafios

Em 2022 retornamos a realizar a feira, depois de dois anos. Foi um grande desafio e com muitas incertezas pela segurança de todos. Por fim, o resultado do grande público presente e também a maior procura por empresas expositoras, fez da 20ª edição a maior não apenas em números, mas mostrou, também, a importância para os produtores rurais. Nossos agradecimentos aos expositores, patrocinadores e aos produtores rurais, sempre buscando conhecimento e atualização em suas atividades. Este resultado projetou a feira a um novo patamar no cenário de feiras e eventos voltados ao agronegócio. Para esta 21ª edição, nosso desafio e compromisso é maior; superar as necessidades estruturais como a realização em quatro dias, o fluxo de entrada no parque, estacionamento, restaurantes e lancherias, banheiros e ampliação da área de exposição.

Mas é com a programação que a feira, na dimensão tecnológica, busca acompanhar este “momento de fortes mudanças” e trazer aos produtores inovações tecnológicas sob todas as formas, como máquinas, equipamentos, programas governamentais, serviços de crédito, de gestão de riscos, serviços de gestão de negócios, comunicação e comercialização, serviços ambientais e outros.

Lançado na última edição, o Espaço de Inovação do Agro reúne muitas novidades e inovações, principalmente, pela forma dinâmica de equacionar os desafios ou as dificuldades dos agricultores e das empresas e instituições do meio rural. Esta nova dinâmica busca encurtar ao máximo o tempo de resolução destes desafios que todos nós vivemos e, assim, acompanharmos as mudanças como forma de superação. Na programação estarão sendo realizados exposição de startups, rodadas de inovação do Startup Lab, Prêmio Afubra Nimeq de Inovação Tecnológica, Mostra Científica Verde é Vida, Fórum de Educação Rural, Painéis de Inovação, cases de produtores inovadores, além de oficinas e reuniões de Ecossistemas Regionais de Inovação e Inova-RS.

Destaque também na programação para dia do Arroz no estande do Irga, os estandes da Emater-RS e da Embrapa e o Pavilhão da Agricultura Familiar. O Fórum de Diversificação de Produção Agropecuária, juntamente com o Corede-VRP vai reunir as Cooperativas Agrícolas Familiares da região.

A área ambiental se apresenta como mais uma oportunidade de o setor rural mostrar sua contribuição. É preciso o apoio governamental, mas, principalmente, da agenda e compromisso de empresas privadas que vem desenvolvendo várias ações juntamente com o protagonismo dos produtores rurais.

A inovação da feira se completa nos estandes de cada expositor que fortemente investem e trazem as mais diversas novidades sob todas as formas de produtos e serviços buscando atender as necessidades dos produtores rurais.

Deixamos agradecimentos as instituições de apoio como a Brigada Militar, ao Corpo de Bombeiros, a Polícia Rodoviária Federal, a Banda do 7º BIB, a Unimed (Vales Rio Pardo e Taquari), a Prefeitura de Rio Pardo e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul.

Aguardamos a todos agricultores e associados da Afubra de 21 a 24 de março de 2023 para mais uma edição da Expoagro Afubra, com muitas atrações.

SERVIÇOS

Quando: 21, 22, 23 e 24 de março de 2023

Onde: Parque da Expoagro Afubra BR 471, km 161, Rincão del Rey, Rio Pardo/RS Clique ao lado e tenha a localização por GPS Clique ao lado e tenha a localização por GPS

Horário: 8 às 18 horas, com entrada franca

Ônibus grátis: de hora em hora, a partir das 8h, fazendo o trajeto de ida e volta, da matriz da Afubra (Rua Júlio de Castilhos, Santa Cruz do Sul) até o Parque da Expoagro Afubra. De Rio Pardo, um horário na parte da manhã, com saída em frente ao escritório da Emater.

Expositores:

mais de 400, entre empresas, instituições e entidades.

Alimentação:

2 restaurantes com buffet

1 alaminuta

4 lancherias

Estacionamento interno gratuito

Informações:

Site: www.afubra.com.br / E-mail: expoagro@afubra.com.br

Atrações:

Exposição de máquinas e equipamentos, lavouras demonstrativas, Dinâmica de Máquinas, Dia do Arroz, Piscicultura, Animais (caprinos, ovinos, equinos, gado de corte e de leite, aves), Seminário de Turismo Rural, Fórum de Diversificação, palestras técnicas, avicultura colonial, Usina de Biodiesel, Quintais Orgânicos, Agroindústrias Familiares, Espaço de Inovação do Agro, Hortaliças, Área Florestal, entre outras.

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21ª Expoagro Afubra com objetivo de levar conhecimento Marco Antonio Dornelles Coordenador Geral 21ª EXPOAGRO AFUBRA
SERVIÇOS
21ª EXPOAGRO AFUBRA Foto: Bruno Pedry Acesse aqui:

A importância do ESG

Ações da cadeia produtiva do tabaco estão em acordo com a sigla

A vigésima edição da Expoagro Aubra, que deveria ter acontecido em 2020, foi realizada somente em 2022, em função da pandemia de Covid-19 que assolou o país e o mundo. Foi uma feira especial, a de retomada dos eventos, por muitos aguardada. No lançamento, quando acolhemos inúmeras autoridades, o destaque foi a palestra do vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Sr. Domingos Velho Lopes, que, mais tarde, veio a assumir a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul. A abertura e a realização da feira, pela primeira vez estendida para quatro dias, entre eles o sábado, para oportunizar a participação de visitantes da área urbana, foi providencial. Tivemos a presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior e, no último dia, do governador Eduardo Leite. A participação dos patrocinadores, dos expositores e de agroindústrias, apoiadas por instituições públicas, contribuiu para o sucesso de nosso evento. Isso não só nos deixou imensamente felizes como fortaleceu o ânimo para programarmos para 2023 a vigésima primeira edição.

Um tema que está em evidência, e que merece uma atenção especial nesta edição da Expoagro Afubra, é o Envaironmental, Social e Governance (ESG, na sigla em inglês), que significa ambiental, social e governança. Trata-se de um assunto em voga agora, mas que há muitos anos foi abordado, primeiramente, como três pês: planet (planeta), people (pessoas) e profit (lucro). Posteriormente, passou-se a denominar sustentabilidade, tendo como foco o ambiental, o social e a economia. Dessas versões, que antecederam o ESG, foi conservada sua base ambiental e social, e alterado, gradativamente, o termo lucro para economia e, atualmente, para governança. A agenda ESG é um marco importante do atual mercado, e as organizações precisam criar políticas para estruturar suas atividades, de modo sustentável, com maior atenção, num primeiro momento, para as empresas exportadoras. Os países importadores, em especial, a Europa, estão selecionando as empresas que respeitam e melhor atendem à agenda ESG.

Felizmente, a cadeia produtiva do tabaco é pioneira na observância dos requisitos exigidos. Já nos anos de 1980, o setor preocupava-se com o plantio de mata energética para suprir suas necessidades de cura do tabaco, passando, desde então, a não mais utilizar a mata nativa para esse fim. Nos tratos culturais, foi adotado o uso de defensivos de tão-somente 1,1 kg de princípio ativo, cujas embalagens vazias, utilizadas nas lavouras de tabaco e em todas as culturas produzidas pelo fumicultor, passaram a ser recolhidas. Além disso, outras ações são realizadas anualmente e de forma contínua para minimizar o impacto que geram ao meio ambiente, como o recolhimento de óleo saturado, por exemplo. Também são desenvolvidas atividades de coleta de sementes de árvores de matas nativas, de geração de novas fontes de energia, de preservação do solo para evitar doenças e garantir maior produtividade, entre outras. No âmbito social, o foco é a justiça social, alinhada com todos os públicos, mantendo métodos de parceria, de transparência e de respeitabilidade entre pessoas físicas e jurídicas.

O trabalho do Instituto Crescer Legal, através do Sinditabaco e suas empresas associadas, assim como o Projeto Verde é Vida, desenvolvido pela Afubra em conjunto com municípios, com apoio de prefeituras, através de suas Secretarias de Educação que, por sua vez, envolvem professores, alunos, pais e comunidade em geral, têm mostrado que é possível trabalhar juntos para melhorar as técnicas de produção, harmonizandoas com o ambiente em que vivemos. Quanto à governança, tanto o Instituto Crescer Legal quanto o Projeto Verde é Vida desenvolvem cursos específicos, presenciais e a distância, para formar e instrumentalizar jovens do campo com as melhores técnicas de preparação para gerir as propriedades agrícolas. Enfim, em termos de ESG, temos certeza de que a cadeia produtiva brasileira é a mais abrangente e capacitada entre os países produtores de tabaco.

Estamos preparando a 21ª Expoagro Afubra com esse enfoque, e com todo esmero e dedicação. Aproveitamos, assim, a oportunidade para convidar a todos os produtores rurais e as pessoas dos centros urbanos para visitar-nos de 21 a 24 de março de 2023, em Rincão Del Rey, Rio Pardo/RS. Além de produtos alimentícios, produzidos por agroindústrias familiares, são oferecidos produtos de artesanatos, flores e folhagens. Empresas fornecedoras de insumos agrícolas e de tecnologia, de máquinas, equipamentos e ferramentas agrícolas lá estarão. Tem atrações e produtos que agradam tanto ao campo quanto à cidade. Não deixem de conferir.

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Marco Antonio Dornelles Coordenador Geral Benício Albano Werner Presidente da Afubra Diretoria da Afubra
PALAVRA DO PRESIDENTE
Foto: Bruno Pedry Foto: Luciana Jost Radtke

Uma potência que cresce e fortalece

Trabalho da Agro-Comercial Afubra se diversifica com o passar dos anos, mas a base principal continua sendo o trabalho de suporte para os agricultores

Uma trajetória de sucesso alicerçada em muito trabalho e entrega. Assim é a história da Agro-Comercial Afubra Ltda. No final da década de 1950, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) criou o Departamento de Fomento Agropecuário, cujo papel principal era prestar orientação técnica gratuita aos associados nas culturas complementares ao tabaco e realizar a venda de insumos, ferramentas e máquinas de qualidade. Com o passar dos anos, o trabalho se expandiu para outros estados do Sul do País, com a abertura de novas filiais. Em 1994, foi fundada a Agro-Comercial Afubra Ltda., que, desde então, se mantém na estrada do desenvolvimento. O diretor-presidente da Agro-Comercial Afubra, Romeu Schneider, revela que, atualmente, são 29 lojas, sendo 15 no Rio Grande do Sul, nove em Santa Catarina e outras quatro no Paraná.

A Agro-Comercial Afubra ainda possui um Posto de Vendas (Dom Feliciano/RS); duas Centrais de Distribuição (Santa Cruz do Sul/RS e Mafra/SC); uma Unidade de Recebimento de Grãos (Rio Pardo/RS), um Centro de Difusão Agropecuário (Rio Pardo/RS) e o e-commerce. Além do atendimento nas lojas físicas, a empresa mantém uma ampla área de atuação, com o suporte de 165 consultores técnicos que atendem mais de 35 mil produtores, em 251 municípios, através das vendas externas e assistência à lavoura. Tudo isso vai ao encontro da missão da Agro-Comercial Afubra, que é proporcionar bem-estar aos associados, clientes e comunidades, de programas socioambientais e soluções inovadoras no comércio e bens e serviços, de alternativas na agricultura familiar e no agronegócio.

“A Agro-Comercial Afubra Ltda teve um crescimento muito significativo nos últimos anos, em todos os sentidos,

incluindo o varejo urbano e o agrícola. Obviamente, com o crescimento do agronegócio e a necessidade de alimentos, esse segmento cresceu exponencialmente, levando-nos a patamares antes não imaginados”, ressalta Schneider. O dirigente conta que os desafios foram enormes, com grandes investimentos, como a construção de Unidade de Recebimento de Grãos para armazenar e comprar soja, trigo e milho. “Sem dúvida obtivemos sucesso com este empreendimento”, comemora. Nem mesmo a pandemia foi capaz de frear o crescimento da Agro-Comercial Afubra. Prova disso são os números registrados ao longo de 2021 e 2022.

Entre as grandes conquistas, está o aumento da área de atuação e de produtores atendidos através das equipes técnicas das filiais. Hoje, o segmento agrícola é responsável por 75% do faturamento da empresa. Outra vitória celebrada é a criação do Aplicativo Afubra

Agro, lançado para aproximar a Afubra de seus associados e clientes rurais, levando mais agilidade ao atendimento, com serviços e informações importantes para o seu dia a dia. Pelo APP, os usuários têm acesso a diversas funcionalidades. Schneider projeta um futuro de ainda mais vitórias. “Projetamos continuar com crescimento de faturamento e de resultados positivos, ampliação da capacidade técnica para atender as necessidades dos associados e clientes, estimulando a diversificação e os resultados de ambas as partes.”

Aliada dos produtores na rotina rural

Uma das premissas do trabalho da Agro-Comercial Afubra continua forte desde a criação da empresa. A assistência técnica fornecida aos agricultores se baseia na orientação e acompanhamento técnico do plantio até a colheita em diversas culturas, como soja, milho, arroz, trigo, batata, cebola, tomate e hortifrúti. O gerente comercial Ricardo Senger Michel, explica que a orientação técnica gratuita é feita desde o início das atividades do fomento agropecuário. Já a assistência técnica passou a ganhar força na década de 1990. “Hoje contamos com uma grande equipe de profissionais extremamente qualificados e comprometidos com os valores da empresa, o que gera mais satisfação e resultados para os produtores e também para a organização.” Para a venda correta de produtos como sementes, fertilizantes e defensivos, o gerente ressalta que é necessário ter uma equipe capacitada para a correta orientação de aplicação destes produtos. “Portanto, a orientação e assistência técnica qualificada é fundamental para o sucesso da empresa e da lucratividade dos agricultores”, ressalta. Para Michel, ter a seu lado uma empresa responsável e comprometida com o agro e as comunidades onde atua, contar com o apoio de profissionais qualificados e acessar portfólio completo de insumos agrícolas das maiores empresas mundiais do setor são os maiores ganhos para os agricultores.

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Foto: Guga de Andrade Foto: Arquivo Afubra Diretor-presidente da Agro-Comercial Afubra Ltda., Romeu Schneider
AGRO-COMERCIAL AFUBRA LTDA.

A filial da Afubra de Irati atende agricultores em dez municípios da região: Irati, Rebouças, Rio Azul, Mallet, Paulo Frontin, Paula Freitas, União da Vitória, Teixeira Soares, Fernandes Pinheiro e Palmeira. Para engenheira agrônoma Édina Regina Neumann, que faz parte da equipe da empresa há quatro anos, o trabalho prestado em todas as propriedades é fundamental. “Para muitos produtores a assistência técnica oferecida pela Afubra é essencial na tomada de decisão dos manejos utilizado nas culturas, bem como na propriedade, pois buscamos sempre soluções para todos os tipos de produtores”, explica. A consultora destaca que sua maior satisfação é ver o produtor colhendo bem, extraindo o máximo de produtividade da sua propriedade, e saber que eu contribuí para que isso aconteça.

Entre as propriedades assessoradas, está do produtor rural Elias Nunes de Almeida, de 37 anos, casado com Taís Paloma e pai dos pequenos Leandro e Geovanne. A família mora na comunidade de Cadeado Santana, no interior de Irati.

Em aproximadamente 30 hectares, o agricultor se dedica ao cultivo de tabaco e soja, as principais fontes de renda, e também milho e feijão. “Já compro da Afubra há bastante tempo, mas há mais ou menos oito anos tenho recebido a assistência mais próxima nas lavouras

Mafra/SC

O técnico agrícola Carlos Ivan Pscheidt trabalha na Afubra há 20 anos. Desde 2013 atua, exclusivamente, como consultor na unidade de Mafra, em Santa Catarina. A filial atende cerca de 850 produtores dos municípios catarinenses de Mafra, Itaiópolis, Rio Negrinho, São Bento do Sul e Campo Alegre – desses agricultores cerca de 195 são da carteira de Pscheidt. “A maior satisfação é a entrega do resultado para o agricultor, na certeza de estar trabalhando com o que gosto”, destaca. Para o profissional, a importância do trabalho de assistência oferecida pela Agro-Comercial Afubra aos agricultores é a satisfação na colheita e nos resultados. “O produtor pode sempre contar com a Afubra sem o intermédio de terceiros, com a confiança e credibilidade oferecidos por essa empresa de renome.”

Eduardo Foit está entre os agricultores assessorados pela Afubra de Mafra desde 2019. A propriedade de 100 hectares fica na localidade de Butiá dos Taborda, no interior de Mafra, onde se dedica ao plantio de soja, milho e trigo com o

suporte técnico da Afubra. “Essa parceria tem ajudado muito na hora de comprar os produtos como sementes, fertilizantes e defensivos. Essa é uma das diferenças, onde a Afubra, através do Carlos, vem nos oferecendo e orientando sobre oportunidades de compras com preços bons e qualidade. Juntos, trocamos ideias sobre variedades de sementes

de soja, feijão e milho”, conta. Para o produtor, essa parceria tem ajudado diretamente no desenvolvimento dos negócios. “Tendo um agrônomo acompanhando, o agricultor cuida melhor da lavoura, aumentando a produção.”

e defensivos, trabalhando em cima de análise de solo e acompanhamento durante o desenvolvimento das plantas”, comenta Foit, que conta com o suporte da esposa Nair e dos quatro filhos, Márcio, Arnaldo, Elaine e Andrielly. Outras atividades econômicas da propriedade são a criação de suínos, ovinos e gados de corte e de leite.

7 Foto: Divulgação/Afubra AGRO-COMERCIAL AFUBRA LTDA.
Técnico agrícola Carlos Ivan Pscheidt com o produtor Eduardo Foit e sua família Engenheira agrônoma Édina atende o produtor Elias Nunes de Almeida
Irati/PR
Foto: Divulgação/Afubra

No campo, em

O agricultor Nilton Luiz Jeggli, de 45 anos, colhe bons resultados com a consultoria técnica da Afubra. Na propriedade da família em Linha Cereja, no interior de Arroio do Tigre, cultiva 140 hectares, sendo 35 hectares próprios e outros 105 hectares arrendados. Para administrar os negócios, há 15 anos o produtor conta com os aconselhamentos da filial da Afubra de seu município. O trabalho conjunto têm garantido negócios positivos nas colheitas de soja, milho, trigo e tabaco, além de excelente produtividade na bacia leiteira. “Com a parceria da Afubra e consultoria do consultor de vendas Lucas e equipe, temos tido bons resultados ao final de cada safra. A propriedade só vem crescendo e melhorando e tenho certeza que a ajuda da Afubra conta muito”, comenta Jeggli. O associado é casado

Arroio do Tigre/RS

todo lugar

com Lizane Becker Jeggli, de 43 anos. Eles são pais de Jaqueline Eloísa Jeggli, de 15 anos, e Vitor Alex Jeggli, de 14. Para o técnico agrícola Lucas de Souza, que trabalha na filial da Afubra em Arroio do Tigre há quase 3 anos, a maior satisfação sempre é ver o cliente colhendo bons resultados. “Nós, como consultores, realizamos as vendas e queremos que os clientes tenham bons resultados nas lavouras, com produção acima do esperado. Com certeza essa é a melhor satisfação”, comenta. Para Souza, a assistência técnica prestada aos agricultores é algo diferenciado. “A equipe da Afubra é uma das mais tecnificadas, de modo com que podemos oferecer aos produtores o conhecimento adequado, e posicionar produtos a campo que gerem resultados no final. O produtor quer colher, quer bons frutos, então com

certeza o trabalho da Afubra ajuda muito no resultado final.”

