COORDENAÇÃO GRÁFICA: Márcio Leal / Ricardo Senger Michel
COORDENAÇÃO PUBLICITÁRIA: Alexandre Júlio Göttems
TEXTOS: Cristina Severgnini (MTb/RS 9.231)
Heloísa Letícia Poll (MTb/RS 16.224)
CAPA E DIAGRAMAÇÃO: Cristiano Henrique Schindler
COLABORAÇÃO: Sabine Hentschke
IMPRESSÃO: Cromo Gráfica e Editora
TIRAGEM: 30 mil exemplares | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Foto: Arquivo Afubra
Foto: Dionis Henker
Há 70 anos,
sempre pensando no melhor para o produtor
Desde 1955, entidade promove qualidade de vida, assistência técnica, diversificação e ações ambientais para mais de 95 mil associados.
A Afubra, entidade criada no dia 21 de março de 1955, sempre teve sua atuação voltada à proteção dos fumicultores. As principais preocupações iniciais estavam relacionadas à insegurança em relação à falta de política de preços do tabaco e aos sinistros por granizo. Hoje se tem uma situação mais consolidada a respeito do pagamento pela produção, mas no passado a história nos conta que não havia prazos imediatos de pagamento e o produtor chegava a ter que esperar do final de uma safra até o ano seguinte para receber pelo produto entregue. E os sinistros de granizo, que foram a razão principal de os primeiros produtores aderirem à criação da Afubra, foram solucionados através da organização o sistema mútuo.
Desde o início de organização e conscientização dos produtores, a Afubra e seus associados foram protagonistas de intensas mobilizações na defesa da sua cultura e da sua classe. No decorrer da história vieram momentos desafiadores que exigiram atuação rápida. Muitos deles se referem a não aceitação dos benefícios da cultura e à legislação restritiva em relação aos cigarros e ao ato de fumar. São situações que têm trazido dificuldades para o setor porque a produção depende de mercado consumidor.
A atuação na defesa do produtor levou a Afubra a implementar diversas iniciativas, como o estabelecimento
Marcilio Laurindo Drescher
Presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra)
de filiais e lojas com produtos para outras culturas agrícolas, a assistência técnica, o incentivo à diversificação e programas ambientais. A Expoagro Afubra faz parte dessa busca em oferecer o melhor para o fumicultortécnicas, tecnologias, inovação e novas culturas -, tudo pensando na qualidade de vida do produtor. Mais recentemente, a Unidade de Grãos e o incentivo às energias renováveis seguem o mesmo propósito de incentivar o progresso financeiro e o consequente bem-estar das famílias produtoras de tabaco.
No cenário atual, a diversificação de culturas nas propriedades, o preço justo e o cumprimento da legislação com relação ao setor seguem sendo estratégias para que o produtor tenha real qualidade de vida. Queremos que o fumicultor tenha a oportunidade de continuar produzindo com a qualidade desejada para a demanda, na qual 90% é destinada à exportação. Por isso, auxiliamos o produtor para que tenha produto com padrão que atenda à clientela dos países importadores. Para atingir a eficiência desejada, a metodologia de produção precisa ser sempre melhorada, inclusive para promover o conforto na execução do trabalho dos produtores. Na Afubra, todos os mais de 1,3 mil colaboradores estão alinhados com o objetivo da entidade, que é trabalhar em prol dos cerca de 95 mil associados.
Foto: Bruno Pedry
Foto: Guga de Andrade
AFUBRA
Lembranças de quem ajudou a Afubra a crescer
A Afubra faz parte da história de muita gente. Pessoas e famílias tiveram seus rumos de vida transformados. Incontáveis são as histórias de associados que conseguiram evitar endividamentos em anos de catástrofes climáticas e seguiram sendo parte importante do agro do Sul do Brasil. E outras são de pessoas que ajudaram a
construir a Afubra e fazem parte da trajetória da entidade, que chega aos seus 70 anos com vigor e diversas frentes de ação em favor do produtor rural.
Veja algumas das histórias de pessoas que têm suas vidas unidas intrinsecamente à Afubra.
Helena Werner
viúva do fundador Harry Werner
No começo, a busca por solução
Viúva do fundador da Afubra, Harry Antônio Werner, Helena Werner, prestes a completar 100 anos de vida, viu nascer a entidade que veio a se tornar uma das mais representativas do agro brasileiro. Ela conta que seu marido, na época produtor rural e comerciante em Formosa (hoje Vale do Sol/RS), liderou o movimento em busca de algo que amparasse os produtores quando perdiam a lavoura por granizo. “Depois de uma granizada forte, vi um vizinho chegar chorando pedindo para comprar ‘fiado’ com a promessa de pagar no ano seguinte, com a próxima safra”, conta. “Naquele dia, o Harry disse que era preciso achar uma solução, que essas pessoas tinham que ter algum seguro”, acrescenta. Então, Werner buscou a ajuda de outros líderes da localidade, como o padre Emílio Backes e o professor Albino Sehnem, e reuniões na casa de Helena e também no prédio da comunidade onde o professor residia, se seguiram e agregaram mais pessoas. Como as possibilidades de seguro agrícola eram escassas e não se adequavam aos produtores
de tabaco, o grupo criou a Associação dos Plantadores de Fumo em Folha do Rio Grande do Sul. Dona Helena lembra do lançamento em solenidade na Sociedade Aliança e do começo com uma loja no centro de Santa Cruz do Sul para vender insumos aos associados. Com a expansão da entidade e das atividades do marido, que era também vereador, Helena mudou-se para Santa Cruz do Sul com os filhos do casal e seguiu dando suporte ao marido, sempre envolvido nas atividades da Afubra.
Registro da primeira assembleia da Afubra
Foto: Arquivo Afubra
Foto: Guga de Andrade
Benício Albano Werner
filho do fundador Harry Werner e ex-presidente da entidade
A vida ligada à Afubra
Quando a Associação dos Plantadores de Fumo em Folha do Rio Grande do Sul foi criada, o menino Benício, filho do fundador, estava com sete anos e ainda não tinha noção clara do motivo das tantas reuniões que mantinham seu pai ocupado. Mais tarde, quando a família se mudou de Formosa para Santa Cruz do Sul em 1965, ele conheceu a entidade que havia sido criada para que os produtores atingidos por granizo tivessem algum amparo financeiro. E na vida adulta, Benício Albano Werner construiu sua carreira na Afubra, como membro da diretoria e chegando à presidência.
A história da entidade foi construída com base em credibilidade. Nos primeiros
AFUBRA
anos, nem registros das avaliações de perdas ficavam com o produtor tamanha era a confiança. “A confiança cresceu junto com a entidade, em grande parte devido ao trabalho sério, transparente e de respeito aos associados”, conta Werner. “Nas assembleias, os produtores definem reajustes da mutualidade e outras normas e todas as partes cumprem integralmente”, acrescenta.
Atualmente, aos 70 anos de caminhada da Afubra, as ações ainda são regidas pelos objetivos estabelecidos inicialmente. A missão é proporcionar o bem-estar aos associados, clientes e comunidades, através do mutualismo, de programas socioambientais, de soluções inovadoras no comércio de bens e serviços, de alternativas sustentáveis na agricultura familiar e no agronegócio. “O Verde é Vida, o fomento ao plantio de eucaliptos e a criação da Expoagro Afubra são algumas das iniciativas para cumprir os objetivos da entidade de estar ao lado do produtor”, relata.
Laci Severo
colaboradora mais antiga do Sistema Mutualista
Wilson Roth
Sentimento de dever cumprido e gratidão
Desde 1º de agosto de 1975, a rotina da gerente de Operações do Sistema Mutualista, Laci Severo, é de cuidar do setor que presta auxílio aos produtores com lavouras atingidas por granizo. Respeito a todos, gratidão e tranquilidade de dever cumprido são palavras que a acompanham há aproximadamente 18 mil dias. “Comecei jovem, com pouca experiência e problemas pessoais e tive o incentivo do então presidente Harry Werner, que acreditou na minha capacidade mais do que eu mesma e logo me possibilitou crescimento”, conta. “Tomei isso como um sólido alicerce e, ao longo de 50 anos, sigo com o mesmo comprometimento com todas as diretorias que vieram depois e a mesma sistemática de trabalho priorizando ser correta e justa com o associado, que é o nosso maior patrimônio dentro da entidade, e observando as decisões estatutárias”, relata.
“Na Afubra somos pessoas - funcionários, colaboradores, associados, diretores –, o resto é uma construção e eu sempre busquei dar prioridade ao ser humano”, resume. “Sinto muito orgulho de ter feito parte do crescimento da entidade e quero seguir fazendo sempre corretamente até meu último instante na Afubra”, acrescenta. “Hoje, só sinto gratidão. Gratidão por ter constituído minha família, criado um patrimônio com dignidade e reserva para o final da vida, tudo graças ao meu trabalho e à oportunidade que tive. Também, gratidão aos diretores e colegas e aos associados que confiam em nós para administrar uma entidade que é deles”, finaliza.
Levar socorro aos associados nas intempéries avaliador mais antigo
Quando as lavouras são atingidas por granizo, a chegada do avaliador da Afubra representa a certeza de que o investimento não será perdido. Para Wilson Roth, contratado há 48 anos para ser avaliador, são incontáveis as histórias na missão de levar conforto e ressarcir o valor financeiro da dedicação do produtor. Ele já passou pelos cargos de coordenador do Sistema Mutualista, gerente da filial de Rio Negro/PR e atualmente é inspetor. Acompanhou o crescimento da equipe de campo, que passou de 20 avaliadores para 140. “Se fazia o cálculo das folhas atingidas à mão em papel e, no período de safra, se trabalhava de segunda a segunda”, conta. “Quando casei, em 1983, só consegui tirar 10 dias de férias e tive que ir para Santa Catarina e Paraná. E aí deu enchentes e intempéries e acabei ficando dois meses sem voltar para casa”, conta.
Na sua trajetória, Wilson Roth chegou a ser inspetor de uma região de mais de 250 municípios, incluindo todo o Oeste de Santa Catarina e o Paraná. “Hoje o sentimento é de dever cumprido e com a consciência tranquila”, diz. “Sempre procurei atender da melhor forma possível o associado porque, na hora do granizo, da incidência, é que o produtor olha porteira afora esperando o carro da Afubra chegar”, acrescenta. Sobre a Afubra, ele define sua carreira como uma história de amizades e coleguismo e enfatiza “orgulho em fazer parte da grande família Afubra”.
Foto: Nicolas Borges
Foto: Nicolas Borges
Foto: Nicolas Borges
Romeu Schneider
colaborador mais antigo e membro da diretoria
Pela expansão comercial da Afubra
Com 50 anos de Afubra completados em 1º de fevereiro, Romeu Schneider liderou a expansão comercial da entidade, que atualmente tem 31 unidades. Cursou Administração na Unisc e foi contratado, em 1975, para ser gerente na filial, em Rio Negro, no Paraná, onde atuou por 8 anos e 8 meses. Após, foi convidado a ser membro da diretoria da Afubra, passando a atuar na matriz, em Santa Cruz do Sul. Com atuação pautada em ideias e inovações, ele se manteve em constante busca por conhecimentos, com viagens pelo Brasil e exterior para verificação de abertura de
oportunidades comerciais. Por exemplo, a Expoagro Afubra foi uma consequência da visita de Schneider à Farm Progress Show, nos Estados Unidos, e dos dias de campo que já vinham sendo realizados pela Afubra. E a Unidade de Grãos teve objetivos de diversificação e ampliação das atividades da Agro-Comercial Afubra Ltda.
Atualmente, diretor-presidente da Agro-Comercial Afubra e tendo cumprido meio século de uma rotina de trabalho na Afubra, Romeu Schneider não pensa em aposentadoria. “Para se manter a saúde física e mental, é extremamente importante ter objetivos na vida. Obviamente, me sinto muito realizado com minha carreira profissional, por ter tido a oportunidade de muitas viagens e conhecimentos ligados ao tabaco e a outras culturas no Brasil e exterior e por contribuir ativamente com o crescimento da Afubra”, resume.
João Francisco Bortoli representante dos procuradores
Geraldo Back
Seriedade é a marca da Afubra
Há mais de 40 anos como procurador da Afubra representando produtores da região de Herval d`Oeste/SC, João Francisco Bortoli, nunca faltou a uma Assembleia Geral da entidade. “Desde o começo, percebi a seriedade com que a Afubra é conduzida e acho que devia servir de exemplo para o governo e para outras associações”, diz. “Se os municípios, estado e país agissem igual a Afubra, estaríamos em berço de ouro”, salienta. “Nunca ouvi um agricultor reclamar da Afubra. Faço parte de outras entidades, mas a Afubra é a melhor associação para a agricultura que eu conheço” acrescenta.
A história de Bortoli é ligada ao tabaco, pois seu pai produzia fumo de corda. E ele, ao casar-se, começou o cultivo de Burley. “Me sinto feliz demais com a fumicultura, eu e minha esposa Eva criamos bem nossos oito filhos e nunca tivemos prejuízo com a lavoura de tabaco”, conta. “É muito importante a rapidez no atendimento quando dá granizo”, diz, lembrando que há aumento nas contribuições dos associados quando o excesso de granizo diminui o fundo do Sistema Mutualista, mas que a contribuição baixa quando o fundo estabiliza. “Nós devemos agradecer aqueles fumicultores que criaram a Afubra e a todos os que conduziram com tanta seriedade até agora”, finaliza.
representante dos conselheiros
No Conselho Deliberativo desde 2015
“Desde que passei a conhecer a Afubra, fui testemunha da incansável dedicação aos produtores de tabaco, oferecendo-lhes um suporte integral e de alta qualidade”, define Geraldo Back, presidente do Conselho Deliberativo da Afubra. Ele faz parte do Conselho desde 2015 e é o presidente desde 2019. “Através do Sistema Mutualista, a associação ampara os produtores em situações de intempéries, como o granizo ou tufão, além de fornecer orientações técnicas valiosas para diversas culturas”, relata.
“Ao comemorarmos os 70 anos de trajetória desta respeitável associação, prestamos uma sincera homenagem aos sócios fundadores e a todos os pilares que sustentam a Afubra, cujos princípios e legados permanecem vivos e fortes no presente, orientando e inspirando as gerações futuras”, diz.
“Em nome do Conselho Deliberativo e Fiscal, parabenizo a diretoria, meus estimados colegas conselheiros e os colaboradores da Afubra pelo trabalho competente e árduo, cuja missão incansável tem sido essencial para o êxito contínuo da associação”, acrescenta Back.
Foto: Nicolas Borges
Foto: Guga de Andrade
Foto: Nicolas Borges
FUMICULTURA
Na história dos rituais indígenas aos dias atuais
Cultura do tabaco teve crescente importância como produto das exportações brasileiras.
Com seus primeiros registros de existência no continente americano em 1492 (pela equipe de Cristóvão Colombo), especula-se que o tabaco existia no território brasileiro antes disso. Historiadores levantaram a tese de que, no Brasil, o tabaco tenha se espalhado pelas migrações indígenas, sobretudo Tupi-Guarani, que atribuíam caráter sagrado às folhas e usavam-nas em ritos mágico-religiosos pelos pajés (feiticeiros).
Sobre a expansão no mundo, a história conta que os exploradores teriam levado plantas de tabaco para a Europa, sendo inicialmente cultivada pela família real
Do trabalho artesanal na amarração do tabaco, às máquinas modernas que facilitam a colheita, a evolução no cultivo mostra como tradição e inovação caminham juntas no campo
portuguesa por seu aspecto ornamental e por sua função medicinal. Após, o tabaco passou a ser conhecido e usado nos demais continentes, levado por marinheiros e soldados (como um passatempo durante os longos períodos das viagens) e pelas expedições portuguesas que levaram a planta para outros países europeus, África e oriente.
De planta ritualística dos índios, o tabaco passou a ser um produto comercial das colônias europeias, mais particularmente das Antilhas, da Virgínia e do Brasil. Assim, rapidamente o cultivo e comércio de tabaco no Brasil colonial passou a ter importância destacada. No século XVII a sua comercialização já tinha várias legislações e taxações e era um dos principais produtos exportados ainda durante o período do Império. Essa importância está marcada no brasão das Armas da República, onde há um ramo de tabaco.
Dia do Produtor
Na história recente, o Brasil é, há mais de 30 anos, o maior exportador de tabaco do mundo, sendo o segundo maior produtor mundial. Para enaltecer a importância dos responsáveis pela produção brasileira, em 2012, na assembleia da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA), foi criado o Dia do Produtor de Tabaco, em 28 de outubro. A data tem alusão histórica, pois foi nesse dia, em 1492, que tripulantes da esquadra de Colombo chegaram à ilha que viria a ser Cuba e encontraram nativos em um ritual em que a fumaça das folhas queimadas era inalada.
O Dia do Produtor de Tabaco foi inserido em 2013 nos calendários oficiais nos três estados sul-brasileiros pelas respectivas Assembleias Legislativas. A data foi instalada no Rio Grande do Sul, (Lei 14.208, de
Agricultores garantem a qualidade que mantém o Brasil como líder mundial na exportação de tabaco
março/2013, de autoria do deputado estadual Heitor Schuch), em Santa Catarina (Lei 16.114, de setembro/2013, de autoria do deputado estadual Mauro de Nadal) e no Paraná (Lei 17.729, de 2013, de autoria do deputado estadual Anibelli Neto).
Foto: Rodrigo Assmann
Foto: Junio Nunes
Foto: Arquivo Afubra
FUMICULTURA
Eventos celebram a Abertura Oficial da Colheita
Safra 2024/2025 teve sua abertura em novembro, no Parque da Expoagro Afubra
Desde 2017, uma data festiva faz parte do calendário dos fumicultores gaúchos: a Abertura Oficial da Colheita, que é celebrada em evento simbólico. Em novembro do ano passado, foi realizada abertura da safra 2024/2025, no Parque da Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, Rio Pardo/RS, com a presença de produtores, autoridades, convidados e imprensa. A realização foi das secretarias estaduais de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e do Desenvolvimento Rural (SDR) do Rio Grande do Sul, com o apoio da Afubra e do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
Na ocasião, as manifestações na tribuna enalteceram a importância dos produtores e enfatizaram a relevância econômica e social da produção de tabaco, especialmente para o Rio Grande do Sul, estado que concentra 43% da produção de tabaco sul-brasileira. Somente no estado gaúcho, a atividade envolve quase 70 mil produtores, em cerca de 200 municípios.
Evento oficial mostra a importância da cultura para o estado
SEXTA
EDIÇÃO - Incorporado à agenda oficial do governo do Rio Grande do Sul, desde 2017 a abertura da colheita é um evento festivo e já foi realizada em diferentes regiões produtoras de tabaco no Estado. As últimas cinco edições foram sediadas em Venâncio Aires (2017), Canguçu (2018), Arroio do Tigre (2019), Vale do Sol (2021) e São Lourenço do Sul (2022).
Abertura da Colheita da safra 2024/2025 ocorreu no Parque da Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, Rio Pardo/RS
Foto:
Junio Nunes
Foto: Rodrigo Assmann
No tabaco, maior produtividade por hectare
FUMICULTURA
Estatísticas da Afubra mostram que na safra 1976/1977 a média foi de 1.552 kg/ha, enquanto que a safra 2024/2025 tem estimativa de 2.247 kg/ha.
Nos mais de 100 anos de fumicultura comercial no Brasil, a Afubra se insere e faz parte do cenário do setor há 70 anos. Com atuação direcionada a proporcionar melhorias para o produtor, a entidade tem importância destacada na busca por soluções aos problemas que afetam a base da cadeia produtiva. Isso tem resultado em avanços na produção e qualidade do produto, com consequentes reflexos nas exportações e divisas. Temas como sustentabilidade, renda do produtor, sucessão, diversificação, qualidade de vida no meio rural e combate ao trabalho infantil fazem parte do escopo de ações implementadas e mantidas ao longo de décadas.
E o resultado do trabalho sério e contínuo do setor é revelado nas estatísticas da Afubra que mostram o aumento na produtividade. Por exemplo, na safra 1976/1977, havia produção de 1.552 quilos por hectare (kg/ha), enquanto que a estimativa da safra 2024/2025 é de 2.247 kg/ha. O estatístico da Afubra, Dener Turchiello, mostra que o aumento na produtividade foi linear, com algumas interferências de fatores climáticos. A comparação por décadas fica assim: safra 1984/1985 com produtividade de 1.750 kg/ha, safra 1994/1995, com 1.741 kg/ha, safra 2004/2005 com 1.919 kg/ha e safra 2014/2015 com 2.263 kg/ha.
As melhorias têm relação com a modernização das técnicas e equipamentos na cultura do tabaco. Conforme o gerente do Departamento Técnico da Mutualidade da Afubra, Alexandre Paloschi, as novas tecnologias facilitam a vida do produtor ao mesmo tempo que permitem produzir mais e com mais qualidade. “As estufas de carga contínua vieram para
diminuir o custo com lenha e energia elétrica e reduzir a mão de obra”, relata. “Outra coisa que vem para facilitar é a máquina auxiliar de colheita, que permite o trabalho com menos esforço e mais conforto”, acrescenta. “E as práticas modernas de cultivo, como o plantio direto e insumos de ponta, contribuíram com a produtividade e, por isso, hoje o produtor colhe mais por hectare”, acrescenta.
A evolução na qual arados e bois foram substituídos por máquinas, agilizando o preparo da terra, foi acompanhada de perto pelo atual 2º tesoureiro da Afubra, Benício Werner. “A sucessão só é problema quando não há máquinas”, diz, lembrando que a modernização das propriedades produtoras de tabaco tem também a função de atrair os jovens para que optem pela atividade agrícola. “Nos anos 1970, a produtividade era bem inferior”, diz, lembrando a importância da contribuição do trabalho técnico, recuperação de solos e melhoria nos insumos. “E, com maior produtividade no tabaco, sobra mais espaço para a diversificação das pequenas propriedades”, afirma.
Trajetória da Afubra
A Afubra surgiu no dia 21 de março de 1955 e inicialmente era chamada de Associação dos Plantadores de Fumo em Folha no Rio Grande do Sul. Organizada por produtores de tabaco, em virtude da ausência de seguro que pudesse socorrer os produtores com lavouras atingidas por granizo e temporais. Os benefícios de se ter uma associação de fumicultores despertaram o interesse em produtores de Santa Catarina e do Paraná e, assim, no dia 24 de julho de 1963, a organização passou a atuar nos três estados Sul do País, tornando-se a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
Desde sua criação, a entidade busca trabalhar em parceria com outras entidades que contribuem com a fumicultura brasileira. Câmara Setorial da Cadeia produtiva do Tabaco, Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Associação Internacional de Países Produtores de Tabaco (ITGA), Abifumo e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Novo Stifa) são parceiros que contribuem com a produção de tabaco no Brasil.
