Jornal do
SANTU SANT UÁRIO
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Joinville, 01 de Janeiro de 2013 | Ano 01 | N° 01
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Expediente CELEBRAÇÕES NO SANTUÁRIO
MENSAGEM DO PÁROCO • Segunda-feira - 19h30 (pelos falecidos) • Terça-feira - 16h (pelas intenções da rádio e internet) e 19h30 • Quarta-feira - 19h30 (pelas famílias) • Quinta-feira - 7h, 16h (pelos enfermos) e 19h30 • Sexta-feira - 7h, 12h30 e 19h30 • Sábado - 7h (devocional mariana) e 19h • Domingo - 6h30, 8h, 9h30, 11h30, 17h e 19h • 1ª sexta-feira do mês: 7h, 12h30, 16h, 19h30 e 23h • Missa com tradução em Libras: 4° domingo do mês - 19h • Missa dos Grupos Bíblicos de Reflexão: 2ª terça-feira do mês - 19h30
INFORMAÇÕES IMPORTANTES • Atendimento de confissões, orientação espiritual e bênção de objetos Terça a sexta-feira - 8h30 às 11h | 14h30 às 17h Sábado - 8h30 às 11h • Adoração Eucarística Quinta-feira - 8h às 19h30 • Grupo de Oração RCC Quinta-feira - 20h30 • Santuário Jovem Sábado - 20h • Terço dos Homens Segunda-feira - 19h
Por padre Sildo César da Costa, scj
Queridos devotos e paroquianos do Sagrado Coração de Jesus: paz e bem! Vivemos um tempo difícil. A chamada “crise” continua a nos preocupar. Reflexos desta crise, observamos nos desempregos de tantos irmãos e irmãs. Nosso país padece por ter uma cultura da corrupção, onde se tira proveito das coisas alheias e vantagem do cargo que ocupa. É impressionante observar que esse mal não está somente na esfera política, mas chegou às nossas famílias, empresas, escolas e até mesmo às igrejas. O problema não é daquele ou daquela pessoa, e sim, de toda a sociedade que deve repensar os seus conceitos de valores, éticos e morais. Gosto de fazer comparações: recordo que quando criança, tínhamos o caderno de provas. Em um determinado tempo, tínhamos que levar o caderno de provas para casa, onde nossos pais olhavam as nossas notas e assinavam. Antes de nossos pais perguntarem: - “Porque tirou aquela nota baixa?” - nós já dizíamos que a maioria dos colegas também tirara notas baixas. Então, os pais diziam: “não é porque os teus colegas tiraram nota baixa que justifica a tua nota”. Não é porque “todo mundo” corrompe o guarda de trânsito que tenho o direito de corromper; não é porque as pessoas se aproveitam e passam à frente da fila, que eu tenha que fazer; não é porque as pessoas colocam água no combustível, adulterando, que eu deva fazer o mesmo; não é porque as pessoas não devolvem o troco errado que recebem do caixa do mercado, que eu devo fazer; não é porque conheço pessoas que ocupam cargos do setor público, e não fazem nada, que eu deva querer este cargo para fazer o mesmo. Viver na verdade e na honestidade, buscando a justiça, é um dever daquele que se diz cristão. Dizemos ser cristãos, mas de fato somos de Cristo? Quantas oportunidades que Deus nos dá para agirmos como verdadeiros filhos de Deus e não o fazemos. Somos fariseus, sepulcros caiados. Jesus ainda dizia: “hipócritas”. A hipocrisia está no coração daqueles que deixam entrar dentro de si a inveja, o desejo do poder, do prazer, do ter. Nós precisamos passar às futuras gerações uma sociedade mais fraterna. Parece utopia, mas não é. Tirando o comodismo e convertendo o nosso coração para justiça, onde não precisamos de tantas leis para guiar a sociedade, onde o ser humano é valorizado naquilo que ele possui de mais precioso: sua vida. É vergonhoso termos tantas leis de trânsito, sendo que grande parte delas não cumprimos. Não se cumpre aquilo que não está no coração. Chegamos ao ponto de colocar nos departamentos públicos, alertas para não infligir à lei da boa convivência. Em contrapartida, vemos pessoas mal-humoradas, que mal e mal cumprem sua missão de atender às pessoas. A crise nos faz pensar e agir, encontrar novos caminhos. O nosso Brasil é lindo, o nosso povo é maravilhoso. Temos uma cultura diversificada em cada região, somos um país de maioria cristã. O meu convite para este tempo quaresmal, é para que todos possam fazer a sua parte e contribuir para um país mais justo, fraterno, onde se observe o direito para todos e não somente para alguns. Que neste tempo de reflexão, possamos converter o nosso coração para a justiça de Deus. Jesus, manso e humilde de Coração: fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!