O agricultor Edson Milioli, de 39 anos, dedica-se à produção de tabaco na propriedade localizada no Bairro Ponta do Mato, no município de Içara, onde possui 10,5 hectares. A base dos negócios e principal fonte de renda da unidade é a fumicultura, mas a família também diversifica com soja e milho. Para administrar os negócios no campo, o produtor conta com a assessoria da Afubra há pelo menos 25 anos nas culturas produzidas pela família. “Mediante a assistência técnica dos consultores da Afubra, conseguimos fazer um melhor manejo na propriedade, aplicando produtos na hora certa e solucionando dúvidas que surgem durante o ciclo das culturas. Consequentemente, temos uma maior rentabilidade da propriedade”, comenta Milioli, casado com Tamires Vefago Ermani e pai da menina Alice.

O técnico agrícola e engenheiro agrônomo João Fillipe Generoso Matias, consultor da Afubra de Araraguá, explica que a filial atende aproximadamente 3 mil produtores em 20 municípios do extremo Sul de Santa Catarina. “Minha maior satisfação é poder levar sugestões

e melhorias que garantam melhores condições de trabalho e rendimentos aos produtores”, comenta. Conforme o profissional, os consultores são a ponte entre a pesquisa e os produtores. “A Agro-Comercial Afubra possibilita que os alicerces dessa ponte sejam fortes,

pois sempre trabalha na capacitação e treinamento dos mesmos. Nosso trabalho de assistência é fundamental, pois possibilita que nossos produtores sempre estejam a par das novas tecnologias, trazendo mais qualidade de vida e incremento em suas produções.”

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O agricultor Edson Milioli com o engenheiro agrônomo João Fillipe Generoso Matias O agricultor Nilton Luiz Jeggli conta com a assistência do técnico agrícola Lucas de Souza Foto: Divulgação/Afubra
AGRO-COMERCIAL AFUBRA LTDA.
Foto: Divulgação/Afubra
Araranguá/SC

Santa Cruz do Sul/RS

A matriz da Afubra, em Santa Cruz do Sul, atende mais de três mil produtores, em 14 municípios da região do Vale do Rio Pardo e da Região Carbonífera. Há 10 anos o consultor Daniel Tavares Rosa atua na empresa e ajuda a assessorar essas famílias. “O contato diário com o campo e as novas descobertas que o agronegócio me proporciona a cada dia, assim como a satisfação do cliente produtor rural, são as coisas que mais me satisfazem com esse trabalho”, revela. Para o profissional, a assistência oferecida pela Agro-Comercial Afubra aos agricultores é imprescindível e possibilita muitas vantagens. “A mais importante é o resultado obtido pelo produtor e sua família em relação à sustentabilidade financeira e a sucessão na propriedade rural”, argumenta o consultor.

Os irmãos Flávio Cleomar Gelsdorf, de 47 anos, e Luís Reginaldo Gelsdorf, de 43, trabalham juntos na propriedade no município de Passo do Sobrado, que faz parte da matriz da Afubra. Em 400 hectares, cultivam, principalmente, soja e milho e criam gado de corte. Também plantam trigo e aveia, eventualmente. A consultoria técnica da Afubra ajuda os

Há três anos o técnico em agropecuária Anderson Sbardelotto trabalha como consultor da AgroComercial Afubra em Arvorezinha, no Rio Grande do Sul. O foco principal, segundo o profissional, é trabalhar para que os associados e clientes tornem seus negócios cada vez mais rentáveis, sempre levando tecnologias e novidades para as propriedades. “Isso gera um vínculo com os nossos produtores, fidelizando cada vez mais o nosso trabalho, e tornando suas atividades mais rentáveis. Assim, mantemos as famílias no campo produzindo alimentos e gerando receita”, comenta. Entre os agricultores assistidos está Irineu José Mulinari Civa, de 55 anos, de Linha Candido Brum, interior de Arvorezinha. Associado da Afubra há mais de 40 anos, tem aprimorado as atividades no campo desde o início da loja em Arvorezinha, no final de 2020.

A principal atividade do produtor é a sojicultura, mas a unidade produtiva é diversificada e também conta com milho, erva-mate, tabaco e o cultivo de trigo

agricultores há quase 20 anos. Começou com a assessoria do Elias Birnfeld, que hoje é o gerente da Unidade de Grãos, e, a partir de 2012, com o atendimento do Daniel Tavares Rosa, principalmente na

Arvorezinha/RS

parte de orientação técnica da lavoura. Conforme os produtores, essa parceria tem garantido bons resultados nas colheitas e na comercialização das safras, com uma orientação precisa no momento certo.

durante o inverno. “Com a assistência que venho recebendo, estamos evoluindo cada vez mais, melhorando as produtividades e aprendendo com as novas tecnologias que estão chegando no mercado”, comenta. Casado com Ana Celia da Silva Civa, o produtor destaca que o trabalho conjunto com a Afubra começou na lavoura do

tabaco há mais de quatro décadas, com o sistema mutualista. “Depois, iniciamos o trabalho com soja e aproveitamos a parceria para colocar energia solar. Hoje, geramos a nossa própria energia limpa. Agradecemos a parceria da Afubra e esperamos que continue por muitos anos.”

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O
técnico em agropecuária Anderson Sbardelotto com o casal Civa Foto: Luciana Jost Radtke
AGRO-COMERCIAL AFUBRA LTDA.
Foto: Ygor Gorreis Siqueira Daniel Tavares Rosa e Elias Birnfeld com os irmãos Gelsdorf

CONSERVAÇÃO

Solo: fonte de alimento e riqueza

O solo é um ser vivo que está sujeito a alterações de acordo com o manejo das lavouras. É responsável pela produção de mais de 95% dos alimentos consumidos pelo homem e ainda desempenha funções no ecossistema, como a regulagem do ciclo hidrológico, reserva de biodiversidade, estocagem de carbono, ciclagem de nutrientes, tamponamento ambiental. “Também é responsável pela biodegradação/ bioremediação de contaminantes”, explica o professor titular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Telmo Amado. Devido a todas as funções desempenhadas pelo solo, uma das preocupação atualmente é com sua degradação e a necessidade de preservação para esta e as futuras gerações.

Conforme o especialista, são vários fatores que levam à degradação do solo, sendo a maioria associados à ação do homem. “A degradação significa o comprometimento do solo em produzir alimentos e desempenhar suas funções no ecossistema. A degradação é um processo evolutivo e já alcança, aproximadamente, 30% dos solos agrícolas”, conta. As principais

Solo mais produtivo

causas são o preparo excessivo do solo, a falta de cobertura (proteção do solo), o superpastoreio e o trânsito de máquinas agrícolas pesadas de forma desorganizada, resultando em compactação. “A erosão hídrica e eólica promove a remoção da camada mais fértil do solo, que é a mais superficial.”

Apesar deste cenário, Amado reforça que o Brasil tem tradição na conservação do solo. “Um dos primeiros programas foi o do Serviço de Conservação do Solo e Florestamento criado em 1952, no qual meu pai, Telmo Amado, trabalhou como engenheiro agrônomo, e que realizou o planejamento conservacionista de lavouras do planalto em colaboração com os Estados Unidos. Após, seguiram-se várias campanhas como a de controle de queimadas, redução da intensidade de preparo do solo até a implantação do sistema plantio direto no início da década de 70. Recentemente, comemoramos 50 anos desde a primeira lavoura implantada por Herbert Bartz em Rolândia, no Paraná.”

Apesar de toda caminhada, o professor destaca que ainda há muito a ser feito. Entre os maiores desafios atuais, aponta a rotação de culturas; a ocorrência

O professor Telmo Amado ressalta que um solo mais produtivo e preservado passa por práticas de fertilização e calagem, além de outras práticas regenerativas que recuperem o teor de matéria orgânica, a atividade biológica e a estrutura do solo. Inclusive, o especialista em solos tem feito palestras que abordam o tema do biomanejo do solo. “É um chamamento a uma reflexão aos agricultores, técnicos e agrônomos da importância da atividade biológica do solo na melhoria da sua qualidade e da recuperação do potencial produtivo.”

Amado reforça que o solo é a base da produção de

A população cresce e as áreas agrícolas diminuem. Cada vez mais é necessário preservar a riqueza do solo em favor da produtividade e da sustentabilidade.

de chuvas torrenciais com volume de um mês em horas ou dias; o controle da enxurrada; o aumento do uso de plantas de cobertura em consórcio e policultivo; melhoria dos atributos físicos do solo, e o incremento de uso de insumos biológicos. Uma ferramenta aliada dos agricultores para manter a produtividade e preservar as lavouras é a análise de solo, que deve ser realizada a cada dois ou três anos ou quando a produtividade estiver aquém do desejável. “É uma ferramenta muito importante. Atualmente, já é possível fazer, além das análises químicas, as análises biológicas do solo através de enzimas indicadoras da saúde do solo”, destaca.

alimentos, por isso é essencial para a vida na Terra. Com o passar dos anos e a redução da área agrícola por habitante, cada vez mais será necessário produzir mais na mesma área. “Isso só será possível se preservarmos os solos produtivos. O Brasil como um país com vocação agrícola e um dos mais importantes na segurança alimentar mundial, deve ter uma atenção toda especial com a conservação do solo. Possuímos uma das maiores áreas agrícolas do mundo e solos com uma diversidade muito grande. É importante desenvolver tecnologias adaptadas às peculiaridades dos principais biomas brasileiros. Este esforço deve ser compartilhado entre agricultores, consultores, técnicos, governo, empresas privadas e sociedade”, finaliza.

Pela sustentabilidade dos sistemas agrícolas

Para buscar a sustentabilidade dos sistemas agrícolas produtivos, as atividades agrícolas têm que ser praticadas dentro de perspectivas de processos e não de produto. A opinião é do extensionista Josemar Parise, da Emater/RS-Ascar Regional Soledade. “Quando trabalho processos eu levo em consideração diversas variáveis na forma de fazer agricultura de tal modo que

Foto:
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Nataniél Sampaio
Telmo Amado Foto: Arquivo pessoal

o conjunto contribui para a estabilidade da produção ao longo dos anos. Com isso, os sistemas não se degradam”, ensina. Os ganhos se estendem à produtividade das safras. “Se compararmos a resposta de produção agrícola de um solo bem manejado com áreas mal manejadas, a diferença é significativa tanto em anos normais como em anos de estiagem.”

Em períodos de seca, Parise ressalta que a produção chega a ser mais que o dobro quando comparada à produtividade de uma área com bom manejo em relação a outa. “Quando cultivo o solo na perspectiva de sustentabilidade é possível obter produção segura para o produtor, diminuindo a sua vulnerabilidade em caso de ocorrência de eventos adversos como estiagens”, avalia. Para o extensionista, trabalhar de forma sustentável é não degradar as propriedades físicas, biológicas e químicas da área cultivada – e isso passa também por uma boa conservação do solo e da água, com práticas mecânicas em complemento à diversificação de culturas. Atualmente, a Emater atua em consonância com a Política Estadual de Conservação do Solo e Água no Estado do Rio Grande do Sul, através do Programa Conservar para Produzir Melhor.

Na Expoagro Afubra

Parise explica que o programa é composto por três componentes: Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (ATERS) em Uso, Manejo e Conservação do Solo e da Água; Programa de Reserva/Armazenagem de Água, e Programa de Apoio ao Ensino de Solo e de Água na Escola. “Esse programa continua sendo trabalhado em nível de Estado, porém o foco maior é o componente Uso, Manejo e Conservação do Solo e da Água, onde são implementadas práticas conservacionistas em Unidades de Referências Tecnológicas (URTs) com a finalidade de validar, demonstrar e transferir tecnologias geradas pela pesquisa”, explica. No sistema de produção de URTs, são implantadas lavouras com práticas de manejo para fertilidade e conservação do solo e da água. Nessas áreas, os técnicos avaliam o desempenho das culturas e os resultados são demonstrados através de dias de campo, que reúnem agricultores que podem replicar as técnicas nas suas propriedades. “O agricultor precisa se conscientizar que investir em solos é ter uma produção mais segura, com impactos menores quando ocorrer adversidades climáticas, como estiagens. Pode começar em pequenas áreas e ir aumentado gradativamente, conforme a sua disponibilidade de recursos financeiros”, indica.

Uma unidade de transferência de tecnologia para os agricultores fica no Parque da Expoagro Afubra. Na última edição da feira, por exemplo, foram implantadas parcelas com culturas econômicas tradicionais da região e parcelas com plantas de cobertura sem objetivos de colheitas. Através de trincheira aberta no local, foi apresentado aos visitantes da Expoagro Afubra como se desenvolve o sistema radicular das referidas espécies em condições de lavoura e em condições de solo bem estruturado, onde as raízes se desenvolvem sem o solo oferecer resistência. “Os agricultores puderam ver, na prática, o potencial que as plantas têm em desenvolver o sistema radicular quando as propriedades físicas do solo são favoráveis. Raízes das culturas mais desenvolvidas são segurança na produção. Com sistema radicular mais robusto, as plantas buscam água em camadas de solo mais profundas, resistindo mais às estiagens”, explica o extensionista Josemar Parise.

Mais produtividade, menos custos produtivos

Na localidade de Fontana Freda, em Jaguari, no interior do Rio Grande do Sul, o produtor Alesson Della Flora, de 39 anos, há anos vem fazendo calagem para melhorar o pH do solo e a neutralização do alumínio. Na propriedade de 60 hectares, também realiza análise de solo anualmente para definir a melhor fórmula de fertilizante a ser usado conforme a deficiência das áreas, principalmente de fósforo (P). Com relação à conservação do solo, a cobertura com palhada de aveia e azevém é uma das principais ações adotadas. Nos últimos anos, a rotação com o trigo no inverno tem sido também uma prática que vem contribuindo com a conservação da estrutura do solo, bem como o aumento dos teores de matéria orgânica.

“Estas ações de incremento de palhada sempre serão uma das mais importantes práticas na construção de perfil de solo, pois estão diretamente relacionadas na melhoria dos fatores físicos,

químicos e biológicos do solo”, comenta o agricultor, casado com Vivian Sampaio Della Flora, pai de Camila Sampaio Della Flora. Na propriedade, são cultivados seis hectares de cana-de-açúcar, 50 hectares de soja, 30 hectares de trigo (cultura de inverno em rotação com soja), mais pastagens anuais e áreas de campo nativo. Entre as atividades, ainda estão a pecuária e a apicultura. Ao longo de mais de dez anos plantando na palhada e fazendo calagem das áreas, Flora comemora os resultados obtidos ano após ano.

Conforme o produtor, a maior percepção foi na última safra 2021/2022, quando se teve uma estiagem bastante severa. “Mesmo assim, nas áreas onde se vem trabalhando com práticas conservacionistas foi bastante expressiva a diferença de produtividade com relação às áreas sem coberturas ou exauridas pelo uso com pecuária no inverno”, revela. Diante de melhorias expressivas,

o plano é seguir melhorando o manejo, sempre focando em aumentar matéria orgânica, que é um dos principais fatores de produtividade. Flora pretende seguir o monitoramento das áreas através da análise de solo para realizar as correções necessárias. “O objetivo destas ações é diminuir o volume de fertilizante anualmente, diminuindo consequentemente o custo de produção.”

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CONSERVAÇÃO
Alesson Della Flora Josemar Parise Foto: Carina Venzo Cavalheiro

Um plano pelo futuro do

setor agropecuário

Rio Grande do Sul atua em consonância com as diretrizes do Plano ABC+, política setorial para enfrentamento às mudanças do clima no setor agropecuário

Em busca de sistemas agropecuários mais sustentáveis, o Brasil caminha para se manter na vanguarda da agenda agroambiental. A ferramenta adotada como estratégia para esse avanço é o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, também denominado Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). O engenheiro florestal Jackson Freitas Brilhante de São José, doutor em Ciência do Solo e coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono do Rio Grande do Sul, explica que esse é um dos Planos Setoriais elaborados de acordo com o artigo 3º do Decreto 7.390/2010.

A finalidade é organizar o planejamento das ações a serem realizadas para adoção das tecnologias sustentáveis de produção selecionadas para responder

aos compromissos assumidos pelo País de redução de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) no setor agropecuário. Após os dez primeiros anos de execução do Plano ABC, o governo continuará com a sua política setorial para enfrentamento às mudanças do clima no setor agropecuário para o período de 2020 a 2030. “Para isso, novas bases estratégicas foram incorporadas, reiterando a necessidade urgente da agropecuária dar continuidade às estratégias que aumentem sua capacidade adaptativa frente às mudanças do clima”, explica. Desta forma, surge o Plano ABC+, que ratifica o fomento àquelas tecnologias de produção que agregam maior eficiência produtiva, conservam solo, água, vegetação, e promovem maior controle das emissões de GEE. Conforme Brilhante, o objetivo é promover a adaptação à mudança do clima e o controle das emissões de GEE na agropecuária brasileira, com aumento

da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos, considerando uma gestão integrada de paisagem. O Plano ABC+ é composto por oito sistemas, prática, produtos e processos de produção sustentável: Práticas de Recuperação de Pastagens Degradadas; Sistema Plantio Direto (Grãos e Hortaliças); Sistemas de Integração (Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária - Floresta e Sistemas Agroflorestais); Bioinsumos; Sistemas Irrigados; Florestas Plantadas; Manejo de Resíduos da Produção Animal, e Terminação Intensiva.

No Rio Grande do Sul, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural é que coordena as ações de fomento por meio do Comitê Gestor Estadual do

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Juarez Pedroso, Marcos André Thiesen, Cleiton Calheiro e Jackson Brilhante
CRÉDITO CARBONO

Plano de Agricultura de Baixa emissão de Carbono, que é composto por associações, federações, órgãos públicos e instituições de pesquisa. “Os Bioinsumos, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Práticas de Recuperação de Pastagens Degradadas e os Sistemas Irrigados são algumas das tecnologias com grande potencial de aumento de adoção pelos produtores no nosso estado. De todas essas, podemos destacar a ILPF. O Rio Grande do sul é o terceiro estado com maior área de ILPF, com cerca de 2,2 milhões de hectares, ou seja, 12,6% da área de ILPF do Brasil.”