Dener Turchiello, estatístico da Afubra, destaca avanços na fumicultura ao longo das décadas
Alexandre Paloschi explica como inovação reduz custos e melhora a vida do produtor
Foto: Nicolas Borges
Foto: Nicolas Borges
FUMICULTURA
Câmara Setorial: discussões junto ao governo
Devido ao desconhecimento geral sobre a relevância da produção de tabaco, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco tem grande importância por ser o órgão que reúne produtores, indústria, trabalhadores e o governo, sendo uma instância do Ministério da Agricultura (MAPA). O presidente da Câmara, Romeu Schneider, também vice-presidente da Afubra, diz que o órgão auxilia o próprio governo com informações e discussões sobre temas do setor. Ele lembra da importância dessas discussões em relação à Conferência das Partes da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco. “Muitos assuntos são analisados na Câmara Setorial porque o governo está junto e temos mais facilidade de levar as preocupações em relação àquilo que pode ser decidido negativamente contra o setor”, conta. Conforme Schneider, é fundamental que todas as instituições governamentais se envolvam nos assuntos da cadeia produtiva do tabaco devido ao que a cadeia representa em termos econômicos e sociais. “É extremamente importante as entidades participarem ativamente e estarem presentes em reuniões e eventos para
podermos levar informações aos representantes governamentais. A grande maioria das pessoas do governo não tem o conhecimento da realidade sobre a cadeia produtiva do tabaco, o que se percebe nas decisões tomadas sem informações corretas, apenas no que pensam e acham e sem levar em consideração o que o setor realmente representa”, acrescenta.
Melhorias para os municípios Exportações de 90% da produção
O ex-prefeito de Canguçu, Marcus Vinícius Pegoraro, presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (AmproTabaco), afirma constantemente suas percepções positivas que evidenciam a importância do tabaco para o seu município. “A cadeia produtiva transformou a realidade, trouxe independência e manteve a mulher e o homem na zona rural”, diz. “Nós que atendemos demandas e anseios das comunidades sabemos que a produção das folhas tem possibilitado, inclusive que se possa transformar os recursos do tabaco em benefícios para a população”, acrescenta. “As pessoas que trabalham na agricultura tiveram sua vida melhorada, a colônia passou a ter qualidade de vida e os produtores conseguem fazer investimentos”, constata. “Nós sabemos a transformação social e econômica dos municípios possibilitada pelos recursos que o tabaco gera”, testemunha.
Pegoraro: condição social e econômica dos municípios transformada pelos recursos que o tabaco gera
Com o tabaco brasileiro mantendo sua valorização no mercado mundial, as divisas recebidas têm sido maiores, mesmo com pequena redução nos volumes embarcados nos últimos anos. Conforme o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, a manutenção dos negócios internacionais é uma demonstração de que o Sistema Integrado de Produção (SIPT) está plenamente ativo e segue sendo o sustentáculo da cadeia produtiva do tabaco no Brasil. “Como 90% da produção é exportada, precisamos atender exigências do mercado internacional relacionadas à integridade e à qualidade, o que é possível graças à integração”, explica o executivo. “Unidos, mantemos o Brasil como o maior exportador mundial e segundo maior produtor de tabaco”, acrescenta Thesing.
Valmor Thesing: integridade e qualidade, mantidas graças à integração
Romeu Schneider: Câmara reúne o governo, os produtores, a indústria e os trabalhadores
Foto: Junio Nunes
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No mundo, procura segue maior do que a oferta
“Mudanças climáticas, regulamentação, novos produtos e o comportamento dos consumidores são os principais fatores de atenção para entender as dinâmicas de mercado”. A constatação é da diretora Executiva da ITGA, Mercedes Vázquez. Conforme ela, as últimas tendências de consumo, de acordo com informações do Euromonitor International, são o realinhamento contínuo do comportamento de consumo no contexto da evolução geral do volume de nicotina. “Entre os impulsionadores globais do tabaco mais significativos para o futuro estarão a inovação regulamentar, incluindo a sustentabilidade, as crises do custo de vida e o alargamento do universo da nicotina”, explica.
Sobre as tendências mundiais, Mercedes Vásquez aponta que, entre os produtos de risco reduzido, o tabaco aquecido está se estabelecendo como o formato principal, já que uma parte
significativa do cigarro eletrônico migra para o mercado ilícito. “No que diz respeito a uma das mais recentes categorias de tabaco – as bolsas de nicotina - o crescimento centra-se predominantemente nos Estados Unidos, sem qualquer evidência de forte tração em outros locais”, conta. As tendências de produção de folhas de tabaco mostram que a maior variedade de tabaco FCV (Virgínia) foi caracterizada por colheitas curtas no Brasil e no Zimbabué (1º e terceiro maiores exportadores de tabaco no mundo). De acordo com análise de mercado da ITGA, a produção de Burley está aumentando e o Malawi foi um dos países com melhor desempenho de 2024. “Em resumo, a procura de folhas de tabaco continua a exceder a oferta nos mercados globais e podemos esperar que esta tendência prevaleça nos próximos dois anos pelo menos”, prevê. Mercedes aponta como principais fatores que terão impacto na
Renda, oportunidade e rentabilidade
Conforme Éder Roberto Figueira Rodrigues, presidente interino do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (NOVO STIFA), só em Santa Cruz do Sul, o Stifa representa mais de 15 mil trabalhadores. “O tabaco gera até 100 mil empregos diretos e indiretos nos três estados do Sul”, conta. Além disso, segundo Rodrigues, a fumicultura desempenha um papel essencial na economia regional, sendo uma das principais atividades responsáveis pela geração de empregos em diversas regiões.
“Mais do que uma cultura agrícola, representa sustento, desenvolvimento e qualidade de vida para milhares de famílias”, diz. “Com sua cadeia produtiva abrangente, que vai do cultivo nas propriedades ao processamento industrial, a produção do tabaco movimenta economias
Éder Roberto Figueira Rodrigues: impacto na vida de mais de 100 mil pessoas envolvidas apenas na indústria de transformação
locais, impulsiona o comércio e contribui para a permanência das pessoas no campo”, acrescenta. “Cada etapa desse processo envolve uma rede de trabalhadores dedicados, reforçando a importância do setor para o crescimento regional”, salienta. “O
Mercedes Vásquez: mudanças climáticas, regulamentação, novos produtos e o comportamento dos consumidores são os principais fatores para entender o mercado
dinâmica do mercado: a regulamentação, os novos produtos e a mudança no comportamento dos consumidores, porém é preciso prestar igual ou até maior atenção às alterações climáticas porque continuarão a ser um fator determinante no tamanho das colheitas.
emprego gerado na indústria alcança milhares de trabalhadores, que muitas vezes não teriam uma oportunidade no mercado formal, oferecendo dignidade e respeito a todos aqueles que vivem desta cultura centenária de nosso País”, finaliza Rodrigues.
Foto: Divulgação
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Uma grande história construída com outras grandes histórias
A trajetória e o cotidiano de alguns produtores que constituem o retrato próspero da fumicultura no Brasil
A história da fumicultura vai muito além de safras históricas, períodos desafiadores, entre outros aspectos técnicos e de produção. Nos três estados do Sul do Brasil, nos quais a Afubra atua, histórias de vida se transformam por meio do cultivo do tabaco. Em pequenas e médias propriedades, famílias prosperam no campo, diversificando, inovando e aprendendo. São ensinamentos que passam de geração para geração, promovendo o desenvolvimento de diferentes regiões.
Há 70 anos a Afubra tem feito parte dessas jornadas de lutas e de vitórias, deixando evidente a sua missão: proporcionar o bem-estar aos associados, clientes e comunidades, através do mutualismo, de programas socioambientais, de soluções inovadoras no comércio de bens e serviços, de alternativas sustentáveis na agricultura familiar e no agronegócio.
Nas próximas páginas você tem a oportunidade de conhecer alguns desses exemplos que tornam ainda mais gratificante o trabalho feito ao longo das últimas décadas.
Confira, nas próximas páginas, histórias incríveis...
Fotos: Luciana Jost Radtke
ASSOCIADOS
Um dom que perdura no campo
Quando a família de Alcemar Herber se reúne, a conversa vai longe. E, se o assunto for o local no qual residem… Bom, aí dá para puxar uma cadeira e se preparar para longas e longas horas de relatos permeados de lutas e vitórias.
Por lá, na Linha do Salso, interior de Candelária/RS, residem Alcemar e sua esposa Meri Terezinha, os sogros Delci e Renê Hübner e a família da filha Nataline, com destaque para a netinha Ágatha, de 5 anos, o xodó da casa.
Eles são a prova de que a cultura do tabaco também passa de geração para geração no Vale do Rio Pardo. Mais do que um ganha-pão, o plantio faz parte da trajetória de cada um deles.
Do mais experiente ao mais jovem, todos tiveram avós ou pais fumicultores. Na típica propriedade familiar, com produções de subsistência, além da fumicultura, o complemento da renda vem da criação de vacas leiteiras.
E assim eles têm atravessado décadas construindo dias mais fartos e prósperos por meio da agricultura. Meri Terezinha ainda resume, de forma prática, essa relação com a lida no campo: “a pessoa já nasce com esse dom”.
Associados da Afubra, o casal mantém viva a herança dos antepassados, contando com o suporte da entidade para o que for preciso. Hoje, enquanto a nova geração perambula pelo jardim florido, eles também fazem planos: seguir investindo, seguir semeando, com a esperança de sempre prosperar.
Na fumicultura, uma nova paixão
“Aqui tem lavoura para todos os lados”. É assim que Rosimar Marciano de March, 34 anos, explica a organização da propriedade, localizada em Linha Caravágio, no município de Celso Ramos/SC. Desde 2019 ele deixou a cidade para residir no local com a esposa Jozieli, 25, a filha Hellen, 2, o pai Orlando de March e a sogra Teresinha Lemos Serpa. A partir daquele ano firmou sociedade com o cunhado Aldo Serpa, com o qual plantou 200 mil pés de tabaco, somente na última safra.
Ainda na propriedade, o também funcionário público cria animais, mantém o plantio de uvas, moranga cabotiá, milho, feijão e desenvolve outras atividades de subsistência. Mas foi por meio da fumicultura que já conseguiu colocar muitos sonhos em prática. “A gente veio pra cá começando tudo do zero e hoje já adquirimos máquinas, construímos casa, galpão, estufa”.
O retorno à área rural, em busca por melhor qualidade de vida, deu certo. “Hoje estou fazendo o que gosto, trabalhando na agricultura. Me considero um apaixonado pela fumicultura”. Carro-chefe da propriedade, é na cultura do tabaco que o jovem produtor encontra a satisfação, desde o plantio até comercialização do produto.
A dedicação e o envolvimento de Rosimar fizeram com que fosse convidado para atuar como procurador da Afubra, representando os produtores da região junto à entidade. E entre um compromisso e outro ainda encontra tempo para um hobby: criar inventos para facilitar a vida na lavoura. Um deles, inclusive, chegou a ser inscrito no Prêmio Afubra/Nimeq realizado na Expoagro Afubra 2023.
Meri, Alcemar, Nataline, Delci e Renê: histórias de gerações
Fotos: Luciana Jost Radtke
Fotos: Vanderlei
Rosimar de March encontrou uma nova paixão na fumicultura
A força que passa de pai para filho
Na propriedade dos Stertz, em Sítio Baixo, interior de Arroio do Tigre/RS, o cuidado e o capricho com cada canto ficam evidentes à primeira vista. Em meio ao verde, no alto da estrada de chão, as moradas abrigam gente trabalhadora e feliz com o ofício de agricultor. Por lá, Narciso, 61, e Narlan, 34, constroem um legado de prosperidade. O que começou com o pai há quase 40 anos, agora tem andamento nas mãos do filho.
O galpão de alvenaria, repleto de máquinas e implementos agrícolas, dá sinais de que a empreitada tem dado certo. Tudo conquistado nas últimas décadas com o plantio de tabaco Burley. Na safra mais recente, os galpões de madeira, distribuídos no local, abrigaram cerca de 110 mil pés. Tudo cultivado pela dupla e suas esposas, Nelci, 59, e Kátia Arnt, 32.
Nas áreas de terra a família ainda cultiva soja, milho e trigo. Mas é na fumicultura que provém a principal fonte de renda. "Em área pequena não tem o que dá mais que o tabaco. Tudo o que nós temos foi graças a ele. Com essa renda eu comprei o meu primeiro carro, uma Pampa", conta Narciso, que completa 62 anos um dia antes do aniversário da Afubra, em 21 de março. Sobre a entidade, aliás, ele resume em uma frase: “pra mim a Afubra é 10”.
É na qualidade de vida e na realização em dar andamento aos próprios negócios que Narlan encontrou motivos para permanecer na lavoura. “Hoje eu não me vejo saindo daqui. Para trabalhar eu tenho tudo o que preciso”, afirma. Enquanto isso, a filha Helena, de um ano e oito meses, cresce rodeada de exemplos. E, quem sabe, siga, no futuro, os passos do pai e do avô.
Família Stertz celebra as conquistas por meio da fumicultura, contando sempre com o apoio da Afubra
Os craques do campo
Os feitos de Orlandino Martins da Costa, de 62 anos, já fazem parte da história do município no qual nasceu. É em Camaquã/RS que ele tem proporcionado lazer e integração aos moradores, principalmente do interior. No Campo dos Santos, instalado em sua propriedade, ocorre um dos principais eventos do calendário municipal: a Copa Santa Auta (que leva o nome da própria localidade), promovida há 32 anos. Tudo isso com a ajuda da esposa Eliane, 56, e dos filhos Jean, 31, e Katrine, 24.
A cada ano, de abril até novembro, durante quinze fins de semana, o fumicultor recebe cerca de 1,5 mil atletas, de 68 equipes, para a disputa. As partidas de futebol, por sua vez, reúnem torcedores e espectadores de diversos municípios da região da Costa Doce. Para a abertura, inclusive, são recebidos, a cada ano, um jogador do Internacional ou do Grêmio, de Porto Alegre.
Mas tudo isso, segundo o fumicultor, só foi possível pelas oportunidades que surgiram com o cultivo do tabaco. Uma delas foi a parceria firmada com a Afubra, em 2005, para o aprimoramento da competição esportiva. Na lavoura, a relação já vem desde 1985, quando passou a ser associado da entidade, seguindo os passos do pai. “Acho que o Brasil tem que ter mais entidades como a Afubra”.
Além do plantio de 100 mil pés, distribuídos nos 24 hectares, e dos afazeres relacionados à Copa, o produtor ainda se dedica, há 20 anos, ao transporte escolar municipal, junto com o filho. “Estou nas terras que eram do meu bisavô, do meu avô e do meu pai. Em 1970, meu pai começou com a estufa de tabaco e a vida começou a mudar”. E tem mudado até hoje, para muito melhor.
Depois da colheita de tabaco, Orlandino, Eliane e Jean já começam a se preparar para mais uma Copa Santa Auta
Foto: Luciana
Jost Radtke
Foto: Nicolas
Borges
O grande galpão da propriedade dos Crepaldi, localizada em Nova Roma, no município de Morro Grande/SC, já virou uma extensão da casa em época de safra. A mesa farta, a fazendinha de criança montada na entrada e o capricho de cada canto sinalizam: “tem gente feliz vivendo aqui”. Não só pela animação, mas pelo brilho no olho de todos que se aproximam para contar a própria história - tudo isso sob a proteção do padroeiro Santo
Reunião de gerações na propriedade: Lucas e a esposa Taís (em pé), a mãe Jucelir, o filho Pedro e a avó Luiza
Quando a herança é colher prosperidade
Antônio, cuja imagem ocupa lugar de destaque junto à área de refeições.
E a turma é grande. Lucas, 34, e Luana, 31, já representam a sucessão dos pais Jucelir, 54, e Ilso, 58, e da avó Luiza, 82, que também acompanha o cotidiano. Ainda participam da lida a esposa de Lucas, Taís, 32. O filho do casal, Pedro, 7, fica por perto, brincando, sob os olhos atentos de todos.
Na última safra, em família, foram plantados 165 mil pés de tabaco, o que garante à atividade o título de carro-chefe quando o assunto é renda. Além disso, o grupo se divide entre os serviços de transporte de tabaco e de insumos, o plantio de pinus, entre outras culturas de subsistência. Apesar das oportunidades fora do berço, os mais jovens optaram por permanecer na lavoura. Hoje, colecionam ganhos e comemoram: “nosso patamar de vida é muito bom”, afirma Lucas.
A relação com a Afubra, por sua vez, é herança do avô, Hilário (in memoriam), que já acreditava na seriedade dos serviços oferecidos pela entidade. “Tudo o que nós adquirimos hoje veio do tabaco”, complementa o fumicultor. E assim eles seguem, com a certeza de que logo vão poder colher muito mais.
uma paixão, ainda apresenta bom retorno financeiro”, afirma.
Nos ganhos da fumicultura, a possibilidade de ir mais longe
“Quando é feito com amor, tem mais sabor”. A frase estampada na camiseta resume bem o cotidiano da família Boing, em Vitor Meireles. No município localizado no Vale Norte do Alto Vale do Itajaí, a 270 km de Florianópolis/SC, a família tem feito história no Sítio Agroboing. Por lá, um é vizinho do outro. Os pais Geraldo e Elenice, e os filhos Jairo e Jailson, dividem as terras nas quais a prosperidade é soberana. Enquanto os mais velhos planejam a aposentadoria, os mais jovens seguem cheios de planos para os 60 hectares (somando o conjunto de propriedades).
Jairo, de 29 anos, por exemplo, é um apaixonado pelo que faz. Na última safra, ele e a esposa Luana, 28, plantaram 118 mil pés de tabaco. A produção representa a principal fonte de renda na propriedade, o que também possibilita o planejamento de novas ações. “Hoje essa é a opção de maior renda agregada numa pequena quantidade de terra. Então além de ser
Para o bom andamento da atividade, o casal também conta com o suporte da Afubra. “Hoje, dentro da fumicultura, a palavra Afubra vai definir segurança para a produção. É um acalento para o produtor. Sem falar na comodidade e na facilidade proporcionadas pela equipe de campo”.
Os ganhos do carro-chefe, aliados ao orgulho pela trajetória no campo, fizeram com que a dupla decidisse investir em novos caminhos: plantio de uvas finas, sem semente, sob cobertura (sendo os pioneiros na região) e turismo. Para este último, inclusive, construíram um empreendimento gastronômico junto à propriedade.
Dessa forma, a terceira geração dos Boing cria um presente e um futuro promissores, possibilitando que o cotidiano inspire outras pessoas. “Olhar para trás é fundamental na avaliação dos próximos passos. São essas as raízes que nos permitem seguir trilhando outros caminhos”, conta Luana.
Elenice, Geraldo, Jairo e Luana: investir e ser feliz no campo é herança de família
Quando a fumicultura proporciona novas oportunidades
Na propriedade da família Preisler o novo é sempre bem-vindo. E se algo não dá certo eles mudam a rota e recomeçam. Já trabalharam com aves, vacas de leite, hortaliças e verduras, mas hoje se concentram em duas atividades: tabaco e uvas. A relação com a primeira delas vem desde 2002 e representa a segurança financeira, essencial para que possam apostar em outras atividades de diversificação.
Já a última transformou o dia a dia deles. Os parreirais deram tão certo que se tornaram parada obrigatória na rota de turismo rural, na localidade de Lençol, em Rio Negro/PR. À frente de tudo isso estão Paulo, 39 anos; a esposa Cleonice, 42; os pais Sérgio, 62, e Maria, 61. Os filhos Emanoel, 10, e Eduardo, 14, acompanham de longe, mas têm dado sinais de que a próxima geração está garantida por lá.
São 11 hectares repletos de muitas histórias. As de superação, no entanto, se multiplicam. Mas entre elas a família colhe
uma certeza: continuar investindo e buscando inovação. Na última safra, a 22ª de tabaco, por exemplo, os Preisler cultivaram 120 mil pés. Um salto considerável se comparado aos 35 mil do primeiro ano.
Para isso, aliás, eles também contam com a Afubra. “A entidade é necessária. Ela representa as reivindicações dos produtores. Desenvolvem um trabalho muito sério. Se não tivesse seria bem complicado.”
Foi assim, com suporte de qualidade e ganhos, que a fumicultura conquistou o título de carro-chefe por lá. “Tudo o que tem na propriedade veio do tabaco”, afirma Paulo. Esse retorno financeiro oportunizou a implantação das parreiras de niágara branca e rosada. Em 2024 já são quase 3 mil pés plantados (inicialmente foram 500). “Nós vendemos aqui mesmo. Para ter uma ideia, faltou produto para tanta demanda”, conta o produtor, orgulhoso de seus feitos.
Aqui o amor pela
Preisler celebram as novas possibilidades proporcionadas pela renda do tabaco
agricultura é coisa de irmão
O campo de futebol recém instalado do outro lado da rua, em frente à propriedade da família Tasior, passa longe de ser uma distração. O foco do dia a dia deles é a lavoura e todas as oportunidades que ela proporciona.
Na localidade de Sítio Novo, no município de Teixeira Soares/PR, os quatro irmãos João, 36; José Carlos, 32; Fernando, 31; e Camilo, 28; dão andamento às atividades desenvolvidas pelos antecessores. Hoje são sete pessoas envolvidas na lida: eles, os pais Miguel, 63, e Joana, 60, e a esposa de José Carlos, Carla Vanessa Sidoski Tasior.
É trabalhando em família que eles encontram satisfação e realização naquilo que fazem. Além de tudo, é claro, encontram forças uns nos outros para seguir buscando o melhor. Na última safra, por exemplo, plantaram 120 mil pés de tabaco. Ao mesmo tempo, se dedicam às três granjas de suínos e às outras culturas: soja, milho e feijão.
No total, são 51,4 hectares que trazem à tona a prosperidade cultivada por lá. Na fumicultura o envolvimento começou dez anos atrás, com o plantio de 40 mil pés. O retorno foi tão positivo que, três anos depois, decidiram dobrar a produção (atualmente já triplicaram). Associados da Afubra desde o início da trajetória, seguem celebrando todas as conquistas, adquiridas por meio das atividades agrícolas. Um retrato de gente que trabalha muito para poder… colher!
Miguel e Joana Tasior com os filhos João, José Carlos, Fernando e Camilo, e o neto Antônio Miguel, de 2 anos e 7 meses, que já se encanta com a vida no campo
A força do Agro: superação e crescimento em meio às adversidades
Superar obstáculos é uma marca dos produtores rurais,especialmente, na região Sul do Brasil
Estiagens, enchentes, geadas, granizo, tufões e excesso de calor são situações que ameaçam a agricultura e a pecuária. Entre um obstáculo e outro os produtores rurais se reorganizam e seguem produzindo. Nos últimos anos, os três estados do Sul do Brasil provaram que contornar problemas é possível. Com resiliência, trabalho e organização, os produtores e lideranças rurais partiram em busca de soluções e deram demonstrações da força do agro.
