Bênção da Garganta
Neste mês a igreja celebra a memória de São Brás, santo protetor da garganta. Saiba mais sobre sua história.
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Estudo Bíblico
Em março inicia na paróquia o estudo da Palavra de Deus, um convite a aprofundar o conhecimento e intimidade com Deus. Pág. 6
Campanha da Fraternidade
Tem início com a Quarta-feira de Cinzas a Campanha da Fraternidade, que este ano preocupa-se com o meio ambiente. Pág. 8
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RIO
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CEDROS|SC
PAL AVRA DO PE. JOSÉ
Por Pe. José Vidalvino Fontanela da Silva
A maior expressão de amor
A misericórdia é a expressão máxima do amor de Deus por nós. Estamos vivendo o Ano da Misericórdia em que somos convidados a fazer a experiência do amor de Deus. O amor que Deus tem por nós é único e incondicional. Somos únicos para Deus. Deus ama a cada um de nós individualmente. Seu amor por nós é um amor ciumento. Deus nos amou tanto que enviou Seu Filho ao mundo para morrer por nós. Por amor, Cristo se entregou numa cruz para nos salvar. Cristo se entregou voluntariamente pelos nossos pecados. A cruz foi o modo pelo qual a misericórdia se manifestou ao mundo. A cruz se tornou a fonte da misericórdia. Entramos no tempo quaresmal, tempo de conversão. Tempo de mudança. A Quaresma é o tempo que nos oferece a oportunidade para uma renovação em busca de nossa conversão. O Papa Francisco na Bula Misericordiae Vultus, “O Rosto da Misericórdia”, pede que neste ano jubilar, o tempo da Quaresma seja vivida mais intensamente como tempo forte de experimentar a misericórdia de Deus. A Quaresma é o tempo propício, de acordo com o Papa Francisco, para fazer a experiência do retorno ao Pai. É tempo de olharmos para nós mesmos e refletir nossas atitudes e ações como cidadão e cristão. Uma passagem bíblica que nos ajuda a fazermos uma reflexão de nossa vida, para analisarmos se realmente somos, de fato, cristãos ou não, é a de Nossa Senhora nas Bodas de Cana: “ fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). Creio que é um tempo para analisar se estamos fazendo o que Jesus nos pede. Quaresma é o tempo muito forte, para ser vivido por mera tradição apenas. A vivência da Quaresma deve ser a expressão máxima de um compromisso verdadeiro de mudan-
SANTO DO MÊS
ça, de deixar se moldar pelo Espírito Santo. A conversão insiste na mudança de atitude, passar a fazer e ter as mesmas atitudes de Cristo, ou seja, se converter é nascer de novo, ser novo de novo. É um nascer em Cristo. Mas para nascermos de novos temos que morrer. Tempo da Quaresma é esse tempo de morrer para o mundo e nascer para Deus. Deixando a nossa vida velha, vida de pecado, para trás e buscando uma vida nova. Tempo de Quaresma é o tempo de olharmos para nossas atitudes como fez o filho mais novo na passagem do Filho Prodigo ou Pai Misericordioso quando ele parou, refletiu e caiu em si, viu o erro que tinha cometido. Teve a coragem e humidade de reconhecer o seu erro e voltar. Vou voltar para o meu Pai e dizer: pequei contra Deus e contra ti. Ao voltar o jovem faz a mais bela experiência do amor do Pai quando é acolhido em seus braços. Nesta Quaresma somos convidados a fazermos a mesma experiência que este jovem fez, a experiência do amor de Deus. Como Pai acolheu o filho que voltou, está nos esperando, louco para nos abraçar. No Seu abraço demonstra o quanto nos ama. Seu amor é infinito capaz de perdoar todos os nossos pecados. A misericórdia do Senhor é maior do que os meus pecados por que Ele me ama.
Por Pe. Raul Kestring
São Brás, protetor contra as doenças da garganta
Foto: Timoteo Lenzi
Editorial
A IMACULADA
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São Brás foi médico e bispo de Sebaste, na Armenia, hoje Turquia. Seu martírio ocorreu durante a perseguição dos cristãos, por volta de 316, no período de desentendimentos entre os imperadores Constantino (Ocidente) e Licinio (Oriente). Preso pelos soldados, foi açoitado e esfolado com pentes de ferro, os mesmos que eram usados para desfiar a lã e, enfim, decapitado por se ter recusado a renegar a própria fé. Na cidade que exerceu o seu ministério episcopal, realizou milagres. Teve grande repercussão, o da cura de um menino que se havia engasgado com uma espinha de peixe. Enquanto era levado ao local do martírio, a mãe, motivada pela sua fama de santidade, trouxe-lhe o filho, como a última esperança. A fé daquela mulher, aliada à oração do santo homem, curaram o menino. Por causa deste milagre, o povo começou a invocar São Brás como protetor contra os males da garganta. A devoção foi assumida pela Igreja. A fórmula litúrgica da bênção dada pelo ministro aos fiéis, no dia 3 de fevereiro, data da sua memória litúrgica, porém, estende a proteção deste santo a “qualquer outro mal”. Ao proferir a bênção, o sacerdote cruza duas velas acesas à frente do fiel, lembrando a luz da fé em Cristo, fonte de cura e salvação.