Sistema silvipastorial: mais sanidade animal e mais produtividade

O engenheiro florestal Jackson Brilhante, coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+, reforça que o futuro da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono é cada vez mais promissor. “No âmbito federal e estadual existem várias políticas públicas, e os produtores rurais estão cada vez mais convencidos de que eles precisam produzir mais com menor custo e menor impacto ambiental.” Entre esses agricultores,

está Marcos André Thiesen, que aposta na bovinocultura de leite como principal renda produtiva no interior do município de Vale do Sol, na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Na propriedade familiar, o produtor também investe em pastagens e no cultivo de tabaco e tem colhidos os resultados da integração lavoura-pecuáriafloresta.

Com o objetivo de melhorar os resultados produtivos obtidos com o leite, há aproximadamente quatro anos Thiesen começou a apostar no sistema de produção silvipastoril. Desde o início, o trabalho é assessorado por técnicos da Afubra e já soma resultados positivos em diversos aspectos. Em pontos estratégicos da propriedade, foram implantados 400 mudas de eucalipto em 1,8 hectares, que garantem sombra à vontade para o rebanho. O resultado são vacas mais produtivas e sem casos de mastite, problema que era comum no passado. “Faz dois anos que não descarto mais leite por mastite. A produção de uma vaca que precisa ser descartada é um baita prejuízo. Sem falar nos custos de tratamento e todos os dias sem ordenha”, conta.

Com mais sombra na propriedade, os animais não ficam acumulados em um único lugar, o que evita a proliferação de doenças.

Além disso, o conforto térmico faz com que as vacas pastem mais e, consequentemente, tornem-se mais produtivas. A expectativa é que dentro de alguns anos os eucaliptos também rendam um bom volume de toras de madeira e outra renda extra para os negócios. Satisfeito com resultados até aqui, o produtor já pensa em ampliar o sistema silvipastoril e projeta o plantio de uma nova área com noz pecan, que irá agregar ainda a receita proveniente com a venda dos frutos. “A integração da floresta com pecuária é excelente, mas exige manejo adequado, por isso é tão importante o suporte que tenho recebido da Afubra.”

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O agricultor Marcos André Thiesen ainda ressalta a importância dos cuidados gerais com o meio ambiente para garantir a continuidade produtiva para as futuras gerações. Na propriedade familiar, com o apoio da esposa Izolete Leindecker Thiesen, preserva as nascentes e a mata ciliar na Área de Preservação Permanente (APP). “Acredito que temos que procurar fazer algo pelo meio ambiente. Não posso só pensar no que recebi do meu pai. Eu tenho que saber o que quero entregar para os meus filhos amanhã”, justifica. Os produtores rurais Marcos e Izolete são pais da Isadora Thiesen, de 10 anos, de Marlon William Thiesen, de 22, e de Vinícius Andre Thiesen, de 23 anos.

13 CRÉDITO CARBONO

Projeto Feijão:

Em busca de mais produtividade, rentabilidade e sustentabilidade

Projeto Feijão de Alta Performance entra em seu terceiro ano e já apresenta avanços e boas perspectivas

Da propriedade de Cliceu Mehret, em Imbituva, na região dos campos gerais do Paraná, deve sair um modelo de sistema de produção que aumentará significativamente a produtividade das lavouras de feijão comum. O Projeto Feijão de Alta Performance está em seu terceiro ano de aplicação a cargo de pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão e da equipe técnica da Agro-Comercial Afubra. Em uma área de 2,5 hectares, são testadas diversas técnicas de manejo no cultivo do feijão. A pesquisa abrange também outras culturas como soja, milho e trigo porque a rotação de culturas já foi comprovada como de fundamental importância para a alta produtividade na cultura dos grãos.

A meta é mostrar que é possível construir um ambiente altamente produtivo e economicamente rentável e sustentável, reunindo as principais culturas de cereais do mercado brasileiro, dentro do objetivo da Afubra de incentivar a diversificação. Conforme o gerente das filiais da Afubra de Imbituva e Irati, Lázaro Ramon Bock, estão previstos seis anos de pesquisas e atividades para consolidar as técnicas que elevarão a produtividade do feijão, que é um produto importante no agro paranaense.

Para os estudos, a Embrapa e Afubra contam com a parceria de empresas como a Syngenta, Sementes NK, Mosaic Fertilizantes, Raix Sementes, Rudan Agrotecnologia e Adama Brasil. As primeiras duas colheitas já foram feitas, apresentando bons resultados, devido, especialmente, aos tratos dispensados ao solo, que foram o foco inicial da pesquisa. A divulgação das técnicas que vêm sendo usadas iniciou em 2021, quando houve o primeiro dia de campo, que, devido à pandemia, foi virtual. Em janeiro de 2022 foi realizado o primeiro dia de campo

Dia de campo em 2022 reuniu produtores para difusão das técnicas aplicadas

presencial. Houve um segundo dia de campo virtual, onde especialistas levaram conhecimentos de ponta aos produtores, com destaque para a palestra ‘Manejo do solo para altas produtividades de grãos’ ministrada pelo pesquisador Henrique Debiase, da Embrapa. Para assistir, escaneie o QR code.

Segundo Lázaro Bock, o dia de campo presencial foi a oportunidade, mesmo com número limitado a 100 produtores, de mostrar in loco o trabalho feito na propriedade de Cliceu Mehret. Os produtores puderam visualizar todas as parcelas demonstrativas e as ações que têm por objetivo fazer a construção do solo e aplicar as boas práticas visando a alta produtividade do feijão. “As estratégias apresentadas foram a utilização de manejos de plantas de cobertura (plantas de serviço) para o melhoramento das propriedades do solo e o uso consciente de defensivos agrícolas nos momentos corretos de aplicação”, explica.

A partir de 2023, será possível conhecer a evolução dos resultados em relação à produtividade, pois os especialistas da Embrapa apresentarão os primeiros resultados comparativos. Conforme o engenheiro agrônomo da Afubra de Imbituva, Gilcinei Rodrigues dos Santos, responsável pela condução da área em parceria com a Embrapa, já é possível observar visualmente a evolução. “Tivemos na região períodos secos e percebemos uma grande melhora nas plantas suportando o déficit hídrico”, reforça Santos.

Os analistas da Embrapa e coordenadores do Projeto Feijão de Alta Performance, Marcos Aurélio Marangon e José Luis Cabrera Diaz, explicam que o objetivo final é entregar à cadeia produtiva de grãos do Sul do Brasil e São Paulo, um sistema sustentável de produção com

altas produtividades. “Obtido através da ampliação de ações de pesquisa, transferência de tecnologia e extensão para a inovação na produção”, salienta Marangon. “Visamos a construção de um ambiente produtivo, procurando aumentar a receita das propriedades e fortalecer a cadeia produtiva de grãos – feijão, soja, milho e trigo –, com a organização da produção e, com isso, ofertar alimentos seguros, com qualidade e rastreabilidade com menor impacto ambiental”, acrescenta.

A expectativa ao final do projeto, em termos de produtividade, é alcançar mais de 5 mil quilos por hectare (kg/ ha) no cultivo de feijão, 13 mil kg/ha de milho, 6 mil kg/ha de soja e 7 mil kg/ha de trigo. “Quando as condições edafoclimáticas (relativas aos solos e ao clima) estiverem harmoniosas e favoráveis”, prevê Marangon. E José Cabrera adianta que, para a difusão das técnicas testadas e aprovadas, a intenção é instalar 11 unidades de referência tecnológica no estado do Paraná, 4 em Santa Catarina, 3 no Rio Grande do Sul e 2 em São Paulo.

“Nesse projeto são testadas várias tecnologias usadas de maneira eficiente e ao mesmo tempo tecnologias antigas como o verdadeiro plantio direto na palha, incluindo tecnologias como tratamento de sementes, biorreguladores de crescimento, adubação de maneira correta e manejo adequado dos defensivos agrícolas”, explica Cabrera. “Com o uso desses produtos de maneira racional e adequada, teremos, com o avançar dos anos, a diminuição do uso de agroquímicos, maior produtividade e maior rentabilidade por ser um processo sustentável por causa da criação de um ambiente produtivo para a alta performance na produção de grãos”, completa.

Foto: Arquivo/Afubra 14 Foto: Arquivo/Afubra
DIVERSIFICAÇÃO

Rotação de culturas e mix de plantas de cobertura

Algumas premissas iniciais do Projeto Feijão de Alta Performance já foram aprovadas. As principais envolvem uma rotação plena de culturas com o uso de mix de plantas de cobertura, onde a palhada é formada por uma mistura de gramíneas, leguminosas, poligonáceas e crucíferas. “O uso dessas diferentes plantas de serviço misturadas traz um benefício bastante grande nas questões de reciclagem de nutrientes, acúmulo de matéria orgânica, formação de palhada para proteção do solo e tudo isso traz mais vida, um ambiente mais favorável para a produção de micro-organismos que vão competir com os mais resilientes que hoje são patógenos no solo e, consequentemente, há redução de doenças”, diz Marcos Marangon.

Acesse aqui:

bastante mais avançada em um ambiente mais produtivo, que vai mitigar também os efeitos abióticos, que são temperatura, radiação solar e umidade, e também todos os fatores bióticos, como fungos, bactérias, insetos”, completa Marangon.

Atualmente no terceiro ciclo do projeto, os experimentos estão em pleno andamento. “Temos mais alguns pela frente, para mostrar que é possível, num espaço de tempo de cinco a seis anos, construir um ambiente produtivo para alta performance de grãos”, ressalta Marangon. Em 2023, além do dia de campo em janeiro, a ideia é fazer o terceiro dia de camp digital em abril, para a difusão das tecnologias usadas.

O sistema de produção na área de pesquisa também proporciona a atração de inimigos naturais que combatem os insetos pragas. “Com o levantamento do banco de sementes de plantas daninhas, faz-se o controle dessas no outono (pós colheita das lavouras de verão), no inverno, na primavera (com o controle sequencial) e nos manejos pré e pós emergentes”, explica o analista da Embrapa. “Fazendo isso, evitamos que as plantas daninhas produzam sementes e, com o decorrer do tempo, reduzse o estoque de suas sementes no solo”, acrescenta. “É um projeto bastante sustentável, com diminuição na quantidade de insumos usados e isso tem impacto bastante interessante para o meio ambiente, com redução do uso de agrotóxicos e produtividade

Diversas técnicas são testadas em 2,5 hectares de propriedade agrícola de Imbituva, no Paraná

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DIVERSIFICAÇÃO
Foto: Arquivo/Afubra
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Um olho no céu, outro na lavoura

Agricultores recorrem aos seguros agrícolas para proteger suas lavouras de perdas produtivas causadas, principalmente, por fenômenos climáticos

O seguro agrícola é uma forma eficaz que os produtores rurais têm de se proteger contra imprevistos que possam afetar suas plantações. O segundo secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Fabricio Murini, reforça que essa é uma proteção contra perdas recorrentes de fenômenos climáticos e adversidades que afetam as áreas produtivas. “Os seguros agrícolas são fornecidos por seguradoras ou através dos programas do Governo Federal com o objetivo de resguardar o produtor de qualquer tipo de prejuízo que possa ter em sua lavoura”, explica. Normalmente as empresas oferecem seguros para grãos, hortas, pomares, máquinas agrícolas, pecuária, entre outros.

Os agricultores também têm à disposição o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), que visa isentar o produtor rural de obrigações financeiras relativas aos financiamentos rurais de custeio agrícola quando a lavoura assistida tiver sua receita reduzida por causa de eventos climáticos ou pragas e doenças sem controle. “O Proagro tem como foco principal os pequenos e médios produtores, embora esteja aberto a todos dentro do limite de cobertura estabelecido na regulamentação”, esclarece Murini. O programa possui duas modalidades, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN): o Proagro Mais, que atende aos agricultores familiares do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e o Proagro, voltado aos demais agricultores.

Para o dirigente, o seguro agrícola

deve ser contratado antes da implantação da lavoura para garantir a cobertura durante todo o ciclo da cultura, possibilitando a inclusão de máquinas e equipamentos utilizados na produção. “Diante do alto investimento na produção agrícola, o seguro agrícola é uma garantia de proteção para que o produtor rural não venha a ter prejuízos através de fatores climáticos adversos e que comprometem a produtividade como um todo, proporcionando mais segurança e estabilidade para quem produz”, justifica. “Vale lembrar que serão amparadas as lavouras que já tenham emergido na área contratada”, complementa. Além disso, todos os sinistros precisam ter laudo técnico que comprove os prejuízos. Para não correr o risco de ficar sem cobertura, os contratantes de seguros agrícolas precisam ficar atentos a aspectos importantes, como o zoneamento agrícola de riscos climáticos vigente para a safra, para a cultivar e para a unidade da federação onde se situa

Futuro motivador

a área cultivada. O agricultor também pode perder a indenização quando as coordenadas geodésicas na proposta do seguro não forem de acordo com a lavoura implantada, quando não comprovar a certificação da sementes utilizada na área e os laudos de solo atualizados, e quando descumprir outras exigências contratuais feitas pelas seguradoras. Sempre que houver dúvidas, a recomendação é para que os produtores busquem informações com suas representações de classe ou com os agentes financeiros que fazem as operações de crédito e contratação dos seguros agrícolas.

O meteorologista Flavio Varone, coordenador do Simagro-RS, aposta em um futuro motivador. Em 2023, serão remodeladas as 20 estações antigas e que serão integradas à rede existente, além da instalação de novas 48 unidades que estão sendo adquiridas. A novidade promete deixar a rede muito robusta, com cerca de 100 estações em operação contínua, com os dados enviados em tempo real e distribuídos automaticamente. “O aumento da rede vai proporcionar a melhoria no monitoramento”, comemora. “Será implementado um novo sistema de previsão de tempo e clima, com uma nova tecnologia baseada em inteligência artificial e redes neurais, o que proporcionará maior índice de acerto nas previsões e, consequentemente, menor dano e prejuízo ao setor agropecuário.”

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Foto: Arquivo/Afubra 2º Secretário da Afubra, Fabricio Murini Foto: Luciana Jost Radtke
SEGURANÇA

Monitoramento aliado do campo

Os agricultores gaúchos contam com o suporte do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), um projeto que consiste na implantação de um sistema de monitoramento agroclimático e na elaboração de produtos específicos para o setor agropecuário do Estado. As informações geradas auxiliam no planejamento e suporte para medidas de curto, médio e longo prazo em todas as regiões produtoras. “O objetivo é gerar informações e produtos agroclimáticos para contribuir com o desenvolvimento do setor no Rio Grande do Sul, visando antecipar eventuais mudanças nas condições do tempo e clima que possam interferir nas atividades socioeconômicas”, explica o meteorologista Flavio Varone, coordenador do Simagro-RS.

Atualmente, são 30 estações instaladas em regiões produtoras, em áreas de culturas diversas e que coletam os dados diretamente no campo, dentro da propriedade. “As

instalações representam uma parceria, onde o Simagro fornece a estação e o produtor disponibiliza a internet para envio dos dados e a estrutura para fixar o equipamento”, enfatiza Varone. Por meio deste trabalho conjunto, são fornecidos inúmeros produtos aplicados diretamente ao setor agropecuário, que são gerados a partir de modelos meteorológicos em forma de índices agroclimáticos. “Os índices são gerados a partir de pesquisas e servem para auxiliar o produtor gaúcho nas suas mais diversas atividades.”

Segundo o meteorologista, os principais índices são o para aplicação do 2,4D; ocorrência de ferrugem na soja; esterilidade espiguetas de arroz; baixo rendimento e germinação mínima do milho; conforto térmico animal, e riscos de geadas e de incêndios. “Os dados das estações meteorológicas são utilizados para o monitoramento climáticos, onde são gerados produtos para monitoramento de estiagem, balanço hídrico, excesso

ou deficiência de umidade no solo, entre outros. O controle das condições de tempo e clima é essencial, ou mais que isto, é estratégico. O monitoramento é fundamental desde o processo de preparo do solo até a colheita e o transporte, o que evita perdas e diminui a possibilidade de prejuízos.”

Para Varone, os ganhos do sistema para a agropecuária gaúcha são incontáveis. “O principal é a Secretaria de Agricultura ter um sistema próprio de previsão e monitoramento, com a construção de uma rede de estações própria de informações, algo que nunca existiu, e onde os dados são distribuídos livremente e auxiliam os produtores e os fiscais agropecuários nas suas atividades”, ressalta. Outro ponto crucial é que os produtos gerados são específicos para o setor, ou seja, o produtor não precisa recorrer a outras fontes para elaborar sua decisão nas ações dentro da sua propriedade.

19 SEGURANÇA

Uma cruzada pela fertilidade do solo

Caravana Embrapa FertBrasil leva conhecimentos e soluções para tornar mais eficientes os cuidados com a terra

Por meio de eventos realizados nos principais polos agrícolas do Brasil, a Caravana Embrapa leva conhecimentos e soluções para a agropecuária nacional. Na edição de 2022, o foco foi na eficiência do uso de fertilizantes e de insumos para a nutrição de plantas, visando incremento de produtividade e economia de até 20% na safra 2022/2023. Em mais de 40 ações presenciais em todo o Brasil e transmissões digitais, foram feitas apresentações de alternativas conforme as peculiaridades e necessidade do solo de cada região. E em 2023, a Caravana retoma as atividades dando prosseguimento à apresentação de técnicas e soluções para garantir a fertilidade do solo e consequente aumento da produtividade agrícola brasileira. Entre as sugestões apresentadas na Caravana estão a aplicação de práticas capazes de potencializar a eficiência econômica e agronômica dos fertilizantes nos sistemas produtivos. Outras informações se referem à adoção correta de novos fertilizantes e insumos para a nutrição de plantas, pois a Rede FertBrasil apresenta bioinsumos, adubos de eficiência aumentada, agrominerais nacionais e tecnologias digitais para apoio ao uso eficiente de fertilizantes na agricultura. Além disso, a Caravana esclarece aspectos referentes ao planejamento do uso da terra, por exemplo, dentro da aptidão pedoclimática (relações entre solo, água, planta e atmosfera), e apresenta as alternativas de assistência técnica pública e privada para implantação e uso das técnicas mais eficientes.

Conforme o pesquisador da Embrapa Trigo e coordenador da Caravana na região Sul do Brasil, Fabiano Daniel De Bona, o objetivo da edição de 2022 foi levar aos produtores conhecimentos práticos relacionados ao manejo e utilização dos fertilizantes visando aumentar o aproveitamento e a

eficiência desses insumos. Para isso, a programação dos eventos era composta por cinco módulos de conhecimentos trazidos por cientistas da Embrapa, professores e especialistas do segmento. As palestras versavam sobre aptidão agrícola do solo, boas práticas, agricultura digital e de precisão e manejo visando aumentar a eficiência de fertilizantes.

