Missão Salvatoriana (Jan/Fev/Mar) 2022

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/editorial BEM-VINDO, QUERIDO LEITOR DA MISSÃO! Mais um ano se inicia com a esperança do que está por vir. Para marcar o início de 2022, a Revista Missão está de volta com diversas matérias, a começar pela Palavra do Provincial que nos leva a sempre confiar na Divina Providência, assim como Padre Jordan nos ensinou. “Em Ti eu espero, Senhor; não serei confundido para sempre! De Ti, Senhor, eu espero tudo. Eu espero e confio unicamente em Ti!” DE 164,1. É esse abandono que vemos na matéria sobre o Diário Espiritual de Pe. Jordan, onde o autor costumava anotar “o que se passou entre mim e o bom Deus”. Esta edição é marcada pelas celebrações dos Padres Jubilares, que comemoram os seus 12, 25 e 50 anos de sacerdócio; pelo início das atividades do Instituto; pela renovação dos votos e pela entrada do noviciado. Com o início do ano letivo, apresentamos a Campanha da Fraternidade de 2022 e a formação humana nas escolas pela perspectiva Salvatoriana, que acredita que o ato de educar está para além da sala de aula; está, de fato, em acolher Jesus, o Divino Salvador, e seu Evangelho.

/sumário /3 Palavra do Provincial /4 Pe. Jordan /6 Aconteceu /10 Educação /11 Juventude /12 Principal /14 Social /16 Comunicação /17 Espiritualidade /19 Missões /20 Comunidades /21 Salvatorianos /23 Infantil

/expediente

Provincial: Pe. Francisco Sydney Macêdo Gonçalves, sds Editor: Pe. Carlos Jobed Malaquias Saraiva, sds As matérias não assinadas são de responsabilidade do editor

SUGESTÃO DE CONTEÚDO

É nessa percepção que acolhemos também a Quaresma, tempo de conversão e redenção em oração, jejum e penitência, sempre em busca da salvação em Cristo, tal como aborda a matéria principal. Essas e outras temáticas você encontrará ao ler na íntegra os conteúdos desta revista que, além de comunicar, deseja aproximar você, caro(a) leitor(a), da Divina Providência. Uma ótima leitura!

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redacao@agenciaarcanjo.com.br www.agenciaarcanjo.com.br facebook.com/agenciaarcanjo 47 3227-6640

EDIÇÃO Raissa Lemos Rocha DIAGRAMAÇÃO Letícia Sales REVISÃO Ana Luíza Sanches


/palavra do provincial

Confiar na Divina Providência Caro leitor, Estamos iniciando um novo ano e nos enchemos de esperança por dias melhores. O Bem-aventurado Francisco Jordan nos ensinou que devemos confiar na Divina Providência. Ele mesmo fez a experiência de abandonar-se nas mãos de Deus e, ao longo de sua vida, pôde colher os frutos desta entrega incondicional. “Em Ti eu espero, Senhor; não serei confundido para sempre! De Ti, Senhor, eu espero tudo. Eu espero e confio unicamente em Ti!” DE I 164,1. Certa vez, um padre amigo me disse: “Se você quer saber como vai uma pessoa, pergunte sobre a sua vida de oração”. A vida de oração é um termômetro de como as coisas vão. Faço esta pergunta a você, leitor: como vai a sua vida de oração?Entendoque,emdeterminadomomento,as nossas orações são mais de súplica, ação de graças, petição, intercessão... A lista pode parecer longa e, sinto que, o que mais precisamos, é compreender que as nossas orações se tornam claras na medida que entendemos que não conseguimos viver sem Deus. A oração nos possibilita sentir a presença de Deus. Por isso, ela não pode ser estéril, isto é, tem que levar-nos a uma transformação, uma mudança. A oração nos leva a um comprometimento com o projeto de Jesus Cristo, o nosso Salvador. “Eis-me aqui, Senhor, Tu sabes tudo. Pelos merecimentos de Jesus Cristo, ajuda-me! De Ti eu espero tudo. Em Ti espero, em Ti confio. Amém.” DE IV 38,1. Como sabemos, a vida do bem-aventurado

Francisco Jordan não foi fácil, mas marcada por grandes desafios das mais diversas naturezas. O que nos chama atenção foi a sua capacidade de confiar a sua vida, os seus sonhos, nas mãos de Deus. “Como serei feliz, se confiar em Deus, pois, neste caso, poderei contar sempre com a Sua Providência em meus afazeres, e ele afastará os perigos antes mesmo que eles me atinjam.” DE I 45,2. Depois de ter feito a experiência de sentirse salvo por Deus, teve consigo uma inquietação para que um número cada vez maior de pessoas também pudessem viver esta experiência. “Pai, fazes com que eu doe a minha vida por Ti e pelas almas resgatadas por preço tão elevado! Pai amantíssimo, vê, elas Te encontram nas sombras da morte e não Te conhecem! Salva-as, Senhor, pois tudo Te é possível. Ó Senhor, ó Pai, ó Deus e Criador, será que aqueles que vagueiam na terrível noite do paganismo não vão reconhecer tua bondade e misericórdia? Ah, meu Criador e meu Deus, minha alma tem sede de Tua glória e sede de almas.” DE I 12,1. Fica aqui o grande convite para que, a exemplo do Bem-aventurado Francisco Jordan, possamos fazer da nossa vida uma oração constante.