Uma das grandes adversidades dos últimos anos ocorreu em 2020 e 2021; enquanto a pandemia da Covid-19 ameaçava a humanidade, o agro mostrou sua força e continuou produzindo e distribuindo alimentos. No desenrolar, secas e enchentes atingiram diversas regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com destaque para a secas de 2020 e 2023/2024 no Paraná e as enchentes em Santa Catarina (2023) e Rio Grande do Sul (2024).
O agro enverga mas não quebra e, em muitos casos, torna-se mais eficiente e aumenta a produção. No Paraná foram apresentados números de crescimento nas safras de soja, milho, feijão e batata para a safra 2024/2025. Em Santa Catarina, o trigo deve ter aumento de quase 40% na safra 2024/2025, além de boas safras de soja, arroz, feijão, milho, maçã e banana. E o Rio Grande do Sul, depois de um maio de 2024 catastrófico, chegou ao final do ano com superação das safras de tabaco, arroz e soja.
Foto: Dionis Henker
Fotos: Arquivo Afubra
Período de neutralidade climática segue em 2025
Um respiro: meteorologista diz que a tendência para o ano é de normalidade
Clima bom geralmente está associado a boas safras. Se as previsões se confirmarem, o agro do Sul do Brasil poderá ter uma folga nas intempéries e secas que têm ocorrido nos últimos anos. Conforme Gabriel Rodrigues, meteorologista do Portal Agrolink, a neutralidade deverá ir até pelo menos os meses de julho, agosto e setembro de 2025. “Essa condição é a mais provável dentro do horizonte de previsões dos modelos matemáticos, que têm uma validade de até nove meses no futuro”, explica.
Na região Sul, condições de neutralidade significam bons volumes de chuvas distribuídos ao longo do ano, temperaturas relativamente mais elevadas no verão e inverno frio. Mas tudo dentro do que seria esperado para as estações. “Estudos indicam que os rendimentos médios das lavouras tendem a ser maiores durante períodos de neutralidade climática, devido à menor ocorrência de variações extremas que impactam negativamente as culturas”, relata.
Contudo, o meteorologista alerta que as projeções climáticas de longo prazo sofrem alterações conforme são atualizadas com dados mais recentes. Além disso, uma condição de neutralidade resulta numa maior influência de outros padrões climáticos de menor escala, o que deixa a previsão de longo prazo mais variável. “Eventos climáticos extremos só são possíveis de se prever no
Por que tempestades no Sul?
Os estados Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão suscetíveis às tempestades mais severas, devido à combinação de alguns fatores chave, mas, principalmente, devido à posição geográfica. Segundo Rodrigues, a região é propícia para a formação dos ciclones (áreas de baixa pressão), passagem de frentes frias às vezes com chuvas intensas e a localização também coincide com a saída dos Jatos de Baixos Níveis (JBN), conhecidos como ‘Rios Voadores’. “São correntes de vento, que atuam a cerca de 1.500 metros de altitude, transportando uma grande quantidade de vapor d'água desde as regiões tropicais em direção às áreas subtropicais, como no sul do Brasil”, explica. De acordo com o meteorologista, na América do Sul os JBNs se posicionam ao longo de um eixo que começa na Amazônia central e se estende para o sul, atravessando o oeste do Brasil, Bolívia e Paraguai, chegando ao norte da Argentina e na região sul-brasileira. “Essa configuração é favorecida pela diferença de pressão entre o calor tropical e o ar mais frio ao sul, canalizando o fluxo de ar úmido formando uma espécie de rio voador”, relata. “Tanto na catástrofe climática de 2024 no Rio Grande do Sul e em 2023 em Santa Catarina, esses rios voadores tiveram um papel fundamental no aporte de umidade na região, fortalecendo por dias a fio as chuvas”, diz.
Gabriel Rodrigues: temperaturas altas devem continuar nos próximos anos
curto prazo. Embora 2025, aparentemente, apresente condições mais próximas à média climatológica, ainda existe a possibilidade de ocorrência de eventos extremos localizados”, alerta.
Ao fazer uma recapitulação do que aconteceu nos últimos anos, Gabriel Rodrigues diz que um dos principais fenômenos que regulam o clima global do Brasil é o El Niño - Oscilação Sul (ENSO). Que é o aquecimento (El Niño) ou resfriamento (La Niña) das águas do Oceano Pacífico Equatorial e, quando as temperaturas dessas águas nessa região estão mais próximas da normalidade, é um cenário de neutralidade do fenômeno. “Entre o inverno de 2020 e o verão de 2023, estávamos numa condição de La Niña (águas mais frias), inclusive com eventos de frio mais intensos no Brasil, ocasionando geadas até o Mato Grosso”, lembra.
Depois de um breve período de neutralidade, no outono de 2023 iniciou o El Niño (águas mais quentes). “Esse El Niño, foi classificado com forte intensidade e um dos fatores que contribuíram tanto para as chuvas extremas quanto para as temperaturas muito acima da média, condição que persistiu até o início do outono de 2024, e de lá pra cá, veio perdendo intensidade”, explica. “Além disso, ao longo de todo o ano de 2024, as projeções vinham indicando a possível entrada de uma La Niña, o que não aconteceu”, acrescenta.
As enchentes foram consequência das mudanças climáticas, pois outro fenômeno, com intensidade mais forte do que o normal, estava atuando no centro do Brasil, resultando nas ondas de calor registradas entre os anos de 2023 e 2024, devido à presença de um intenso bloqueio atmosférico. “Este ‘bloqueio’ impediu que as instabilidades avançassem em direção ao centro do país, ao mesmo tempo que direcionava o grande fluxo de umidade dos rios voadores na região Sul”, diz Rodrigues, lembrando que os anos de 2023 e 2024 foram os mais quentes já registrados em termos de clima global e também no Brasil. “Tanto agências internacionais, como o Copernicus Climate Change Service, da União Europeia, e o Climate Prediction Center, dos Estados Unidos, vêm confirmando que esses dois últimos anos foram os mais quentes da história”, cita. No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia confirma que as temperaturas médias foram as mais altas já registradas. E tudo indica que a tendência será esta ao longo dos próximos anos. “Eventos extremos, como as chuvas intensas registradas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina ou as secas prolongadas em outras regiões, tendem a se tornar mais frequentes, demandando maior atenção e planejamento”, alerta. “Assim, é essencial aprendermos com esses episódios e nos prepararmos para mitigar os impactos de eventos dessa magnitude, buscando reduzir ao máximo os danos causados”, aconselha.
Foto:
Divulgação
Hora de reconstruir o
de material vegetal diversificado. Conforme o pesquisador, a utilização combinada de calagem, adubos orgânicos, plantas de cobertura e insumos biológicos seria uma estratégia de acelerar o processo de recuperação nas áreas mais atingidas. “Nos casos de compactação severa alguma intervenção mecânica talvez se faça necessária, porém, sempre que possível, a utilização de policultivos com raízes diversificadas e profundas é a preferência para recuperar a estrutura do solo”, aconselha.
Doutor em Ciência do Solo aponta caminhos para recuperar a fertilidade da terra
O solo é o maior patrimônio de um agricultor e o principal insumo produtivo. E a enchente de maio de 2024, no Rio Grande do Sul, impactou fortemente a qualidade do solo agrícola das áreas atingidas. Então, é hora de recuperar o solo para seguir produzindo. Para Telmo Amado, doutor em Ciência do Solo e professor titular da Universidade Federal de Santa Maria, o primeiro passo para resgatar a fertilidade perdida é fazer um diagnóstico para entender a real dimensão da perda de nutrientes ocorrida. “De um modo geral, haverá necessidade de um processo de correção do solo e reposição de vários nutrientes perdidos, porém, o que mais me preocupa é com a vida do solo, o teor de matéria orgânica e a estrutura do solo que são processos mais demorados de restaurar”, prevê. É preciso focar na bioativação do solo através do uso de plantas de cobertura diversas (policultivos) para proteção e adição
Para manter o solo fértil e saudável
Um tema de interesse global é a adaptação da agricultura às mudanças climáticas, especialmente em eventos extremos, pois, quanto mais adversas forem as condições climáticas, mais o desempenho produtivo é dependente do manejo do solo adotado. Conforme Telmo Amado, a adaptação é complexa, porém o importante é não retardar o início do processo. “Hoje temos um olhar muito mais cuidadoso com a biologia dos nossos solos e com a sua proteção”, revela. “A recuperação do solo deve ocorrer com base biológica e acredito que precisamos ‘resetar’ biologicamente o solo com práticas regenerativas”, explica. “Incrementar o aporte de resíduos e a diversidade dos cultivos ao longo do tempo se fazem necessários para recuperar os estoques de carbono”, acrescenta. “Com isso teremos um solo saudável e com capacidade de se manter produtivo mesmo sob eventos extremos”, assegura.
Segundo o doutor em Ciência do Solo, as enxurradas impactaram mais os solos que se encontravam descobertos ou recentemente preparados para a semeadura de inverno. “Temos
Telmo Amado adverte que é preciso combinar intervenções de cunho químico, físico e biológico e que alguns processos poderão ser recuperados no curto prazo, outros - como o incremento da matéria orgânica e agregação do solo - serão de médio a longo prazo. “Mas o importante é iniciar o processo de recuperação do solo, sempre considerando a importância de mantê-lo permanentemente coberto”, explica, lembrando que, após um processo erosivo, o solo fica fragilizado e sujeito a outros eventos erosivos. “Portanto a primeira prática a ser adotada é a sua proteção através de uma eficiente cobertura”, reforça.
A respeito das estimativas de que a recuperação pode levar uma década, Amado acredita que esse tempo pode ser abreviado significativamente com a combinação de estratégias sinérgicas, unindo correção do solo, uso de policultivos de culturas de cobertura e insumos biológicos. “Temos que entender que a organização do solo é um processo gradual e evolutivo mediado pela biologia do solo. E a repetição de práticas conservacionistas e de bioativação são a chave para alcançar sucesso nesta tarefa desafiadora”, sinaliza.
Solo devastado após enxurrada, evidencia os impactos da falta de cobertura vegetal
relatos de agricultores que, por terem seu solo coberto com culturas de cobertura já estabelecidas e bem enraizadas, tiveram perdas mínimas”, conta. “Este fato nos desafia a buscarmos sistemas como a sobressemeadura ou policultivos com espécies precoces que protejam nossos solos logo após a colheita da safra de verão, notadamente da soja, diminuindo os riscos das enxurradas de outono fazendo uma ‘ponte verde’ entre os cultivos de verão e de inverno”, sugere.
Fotos: Dionis Henker
Como o solo ficou depois da enchente
Com impactos de variadas formas e intensidade, a severidade da enchente quanto a deposição foi mais forte ao longo dos rios da região central e vales do Rio Grande do Sul, como resultado das chuvas intensas e persistentes. Porém, praticamente todas as lavouras que apresentavam alguma declividade sofreram com o processo erosivo, sendo formados inúmeros sulcos com vários centímetros de profundidade nos locais de concentração do escoamento de água. Segundo Telmo Amado, o processo erosivo é responsável pela remoção da camada superficial dos solos agrícolas, que é a mais fértil, com maior conteúdo de matéria orgânica e atividade biológica. “A natureza pode levar mais de 300 anos para formar um centímetro de solo, enquanto num processo erosivo severo como esse, vários centímetros de solo foram perdidos numa escala de dias ou semanas”, relata.
Por outro lado, nas áreas planas que foram submersas por vários dias tivemos a perda de nutrientes por lixiviação com destaque ao nitrogênio, boro e enxofre. “Esse fato demanda que uma análise de solo representativa da área atingida seja feita e comparada com as áreas não atingidas ou menos atingidas”, recomenda o pesquisador. Além disso, houve deposição de areia que recobriu o solo agrícola com espessura variável, podendo alcançar de 10 a 50 centímetros. “Análises químicas revelaram que essa camada de sedimentos era praticamente inerte, com baixíssima concentração de nutrientes”, conta. “Nesse caso, acredito que a solução mais plausível seria a remoção da camada e utilização em
estradas internas, sendo no meu ponto de vista questionável a recomendação de incorporação destes sedimentos ao solo agrícola”, observa.
O solo agrícola é a base de um sistema produtivo, resultado de investimentos ao longo de vários anos e, conforme Telmo Amado, não pode ser visto como meio de descarte de materiais de baixo valor agronômico. “Em muitos casos, nas áreas de deposição de grandes camadas de sedimento até agora o processo de revegetação ainda não ocorreu, permanecendo o solo descoberto”, conta. “Um agricultor da região de Lajeado/RS questionou-me sobre a possível ocorrência de contaminantes na enxurrada e nestes sedimentos depositados sobre o solo agrícola, pois observou que o pelo dos animais de criação foi danificado e muitos apresentaram sintomas de doença”, relata.
OTIMISMO – O setor rural tem demonstrado em diversas crises que tem capacidade de superar adversidades e seguir produzindo. “Por conhecer muito bem o setor, acredito na capacidade e na resiliência do produtor rural brasileiro em superar os desafios que se apresentam no seu horizonte”, diz Telmo Amado. “Já fizemos isso tantas vezes ao longo de décadas, haveremos de recuperar nossos solos no pós-enxurradas e aprimorarmos nossos sistemas produtivos para que eventos como este não tenham uma consequência tão severa sobre nossa matriz produtiva”, acrescenta.
Telmo Amado: me preocupa a vida do solo, o teor de matéria orgânica e a estrutura são processos mais demorados de restaurar
Foto: Divulgação
Fotos: Dionis Henker
Foto: Dionis Henker
Fotos: Divulgação Emater/RS-Ascar
No RS pós-enchente, agro se renova e cresce
Superar obstáculos é uma marca dos produtores rurais,especialmente, na região Sul do Brasil
Entraves a serem superados fazem parte das atividades da agricultura e pecuária. Mas, os últimos cinco anos foram de dificuldades enormes no Rio Grande do Sul, especialmente em 2024, com a calamidade causada pela enchente. Segundo o diretor técnico Emater/RS, Claudinei Baldissera, está sendo um grande desafio superar os problemas. Mais de 206 mil propriedades rurais foram afetadas na produção e na infraestrutura. Um dos setores muito prejudicados foi o solo, com perdas de fertilidade em mais de 2,7 milhões de hectares. “São processos erosivos desde a lixiviação, até erosão profunda, principalmente onde a força da água causou deslizamentos e inundações com danos profundos nas estruturas dos solos agrícolas e em áreas de vegetação permanente em torno dos cursos de água”, conta.
Conforme Baldissera, o total da safra gaúcha de verão foi boa em volume, mas as propriedades que não tiveram tempo suficiente para efetuar a colheita, sofreram prejuízos elevados. “Em maio, no início da calamidade, boa parte da safra estava colhida, mas uma fração importante das culturas de soja, milho e arroz estavam ainda nas lavouras”, relata. Mais de 8 mil produtores tiveram prejuízos na fruticultura e na olericultura e cerca de 200 agroindústrias foram atingidas pela inundação. Houve ainda prejuízos por questões de escoamento da produção, inclusive em regiões onde não houve inundações. Na pecuária, em especial bovinos de leite e corte, mais de 32 mil produtores tiveram danos em pastagens e isso se somou aos problemas com o transporte de alimentos para os animais.
Dados da Emater mostram que, nos últimos cinco anos, três safras de grãos tiveram resultados impactados pelas adversidades climáticas. “A safra de inverno colhida em 2023 foi de resultados frustrantes em razão do clima, de 2024 foi alcançada pela calamidade e a safra colhida em 2021 também havia sido impactada por uma estiagem”, lembra Claudinei Baldissera.
Claudinei Baldissera: planejar estrategicamente a promoção da agricultura nos municípios
“Nesses últimos cinco anos, tivemos estiagens severas e movimentos contrários, como foram as enchentes, os vendavais e as tempestades. O ano de 2023 iniciou com estiagem e teve sucessivos 10 eventos ao longo do ano, que desafiaram muito a agricultura”, relata.
Além das questões climáticas, alguns aspectos desafiadores para a produção rural têm sido preços, custo de produção e mão de obra. Em relação aos preços, Baldissera destaca a queda dos valores da soja, arroz, milho, carne bovina e suína em relação aos anos 2020 e 2022, quando estavam mais elevados. “Isso exige do agricultor cada vez mais assertividade na gestão da propriedade e do negócio, otimizando os custos de produção e usando tecnologias para superar as questões do que o mercado posiciona em relação àquilo que é monetizado na produção”, explica. “A redução de custos é essencial, norteador, e o agricultor jamais deve perder de vista”, aconselha. “As adversidades climáticas, em conjunto com os desafios do mercado, exigiram mais assertividade no sentido de planejar para dar conta à mitigação dos efeitos do que as calamidades climáticas trazem”, acrescenta. O diretor técnico Emater lembra ainda que a redução na disponibilidade de mão de obra é confirmada nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que mostra a diminuição da população rural na grande maioria dos municípios gaúchos. “Então, o agricultor é desafiado a cada vez mais adotar processos tecnológicos, tecnologia digital e mecanizações para dar conta à escassez de mão de obra para contratar e da disponibilidade de mão de obra familiar, com famílias cada vez menores”, explica. “Junto com isso, há o envelhecimento da população rural e falta de sucessão familiar”, pontua.
Marca da superação
Mesmo com adversidades, o agro supera os problemas e segue produzindo. “A agricultura tem resiliência, mas existem aspectos importantes a serem destacados no que é necessário na recuperação e preparo para a mitigação dos efeitos climáticos e lidar com as adversidades climáticas”, explica. “O Rio Grande do Sul é signatário de metas do Plano ABC, que são práticas de desenvolvimento rural e de agricultura de baixo carbono e aí se destaca a necessidade de aperfeiçoamento de sistemas de plantio direto, utilização de bioinsumos e sistemas irrigados”, diz. Sobre a irrigação, o programa Supera Estiagem é uma das ações para levar irrigação às propriedades. “É preciso olhar para os sistemas irrigados não como um custo, mas como um investimento que garante a sustentabilidade”, diz Baldissera.
Planos para o futuro
Com novas administrações municipais, 2025 é ano de planejar estrategicamente a promoção da agricultura por meio dos planos municipais de desenvolvimento rural, metas bem definidas relacionadas ao que é importante para os municípios e estratégico para o desenvolvimento e incentivo da agricultura. “E o fortalecimento dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural para promover bons debates sobre aquilo que a agricultura e as políticas públicas, tanto dos municípios quanto do estado e da união possam chegar de forma assertiva para os agricultores e para os municípios”, acrescenta.
SANTA CATARINA
Em SC, agro resiste em meio a extremos climáticos
Soja, tabaco, milho, arroz, trigo, feijão, cebola, pastagem e leite foram afetados na enchente de 2023
O agro catarinense tem sido afetado por fenômenos alternados de secas e cheias. Os mais recentes foram as estiagens em 2021 e 2022, eventos seguidos pela enchente de 2023 que provocou prejuízos de aproximadamente R$ 1,6 bilhão. De acordo com o levantamento da Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), foram 49,2 mil propriedades afetadas pelas chuvas de outubro de 2023 e as maiores perdas foram registradas em lavouras de tabaco, trigo e cebola, seguidas pelas lavouras permanentes e as benfeitorias. As regiões mais afetadas foram o Alto Vale de Itajaí (15.284 propriedades), Planalto Norte (10.233 propriedades) e Planalto Sul (3.730 propriedades). O levantamento também registrou prejuízos com animais, máquinas e equipamentos, horticultura, leite, pastagem e pomar.
Conforme o presidente da Epagri, Dirceu Leite, as principais culturas impactadas, tanto pelas estiagens como pela precipitação intensa, são principalmente as culturas temporárias. E os prejuízos com os eventos climáticos são maiores ou menores dependendo da época do ano. “Quando há uma estiagem que se inicia em maio, as perdas não são tão acentuadas, mas quando ocorre nos meses de verão, os prejuízos são muito grandes”, explica.
Os extremos climáticos atingem principalmente as culturas temporárias, em função da implantação, do manejo e da velocidade do cultivo. De acordo com o presidente da Epagri, também houve problemas significativos em relação à produção de leite (associados ao desenvolvimento das pastagens) e à inacessibilidade, pois as chuvas intensas prejudicaram o transporte. “Outros problemas sérios se deram em relação à produção de frutas, especialmente pomares de uvas e maçãs da serra catarinense, com queda de parreirais e danos em infraestrutura”, conta.
Dirceu Leite: com predominância da agricultura familiar, Santa Catarina é o 20º estado em tamanho e quinto em produção de alimentos
A dimensão dos prejuízos pelas secas severas, segundo Dirceu Leite, chegou até a representar risco para o abastecimento humano. “Todas as vezes que tivemos essas situações, a gente tem procurado desenvolver políticas públicas que vão ao encontro do agricultor buscando restabelecer a sua produção”, relata. “E os prejuízos se distribuem por toda a cadeia produtiva do Estado, com situação mais pontual nas culturas temporárias, principalmente milho, soja e feijão”, diz.
PEQUENAS PROPRIEDADES - Santa Catarina representa 1% do território nacional, sendo o 20º estado brasileiro em tamanho, mas o quinto maior produtor de alimentos. “Essa produção de alimentos tem uma característica fundamental, que é a predominância da agricultura familiar. “Dos 180 mil estabelecimentos agropecuários do Estado, aproximadamente 90% é de agricultura familiar, ou seja, é a produção agrícola realizada pela família dentro da propriedade, envolvendo quase 500 mil pessoas”, conta Dirceu Leite.
RESILIÊNCIA - Além de base familiar, um fato que faz o agro catarinense ser resistente é a diversidade de culturas. “Temos forte cultivo de arroz, maçãs na serra, produção de hortaliças, especialmente a cebola, e temos a pecuária de leite”, conta. “É a mistura de atividades que permite que o produtor catarinense consiga enfrentar momentos difíceis e ser resiliente a essas variações climáticas, permitindo que tenha uma velocidade de resposta em tempo rápido e curto prazo”, salienta. “E associado a isso, Santa Catarina se destaca pela quantidade de políticas públicas que levam ajuda e fomento”, acrescenta.
Preservar água e solo para mitigar efeitos do clima
Manter estratégias de armazenagem de água e de cuidados com o solo são as medidas adotadas em Santa Catarina para redução de danos nos casos de estiagens. “Implementar agricultura de baixo carbono, fortalecer o sistema de plantio direto e agricultura regenerativa, que visa criar condições físicas e biológicas de o solo se restabelecer, são ações do governo do Estado”, diz Dirceu Leite, que possui mestrado em uso e conservação do solo com foco em efeitos de chuvas. “Significa trabalhar práticas de suporte no sentido de reduzir o escoamento superficial de água carreando o solo e nutrientes”, explica.