“A ideia é fazer uma via direta da pesquisa para o produtor, e que os conhecimentos sirvam para aumentar o uso e a eficiência dos fertilizantes diante da escassez e altos preços ocorridos desde o início de 2022, situação que deve se estender por um bom prazo”, explica De Bona. “A agricultura brasileira é muito dependente do fertilizante internacional e precisamos achar formas de reduzir essa dependência. Aumentar a eficiência dos produtos que usamos, talvez seja uma das poucas ferramentas que se tem para competir dentro do agro diante da falta desses insumos e da alta dependência internacional”, diz o pesquisador da Embrapa. “Como não se consegue reduzir a importação e os preços são altos, a solução é reduzir a quantidade que se usa, evitando perdas e usando da melhor forma o fertilizante aplicado ao solo”, reforça.

A CARAVANA – Com realização desde 2014, a Caravana Embrapa percorre o Brasil colocando a pesquisa à disposição dos produtores, lideranças rurais, técnicos multiplicadores, cooperativas, sindicatos e associações rurais e consultores. Com palestras moduladas ministradas por especialistas, são discutidos temas relacionados a apoiar tecnologicamente o agronegócio na superação da crise dos insumos agropecuários; promover o aumento da eficiência de uso dos nutrientes no campo; e diminuir os custos de produção por meio da adoção de boas práticas de manejo do solo e água na utilização de fertilizantes e insumos.

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Foto: Paulo Lanzetta
INOVAÇÃO
Eventos visam colocar a pesquisa à disposição dos produtores rurais Foto: Divulgação

Na lavoura, as práticas que fazem a diferença

A produção da fazenda Banhado Verde, em Faxinal do Guedes, Santa Catarina, é exemplo consolidado de que as boas práticas significam solo mais fértil e mais produção. Há 40 anos, Carlos Roberto Alessio foi pioneiro no sistema de plantio direto em Santa Catarina e, nas últimas décadas, os filhos Diego e Rodrigo agregaram novas técnicas nos 1 mil hectares de cultivo de soja, milho e trigo. Durante a Caravana da Embrapa, as estratégias realizadas foram apresentadas por Diego Alessio, engenheiro agrônomo e gestor da propriedade. São: plantio direto, rotação de culturas com coquetel de sementes, plantio no verde, produção on farm de bioinsumos, uso de remineralizadores e o monitoramento de pragas e doenças.

“Há mais de 40 anos, o sistema de plantio direto é nosso eixo norteador para a agricultura regenerativa, com a aplicação de várias estratégias para produção com o menor impacto possível e diminuição dos insumos externos”, diz. “Isso é positivo do ponto de vista econômico, mas vai muito além da questão econômica”, conta, lembrando que há conservação de recurso como água e até ar, pelo sequestro de carbono. “E a questão social também, da produção de um grão com menor impacto ambiental”, completa Diego Alessio.

Para isso, conforme o produtor rural, é preciso ter uma visão holística de construção de um sistema de produção,

não visando só uma cultura em si. “Transformando e melhorando o ambiente safra por safra, você vai ter um dispêndio menor de insumos e melhoria sob o ponto de vista ambiental, aproveitando melhor a água da chuva, utilizando os insumos de forma mais correta, substituindo ou diminuindo o uso de químicos e deixando a natureza fazer os serviços ecológicos”, explica. “Isso faz com que a vida no solo aumente e, consequentemente, crie relação com nossas plantas comerciais, beneficiando pela maior defensividade contra doenças”, resume.

Sobre as estratégias adotadas nas lavouras da família Alessio, Diego conta que o objetivo é o menor distúrbio químico e físico do solo, o que é feito por meio de práticas de manejo que buscam imitar os padrões do solo da mata. “No sistema de plantio direto, há a produção de altos volumes de palhada numa cultura de cobertura que antecede a cultura comercial”, relata. Outras práticas se relacionam ao padrão da biodiversidade, feitas pelo sistema de rotação de culturas e de um coquetel de sementes para plantas de cobertura. “No mesmo espaço, são vários tipos de plantas convivendo e isso aumenta a diversidade de plantas, o que faz com que o solo tenha um equilíbrio natural porque, com a rotação de culturas e o coquetel de plantas de cobertura, nós estamos tentando imitar o padrão natural”, explica.

Os Alessio praticam ainda a técnica

Lições da caravana em favor da terra

PLANEJANDO ONDE E QUANDO PLANTAR – Conhecendo bem as áreas de produção, é possível tornar mais eficiente a aplicação dos recursos, como os fertilizantes e corretivos. Quando o produtor interpreta adequadamente as potencialidades e as limitações das diferentes áreas de sua propriedade, pode definir as aplicações conforme a sua disponibilidade de insumos. As recomendações para a adequada caracterização do solo são avaliar o solo com amostragem em maiores profundidades e em toda a área cultivada.

BOAS PRÁTICAS PARA O USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES – A dica é definir a quantidade e tipos de fertilizantes e as épocas de adubação, em função da cultura, do solo e do clima local. Após a construção da fertilidade, a etapa seguinte é a estabilização do solo, o que se dá pela agregação de matéria orgânica, formação de palhada, ciclagem de nutrientes e retenção de umidade. E depois vem a manutenção da fertilidade, com equilíbrio nutricional. Conforme o pesquisador Fabiano de Bona, a boa análise de solo permite usar apenas o nutriente que está faltando, de forma a maximizar o manejo.

NOVOS FERTILIZANTES E INSUMOS – Resultado dos avanços obtidos pelas pesquisas, os novos fertilizantes são

inovadora de plantio em cima da massa de cobertura verde. “A gente não desseca porque queremos que essas plantas fiquem o maior tempo possível verdes mantendo uma biologia para as plantas comerciais aproveitarem essa relação de fungos e bactérias no solo”, conta Diego. Outra prática é a produção de bioinsumos, com a produção de fungos e bactérias para substituir alguns produtos químicos e aumentar a biodiversidade microbiana do solo. E há também o uso de remineralizadores com uso de pó de rocha, que causam menor impacto químico no solo. E sobre a estratégia do Monitoramento Integrado de Pragas e Doenças (MIP/MID), o engenheiro agrônomo diz que a prática reduz a intervenção com produtos químicos. “Só se usa químico quando é realmente necessário, o que faz bem para o solo e sob o ponto de vista ambiental”, conclui.

capazes de atingir alta eficiência agronômica. Alguns são os organominerais, compostos por matéria orgânica e por fontes minerais, que proporcionam tanto a disponibilidade rápida, quanto a lenta dos nutrientes às plantas e microrganismos no solo. Os novos insumos trabalham de forma diferente, colaborando com a fertilidade do solo, mas ainda não têm seu uso consolidado como os fertilizantes tradicionais.

MANEJO E SUSTENTABILIDADE – Tecnologias de manejo para a sustentabilidade agrícola têm como foco a construção e manutenção de um bom ambiente de produção para os cultivos, com maior equilíbrio e resiliência, diminuindo a necessidade de adição de nutrientes em médio e longo prazos. As tecnologias recomendadas são cultivos consorciados, sistemas integrados, rotação e sucessão de culturas e uso de plantas de cobertura e adubos verdes (gramíneas e leguminosas).

SOLUÇÕES DIGITAIS – A agricultura de precisão é um sistema de gestão que leva em conta a variabilidade da lavoura ao longo das safras para aumentar a eficiência produtiva. Para isso, ela utiliza diversas ferramentas, entre as quais estão tecnologias digitais que auxiliam no manejo de precisão, inclusive para o uso sustentável e eficiente de fertilizantes.

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INOVAÇÃO
Diego Alessio: plantio direto, rotação de culturas com coquetel de sementes, plantio no verde, produção de bioinsumos, remineralizadores e monitoramento de pragas Foto: Divulgação

Sementes da preservação

Bolsa de Sementes já possibilitou a coleta de mais de 22 toneladas de sementes de 181 espécies nativas

Há mais de 20 anos, estudantes de escolas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são incentivados a coletarem sementes de espécies de árvores nativas das suas regiões. Essa ação do Verde é Vida, da Afubra, já permitiu a coleta de 22.214 quilos de sementes de árvores nativas. Trata-se da Bolsa de Sementes, que surgiu em junho de 2002 e já possibilitou transformar sementes de 181 espécies nativas em novas árvores, especialmente da vegetação do bioma Mata Atlântica.

Em 2022, uma das atividades de celebração do 20º aniversário da Bolsa foi o plantio de uma muda de Ipê Amarelo em cada município onde a Afubra tem filial e, também, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), instituição parceira. Houve ainda a distribuição de 20 mil envelopes com sementes de Ipê Amarelo, totalizando 427 mil sementes. As sementes foram entregues com instruções de como plantar a flor símbolo do Brasil, incentivando o plantio de árvores e, também, a cidadania.

Segundo o coordenador geral do Verde é Vida, Adalberto Huve, em 20 anos, a Bolsa forneceu sementes para aproximadamente 2.025 viveiros. “Inclusive para o nosso próprio, no CDA (Centro de Difusão Agropecuária) da Afubra, onde são produzidas as mudas que a entidade distribui anualmente por doação e venda. “Não temos como medir a área que estas mudas já reflorestaram, mas podemos

afirmar sem dúvida que estamos falando de muitos hectares”, diz. Conforme ele, as questões ambientais sempre foram parte das ações da Afubra e uma das atividades propostas para as escolas e comunidades envolvidas pelo Verde é Vida foi a coleta de sementes para produção de mudas visando colaborar com o repovoamento de áreas sem ou com pouca cobertura de nativas.

As sementes coletadas ficam armazenadas na estrutura do laboratório de silvicultura da UFSM, onde há uma câmara fria para armazenamento e estrutura para o recebimento, catalogação e distribuição. “Conforme solicitação de interessados, como escolas, prefeituras e viveiristas, as sementes vão sendo enviadas de forma gratuita para produzirem novas mudas de árvores nativas”, relata Huve. “E, quanto aos alunos que coletam as sementes, as suas escolas recebem bônus em valor proporcional ao coletado, os quais se transformam em dinheiro para comprar material e produtos de uso coletivo na escola”, lembra.

Os resultados da Bolsa de Sementes são maiores do que a produção de mudas para reflorestamento, pois há educação e conscientização ambiental. “É muito relevante o fato de conseguirmos fazer com que os jovens envolvidos tenham em mente a importância da coleta de sementes e ampliem os conhecimentos sobre os tipos de plantas, pois lidam direto com as espécies”, salienta Huve. A ação é desenvolvida em parceria com 61 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Para o gerente de Produção Agroflorestal da Afubra, engenheiro florestal Juarez Iensen Pedroso Filho, ao beneficiar sementes nativas para disponibilização gratuita ao público de interesse, a Bolsa contempla vários aspectos relacionados à preservação ambiental. “O fato de haver tantas pessoas engajadas para colher frutos para extração de sementes e disponibilizar para outras pessoas interessadas, por si só, já é algo extraordinário e positivo”, diz. “Uma das causas da degradação dos remanescentes florestais é o desconhecimento da correta valoração dos recursos naturais, em especial as florestas nativas”, explica. “O trabalho coloca atenção sobre as espécies florestais visando a interação da comunidade escolar e, nessa dinâmica, muito aprendizado é oportunizado continuamente e repassado entre gerações”, lembra. “Além disso, as sementes florestais nativas são um importante insumo para a produção de mudas que por sua vez podem e devem ser utilizadas para revegetar, arborizar e restaurar áreas de interesse”, acrescenta.

24 Turbilhonamento
Coleta de sementes de árvores nativas pelas escolas parceiras resulta em mudas de árvores para recuperação de nascentes, por exemplo Foto: Luciana Jost Radtke
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Um exemplo prático: recuperação de nascente em Gramado Xavier

Um exemplo de que o material genético coletado pela Bolsa de Sementes retorna em favor do planeta é a recuperação da nascente do arroio dos Francos, na localidade de Três Léguas, em Gramado Xavier/RS, onde foram plantadas 200 mudas de 15 espécies nativas originárias de sementes coletadas. O plantio das mudas foi feito na propriedade de Nilson e Vera Jandrey e de Mara Rodrigues, em ação desenvolvida em parceria entre o Verde é Vida e a Escola Municipal João Moré.

Essa foi a primeira etapa do Projeto Herdeiros das Águas, que prevê a recuperação de quatro nascentes do município até 2024. As próximas duas nascentes são dos arroios Lajeado Simões e Palmeiras e a quarta nascente é a do arroio Manjolo. A ação está aliada ao trabalho de educação ambiental do Verde é Vida, pois o Grupo Ambiental Camboatá, sob a coordenação da professora Eliane Jandrey, criou um viveiro florestal na escola para aliar as aulas teóricas à prática e, a partir daí, surgiu

Recuperação da nascente do arroio dos Francos, na localidade de Três Léguas, em Gramado Xavier/RS

a ideia da recuperação das nascentes. O plantio na nascente do arroio dos Francos foi coordenado pelo engenheiro florestal Juarez Iensen Pedroso Filho. Conforme ele, iniciativas como a realizada pela comunidade escolar em Gramado Xavier são importantes porque são mudas de espécies nativas sendo plantadas em áreas onde é possível revegetar e propiciar a proteção de nascente, além de expandir a vegetação e reconectar fragmentos. Para o engenheiro florestal, um aspecto importante é a sensibilização da comunidade em prol das questões relacionadas ao meio ambiente e preservação. “A região já possui considerável cobertura florestal nativa e em bom estado de conservação e, mesmo assim ocorreu engajamento, identificação do local e ação convergente para contribuir ainda mais”, destaca.

Outro ponto considerado fundamental por Juarez Pedroso é que todas as partes envolvidas conseguiram progredir nos objetivos propostos que focam na educação ambiental. “Extrapolam a sala de aula ou quaisquer ‘quatro paredes’ e vão diretamente para o ambiente ‘real’, propiciando a experiência prática que auxilia na fixação do aprendizado pela vivência: o aprender fazendo”, relata. “A restauração ambiental de áreas de preservação permanente quando nascem do interesse coletivo, espontâneo e verdadeiro da comunidade tende a ser muito eficiente”, salienta.

Na opinião de Pedroso, a mobilização que ocorreu em torno da nascente através do plantio de mudas florestais nativas certamente marcou cada uma das pessoas e, principalmente, as crianças. “A expectativa é que o ambiente potencialize os serviços ecossistêmicos associados a uma das nascentes do arroio Lajeado, que contribuem para a bacia hidrográfica do Rio Pardo, e se multipliquem em dezenas de pessoas adultas e jovens engajadas, conscientes e fazendo ações concretas para compatibilizar produção agropecuária com a conservação dos recursos naturais” acrescenta.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Fotos: Luciana Jost Radtke Mobilização da Afubra, escola, proprietários e comunidade resulta em benefícios ao meio ambiente

Quando a escolha é o agro

Com perspectivas de boa renda e qualidade de vida, jovem casal opta por permanecer no campo

Tiago Rutz Krolow e Josiane Bierhals Krolow, 31 e 29 anos, são um jovem casal que vê na atividade rural a melhor perspectiva de vida confortável e feliz. A lida na propriedade da família é realizada junto com Romiro e Marilda Sell Bierhals e Josiel Bierhals, pais e irmão de Josiane. Unida, a família gerencia diversas atividades, tendo na produção de tabaco, soja e milho três fontes de renda, além de outros grãos, legumes, hortaliças, frutas, gado de corte, suínos, aves e peixes para consumo da família.

Para Tiago e Josiane, casados há seis anos, o sossego e a autonomia sobre a forma como conduzem o trabalho são fatores importantes para a qualidade de vida deles e dos filhos que virão a ter. “Não trocamos isso por nenhum lugar no mundo”, salienta Tiago, referindo-se à propriedade na localidade de Santa Augusta, em São Lourenço do Sul (RS). E, atualmente, ele está fazendo curso superior em Gestão do Agronegócio visando a administração e atualização tecnológica dos negócios da propriedade.

Por ser exemplo de empreendedorismo, tecnologias e diversificação rural, a propriedade da família Bierhals foi escolhida para sediar a Abertura da Colheita do Tabaco da safra 2022/23, evento do calendário oficial do Governo do Rio Grande do Sul. Eles cultivam 70 mil pés de fumo em 4,3 hectares, sendo 15% da área de lavouras da propriedade,

de 29 hectares, destinada ao tabaco, produção que representa 48% da renda. Além disso, há o cultivo de soja e milho (12,5 hectares mais 7,5 arrendados), açude, horta, pomar e benfeitorias, tudo organizado priorizando a funcionalidade e o bom aproveitamento da terra.

A história deles tem base na propriedade, pois é herança da família de Marilda. Ao casar-se com Romiro, 33 anos atrás, foram adquiridas as porções que pertenceriam por herança aos três irmãos dela e foi mantida a unidade produtiva. Na reorganização da produção, inseriram o cultivo do tabaco, produto que os pais de Romiro já cultivavam há 10 anos. O casal teve três filhos (Josiel, Josiane e Juliane) e dois deles decidiram seguir na atividade rural e já estão com o planejamento de sucessão encaminhado. “Sempre fomos diversificados e procuramos modernizar a propriedade com tudo o que melhora a produção e diminui o trabalho”, conta o patriarca.

Nessa modernização, ao longo do tempo foram implantadas estufas elétrica e o sistema de energia solar e adquiridos tratores, máquinas e implementos. A cada substituição de equipamento ou técnica de cultivo, a avaliação da família levava para opções mais modernas. Os cuidados com o meio ambiente também são levados a sério e a lenha para a cura do tabaco sempre foi cultivada pela família, que mantém três hectares de eucaliptos em diversos estágios de crescimento

para ter a disponibilidade necessária a cada safra. Além disso, é feita rotação de culturas há cada três anos entre as lavouras de tabaco, soja e milho. E, sempre que possível, a opção tem sido por plantio direto na palha. “Mas isso nem sempre dá certo, pois dependemos do clima para a semeadura das plantas de cobertura e às vezes não dá tempo para a formação da palhada”, conta Romiro.

A família Bierhals também contribui com as pesquisas do setor do tabaco. Na safra 2022/23, estão sendo cultivados 2 mil pés como experimentos acompanhados pelas indústrias para a verificação de quais espécies, manejos e tratos culturais são mais apropriados para a região Sul do Rio Grande do Sul. “O tabaco sempre foi a nossa principal renda. Eu trabalho com fumo há 40 anos, sendo 10 anos antes de me casar mais 30 agora, e sigo porque é a cultura que dá boa renda quando a gente tem pouca área de terra”, conta. “Anos atrás o trabalho era manual e difícil, mas hoje a gente tem implementos que facilitam muito”, ressalta. Com 70 mil pés de tabaco, a família espera produzir 15 toneladas de folhas nesta safra.