Pe. Francisco Sydney de Macedo Gonçalves, sds Diretor-Provincial

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/Pe. Jordan

Diário Espiritual do bem-aventurado Francisco Jordan O Diário Espiritual de Pe. Francisco Maria da Cruz Jordan não é um diário comum. Nele, o autor costumava anotar “o que se passou entre mim e o bom Deus”. Por isso, ele o considerava como precioso ‘vademecum’, um companheiro inseparável. Costumava levá-lo sempre consigo para onde quer que fosse, anotando algum propósito e recordando os propósitos feitos. Não queria que ele caísse nas mãos de outros, razão pela qual, durante a enfermidade final, o confiou ao Irmão que o acompanhava, com a recomendação de queimá-lo. O texto original foi escrito durante um período de 43 anos, de 1º de julho de 1875 a 14 de abril de 1918. A maior parte das anotações remonta ao tempo em que ele estudava no Seminário Maior, em Fraiburgo, na Floresta Negra. A última anotação foi feita em 14 de abril de 1918, cerca de 5 (cinco) meses antes de seu falecimento. O documento original do Diário Espiritual compõese de quatro cadernetas manuscritas. A primeira delas, a mais volumosa, possui 213 páginas, e foi escrita durante 20 anos (1875-1894). A segunda parte conta com 123 páginas, e abrange os anos de 1894 a 1909. A terceira conta com 37 páginas, e abrange os anos de 1909 a 1915. E, finalmente, a quarta caderneta, de 39 páginas, abrange os últimos 4 anos de vida (19151918). O texto original já foi traduzido em mais de quatorze idiomas; entre eles: alemão, árabe, espanhol, francês, grego, hebraico, inglês, italiano, latim, neerlandês, polonês, português, russo e sírio. A tradução para o português foi publicada, pela primeira vez, em 1977. Hoje, o Diário Espiritual de Pe. Jordan já existe traduzido em todos os idiomas falados pelos membros da SDS.

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/Pe. Jordan

Quanto aos temas contemplados encontrados no Diário Espiritual, alguns voltam à tona nos dias atuais. Entre outros, a vida de oração e a confiança em Deus; o apostolado e a salvação das almas; a observância religiosa e a humildade; assim como a universalidade, o amor e a paz; Maria, a santidade e a vontade de Deus; a vida de oração; a cruz, o sofrimento e a morte; tal como a universalidade dos modos e meios. Estas palavras-chave refletem os conceitos do pensamento salvatoriano. Através deles, chegase a uma profunda compreensão do carisma de Pe. Jordan e também do carisma dos membros da Família Salvatoriana. Em 1940, por ocasião da abertura do processo de beatificação de Pe. Jordan, o texto do Diário Espiritual foi transcrito do original manuscrito pelo Pe. Pancrácio Pfeiffer SDS (1892-1945). Somente em 1958 foi publicada, na América do Norte, a primeira edição do Diário Espiritual pelo Pe. Arnulfo Bucle, SDS, com o título: “Do Diário Espiritual de nosso venerável Pai Francisco Maria da Cruz Jordan” (211 páginas). Mais tarde, em 1978, foi publicada a primeira edição do Diário Espiritual em português e em inglês. Em 1981, saiu a primeira edição alemã e, em 1983, a edição espanhola. No ano de 1983, a primeira edição neerlandesa. Atualmente, ele pode ser lido em todos os idiomas do mundo salvatoriano. Trata-se de um documento precioso, inspirador para toda a Família Salvatoriana. Ele nos revela cada época em que foi escrito, com evidente transparência, os anseios e as preocupações do autor, quase sempre voltados para a missão da Igreja e para o fiel cumprimento desta por todos os membros da Família Salvatoriana. Cada página do Diário espiritual reflete seus anseios apostólicos. Enfim, o Diário Espiritual de Pe. Jordan nos revela a dimensão apostólico-missionária da espiritualidade vivenciada por nosso Bemaventurado Fundador, seu ardor apostólico, sua coerência de vida e seu sincero amor à Igreja. Ele nos precede no fiel seguimento do Divino Salvador, e nos convida a seguir fielmente seus passos. Com sua beatificação, a Igreja apresenta-o, oficialmente, como inspiração a ser vivenciada e precioso exemplo a ser seguido por todos os seus filhos e filhas espirituais, a serviço do Reino de Deus.

Pe. Arno Boesing, sds

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/aconteceu

Celebrações dos Jubilares em janeiro de 2022 PE. IRMUNDO, SDS Pe. Irmundo Boesing, sds, celebrou Missa de Ação de Graças pelos 50 anos de Sacerdócio, Jubileu de Ouro, com seus confrades salvatorianos, Pe. Vanderlei Roque Signorini, pároco da Paróquia, Pe. Lauro Spohr, de Videira, Pe. Luiz Dalmolin Spolti, de Jundiaí, e Pe. Guido Kuhn, SJ, de Russas/ CE, ordenado sacerdote no mesmo dia e hora com o jubilando. A Missa de Ação de Graças ocorreu no dia 01/01/2022, às 08h30 na Igreja Matriz Santo Antônio, Tangará/SC. No domingo do dia 09/01/2022, às 10h, Pe. Irmundo celebrou festivamente a Missa em Ação de Graças na sua comunidade rural de Sede Dona Alice, Tangará, com seus familiares, parentes e amigos. Houve muitas homenagens dedicadas ao Pe. Irmundo. A Comunidade de Sede Dona Alice, sob a Coordenação Administrativa, arregaçou as mangas e promoveu um almoço, com muita alegria e envolvimento. Realmente, foi um momento de muita animação, bate-papos, encontros com pessoas queridas e, não podiam faltar as risadas descontraídas.