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A IMACULADA RIO
Por José Cardoso Bressanini
LITURGIA
A origem desta devoção está ligada ao nascimento e principalmente a festa da apresentação do menino Jesus no templo, que celebramos no dia 2 de fevereiro. Isto porque, foi a virgem Maria quem deu a luz da verdade ao mundo, por isso, os fiéis dos primeiros séculos passaram a invocá-la com o nome de Nossa Senhora da Luz ou Senhora das Candeias. De acordo com a lei mosaica, a mulher quando dava a luz ficava 40 dias impura e impedida de frequentar o templo. Após este período, deveria apresentar-se no templo para purificação. Segundo relatos bíblicos, Simeão foi inspirado por Deus a ir ao templo. Quando lá chegou encontrou a Sagrada Família, então pegou o Menino no colo e proferiu a seguinte oração:
“Agora Senhor, deixai vosso servo ir em paz, conforme vossa palavra. Pois meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: luz para aclarar os gentios, a glória de Israel, vosso povo!” (Lc 2,28-32).
Foto: Reprodução/Internet
Este título dado à Maria diz que Nossa Senhora não apenas nos deu o Cristo, a luz eterna, mas também que ela é a luz que nos encaminha e leva até Deus. A fim de lembrar a humanidade que Jesus é a sua luz, a Igreja possui uma belíssima celebração chamada “Lucernário” ou, “celebração da luz”. A origem desta celebração está nos primórdios da Igreja, onde os cristãos se reuniam para fazer a oração da noite, agradecendo os benefícios recebidos durante o dia e suplicando a proteção divina durante a noite que se iniciava. O nome “Lucernário” faz alusão às luzes que se acendiam ao findar do dia. Portanto esta celebração tem como centro a luz e visa nos recordar a luz plena e sem ocaso que é o próprio Cristo.
Igreja
Nossa Senhora da Candelária e a celebração da luz
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CEDROS|SC
Por Morgana Maria Bona Bertoldi
Missa de Quarta-feira de Cinzas
Foto: Reprodução/Internet
Solen idade
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Para nós católicos a Quarta-feira de Cinzas é o primeiro dia da Quaresma, que são os 40 dias que antecedem a Páscoa, sem contar os domingos (não incluídos na Quaresma), ela ocorre 46 dias antes da Sexta-feira Santa, contando os domingos. Na Quarta-feira de Cinzas, a missa é realizada pelos cristãos, que são abençoados com as cinzas pelo padre presidente. Estas cinzas que recebem é um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita a morte. O padre marca a testa de cada fiel, traçando o sinal da cruz deixando assim uma marca, onde o cristão deixa em sua testa até o por do sol antes de lavá-la, proferindo em seguida as seguintes palavras: “Recorda-te que és pó e em pó te converterás” ou então “Arrepende-te e crede no evangelho”. Estas cinzas que marcam os fiéis são feitas com as cinzas que restaram da queima dos ramos de palmeiras abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior e tudo é misturado a água benta. Para os católicos este é um dia de jejum e abstinência, um dia para fazer penitência pelos pecados cometidos contra Deus. Com este rito penitencial, os fiéis confessam exteriormente sua culpa diante de Deus e assumem o propósito de conversão interior. Os olhos fixam-se em Jesus Cristo, que sofreu, morreu e ressuscitou por nossa salvação.