A Secretaria da Agricultura e a Epagri também têm trabalhado para que o produtor tenha estruturas para armazenar água, mas também manejos para fazer com que o terreno fique mais resistente e menos suscetível a processos de erosão. “A Epagri faz
capacitação técnica, orientando os agricultores no sentido da importância de ter água da chuva armazenada, de usar técnicas conservacionistas do solo”, relata. “Somos um estado pequeno e temos que continuar produzindo nessas terras, mantendo altos índices de produtividade, e isso tudo passa pelos cuidados do solo”, salienta Dirceu Leite.
Por sua importância na manutenção do agro catarinense a água tem recebido foco nas políticas públicas do governo do Estado. “Nos últimos anos, tem havido disponibilidade de recursos aos produtores, com a Epagri fazendo o projeto técnico para que o agricultor tenha condições de armazenar água para uso nos momentos de estiagem”, conta. Leite lembra ainda que, como o Estado se destaca pela produção de suínos e aves, há incentivos para armazenagem de água da chuva nas granjas e aviários.
Fotos: Divulgação
No PR, infraestrutura, diversidade e cooperativismo mantém o sucesso do agro
Última estiagem causou prejuízos de quase R$ 10 bilhões na agricultura
Assim como os demais estados da região Sul, o agro do Paraná tem tido prejuízos causados pelas adversidades climáticas. A mais recente foi a estiagem que atingiu o estado na safra 2023/2024 causando perdas de quase R$ 10 bilhões ao Valor Bruto de Produção (VBP) da agricultura, afetando também as atividades pecuárias. O maior prejuízo ocorreu na soja, com perda de R$ 6,5 bilhões, seguida pelo milho segunda safra, com R$ 1,4 bilhão; e o trigo, com R$ 616 milhões. Além das estiagens, houve geadas tardias em algumas regiões, também prejudiciais ao desenvolvimento das lavouras. E na pecuária, o problema da estiagem resultou em focos de incêndio, prejudicando o meio ambiente, áreas de preservação ambiental e pastagens.
Nos últimos anos, as culturas que mais sofreram com adversidades do clima foram os grãos: feijão, milho, soja e trigo. Conforme o chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Marcelo Garrido, todas as culturas que estão a campo são afetadas de alguma forma quando
Marcelo Garrido: quando ocorrem, adversidades atingem todas as culturas que estão a campo
ocorrem eventos climáticos extremos. “Obviamente, as culturas mais afetadas são aquelas que possuem maiores áreas e, por isso, tendem a ter maiores prejuízos”, lembra. “O principal impacto é para o produtor que tem sua renda comprometida, porque deixa de vender e consequentemente deixa de arrecadar. Isso causa um efeito cascata no setor, onde todos os elos da cadeia são afetados”, acrescenta.
Além dos problemas climáticos, os outros fatores representam entraves para o setor da agricultura e pecuária paranaense. “A questão do aumento dos custos de produção combinado com as variações de preços no mercado internacional foi um dos principais desafios”, diz Marcelo Garrido. “Também as questões relacionadas ao desmatamento em parte do Brasil e as novas exigências de sustentabilidade se apresentam desafiadoras”, conta, referindo-se à necessidade promover a produção sustentável. “E na pecuária, a preocupação com a melhora e a manutenção da sanidade animal tem sido foco de muito investimento e trabalho por parte do setor produtivo como um todo”, acrescenta.
Diferenciais para a resiliência
Diversidade de produção, condições climáticas sustentáveis, infraestrutura eficiente e forte cooperativismo são, segundo Marcelo Garrido, os principais diferenciais que posicionam o agronegócio do Paraná como referência no Brasil. “O agronegócio é a principal atividade econômica, destacando-se pela qualidade e diversidade de seus produtos. Possuímos uma ampla variedade de itens agrícolas, impulsionados por condições naturais e estruturais”, conta o chefe do Departamento de Economia Rural do governo paranaense.
Um dos principais fatores que são importantes para o sucesso
do setor é o clima, que permite o cultivo de uma ampla gama de produtos em todas as regiões. Por isso, safras sem eventos climáticos extremos são de sucesso. “Além disso, a infraestrutura e a logística do Paraná estão entre as melhores do País, a rapidez e os custos envolvidos na produção e no transporte beneficiam diretamente o agronegócio”, revela Garrido. “Outro diferencial é o cooperativismo, uma característica marcante do setor no Paraná. Ele desempenha um papel essencial no fortalecimento e organização dos produtores, sendo crucial para a grandiosidade que o agronegócio alcançou nos dias de hoje”, salienta.
Produtores de arroz
dão exemplo de resiliência e organização
Após a enchente de 2024 no RS, Ruben e Kevin Gewehr retomaram a produção e esperam boa safra
Com a produção em 320 hectares de arroz e 10 hectares de soja, Ruben e Kevin Gewehr, pai e filho, esperam produzir 2.400 toneladas de arroz e 36 toneladas de soja e começar a recuperação do prejuízo da safra passada, atingida pela enchente de maio de 2024. As propriedades da famíliasendo parte em Rebentona, Candelária/RS, e parte em Faxinal de Dentro, Vale do Sol/RS – foram inundadas pelo transbordo do Rio Pardo, gerando prejuízos imediatos de mais de R$ 3 milhões.
As adversidades na lavoura de arroz começaram em março, quando um forte vendaval causou o tombamento do arroz, o que tornou a colheita bastante trabalhosa e com ritmo mais lento. “Quando chegou a enchente, 25% do arroz ainda estava na lavoura e teve perda total. E, da parte colhida, a água inundou parte dos silos e ocasionou perda de mais de 10% do arroz já colhido”, explica Ruben. Como resultado, os produtores conseguiram vender apenas 18 mil sacas (900 toneladas).
A resiliência da família Gewehr é um exemplo de vontade e, também, de organização financeira, pois conseguiram lançar mão das próprias reservas para os reparos, que não foram poucos. Máquinas, tratores, veículos e até o drone precisaram passar por consertos depois da inundação. Silos, galpões, demais edificações e o sistema de irrigação necessitaram de reparos e reconstruções. Além disso, foram
necessárias ações de reabilitação do solo para o semeio da próxima safra.
Em relação ao solo, Ruben e Kevin Gewehr calculam em cinco anos o tempo de ações concentradas e correções para que volte à fertilidade que tinha antes. “Nas lavouras, foi um investimento de 30 anos perdidos”, lamenta Ruben. Parte do solo ficou coberto por mais de um metro de areia e lodo, principalmente em áreas sistematizadas, em quadros nivelados para a produção de arroz pré-germinado.
Os produtores também perderam 50 cabeças de gado e todos os pertences da residência de Kevin e sua família. “As perdas materiais, mesmo muito grandes, não foram tão difíceis como a emocional”, descreve Ruben. “Ver toda a estrutura de vida destruída não foi fácil”, relata. Os demais moradores das áreas próximas às margens do Rio Pardo sofreram danos semelhantes. Na noite da enchente, Kevin e Ruben usaram o barco de lazer da família para retirar alguns vizinhos das suas casas na localidade de Rebentona.
Ruben e Kevin Gewehr: mais de R$ 3 milhões em prejuízos
Bancos de areia cobriram parte da propriedade em Rebentona, Candelária/RS
Lavoura de arroz em crescimento, para a safra 2025
Fotos: Cristina Severgnini
Fé na reconstrução com a nova lavoura de soja
Fernando e José Luiz Mallmann seguem produzindo para recuperar os prejuízos das enchentes
O viço da lavoura de soja da família Mallmann representa esperança de ótima colheita e começo de recuperação dos prejuízos causados pelas últimas duas enchentes que atingiram a propriedade, em Arroio do Ouro, Estrela/RS. José Luiz e Fernando, pai e filho, cultivam 86 hectares de soja na expectativa de colheita de 4 toneladas de grãos. “Se as safras forem boas, queremos recuperar o prejuízo em dois anos”, diz Fernando. Com novo galpão já construído e as máquinas consertadas, eles estão produzindo em condições próximas da normalidade.
Em maio de 2024, as águas do Rio Taquari levaram embora a mata ciliar e parte da estrutura de abrigo, alimentação e ordenha das vacas leiteiras, além de inundarem toda a propriedade e causarem a morte de 17 vacas leiteiras. Na lavoura de soja, 50% ainda não havia sido colhida e teve perda total. A família resolveu abandonar o negócio de produção leiteira porque sequer havia alimentos para a manutenção das 11 matrizes que restaram. “O resfriador de leite foi encontrado 10 quilômetros rio abaixo e sem condições de uso”, conta José Luiz.
Porém, a soja segue sendo a aposta já que as análises de solo mostraram que a fertilidade não foi afetada. “A enchente depositou bastante material orgânico, o que favorece a produção”, diz Fernando. A intenção é, após a colheita da soja, semear alguma
Entulhos trazidos pelo Rio Taquari na propriedade em Arroio do Ouro, Estrela/RS
cobertura de solo para reciclar nutrientes e, depois, fazer uma lavoura de trigo como cultura de inverno. Eles também estão cultivando dois hectares de milho. E, otimistas, dizem que estão superando as dificuldades.
O prejuízo para a família Mallmann na catástrofe de maio de 2024 foi de R$ 1,5 milhão, porém isso ocorreu na sequência de outra enchente em novembro de 2023, que já havia resultado em R$ 600 mil de perdas. Com fé na recuperação e retorno à plena produção agrícola, a família está entre as que resistiram e não abandonaram suas propriedades. “Para nós não foi tão ruim como para outros, tem gente que foi embora e não voltou mais”, lamenta José Luiz.
Sobre a enchente, os relatos de Fernando e José Luiz incluem o resgate da família pelo telhado da casa, o abrigo na casa de familiares, falta de coisas básicas como roupas, barulho ensurdecedor das águas do Taquari, 40 dias sem luz, roubos na propriedade e a visão de três cadáveres humanos quando as águas baixaram. “O mais impressionante nisso tudo foi a solidariedade; vinha ajuda de todos os lados e até de outros estados”, relata José Luiz.
“Tem pessoas como a Virgínia Pies, que iniciou uma campanha de arrecadação de dinheiro e trouxe máquinas para refazer caminhos, abrir valetas e retirar entulhos”, lembra.
José Luiz e Fernando Mallmann: prejuízos de R$ 1,5 milhão na catástrofe de maio de 2024 mais R$ 600 mil na cheia de novembro de 2023
Fotos: Cristina Severgnini
PALAVRA DO COORDENADOR
A importância da união para a
superação
Com foco em manter o meio rural sempre ativo, feira apresenta soluções para superar desafios e inovar.
A 23ª edição da Expoagro Afubra integra as celebrações dos 70 anos da Afubra, uma jornada que remonta à fundação da Associação. Desde o início, nossos fundadores estabeleceram com grande determinação as diretrizes que visavam resolver as principais dificuldades dos produtores de tabaco da época, como as perdas nas lavouras devido ao granizo e o pagamento das safras, que ocorria um ano após a colheita. Além disso, estavam atentos à produção de alimentos de subsistência para as famílias de produtores de tabaco.
A Expoagro Afubra, criada em 2001, reflete um dos objetivos traçados pelos fundadores: promover a diversificação da produção agropecuária. A programação de 2025, apresentada na revista da feira, não poderia deixar de registrar a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio de 2024. A revista traz relatos de produtores afetados e de entidades que realizaram levantamentos dos danos causados nas propriedades e municípios da região. A Afubra, como diversas outras instituições, se mobilizou para apoiar os
Marco Antonio Dornelles
Coordenador-geral da Expoagro Afubra
atingidos. O Parque da Expoagro Afubra, por exemplo, serviu de central de logística para a Defesa Civil do Estado, ocupando os pavilhões da Agricultura Familiar e da entrada do parque para armazenamento de água, alimentos e roupas. Além disso, recebemos sementes de milho e insumos para doação aos produtores afetados, sem contar as inúmeras ações de solidariedade realizadas por instituições, empresas e municípios de nossas filiais de Santa Catarina e do Paraná e de outros estados. A todos, nossa eterna gratidão.
Neste contexto, a programação de 2025 reforça a missão de promover a diversificação agropecuária e oferecer suporte aos produtores que, mesmo após a perda de uma safra, já estão focados na próxima colheita. A feira se
apresenta como um farol de esperança, mostrando caminhos para a recuperação da fertilidade do solo, enfrentando os desafios climáticos, os desafios do mercado agropecuário e muito mais. Tudo isso pode ser encontrado nos estandes, fóruns, seminários, cases de produtores e no Espaço de Inovação do Agro.
Na edição anterior, apesar de termos que suspender um dia por conta de um forte temporal, conseguimos, em três dias, resultados positivos tanto em público quanto em negócios. Isso só foi possível graças à dedicação de nossos colaboradores e ao apoio essencial de patrocinadores e expositores. Para 2025, estamos investindo em melhorias de infraestrutura, como a construção de dois novos pavilhões para a exposição de animais e o reforço na rede elétrica, com a instalação de uma nova entrada, para atender à crescente demanda energética devido ao aumento de expositores.
Nosso agradecimento especial vai para aqueles que acreditam no propósito da feira, especialmente patrocinadores e expositores. Agradecemos também à Prefeitura de Rio Pardo, à Brigada Militar, à Polícia Rodoviária Federal, ao Corpo de Bombeiros de Rio Pardo, ao 7º Batalhão de Infantaria Blindada, à Unimed VTRP e a todas as empresas prestadoras de serviços que tornam a realização da Expoagro Afubra possível.
Esperamos todos de 25 a 28 de março de 2025 para mais uma grande edição da feira, celebrando os 70 anos da Afubra com muitas atrações. Que seja uma excelente feira para todos!
SERVIÇOS 23ª EXPOAGRO AFUBRA
Quando:
25, 26, 27 e 28 de março de 2025
Onde:
Parque da Expoagro Afubra
BR 471, km 161, Rincão del Rey, Rio Pardo/RS
Horário:
Alimentação:
8 às 18 horas , com entrada gratuita
Expositores:
mais de 500, entre empresas, instituições e entidades.
2 restaurantes com buffet 1 restaurante com A La Minuta 4 lancherias
Exposição de máquinas e equipamentos, lavouras demonstrativas, Dinâmica de Máquinas, Dia do Arroz, Piscicultura, Exposição de Animais (caprinos, ovinos, equinos, gado de corte e de leite), Seminário de Turismo Rural, Fórum de Diversificação, palestras técnicas, energias renováveis, Quintais Orgânicos, Agroindústrias Familiares, Espaço de Inovação do Agro, Hortaliças, Área Florestal, entre outras.
A 23ª Expoagro Afubra promete ser um evento completo, com uma vasta programação para todos os públicos. Não perca!
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Foto: Bruno Pedry
Melhorias visam receber melhor expositores e público
Parque aumenta
capacidade de energia elétrica e amplia Setor dos Animais
Mais 1.600 m 2 de pavilhões fixos vão proporcionar conforto aos expositores e bem-estar aos animais
A cada ano, a Expoagro Afubra tem ampliada a sua área de infraestrutura fixa. Para a edição de 2025, o aumento se dá no Setor dos Animais, visando proporcionar mais conforto e segurança aos expositores e ao público e garantindo o bem-estar animal. Conforme o tesoureiro da Afubra, Fabricio Murini, os dois pavilhões já existentes totalizavam 1.050 metros quadrados e, nos últimos anos, a organização da feira providenciava estrutura montada com pirâmides. “Diante da necessidade de suportar esse crescimento, trazer mais segurança e bem-estar aos animais e comodidade aos expositores e visitantes, se fez necessário ampliar as nossas estruturas fixas com uma expansão de mais 1.600 metros quadrados”, explica.
Assim, o total será de 2.650 metros quadrados e a ampliação prevê a instalação, junto ao setor dos animais, de expositores que comercializam itens como produtos veterinários, ração e linhas de artigos voltados à criação de animais. As novidades incluirão também a ampliação na pista de julgamentos. “As associações de criadores de cavalos e de gado terão um local mais confortável para fazer as competições entre os animais da exposição”, acrescenta Murini. Na Expoagro Afubra 2025, o Setor dos Animais receberá exposições de gado de leite, gado de corte, cavalos, caprinos, ovinos, coelhos e aves.
Outro investimento da Afubra no parque é a ampliação da
Fabrício Murini: investimentos em infraestrutura visam mais comodidade aos visitantes e expositores
capacidade de energia elétrica, visando eliminar as oscilações durante a feira. Até a edição de 2024, o parque contava com duas subestações que alimentam sete redes gerais de baixa tensão e dois transformadores: um de 500 kVA (quilovoltampere) e outro de 300 kVA, totalizando 800 kVA.
Segundo Fabricio Murini, ao longo dos anos tem havido necessidade de aumento na disponibilidade de energia. “Por isso, estamos construindo mais uma subestação de 500 kVA e temos projeto para execução de mais uma subestação de 300 kVA”, conta. “Com isso teremos um aumento de 100% na capacidade de atendimento e é importante salientar que as novas subestações estarão localizadas em locais estratégicos do parque, diminuindo as distâncias das redes elétricas, o que trará segurança em relação às oscilações de tensão elétrica”, acrescenta. “São investimentos necessários em decorrência do crescimento da feira, que tem cada vez mais equipamentos eletrônicos, aumentando a demanda por eletricidade”, diz. “E a energia é essencial também para a garantia no abastecimento de água, na sustentação da rede de internet e para a garantia do bom funcionamento dos estandes dos expositores”, finaliza.
Foto: ????
Foto: Nicolas Borges
Foto: Arquivo Afubra
Casa do Associado
A Casa do Associado estará novamente recebendo os produtores na casinha típica montada nas proximidades dos açudes e do Pavilhão dos Animais. “Como estamos em ano de celebração de 70 anos da Afubra, os procuradores da entidade em Santa Catarina e Paraná, terão recepção especial no espaço”, explica Murini.Além de uma sala para receber os associados e tirar dúvidas sobre o Sistema Mutualista, o espaço contará com lavouras demonstrativas de tabaco.
Quem planta, colhe!
Uma década de história marcada pela dedicação à agricultura e compromisso com os produtores rurais
A Paiol Sementes comemora uma década de história marcada pela dedicação à agricultura e compromisso com os produtores rurais. Fundada em 2015, em Estrela Velha/RS, uma empresa que nasceu de um legado familiar profundamente conectado ao campo. A trajetória começou com Hilário João Ceolin, produtor rural que ensinou ao filho Jaime o valor do trabalho na terra e a importância de acreditar no futuro.
Com visão inovadora, Jaime Ceolin modernizou as atividades e viu no beneficiamento de sementes uma oportunidade de contribuição para a produtividade da região. Foi assim que surgiu a Unidade de Beneficiamento de Sementes, consolidando o Paiol como referência em qualidade e responsabilidade no setor.
O nome da empresa reflete essa história. Inspirado por Dona Alzira Ceolin, a matriarca da família, que lembrou do paiol como um símbolo de proteção e esperança, Jaime batizou o empreendimento de Paiol Sementes. Desde então, a marca tornou-se sinônimo de sementes certificadas, que entregam mais do que produtividade – entregam confiança aos agricultores.
Hoje, a Paiol Sementes se orgulha de ser parceira dos agricultores, oferecendo soluções que valorizam o trabalho no campo e fortalecem o agronegócio brasileiro. Mais do que sementes, a empresa entrega história, respeito e o
compromisso de continuar crescendo junto com quem acredita no agronegócio.
"Quem planta, colhe": é com essa filosofia que a Paiol Sementes agradece a todos os clientes, colaboradores e parceiros por uma década de conquistas e se prepara para os desafios do futuro.
Na Paiol Sementes, cada cultivar carrega o compromisso com a qualidade e a produtividade do agricultor. Nossa experiência e dedicação fazem de cada safra um marco no desenvolvimento do agronegócio.
As cultivares Neogen apresentam inovação tecnológica e alto potencial produtivo para atender às necessidades do campo. Trabalhamos para garantir que cada semente seja o início de uma safra de sucesso.
Visite nossa sede na RST 481, Km 09, em Estrela Velha/RS, e conheça mais sobre o futuro que estamos plantando juntos.
Texto: Paiol Sementes
Contato: (51) 9 9255 5559
E-mail: contato@paiolsementes.com.br
Redes Sociais: @paiolsementes
Site: www.paiosementes.com.br
Foto: Paiol Sementes
Seis locais dentro do parque da feira para melhor atender
Inovação e tecnologia farão parte dos estandes de diversos segmentos
As soluções encontradas na rede de lojas da Agro-Comercial Afubra estarão à disposição do público da Expoagro Afubra 2025. São seis pontos dentro do parque, todos com exposições de novidades e venda de produtos. Conforme o gerente comercial da Afubra, Ricardo Senger Michel, os visitantes poderão também adquirir produtos com descontos especiais e condições facilitadas de pagamento. “Algumas linhas terão preços praticados exclusivamente para o público da Expoagro Afubra”, conta.
A novidade da Agro-Comercial na Expoagro Afubra 2025 será a ampla Loja Veterinária junto ao Setor dos Animais, nos lotes 380 e 381 do parque. “O novo espaço contará com uma ampla loja de 250 metros quadrados (m²) com artigos do setor, medicamentos veterinários, rações, sais minerais, botas e botinas, entre outros itens direcionados à pecuária e ao bem-estar animal”, explica Michel.
A tradicional Loja Agrícola, próxima do Pórtico Principal do parque, contará com exposição de insumos, máquinas e área de negócios. Serão 600m² de exposição e atendimento. Outro espaço é o do lonão na entrada do parque, onde os visitantes irão encontrar exposição de móveis, eletrodomésticos, bazar, camping e lazer em um estande de 600m². E, junto ao pórtico da entrada, haverá a tradicional lojinha de souvenirs com produtos da marca Expoagro Afubra.
A Arena Energia Verde, que foi novidade na Expoagro Afubra de 2024, mudou de lugar. Ficará situada nos lotes 226 e 227, com uma área total de 300m², e será um dos destaques durante os quatro dias do evento. “O espaço oferecerá ao
Setor dos Animais é uma das novidades para a Expoagro Afubra 2025
público painéis interativos com exposição de produtos e sediará o II Seminário de Energias Renováveis”, explica Ricardo Michel. “Esse ambiente contará com palestras e painéis conduzidos por um renomado grupo de profissionais especializados na área de energias renováveis”, acrescenta. E no lote 324 do Parque da Expoagro, um estande de sementes de hortaliças está sendo preparado para que o público possa ver in loco a qualidade dos produtos cultivados. Ao ver a produção e obter informações sobre o cultivo, os visitantes decidirão mais acertadamente sobre quais sementes poderão comprar.