PE. LEOMAR, SDS Pe. Leomar Deon, sds, celebrou o Jubileu de Prata, 25 anos de Sacerdócio, em Ação de Graças com Missa concelebrada. Transcrevemos o relato do próprio Pe. Leomar: “No dia 11 de janeiro de 2022, completei 25 anos de padre salvatoriano. Celebrei missa em Ação de Graças na Igreja Matriz Imaculada Conceição, aqui de Videira/SC, no dia 09 de janeiro, Festa Litúrgica do Batismo do Senhor, mesma liturgia da minha Primeira Missa. Nesta celebração, pude agradecer a Deus o dom da vida, junto com a comunidade Paroquial. Agradeço a presença de meus confrades Salvatorianos, Pe. Milton, Superior Geral, Pe. Cesar Vice-Diretor Provincial, e os Padres Simoneto, Pe. Lauro, Pe. Ederaldo e Irmão Afonso. Na paróquia, ainda em outras comunidades, tive a oportunidade de celebrar a Santa Missa pelos 25 anos de Padre: Comunidade Santa Cruz, no bairro Farroupilha; Divino Salvador, Bairro Floresta e São Cristóvão. Em todas as missas, senti a importância de continuar na minha vida sacerdotal, com muita fé e alegria, mas sempre a serviço do Povo de Deus, de nossas comunidades e famílias. Não tem sentido ser padre e não estar a serviço das pessoas. Que Deus abençoe a todos. Amém”. 6

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/aconteceu PADRES JOVANÊS, SDS, DÉCIO, SDS, VANDERLEI, SDS E FLÁVIO, SDS Os confrades salvatorianos jubilares de 25 anos de Vida Religiosa, Jovanês Vitoriano, Décio Siqueira Nantes, Vanderlei Roque Signorini e Flávio Lima da Silva celebraram com seus confrades salvatorianos: Pe. Mauri Gomes da Silva, de Fortaleza, CE; Pe. Cícero Charles Alves Vidal dos Santos, de São João Batista/SP; Pe. Samuel Alves Cruz, pároco de Moema/SP; Pe. Sydney de Macêdo Gonçalves, Diretor Provincial; Pe. Deolino Pedro Baldissera, de Videira/SC; e Pe. Célio Roberto dos Santos, de Coelho Neto/MA. A Igreja Nossa Senhora Aparecida de Moema e seus fiéis acolheram os Jubilandos em Ação de Graças com Missa concelebrada às 18h30 do dia 05/01/2022. Após as manifestações de louvores e homenagens, os Jubilandos e convidados puderam desfrutar de um delicioso jantar na Comunidade Salvatoriana de Moema. Pe. Jovanês Vitoriano celebrou no dia seguinte, 06/01/2022, às 20h, o jubileu de Prata de Vida Religiosa na sua Paróquia São João Batista, na Zona Leste de São Paulo/SP.

PADRES ÁLVARO, SDS E JOSÉ CARLOS, SDS Pe. Álvaro Macagnan, sds, reitor do Instituto Padre Jordan, celebrou o seu Jubileu de Prata de Ordenação Presbiteral (25 anos) no dia 16/01/2022 na Paróquia Santo Antônio, em São José dos Pinhais/PR. Pe. Álvaro foi ordenado em Concórdia/SC, em 18/01/1997. Nesta data, o pároco Pe. José Carlos Ferreira da Silva, sds, celebrou Jubileu de Seda, 12 anos de sacerdócio. Ambos concelebraram festivamente na Igreja Matriz da Paróquia, a Missa de Ação de Graças com momentos de muita emoção em Ação de Graças e Louvores pelo dom do Sacerdócio e vidas dedicadas ao povo de Deus. Houve muita participação e homenagens por parte dos paroquianos. Os Jubilandos partilharam com o povo a alegria da vocação que receberam e agradeceram a Deus, à Província Salvatoriana do Brasil e, ao povo, pelo apoio e pela presença. Foi um momento de fé e de partilha da caminhada sacerdotal.

Primeira Profissão Religiosa em Moçambique O noviço moçambicano Ermelindo Cássimo emitiu os Primeiros Votos Religiosos perante o delegado do Provincial, o Superior da Região Missionária de Moçambique, Pe. Davide Caisse, sds, no dia 08 de dezembro de 2021, numa Celebração Eucarística presidida na Paróquia Imaculada Conceição em Chókwè. Neste momento, Ermelindo está a encaminhar os documentos de pedido de Visto para ir ao Brasil no próximo ano e continuar com os estudos de Teologia, residindo no Instituto Doze ApóstolosIDA em São Paulo/SP. P R O V Í N C I A S A LV AT O R I A N A B R A S I L E I R A

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/aconteceu

Renovação de Votos Religiosos Brasil/ Venezuela Brasil

sorridentes, coro em vozes suaves iam tomando conta de todas as almas extasiadas na bela e santa celebração. Alguém poderia invocar “como é bom estarmos aqui... façamos....” Era exatamente o dia 08/12/2021, às 19h30 quando tudo iniciou. Revmo. Pe. Francisco Sydney acolheu a todos com muito entusiasmo e emoção, que exige uma Ação de Graças, com Nossa Senhora da Conceição, Padroeira, em homenagem ao Início da Sociedade do Divino Salvador há 140 anos, na presença dos Junioristas Religiosos e Concelebrantes.

Dezembro é um mês abençoado para nós, Salvatorianos. Data da fundação da Sociedade do Divino Salvador. 140 anos de existência! Celebração da Solenidade da Imaculada Conceição e Mãe do Salvador, nossa padroeira. Várias paróquias nossas têm o nome de Imaculada Conceição. Antes, queremos destacar a importante presença de Dom Válter Carrijo, sds, Bispo emérito da Diocese de Brejo/MA, na manhã do dia 08/12/2021, na Comunidade Salvatoriana de Jundiaí/SP.

Chegou a hora e, foi agora, quando quatro dos nossos Junioristas do IDA foram sendo chamados pelo Vice-Reitor do Instituto Doze Apóstolos Pe. Selvino Baldissera, sds, e, a seguir, apresentados ao Revmo. Diretor-Provincial Pe. Francisco Sydney e à Comunidade pelo Coordenador da Formação Inicial e Vice-Diretor Provincial Pe. Cesar Augusto Cordeiro de Barros, sds. Cada um num gesto firme e resoluto, prostraram-se diante do Altar para jurar e prometer publicamente os três Votos Religiosos de Celibato Consagrado, de Pobreza e de Obediência.