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“A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele”, escreveu Papa Francisco em sua mensagem a Quaresma do ano passado. Suas palavras se atualizam e se fazem entender ainda em 2016. Para viver a Quaresma, um tempo de reflexão e coversão, é preciso buscar ser como Cristo. Seja por meio do servir, ou da relação com o irmão. É Cristo que precisa estar presente e assumir o centro de tudo. A Quaresma foi inspirada no período de tentação de Jesus no deserto. Inicia-se na ‘Quarta-feira de Cinzas’ e se estende até a ‘Quinta-feira Santa’ na missa do lava pés, como determinou o Papa Paulo VI na Carta Apostólica aprovando as Normas Universais do Ano Litúrgico. A palavra “Quaresma” provém do latim “Quadragésima” e significa “quarenta dias”; é o período de preparação para a Páscoa do Senhor, cuja duração é de 40 dias. O número 40, inclusive, é forte na Bíblia, pois aparece em dois casos específicos: Noé, em 40 dias na Arca, e Moisés, vagando por 40 anos no deserto do Sinai. O sentido de viver a Quaresma é, sobretudo, o ato de incorporar-se ao “mistério pascal” de Cristo, que supõe participar do mistério de Sua morte e ressurreição. O batismo configura os fiéis com a Morte e Ressurreição do Senhor. A Quaresma procura fazer com que essa dinâmica batismal (morte para a vida) seja vivida mais profundamente nesse tempo, para que o pecado vá morrendo e sejam todos ressuscitados com Cristo para a verdadeira vida. A proposta de Quaresma é de conversão, que pode ser comparada a um motorista. Este em seu trajeto terá que se deparar, em algum momento, com uma placa que indica conversão à direita, ou à esquerda. A palavra conversão significa mudança de sentido, mudança de direção. Por isso, o cristão neste tempo litúrgico precisa ser esse motorista e mudar o sentido de sua vida, mudar a direção do seu rumo. Não apenas porque viu em uma “placa”, mas sim porque experimentou o amor, que é Deus “porque Deus é amor” (1 Jo 4,8). Portanto, o período quaresmal é um tempo de preparação e aproximação. Tempo de ser intimo de Deus. Buscar por meio do servir, da convivência com os irmãos uma oração intima com Deus. Tudo o que é feito na vida, quando bem intencionado pode ser considerado uma oração. Ela não se limita somente a dobrar os joelhos e rezar. Ela pode ser muito mais. A oração faz parte do seu dia a dia, na sua casa, no seu trabalho, no seu lazer. Tudo isso Deus te entregou para aproveitar, mas agradecer também. E na Quaresma a oração é uma das práticas mais fortes e necessárias. Que a Paróquia Imaculada Conceição possa durante este tempo litúrgico tão importante na vida da Igreja, fazer jus das palavras do Santo Padre Francisco, querer ser como Jesus e viver aos moldes de Sua Palavra.
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Quaresma é o tempo de preparação para a Páscoa, em que mais um ano o Senhor nos concede a graça, neste tempo de conversão, reflexão e oração de nossa vida.Tempo rico em ensinamentos um caminho de treinamento espiritual mais intenso, para a conversão de nossos pecados, de nossas faltas com Deus que tanto nos ama. Ele que nos amou primeiro. É este o momento de fazermos a experiência do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Neste tempo de reflexão, conversão e mudança somos convidados para aperfeiçoar nosso compromisso com: a oração, o jejum e a caridade, os três pilares da Quaresma.
A oração é um meio mais comum de nos comunicar com Deus. Dele nós viemos e para Ele voltaremos. Cada vez mais necessitamos nos colocar em Sua presença e manter nosso contato de intimidade por meio da oração constante e do nosso sim a serviço da Evangelização. Ele nos convida a entregarmos de corpo e alma, em Jesus que se revela como um Pai amoroso, e quer cada vez mais a nossa presença. Fortalecendo-nos em uma vida de oração. Só assim compreenderemos melhor os ensinamentos de Deus, e os colocaremos em prática todos os dias, como: participar das santas missas e aumentar cada vez mais a nossa fé.
Por Rosi V. Zanghelini
Não existe jejum sem oração. É por meio da oração que nos comunicamos com Deus. É de suma importância, ao iniciarmos o jejum, que nos preparemos com muita oração para estabelecer nossos propósitos. O jejum nos lembra a fragilidade do ser humano. Somos frágeis e pecadores, por isso a importância do jejum e da penitência, para a remição dos nossos pecados e faltas cometidas contra Deus. Pelo jejum e a penitência demonstramos nosso amor por Ele, porque tudo o que somos e temos é dEle. Sem a Sua providência, caridade e misericórdia, nada somos. O jejum e a abstinência são práticas muito comuns no período da Quaresma. Mas a prática do jejum não é só na abstinência de carne, e sim, no consumo excessivo de álcool e cigarros, bem como no consumo excessivo em roupas, calçados, entre outros.