PADRÃO AFUBRA - Para atender o público, em torno de 200 profissionais com amplo conhecimento técnico, grande parte vindos das filiais da Afubra no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, poderão fornecer informações sobre as soluções disponíveis. “São profissionais altamente qualificados que realizam vendas, assistência e orientação técnica nas mais variadas áreas”, ressalta o gerente da Agro-Comercial.
Foto: Cris Rosa
Foto: Nicolas Borges
Ricardo Michel: ampla Loja Veterinária no
INFORME COMERCIAL - ANAUGER
Tradição, Qualidade e Inovação
Anauger: há mais de seis décadas sinônimo de excelência no Mercado de Bombas Submersas Vibratórias
Há mais de seis décadas, a Anauger tem sido sinônimo de excelência no mercado de bombas submersas vibratórias. Fundada em 1967, a empresa brasileira se consolidou como líder no segmento, atendendo às necessidades de milhões de famílias e negócios em todo o país. Sua história é marcada pela combinação de tradição, qualidade e uma busca incessante por inovação.
Desde o início de sua jornada, a Anauger se destacou pelo compromisso com a qualidade. Cada produto é fabricado com o máximo rigor técnico, garantindo confiabilidade e durabilidade, mesmo nas condições mais desafiadoras. Esse padrão elevado é fruto de uma filosofia empresarial que prioriza a satisfação do cliente e a eficiência em todos os processos.
Mas a Anauger vai além da tradição. Sua trajetória também é definida pela inovação constante, com investimentos em tecnologia e pesquisa para desenvolver soluções cada vez mais eficazes e sustentáveis. Um exemplo disso é a introdução de modelos compatíveis com sistemas de energia solar, atendendo à crescente demanda por alternativas energéticas renováveis e acessíveis.
Outro marco na história da empresa é a proximidade com seus clientes. A Anauger compreende as necessidades reais de quem depende de suas bombas para abastecimento e irrigação, especialmente em regiões rurais. Essa compreensão resulta em
produtos projetados para oferecer soluções práticas e eficientes, promovendo o uso racional da água e contribuindo para o desenvolvimento das comunidades.
Ao longo dos anos, a empresa também tem demonstrado um compromisso exemplar com a sustentabilidade. Além de oferecer produtos de baixo consumo energético, a Anauger investe em iniciativas que reduzem seu impacto ambiental, como a utilização de materiais recicláveis na produção e a implantação de processos industriais mais limpos.
Com essa combinação de valores e uma visão de futuro clara, a Anauger segue liderando o setor, trazendo soluções inovadoras que atendem às demandas do presente e do futuro. Ao escolher a Anauger, consumidores e empresas não apenas investem em produtos de alta qualidade, mas também em uma marca que carrega consigo uma história de compromisso com o progresso, a eficiência e a responsabilidade socioambiental.
Hoje, mais do que nunca, a Anauger reafirma sua missão de ser uma referência em soluções inteligentes para o uso da água, provando que é possível unir tradição, qualidade e inovação em benefício de seus clientes e do planeta.
Texto: Márcio Borba - Gerente de Marketing
PROGRAMAÇÃO
O que há de mais atual para a produção rural
Afubra e parceiros apresentam novas oportunidades em inovação, gestão e qualidade na agricultura familiar
A programação da maior feira voltada à agricultura familiar novamente surpreende pela variedade de temas e abordagens. Além das atividades desenvolvidas pelos expositores em seus estantes, uma ampla programação de palestras, debates e eventos visa levar informações sobre as mais novas oportunidades e apresentar sugestões empreendedoras aos visitantes. O objetivo é que o produtor obtenha ótimas ideias de gestão para a sua propriedade e que possa produzir cada vez mais, com mais qualidade e menor esforço.
Palestras, fóruns e seminários abordam diferentes temas
Praças de alimentação com capacidade para atender a todos
Mais de 500 expositores farão da 23ª Expoagro Afubra uma grande edição
Cerca de 73% dos visitantes são produtores rurais
Fotos: Cris Rosa
Afubra Verde Energia Solar mostrará novidades
em opções
sustentáveis
PROGRAMAÇÃO
Espaço terá exposição, palestras e a realização do II Seminário de Energias Renováveis
A Afubra Verde Energia Solar estará em uma nova área na Expoagro Afubra 2025. Serão 300 metros quadrados (m²) nos lotes 227 e 226 do parque e será, novamente, um dos destaques do evento ao longo de seus quatro dias. Segundo o gerente de Eficiência Energética da Afubra, engenheiro eletricista Elieser do Prado Bastos, o espaço oferecerá ao público painéis interativos com exposição de produtos e sediará o ‘II Seminário de Energias Renováveis’. Diversas palestras e painéis interativos realizados por pesquisadores e profissionais especializados na área de energias renováveis trarão as opções disponíveis.
O Seminário deverá proporcionar aos participantes um ambiente dinâmico e integrado, objetivando o diálogo entre clientes e expositores, visando a interatividade entre as partes. “Temos também o objetivo de fomentar negócios com sustentabilidade e
Espaço sediará o II Seminário de Energias Renováveis
racionalidade e criar um canal de maturação do conhecimento, de negócios, networking e novas parcerias”, explica Bastos.
O espaço deverá oferecer pitches, apresentação de cases e demonstrações de produtos inovadores. Energia limpa, como a solar e fotovoltaica, biomassa e hidrogênio verde estarão na pauta, bem como questões do carbono neutro e de ESG (Environmental, Social and Governance). A intenção é possibilitar que o público da Expoagro Afubra tenha informações mais precisas sobre energia limpa e as possibilidades de aplicação, seja nas propriedades rurais ou em outras utilizações.
Haverá ainda no local a divulgação dos produtos e serviços de energia solar disponibilizados pelo Departamento Afubra Verde Energia Solar. Linhas como os sistemas com Grid Zero, Off Grids e as opções de eletropostos terão demonstrações. A Afubra atende mais de 150 municípios nos três estados do Sul do Brasil por uma equipe técnica especializada em elaboração de projetos e orçamentos de sistemas fotovoltaicos rurais e urbanos, tanto residenciais, como comerciais e industriais.
Fotos: Cris Rosa
Uma trajetória de compromisso com o agro
Produtos com aprimoramento contínuo, focados em inovação, qualidade e confiabilidade
A Tecnomyl, com mais de 30 anos no mercado agrícola, alia espírito jovem e dinâmico a uma trajetória de dedicação, perseverança e forte inovação, buscando soluções eficientes para o campo. Nossa missão é auxiliar o agricultor a superar os desafios da produção de alimentos e fibras, essenciais para a sociedade. Entendemos a complexidade da atividade agrícola, sujeita a variáveis como clima e novas pragas e doenças. Por isso, desenvolvemos soluções para uma produção cada vez mais eficiente e estratégica.
Somos uma indústria especializada no desenvolvimento de produtos pós-patente, com um foco incansável na criação de defensivos agrícolas inovadores que atendam aos mais elevados padrões de qualidade. Acreditamos que a inovação não se limita à descoberta de novas moléculas, mas também à criação de formulações inteligentes, combinações exclusivas e tecnologias de aplicação que facilitem o dia a dia no campo.
A Tecnomyl se orgulha da qualidade e confiabilidade de seus produtos, buscando aprimoramento contínuo através de pesquisa e desenvolvimento, e mantendo diálogo constante com os agricultores para oferecer soluções personalizadas.
Texto: Marketing Tecnomyl Brasil
Tecnologia e eficiência a serviço do campo
Localizada estrategicamente a apenas 40 km de Assunção, no Paraguai, nossa planta industrial é um verdadeiro centro de referência em tecnologia, com uma capacidade produtiva anual superior a 85 mil toneladas. Essa localização estratégica nos permite atender com agilidade e eficiência as demandas do mercado brasileiro e de outros países da região, otimizando a logística e reduzindo os prazos de entrega.
Nossas instalações foram projetadas seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade e segurança, com o objetivo de garantir a excelência em todas as etapas do processo produtivo. Investimos continuamente em equipamentos de última geração e em tecnologias inovadoras para assegurar a qualidade e a eficácia de nossos produtos, além de minimizar o impacto ambiental de nossas operações.
Possuímos as certificações ISO 9001:2015 e ISO 14001, que atestam nosso compromisso com a qualidade e a gestão ambiental. A certificação ISO 9001:2015 demonstra a eficácia de nosso sistema de gestão da qualidade, assegurando a padronização de nossos processos e a satisfação de nossos clientes. Já a certificação ISO 14001 reforça nosso compromisso com a sustentabilidade, garantindo que nossas atividades sejam realizadas de forma responsável e com o mínimo impacto no meio ambiente. Essas certificações são um reconhecimento do nosso trabalho e um compromisso com a melhoria contínua.
Como é feito o biodiesel PROGRAMAÇÃO
Pavilhão da Bioenergia: sustentabilidade e inovação na transformação de óleo saturado em biodiesel
O Pavilhão da Bioenergia do Parque da Expoagro Afubra, novamente, receberá uma programação voltada à educação socioambiental. O Verde é Vida apresentará os resultados do trabalho da produção de biodiesel realizado através da Coleta de Óleo Saturado. Os visitantes poderão ver in loco o processo de produção do biodiesel que movimenta motores de máquinas e veículos da Afubra. A coleta de óleo é realizada em parceria com escolas e instituições, que, ao fazerem a entrega do óleo saturado, recebem bônus para compras na rede de lojas Afubra. No local, também haverá explicações sobre o destino correto de todos os resíduos gerados a partir da coleta de óleo pelas escolas e entidades parceiras. “A proposta é mostrar o resultado do trabalho realizado durante o ano de 2024 desta ação que promove a proteção do meio ambiente, o desenvolvimento social e os resultados econômicos dos parceiros do Verde é Vida nos três Estados do Sul do Brasil”,
Público explora o Pavilhão da Bioenergia descobrindo como a reciclagem de óleo saturado se transforma em biodiesel e impulsiona práticas sustentáveis.
explica o professor José Leon Macedo Fernandes, coordenador pedagógico do Verde é Vida.
Foto: Cris Rosa
Foto:
Eduardo Dalla Costa
Novas cultivares e novidades tecnológicas para arroz e soja
no dia 26, será realizado um dia de campo para produtores rurais, técnicos e estudantes. “Além de roteiros nas estações demonstrativas, haverá oficina técnica de incentivo ao consumo do arroz”, adianta.
Dia do Arroz reúne produtores, técnicos e estudantes
O setor do arroz terá, novamente, suas estações demonstrativas com a presença de extensionistas e pesquisadores do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) para apresentar novas cultivares e novidades tecnológicas para as culturas de arroz e soja aos visitantes da Expoagro Afubra. Além da programação nos quatro dias de feira, estão sendo preparadas atrações especiais para o dia 26 de março: o Dia do Arroz.
Segundo o engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, chefe do 5° Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Irga em Rio Pardo/RS,
ÁREAS – As quatro estações demonstrativas preparadas pelo Irga abrangem 4 mil metros quadrados do parque e cada uma delas apresentará temas específicos. Na Área 01, o assunto será manejo da adubação para média e alta produtividade com as cultivares IRGA 424CL, IRGA 426CL e IRGA 431CL. "O produtor poderá ver in loco a resposta dos materiais de acordo com a adubação adotada e verificar as principais características e manejo adequado”, explica Tatsch.
Na Área 02 será apresentado o manejo pós-colheita do arroz irrigado e uso de plantas para cobertura e pastoreio na entressafra. Na Área 03, os visitantes poderão ver a demonstração da lavoura da cultivar IRGA 432, lançada recentemente, e conferir suas características, manejo e comparativo com as cultivares IRGA 424 CL e IRGA 426CL. E a Área 04 é destinada ao cultivo de soja em várzea, com oito cultivares, onde o produtor terá acesso ao manejo correto da cultura para conseguir altas produtividades em terras baixas.
Espaço é destinado para troca de conhecimento sobre manejo e práticas inovadoras no cultivo de arroz e soja
PROGRAMAÇÃO
Pesquisa que visa alta performance na produção de grãos tem espaço na feira
Projeto Grãos de Alta Performance, desenvolvido no Paraná, visa ganhos em rentabilidade e sustentabilidade
Lavouras demonstrativas junto ao espaço da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Expoagro Afubra 2025 mostrarão os progressos já obtido com o projeto “Grãos de alta performance: construção de um ambiente produtivo para a produção sustentável de feijão, soja, milho e trigo”. O experimento está entrando em seu quinto ano, realizado em parceria entre a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e a Embrapa, com foco na construção do solo ideal para a produção.
O espaço terá também demonstração das novidades e tecnologias de manejo que são utilizadas no campo experimental, localizado em Imbituva, no Paraná, onde são aplicadas tecnologias para a produção com qualidade e sustentabilidade. Conforme o engenheiro agrônomo Gilcinei Rodrigues dos Santos, da filial da Afubra de Imbituva e Irati/PR, a área demonstrativa no parque da Expoagro, em Rio Pardo/RS, terá seis cultivares de feijão, sendo quatro de Feijão Preto e duas de Feijão Carioca.
Os visitantes da feira contarão com quatro profissionais especializados para auxiliar com informações, inclusive dois pesquisadores da Embrapa. A equipe poderá tirar dúvidas e indicar o melhor manejo da cultura, além de demonstrar as novas cultivares. O espaço contará ainda com parceiros do projeto de pesquisa, em especial a Raix, que demonstrará os mix de cobertura de solo utilizados no projeto.
Segundo Gilcinei, o projeto Grãos de Alta
Performance é desenvolvido com a intenção de alcançar altas produtividades entre as culturas utilizadas na rotação, por meio da criação de um ambiente produtivo. “Utilizamos várias técnicas de manejo e a cultura principal do experimento é o feijão, grão que temos a meta de alcançar 5 toneladas por hectare”, conta. Os experimentos começaram em 2021 e vão até 2026, em uma área de 2,5 hectares na propriedade de Cliceu Mehret, em Imbituva, no Paraná.
O objetivo é criar um ambiente produtivo que aumente a receita das propriedades, fortaleça a cadeia produtiva de grãos e oferte alimentos seguros, com qualidade, rastreabilidade e menor impacto ambiental. A aposta é no plantio direto com mix de coberturas para a construção do solo ideal. São usadas 13 plantas de serviço em uma proposta inovadora, que vai além do sistema de plantio direto comumente utilizado. O objetivo é mostrar que é possível construir um ambiente altamente produtivo e economicamente rentável, com diversificação e sustentabilidade.
PARCEIROS - A Embrapa e a Afubra contam com a parceria de empresas como a Syngenta, Sementes NK, Mosaic Fertilizantes, Raix Sementes, Rudan Agrotecnologia e Adama Brasil.
Cobertura de solo visa construir o ambiente ideal para a produção
Experimentos são conduzidos em Imbituva, no Paraná
Foto: Cris Rosa
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
INFORME COMERCIAL - CÚBICA
Inovação e conforto que transformam vidas
Com 10 anos de história, a Cúbica se destaca pela qualidade e compromisso com o bem-estar
A Cúbica foi fundada em 2013, na cidade de Muçum, Rio Grande do Sul, com a missão de oferecer soluções que combinam conforto, qualidade e durabilidade. Desde o início, se destacou pela dedicação ao mercado local e pela construção de parcerias sólidas, sempre com foco na inovação e no compromisso com os clientes.
Em 2021, a empresa expandiu seu portfólio para incluir a fabricação de espumas industriais e colchões, atendendo à crescente demanda por produtos que proporcionam maior conforto e bem-estar. Para isso, investiu em tecnologia e modernização dos processos, consolidando-se como referência no mercado.
Atualmente, a Cúbica possui uma estrutura de mais de 16.000 m2, refletindo seu crescimento contínuo. Sua equipe é altamente capacitada, dedicada a projetar e fabricar produtos que superem as expectativas dos clientes, acompanhando as tendências do mercado e garantindo qualidade, funcionalidade e design de alto padrão.
O portfólio inclui colchões de alta performance, com espumas de densidade controlada, molas ensacadas individualmente e revestimentos hipoalergênicos. Modelos
No segmento de espumas industriais, a Cúbica atende indústrias como automotiva, moveleira e construção civil, produzindo espumas personalizadas para projetos específicos.
A empresa atua no Brasil e no Mercosul, incluindo Uruguai, Chile e Paraguai. Seu compromisso vai além da fabricação, buscando promover o bem-estar dos clientes por meio de preços justos, sustentabilidade e rigorosos controles de qualidade.
como os colchões de memória e ortopédicos, reconhecidos pelo conforto e suporte, são destaque. Os estofados, com materiais selecionados como veludos e linhos, unem conforto, estilo e durabilidade.
Com uma trajetória marcada por desafios e conquistas, a Cúbica segue inovando e expandindo, com o objetivo de transformar sonhos em realidade. O futuro da empresa é guiado pela dedicação em criar soluções que promovam conforto, funcionalidade e beleza, estando presentes nos momentos mais importantes da vida de seus clientes.
Texto: Assessoria de Imprensa Cúbica
Agronegócio em alta: limpeza como
aliada no setor que movimenta o Brasil
Setor projeta crescimento de 5% em 2025 e exige soluções modernas para aumentar eficiência, reduzir custos e garantir competitividade
O agronegócio brasileiro, responsável por cerca de um terço do PIB nacional e mais de 50% das exportações, continua em plena expansão, consolidando-se como um dos pilares da economia nacional. Segundo dados da IPC Maps, que há três décadas analisa o potencial de consumo no Brasil, o setor projeta um crescimento de 5% em 2025, impulsionado por avanços tecnológicos, aumento na produção e diversificação das exportações.
Nesse cenário de crescimento acelerado, os produtores enfrentam desafios relacionados à maximização da produtividade e ao controle rigoroso de custos, com prioridades centrais nas estratégias atuais e dos próximos anos. A eficiência operacional, a prevenção de desperdícios e a preservação da vida útil de maquinários e instalações surgem como elementos-chave para manter a competitividade no setor. Nesse contexto, a limpeza adequada para conservação e manutenção se destaca como aliada indispensável, contribuindo para evitar falhas mecânicas, proteger investimentos de alto valor e otimizar o desempenho das operações agrícolas.
Como explica Marco Dutra, CEO da Kärcher no Brasil: “O agronegócio exige ferramentas robustas e versáteis, desenvolvidas para suportar condições extremas. Isso é fundamental para evitar prejuízos milionários provocados por paradas inesperadas ou falhas decorrentes de limpeza e manutenção inadequadas.”
A importância dos equipamentos de limpeza no agronegócio
A limpeza desempenha um papel central no agronegócio, garantindo eficiência operacional, segurança alimentar e a preservação do meio ambiente. Os principais tipos de equipamentos de limpeza no setor incluem:
Lavadoras de alta pressão: Como os modelos HD 6/15 G e HD 9/25 G (combustão) e a HDS 12/15-4 com água quente, que oferecem alto desempenho para diversas aplicações.
Varredeiras: KM 70/20 e KM 75/40, ideais para limpeza de grandes áreas externas.
Limpadoras de piso compactas: BD 50/50 e BD Fit, projetadas para mobilidade e precisão em espaços internos.
Kit iSolar: Solução exclusiva para higienização de painéis solares, essencial para propriedades que utilizam energia renovável.
A Kärcher, referência global em soluções de limpeza, se destaca ao oferecer soluções robustas, tecnológicas e adaptadas às necessidades específicas do agronegócio.
Com uma rede de assistência técnica qualificada e equipamentos projetados para suportar as condições extremas do campo, a Kärcher se posiciona como uma parceira estratégica no agronegócio, ajudando os produtores a superar desafios críticos, reduzir custos operacionais e maximizar a disponibilidade de seus equipamentos.
Foto: Divulgação
Trilha ecológica Bosque Verde é Vida
Espaço de aprendizado e lazer com atividades ambientais, culturais e educativas na Expoagro Afubra 2025
O Bosque Verde é Vida, localizado próximo do Restaurante 2, será um recanto de aprendizado em meio a plantas nativas. Criado em 2005 durante o 2º Encontro Sul-Brasileiro Verde é Vida, o local preserva as espécies florestais presentes na Bolsa de Sementes da Afubra, tornando-se uma área de pesquisa e lazer. Durante a Expoagro Afubra 2025, o Bosque terá como tema ‘A Vida da floresta’ e atividades ambientais, educacionais, sociais, culturais e de lazer. Haverá exposição da Bolsa de Sementes, do Projeto NasceVida, do Viveiro Florestal Escolar e do Projeto de Recuperação Florestal, além de uma área para descanso e realização de piqueniques para escolas e famílias.
A novidade deste ano será uma trilha ecológica com um roteiro de visitação apresentando diversas atrações e curiosidades. Uma delas será o Jardim Verde é Vida, com vasos de ervas, temperos, chás e flores, alguns feito com troncos de árvores e pedras. Os visitantes também poderão ver o hotel de insetos feito com material reciclado a partir de paletes e caixas de flores e verduras. Terá ainda o condomínio de pássaros, feito de casas de madeira para acomodar os ninhos e um comedouro. A visitação também passará por uma exposição de abelhas sem ferrão e seguirá para atividades de lazer com brincadeiras.
Bosque é um recanto na feira, com trilha ecológica, áreas de descanso e atrações educativas para todas as idades.
Foto: Bruno Pedry
INFORME COMERCIAL - PHYTOAGRI
Produtores já estão na oitava safra utilizando o produto, com excelentes resultados
Potencializar os resultados nas lavouras de tabaco. A história da empresa Phytoagri do Brasil confunde-se com essa demanda histórica dos produtores da região. Em busca de soluções tecnológicas seguras, eficientes e rentáveis, os especialistas da Phytoagri desenvolveram o fertilizante organomineral GRYPHO e o redutor de pH NYVELI. Ambos consideram a fisiologia da planta, permitindo que ela desenvolva sua máxima capacidade vegetativa e resistência natural.
Os produtores já estão na oitava safra utilizando o GRYPHO, com excelentes resultados. O fertilizante melhora a absorção dos nutrientes necessários para o desenvolvimento equilibrado, aumentando a resistência a bactérias e fungos. “O GRYPHO tem ajudado os produtores a garantirem suas safras e já ultrapassou a barreira de produto, alcançando a condição de um conceito”, define o sócio-proprietário da Phytoagri, Ernani Weiss. “Além de produzir uma planta com qualidade e produtividade, é necessário uma boa cura para que não se perca potencial nessa etapa.”