A Missa de Ação de Graças de Jubileu de Diamante, de 60 anos vividos no Sacerdócio por Dom Válter, foi presidida pelo próprio jubilando e concelebrada com os demais confrades Salvatorianos presentes na Capela da Comunidade Salvatoriana de Jundiaí, às 11h. No fim da tarde do dia 08/12/2021, durante a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição, Paróquia da Vila Arens, em Jundiaí/SP, quatro Junioristas do Instituto Doze Apóstolos-IDA, fizeram renovações dos Votos Religiosos.

Os Junioristas do Segundo Ano de Teologia fizeram a Segunda Renovação dos Votos Religiosos: Cláudio da Silva Serralheiro, Carlos Alberto Sousa Silva, Carlos Antonio Silva Maia. Um juniorista do Primeiro Ano de Teologia renovou pela primeira vez os Votos Religiosos: Elivelton Gomes dos Santos. Confirmando o antigo dito “Verba volant, Scripta manent”, ou seja, “As palavras voam, os escritos ficam”, um a um dos Junioristas sacramentavam pela sua assinatura na Ata, como prova material do Juramento.

A Eucaristia foi presidida pelo nosso digníssimo e Revmo. Pe. Francisco Sydney de Macêdo Gonçalves, sds, nosso Diretor-Provincial da Província Salvatoriana no Brasil. Com o Diretor-Provincial, fez-se presente o Digníssimo Bispo emérito da Diocese de Brejo/MA, Dom Válter Carrijo, sds, que, por sua vez, celebrou Jubileu Sacerdotal de Diamante, 60 anos de Presbiterato.

A seguir, todos os Religiosos e Sacerdotes Salvatorianos presentes à Celebração Eucarística renovaram os Votos Religiosos, e a prova era testemunhal, bastava apenas voltar ao tempo já vivido na fidelidade aos Votos na Igreja do Povo de Deus e na Sociedade do Divino Salvador.

O Templo dedicado a Nossa Senhora da Conceição estava totalmente repleto de fiéis, respeitando o limite máximo exigido pelos protocolos da Vigilância Sanitária, devido à pandemia da Covid-19. A solene procissão de entrada, passo a passo cadenciado, foi rompendo o silêncio, o turíbulo no vai e vem da fumaça aromatizada com incenso, as nossas harmoniosas orações e intenções subiam aos céus, fiéis

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/aconteceu Início do noviciado/2022 Venezuela

A festa Salvatoriana do dia 08 ultrapassa fronteiras e, lá estamos em Mérida, Venezuela, para celebrar festivamente a Renovação dos Votos Religiosos de Cinco Junioristas, Capilla Santo Niño de Escupe. Eis os cinco Junioristas Venezuelanos renovando os seus Votos Religiosos na Paróquia São Rafael Arcanjo, Pedregosa Alta da Arquidiocese de Merida: José Rafael Rodriguez Franco, Eduardo José Mijares Oviedo, Yofer Eduardo Mora Adames, José David Viloria González, Javier Rolando Rivas Molero. Assim sendo, os 140 anos de fundação da SDSSociedade do Divino Salvador será uma data inesquecível aos nossos formandos Junioristas. Parabéns a cada um! O nosso Pai, Fundador Bem-aventurado Francisco Jordan, será a Luz e o Motivador na vida de cada um de vocês.

Primeira Profissão Religiosa em São José dos Pinhais/PR A celebração da Profissão Religiosa é um dia anelado por todo aquele que deseja seguir a Jesus Cristo mais de perto como consagrado, assumindo para sua vida que o Divino Salvador é o modelo perfeito de santidade e, desse modo, deseja entregar-se a Ele por meio dos votos e Pobreza, Castidade e Obediência. Assim, os noviços Emiliano Manuel Alvarez (Mercedes/Uruguai), Fabiano Maffi (Videira/SC), Jocimar Costa Rosa (Prudentópolis/PR), Jorge Jose Chirinos (Falcon/Venezuela) e Leonardo dos Santos Raimundo (Várzea Paulista/SP), professamos os votos temporários na presença do Superior Provincial Padre Francisco Sydney, diante da comunidade reunida em missa no dia 5 de fevereiro, na Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio, em São José dos Pinhais/PR. Foi um momento de grande alegria e emoção, pois não foi apenas mais uma celebração vivenciada pelos jovens noviços e pela comunidade, mas sim o começo de uma nova história assumida diante dos superiores, da comunidade reunida, de familiares e amigos e, principalmente, de Deus. Jn. Leonardo dos Santos Raimundo, sds

A Província Salvatoriana no Brasil tem a alegria de enviar ao Noviciado Internacional Salvatoriano, Colômbia, o Nov. Paulo Genário Rodrigues Queiroz, natural de Fortaleza/CE. No dia 11 de janeiro de 2022, após cinco dias de retiro, tivemos a celebração de acolhida dos novos noviços na Capela do Noviciado Internacional em Manizales, Colômbia. A celebração foi presidida pelo Superior Provincial da Província da Colômbia, Pe. Gustavo Ruiz Cano, sds. Os noviços que farão a experiência deste ano são: Daniel Jesús Mohammed García (Venezuela), Edgar Rubén Arangonó Chávez (Equador), Freddy Ramón Ramirez Guerrero (Venezuela), Luís Eduardo Salgado Fernández (Colômbia), Paulo Genário Rodriguez de Queiroz (Brasil), Ramón Isidro Flores Molina (Venezuela). Serão acompanhados, durante este ano de noviciado, pelos formadores: Pe. Nelson Barbieri, sds (Mestre de noviços), Pe. Mário Agudelo, sds (Vice-mestre) e por Jn. Wilson Yecid Ramírez (ecônomo). Que essa experiência de noviciado possibilite a cada um crescer e fortalecer sua opção de consagrar sua vida a serviço do Reino de Deus e, que o Divino Salvador fortaleça sempre mais sua opção vocacional.