Expressão de amor, bondade, misericórdia, e desprendimento de nós mesmos com nossos irmãos mais necessitados. A caridade é uma grande virtude de cada um de nós para com Deus, e nossos irmãos. Quem têm amor a Deus e ao próximo não se expressa somente com palavras, mas com atitudes e ações concretas. O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem.
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evangelização
Por Janete Prochnow Leitempergher
testemunho
Início dos trabalhos da catequese
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Acampamento Juvenil/Sênior
A missão evangelizadora é de responsabilidade de toda a igreja, visto que todo batizado é chamado a fazer de sua vida um anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo. “Caminho, verdade e vida” (Jo 14,6). No primeiro final de semana de março iniciaremos os trabalhos da catequese para 2016. Convidamos a todos os pais, responsáveis e fiéis para abraçarem com a Igreja este compromisso. A preparação de nossas crianças e adolescentes tem como objetivo introduzir em seus corações a Palavra de Deus, os ensinamentos de Cristo e o amor pela nossa igreja. Não é somente receber os sacramentos, pois o sacramento é o complemento com a fé. As crianças devem abraçar Cristo antes de recebê-lo na Eucaristia, pois só assim aprenderão a amá-lo como Ele nos ama.
estudo da palavra
Por Pe. José Vidalvino Fontanela da Silva
Início do curso bíblico
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Por Morgana Maria Bona Bertoldi
Foto: Celso Mengarda
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Foto: Pe. José Vidalvino F. da Silva
Vida Pastoral
A IMACULADA
Imagine ganhar algo que você sonha muito, mas que parece impossível conseguir. Esta é a sensação antes, durante e até o final dos cinco dias de acampamento. É uma sensação inexplicável. Só estando lá para entender. É uma mistura de ansiedade, alegria e bem estar. A melhor sensação que já provei, e ao final, uma leveza de espírito e dever cumprido. Sentia curiosidade em saber como era lá e não entendia porque ninguém podia falar nada. Se era algo tão bom por que ninguém podia falar? Hoje entendo o porquê e quem me pergunta como é, respondo que é algo maravilhoso e que não seria justo falar e estragar o momento, porque é uma sensação tão boa a surpresa do momento que se eu soubesse o que iria acontecer não teria graça... Então a resposta para quem quiser saber é venha fazer! Nestes cinco dias aprendi a conhecer o verdadeiro amor de Deus, como Ele é bom, como não somos nada sem Ele e como o Senhor nos faz bem. Entendi que Deus nos ama e nos aceita do jeito que somos e que este amor não mudará, mesmo que pecarmos, o amor dEle por nós será o mesmo. Deus se sente satisfeito quando olha para você, porque você é algo precioso, sua vida é preciosa e Ele quer cuidar de você, quer te amar. Deixa Deus te amar, entreguese ao amor dEle.
O apóstolo Filipe, impulsionado pelo Espírito Santo se aproximou de um etíope - alto funcionário da rainha - que descia a Jerusalém. O etíope vinha lendo uma passagem do profeta Isaías. Filipe se aproximou e perguntou se ele compreendia a passagem, mas o etíope respondeu humildemente: “Como o poderia, se alguém não me explica?” (At 8,31). Assim como este etíope muitos leem a Bíblia e não a compreendem. Venha apreender um pouco mais sobre a Bíblia, dedique um pouco do seu tempo para conhecer a Palavra de Deus. Convidamos você e sua família para iniciarem mais uma turma do curso bíblico toda quinta-feira às 19h, na matriz. Início dia 3 de março de 2016.
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Especial
Com o intuito de conhecer e se familiarizar com as nossas 23 capelas, a revista A Imaculada lança a cada edição um breve histórico de duas comunidades. Confira:
A comunidade de Santo Antônio, em Pomeranos foi sede do primeiro núcleo de imigrantes trentinos que chegaram a Rio dos Cedros. Todos esses imigrantes eram oriundos da cidade de Mattarello (Trento-Itália). As famílias que fundaram a comunidade foram: Bertoldi, Bonatti, Carlini, Filippi, Marchetti, Nardelli, Perini, Pisetta, Tafner, Uber, Slomp, Tomasini, Baldessari, Moratelli, Dalmonico (Dalmonego), Lenzi, Bendotti, Sevegnani, Froner, Nicolussi, Miori, Paganelli, Stinghen, Zatelli. A escolha do Santo padroeiro da comunidade gera controvérsia. Muitos dizem que se trata do Santo padroeiro de Mattarello de onde vieram os imigrantes. Todavia, fato é que em Mattarello não existe sequer uma Capela dedicada ao Santo. Assim sendo, a origem mais
provável da escolha do Santo é pelo dia de chegada dos imigrantes à Colônia, 13 de junho (dia de Santo Antônio), ou pelo fato de que algum dos imigrantes do grupo era devoto ao Santo, e resolveu dedicar à Capela a ele. A primeira e rústica capela foi construída em 1877. Dois anos depois foi construída uma segunda Capela de madeira, sendo benta pelo então Pároco de Blumenau, Pe. Jacobs, em 07 de junho de 1879. Posteriormente, em 28 de fevereiro de 1894 foi inaugurada e benta uma Capela de alvenaria, em substituição àquela de madeira. Por fim, no ano de 1935, foi concluída a versão final da capela, até hoje existente naquela comunidade.