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Tiago e Josiane, que apostam na sucessão, junto com a família, sediaram a Abertura da Colheita do Tabaco no RS Abertura Oficial da Colheita do Tabaco no RS foi prestigiado por autoridades e lideranças Fotos: Junio Nunes
TABACO
Foto: Arquivo/Afubra

Um espaço de integração e muita troca

A Casa do Associado tem o objetivo de acolher os associados da Afubra e demais visitantes da feira em um ambiente de confraternização

A Casa do Associado novamente promete integrar os associados e suas famílias no parque da Expoagro Afubra. A proposta, lançada no ano passado, visa acolher os visitantes e demonstrar o quando sua presença é importante e fundamental para a maior feira do Brasil voltada à agricultura familiar. A gerente de operações do Sistema Mutualista, Laci Teresinha Severo, explica que a intenção é aproximar cada vez mais o associado com a entidade. A partir da primeira experiência em 2022, a expectativa é manter a trajetória de sucesso. “Ficamos muito surpresos, pois tivemos a oportunidade de demonstrar nosso carinho e gratidão por pessoas que batalham dia a dia, de sol a sol pelo crescimento do nosso País e dignidade da família”, diz.

A Casa do Associado fica junto ao Pórtico do Parque da Expoagro Afubra, no tradicional chalé de madeira que é sede

da administração há anos. “Oferecemos um espaço confortável para descanso, um cafezinho com algo mais e todo o carinho dos colaboradores para com nosso bem maior, que é o associado”, comenta. Na 21ª edição da Expoagro Afubra, mais uma vez o objetivo é acolher as excursões organizadas pelas filiais da Afubra, bem como todos os demais visitantes. “É um lugar onde as pessoas podem encontrar respostas para suas dúvidas em relação ao Sistema Mutualista, Expoagro Afubra ou o que for necessário. Ano após ano, a ideia é estar cada vez mais perto do público que prestigia a programação”. Em uma sala especialmente preparada, em 2023 os associados novamente encontrarão água, cafezinho, coquetel e um ambiente agradável para descansar, conversar e trocar ideias. Tudo é pensado e estruturado para que os convidados se sintam como se

estivessem em suas próprias residências. “Sabemos que temos melhorias para fazer e vamos fazer, pois a Expoagro Afubra vem ao encontro do fumicultor e demais produtores, bem como todo público em geral”, garante Laci. Em feiras anteriores, a então Casa da Mutualidade ficava junto ao espaço do Verde é Vida no Parque, mas a partir da 20ª Expoagro a proposta foi reestruturada com a intenção de ficar ainda mais próxima e interativa com os visitantes.

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Marcilio Laurindo Drescher, tesoureiro da Afubra Foto: Luis Fernando Bertuol
ASSOCIADO

Sistema Mutualista, há 66 anos aliado do campo

Entre as diretrizes que os visitantes da Expoagro Afubra podem conhecer mais de perto na Casa do Associado está o Sistema Mutualista, que há anos é um aliado de quem produz tabaco. O tesoureiro da Afubra, Marcilio Laurindo Drescher, explica que a criação da entidade foi motivada pelas dificuldades dos agricultores em relação à comercialização do tabaco e pela inexistência de um aporte financeiro em caso de ocorrência de prejuízos causados por tempestade de granizo. Para suprir essa carência, foi criado o Sistema Mutualista no dia 5 de novembro de 1956. “É um programa próprio de cooperação mútua, com benefícios criados e administrados pela entidade e aprovados pelos associados”, explica. Naquele

mesmo ano, foi implantado o auxílio para ressarcimento dos danos causados por granizo.

Ao longo das décadas, o Sistema Mutualista criou diversos outros benefícios para favorecer os associados. Entre as garantias disponibilizadas atualmente, está o pagamento de auxílio de danos em lavouras de tabaco causados por granizo e granizo e/ou tufão; o pagamento do auxílio reconstrução de estufas, em caso de danos por incêndio, raio, granizo e vendaval, desde que esteja no período de colheita e curando o tabaco na estufa, e o auxílio-funeral a associados, cônjuges e filhos inscritos, de acordo com o regulamento. “Foram várias as melhorais instituídas ao longo dos anos,

Outros benefícios do Sistema Mutualista

Mantém o Programa de Bônus ao Associado (PBA);

Realiza os levantamentos do custo de produção do tabaco;

Participa das negociações de preço do tabaco;

Presta orientação técnica gratuita florestal e agrícola em lavouras de diversas culturas, através de engenheiro agrônomo, florestal e técnicos agrícolas (mediante solicitação e análise interna);

Disponibiliza equipe e serviço de serraria móvel, para contribuir no manejo florestal da propriedade (mediante solicitação e análise interna);

Concede descontos especiais nas compras à vista e juros reduzidos à metade nas compras a prazo, nas lojas da AgroComercial Afubra Ltda.;

Oportuniza estágios no Centro de Difusão Agropecuária para associados ou dependentes (mediante solicitação e análise interna);

Desenvolve a Expoagro Afubra, para manter o associado

sempre visando o melhor atendimento ao associado.”

Conforme Drescher, as inscrições no Sistema Mutualista começam na época de plantio e terminam no dia 31 de outubro de cada ano. Atualmente, pode ser feito por meio dos orientadores agrícolas das empresas integradoras ou nas filiais da Afubra. “A Afubra sempre preza pela melhor forma de atendimento aos seus associados para a segurança e a garantia de todos os benefícios instituídos, para que se mantem a credibilidade no Sistema. Todas as alterações no Sistema Mutualista são sugeridas tendo em vista o melhor para os associados. E todas são discutidas e aprovadas pelos associados na Assembleia Anual”, reforça o dirigente.

atualizado sobre novas oportunidades de negócios, tecnologias e programas institucionais; Participa de programas que fortalecem o setor (Crescer Legal - combate ao trabalho infantil; Plante Milho e Feijão; Programa de Microbacias, entre outros);

Realiza trabalhos educativos com escolas parceiras do meio rural, através do Verde é Vida;

Participa do Programa de Recebimento de Embalagens de Agrotóxicos, em parceria com o SindiTabaco;

Participa nos Estados do RS, SC e PR, do Dia do Produtor de Tabaco, para homenagear o produtor e conscientizar a população sobre a importância da cultura para o País;

Realiza palestras, eventos, encontros de negócios e tardes de campo para atualizar e mostrar as novidades do setor aos agricultores;

Realiza pesquisas e testes para encontrar alternativas de diversificação.

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Acesse aqui: ... dos mutualistas e suas famílias
ASSOCIADO
Foto: Bruno Pedry

Tecnologia e muita informação no Parque de Exposições

Áreas tradicionais e novas em destaque na 21ª Expoagro Afubra

Ao longo de mais 20 anos de história, a Expoagro Afubra tem criado e reforçado sua identidade como a maior feira voltada à agricultura familiar. A cada edição, uma ampla e variada programação é estruturada para receber os visitantes e promover a diversidade produtiva nas propriedades. São novidades

Prêmio Afubra/Nimeq

O 8º Prêmio Afubra/Nimeq de Inovação Tecnológica em Máquinas Agrícolas para Agricultura Familiar apresenta uma novidade na Expoagro Afubra 2023: ampliação do valor para a categoria Inventor. Márcio Castro Guimarães, coordenador do Prêmio Afubra/Nimeq, ressalta que os premiados na categoria Inventor receberão, em vale-compras: R$ 1.000,00 para o terceiro colocado; R$ 1.500,00 para o segundo, e R$ 2.500,00 para o primeiro colocado. A premiação deve ser trocada por mercadorias nas Lojas da Agro-Comercial Afubra. As demais categorias (Empresa e Pesquisa e Desenvolvimento) serão premiadas com troféus e certificados.

“A exemplo da última edição da feira, os inventos que se destacarem terão espaço reservado para ficarem expostos

e tecnologias que visam facilitar o a dia a dia no campo e incrementar a renda das famílias, apresentadas por entidades e empresas presentes na feira. Em 2023, novamente a promessa é de muita informação e interatividade nesta grande vitrine rural que é a Expoagro Afubra.

durante a Expoagro Afubra, junto ao Espaço da Inovação do Agro”, ressalta Guimarães. O Prêmio Afubra/Nimeq é realizado desde 2014 pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e pelo Núcleo de Inovação em Máquinas e Equipamentos Agrícolas da Universidade Federal de Pelotas (Nimeq/UFPel), com a parceria da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e tem por objetivo facilitar o dia a dia do produtor, contribuindo com a mão de obra, melhorando produtividade agrícola e dando mais conforto e qualidade de vida aos agricultores.

O Prêmio Afubra/Nimeq incentiva as pessoas ligadas ao meio rural a buscarem soluções para um melhor desenvolvimento econômico, social e ambiental. Os interessados podem se inscrever para participar das

categorias Empresa, destinada para empresas expositoras da Expoagro Afubra 2023; Inventor, voltada para agricultores, inventores e/ou pequenas oficinas que não se caracterizam como fábricas ou empresas, e Pesquisa e Desenvolvimento, que abrange instituições de pesquisa e instituições de ensino superior, tecnológico e médio. A cada edição, são destacados aproximadamente três invenções de cada categoria, totalizando 39 inventos premiados ao longo da história da premiação. “O Prêmio pode ser considerado um laboratório de busca para soluções tecnológicas identificadas no dia a dia do homem do campo. Bem como, pode dar embasamento para o meio industrial criar novas máquinas e equipamentos.”

Foto: Lula Helfer 33
PROGRAMAÇÃO

Dia do Arroz

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) novamente marca presença na programação da Expoagro Afubra. Na edição de 2023, a entidade ocupará uma área de 4 mil metros quadrados no parque, com quatro áreas demonstrativas de 650 metros quadrados cada, mais uma área coberta para receber os visitantes. “Teremos a atuação de 15 profissionais do Irga para atendimento aos produtores nos quatro dias de feira”, explica o engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, chefe do 5º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Irga em Rio Pardo.

Tatsch explica que neste ano, diferentemente de outras edições, será utilizada a estrutura do Parque e o espaço do Irga em um formato de dia de campo, com um aprofundamento maior em manejos e novidades tecnológicas para as culturas de arroz, soja e milho. “Os produtores de arroz, principalmente da região central do Rio Grande do Sul, serão convidados a participar deste evento”, antecipa. Nas quatro estações demonstrativas preparadas pelo

Pavilhão dos Animais

Instituto, serão apresentados os seguintes assuntos:

Área 01: lançamento da cultivar IRGA 426CL, na qual será apresentado suas principais características e manejo adequado.

Área 02: nova recomendação de adubação para arroz, com as cultivares IRGA 424CL, IRGA 426CL e IRGA 431CL manejadas com adubação para média, alta e muito alta produtividade. “O produtor poderá ver in loco a resposta dos materiais de acordo com o manejo de adubação adotado.”

Área 03: cultivo de milho irrigado em micro camalhão, com quatro cultivares distintas e manejo para altas produtividades. O Irga tem fomentado a rotação de culturas. Hoje, além da soja, já há uma parcela significativa de milho em áreas de várzea.

Área 01: cultivo de soja em área de várzea. Serão sete cultivares de soja, onde o produtor terá acesso ao manejo adequado da cultura, com irrigação, para conseguir altas produtividades em terras baixas.

Na 21ª edição da maior feira do Brasil voltada à agricultura familiar, novamente animais de pequeno, médio e grande porte terão espaço garantido na programação. O Pavilhão dos Animais, tradicionalmente, é um dos pontos mais visitados. O coordenador da exposição de animais, Edgar Pedro Konzen, ressalta que o objetivo é disponibilizar ao público o acesso a melhoramento genético. Já os expositores têm a oportunidade de dispor seus animais para as pessoas que visitam a Expoagro Afubra e que não teriam outra forma de contato. Uma das novidades em 2023 é o julgamento de caprinos e equinos de diversas raças, que acontecerá pela primeira vez dentro da programação.

“Nossa expectativa é levar, para o parque, tecnologia, genética e acesso a variadas espécies, com animais para as mais diversas necessidades das propriedades”, destaca Konzen. Para tanto, uma ampla infraestrutura é preparada para acolher os expositores e receber os visitantes. São três edificações permanentes, sendo duas de 450 metros quadrados cada, que abrangem 13 baias para bovinos de diversas raças e 24 baias destinadas aos ovinos. A outra estrutura fixa tem 240 metros quadrados e é destinadas para a exposição de aves e coelhos. Durante todos os dias da programação, o coordenador explica que ainda há mais estruturas móveis para exposição de gado leiteiro, equinos, caprinos e ovinos.

A organização dos espaços e da programação se divide entre as associações de criadores de todas as espécies de animais expostos, com o suporte da Afubra e parceria da Inspetoria Veterinária de Rio Pardo, que faz a vistoria dos animais e documentos necessários na entrada na feira. As entidades que participam do Pavilhão dos Animais são: Associação Brasileira de Preservadores e Criadores de Aves de Raças Puras e Ornamentais (APCA); Núcleo Gaúcho de Criadores de Gir Leiteiro (NGCGL); Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC); Associação Gaúcha de Criadores de Caprinos (AGCC), mais criadores independentes.

Fotos:
34 PROGRAMAÇÃO
Lula Helfer

Dinâmica de máquinas

Dinâmica de Máquinas é um setor tradicional da Expoagro Afubra, sendo realizado desde a primeira edição da feira. As atividades são conduzidas na área específica para esta finalidade, próximo ao Restaurante 2, que totaliza 10 mil metros quadrados. Conforme o técnico em eventos agropecuários, Claiton Dutra Teixeira, a Dinâmica de Máquinas é realizada pela Afubra, em

Viveiro Agroflorestal

parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), e serve para que os agricultores possam acompanhar os testes realizados com algumas máquinas, visando demonstrar a capacidade de cada uma.

Na 21ª Expoagro Afubra, os visitantes poderão conferir a apresentação de maquinários em lavouras demonstrativas de diversas culturas, como milho, soja,

A presença do Viveiro Agroflorestal na Expoagro Afubra já é tradicional e um espaço bastante visitado. Na edição de 2022, foram atendidos cerca de 2 mil pedidos nos quatro dias da feira A intenção é continuar a trajetória de sucesso na 21ª Expoagro Afubra. “Sempre estamos procurando novidades. Como o portfólio é amplo, sempre temos algumas mudas diferentes”, explica o engenheiro florestal Juarez Iensen Pedroso Filho, gerente de Produção Agroflorestal da Afubra. Atualmente, há grandes grupos de espécies reunidas em diferentes segmentos: nativas; frutíferas; palmeiras ornamentais; medicinais condimentares e bioativas; espécies florestais para produção; forrageiras; algumas espécies ornamentais e de flores; cultivares de batata-doce, e cultivares de cana-de-açúcar.

Para 2023, uma novidade é o novo espaço do viveiro, que será no lote 324 A e contará com 1.035 metros quadrados. Para atender ao público, uma equipe de 17 pessoas estará à disposição durante os quatro dias da programação. O Viveiro Agroflorestal também coordena a Horta da Afubra. “É uma horta em produção onde são preconizadas práticas de plantio direto de hortaliças, observando práticas conservacionistas de água e solo, reutilização de resíduos

arroz, feijão, tabaco, pastagens, batata doce, aipim e trigo, além de pomares de diversas frutas e hortaliças. “A Dinâmica de Máquinas é fator de grande importância para os agricultores que visitam a feira para fazerem investimentos para sua propriedade, pois nela os agricultores podem tirar suas dúvidas e decidirem a melhor máquina para sua necessidade”, argumenta.

orgânicos (composto), além de contar com sistema de automação da irrigação e cisterna para acumular a água das chuvas”, explica. O engenheiro florestal ressalta que são tecnologias simples, mas muitas vezes não são adotadas por desconhecimento. “Aproveitamos o espaço para demonstrar que é possível conciliar produção com conservação de solo e água.”

Fotos: Lula Helfer 35 PROGRAMAÇÃO

Agroindústrias familiares

Novamente o Pavilhão da Agroindústria Familiar promete ser um sucesso de público e bons negócios durante os quadros dias da Expoagro Afubra 2023. O espaço, que fica à direita do Pórtico de Entrada, é organizado pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Emater/RS-Ascar e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). Para a 23ª edição da feira, foram 290 empreendimentos inscritos.

O Pavilhão da Agricultura Familiar vai contar com 237 empreendimentos em 216 espaços. Desses, 12 para flores e plantas ornamentais; 21 para artesanato rural; três para os Indígenas, e 180 para agroindústrias familiares. O assessor de eventos agropecuários, Marcio Fernando de Almeida, explica que os critérios de seleção dos participantes foi conforme o regimento interno e segue as seguintes especificações: empreendimentos locais e

regionais; primeira participação; produtos diferentes; produção da matéria-prima própria; gerenciado por mulheres ou jovens; produção orgânica certificada, e sorteio. Desde o ano passado, o Pavilhão das Agroindústrias conta agora com um espaço maior na Expoagro Afubra. Desde o ano passado, o espaço foi ampliado para 3.480

metros quadrados, contra 1,5 mil metros quadrados em 2019, última edição antes da pandemia. Além dos estandes, o espaço abriga estrutura de apoio aos expositores, como sala de manipulação e higienização de alimentos e produtos, câmara fria, depósito de secos e banheiros para feirantes e visitantes.

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Foto: Lula Helfer
PROGRAMAÇÃO

Fórum da Diversificação

Na 21ª Expoagro Afubra, o Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP) e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), estarão coordenando a 7ª edição do Fórum da Diversificação, no dia 22 de março, às 14h, no Auditório Central. O tema será “Modelos cooperativos na agricultura familiar de alimentos” com foco em organização, produção, agroindustrialização, mercado e comercialização de alimentos. Sete cooperativas de agricultores familiares de alimentos do Vale do Rio Pardo estarão sendo convidadas para apresentar seus cases: Coopervec (Vera Cruz), Coopersanta (Santa Cruz do Sul), Coopasvale (Passo do Sobrado e Vale Verde), Cooprova (Venâncio Aires), Cooperlaf (Boqueirão do Leão), Ecovale (Santa Cruz do Sul) e Copromel (Santa Cruz do Sul).

Conforme o presidente do Corede, Heitor Álvaro Petry, a produção e oferta de alimentos aos mercados consumidores regionais é uma potencial alternativa de diversificação na agricultura familiar. “Nos últimos anos o Vale do Rio Pardo teve uma evolução muito importante neste tema. Embora alguns desafios ainda presentes e que certamente serão também considerados no evento, a organização de agricultores familiares no Vale do Rio Pardo, região expoente na produção de tabaco, torna-se exemplo e inspiração de como aproveitar este potencial em outras regiões e fortalecê-lo aqui. No início dos anos 2000, iniciou-se uma intensa e forte discussão deste tema resultando na montagem de um projeto de Mini Ceasa Regional como forma de estruturar o mercado e incentivar a produção. Decorreu, inclusive, a inserção e classificação do projeto numa Consulta Popular conquistando recursos do orçamento estadual para sua implementação. A partir daí e daquele período até hoje houveram muitos avanços, com a participação de várias entidades do setor público e privado, políticas públicas que fomentaram iniciativas para o desenvolvimento destas organizações cooperativas. Percebe-se com muita clareza que o modelo cooperativo de organização é o ideal. As cooperativas são importantes exemplos de uma organização em rede, que objetivam o fortalecimento da economia local.”