Reabertura do Instituto Mãe do Salvador - IMS No dia 25 de janeiro, o Instituto Mãe do Salvador voltou a receber jovens que buscam discernir sua vocação, seguindo a Jesus Cristo através do Carisma deixado a nós pelo Beato Padre Jordan. O Instituto Mãe do Salvador, localizado em Fortaleza, é bastante importante para a história de nossa província, pois ali muitos de nossos padres estudaram, seja no propedêutico ou na Filosofia. Pedimos ao Divino Salvador, através da Intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe do Salvador, que nos ajude e nos oriente nesta bonita e importante missão de formar homens novos, capazes de seguir e propagar a Salvação que vem do Cristo. Jn. Claudio da Silva Serralheiro, sds

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/educação

Acolhida Com alegria e muita esperança, iniciamos o ano letivo de 2022 em nossos colégios. Mesmo marcados pelos desafios da pandemia, estendemos nossos braços para acolher a todos os alunos e suas famílias que caminham conosco nesta missão de fazer uma educação de alta intensidade. Somos iluminados pelos ensinamentos do Beato Francisco Jordan, e seus fundamentos, que estão presentes em nossas ações pedagógicas e permanecem em constante construção, a partir das relações e valores como o diálogo, protagonismo, espírito de equipe, conhecimento e pluralidade de ideias. Faz parte da proposta pedagógica do colégio, uma presença significativa/significante de toda equipe educativa, que visa propiciar, ao educando, condições para que ele desenvolva sua consciência crítica, no que diz respeito à liberdade e à ética em todas as suas dimensões e na definição de um projeto de vida, visando os valores transcendentais alinhados a uma proposta alimentada pela fé, comunhão, partilha e respeito ao próximo. Nesta dinâmica, acrescenta-se a dimensão afetiva na ação pedagógica, trazendo o espírito de família que gera laços de cuidados mútuos, a partir de valores como amor, empatia, comprometimento, presença e alegria. Uma proposta educativa que inclua ações pedagógicas significativas e a presença marcante da família tornará nossos alunos mais fortes e felizes em suas escolhas. Educar, na concepção de Francisco Jordan, requer uma disposição interior de acolher Jesus, o Divino Salvador e seu Evangelho.

Nossa missão é levar a Educação que transforma, para muito além da sala de aula! Vamos juntos construir um futuro repleto de esperança para todos! Antônio Liomar Contini

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/juventude

Junoristas em Missão

O ano de 2022 já iniciou com atividades de suma importância na Paróquia de Coelho Neto, Maranhão, confiada ao patrocínio de Senhora Sant’Ana. Entre os dias 13 de janeiro e 2 de fevereiro, os junioristas Carlos Alberto, Elivelton Gomes e Carlos Antônio, dedicaram-se ao apostolado em diferentes comunidades rurais e urbanas da paróquia. Também, a missão contou com a presença do Formador da Casa Internacional, Padre Edgar Casallas, SDS, o qual auxiliou o Pároco Padre José Renário, SDS, nas suas diversas atribuições.

Neste sentido, os jovens religiosos percorreram comunidades, as quais foram divididas em 3 grandes rotas, cada uma com um juniorista sendo conduzido. Muitas são as partilhas, testemunhos de fé, histórias para contar, situações engraçadas, surpresas e muita alegria naquilo que foi vivenciado.

Não podemos deixar de lado, e não menos importante, a maravilhosa acolhida por parte da Comunidade Missionária presente em Coelho Neto, Padre José Renário, SDS, Ir. Claudinei, SDS e Padre James Wilson, SDS, o qual estava em processo de mudança para seu novo apostolado.

Nas comunidades rurais e urbanas onde passamos, foram realizados encontros com adultos, jovens e crianças. Tivemos momentos de celebração da Palavra, momentos de espiritualidade com o nosso Pai Fundador Bem-aventurado Francisco Jordan, contando um pouco sobre a história de nossa Sociedade do Divino Salvador, e também do carisma de nossa família, tendo como tema: “Sê um verdadeiro apóstolo de Jesus Cristo e não sossegue até que tenhas levado a Palavra de Deus a todos os recantos da terra”. Há uma canção de Zé Vicente, que diz: “O Deus que me criou, me quis, me consagrou, para anunciar o seu amor”, quase como uma hermenêutica de muita maestria da leitura do 3º Isaías (Is 61, 1-2) feita por Jesus na Sinagoga em dia de Sábado, narrado por São Lucas: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me conferiu a unção para anunciar a Boa-Nova aos pobres [...]” (Lc 4,18ss). E esta é a experiência de quem sai em missão, experiência feita por nós, missionários da Comunidade Internacional de Teologia – Instituto Doze Apóstolos. A cada passo, visita e encontro, foi possível redescobrir esta unção dada por nosso Senhor em nosso batismo e aprofundada em nossa consagração como Salvatorianos. Jn. Elivelton Gomes dos Santos, sds

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/principal

A busca pela salvação na Quaresma A Quaresma é um tempo profundamente especial na vida da Igreja, tempo de penitência e redenção. Neste período, que se inicia com a Quarta-feira de Cinzas (02/03) e se estende até o Domingo de Ramos (10/04), somos convidados a viver os 40 dias como nosso Salvador que, apesar das tentações em seu caminho, permitiu-se guiar pelo Espírito Santo. A Quaresma é um tempo solene de intimidade consigo mesmo diante do mistério pascal. É um tempo propício para buscar a conversão, de voltar-se para Deus. É um tempo de humildade, pois a humildade de Cristo nos ensinou a exercê-la. É também um tempo de misericórdia, de buscar o sacramento da confissão, para unirmo-nos a Deus, pois Ele diz: “Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação. Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação’’ (2Cor 6,2).