Na comunidade de Pomeranos Médio, também chamada de Caravaggio, chegou o terceiro grupo de imigrantes trentinos a Rio dos Cedros. A maioria era proveniente da cidade de Samone. Foi fundada pelas famílias: Lenzi, Tais, Paoletto, Mengarda, Giampiccolo, Anesi, Tomaselli, Molinari, Pedrei, Trisotto, Dall´Agnolo, Fattore, Campestrini, Zanghellini e Nicolodelli. Nessa comunidade foi construída uma rústica capela logo que chegaram os primeiros imigrantes, em 1875, dedicada a Santa Maria Madalena. Posteriormente, em 23 de julho de 1884, foi benta uma segunda Capela, de madeira, que substituíra e primeira. Já em 1889 a Santa padroeira passou a ser a Nossa Senhora do Caravaggio. A imagem veio de Trento trazida pelo imigrante Ignacio Trisotto. Em 1911 foi construída uma capela de alvenaria. Nessa ocasião, foi mandado fundir um sino em Trento. No ano de 1932, foi construída a versão final daquela capela, permanecendo até os dias de hoje.
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Na Quarta-Feira de Cinzas, dia 10 de fevereiro de 2016, inicia-se a 53ª Campanha da Fraternidade no Brasil e, pela primeira vez, envolvendo outro país, a Alemanha, através da organização chamada “Misereor”. Aliás, esta entidade, da Conferência dos bispos alemães, já realizava campanha de donativos durante a Quaresma. Então, sob o tema “Casa Comum, Nossa Responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca (Am 5,24), durante todo tempo da Quaresma, encerrando-se no Domingo de Ramos, veremos divulgações e ouviremos mensagens a respeito dessa grande Campanha. Há outra novidade neste ano. A Campanha será ecumênica e, por isso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que detém o domínio deste projeto de evangelização, confiou ao Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), a sua organização e animação. Na verdade, é a quarta Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) que se realiza no Brasil. No ano 2000 realizou-se a primeira, sob o tema “Fraternidade, Dignidade Humana e Paz”, e o lema “Novo Milênio sem Exclusões”. Em 2005, vimos acontecer a segunda Campanha da Fraternidade Ecumênica, cujo tema foi “Fraternidade, Solidariedade e Paz”, e o lema “Felizes os que promovem a paz”. Em 2010, a terceira Campanha da Fraternidade Ecumênica teve por tema “Fraternidade, Economia e Vida”, e por lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Assim, uma Campanha da Fraternidade
com duas importantes ampliações, a internacionalidade e o ecumenismo, sem dúvida, potenciarão seu apelo de conversão pessoal e comunitária, muito próprio, essencial, no tempo quaresmal. O objetivo geral desta CFE 2016 traz um foco ao tema: “Assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da nossa Casa Comum”. O texto base desta campanha apresenta reflexões aprofundadas sobre saneamento básico, na perspectiva de que “esse é um direito humano fundamental e, como todos os outros direitos, requer a união de esforços entre sociedade civil e poder público no planejamento e na prestação de serviços e de cuidados” (Cf. Texto Base, Introdução). Importa ressaltar que, juntos, ecumenicamente, vamos encarar o desafio do saneamento básico que, além de um direito de todos, é um dever do Estado, das Prefeituras. E como tal, conquistado em nossas comunidades, inclusive nas comunidades interioranas, evita uma série de doenças, qualifica a convivência, e gera confiança no futuro. Como cristãos de diversas denominações, temos um motivo a mais para nos dedicarmos a esse objetivo. A Bíblia está cheia de apelos à vida digna de todos os filhos e filhas de Deus. Como sugere a parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37), devemos socorrer os que estão expostos a perigos corporais e sociais para que suas doenças sejam aliviadas e curadas. Por Pe. Raul Kestring
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24).