A proposta do evento a partir das cooperativas é de trazer indicadores que mostrem a realidade desse segmento, as potencialidades, mas também os gargalos. Aspectos como o volume de produção anual de cada cooperativa, o mercado, número de famílias envolvidas, a organização, o histórico, as políticas públicas, os desafios e perspectivas de cada uma, deverão permear o encontro, que, a posterior, será aberto a perguntas e debate com o público presente. O evento será aberto ao público em geral, e pretende-se contar com

a participação de alunos de escolas técnicas bem como, secretários municipais de Agricultura, lideranças do setor, entidades e organizações ligadas e interessadas ao tema.

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PROGRAMAÇÃO
Foto: Lula Helfer Novas ideias, pesquisas e oportunidades aos produtores rurais são objetivos do Fórum

Para pensar inovações no campo

Segunda edição terá atualidades em tecnologia, cultura, educação, trabalho e renda

O Espaço da Inovação do Agro promete ser uma das grandes atrações da Expoagro Afubra 2023. Depois da estreia na feira anterior, o local (próximo ao pórtico principal) terá, novamente, a apresentação de uma programação em inovações tecnológicas visando abrir caminhos inovadores para o campo. Na área de dois mil metros quadrados, o visitante poderá conferir as exposições e participar de uma programação dinâmica e encontros com especialistas e demais atrações que compõem o cronograma de atividades durante os quatro dias de feira.

O coordenador geral da Expoagro Afubra, Marco Antonio Dornelles, explica que o Espaço promove um momento de interação entre os visitantes e a programação proposta, resultando em um ambiente dinâmico de inovação, ou seja, soluções ao encontro das necessidades dos agricultores em diversas formas, como apresentação de painéis, exposição de cases de sucesso de agricultores, fórum de educação rural, rodadas de inovação abertas, reuniões, mostra científica Verde é Vida, Prêmio Afubra/ Nimeq e outros. “Faço um agradecimento às instituições e empresas idealizadoras deste Espaço, pois o momento em que vivemos é de mudanças muito rápidas e fortes. É imprescindível a inovação, sob todas as formas, na produção agropecuária, acompanhando as tendências mundiais”, reforça Dornelles.

Para a Expoagro Afubra de 2023, foram agregados a apresentação de alternativas de

produção e de promoção do agronegócio. “O Espaço, que já vinha trabalhando com os jovens filhos dos agricultores e mulheres agricultoras, agora incorpora a inovação”, lembra Dornelles, ao mencionar entidades e instituições já tradicionais na feira, como o Verde é Vida, o Instituto Crescer Legal e as Cooperativas Escolares do Sicredi. “Estamos trazendo o Programa Inova RS, do governo gaúcho, e o Converge Santa Cruz, que é o ecossistema local de inovação”, anuncia Dornelles.

A infraestrutura do Espaço de Inovação do Agro também terá algumas melhorias e reformulações para facilitar a realização das atividades propostas. “Nossa programação para 2023 vem aprimorada pela importante participação dos parceiros”, salienta Dornelles. “Teremos painéis de inovação, rodadas de inovação, fóruns de educação, ambientes de inovação e a participação dos startups e cases de produtores inovadores, além de oficinas e reuniões”, destaca o coordenador.

Segundo José Leon Macedo Fernandes, o coordenador do Espaço de Inovação do Agro, o objetivo é instigar a realização de ações que promovam a propriedade rural através da inovação tecnológica, desenvolvimento da agricultura familiar, a diversificação e a sucessão rural, envolvendo neste cenário o jovem e a mulher. “E tendo como referência a educação, cultura, trabalho e renda”, acrescenta. Diversos eventos constituem a programação que será realizada concomitantemente em palcos,

praça e salas dos parceiros.

Algumas das atrações são: ‘Ecossistemas Regionais de Inovação’, coordenado pela Unisc; o ‘Painel de Inovação do Agro’, em dois eventos, um direcionado às mulheres e outro aos jovens; ‘Rodadas de Inovação Aberta’, com participação de empresas e startups; e ‘Ambientes de Inovação e Startups’. Outros eventos serão o ‘Fórum Sul-Brasileiro de Grupos Ambientais’ e o ‘Fórum de Educação Rural’, promovidos pelo Verde é Vida.

Além disso, na praça do Espaço, será possível conferir os 13 trabalhos da 13ª Mostra Científica Verde é Vida/ Etapa Sul-Brasileira. No local terá ainda os espaços para as atividades dos parceiros organizadores e da Escola do Chimarrão, com oferta de erva-mate e água quente gratuitamente e auxílio no preparo de diversos tipos de chimarrão.

Os realizadores da programação do Espaço de Inovação são: Afubra, por meio da equipe do Verde é Vida; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS); Programa Inova RS; Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS); Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc); Sistema de Crédito Cooperativo Sicredi; Comunidade RS; Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-RS); Emater/RS-Ascar; ONG Foco Empreendedor; Instituto Crescer Legal; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal de Pelotas (UfPel).

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ESPAÇO DE INOVAÇÃO DO AGRO

Saiba quais serão as principais atrações

STARTUPS PARA O AGRO

Diversas empresas inovadoras ligadas a variados ramos da produção rural compõem uma feira de startups no Espaço de Inovação. Conforme o coordenador do espaço de startups e proprietário da Pulpo Assessoria,

Guilherme Hoppe de Souza, a seleção dos startups apresentados levou em consideração o grau de maturidade das iniciativas e quais são as soluções que elas apresentam. “São startups na área de energia, gestão de resíduos,

gestão de processos e muitas outras”, conta. “Nosso objetivo é buscar soluções diversas para desafios do campo e de todas as esferas e entes que participam da Expoagro Afubra”, resume.

ECOSSISTEMAS REGIONAIS DE INOVAÇÃO

O evento ‘Ecossistemas Regionais de Inovação’ terá foco nas ações das oito regiões do Programa Inova RS, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. A vice-reitoria da Unisc e coordenadora do Inova nos Vales, Andréia Rosane de Moura Valim, explica que o Inova Vales, de abrangência dos Vales do Rio Pardo e Taquari, vai receber representantes das demais regiões para trocar experiências sobre ações relacionadas à inovação no âmbito da agricultura familiar. “Além do Inova Vales, diversas outras

regiões definiram a agricultura como parte estratégica para o desenvolvimento. Então, vamos reunir diferentes regiões do Estado para discutir as ações que estão acontecendo no campo da inovação dentro dos ecossistemas”, conta. Com programação em formato de painel e participação do público, o momento deverá contar também com a presença de representantes do governo gaúcho para falar sobre os planos para os próximos quatro anos no que tange ao desenvolvimento dos ecossistemas regionais de inovação.

AMBIENTE DA INOVAÇÃO

Os eventos ‘Ambientes de inovação e startups’ realizados pelo Tecnounisc, Sebrae e Inova RS, terão, entre outras atrações, a presença das empresas da Incubadora Tecnológica da Unisc para que apresentem suas trajetórias de empreendedorismo e inovação. Conforme Alexandre Dal Molin Wissmann, coordenador do TecnoUnisc, o momento terá alguns pitches de empresas que estão em

fases diversas dentro da incubadora: de validação, estruturação e tração. “A ideia é apresentar cases em diferentes momentos de trajetória”, conta. “Além disso, queremos levar conteúdo através de oficinas sobre modelo de negócio, canvas e aspectos jurídicos para startups”, acrescenta. “Queremos apresentar tanto experiências práticas como também conteúdos que tragam valor para empresas de base

GASTRONOMIA DO AGRO

Uma novidade junto às inovações do agro é o Espaço Senac Gastronomia, que terá oficinas gastronômicas usando produtos das agroindústrias do Pavilhão da Agricultura Familiar. Conforme a chef Cátia Leal Silveira, do Senac,

tecnológica, inovadoras e criativas”, salienta. Cláudia Regina Kuhn, gestora de Inovação do Sebrae RS Regional VTRP, acrescenta que os objetivos são promover experiências focadas em inovação, conteúdo e conexões, fomentar novas oportunidades de negócios e fortalecer o ecossistema local de inovação, proporcionando acesso a informações sobre o mercado de inovação gaúcho e brasileiro.

a programação prevê a realização de duas oficinas pela manhã e duas à tarde. Serão preparos especiais com ingredientes do campo e o público poderá, além de acompanhar o preparo das receitas, também degustar as delícias feitas no local.

41 ESPAÇO DE INOVAÇÃO DO AGRO

INOVAÇÕES

Realizado no prédio do Centro Vocacional Tecnológico (CVT), o InovaCoopEs 2023 será um momento de aprendizagem coletiva na perspectiva de resolução de problemas reais das comunidades onde estudantes das cooperativas escolares apoiadas pela Sicredi Vale do Rio Pardo vivem. O coordenador de programas sociais do Sicredi VRP, Marco Antônio da Rocha, explica que a proposta é integrar estudantes de diferentes escolas e provocá-los a perceberem as necessidades de seus territórios. “Esse olhar avaliativo estará vinculado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a partir de uma definição coletiva os times de estudantes terão o desafio de construir soluções

viáveis para os problemas definidos”, diz.

Para que as soluções possam ser implementadas e gerem aprendizagem, os times de estudantes das cooperativas escolares irão contar com uma equipe de mentores ligados ao Sicredi Vale do Rio Pardo, Sebrae, Inova RS, Pulpo Assessoria, Unisc, TecnoUnisc, MeuResíduo, Sohr Tecnologia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus Venâncio Aires. “A jornada 2023 vai levar os estudantes ao aprendizado de metodologias ágeis e aprendizagem prática de conceitos e ferramentas como canvas, validação, MVP, pitch e a própria agenda de desenvolvimento sustentável proposta pela ONU através dos ODS”, completa Rocha.

MOSTRA CIENTÍFICA VERDE É VIDA

A 13ª Mostra Científica Verde é Vida/Etapa SulBrasileira realizada nos quatro dias de feira na praça do Espaço de Inovação terá 13 trabalhos de pesquisa realizados por alunos das escolas parceiras dos três estados do Sul. José Leon Macedo Fernandes, explica que

a mostra é a culminância dos trabalhos realizados pelos alunos pesquisadores em suas comunidades durante o ano de 2022. “Os trabalhos foram selecionados por uma comissão de avaliação formada por professores e alunos de universidades dos três estados”, explica.

42 ESPAÇO DE INOVAÇÃO DO AGRO
Mostra Científica reúne estudantes dos três estados do Sul do Brasil Foto: Luiz Fernando Bertuol

Na Rodada de Inovação Aberta do Startup Lab, empresas-âncoras assistirão os pitches de startups selecionadas por elas. Conforme a gestora de Inovação e Tecnologia do Startup Lab na Região dos Vales, Alessandra Ströher, a rodada, consiste em cinco momentos que, juntos, favorecem o surgimento de um círculo virtuoso de inovação aberta: o primeiro é o de Ativação, onde os protagonistas do ecossistema

RODADAS DE INOVAÇÃO

são mobilizados; o segundo é de Adesão, onde as empresas designam times internos para serem responsáveis pelo processo; terceiro é de Aproximação, onde startups são chamadas conforme as prioridades definidas pelas organizações; o quarto é a Ação, quando as empresas iniciam as provas de conceito (POC) experimentando e validando as soluções escolhidas; e o quinto é de Avaliação e nele os líderes das

empresas, com base nos dados coletados durante a rodada e a POC, decidem sobre a contratação da startup. “O Startup Lab é um programa do governo do Rio Grande do Sul que visa aproximar empresas interessadas em práticas de inovação aberta a startups, desenvolvendo soluções para os desafios das empresas, visando cocriar um ambiente colaborativo de inovação e promover o desenvolvimento regional”, explica Alessandra.

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ESPAÇO DE INOVAÇÃO DO AGRO

QUANDO A INOVAÇÃO PARTE DE JOVENS E MULHERES

Produtores inovadores foram convidados para apresentarem suas histórias nos painéis de Inovação do Agro. As programações serão direcionadas aos jovens do campo e às mulheres, numa organização do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Cooperativa Sicredi, Emater e Sebrae. Conforme Jeferson Klunk, da área de desenvolvimento de negócios da cooperativa Sicredi, serão cases de diversificação, turismo rural, irrigação e produção de leite. “O foco será na agricultura familiar e abordaremos também o protagonismo feminino e a sucessão nas propriedades

através da diversificação de renda e culturas”, diz.

O painel direcionado às mulheres do campo terá como cases propriedades onde as mulheres são destaque ou conduzem os negócios. Segundo Salete dos Passos, assistente social e secretária do STR, o painel visa destacar propriedades que trabalham com algum tipo de inovação, baseados em ações da agricultura familiar. “Teremos experiências que mostram a importância das mulheres empreendedoras, que estão à frente na gestão das suas propriedades”, explica.

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ESPAÇO DE INOVAÇÃO DO AGRO

FÓRUNS DE EDUCAÇÃO E DE GRUPOS AMBIENTAIS

O Verde é Vida realizará dois eventos para discussão de temas relacionados à educação rural e ao meio ambiente. Um deles é o Fórum Sul-Brasileiro de Educação Rural, que reunirá professores representantes das escolas parceiras do Verde é Vida, coordenadores municipais, secretarias de Educação

e convidados. O tema será ‘A Educação Rural’ e terá quatro painéis, com a participação de especialista e representantes de entidades. E o outro será o Fórum Sul-Brasileiro de Grupo Ambientais e terá a presença de professores e alunos representantes dos Grupos Ambientais das escolas parceiras do

Verde é Vida e convidados especiais. Com o tema ‘Grupos Ambientais, planejamento e organização’, o fórum contará com painéis de alunos que apresentarão experiências de ações realizadas em suas escolas e comunidades em diversas regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

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ESPAÇO DE INOVAÇÃO DO AGRO

Turismo rural estratégico e

responsável será tema de Seminário

Pesquisadora Andreia Roque abordará a sustentabilidade através do uso inteligente do território rural

As belezas naturais e os valores do ambiente rural são temas do já tradicional Seminário Regional de Turismo Rural na Expoagro Afubra, que leva empreendedores e especialistas para discutir possibilidades e ações. Em 2023, na 14ª edição do Seminário, a programação prevê a palestra “Território Rural Inteligente: Turismo Rural Estratégico Moderno e Responsável”, com Andreia Maria Roque, consultora internacional de Desenvolvimento Territorial Rural Sustentável ligada ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (ONU/PNUD) e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA/OEA).

A especialista trará sua experiência de quase 30 anos de trabalho em desenvolvimento sustentável e políticas públicas e a bagagem de suas pesquisas de mestrado e doutorado na área do turismo rural. Andreia Roque é paulistana e atua na gestão de projetos estratégicos em missões na América Latina, África e Europa, nas áreas de desenvolvimento rural regenerativo, turismo rural, meio ambiente e fortalecimento institucional dos territórios. Ela também é membro de conselhos consultivos do Instituto de Desenvolvimento de Turismo Rural (Idestur), Conselho Nacional de Turismo e CEO da Operadora de Experiências Rurais Equestres e Naturais e preside o Instituto de Desenvolvimento Brasil Rural. É ainda

cofundadora e mentora da Rede Turismo Rural Consciente e da Rede Mulheres do Turismo Rural e professora universitária de graduação e pós-graduação na área de desenvolvimento e turismo.

O Seminário Regional de Turismo Rural é promovido pela Associação de Turismo do Vale do Rio Pardo (Aturvarp) e tem o patrocínio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Sicredi e parceria da Afubra e Emater. Conforme a assessora técnica da Aturvarp e instrutora do Programa de Turismo Rural do Senar/RS, Claudiana Y Castro, o evento proporciona aos empreendedores e gestores do turismo rural e demais participantes a troca de conhecimentos. “Nosso objetivo, nesta 14ª dição do Seminário, é trazer a atualidade do turismo rural nos âmbitos regional, nacional e internacional”, explica.

PARA SER SUSTENTÁVEL

Na opinião da palestrante Andreia Roque, a visão estratégica do território rural reunindo produção sustentabilidade e prestação de serviço turístico de qualidade é importante para que o turismo seja uma atividade rural economicamente sustentável. E, para que a preservação ambiental e a exploração turística andem juntas, ela lembra a importância de reconhecer reservas particulares como estratégia turística e de preservação

ambiental, além de pensar em produção regenerativa e sustentável com práticas ambientais adequadas.

QUEM É A PALESTRANTE

Graduada em Engenharia Agronômica, mestre em Desenvolvimento Territorial Rural com ênfase em Políticas Públicas de Turismo Rural e doutora em Saúde e Ambiente, Andreia Roque é também pesquisadora da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), localizando as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) na Agenda 2030. É membro do Conselho Nacional do Turismo do Ministério do Turismo e lidera planos de desenvolvimento territorial rural no Brasil e na América Latina e coordena o Projeto Panorama Empresarial do Turismo Rural Brasil / Índices Brasileiros do Turismo

Rural (IBTR). É autora de artigos, livros e publicações em jornais, revistas e mídia especializada.

Seu caminho profissional sempre teve como linha condutora a busca de projetos que pudessem fazer a diferença no território rural. “Viver nas terras rurais da Escola Superior de Agricultura, foi um caminho intenso e nada ortodoxo na procura por conhecimento sobre o universo produtivo rural regenerativo. Atuando no Parque Internacional do Douro, Quinta do Marquês de Oeiras e Ecole Cheval Blanc, encontrei o segundo vértice do triângulo deste Território Rural Inteligente o Turismo Rural”, relata. “Posteriormente, na Organização das Nações Unidades, reconheci terceiro vértice voltado agora para sustentabilidade, conservação e preservação”, conta. “Neste caminho, também nasceu o objetivo de inspirar pessoas, construindo redes e parcerias e criando impacto positivo nos territórios rurais e do turismo”, completa.

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Andreia Maria Roque Foto: Divulgação
DE TURISMO
SEMINÁRIO
RURAL
Seminário reúne entidades e empreendedores na busca por soluções para o turismo rural Foto: Luiz Fernando Bertuol

Infraestrutura do Parque Acesso alternativo para evitar congestionamento

Veículos terão duas opções de acesso ao Parque da Expoagro Afubra: uma pela BR-471 e outra pela Estrada Velha

O tráfego da BR-471 já é intenso em dias normais. E nos dias de Expoagro Afubra, o trecho entre Santa Cruz do Sul e Rio Pardo tem sido de congestionamentos, pois há o incremento de mais de 10 mil veículos por dia. Na tentativa de desafogar o trânsito, a coordenação da Feira reorganizou os estacionamentos e criou mais um portão de entrada, que fica no lado leste, nos fundos do Parque. Então, além da entrada pela BR-471, é possível também chegar ao Parque fazendo um trajeto alternativo pela Estrada Velha.