É importante que a oração, o jejum e a penitência sejam intensificados nesse período, pois, conduzidos pelo Espírito Santo, assim nos aproximamos d’Ele, que se ofereceu por nós como exemplo para que, como cristãos, sejamos capazes de seguir os seus passos e perseverar na vivência do Evangelho. Para viver esses 40 dias de forma especial, desejando profundamente se aproximar do amor e humildade de Cristo, devemos nos preparar para que diariamente façamos alguma coisa diferente, algo em prol do próximo, que demonstre em nossas atitudes a esperança de Cristo que, desde o seu nascimento até a morte na Cruz, doou-se para os outros, ‘‘porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas’’ (Mt 11,29). A seu exemplo, vivamos com intensidade esse tempo propício para buscarmos a nossa salvação.

O cristão, não só neste tempo do ano, mas em todos os outros, deve se comprometer à oração e à reflexão da Palavra de Deus. Essa é a razão pela qual a Quaresma busca, nesses 40 dias, nos fazer relembrar da experiência de Jesus no deserto, e celebrar com Ele a Sua paixão, a morte e a ressurreição. Nessa trajetória, somos chamados a buscar uma vida nova. Vivemos em meio a diversas tentações e acabamos pecando cotidianamente. Em busca da purificação da alma, clamamos: ‘‘perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos àqueles que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação’’ (Lc 11,4). Na Quaresma, temos a oportunidade de ressuscitar a fé e a confiança em Deus, o que também exige de nós uma preparação espiritual e emocional, entendendo a necessidade de abrir mão de algumas coisas, de praticar a caridade e de intensificarmos nossas atitudes com bondade e misericórdia.

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‘‘Tempo solene: retornamos a Deus, pois a Ele pertencemos!’’


/principal

Oração, jejum e penitência Mais do que um tempo de preparação ao mistério pascal, a Quaresma é uma busca pela conversão que revela a necessidade do retorno a Deus. Durante os 40 dias, muitos cristãos inspirados resolvem abandonar pequenos hábitos ‘‘prazerosos’’ do dia a dia para vivenciar o real propósito da Quaresma.

Este momento de preparo espiritual e emocional requer a reflexão de nossas atitudes e pensamentos, e é pela penitência e pelos sacrifícios de orar e jejuar que nos aproximamos de Deus, pois a Ele confiamos a esperança de uma vida nova. ‘‘Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo’’ (1 Ts 5,18).

Fundamental para a nossa purificação, o jejum não se reduz somente à abstinência dos alimentos. O sentido do jejum está, sobretudo, em se abster do pecado, e de nada adianta jejuar se não forem praticadas as virtudes de recolhimento, reflexão e oração, visto que é uma prática espiritual muito mais interna do que externa, pois visa uma intimidade maior com Deus. É na abstinência que vivemos uma (re)educação do corpo e dos sentidos, pois nos ‘‘desconectamos’’ de coisas que consideramos essenciais e que nos distraem do verdadeiro propósito: viver uma vida em comunhão a Deus. Substituímos isso por atos de caridade e piedade ao próximo, ajudando instituições e pessoas necessitadas, doando alimentos, roupas e pertences que farão a diferença na vida de outra pessoa. A penitência, no sentido de misericórdia e compreensão, deve ser praticada com cuidado para que nos faça crescer e produzir bons frutos, que posteriormente serão colhidos com êxito e amor. Não podemos encarar a penitência como algo difícil, trabalhoso, pois assim estaremos nos distanciando do objetivo de nos tornarmos pessoas melhores, diferentes, e bondosas uns com os outros. E nada disso se faz sem a oração intensificada, com a escuta e também a reflexão profunda da Palavra de Deus. Que possamos viver esta Quaresma com a esperança dos tempos melhores que estão por vir.

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/social

Por uma vida salvatoriana plenamente Sinodal: Somar todas as forças para serem sinais de salvação! Papa Francisco, ao convocar a XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos para, concomitantemente, refletir e realizar uma profunda experiência concreta justamente sobre a sinodalidade como nota fundamental do ser Igreja no mundo de hoje, faz um importante chamado a todos nós. Convoca-nos a discernir sobre o modelo de Igreja que Jesus Salvador quer que sejamos neste momento de nossa história, confrontando-o conscientemente com os modelos que estamos testemunhando em nossa forma de ser e de agir concretos. Trata-se de uma convocação para entrarmos em um amplo e não simples processo de conversão eclesiológica, superando um modelo de corte mais piramidal para assumir uma expressão de Igreja onde todos são convocados a caminhar juntos, como sujeitos de plena cidadania eclesial em sua dinâmica interna e em sua projeção missionária. O propósito da reflexão a que nos propomos neste artigo é de iniciarmos a pensar se existe um paralelo que possamos traçar entre esta proposta de busca por uma maior radicalidade do modelo sinodal, como expressão do ser Igreja potencializada pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, com o carisma herdado de Francisco Jordan. Assim sendo, trata-se de iniciarmos a refletir sobre o modelo eclesiológico que nasce da inspiração carismática recebida, bem como de suas implicações apostólicas, certos de que a mesma é dom do Espírito para colaborar com o corpo místico de Cristo em sua missão de ser Povo de Deus que peregrina pelos caminhos do mundo até a parusia, ou seja, o encontro definitivo com o único e verdadeiro Deus revelado em Jesus Cristo. Ousaria dizer que este tema da sinodalidade evoca a mesma essência de nosso carisma, convocandonos a uma radical conversão carismático-apostólica. Estas breves linhas não permitem uma reflexão mais