HORÁRIOS DAS RÁDIOS Rádio Clube (AM 1590) Segunda a sexta 7h55 - Nos Caminhos da Palavra 11h55 - O Pão da Palavra
CRONOGRAMA MENSAL RETIRO ESPIRITUAL COM AS PASTORAIS ENCONTRO DE NOIVOS
Data: 12 de março Horário: 8h Inscrições na Secretaria
Data: 19 de março Horário: 8h Local: Clube Amigos de Joinville (CAJ) Inscrições na Secretaria
Sábado 7h - A Voz do Santuário 7h30 - Direção Espiritual Rádio Difusora Arca da Aliança (AM 1480) Domingo 8h - Transmissão da missa Rádio Cultura (AM 1250) 1ª semana do mês (segunda a sexta-feira) 11h - Refletindo a Palavra
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Geral ESPIRITUALIDADE
Por Ivone Moreira
Foto: Reprodução/internet
Sinais de piedade
Originalmente, a palavra piedade vem do vocábulo grego eusebeia, que é a junção de dois elementos: eu, que significa “bom ou correto”, e sebomaie que quer dizer “adorar”. Portanto, literalmente, piedade é adorar bem ou corretamente. Em nossa língua, a palavra piedade chegou através da forma latina pietatem, derivada de pium (pio), que quer dizer piedoso, que cumpre os deveres de piedade filial e religiosa, caridoso, compassivo. De acordo com o dicionário Novo Aurélio Século 21 (2ª ed.), a palavra piedade tem dois sentidos: 1) Amor e respeito às coisas religiosas, religiosidade, devoção; 2) Pena dos males alheios; compaixão, dó, comiseração. É com base nesses dois sentidos que vamos trabalhar. Considerando o primeiro sentido (amor e respeito às coisas religiosas, religiosidade, devoção), as palavras piedade, piedoso(a) e piedosamente são encontradas mais de 40 vezes no Novo Testamento, mas nem sempre são devidamente compreendidas. Na Bíblia, piedade é algo objetivo, muito prático. Cristão piedoso é aquele que faz acontecer, em sua vida, o resultado do Evangelho. Partindo do conhecimento de quem Deus é, a piedade inclui adoração sincera, fé salvadora, temor filial, submissão e amor reverente - sinais de piedade que devemos perseguir. Piedade é tributar a Deus a glória que Lhe pertence. A maneira pela qual Deus pode ser glorificado por nós é a obediência à Sua Palavra. Isso significa refugiar-nos em Cristo para o perdão dos nossos pecados, conhecê-Lo por meio de Sua Palavra, servi-Lo com um coração repleto de amor. Em 1Tim 4,8, Paulo compara o exercício da piedade ao exercício físico: “Exercita-te na piedade... Se o exercício corporal traz algum pequeno proveito, a piedade, esta sim, é útil para tudo, porque tem a promessa da vida presente e da futura”. Para Paulo, a piedade é um exercício. E à medida que progredimos em santificação, progredimos também em piedade. Para isso, podemos utilizar os meios de graça nesse crescimento, tais como: a) a oração, por meio da qual nos submetemos à vontade de Deus; b) a leitura bíblica, através da qual percebemos claramente a vontade de Deus e o que Ele quer de nós; e c) a comunhão dos santos, pois o progresso na piedade não é possível sem a Igreja. Além dessas práticas (sinais) de piedade, não podemos nos esquecer da missa (de obrigatoriedade dominical), da Confissão, o sacramento da misericórdia de Deus, e da adoração ao
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Santíssimo Sacramento (Deus feito pão), presente em todos os Sacrários do mundo por amor a nós. Mais do que nunca, precisamos viver a verdadeira piedade. E a verdadeira piedade, esse sentimento sincero que ama a Deus como Pai e O reverencia como Senhor, está em viver em Cristo e só n’Ele; ser perseverante nas práticas de piedade; estar preparado, dia a dia, para a eternidade. A piedade é o começo, o meio e o fim do viver cristão. Onde ela é completa, nada falta... O alvo da piedade, bem como de toda a vida cristã, é a glória de Deus. Atingido o alvo de Amar a Deus sobre todas as coisas, conhecê-Lo melhor e ter mais comunhão com Ele, o homem piedoso vê, no próximo, o próprio Jesus, alcançando, assim, o segundo mandamento: Amar ao próximo como a si mesmo. Quanto ao segundo sentido de Piedade (pena, compaixão, dó, comiseração), neste Ano Santo da Misericórdia, o papa Francisco nos exorta a fazermos acontecer essa misericórdia – o caminho que nos une a Deus – como sinal