Para acessar, quem trafega no sentido Santa Cruz do Sul - Rio Pardo, deve dobrar à esquerda no km 152 da BR-471. Após 2,7 quilômetros (km) de asfalto, é preciso dobrar à direita acessando a estrada de chão batido e andar 8,4 km até chegar ao portão de acesso alternativo. E, quem segue pela BR-471 no sentido Rio Pardo - Santa Cruz do Sul deve dobrar à direita no km 163, andar 900 metros de asfalto e dobrar à esquerda, onde, após 2,3 km de estada de chão fica a guarita da Estrada Velha. Haverá sinalização nos entroncamentos para orientar os visitantes.

Além dos novos acessos,

os estacionamentos foram reorganizados e terão a capacidade interna dobrada. Segundo o coordenador de Estacionamento da Expoagro Afubra, Lindolfo Kuehne, foram tomadas medidas para que o fluxo dentro do Parque seja mais ágil.

“Houve alargamento das ruas internas para permitir agilidade para estacionar os veículos e para as entradas e saídas dos estacionamentos”, conta. “São mais de 70 pessoas da Afubra atuando na orientação e controle interno do fluxo de veículos”, revela.

Acesse aqui: 48
ACESSO AO PARQUE
Localize a Expoagro Afubra

Conforme o assessor de eventos agropecuários da Afubra, Márcio Fernando de Almeida, o fluxo maior de veículos na rodovia durante a Feira é no sentido Santa Cruz do Sul - Rincão del Rey e experiências das edições anteriores mostram que os horários de pico vão das 9 às 11 horas e nas primeiras horas da tarde. “Mesmo com as melhorias, ainda poderão ocorrer congestionamentos, principalmente nos horários mais problemáticos”, diz. “Por isso, é importante, por exemplo, que os expositores entrem no Parque antes das 8 horas e que os visitantes que querem trafegar com tranquilidade cheguem

cedo, logo após a abertura do Parque, cujos portões abrem às 8 horas”, sugere. Outra orientação da coordenação da Feira é que os visitantes evitem estacionar nas margens da BR-471 para evitar acidentes e multas. Na área externa do Parque, o controle e a fiscalização ficam por conta da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

(DNIT). Para solucionar os problemas de lentidão no acesso à Feira, a Afubra está pleiteando junto aos órgãos competentes a pavimentação da Estrada Velha, pois, além de facilitar o acesso ao Parque, vai beneficiar os moradores da localidade.

EXPOSITORES DA ÁREA NORTE – Haverá ainda um terceiro acesso à Expoagro Afubra, próximo ao estacionamento da Unidade de Grãos, no lado norte do Parque, que é menor e, por isso, será destinado exclusivamente aos expositores da área próxima. Para chegar nesse local, quem segue de Santa Cruz do Sul ao Parque, deve pegar à esquerda no km 152 da BR-471 (Estrada Velha). Após os 2,7 km de asfalto, deve dobrar à direita acessando a Estrada Velha, andar 7,5 km, dobrar à direita e andar mais 600 metros. Ou seguir pela BR-471 e fazer o retorno no trevo de acesso em frente ao parque da Expoagro Afubra e dobrar à direita e andar por 300 metros. E quem parte de Rio Pardo deve passar na frente do Parque pela BR-471, dobrar à direita e andar 300 metros.

PARA LEMBRAR – No começo de 2022 foi inaugurado o trevo de acesso ao parque na BR-471. Ao custo total de R$ 2 milhões custeados pela Afubra, foi feito o alargamento dos dois lados da pista e demais intervenções, seguindo uma exigência do DNIT, que aprovou o projeto e acompanhou todas as etapas da obra. Porém, a lentidão da rodovia não foi solucionada e, por isso, as novas adequações estão sendo tomadas.

49 ACESSO AO PARQUE

Infraestrutura: Destino correto para a totalidade do lixo da feira

Tambores e lixeiras identificadas auxiliarão o público no descarte dos resíduos

Desde as primeiras edições da Expoagro Afubra, a organização do evento sempre primou pelo bom atendimento aos visitantes e expositores, principalmente no que diz respeito à limpeza dos locais de uso comum como banheiros, restaurantes e o próprio parque. Por isso, o planejamento do recolhimento e destino dos resíduos é uma das ações que antecedem a montagem da feira. Para 2023, foi organizada a implantação de 90 conjuntos de tambores de 200 litros para coleta do lixo, facilitando o trabalho da empresa de limpeza e da Associação de Catadores de Rio Pardo, entidade que fará a separação e encaminhamento para reciclagem.

Segundo o coordenador da comissão

de resíduos, Rogério Iser, para a 21ª Expoagro Afubra, a coleta seletiva será ampliada. “Estamos fazendo um trabalho de sensibilização do público que visita a feira, de que todos coloquem o lixo no local certo, facilitando a separação e o destino correto”, salienta. Conforme ele, haverá mais locais de coletas, com a distribuição dos 240 tambores que serão divididos em três cores e identificados por tipo de resíduo: orgânico, reciclável e rejeito. Além disso, podem ser usadas as 50 lixeiras de concreto que ficam fixadas permanentemente nas ruas do parque.

Quanto ao destino dos resíduos, a organização da Expoagro Afubra conta com a participação da equipe da Afubra, de uma empresa terceirizada

contratada para a limpeza e da Associação dos Catadores de Rio Pardo. A proposta é fazer a coleta e dar um destino mais adequado possível para todo o lixo produzido na feira, desde a sua montagem e execução até a desmontagem. Por isso, a coleta inicia 30 dias antes da feira e termina 15 dias após o evento.

Conforme o coordenador do Verde é Vida, professor José Leon Macedo Fernandes, na última Expoagro Afubra foram usados 180 tambores de 200 litros, divididos em duas cores (uma cor para o lixo reciclável e outra para o lixo orgânico), distribuídos pelo parque conforme a necessidade de coleta verificada em edições anteriores. O acréscimo de

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RESÍDUOS DA FEIRA

recipientes para a separação de mais um tipo de resíduo tem o objetivo de aumentar as possibilidades de reciclagem e facilitar a separação.

Na Expoagro Afubra de 2022 - durante o período de montagem, execução e desmontagem da feira - houve o recolhimento total de 74,6 toneladas de resíduos e foi dado destino adequado para todo o lixo produzido. Do total, foram 15 toneladas de matéria orgânica coletadas pela equipe da Afubra e destinada para a composteira do Centro de Difusão Agropecuária da Afubra (CDA). Além disso, 7,2 toneladas de lixo seco reciclável (papel, papelão, plásticos, vidro, latinhas e metais) e 8,4 toneladas de rejeito foram coletados pela Associação de Catadores de Rio Pardo. E 44 toneladas de resíduos colocados em papa entulho foram recolhidos por uma empresa especializada.

O Parque da Expoagro Afubra tem suas atividades o ano todo e a coleta seletiva funciona durante os 365 dias. “É com as podas de árvores e pomares

do parque, manutenção das lavouras demonstrativas e da horta permanente da Afubra no local, realização de eventos organizados pela Afubra ou por parceiros”, cita José Leon. “A coleta

O que é?

permanente de resíduo orgânico abastece a composteira do Centro de Difusão Agropecuária, que, ao reciclar esse resíduo, usa-o na produção de mudas no Viveiro da Afubra”, conta.

Lixo orgânico – Que pode ser transformado em adubo através de um processo de compostagem. São os resíduos que têm origem animal ou vegetal: restos de alimento, folhas, sementes, restos de carne, ossos, entre outros. Lixo seco – Que pode ser reciclado. Exemplos são papelão, garrafas pet,

51 RESÍDUOS DA FEIRA
Foto: Márcio Almeida

Para ninguém ficar sem acesso à internet

Soluções incluem internet para todos os expositores. E o público poderá adquirir vouchers para uso temporário de wifi

Com o grande público diário na Expoagro Afubra, em Rincão del Rey, Rio Pardo/RS, o sistema de telefonia não tem suportado a demanda. Por isso, a organização da Feira buscou alternativas para que ninguém fique sem conexão à internet durante o evento. Todos os expositores têm incluso, já na contratação do seu estande, um ponto de internet por cabeamento. E, além disso, o público que circular pelo Parque pode adquirir vouchers para uso temporário de wifi.

Conforme o gerente de TI (Tecnologia da Informação) da Afubra, Paulo Guedes, para reforçar a qualidade da internet na Expoagro Afubra 2023, foi passada fibra óptica por todo o Parque,

Saiba mais

Em edições anteriores da Expoagro Afubra, houve reclamações sobre e ausência de sinal de telefonia. Isso ocorre porque os equipamentos das operadoras, não suportam a demanda. “As antenas das operadoras de telefonia na região de Rincão del Rey têm capacidade para o público normal de moradores e pessoas que usam a rodovia”, comenta Paulo Guedes. “E quando ocorre a Expoagro Afubra, são 180 mil pessoas a mais e a capacidade do sistema esgota”, acrescenta.

de forma que os expositores contarão com mais velocidade e eficiência na transmissão de dados. “São investimentos altos, mas importantes para o tráfego de dados necessário numa feira dessa dimensão”, diz. Já para o acesso ao uso de wifi,

haverá um ponto de vendas de vouchers identificado na entrada do Parque. Além disso, profissionais capacitados estarão no local para auxiliar as pessoas no uso das senhas de acesso à rede e para prestar os demais esclarecimentos necessários.

53 INTERNET
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Produtor de Alimentos e também de água

Cada vez mais, as técnicas de conservação do solo para aumentar a qualidade da infiltração da água da chuva se fazem necessárias. A assistência técnica gratuita da Emater/RS-Ascar contribui para minimizar efeitos da estiagem

O solo é uma transversalidade para todas as culturas. A qualidade de solo necessária para produzir grãos é mesma para produzir tabaco, pastagens, frutíferas e hortaliças, e também para atingir alta produtividade na agropecuária e, ao mesmo tempo, servir como filtro ambiental e como reservatório de água para os cultivos e abastecimento continuo dos mananciais d’água. Agricultores gaúchos têm enfrentado nos últimos anos as consequências do La Niña, efeito que causa invernos rigorosos e períodos de forte estiagem ou seca, interferindo diretamente na produção agrícola de verão.

Uma forma de atingir eficácia na produtividade de alimentos e ao mesmo

tempo amenizar esses efeitos é investir em técnicas de manejo em recuperação e conservação do solo. O extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Josemar Parise, explica que, quando se fala em qualidade de solo ou fertilidade, não se pode pensar que a dinâmica de funcionamento do solo é individualizada. O que deve ser considerado é que existem infinitas interações entre os aspectos biológicos, físicos e químicos que compõem a qualidade de um solo e, portanto, deve-se dar a devida atenção para que haja equilíbrio entre eles na interação e funcionamento de um solo, para que se consiga atingir um alto Índice de Qualidade do Solo (IQS).

O aporte de palhada através

da diversificação de culturas, complementado com plantas de cobertura sem objetivos de colheita, ajuda a melhorar as propriedades físicas e, como consequência, há um melhor aproveitamento pelas plantas dos elementos químicos existentes no solo. “O aspecto conservacionista é outro pilar importante. Quando se conserva o solo e água na lavoura, se busca a sustentabilidade da atividade agrícola. Práticas mecânicas, como a construção de terraços ou plantio em nível, ajudam a conservar o solo e a água, mas perdem eficiência quando o solo é compactado”, explica Parise.

Quando o solo está compactado, a água das chuvas não infiltra e acaba

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INFORME ESPECIAL – EMATER
Mesmo com a estiagem registrada em 2021 a família do produtor Charles Waechter obteve bons resultados na colheita graças a implantação de técnicas de conservação do solo

escorrendo no terreno. “Água que escorre superficial é água perdida, já água que infiltra é água aproveitável

em todos os sentidos”, ressalta Parise. O extensionista destaca ainda que o solo é um reservatório natural de água que abastece lençóis freáticos, água artesiana e nascentes, além de regular e manter estável o nível de água dos cursos hídricos. Somando-se a isso, a água que infiltra é absorvida pelas plantas através do sistema radicular e este resiste mais às estiagens, quando ocorrem.

“Isso ajuda a manter a estabilidade na produção agrícola. É preciso se pensar no agricultor também como produtor de água”, observa.

Desde 2021, na propriedade dos agricultores Charles e Ivane Waechter, no município de Sinimbu, está implantada uma Unidade de Referência Técnica (URT) de três hectares na área de conservação de solo e da água. A Unidade é uma parceria entre agricultores, Emater/RSAscar, UTC Brasil e Prefeitura. A família tem no tabaco a principal fonte de renda. Além disso, cultiva milho e feijão para alimentação dos animais e outros alimentos para o autoconsumo.

O extensionista rural da Emater/ RS-Ascar, Luís Fernando Marion, explica que as técnicas utilizadas, como rotação de culturas, descompactação do solo, curvas de nível, nunca deixam o solo descoberto e que, através do uso de espécies de cobertura e adubação verde, com mínimo revolvimento do solo, têm gerado resultados positivos na produção. “No ano passado tivemos uma situação climática muito desfavorável e mesmo

Reservação de Água é ação importante

Além de implantar ações de recuperação e conservação de solo, outra estratégia importante e que pode ser adotada pelas famílias é a construção ou instalação de cisternas. Essas estruturas consistem em reservatórios para captar e armazenar, principalmente, a água da chuva.

Entre as vantagens da construção das cisternas constam a economia de água potável, deixando-a para consumo humano, produção de alimento o ano todo, ter água em época de estiagem e com baixo custo e aproveitamento de um recurso natural disponível e, das áreas de telhado, para captação de água de chuva. “A água armazenada nessas estruturas pode ser utilizada para algumas tarefas domésticas, como regar jardins e hortas, descargas em sanitários, lavagem de áreas externas e de veículos e outras formas de utilização menos nobres. No entanto, essa água não deve ser utilizada para consumo humano, nem para cozinhar, tomar banho ou higiene pessoal”, orienta o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Elimar dos Santos.

As cisternas podem ser de alvenaria, geomembrana ou de fibra de vidro ou plástico. “O valor de cada cisterna vai depender do material utilizado para construção, do volume a

assim tivemos índices de produtividade razoáveis. Com as técnicas que o produtor tem adotado com o nosso auxílio, a família está tendo resultados bastante significativos, tanto de produtividade como de qualidade da produção”, avalia. Mesmo com a estiagem, foram produzidos na URT 89 sacas de milho por hectare na safra 2021/2022.

Para tanto, o extensionista destaca a importância do solo. “O manejo de solo é básico e precisa ser bem feito. A partir disso, outras técnicas podem ser utilizadas. Nessa propriedade, para a safra 2022/2023, foi possível realizar o plantio de milho a 50 centímetros entre linhas, uma população de plantas mais elevada, com 70 mil plantas por hectare. Isso pode ser feito quando temos uma base sólida, ou seja, com o solo bem estruturado é possível investir em alta tecnologia de cultivo”, explica. Na safra atual, a lavoura apresenta bom desenvolvimento e a expectativa é de colher entre 170 a 200 sacas por hectare.

O produtor observa com alegria os resultados obtidos. “Investimos em adubação verde e manejos orientados pela Emater e pela UTC. O manejo de solo é fácil, só precisamos seguir as orientações que nos passam. Essa era uma área difícil de trabalhar, mas com o bom manejo estamos obtendo resultados muito satisfatórios. Aos outros agricultores digo para buscarem orientação na Emater e invistam no solo, pois dá um bom retorno”, frisa Waechter.

ser armazenado, do espaço onde será construído, do material utilizado nas calhas de captação, da distância da cisterna e do telhado e do tipo de filtro utilizado para descartar a primeira água do telhado”, observa.

As cisternas podem ser construídas tanto no meio rural quanto nas residências urbanas. Com o uso da água da cisterna é possível reduzir em muito o consumo de água potável. “Hoje o uso consciente da água é uma exigência mundial e a sociedade cada vez cobra mais o uso racional desse bem universal. Nesse sentido, a captação e armazenamento de água da chuva através de cisterna vem contribuir bastante para a diminuição do consumo de água potável e é uma tendência muito forte a utilização”, conclui Santos.

Para conhecer mais sobre manejos de recuperação e conservação do solo e sobre a construção de cisternas visite o Espaço Casa da Emater, na 21ª Expoagro Afubra.

de Imprensa Emater/RS-Ascar Regional de Soledade

Jornalista Carina Venzo Cavalheiro

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INFORME ESPECIAL – EMATER
Foto: Carina Venzo Cavalheiro Assessoria

Ourofino Agrociência

lança herbicida Terrad’or, inédito no Brasil

A região sul tem grande destaque na produção de grãos, especialmente a soja, milho e o trigo. De acordo com o 3º levantamento da safra 2022/23 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os três estados da localidade serão responsáveis por produzir 92 milhões de toneladas de grãos, 41% a mais do que o ciclo anterior. O Sul é a segunda maior região produtora de grãos do país.

Para assegurar a produtividade e garantir que a estimativa se consolide, os produtores sulistas terão um novo aliado para esta safra: o herbicida Terrad’or. O produto traz um ativo totalmente inédito em território nacional para manejo pré-plantio das culturas de soja e milho, e pré-colheita de soja e outras culturas.

O herbicida patenteado é fruto da parceria com as multinacionais FarmHannong e ISK. A alta qualidade da formulação e dos tensoativos promove maior tolerância às chuvas após a aplicação

e velocidade de controle, resultando em excelente manejo de plantas daninhas resistentes.

De acordo o gerente de marketing da região Sul da Ourofino Agrociência, Guilherme Acquarole, será essencial para o manejo de folhas largas e gramíneas em todas as regiões produtoras. “Terrad´or, é um herbicida moderno, é produzido com alta tecnologia e certamente atuará como um guardião da produtividade. O Terrad’or é um herbicida a frente do seu tempo”, enfatiza.

Com amplo espectro de controle e compatível com outras formulações a solução inédita no Brasil é uma importante ferramenta para o manejo de plantas resistentes e de difícil controle, evitando a mato-competição que, por sua vez, pode provocar importantes perdas de produtividade nas lavouras.

Edson Mattos, gerente de Marketing Terrad’or, conta detalhes da novidade.

Novo herbicida atuará no controle de plantas daninhas como o capim-pé-de-galinha, capim-amargoso, buva e irá assegurar a produtividade das lavouras

“Trata-se de uma solução inédita para o manejo de plantas daninhas. Com rápida absorção, este herbicida atua inibindo a enzima PROTOX. É um excelente produto, indicado no manejo pré-plantio, de buva (Conyza spp,), de capim-pé-de-galinha (Eulesine indica), Azevém (Lolium multiflorum) e de capimamargoso (Digitaria insularis), entre outras”, explica.

De acordo com Mattos, para chegar ao resultado com excelente ação contra plantas daninhas foram realizados diversos estudos, avaliações, testes e aplicações para a definição do posicionamento técnico direcionado às necessidades da agricultura brasileira.