Outro produto do catálogo é o NYVELI, um composto orgânico cinco em um, altamente eficiente na regulação do pH da planta, além de ser sequestrante de cátions, tamponante redox, antideriva e umectante antievaporante. “A versatilidade também é uma das qualidades dos nossos fertilizantes organominerais”, salienta Weiss. “Tanto o GRYPHO quanto o NYVELI não deixam resíduos no solo e podem ser utilizados também em culturas de subsistência, como
GRYPHO: Fertilizante organomineral revoluciona a produção de tabaco
batata, feijão, aipim e verdura.”
Quem trabalha diretamente na terra aprova. É o caso do produtor de tabaco de Pelotas, Giovane Kuhn. “Eu tinha problemas de doenças na lavoura e baixa produtividade”, recorda. “Depois que passei a utilizar o GRYPHO, obtive mais qualidade no tabaco e facilidades na cura e na colheita.” De Amaral Ferrador, Fábio Marques, o Chico, lembra que usava salitre em excesso nas plantas de tabaco. “Em quatro aplicações do GRYPHO, aumentei a produção e a qualidade também”, aponta. “Hoje uso só 15 gramas de salitre por pé. É só botar na caixa.”
O Paraná também se rendeu aos produtos da Phytoagri. O produtor da cidade de Guaramiranga, Diego Pontarolo, planta 600 mil pés de fumo, além de grãos. “O GRYPHO deixa a planta mais sadia, e ela fica mais tempo na lavoura”, explica. “Consigo colher três vezes em cada pé de fumo.” Com lavoura em Sobradinho, Marcos Lovato relembra os problemas com doenças de lavoura. “Pensei até em desistir. Aí conheci o GRYPHO e passei a usá-lo desde as sementeiras até quatro vezes na lavoura”, destaca. “A qualidade melhorou 100%.
Hoje é só tirar da estufa e pôr na caixa.”
A Phytoagri convida a todos para visitar seu espaço, no lote 306 A1, da Expoagro Afubra 2025. O evento ocorrerá nos dias 25, 26, 27 e 28 de março.
Texto: Jeison Karnal
15º Fórum de Diversificação
Estratégias para a região devem inserir os efeitos climáticos
O 15º Fórum de Diversificação de Culturas e Atividades Rurais trata para discussão o tema “Resiliência climática” para o debate na Expoagro Afubra 2025. Realizado pela Afubra e pelo Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP), o vento faz parte da programação da feira e é considerado o palco onde são apresentados os temas mais relevantes e necessários aos produtores da região.
O Fórum ocorre no dia 26 de março, às 13 horas, no Auditório Central do parque. Conforme Marco Antonio Dornelles, coordenador-geral da feira, trazer o tema para o fórum é uma forma de auxiliar os produtores frente aos desafios climáticos.
“A programação será desenvolvida por várias instituições que já vem desenvolvendo projetos de cunho ambiental, necessários após a enchente de maio passado. O objetivo do fórum, desde a primeira edição, é discutir, promover e trazer temas referentes a diversificação produtiva agropecuária de nossa região”, explica
Fórum tem reunido palestrantes que abordam a diversificação da região
Dornelles. “Como o Corede/VRP tem, no planejamento estratégico, ações de desenvolvimento direcionadas ao setor agropecuário, vamos inserir a questão da resiliência climática para o setor rural”, acrescenta. Devem participar do evento, também, os Conselhos Municipais de Desenvolvimento (Comudes) da região do Vale do Rio Pardo.
Foto: Bruno Pedry
Mahindra marca presença na Expoagro Afubra 2025
Com espaço ampliado, empresa quer atender melhor o público visitante
A MAHINDRA, multinacional de origem indiana, a marca que mais vende tratores no mundo, tem presença mais uma vez confirmada na EXPOAGRO AFUBRA, que acontece de 25 a 28 de março, em Rio Pardo/RS. Especialmente nesta 23ª edição onde a Associação dos Fumicultores do Brasil comemora 70 anos de história.
Considerada a maior feira do Brasil voltada à agricultura familiar, é uma das mais importantes feiras para MAHINDRA: traz excelentes resultados em negócios e consolida o trabalho feito pelos concessionários que atendem a região, em especial a TECHMAQ MAHINDRA, com filial em Santa Cruz e matriz em Camaquã.
Texto: Luciana Brambilla Supervisora de Planejamento de Marketing
A história da Techmaq
A empresa iniciou seu trabalho em 2020, no município de Camaquã, com alto investimento na loja e em ações estratégicas para divulgar a chegada do novo empreendimento no local. Na ocasião, mesmo enfrentando tempos difíceis em função do cenário pandêmico que assombrou o mundo em 2020 e 2021, o trabalho organizado, profissional e com excelente atendimento fez a empresa conquistar um expressivo volume de vendas, com mais de 100 tratores entregues já no primeiro ano. E assim sucessivamente, ano após ano, a TECHMAQ MAHINDRA vem colecionando conquistas e uma delas é a nova filial em Santa Cruz do Sul.
“Nosso objetivo é, cada vez mais, proporcionar a realização dos sonhos de nossos clientes com a conquista do seu trator MAHINDRA”, enfatiza William Dorneles, sócio proprietário da empresa. Dorneles complementa que este ano irão inaugurar a 3ª loja da TECHMAQ MAHINDRA, abrangendo a região de Santa Maria. “Estamos satisfeitos e felizes com cada passo e conquista realizada e esperamos crescer cada vez mais”
Com foco no pós-venda, realizando um atendimento de excelência, as lojas possuem um ambiente aconchegante e acolhedor, proporcionando boas experiências e serviços. Com mais pontos de venda e assistência técnica, a qualificada equipe TECHMAQ MAHINDRA, conta atualmente com 15 funcionários, capacitados e treinados, seguindo o padrão de atendimento da empresa. E em 2025, a certeza que será um ano de muito crescimento para todo o agronegócio brasileiro.
Para a EXPOAGRO AFUBRA, a MAHINDRA, ampliou o estande para ter mais espaço para exibir seu portfólio de tratores, de 25 a 110 cv de potência, além de implementos e novidades para os produtores da região. Já antecipamos um convite especial para todos os participantes da feira irem conhecer os tratores mais fortes sobre a terra, no estande da MAHINDRA.
Tecnologia e Manejo na Produção de Hortaliças
Espaço na Expoagro destaca sementes de alta performance e práticas sustentáveis
Os visitantes da Expoagro Afubra poderão conferir manejos adequados na produção de hortaliças, observando diversas culturas e demonstrações de cuidados como as técnicas de plantio direto e a irrigação adequada para a produção com qualidade e quantidade. Além disso, no espaço da horta da Afubra (estande é o 324) será dada atenção especial às sementes, com a demonstração de material genético de alta performance de produção.
Conforme Carlos Augusto Wink, gerente da loja matriz da Agro-Comercial Afubra, uma das empresas parceiras é a Topseed, marca do grupo Agristar, que demonstrará as linhas Topseed premium (para produções comerciais) e Topseed Garden (para o cultivo como hobby). “Os visitantes terão a oportunidade de ver os materiais genéticos a campo
Visitantes conferem técnicas de plantio direto, irrigação adequada e sementes com material genético para produção, qualidade e produtividade
juntamente com manejos e sistemas de produção na prática”, adianta. O espaço na feira contará com presença do corpo técnico e comercial dos fornecedores da rede para tirar dúvidas do público.
Bandeirantes
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Candelária
Avenida Getúlio Vargas, 400 - (51) 3743-8050
Canguçu
Rua General Osório, 596 - (53) 3252-9750
Arvorezinha
Rodovia ERS 332, 1202 - (51) 3772-2950
Sobradinho
Rua Januário Pio Lazzari, 418 - (51) 3742-8200
Camaquã
Rua Pinheiro Machado, 564 - (51) 3671-7000
Santa Cruz do Sul
Rua Júlio de Castilhos, 1021 - (51) 3713-7700
Venâncio Aires
Rua Osvaldo Aranha, 1659 - (51) 3793-3100
Foto: Cris Rosa
PROGRAMAÇÃO
III Fórum Florestal Regional aproxima elos da cadeia produtiva
Evento destaca oportunidades de investimento e tecnologias para florestas de rápido crescimento
O III Fórum Florestal Regional do Vale do Rio Pardo será realizado na manhã do dia 26 de março, no auditório Central da Expoagro Afubra. O evento chega a sua terceira edição buscando aproximar os diferentes elos da cadeia florestal evidenciando oportunidades de investimento e difusão de tecnologias. Segundo o gerente de Produção Agroflorestal da Afubra, Juarez Iensen Pedroso Filho, a programação foi construída com apoio de instituições e empresas que atuam na área.
“Nesta edição, pretendemos construir o Fórum com painéis abordando temas relacionados com a formação de florestas de rápido crescimento”, explica. São sugestões para a produção de biomassa para energia, tanto em torete como cavaco, apresentação do panorama da oferta e demanda por lenha na fumicultura no Sul do Brasil e práticas de engenharia natural como estratégia para adaptação frente às mudanças climáticas. “O setor de produção agroflorestal tem muitas nuances e o fórum se torna um ambiente de convergência e oportunidade de atualizações”, ressalta Pedroso.
Assim, o Fórum reunirá na Expoagro Afubra especialistas para apresentar as características das espécies - tanto as tradicionais como as menos tradicionais - como oportunidades para geração de energia. Também será apresentado o resultado de um importante estudo realizado na região produtora de tabaco apresentando todas as nuances relacionadas. Para completar a programação, terá uma
Fórum aborda inovações em biomassa, restauração ambiental e estratégias climáticas, reunindo especialistas e produtores
apresentação sobre o uso da engenharia natural na restauração dos ambientes ciliares da região, tão castigados devido aos últimos eventos climáticos.
O evento será aberto ao público geral e dirigido aos agricultores, técnicos, lideranças do setor, empresas, entidades e organizações ligadas ao segmento florestal. “O público terá a oportunidade de se atualizar nas oportunidades que a pesquisa florestal tem trazido para o mercado além do planejamento do território, seja para atender a demanda crescente por energia ou para o planejamento do território, compatibilizando produção com a conservação das áreas de preservação permanente”, resume.
Departamento Agroflorestal na Expoagro Afubra
As atividades do Departamento Agroflorestal da Afubra compõem atrações cada vez mais procuradas na Expoagro. A grande diversidade de mudas de espécies vegetais encontradas no estande do lote 324 A (lado leste do parque) na feira do ano passado estará novamente sendo disponibilizada ao público. São espécies florestais nativas e exóticas produzidas no Viveiro Agroflorestal com base em pesquisas avançadas para garantia de genética que confira qualidade e produtividade às plantas.
Alguns destaques da feira são as diferentes espécies de Eucalyptus (seminal), clone de Eucalyptus grandis GPC 23 e Acácia-negra. Também farão parte da exposição categorias como cana-de-açúcar pré-brotada, cultivares de batata-doce, cultivares de forrageiras e algumas frutíferas, como por exemplo três cultivares de bananeiras. Outras categorias disponíveis na feira são as espécies ornamentais, medicinais, condimentares e bioativas.
Segundo o gerente de Produção Agroflorestal da Afubra, Juarez Iensen Pedroso Filho, o espaço segue nos mesmos moldes da feira do ano passado e a Afubra convida a todos
No Viveiro Agroflorestal, mudas de qualidade são cultivadas com genética avançada garantindo produtividade e diversidade
para que conheçam a diversidade das mudas produzidas no seu Viveiro Agroflorestal. “Estaremos com toda a equipe do Departamento mobilizada para atender os visitantes”, anuncia, lembrando que serão prestadas informações sobre as diversas categorias e espécies e na comercialização das mudas.
Foto: Rodrigo Sales
Foto: Rodrigo Sales
PROGRAMAÇÃO
Agricultura Familiar no pavilhão do sabor colonial
Estrutura de 3.480 metros quadrados abrigará 216 empreendimentos agroindustriais de mais de 100 municípios de todas as regiões do RS
A grande variedade de delícias da colônia promete ser, novamente, atração no Pavilhão da Agricultura Familiar. A ampla estrutura de 3.480 metros quadrados abrigará 216 empreendimentos agroindustriais de mais de 100 municípios de todas as regiões do Rio Grande do Sul. Será possível encontrar produtos de origem animal (embutidos, queijos, lácteos e mel, entre outros), produtos de origem vegetal (pães, cucas, bolachas, geleias, chimiers, frutas cristalizadas e conservas), bebidas (licores, sucos, vinhos, espumantes e cachaças, além de artesanato rural, plantas e flores.
Produtos típicos da colônia, como embutidos, queijos, cucas, geleias e vinhos, compõem a diversidade do Pavilhão da Agricultura Familiar
A Comissão Organizadora do Pavilhão da Agricultura Familiar é composta pela Afubra, Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Emater/RS-Ascar e Fetag-RS. Conforme o assessor para Eventos Agropecuários da Afubra, Márcio Fernando de Almeida, a exposição de agroindústrias, que teve início em 2007 com 24 expositores em espaços desmontáveis de cerca de 100m2, cresceu bastante e, atualmente, conta com pavilhões confortáveis para atendimento aos expositores e ao público visitante.
Foto: Bruno Pedry
Foto: Cris Rosa
Setor dos animais cresce
a cada edição
da feira
Expoagro Afubra 2025 traz novidades e amplia a oferta de atrações com mais de 200 exemplares de diversas espécies
Entre os locais que mais receberam incremento na infraestrutura para a Expoagro Afubra 2025, está o da exposição de animais, localizado no lado leste do parque. O Setor dos Animais agora tem um novo e confortável pavilhão, ampliando a capacidade de exemplares presentes e criando espaços para expositores de produtos pecuários junto ao local. Para este ano, a exposição prevê a presença de animais selecionados de diversas raças de equinos, bovinos, ovinos, caprinos e coelhos.
Conforme o coordenador geral da Expoagro Afubra, Marco Antonio Dornelles, o grande diferencial dos últimos anos tem sido a crescente presença das associações de criadores de animais de diversas espécies e raças, realizando, além da exposição de animais, comercialização, julgamento e outras atrações. No espaço destinado aos bovinos de corte e de leite, a programação prevê julgamento e comercialização de exemplares de diversas
Com novas estruturas o Setor de Animais oferece conforto e entretenimento para todos
raças. E o setor de ovinos e caprinos também terá mostra, julgamento e comercialização de raças variadas. Em relação aos equinos, a programação deve ser, novamente, uma das grandes atrações, com a presença de campeões, exposição, julgamento e provas Morfológicas, Funcionais e de Marcha. As provas e leilões de cavalos crioulos ficarão a cargo do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Pantano Grande, Rio Pardo e Santa Cruz do Sul. Os principais eventos envolvendo a raça são a Concentração de Machos, na manhã do dia 27 de março; O Movimento La Rienda, no mesmo dia à tarde; e a Exposição Morfológica, no dia 28 de março. Além disso, durante todos os dias da Expoagro Afubra, haverá leilão virtual on-line para animais da raça crioula, presentes na feira.
Foto: Cris Rosa Fotos: Cris Rosa
PROGRAMAÇÃO
Premiação dos inventos que facilitam a agricultura familiar
Prêmio Afubra/NIMEq 2025 destacará inovações nas categorias Inventor e Empresa
O Prêmio Afubra/Nimeq estará novamente evidenciando na Expoagro Afubra os inventos que facilitam atividades nas pequenas propriedades rurais. Numa realização da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Núcleo de Inovação em Máquinas e Equipamentos Agrícolas da Universidade Federal de Pelotas (NIMEq/UFPel), com apoio da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a 10ª edição do Prêmio terá duas categorias: Empresa e Inventor.
As inscrições para a Categoria Inventor irão até o dia 7 de março de 2025 e para a Categoria Empresa, até o dia 14 de março de 2025. Conforme o coordenador do Prêmio, Márcio Guimarães, na categoria Inventor, as inovações tecnológicas inscritas passam por avaliação técnica e os melhores colocados estarão expostos no Espaço de Inovação do Agro e serão premiados com vale-compras da Afubra. E na categoria Empresa, podem participar expositores da Expoagro Afubra. “Inventos inscritos nessa categoria passam por avaliação in loco
Os vencedores com os organizadores do prêmio da edição de 2024 da Expoagro Afubra
durante a feira para classificação dos melhores, sendo esses premiados com certificados e troféus”, conta. “Os inventos estarão expostos nos estandes das empresas participantes”, lembra.
O Prêmio Afubra/NIMEq foi criado com o objetivo de identificar necessidades existentes no meio rural e incentivar a invenção e criação de máquinas e implementos que venham a suprir essas necessidades. “A história da agricultura nos remete a pensar que a milhares de anos as técnicas de produção já se faziam presente no dia a dia dos agricultores”, comenta Márcio Guimarães. “Com a constante evolução e necessidade cada vez maior de produzir com menos mão de obra, o agricultor, de forma direta ou indireta, começa a improvisar e criar facilitadores para administrar e aumentar a produção”, acrescenta.
Foto: Rodrigo Sales
Duas arenas terão programação intensa e simultânea
O Espaço da Inovação do Agro é o ambiente da Expoagro Afubra onde toda a programação é voltada à tecnologia aplicada à produção rural e à educação inovadora no campo. A estrutura próxima do pórtico principal do parque terá novamente novidades em temas como inovação, agricultura de precisão, automação e controle da produção por aplicativos e drones. O foco da programação é pensado em reunir no local inovações nas áreas de educação, cultura, trabalho, renda e tecnologia.
Segundo Marco Antonio Dornelles, coordenador geral da feira, duas arenas terão programação concomitante de fóruns, seminários, palestras e apresentações de cases inovadores. Além disso, diversos estandes de parceiros mostrarão inovações que podem auxiliar os produtores nas suas atividades, promovendo excelência e qualidade na produção. As exposições, palestras e demonstrações serão feitas por especialistas, entidades, personalidades e empresas que se juntam à Afubra para apresentar técnicas avançadas, tecnologias e ideias empreendedoras ao produtor rural.
Foto: Cris Rosa
Foto: Bruno Pedry
ESPAÇO
Um dos sucessos do Espaço da Inovação do Agro deverá ser a exposição e apresentações de startups de base tecnológica direcionadas ao agronegócio e produção rural. Conforme Alexandre Dal Molin Wissmann, gestor do Parque Científico e Tecnológico Regional da Universidade de Santa Cruz do Sul (Tecnounisc), o espaço das startups na Expoagro Afubra promete ser um ponto de encontro para a inovação, troca de ideias e, sobretudo, negócios. “Com o objetivo de fomentar a tecnologia no campo, abrimos inscrições para que empreendimentos de base tecnológica apresentem suas soluções aos participantes da feira”, diz. “Será uma excelente oportunidade para as startups expandirem suas atividades e para os produtores descobrirem como agregar valor ao seu negócio por meio de produtos e serviços inovadores, consolidando a Expoagro Afubra como um palco estratégico para transformar o futuro do agronegócio”, explica.
Uma das startups presentes no Espaço da Inovação do Agro é a Pilzer Biotecnologia Agropecuária, que demonstrará diversos produtos inovadores para a produção rural, como inoculantes, biofertilizantes, fertilizantes foliares e biorremediadores. Conforme o engenheiro agrônomo e proprietário da empresa, Rogério Mazzardo, a startup trabalha com bioinsumos para a oferta de soluções ao agronegócio brasileiro. “Nossos produtos podem transformar a maneira de se produzir alimentos, com incremento de produtividade,
Pilzer Biotecnologia e Protege Química destacam-se no Espaço da Inovação do Agro da Expoagro Afubra, promovendo soluções inovadoras para o setor agrícola.
respeito à saúde do produtor rural e de seus consumidores, respeito ao meio ambiente e às futuras gerações”, diz. E outra é a Protege Química, das jovens empreendedoras Júlia Giovanaz Nunes e Franciele Pedroso Carraro. Elas apresentarão o creme que protege da doença da folha verde do tabaco. Com aprovação da Anvisa, o produto atua como uma barreira física e invisível na pele, barrando a entrada de nicotina no organismo do produtor e prevenindo os incômodos relacionados à doença da folha verde do tabaco. A Protege já recebeu medalha de ouro na Mostratec, conquistou o título de projeto destaque da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fundação Oswaldo Cruz e ganhou medalha de ouro na Expo Sciences Milset, em Dubai, nos Emirados Árabes.
Atrações de dar água na boca serão as oficinas de Gastronomia do Agro, junto ao Espaço Senac Gastronomia, no Espaço de Inovação. Semelhante ao realizado na Expoagro Afubra do ano passado, todos os dias de feira terão momentos que proporcionam conhecimentos e a oportunidade de experimentar delícias feitas com os ingredientes do agro. As oficinas, ministradas pela chef Cátia Leal Silveira, utilizarão produtos das agroindústrias familiares, adquiridos na própria feira.
Oficinas serão ministradas pela
Cases de inovação por jovens e mulheres
A apresentação de cases de iniciativas inovadoras envolvendo jovens rurais e mulheres rurais farão parte da programação do Espaço da Inovação do Agro. Numa promoção da Regional Sindical Vale do Rio Pardo e Sebrae, na manhã do dia 27 de março, quinta-feira, a Arena 2 receberão cases ‘Inovação Juventude Rural”. E na manhã do dia 28, sexta-feira, a Arena 1 terá painel com cases ‘Inovação Mulheres rurais’, numa promoção da Regional Sindical Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí e Sebrae.
chef Cátia Leal Silveira
Foto: Rodrigo Sales
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
XV Mostra Científica
Verde é Vida/Etapa Sul-Brasileira
Pesquisa e Educação são temas do Espaço da Inovação do Agro
O Espaço da Inovação do Agro da Expoagro Afubra terá, novamente, a presença das delegações de escolas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná que chegaram à Etapa Sul-Brasileira da Mostra Científica Verde é Vida. Serão 16 trabalhos expostos com temas ambientais e sociais e os estudantes poderão explicar aos visitantes sobre os assuntos das pesquisas, as investigações feitas, as conclusões e resultados obtidos.
O coordenador pedagógico do Verde é Vida, José Leon Macedo Fernandes revela que, em 2025, durante a 23ª Expoagro Afubra, terá uma inovação. “O evento indicará os trabalhos que representarão o educandário, o município e sua região em mostras científicas em nível nacional e internacional”, anuncia. “Essa proposta, que já vinha sendo estudada pela
Pesquisadores explicam seus projetos com entusiasmo, encantando os visitantes da Expoagro Afubra.
equipe técnico pedagógica do Verde é Vida, se concretizará agora, através da avaliação dos trabalhos que estarão na Expoagro Afubra”, conta.
IV Fórum Sul-Brasileiro de Educação Rural
Dentro da programação das últimas três edições da Expoagro Afubra, o Fórum de Educação Rural tem sido um espaço para discussão sobre a educação em favor dos jovens do campo. Em 2025, será realizada a quarta edição do Fórum, com a participação do Departamento Agroflorestal da Afubra, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e de entidades e empresas parceiras da Afubra na área de educação. O evento será dia 26 de março, na Arena 1 do Espaço da Inovação do Agro. Conforme José Leon, nas edições anteriores do Fórum Sul-Brasileiro, houve apresentações de trabalhos de escolas, municípios, entidades e empresas. “Foram cases de trabalhos realizados de forma a promover uma melhor educação para alunos das escolas parceiras do Verde é Vida nos três estados do Sul do Brasil”, explica.