de piedade que nos leva a praticar boas obras em gratidão por Sua bondade, socorrendo o nosso próximo tanto em suas necessidades corporais como espirituais. As obras de misericórdia corporais são ações caridosas que se encontram, em sua maioria, numa lista que o próprio Jesus apresentou na descrição do Juízo Final (Mt 25,31-40). São sete: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; dar pousada aos peregrinos; assistir os enfermos; visitar os presos; enterrar os mortos. As obras de misericórdia espirituais também são sete: dar bom conselho; ensinar os ignorantes; corrigir os que erram; consolar os aflitos; perdoar as injúrias; sofrer com paciência as fraquezas do próximo; rogar a Deus pelos vivos e defuntos. Essas obras, a Igreja tirou-as de textos que se encontram em várias passagens da Bíblia, e de atitudes e ensinamentos de Jesus, como o conselho, o ensino, a correção fraterna, o consolo, o perdão, a paciência, a oração. Estamos no Ano da Misericórdia. E as boas obras, que são as Obras de Misericórdia, são o meio de irmos apagando a pena que fica na alma pelos nossos pecados já perdoados. Jesus nos diz: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). A prática das Obras de Misericórdia comunica graças a quem as exerce. É amar concretamente a Jesus nos irmãos. No Evangelho de São Lucas, Jesus diz: “Dai e ser-vos-á dado”. Com as Obras de Misericórdia, fazemos a vontade de Deus, damos algo que é nosso aos outros e o Senhor promete que dará também a nós aquilo de que necessitamos”. Vivenciemos, porém, nossa piedade de maneira secreta, pois o Senhor, que vê o que é feito em segredo, dar-nos-á a recompensa.
“O dom da piedade significa ser realmente capaz de alegrar-se com quem está na alegria, de chorar com quem chora, de estar próximo a quem está sozinho ou angustiado, de corrigir quem está no erro.” Papa Francisco
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A Semana Santa é o período que finda a Quaresma e abre a preparação para o momento litúrgico mais importante do ano: a Ressurreição de Cristo. Paulo, em sua carta ao povo de Corinto, disse: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1Cor 15,14). Portanto, celebrar a Semana Santa é trilhar junto a Cristo o caminho rumo à salvação. Caminho que se inicia com Sua entrada triunfal em Jerusalém, passa pela Sua entrega diante dos homens, pelo sangue derramado no madeiro e pela vitória da vida sobre a morte, na Sua ascensão aos céus. É também na Semana Santa o momento oportuno de vivenciar a misericórdia, pois foi na cruz que o Pai entregou Seu Filho Unigênito como sinal de misericórdia e redenção pela humanidade. Do Domingo de Ramos ao da Ressurreição, a Igreja celebra liturgicamente com a comunidade alguns dos fatos que marcam a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
Domingo de Ramos:
abre-se a Semana Santa com a entrada de Cristo em Jerusalém, uma chegada solene, porém ao mesmo tempo muito humilde, pois Jesus escolhe um jumento, animal simples para ir ao encontro do povo que, com ramos de palmas nas mãos, O acolhe entoando: “Hosana ao filho de Davi! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!” (Mt 21,9).
Segunda e Terça-feira Santa: na segunda-feira, o Santuário celebra missa com a Me-
ditação de Jesus no Horto das Oliveiras. Já na terça-feira, acontece a tradicional Procissão do Encontro, com as imagens de Nosso Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das Dores.
Quinta-feira Santa:
iniciamos o Tríduo Pascal com a celebração que recorda a Última Ceia de Jesus na Terra, momento em que Jesus lava os pés dos apóstolos e posteriormente institui a Eucaristia e o Sacerdócio (Jo 13).
Sexta-feira Santa:
neste dia de silêncio e jejum, recordamos todo o sofrimento de Jesus, da condenação a morrer crucificado na cruz, até o momento do maior ato de amor pelo mundo: “Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46).
Sábado Santo: em silêncio, sem celebrar missa até a solene celebração da Vigília Pascal, a Igreja medi-
ta a morte de seu Senhor. À noite, com velas acesas, celebra a vitória da vida sobre a morte com a Ressurreição de Cristo.