O Terrad’or chega, inclusive, para fortalecer o Focus360, programa desenvolvido pela Ourofino Agrociência com soluções integradas para o manejo de plantas daninhas, pragas e doenças que podem ocasionar prejuízos à lavoura.

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INFORME COMERCIAL – OUROFINO

Os 60 anos da Fetag-RS e a defesa

dos(as) produtores(as) rurais

Federação atua em várias frentes na agricultura e pecuária gaúchas

O ano de 2023 é de festa para a Fetag-RS, para o movimento sindical e para a agricultura e a pecuária familiar. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul completa 60 anos de história e de lutas em defesa daqueles(as) que dedicam suas vidas a produção de alimentos e que são responsáveis por 70% de tudo aquilo que chega nas nossas mesas diariamente.

Em 6 de outubro de 1963, oito sindicatos (Porto Alegre, Taquari, Veranópolis, Caxias do Sul, Antônio Prado, Santa Rosa, Torres e Farroupilha) ligados a Frente Agrária Gaúcha (FAG) fundaram a Federação dos Pequenos Proprietários e Trabalhadores Autônomos do Rio Grande do Sul, reconhecida em 26 de outubro de 1965 como Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).

Nestes 60 anos de história, a FetagRS passou a atuar em várias frentes, sempre na defesa da agricultura e da pecuária familiar, em temas como saúde, previdência, educação, mulheres, juventude rural e políticas públicas voltadas ao setor.

Os últimos anos têm sido de muitas dificuldades para a agricultura e a

pecuária familiar. 2022 não foi diferente. A pandemia seguiu causando grandes prejuízos para a categoria, pois o cenário por ela provocado trouxe apreensão e elevação de custos para todas as cadeias produtivas, além é claro da perda de muitas vidas.

Também vivemos a maior estiagem dos últimos anos. Inúmeras famílias viram suas lavouras secarem e suas produções foram totalmente perdidas. Culturas como o milho, a soja e o tabaco, dentre outras, apresentaram quedas drásticas de produtividade em todo o Estado. Consequentemente, a renda das famílias caiu e muitas delas acabaram ficando endividadas e com pouca ou nenhuma lucratividade. Para completar o cenário de adversidades, a Guerra na Ucrânia, mesmo acontecendo do outro lado do mundo, impactou fortemente no setor agrícola brasileiro, que sofreu com a alta nos custos de produção e com a falta de alguns insumos.

A Fetag-RS também tem forte atuação no que se refere a cultura do tabaco, cultura tradicional do Rio Grande do Sul, estado em que inúmeras famílias se dedicam a atividade. Recentemente, a federação defendeu a aprovação

do Projeto de Lei 204/2015 sobre a classificação do fumo no galpão, que teve sua tramitação dificultada por parlamentares para retardar a votação em plenário.

O projeto construído em conjunto com as entidades, tem como objetivo equilibrar a comercialização do tabaco no Estado, afinal, atualmente os produtores precisam se deslocar até Santa Cruz do Sul, arcando com despesas de transporte e estadia, e, em caso de discordância quanto a classificação dada pela empresa, precisa pagar o frete de volta até a sua propriedade.

Há o claro entendimento de que a classificação pode ser realizada na propriedade, assim como eventualmente acontece. Com vontade política e articulação de parlamentares, entidades representativas e sociedade como um todo, é possível corrigir distorções em um setor que é fundamental para mais de 70 mil famílias no Rio Grande do Sul.

Esperamos que em 2023, juntamente com os 60 anos, seja possível comemorar bons resultados para a agricultura e a pecuária familiar gaúcha, a começar pela Expoagro Afubra, grande vitrine para as agroindústrias familiares do Estado.

63 INFORME ESPECIAL – FETAG
Foto: Divulgação

Duas Safras e centro de formação profissional: as perspectivas do Senar-RS para 2023

Entidade deve investir em novos formatos para o ciclo de palestras, além de estruturar espaço educativo na região da Campanha

O início do circuito de palestras do projeto Duas Safras foi um grande destaque do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em 2022. Para o Superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, o último ano marcou o fortalecimento da presença da entidade entre o público-alvo. “O Senar-RS precisa ser reconhecido pelo setor rural como uma instituição técnica de alta qualidade, na qual os produtores podem confiar o seu tempo para crescer profissionalmente na sua vida e negócio.” E, de fato, esse esforço tem gerado resultado.

Nove seminários passaram pelas cidades de Santo Ângelo, Porto Alegre, Pelotas, Alegrete, Passo Fundo, Cruz Alta, Lavras do Sul, São Sepé e Vacaria, totalizando 72h de atividades. Com uma média de 330 pessoas por evento, cerca de três mil produtores rurais tiveram a oportunidade de presenciar bate-papos sobre a intensificação sustentável do agro gaúcho por meio da otimização de áreas produtivas – a missão do Duas Safras é disseminar conhecimentos para potencializar a produção agropecuária no Rio Grande do Sul a partir das culturas de inverno.

Condorelli faz um balanço positivo do

primeiro ano de iniciativas, que “serviram plenamente para o atingimento dos seus objetivos”. Ele também aponta a importância dos seminários para mostrar aos produtores rurais as disponibilidades de tecnologias no mercado hoje: “existem diversas ferramentas que têm relação direta com os resultados positivos, sob a ótica econômica, na obtenção de lucros nos negócios dos pequenos e médios trabalhadores rurais”.

O Diretor Técnico do Senar-RS, Cláudio Rocha, caracteriza como “muito rica” a organização de um dia inteiro de palestras. No entanto, os agentes do Duas Safras já estão estudando um novo formato que deve estrear em 2023. “Os eventos regionais seguirão, mas pensamos em algo um pouco mais dinâmico, embora igualmente técnico. Provavelmente serão dias de campo em um só turno, para não prejudicar aqueles que precisam estar nas suas propriedades acompanhando a produção.”

O programa Duas Safras é fruto da articulação entre Senar-RS, Farsul, Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA), Embrapa, Fecoagro/RS, Asgav, Federarroz, Acergs, Sips, Aprosoja,

Ocergs, BSBios e Apassul. A expectativa é que a medida ajude a ampliar em 40% a capacidade do agro no Rio Grande do Sul. Segundo a Assessoria Econômica da Farsul, o impacto no PIB seria um aumento de 7%, representando aproximadamente R$ 31,9 bilhões.

De acordo com Cláudio Rocha, o foco para o ano que começa agora é “fazer com que tudo o que foi realizado em 2022 pelo Senar-RS seja ampliado”. É por isso que outro grande desafio desse novo ciclo será tirar do papel uma ideia que surgiu em 2022: a construção do Centro de Treinamento e Difusão Tecnológico, voltado para capacitações de produtores, trabalhadores e técnicos por meio de cursos que abordem principalmente questões de mecanização agrícola.

“Temos a perspectiva de edificar o nosso centro de formação profissional na região da Campanha, o que deverá consumir um planejamento das equipes administrativas e técnicas. É um grande passo para qualificarmos ainda mais a assistência do Senar-RS no campo, proporcionando aos produtores um lugar de relevância para práticas dos nossos cursos”, conclui o Superintendente.

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Foto: Eduardo RochaFotografia
INFORME ESPECIAL – FARSUL

Gazin Colchões completa 25 anos

A unidade fabril de Candelária (RS) conta com equipamentos da mais alta tecnologia e utiliza as melhores matérias primas disponíveis no mercado nacional e internacional para criar produtos de qualidade incomparável

A Gazin Colchões tem muito o que celebrar em 2023, quando completa 25 anos de atividades. Hoje, são 10 unidades fabris, com 6 fábricas (Douradina/PR, Vilhena/RO, Feira de Santana/BA, Jaciara/ MT, Eloi Mendes/MG e Candelária/RS) - e 4 montadoras (Itaiatinga/MG, Santarém/ BA Jaciara/MT e Senador Guiomard/AC), que produzem com excelência colchões, estofados, travesseiros, espumas e molas.

Uma das principais unidades das indústrias Gazin está localizada em Candelária, às margens da RSC 287, uma das mais importantes rodovias do Estado. A unidade fabril gera empregos para mais de 210 colaboradores diretos e já se consolidou como um dos principais empreendimentos da região, por fortalecer a sua economia.

Os resultados nos últimos anos mostram uma gestão industrial eficaz e

políticas comerciais bem definidas, que são fatores críticos de sucesso. Outro ponto ide destaque para o crescimento da Gazin Colchões em todo o país são os investimentos em equipamentos da mais alta tecnologia disponível no mercado nacional e internacional, que garantem

produtos de altíssima qualidade. A unidade de Candelária ocupa uma área de mais de 21.500m2 de área construída. Vale destacar que as unidades de Candelária e Douradina atendem à região Sul, com atuação em todo o Estado do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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INFORME COMERCIAL – GAZIN Informações para a Imprensa – GRUPO GAZIN COMMUNICA BRASIL Andrea Funk - andrea@communicabrasil.com.br - (11) 99173-9120 Cássia Cunha - cassia@communicabrasil.com.br - (11) 98122-5602
Foto: Gazin Colchões Produtora Publik

Tecnologia exclusiva

combina dois ingredientes ativos

Uso de herbicidas pré-emergentes auxilia no manejo de plantas daninhas resistentes

Ao produtor rural, não é nenhuma novidade que o uso constante de uma mesma molécula de herbicida pode levar à resistência de plantas daninhas. E com o glifosato não tem sido diferente, dada a grande pressão de seleção e baixa diversidade das principais espécies de plantas invasoras nas culturas. Gramíneas como o capim péde-galinha e o capim-amargoso, e folhas largas como a

buva e o caruru têm apresentado resistência à diferentes herbicidas e preocupado os agricultores de diversas regiões do país.

Algumas práticas são indicadas para o manejo da resistência, como, por exemplo, a rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação e o uso de herbicidas pré-emergentes no manejo das daninhas.

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INFORME COMERCIAL – ADAMA
Foto: Arquivo/Afubra

Como as plantas desenvolvem resistência aos herbicidas?

O mecanismo de resistência nas plantas daninhas acontece, na maioria das vezes, pela alteração no sítio de ação do herbicida. Isso quer dizer que, ao longo de um processo evolutivo, mutações levam à redução da afinidade de um ingrediente ativo com o local de ação. Ao utilizar herbicidas que agem em locais diferentes nas plantas, há uma dificuldade maior das daninhas desenvolverem meios de defesa contra uma única molécula.

Por isso, a ADAMA desenvolveu uma nova tecnologia exclusiva que auxilia no manejo da resistência ao glifosato. O herbicida Apresa® tem como combinação dois ingredientes ativos que agem em locais diferentes nas plantas daninhas,

Flumioxazina e S-Metolacloro.

Enquanto a Flumioxazina age inibindo a enzima protoporfirinogênio oxidase (PPO ou PROTOX), o S-Metolacloro atua na inibição da síntese de ácidos graxos de cadeias longas. Essa combinação de ativos, somada a uma formulação exclusiva, é indicada para o controle na pré-emergência de folhas largas e gramíneas, trazendo um amplo espectro de controle ao produtor. Apresa® auxilia no controle do banco de sementes e, consequentemente, no manejo das daninhas resistentes.

Com formulação moderna e alta eficiência, Apresa® tem ainda longo residual e é seletivo à cultura. Apresa®

é o herbicida pré-emergente da ADAMA que faz parte de um portfólio voltado às necessidades dos agricultores.

Cada vez mais, a ADAMA tem se preocupado com os desafios que os agricultores enfrentam, os escutado de forma ativa e genuína, procurando entender suas necessidades e entregar o que o agricultor precisa. Quer saber mais sobre Apresa® e as soluções da ADAMA que fazem parte do Programa #BomDeSoja | Manejo de Plantas Daninhas? Acesse o site da companhia e confira.

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INFORME COMERCIAL – ADAMA
Texto: Thaís Fagundes Matioli

Embrapa apresenta

novas tecnologias e cultivares de feijão

À escolha do agricultor, um kit tecnológico diversificado está em área mais extensa na feira

Com um novo arranjo nas áreas demonstrativas dos produtos tecnológicos da Embrapa, várias unidades da empresa estarão participando da Expoagro Afubra 2023, num espaço diversificado com grãos, cereais, hortaliças, forrageiras, frutas de clima temperado, produção leiteira e cana-de-açúcar. A área ampliada leva o visitante a um percurso interativo, ao adentrar nas parcelas demonstrativas

da principal atração deste ano, que são as cultivares de feijão. Além desta cultura, o espaço atende outra demanda dos agricultores: mostra de cultivares de mandioca e de batatas-doce coloridas.

Os dados sobre produção, exportação e consumo de feijão no país apontam que há uma oportunidade interessante dos agricultores a investir na cultura, e a Embrapa apresenta

um cardápio de variedades precoces e superprecoces com alto potencial produtivo, variando entre o grão preto, carioca e especial, bem adaptadas não somente à região Sul mas também às outras regiões do País. São apresentadas nas lavouras demonstrativas as cultivares: BRS Intrépido, BRS Esplendor, BRS Esteio, BRS FP403, BRS FC310, BRS FC415 e BRS FS311.

Lavouras de mandioca e batatas-doce coloridas

Nas edições passadas da Expoagro Afubra, os agricultores solicitaram informações sobre o cultivo e o manejo das cultivares de mandioca, outra cultura que tem diminuído sua área de

produção, apresentando altos valores de comercialização e até uma abertura à exportação. A cultura é uma das que melhor se adaptam às mudanças climáticas.

Em atenção a esta demanda, nesta

Cores de batatas são atrativo de produção

Mais novidades são as cultivares de batata-doce de polpa colorida BRS Cotinga, BRS Nuti e BRS Anambé, indicadas tanto para consumo in natura quanto para agroindustrialização, onde representam uma inovação na produção de chips. A coloração da casca destas cultivares vai do arroxeado ao rosáceo, enquanto as polpas são roxas e alaranjadas. É destacada sua versatilidade de uso no processamento industrial à elaboração de farinha, fécula, tapioca, xarope de amido e outros derivados. Estas batatas-doce podem trazer benefícios à saúde pela presença de betacaroteno e antioxidantes. Além destas, a variedade BRS Amélia, conhecida como a batata biofortificada, é indicada para combate da anemia e desnutrição infantil, ocupa uma área demonstrativa onde poderá expressar seu potencial produtivo.

edição da Expoagro Afubra a Embrapa apresenta as variedades de mandioca de mesa de polpa amarela BRS-399, BRS-429 e a Mandioca Vassourinha, indicada para áreas mais secas.

Feijão BRS Intrépido

Lançado em 2018, a cultivar está em uma área de destaque nesta Expoagro Afubra 2023; por suas características, é recomendada para integrar sistemas de produção de base ecológica, onde apresentou excelente desempenho em testes realizados pelos agricultores.

Sua produtividade é superior no RS, SC e PR, tendo boa estabilidade de produção, baixa suscetibilidade à antracnose, apresenta um sabor característico, distinto das cultivares de grãos pretos, e requer menor tempo de cozimento, atingindo a marca de 21 minutos de cocção.

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INFORME ESPECIAL – EMBRAPA
Foto: Paulo Lanzetta

Tecnologias apresentadas no percurso das áreas demonstrativas da Embrapa

Outras cultivares também estarão à disposição do visitante

Lavoura de Grãos: além dos feijões, podem ser conhecidas as cultivares de soja BRS-5601 RR, BRS-5804 RR, BRS-6105 RR e BRS-6203 RR, todas com indicação para a região 101, 102 e 103 de produção do RS, sendo materiais que apresentam excelente sanidade.

Área de Cereais/forrageiras: serão apresentadas a cevada BRS Korbel, o triticale BRS Zênite e o primeiro trigo exclusivo para pastejo, o BRS Tarumaxi.

Espaço das Hortaliças: são apresentadas as batatas BRSIPR Bel, BRS F180 Potira e o morangueiro BRS DC 25. A novidade é a cebola e batata lançadas em 2022: a BRS F50 (Cecília), cultivar de batata com elevado potencial produtivo, dupla finalidade de uso (cocção e fritura) e a BRS Prima, cebola de ciclo precoce, alta produtividade e ofertada na entressafra. As duas cultivares são indicadas para sistemas orgânicos de produção, pois são resistentes a doenças foliares, o que diminu i a necessidade de uso de defensivos químicos.

Vitrines de Pastagens/Forrageiras: capim Elefante anão BRS Kurumi, capim elefante BRS Capiaçu, os sorgos BRS 716, BRS Ponta Negra e BRS 380, as brachiárias BRS Ipyporã, BRS Integra e BRS Piatã, os panicuns BRS Quênia, BRS Zuri e BRS Tamani, o trevo vermelho BRS Mesclador, o trevo branco BRS URS Entrevero e o trevo vesiculoso BRS Piquete, além do capim-sudão BRS Estribo. Vários destes materiais servem para produção de grão, ou silagem ou etanol. Associada a estas parcelas há a demonstração da Enxada química para o controle de plantas daninhas e da Régua BRS Sul para o manejo de pastagens, além da tecnologia de manejo Pasto sobre Pasto.

Vitrine de fruticultura: é constituída por um Quintal Orgânico com 20 espécies frutíferas de clima temperado implantado em 2011 e em plena produção e por uma unidade demonstrativa de videiras destinadas à produção de suco (cultivares BRS Magna, BRS Violeta e BRS Carmem) e ao consumo in natura (cultivares BRS Vitória, BRS Isis, BRS Núbia e Niágara Rosada).

Área para criação de aves: mostra do Programa Avicultura Colonial, que utiliza a técnica do manejo colonial ao usar rações à base de farinha de batata-doce, transformando resíduos de pouco valor comercial em produtos de alto valor agregado, como a carne e os ovos de frango colonial. Esta prática de manejo incrementa a renda dos agricultores familiares, numa perspectiva sustentável sob os aspectos econômicos, sociais e ambientais.

Sistema de produção para cana-de-açúcar: um pequeno canavial com 12 cultivares de cana-de-açúcar, com materiais de alto grau brix, boa tolerância a geadas e alta produtividade. Os pesquisadores estarão presentes nesta área demonstrativa para atendimento às demandas do público e os interessados podem ter mais informações sobre o cultivo da cana no RS com acesso à publicação técnica.

Sistemas de produção de leite: o Programa Leite Seguro e o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) irão apresentar orientações de diagnóstico e implementação de uso de boas práticas agropecuárias focadas na produção leiteira. Junto da Sala de Ordenha da Emater/RS-Ascar, a equipe irá orientar sobre o manejo e higiene da ordenha, a identificação e cuidados com o LINA, e o uso prudente de antimicrobianos no leite visando a qualidade e segurança do leite, garantindo integridade e qualidade dos produtos lácteos.

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INFORME ESPECIAL – EMBRAPA Foto: Carla Timm
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Tecnologias apresentadas no percurso das áreas demonstrativas da Embrapa

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Embrapa apresenta

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