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aprofundada da questão, mas certamente podem servir como um apelo para não deixarmos passar esta oportunidade para abraçarmos um verdadeiro processo de discernimento comunitário sobre o que hoje somos chamados/as a ser para melhor correspondermos ao dom recebido. Sendo convocados pelo Espírito do ressuscitado para sermos sinais viventes da revelação do único e verdadeiro Deus, desde a experiência profunda de seguimento ao seu Filho encarnado na história, cada salvatoriano/a deve refletir, em sua forma de ser e de agir, o modo próprio de ser desta imagem de Deus desvelada em Jesus: o Deus trindade, comunhão profunda de amor. A comunhão trinitária em Deus nos faz perceber que cada pessoa se reconhece no sair de si para o encontro relacional com o outro. Assim, por sua vez, é na profunda relação entre comunhão-diferença, que gera complementaridade, que descobrimos o rosto humano que é criado à imagem e semelhança do Deus uno e trino. Cada um de nós, no encontro existencial-experiencial com o Deus uno e trino revelado em Jesus, o Filho eterno do Pai, se reconhece filho/a por adoção e, portanto, irmão e irmã de caminho, fazendo parte, pelo Batismo, do Povo de Deus que vive na dinâmica do seguimento, desde a especificidade da vocação assumida. Guiados pelo Espírito do Ressuscitado, empreendemos a árdua tarefa de ser comunidade na diferença, tendo como modelo os apóstolos e as primeiras comunidades cristãs. Esta comunidade recebe a liberdade operativa de poder usar de todos os modos e meios possíveis, desde que inspirados pelo amor que é Deus em si mesmo. Assim, é evidente que somente poderemos cumprir plenamente esta missão na harmonia entre sinergia das forças e o constante discernimento comunitário da melhor metodologia a ser empregada. Não existe outra


/social possibilidade apostólica. Desde uma profunda capacidade de gerar comunhão de forças, em um contínuo e profícuo processo de discernimento dos meios mais eficazes em cada tempo e lugar para a realização mais plena desta missão, deixando-nos guiar pela luz do Espírito, seremos capazes de corresponder ao chamado recebido. Não seria justamente este desafio a realização mais plena do que chamamos hoje de Família Salvatoriana? Não é esta a própria dinâmica da sinodalidade?

Vale frisar que Papa Francisco reforça terminantemente a convicção de que não se trata de um simples exercício momentâneo, uma realização de uma tarefa requerida, respondendo mecanicamente a um questionário para a realização de um encontro de cúpula de poder que definirá os rumos da Igreja. Ele convoca a todos os batizados para entrar em uma dinâmica constante, assumindo a responsabilidade de ser discípulos-missionários no mundo, vivendo em plenitude o ser Igreja.

Trata-se, portanto, de imbuir-se de um espírito que se traduz em gestos cotidianos concretos, alicerçando um modelo de Igreja sinodal. Este modelo se configura como uma pirâmide invertida, rompendo com ditames de poder até então recorrentes para gerar maior comprometimento de todos na arte do discernimento, que somente pode ser frutífero se exercido desde uma escuta aberta, honesta e responsável, uma verdadeira parresia eclesial. É desde esta dinâmica que podemos entender a profundidade do tema escolhido: “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Assim sendo, esta dinâmica sinodal que quer ser radicalizada é convite para que nós, Família Salvatoriana, abracemos definitivamente as consequências do modelo eclesiológico nascido da inspiração carismática recebida, gerando afetiva-efetivamente uma comunhão perfeita de dons a serviço da missão, em contínuo e franco discernimento metodológico. Um chamado a respirar e a testemunhar este espírito em todos os âmbitos de nossas vidas. Uma tarefa que pede plena consciência da dinâmica que precisa permear nosso testemunho enquanto cada ramo em sua especificidade e, sobretudo, em nossas relações como Família. Um caminho de conversão que nos convoca a não somente realizar uma tarefa requerida pelas autoridades eclesiásticas, mas principalmente a refletirmos juntos e profundamente sobre o sentido de nossa presença na Igreja hoje.

Gostaria de propor a todos e todas um mergulho existencial nesta proposta que nos faz Papa Francisco. Aproveitemos deste tempo para aprofundar o real sentido desta sinodalidade e suas implicações concretas em nossa vida como cristãos. Ao mesmo tempo, partilhemos mais profundamente a relação direta deste modelo de Igreja com o sonhado por Francisco Jordan e expresso em nossa forma de ser e de agir. Esta reflexão é apenas um começo, muito pobre certamente, diante da ampla gama de reflexões que podem e devem nascer. Certamente teremos muito a ganhar com isto.

“(...) cada salvatoriano/a deve refletir, em sua forma de ser e de agir, o modo próprio de ser desta imagem de Deus desvelada em Jesus: o Deus trindade, comunhão profunda de amor.’’