Serão 16 trabalhos vindos dos três Estados do Sul do Brasil
Fórum tem sido um espaço para discussão sobre a educação em favor dos jovens do campo
Foto: Cris Rosa
Foto: Cris Rosa
Foto: Lula Helfer
ESPAÇO DA INOVAÇÃO DO AGRO
Campeonato regional de Robótica Verde é Vida
Equipes competirão em tapetes inspirados em uma propriedade rural sustentável
O Campeonato de Robótica Verde é Vida reunirá equipes de escolas da região no Espaço da Inovação do Agro da Expoagro Afubra 2025 em competições nas categorias Iniciante e Avançado. Com o tema ‘Desenvolvimento Sustentável’ o espaço terá tapetes de robótica elaborados especialmente para o Verde é Vida com base em uma propriedade rural da agricultura familiar. Conforme o coordenador pedagógico do Verde é Vida, professor José Leon Macedo Fernandes, a feira de 2024 teve um campeonato experimental de robótica com escolas convidadas. “A programação na Expoagro Afubra desencadeou uma série de atividades durante o ano, inclusive com o Campeonato de Robótica Verde é Vida”, explica.
Os classificados da competição foram convidados para competirem na Expoagro Afubra, juntamente com equipes de outras escolas parceiras da região. Na Categoria Iniciante classificaram-se: Universidade da Robótica I, da Emef Luiz Schroeder; Robô Smidt, Emef Christiano Smidt: Tec Chris, da Emef Christiano Smidt: Formigas Atômicas, do Colégio São Luís; Cyber Dom N1, do Colégio Dom Alberto; Aventura Lego, do Sesi Santa Cruz do Sul; Chipchiprots, da Escola Ciência e Tecnologia Fuzzy; Robótica Rio Branco II, da Emef Rio Branco; Optimus Prime I, da Emef Emanuel; e C.R. Vidal Negreiros, da Emef Vidal de Negreiros.
E na Categoria Avançado, as equipes classificadas são as seguintes: Universidade da Robótica II, da Emef Luiz Schroeder; Cyber Dom N2, do Colégio Dom Alberto; Robot Monster, da Emef Cardeal Leme; Optimus Felix, da Emef
Jovens demonstrando criatividade e talento no desenvolvimento de soluções tecnológicas inspiradas na agricultura familiar.
Objetivo é incentivar o caráter pedagógico e didático das questões relacionas à automatização de máquinas
A robótica une jovens em competições que misturam pesquisa, programação e agricultura.
Foto: Cris Rosa
Foto: Cris Rosa
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ESPAÇO DA INOVAÇÃO DO AGRO
O Campeonato Verde é Vida inspira o uso da robótica para transformar o futuro rural com inovação e responsabilidade
Felix Hope; Bonjabots, da Emef Bom Jesus; Otimus Prime II, da Emef Emanuel; C.R. Vidal Negreiros, da Emef Vidal de Negreiros; Cemeja Techminds, do Cemeja Santa Cruz; Duckmasters, da Escola Ciência e Tecnologia Fuzzy; Robótica Rio Branco I, da Emef Rio Branco; e Leopoldron, da Emef Dona Leopoldina.
A Robótica Verde é Vida Afubra tem o objetivo de incentivar o caráter pedagógico e didático das questões relacionas à automatização de máquinas, além do
Estudantes mostram habilidades nas competições
desenvolvimento de habilidades de trabalho em equipe, pesquisa, programação, mecânica e eletrônica. O patrocínio das atividades é do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e o tapete educacional e a construção do AB1 (versão robô da mascote Afubrinha) foram realizados pela equipe de Marketing da Afubra com a colaboração da coordenação da Robótica do Colégio Marista São Luís e da Fuzzy Escola de Ciência e Tecnologia.
Foto: Cris Rosa
Foto: Cris Rosa
Meetups vão abordar principais ações do Living Agro+Vales
Projeto une monitoramento, tecnologia e conhecimento para fortalecer a gestão rural e os negócios agrícolas.
Atividades do projeto Living Agro+Vales estarão ocorrendo no Espaço da Inovação do Agro, onde o público poderá conhecer o que é a iniciativa e as ações implementadas, como as estações de monitoramento, a plataforma Agro dos Vales e as análises do LabTech. Conforme Daniela Bes, gestora do Projeto Agro+Vales, haverá divulgação de todo o projeto, especialmente em relação à Plataforma Agro dos Vales, a qual potencializa negócios envolvendo variedades de plantas. Também serão apresentadas as estações meteorológicas localizadas em várias cidades da Região dos Vales, uma delas está instalada no Parque da Expoagro Afubra. “Teremos uma tela mostrando como funcionam as estações, os dados que elas geram e como estes dados podem apoiar decisões estratégicas para gestão do campo. Rodas de conversas com
especialistas (meetups) abordarão a importância de tecnologias aplicadas ao agro, especialmente considerando os desafios que temos a partir das chuvas do primeiro semestre de 2024”, conta.
O Projeto Living Agro+Vales é uma proposta que atende o Edital TEC4B – Tecnologia para Negócios, financiado pelo governo do Rio Grande do Sul, e funciona na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), onde está instalado o Living Lab na Região dos Vales. Alguns objetivos são de monitoramento de dados agronômicos com tecnologia de ponta; atuação do Labtech para desenvolvimento de produtos e processos; fortalecimento da rede entre produtores, indústrias e prefeituras; capacitações no agronegócio; difusão do conhecimento tecnológico e realização de oficinas de cocriação.
Foto: Cris Rosa
Destinos turísticos para imersão na vida rural
Rotas fazem parte do Seminário Regional de Turismo Rural na Expoagro Afubra
Cada edição da Expoagro Afubra tem, entre suas programações de incentivo ao empreendedorismo, a realização do Seminário Regional de Turismo Rural. Em 2025, o evento conta com cases de iniciativas de organização de caminhos e rotas rurais e oportunidades de sinergia com outros produtos turísticos. Dois dos exemplos apresentados são a Rota Turística Caminhos de Lomba Grande e a Rota Caminhos de Hamburgo Velho, ambos em Novo Hamburgo/RS, com paisagens, resgate histórico, possibilidade de cicloturismo e caminhadas, contato com animais, balneário e gastronomia farta. E o terceiro case é o Cantos e Encantos Rurais, organizado pela Associação de Turismo Rural de Santa Cruz do Sul/RS para oferta de experiências para turistas e fomento aos negócios dos empreendedores.
Em sua palestra, o presidente da Associação de Turismo Rural de Santa Cruz do Sul, Alexandre Guedes da Luz, falará sobre a importância do associativismo no turismo rural. Como case, ele apresentará a iniciativa Cantos e Encantos Rurais, que agrega empreendimentos do campo nas áreas de cultura e turismo, preservação do patrimônio histórico material e imaterial e outras expressões da identidade regional. Os visitantes podem experienciar os saberes e fazeres locais com diversas atividades, como caminhadas, ciclismo, trilhas, feiras, exposições, atividades culturais e esportivas em meio à natureza. No seminário na Expoagro Afubra, o público poderá conhecer a formação, organização e legalização da entidade, bem como as atividades desenvolvidas, resultados já alcançados e os planos futuros.
E o palestrante Deivid Schu, mestre em Indústria Criativa, explanará sobre as iniciativas implementadas em Novo Hamburgo: a Rota Turística Caminhos de Lomba Grande e a Rota Caminhos de Hamburgo Velho. Ele abordará a administração prática no desenvolvimento regional do turismo no Vale Germânico e os desdobramentos, que acabam refletindo positivamente e fortalecendo a proposta de valor do município como um todo. “O sucesso do projeto de turismo em áreas rurais tem contribuído com o desenvolvimento do turismo da cidade e acabou sendo um exemplo que a gente multiplicou e acabou levando para outros municípios”, explica, falando da proposta inicial, a Caminhos da Lomba Grande.
Em Novo Hamburgo, o projeto de turismo rural teve impactos internos, fazendo com que a região do centro histórico da cidade também tivesse o desenvolvimento de sua rota turística. “Assim, a
Paisagens e gastronomia na Rota Caminhos de Lomba Grande, em Novo Hamburgo
proposta de valor do turismo de Novo Hamburgo acabou sendo fortalecida, inclusive já lançamos um guia de viagem completo, tendo como um dos principais produtos a Caminhos de Lomba Grande, já consolidada, mas também a rota histórica de Hamburgo Velho”, explica Deivid Schu, que é pesquisador e viajante com passagem por diversos destinos indutores do turismo no Brasil e exterior.
ORGANIZADORES – O Seminário de Turismo Rural da Expoagro Afubra é organizado pela Afubra e Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp) e conta com a parceria de diversas entidades e instituições. A edição de 2025 tem como apoiadores o Serviço de Aprendizagem Rural (Senar), a Emater/RS, o Sicredi e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). O 16º Seminário ocorre no dia 27 de março, às 8h, no Auditório Central do Parque.
Para conhecer a Rota Caminhos da Lomba Grande nas redes sociais, clique aqui.
E para conhecer a Associação de Turismo Rural de Santa Cruz do Sul, clique aqui.
Cultura e costumes locais: Cantos e Encantos Rurais, em Santa Cruz do Sul
Fotos: Divulgação
Estudo auxilia
o controle localizado de percevejos na cultura da soja
Viabilidade econômica e ambiental integram o trabalho, unindo eficiência no controle das pragas, redução dos custos e dos impactos ambientais
Um estudo desenvolvido pelo projeto de ensino, pesquisa e extensão Advanced Farm 360, do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria, trouxe relevantes resultados quanto ao controle localizado de percevejos junto à cultura de soja. Na proposta, o estudo trata também acerca da viabilidade econômica e ambiental da pulverização localizada para o controle da praga. Os dados da pesquisa estão baseados na safra 23/24 de soja e partem da comparação entre os métodos de controle convencional e localizado para percevejos.
A partir do monitoramento realizado com pano de batida vertical, em 11 pontos georreferenciados, sendo coberto um talhão de 3,5 hectares, os dados obtidos foram sincronizados e analisados na plataforma digital FieldView. Dentre os resultados verificados, destacam-se uma economia de 37% no uso de defensivos agrícolas com o controle localizado e a redução de até 50% no custo por área, promovendo maior sustentabilidade e menor impacto ambiental. Isso é reflexo da aplicação de um mapeamento eficiente da infestação a partir do uso de tecnologias digitais de fácil utilização.
O estudo ainda traz relevante contribuição com relação à viabilidade econômica, pois com a pulverização
Pulverização localizada na cultura da soja: técnica eficiente e sustentável, promovendo economia defensiva e menor impacto ambiental.
Resultados do estudo: controle localizado reduz em 37% o uso de defensivos agrícolas e até 50% os custos por hectare na safra 23/24
localizada, foram utilizadas doses menores de produtos como Engeo Pleno S ® e Hero ®. Isso reflete na manutenção da eficácia no que tange ao controle da praga junto à significativa redução de custos. Desse modo, a técnica demonstra-se uma alternativa sustentável e econômica, especialmente útil em casos de alta infestação, com recomendação de inseticidas sistêmicos.
Aplicabilidade para a agricultura de pequeno e médio porte
Para além dos resultados práticos, este estudo reforça a importância de integrar tecnologia e práticas sustentáveis no fortalecimento da produtividade e da competitividade e se mostra aplicável a pequenas propriedades. A economia no uso de defensivos agrícolas beneficia diretamente pequenos produtores, reduzindo o impacto financeiro no manejo de pragas, e a introdução de tecnologias pode capacitar os produtores a realizar um manejo mais eficiente, otimizando recursos e maximizando resultados.
Por fim, destaca-se um ponto que é relevante valor mantido e compartilhado pelo Colégio Politécnico da UFSM, a sustentabilidade. A diminuição no uso de agrotóxicos contribui para práticas agrícolas mais sustentáveis, algo que é essencial para a agricultura de pequenos e médios produtores, que geralmente tem maior integração com o meio ambiente. Além disso, o uso racional de insumos e a redução dos custos por hectare podem melhorar a margem
de lucro para agricultores familiares, garantindo maior estabilidade econômica.
O Colégio Politécnico é uma Unidade de Educação Básica, Técnica e Tecnológica pertencente à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Com uma estrutura em constante crescimento e atualização, o colégio oferece mais de 25 opções de cursos (ensino médio, cursos técnicos, graduação e pós-graduação) e conta com mais de 50 laboratórios e mais de 200 projetos (entre ensino, pesquisa e extensão), que dão suporte aos cursos e proporcionam uma formação de qualidade, sempre alinhada com as necessidades do mundo do trabalho.
Texto: Assessoria de Comunicação do Colégio Politécnico da UFSM Elaborado com base nos dados do trabalho de conclusão de curso da estudante Geiziéli Mergen Röhrs, sob orientação dos professores Marcelo Farias, Luciano Pes e Ivan Carlos Maldaner do projeto Advanced Farm 360.
70 Anos de História e Resiliência no Meio Rural
Emater/RS-Ascar: Da assistência técnica ao enfrentamento das crises climáticas
A Emater/RS-Ascar é uma instituição cuja história se confunde com o desenvolvimento do meio rural no Rio Grande do Sul. Fundada em 2 de junho de 1955, a partir da Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Ascar), a organização nasceu com o propósito de orientar pequenos agricultores na obtenção de crédito e na melhoria de suas práticas agrícolas e qualidade de vida. Hoje, passados quase 70 anos, a Emater/RS-Ascar permanece como referência em Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), demonstrando resiliência diante dos desafios e renovando seu compromisso com o futuro.
Os Primeiros Passos
Sob a liderança de Kurt Weissheimer, diretor do Banco Agrícola Mercantil S.A., a Ascar teve em sua primeira fase uma equipe de 28 extensionistas – 15 mulheres dedicadas ao bem-estar social e 13 homens na área agronômica – que recebeu treinamento na Fazenda Ipanema, em São Paulo. Ao retornarem ao Rio Grande do Sul, esses profissionais introduziram práticas inovadoras, como a visita direta às propriedades rurais, um método que simboliza o vínculo próximo da Instituição com os agricultores.
Em 1977, um marco importante: a criação da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), que uniu forças com a Ascar para integrar o Sistema Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, sob a coordenação da então Embrater. Essa união fortaleceu o papel da organização na promoção do desenvolvimento técnico e social no Estado.
Com a extinção da Embrater nos anos 1990, a Emater/RS-Ascar passou a atuar em parceria com o Governo do Estado, ajustando-se a novas demandas e fontes de financiamento. Desde então, a Instituição se consolidou como a principal executora da política oficial de Aters no Rio Grande do Sul.
Presente e Futuro Sustentável
Em 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores calamidades climáticas de sua história. Chuvas intensas e enchentes afetaram profundamente o Estado, deixando marcas em 405 municípios e mais de 2,7 milhões de hectares. Desde então, a Emater/RS-Ascar tem desempenhado um papel crucial na recuperação e reconstrução das áreas atingidas, trabalhando lado a lado com agricultores e agroindústrias familiares.
A Emater/RS-Ascar tem olhado para o futuro com uma abordagem preventiva. “Os fenômenos climáticos são uma realidade comprovada pela ciência e estão se tornando cada vez mais frequentes. Precisamos preparar a agricultura para lidar com esses desafios, promovendo a mitigação dos efeitos do clima com práticas adaptadas e sustentáveis”, reforça o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera.
Nos 497 municípios do Rio Grande do Sul, extensionistas são força presente em dias difíceis e na construção de um amanhã mais forte
Transformação e Reconhecimento
Ao longo de sua história, a Emater/RS-Ascar sempre esteve à frente das transformações no campo. Com parcerias sólidas com as secretarias estaduais de Desenvolvimento Rural (SDR) e de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a Entidade tornou-se um pilar essencial para os agricultores familiares, povos indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária e pescadores artesanais. Seu trabalho vai além da Assistência Técnica, abrangendo iniciativas de agroindustrialização, comercialização e sustentabilidade ambiental.
A história da Emater/RS-Ascar é, também, uma história de reconhecimento. Cada agricultor que aplica as orientações recebidas, cada comunidade que se beneficia de suas ações e cada alimento que chega à mesa dos consumidores representam o impacto positivo dessa trajetória.
Prevenção e Sustentabilidade
A Emater/RS-Ascar adota uma abordagem preventiva para enfrentar situações climáticas extremas cada vez mais recorrentes. Práticas conservacionistas, como o planejamento dentro das janelas agroclimáticas, o uso do zoneamento agroclimático, a conservação de água e solo e a implementação de tecnologias sustentáveis, são essenciais nessa estratégia.
“As previsões meteorológicas são uma realidade comprovada pela ciência e estão se tornando mais frequentes. É preciso preparar a agricultura para esses desafios, promovendo práticas adaptadas e sustentáveis que mitigem os efeitos do clima”, destaca Claudinei Baldissera.
Um Futuro Construído em Parceria
Ao longo de quase 70 anos, a Emater/RS-Ascar construiu um legado baseado na proximidade com as comunidades rurais e na capacidade de se adaptar às mudanças. Mais do que celebrar uma história de sucesso, a Instituição renova seu compromisso com o meio rural gaúcho, mirando em um futuro sustentável e resiliente e sendo uma ponte entre as famílias rurais e um futuro promissor. Afinal, o trabalho no presente é o que garantirá as colheitas do amanhã.
Texto: Mateus Oliveira - Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Foto: Vanessa Almeida de Moraes/Emater/RS-Ascar
INFORME ESPECIAL – EMATER/RS
Parceria para construir, reconstruir e
superar
Instituição que sempre atuou junto às milhares de famílias assessoradas, se mostrou ainda mais presente diante das enchentes de maio
Quando decidiram apostar na agricultura como fonte de renda, Vernei e Catiucia Parnow, do município de Sinimbu, buscaram na Emater/RS-Ascar o apoio para a aquisição da área onde hoje é a propriedade da família. “Quando resolvemos comprar a terra, há nove anos, fomos na Emater para encaminhar o projeto. Eles sempre nos ajudam em tudo”, comenta Vernei.
Acompanhar o crescimento das famílias e ver o seu desenvolvimento é um agente motivador para o extensionista rural. “Começamos a trabalhar com a família Parnow no encaminhamento para o crédito fundiário, que é uma política pública importante para manter o jovem no campo. Com isso e muito trabalho eles puderam construir a sua propriedade. É gratificante ver o quanto eles avançaram nesses anos e saber que a gente conseguiu contribuir para isso é a realização”, comenta o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Luís Fernando Marion.
Os agricultores têm na produção de fumo a fonte de renda da família e, em maio, viram a água entrar na lavoura e levar consigo não só a produção, mas também estruturas de galpões, estufas e implementos. “Não chegamos a ficar ilhados, mas foi bastante apreensivo, porque a água subia e a gente não imaginava quando ia parar. Fomos tirando o que foi possível e também auxiliando os vizinhos”, lembra Catiucia.
Extensionistas são o apoio dos produtores nos momentos de dificuldade
localidade. Encontrávamos os produtores e também as pessoas da comunidade e o desespero e as preocupações eram muito grandes. O cenário que ficou depois, no pós-enchente, foi muito difícil de ver, porque a nossa cidade era alinhada, bonita, as propriedades organizadas, e tudo se perdeu”, lembra Marion. Mas, diante de tantos desafios, a resiliência dos agricultores também foi o agente motivador para o extensionista. “Começamos a visitar as famílias, fazendo os levantamentos, as recomendações, ouvir os anseios sobre que fazer no futuro, e aos poucos a realidade foi mudando. A resiliência dos nossos produtores é bastante grande. Hoje a gente também sente a satisfação de ver tudo o que foi reconstruído, que as pessoas foram em frente e estão conseguindo se reerguer”.
Eles sempre nos ajudam, nos auxiliam muito. Sempre estão de portas abertas quando a gente precisa, mesmo se é uma coisa pequena, simples, mas estão sempre ali para nos ajudar.
Quando a água baixou, foi no serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) da Emater/RS-Ascar que os agricultores buscaram o apoio para reconstruir. “Nós focamos no que queríamos, erguemos a cabeça e seguimos. Pedimos auxílio para ver se podíamos ocupar a área que foi afetada. A Emater veio, nos auxiliou com a análise de solo, o encaminhamento para conseguir o calcário e o composto orgânico e recomeçamos a lavoura. Apesar de tudo o que passamos ainda conseguimos uma boa produção”, lembra a agricultora.
Com a enchente, segundo Marion, foram cerca de 250 famílias que tiveram interferências diretas, somente nas encostas do Rio Pardinho. “No início foi bem difícil. Ficamos com acesso comprometido a qualquer propriedade e
Catiucia destaca que a relação da família com a Emater/RS-Ascar vai para muito além da orientação técnica. “É muito bom. Eles sempre nos ajudam, auxiliam muito. Sempre estão de portas abertas quando a gente precisa, mesmo quando é algo simples, eles estão sempre ali para ajudar”. Vernei complementa: “A Emater sempre está junto conosco, no que nós precisarmos. Não medem esforços. É uma amizade, estamos há muitos anos nessa parceria forte”.
Marion comenta ainda sobre o apoio da comunidade para o desenvolvimento do trabalho da Instituição. “Aqui em Sinimbu temos um respaldo grande da comunidade por estar sempre presente, atuando junto, não só na agricultura, mas em outras demandas do município”. Em Sinimbu são 1.700 famílias de pequenos produtores, com realidades bem distintas devido às características geográficas do município. “Temos atividades em vários segmentos, como milho, bovinocultura de leite, agroindústria familiar, proteção de nascentes. Todo o trabalho de Extensão Rural conseguimos realizar na íntegra aqui”, conclui Marion.
Foto: Vanessa Almeida de Moraes/Emater/RS-Ascar
Texto: Carina Venzo Cavalheiro - Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar
Vernei e Catiucia Parnow - Agricultores de Sinimbu
A reconstrução do agro gaúcho
Entidades representativas uniram forças para ajudar produtores rurais na recuperação de suas propriedades
As marcas deixadas pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril e início de maio de 2024 ainda estão presentes na memória dos gaúchos, mas também em muitos municípios do estado, tanto na área urbana, quanto a rural. Porém, enquanto muitos dos olhares se direcionaram aos alagamentos da Região Metropolitana, as principais entidades representativas uniram forças para ajudar produtores rurais na recuperação de suas propriedades.