Domingo de Páscoa:
eis então o dia mais esperado, em que, segundo o Papa Francisco, “a pedra da dor é abatida, deixando espaço à esperança. Eis o grande mistério da Páscoa! (…) A nossa vida não termina diante da pedra de um sepulcro, a nossa vida vai além com a esperança em Cristo que ressuscitou”.
Confira a programação completa na contracapa desta edição.
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Durante a celebração da Semana Santa no Santuário, a quarta-feira merece destaque este ano, pois a celebração diocesana da Missa dos Santos Óleos será realizada no Santuário. Na ocasião, serão abençoados os Santos Óleos (dos Catecúmenos e dos Enfermos), e consagrado o Óleo do Santo Crisma, que posteriormente serão utilizados em todas as paróquias da Diocese. A celebração será presidida pelo bispo diocesano, Dom Irineu Roque Scherer e contará com a participação de padres de toda a Diocese, que renovam suas promessas sacerdotais. A escolha do Santuário se deve à celebração do ano do Centenário e ao Jubileu Extraordinário da Misericórdia, uma vez que o Santuário foi declarado oficialmente como local de peregrinação e recebimento de indulgências. Será uma honra para os padres dehonianos e todos os paroquianos receber este evento, em que toda a Diocese pode celebrar junto os cem anos de história na espiritualidade da misericórdia. Programe-se e participe!
O quê? Missa dos Santos Óleos Quando? Quarta-feira Santa (23/3) Horário? 19h30
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Santuário Por Carin Montes
Nesta edição, recordamos as três primeiras décadas de nossa história: da criação da Paróquia em 1916, até a transferência do Padre Augusto para Tubarão/SC em 1954.
A pedido do Pe. José Sundrup ao então Bispo da Diocese de Florianópolis, Dom Joaquim de Oliveira, em 21 de dezembro de 1916, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus era desmembrada da Paróquia São Francisco Xavier (hoje Catedral Diocesana). Limites: Ao Norte pelo Rio Cachoeira, desde a sua embocadura até a confluência do Rio Jaguarão, segue pelo Rio Jaguarão até o ponto em que este encontra com a estrada de ferro, no quilômetro 42. Continua pela estrada de ferro até encontrar com a Paróquia de Jaraguá do Sul. Ao Oeste, os limites da Paróquia de Jaraguá. Ao Sul, os limites da Paróquia de Paraty (Araquari). Ao Leste, o mar. Embora o Pe. José Sundrup, no início de 1917, tenha recebido provisão de vigário paroquial para as duas paróquias, quem de fato iniciou as funções de vigário foi o Pe. Augusto Weicherding, sendo a mesma confiada a ele oficialmente em 4 de maio de 1917. Sem um templo e moradia, Pe. Augusto instalou-se no Asilo de Órfãos e Desvalidos de Joinville (hoje Lar Abdon Batista). Foram dados à capela do Asilo todos os direitos e privilégios de Paróquia, com os atendimentos paroquiais e as celebrações dominicais. É ali que se inicia a história deste Santuário. Em 20 de agosto de 1917, foi autorizada a compra de um terreno de 25 metros, situado nas esquinas das ruas Inácio Bastos e São Paulo, que se juntaria ao terreno doado pela Sra. Francisca Schneider, viúva do Sr. Oscar Schneider, para construir a capela provisória.
Padre José Sundrup (1871-1951)
Foto: reprodução/internet
Memória do Centenário
Foto: reprodução/internet
LEMBRANÇAS
Padre Augusto Weicherding, scj (1880-1966)
Alguns acontecimentos durante a gestão do Pe. Augusto 1/1/1919 Festa de inauguração da igreja 7/6/1919 Benzida solenemente a imagem do Sagrado Coração de Jesus, doada pela Sra. Amazilda, esposa do Sr. José Navarro Lins, e o sino, oferecido pelos senhores Henrique Douat e Emilio Reiss 28/11/1920 Inaugurados solenemente pelo Superior Provincial dos Franciscanos os quadros da via-sacra 1921 Realizou-se as Santas Missões (em língua portuguesa e alemã) 17/1/1927 Criada a Diocese de Joinville 25/1/1929 Nomeado o primeiro Bispo da Diocese de Joinville: Dom Pio de Freitas 1939 Conforme relatório enviado à Câmara Municipal de Joinville, constava a existência da Pia União das Filhas de Maria, fundada em 1919 com 200 associadas; a Congregação Mariana do Coração de Jesus, fundada em 1936 com 90 associados; a Liga São José fundada em 1930 com 80 associados e o Apostolado da Oração, fundado em 1919 com 150 membros 10/5/1936 Dom Pio realiza a Crisma de 800 pessoas 30/6/1940 Celebrada a última missa na igreja velha, devido a construção do novo prédio (o salão existente serviu como igreja provisória) Na festa do Natal de 1940, foi celebrada a primeira missa na igreja nova, cuja obra encontrava-se inacabada 22/12/1942 Término do ladrilhamento da nova igreja 06/1952 Padre Augusto e sua equipe administrativa dão início à construção da parte frontal da igreja Padre Augusto dedicou-se com ardor ao trabalho e mostrou-se um sacerdote aberto e dinâmico, atento às pessoas e à sociedade, atendendo as capelas mais distantes e ao povo simplório de suas regiões. Incansável, levantava-se às três horas da madrugada, abria a igreja às quatro, fazia a adoração, a via-sacra, rezava o terço, às seis horas começava a atender confissões, e logo após, celebrava a missa. O povo o compreendeu e idolatrou, sendo a Paróquia Sagrado Coração de Jesus conhecida como a “Igreja do Padre Augusto”. Ficou até 1954, sendo então transferido para Tubarão/SC, onde exerceu as funções de capelão hospitalar até 1966, quando veio a falecer. Seus restos mortais vieram para Joinville e estão sepultados no interior da igreja à qual ele dedicou, com muito zelo, 37 anos de seu sacerdócio.