Os impactos da catástrofe climática ainda persistentes, o volume das precipitações em poucos dias deixou um rastro de destruição. Desmoronamento nas serras, fortes correntezas arrastando matas e propriedades nos vales e alagamento nas planícies. A média pluviométrica no período chegou em aproximadamente 1.000 milímetros, atingindo praticamente todas as regiões do estado. Dos 497 municípios gaúchos, 478 (96,18%) sofreram algum tipo de impacto, afetando diretamente cerca de 2,4 milhões de pessoas, de acordo com dados da Defesa Civil do Rio Grande do Sul.
Os produtores rurais sofreram perdas significativas com lavouras destruídas, solos contaminados e pastagens degradadas, causando sérios prejuízos econômicos e dificultando a retomada das atividades. Além dos danos diretos às propriedades rurais, as chuvas provocaram a interrupção no abastecimento de água, luz e a deterioração das vias de transporte, comprometendo o escoamento da produção e o acesso à insumos essenciais.
O quadro estimulou a ação imediata e conjunta da Farsul, Senar e CNA. O objetivo foi de mitigar ao máximo os impactos das enchentes e apoiar na reconstrução das atividades produtivas e infraestrutura local. Além de prestar o auxílio necessário aos produtores rurais comprometidos pelas cheias. A partir da priorização dos municípios com calamidade pública e com situação de emergência declarada ao longo dos principais rios: Jacuí, Vacacaí, Taquari, Antas, Caí, Vacacaí-Mirim, Pardo, Sinos e Gravataí, além do Guaíba e da Lagoa dos Patos surgiram os programas complementares Agro Solidário e o SuperAção Agro RS.
A Administração Regional do Senar desenvolveu o Programa Agro Solidário com o propósito de fornecer assistência básica às famílias de produtores e trabalhadores rurais, através da distribuição de itens essenciais como: cesta básica, produtos de higiene e limpeza, produtos de cama e banho, geladeira, fogão e caixa d’água.
Simultaneamente, Administração Central e a CNA ampliaram as ações com o Programa SuperAção Agro RS, com o propósito de ofertar assistência emergencial e suporte à recuperação de atividades agrícolas, incluindo o fornecimento de alimentação
Análises de solo foram feitas para melhor planejar a retomada do plantio
A distribuição de alimento para os animais também foi de extrema importância
Entidades uniram forças para auxiliar produtores do Rio Grande do Sul
animal, análise de solo, telessaúde e remoção de entulhos dos espaços rurais.
Já a Farsul atuou com o recebimento e distribuições vindas do interior do Rio Grande do Sul e de outros estados, especialmente de outras Federações. Além da instalação de um ônibus-cozinha, cedido por um empresário de Santa Catarina, que garantiu milhares de refeições para moradores de Guaíba e Eldorado do Sul, municípios da Região Metropolitana duramente afetado e com grande número de desabrigados.
Na continuidade dos serviços oferecidos, iniciou-se a entrega de sementes de milho e milho a granel, como mais uma forma de apoio para a retomada dos produtores. A partir de uma doação feita à Farsul pela empresa Syngenta Brasil de dez mil sacos de sementes de milho (18 kg), o Senar-RS está distribuindo a entrega aos produtores que receberam a aplicação do diagnóstico de propriedade elegíveis recebimento. São, no total, 2.048 produtores rurais, distribuídos em 98 municípios com apoio de 48 sindicatos rurais.
Texto: Comunicação Sistema Farsul
Fotos: Divulgação Senar
Agricultura familiar é sinônimo de superação
Enchentes deixaram perdas significativas para os produtores, mas também reforçaram a resiliência e a união da agricultura familiar
Em 2024, a agricultura familiar no Rio Grande do Sul enfrentou um período desafiador. As enchentes que atingiram o estado trouxeram perdas significativas, devastando propriedades rurais, lavouras e, o que é mais grave, ceifando vidas. Muitas famílias agricultoras perderam infraestruturas (galpões, estufas, casas etc.), lavouras de grãos, pomares de frutas e hortaliças, o que comprometeu não apenas sua renda, mas também a soberania alimentar. A pecuária familiar também sofreu enormes dificuldades, com perdas de animais e contaminação de fontes de água. Para agravar a situação, a destruição de estradas e pontes isolou comunidades, não permitindo sequer a chegada de insumos básicos.
As enchentes também afetaram profundamente os produtores de tabaco, uma das principais culturas da agricultura familiar em diversas regiões do estado. Com a perda de estufas, plantios submersos e solo empobrecido pelas águas, muitos agricultores tiveram sua produção comprometida. Isso gerou um impacto significativo na renda das famílias e na cadeia produtiva.
Diante desse triste cenário, a resiliência da agricultura familiar foi essencial para superar os desafios. Além da união, quando agricultor ajudou agricultor, redes de solidariedade foram formadas, fazendo com que famílias desabrigadas encontrassem um lugar para ficar em segurança e auxiliando na distribuição de alimentos e roupas. A Fetag-RS, entidade que representa a agricultura familiar, juntamente com os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, mobilizou esforços para oferecer a assistência emergencial necessária.
As enchentes de 2024 trouxeram à tona a importância de políticas públicas voltadas para o setor. A Fetag-RS atuou para garantir a implementação de medidas
emergenciais, como a liberação de linhas de crédito voltadas para a reconstrução das propriedades e a renegociação de dívidas. Por diversas vezes, foi até Brasília para negociar com o governo federal, pois entende que sem apoio, devido à dimensão dos estragos, não há como recuperar a agricultura e pecuária familiar em muitas localidades. São inúmeros os casos de famílias que perderam tudo, menos as dívidas. Como elas poderão se reerguer? Vontade, certamente não faltará.
Esses eventos climáticos extremos também geraram reflexões importantes sobre a necessidade de discutir fortemente as mudanças climáticas. Muitos agricultores começaram a adotar sistemas agroflorestais e técnicas de manejo do solo que melhoram a retenção de água e reduzem a vulnerabilidade às enchentes.
Embora 2024 tenha sido um ano marcado por adversidades, ele também se destacou como um período de aprendizado e superação. A agricultura familiar possui um papel importante no desenvolvimento econômico e social do estado e precisa de apoio em todos os momentos, não apenas nas adversidades.
Entraremos em 2025 com a certeza de que ainda será preciso investir mais no trabalho de reconstrução das propriedades e em novas tecnologias e práticas sustentáveis. Porém, também estaremos ainda mais confiantes de que a agricultura familiar seguirá sendo exemplo de resiliência e união, pois, mesmo diante das dificuldades, é possível reconstruir não apenas propriedades, mas também sonhos e futuros. A Fetag-RS, em parceria com a Afubra, seguirá comprometida em apoiar a agricultura familiar.
Texto: Assessoria de Imprensa
Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS
Embrapa traz alternativas para
recuperação de sistemas
de produção sustentáveis
Foco é levar aos produtores tecnologias que atendam às necessidades após a crise climática
A Embrapa está nesta edição focada em apresentar tecnologias que atendam às necessidades dos agricultores em recuperar seus sistemas de produção após o enfrentamento da crise climática no Estado do RS. A pesquisa agropecuária possui alternativas para garantir segurança e soberania alimentar indicadas por meio da Plataforma colaborativa Recupera Rural RS, que envolve às sete Unidades de Pesquisa da Região Sul – Clima Temperado, Florestas, Pecuária Sul, Soja, Suínos e Aves, Uva e Vinho e Trigo.
As tecnologias da Plataforma estão à disposição do público durante a Exposição e são voltadas ao papel da vegetação nativa, na conservação dos solos, da água e da biodiversidade, solos com reservatório natural de água, a proteção de nascentes e melhoria da qualidade de água, tecnologias para o saneamento e reúso de água para segurança hídrica, como a Cisterna de Placas para captar, armazenar e conservar a água proveniente das chuvas. Também o programa de escala mundial sobre saúde humana e animal, a Saúde Única, será abordado com quem passar no espaço. A biodiversidade e conservação das características genéticas para a produção de sementes têm destaque, com a apresentação de mudas, sementes e culturas como o milho, feijão e cebola.
Outra possibilidade é a instalação de Quintais Orgânicos, com mais de 40 espécies produzidas concomitantemente numa mesma área, o que favorece a biodiversidade e todos os seus efeitos na produção de alimentos, manutenção da vida no solo e de micro-organismos, capaz de suportar dificuldades como a
Máquina "Planta Tudo" é demonstrada ao público
Um dos destaques é a demonstração do uso da máquina “Planta Tudo”, solução tecnológica para plantio mecanizado de mudas das forrageiras BRS Kurumi e BRS Capiaçu, que reduz o esforço e o custo de implantação da área, aumentando a produtividade do trabalho. Além disso, o seu uso reduz o tempo de plantio em até oito vezes, permitindo o plantio direto, mantendo a saúde do solo e reduzindo a necessidade de preparo. O equipamento ainda pode ser adaptado para plantio de tabaco e de hortaliças.
O Guia para identificação de mudas de espécies arbóreas indicadas para restauração florestal no RS está disponível gratuitamente on-line
falta ou o excesso de água.
É colocada à disposição dos visitantes como utilizar o Observatório das Agroflorestas do Extremo Sul do Brasil, uma opção de valorização das florestas e restauração do meio ambiente, além de fomentar o uso dos SAFs, variedade de culturas agrícolas plantadas entre espécies arbóreas, com capacidade de enriquecer o ambiente. O Guia para identificação de mudas de espécies arbóreas indicadas para restauração florestal no Rio Grande do Sul também está disponível gratuitamente on-line, a publicação ajuda a identificar as principais mudas de ocorrência natural no Estado para uso na restauração de formações florestais.
Novas indicações tecnológicas são apresentadas com o uso de Bioinsumos, através de fertilizantes à base de micro-organismos, unindo processos agroindustriais com componentes orgânicos como o fertilizante orgânico, o pirolenhoso, extraído da confecção do carvão.
Foto: Paulo Lanzetta
Cultivares inovadoras para um campo mais sustentável
A Embrapa apresenta suas cultivares inovadoras de hortaliças, pastagens, grãos e frutas, garantindo estabilidade e eficiência ao longo do ano
Muitas soluções tecnológicas são apresentadas aos agricultores com a genética da Embrapa para fortalecer os sistemas de produção. Entre as hortaliças podem ser encontradas as cultivares de batatas-doce biofortificadas, amarelas e roxas, BRS Cotinga, BRS Anembé, BRS Amélia e BRS Nuti; e as cultivares de mandiocas BRS 396 e BRS 399.
Quanto às opções de pastagens e forrageiras para ovinos e bovinos de corte e leite são mostradas as cultivares de capins BRS Capiaçu, BRS Kurumi e BRS Estribo; os panicuns BRS Zuri, BRS Quênia e BRS Tamani; além das brachiarias BRS Integra, BRS Piatã e BRS Ipyporã. Outra alternativa são os sorgos para silagem e biomassa, cultivares BRS 661 e BRS 716. Serão mostradas três cultivares de leguminosas de inverno: o trevo-branco BRS URS Entrevero, o trevo-persa BRS Resteveiro e o trevo-vesiculoso BRS Piquete. Também serão apresentados os materiais de inverno, trigo forrageiro BRS Tarumaxi e aveia preta BRS Pampeana.
Os grãos serão representados pelas cultivares de feijão preto BRS FP417, BRS FP403, BRS Esteio e BRS Intrépido e pelas cultivares de feijão carioca BRS FC422 e BRS FC415. Em exposição na área demonstrativa estão as cultivares de soja BRS 5804, BRS 6105, BRS 6203, BRS 5601, BRS 1054 IPRO e BRS 1056 IPRO e também o sorgo granífero BRS 373, triticale BRS Zênite e cevada BRS Entressafras.
Batatas-doce biofortificadas, amarelas e roxas, BRS Cotinga, BRS Anembé, BRS Amélia e BRS Nuti
Os visitantes da feira também poderão conhecer o conceito Pasto sobre Pasto, que consiste em mesclar plantas forrageiras de diferentes espécies e ciclos em uma mesma área. Com essa tecnologia é possível ter maior estabilidade na oferta de forragem ao longo do ano, principalmente nos períodos críticos de transição entre as estações frias e quentes do ano, quando ocorrem os conhecidos vazios forrageiros.
Na área da fruticultura a Embrapa traz o pomar de frutas através do Projeto Quintais Orgânicos, o parreiral de uvas para mesa e para suco e um dos últimos lançamentos de cultivar de morango, a BRS DC25 (Fênix) que garante alimento em pouco tempo, podendo ser produzido fora do solo a partir de algum investimento, contornando limitações de solo.
Participam da edição do evento as unidades de pesquisa da Embrapa com representantes que atenderão os espaços de exposição: Uva e Vinho, Pecuária Sul, Trigo, Arroz e Feijão, e Clima Temperado, e outras Unidades de Pesquisa que expõem seus trabalhos como Embrapa Gado de Corte, Gado de Leite, Hortaliças, Soja, Milho e Sorgo e Cerrados.
Haverá ainda a exposição do trabalho da Avicultura Colonial, um conjunto de plantas de cobertura e cultivares de cana-de-açúcar adaptadas ao Estado do RS.
Cristiane Betemps
- MTb 7418/RS clima-temperado.imprensa@embrapa.br
Irga comemora 85 anos com lançamento de nova variedade
Nova cultivar tem bom potencial produtivo e apresenta resposta positiva ao aumento de doses de nitrogênio
O Instituto Rio Grandense do Arroz completará 85 anos de fundação em 20 de junho de 2025. Uma das atividades da autarquia é a pesquisa no desenvolvimento de novas cultivares, que hoje são as mais semeadas pelos produtores. Agora, o instituto está promovendo a divulgação da IRGA 432, sua variedade mais recente.
A 432 foi desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético de Arroz Irrigado do Irga, com o uso do método genealógico de seleção para melhoramento de plantas. O objetivo do programa é desenvolver cultivares que atendam às necessidades da lavoura orizícola do Estado, proporcionando rentabilidade para os produtores.
Em agosto passado, o instituto promoveu o lançamento da IRGA 432 durante a realização da 47ª Expointer, em sua casa no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS. A apresentação foi preparada pelo engenheiro agrônomo Oneides Avozani, servidor da Divisão de Pesquisa da autarquia.
O pesquisador acrescenta que nova cultivar é recomendada para o sistema irrigado com semeadura em solo seco. “Trata-se de um material precoce, com excelente qualidade de grãos e resistência a doenças, principalmente brusone e não recomendada para o Sistema Clearfield®”, afirma.
Avozani complementa que a nova cultivar possui bom potencial produtivo e apresenta resposta positiva ao aumento de doses de nitrogênio. Assim, proporciona maior
perfilhamento e maior teto de produtividade. Apresenta também ciclo precoce de 120 dias, resistência ao acamamento, degrane natural intermediário e é resistente à toxidez por ferro, entre outras características.
A cultivar é proveniente da linhagem IRGA SR 193-3-1, desenvolvida a partir de um cruzamento triplo, realizado nas safras 2008/2009 e 2009/2010. Em relação à sua morfologia, ela se caracteriza por ser de porte baixo, ter folhas eretas e pilosas, grãos longos e finos e casca pilosa e de coloração palha.
Durante a realização da 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, o instituto irá mostrar para os produtores as peculiaridades da sua nova cultivar. O evento, que conta com patrocínio do Irga, ocorre de 18 a 20 de fevereiro de 2025 na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado de Capão do Leão/RS e tem como tema central será “Produção de alimentos no Pampa gaúcho: uma visão de futuro”.
Essa nova cultivar se junta a outras desenvolvidas pelo instituto e que hoje são as mais utilizadas pelos produtores de arroz do Estado. Na safra 2023/2024, por exemplo, 65,2% das cultivares usadas nas lavouras gaúchas tinham a genética Irga. A IRGA 424 RI seguiu sendo a mais semeada no RS, com 56,1% do total da área. Outro destaque foi a IRGA 431 CL, que representou 8,6% entre as mais usadas pelos orizicultores.
Texto: Assessoria de Comunicação
Fotos: Divulgação IRGA
Programa de Irrigação do Estado também beneficia setor do tabaco
Investimento não é atrelado a nenhum financiamento por instituição de crédito
Os produtores de tabaco agora também são beneficiados no Programa de Irrigação do Estado, que prevê a subvenção de 20% do valor do projeto de irrigação, limitado a R$ 100 mil/produtor. O programa é destinado a qualquer produtor rural, de todas as regiões do Estado e das mais diversas culturas. O governo pretende investir mais de R$ 200 milhões nos próximos anos com expectativa de aumentar a área irrigada do Estado em mais 100 mil hectares, um aumento de 33%.
O programa não é atrelado a nenhum financiamento por instituição de crédito, podendo o produtor fazer investimento próprio ou procurar a linha de crédito que melhor atender os seus interesses para a instalação do sistema de irrigação, que podem ser: aspersão (pivôs, carretel, simples); localizada (gotejamento/microaspersão); sulcos (várzeas para milho e soja); e reservatórios de água para fins de Irrigação.
O produtor que tiver interesse deve encaminhar o
Produtividade garantida
Dados da Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2024, publicação da Seapi, apontam que a cultura do tabaco possui hoje 2.372 hectares irrigados, sendo os maiores produtores de cultivo irrigado os municípios de Barão do Triunfo, Canguçu e São Lourenço do Sul.
O produtor de tabaco de São Lourenço do Sul, Marcio Rogerio Zarnnot Hense, enviou o seu projeto de irrigação, com sistema de sulcos, e será beneficiado no Programa de Irrigação do Estado. A área a ser irrigada é de cinco hectares e além do fumo Hense também cultiva milho. O investimento total é de cerca de R$ 70 mil e o produtor receberá uma subvenção do governo do Estado no valor de R$ 14 mil.
“Decidi investir na irrigação devido aos custos da lavoura, porque quando chega a hora que mais precisa de água sempre está em falta. Com a irrigação vai me
O produtor que tiver interesse deve encaminhar o projeto de irrigação, e demais documentos que constam no edital
projeto de irrigação, e demais documentos que constam no edital, para a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), que fará a análise. O projeto que estiver apto receberá a Declaração de Enquadramento. O Estado pagará a subvenção ao produtor rural em parcela única, após a execução do projeto e a apresentação dos laudos de conclusão e demais documentos comprobatórios exigidos.
“A irrigação hoje é peça-chave da adaptação climática na agricultura. O Rio Grande do Sul possui apenas 307 mil hectares da área de sequeiro irrigada, o equivalente a 4%, e temos potencial para crescer. E essa política pública, anunciada pelo governador Eduardo Leite, busca mitigar os efeitos dos eventos climáticos sobre a produção, reduzindo prejuízos aos produtores e garantindo a produtividade e rentabilidade. Hoje, sem dúvida, a irrigação é o melhor seguro do produtor rural”, enfatiza o secretário da Agricultura, Clair Kuhn.
proporcionar uma safra mais cheia, em volume e quantidade, e não estar dependendo do clima. Vendo o potencial que a irrigação tem, ao ver outros produtores da região, decidimos investir. Eu vejo um futuro muito promissor”, afirmou o produtor rural.
A irrigação não beneficia apenas o tabaco, na rotação de culturas pode favorecer outras plantações. Como o milho, que é uma das culturas que mais responde à irrigação com aumento expressivo de produtividade. Pode duplicar a produção em anos normais de chuvas e pode triplicar em anos com estiagem no Rio Grande do Sul.
Texto: Assessoria de Comunicação Confira o edital no site da Seapi: www.agricultura./rs.gov.br/supera-estiagem-editais
A
fumicultura e a agricultura familiar no Rio Grande do Sul
Projeto busca promover a recuperação do pequeno produtor gaúcho
A cultura do tabaco é uma das mais antigas do Brasil, e tem no Rio Grande do Sul seu maior produtor no país. O tabaco é cultivado em cerca de 200 municípios gaúchos, e tem na agricultura familiar gaúcha a base de sua produção. De acordo com dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), na safra 2024/2025, cerca de 70 mil famílias foram responsáveis por uma área de 131.789 hectares plantados no RS, um aumento de 4,60% em relação a última safra. Em termos de produção, a estimativa inicial aponta para 281 mil toneladas na safra atual.
Um dos principais cultivos da agricultura familiar gaúcha, a fumicultura gera cerca de 25 mil empregos diretos e indiretos no Estado, especialmente nas regiões do Vale do Rio Pardo, Centro Sul e Sul do Estado, tanto na plantação quanto na indústria de processamento e exportação. Segundo a Afubra, o setor movimentou R$ 5,26 bilhões em 2024, a partir da plantação em pequenas e médias propriedades, firmado em um sistema preocupado com o meio ambiente, que cumpre as mais altas exigências internacionais.
No entanto, as jornadas de trabalho de quem planta fumo são intensas. Uma rotina que se torna ainda mais cansativa nos meses de dezembro a fevereiro, período de colheita. É pensando nessas condições de trabalho que a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) prepara, em parceria com a Emater/RS-Ascar, um projeto com grande aporte de recursos para recuperação de solo, com vistas a aumentar a produtividade, a qualidade e a renda dos trabalhadores rurais.
Batizado de “Recuperação Socioprodutiva e Ambiental e Incremento da Resiliência Climática da Agricultura Familiar Gaúcha”, o projeto busca promover a recuperação social, produtiva e ambiental do pequeno produtor gaúcho.
Fotos: Divulgação – SDR
Entre os objetivos do projeto, estão diagnosticar propriedades rurais, elaborar planos individuais de recuperação, estruturar patrulhas agrícolas mecanizadas, prestar assistência técnica para implementação, além da difusão de tecnologias de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, com foco na resiliência climática. O intuito é promover uma gestão sustentável do solo e da água, atuando na recuperação e regeneração de agroecossistemas e na mitigação de emissões de gases do efeito estufa.
Sem deixar de observar a modernização no meio rural, o futuro da produção, da renda no campo e da qualidade de vida dos produtores passa pelas novas tecnologias. A partir dessa demanda, torna-se urgente criar regras claras, que alinhem o Brasil às principais potências mundiais, que já regulamentam a produção e comercialização dos cigarros eletrônicos. Segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), se o setor de fumo nacional assumir a produção e a distribuição dos "vapes" de maneira legalizada, o faturamento é estimado na casa dos R$ 16 bilhões. Diante desse universo, a eventual regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil pode levar a um aumento de R$ 2,2 bilhões na arrecadação anual do governo.
A regulamentação é o futuro dos produtores e da indústria do tabaco. O dinheiro dos impostos no mercado regulado ajudaria a financiar o SUS, a combater o contrabando destes e de outros produtos, a diminuir desigualdades. Vamos juntos valorizar o campo, valorizar o trabalho legal e garantir os produtos seguros para os brasileiros. A Secretaria de Desenvolvimento Rural está ao lado dos produtores ao longo de toda a sua jornada.
Assessoria de Comunicação SDR
Secretário Vilson Covatti
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