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Santuário
São Tarcísio Futebol Clube e Padre Humberto Penso, scj
Padres Coadjutores
Junto com a Liga São Luiz, o Padre Augusto fundou também o São Luiz Futebol Clube. Os senhores Ayrton Ramos e José Gomes, contam, que enquanto pertenciam à Paróquia, jogavam num campinho situado junto à igreja, mas com o tempo passaram a fazer parte da Liga Joinvilense de Futebol, adquirindo um campo em uma lateral da Avenida Getúlio Vargas (onde hoje está localizada a quadra de esportes do Colégio Elias Moreira).
Foto: arquivo pessoal de José Gomes/Ayrton Ramos
Foto: arquivo pessoal de Volney Salfer
Padre Augusto, década de 1920
O Padre Augusto foi muito visto pela cidade e arredores: a pé, a cavalo, em carroça e bateira. Por volta de 1920, usava também um carro da marca Ford.
São Luiz Futebol Clube
No ano de 1950, foi nomeado coadjutor o Pe. Ambrósio Gies, que também prestou relevantes serviços à Paróquia, sendo lembrado até hoje. Contam que para as visitas às escolas, hospitais e residências, ele saía com sua bicicleta preta, usando uma “redinha” na roda traseira (para a batina não enroscar nos aros da roda). Para visitar as comunidades mais distantes, utilizava uma motocicleta. Em 1954, Pe. Humberto Penso era responsável pela equipe de coroinhas da Paróquia, fundando a equipe de futebol infantil “São Tarcísio Futebol Clube”, em homenagem ao padroeiro dos coroinhas.
17 padres dehonianos receberam provisão para ajudar o Pe. Augusto:
Foto: arquivo do Museu Ir. Luiz Godofredo Gartner
Foto: arquivo pessoal de Marlene Fernandes
Curiosidades:
Padre Ambrósio Gies, scj
Pe. Vicente Schmitz
Pe. Antônio Wollmeiner
Pe. Francisco Schüller
Pe. José Bollinger
Pe. Theodoro Borgmann
( 19 19 -19 2 1 )
( 19 2 1-19 24 )
( 19 2 2-19 24 )
( 19 24 -19 2 5 )
( 19 2 5 )
Pe. José Enrzer
Pe. Pedro Storms
Pe. Henrique Meller
Pe. Fidélis Tomelin
Pe. João Kuck
( 19 2 7-19 29 )
( 19 29 -19 3 0 e 19 5 2-19 5 3 )
( 19 3 4 -19 3 6 )
( 19 4 0 -19 4 1 e 19 4 7 )
( 19 4 1-19 4 5 )
Pe. Ambrósio Gies
Pe. Humberto Penso
( 19 5 0 -19 6 4 )
( 19 5 3 -19 5 4 )
Pe. Henrique Baumeister ( 19 2 5 -19 2 7 )
Pe. Antônio Gotzen
Pe. Otto Strobel
( 19 4 5 -19 4 6 )
( 19 4 6-19 4 7 )
Pe. Frederico Winkelmann Pe. Leopoldo Müller ( 19 4 6-19 4 7 )
( 19 4 7-19 5 0 )
Fontes: Livro tombo da Paróquia e entrevista com paroquianos
Continuaremos a contar nossa história na próxima edição, não perca!
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