Pe. Paulo José Floriani, sds

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/comunicação

A comunicação nas relações pastorais e o uso responsável das ferramentas “Comunicar é a ação de tornar comum e, desse modo, buscar um bom entendimento nas relações. Na vida humana, essa tarefa é desafiadora.’’ De modo sucinto, porém evidenciando a importância deste debate nos espaços de nossas comunidades e se possível com assessoria de profissionais da comunicação cristãos, pretendo abordar o tema sugerido, pertinente e instigante, para a ação evangelizadora da Igreja nos dias atuais, acentuando duas questões interligadas: a necessidade da ação comunicativa no trabalho pastoral e a responsabilidade ética, vindo da moral cristã, para o bom uso das ferramentas de comunicação. Falamos do mundo digital, da web, das redes sociais, da interconectividade, do ciberespaço etc., de toda uma linguagem que perpassa hoje a comunicação nas relações humanas. Comunicar é a ação de tornar comum e, desse modo, buscar um bom entendimento nas relações. Na vida humana, essa tarefa é desafiadora. Sociabilizamos em nossas relações, nossos ideais, nossas experiências, nossas crenças, nossas culturas, nossos valores, nossas identidades, nossas escolhas, nossa diversidade e diferenças, enfim, nosso jeito de ser, pensar, sentir e agir pela linguagem verbal e corporal, que por sua vez é mediada por muitos instrumentos possibilitados pelo avanço da tecnologia. No passado tínhamos apenas os meios de comunicação tradicionais: rádio, tv e jornal impresso, nem sempre acessíveis e possíveis a todos. Com o advento da internet, temos um alargamento de possibilidades de comunicação acessíveis a muitos. O mundo digital hoje é responsável por acelerar o processo de globalização, de interatividade, de troca de informações, de diálogo etc., em todo o mundo para inúmeras pessoas. No âmbito do trabalho pastoral e de evangelização da Igreja não é diferente. A grande questão a qual deve ser continuamente discutida por nós, membros da Igreja, agentes de pastorais, discípulos de Jesus

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Cristo, mestres da comunicação, é: como usar de maneira adequada estes meios? Como se expressar, anunciar a palavra de Jesus, os ensinamentos da Igreja, de modo adequado? Saber que, quando falo sobre um tema da doutrina Igreja, falo não por mim, mas pela e para a Igreja, em sintonia com o magistério da Igreja, promovendo o bem comum e a vida em todas as suas dimensões. Essa diversidade de meios hoje existentes para a comunicação e a facilidade de acesso que temos exprime também um grande perigo. Por não termos muitas vezes, no ato de comunicação, prudência, discernimento, domínio de assuntos, respeito pela vida do outro, tolerância com as diferenças e, principalmente, inspiração do Evangelho, onde encontramos a moral cristã, acabamos por usar mal ferramentas que poderiam ser muito eficazes na difusão do bem, do amor, da fraternidade, da justiça, do Reino de Deus! Algumas pessoas muitas vezes se colocam diante de um computador, através de uma rede social, por exemplo, ou de uma câmera de celular como um sujeito que está acima da lei e de todos. Faz-se necessário controle, não da liberdade de expressão, é claro, mas das emoções, dos impulsos, da maldade, do ódio, os quais podem destruir e matar, ao invés de gerar a vida, dom de Deus, e construir uma sociedade mais humana, justa e fraterna. Que o tema da comunicação esteja sempre em nossas rodas de conversa! Padre Carlos Jobed Malaquias Saraiva, sds.

“Como se expressar, anunciar a palavra de Jesus, os ensinamentos da Igreja, de modo adequado? Saber que, quando falo sobre um tema da doutrina Igreja, falo não por mim, mas pela e para a Igreja.’’


/espiritualidade

Campanha da Fraternidade 2022 Fraternidade e Educação ‘‘Fala com amor, ensina com sabedoria’’ (Cf. Pr. 31,26) Anualmente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança a Campanha da Fraternidade, cujo tema permeia e leva a sociedade a refletir acerca de um problema concreto que envolve o fazer social. Em 2022, foi proposto o Tema Fraternidade e Educação e Lema Fala com sabedoria, ensina com amor, extraído do Livro de Provérbios, capítulo 31, versículo 26, sendo Jesus o modelo para nossas práticas pessoais, pedagógicas e de interação na sociedade.

“Educar é um ato de esperança no ser humano” (CF 2022, p. 138).

A educação, em suas mais variadas vertentes, é o cerne da CF 2022, que, à luz do Evangelho, embasada nos métodos Escutar, Discernir e Agir, aponta caminhos para reflexão, debate e tomada de decisão na busca de um ensino que promova a dignidade humana e, consequentemente, também a mudança de vida, transformando a realidade que nos cerca (CF 2022, p. 17), estabelecendo um percurso educativo sem exclusão. Como espelho, está o retrato de Jesus, o divino salvador, mestre e educador por excelência, que ilumina e norteia a prática pedagógica, a partir do diálogo com escribas e fariseus, sobre a conduta humana da mulher pega em adultério (passagem bíblica adotada pelo Texto Base da CF 2022). Esta passagem, contida no Evangelho (Jo 8,1-11), é proposta como análise metodológica do ensinamento de Cristo, que fala com sabedoria e ensina com amor. Por ocasião do seu ensinamento no Templo, Jesus foi interpelado pelos fariseus, que levaram até ele uma mulher pega em adultério, pedindo que lhe fosse estabelecida uma sentença. Para os escribas e fariseus, a Lei “ensinava” que a mulher que fosse pega em adultério teria como consequência o apedrejamento em praça pública (Dt 22,22). Jesus, no entanto, permitiu que todos fizessem uma auto análise, para depois, a partir dos seus pontos de vista, dar o veredito. Aqui, o Mestre se põe à escuta, um dos pilares metodológicos da CF, que destaca que a escuta diverge do ouvir.

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/espiritualidade A ESCUTA é mais profunda, reflexiva, dinâmica, justa. O Texto Base (CF 2022, p. 31) distingue ambos os processos: “Escutar está na linha da comunicação, ouvir na linha da informação. Escutar supõe proximidade”. E é a partir dessa análise profunda e misericordiosa de Cristo que ressurge o ensinamento, a resposta, permeada de amor e compaixão, a qual leva todos a uma tomada de consciência: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. Após esse direcionamento, todos deixaram o local, pois foram reféns de suas próprias misérias e pequenezas. No fazer diário, é necessária a prática da escuta, para que se dê o devido encaminhamento das decisões a serem tomadas, bem como dar norte não apenas ao fazer individual, mas, sobretudo, ao fazer em sociedade no âmbito comunitário. A escuta pressupõe acolhimento, assim como Jesus o fez. Portanto, é imprescindível escutarmos os clamores do tempo presente, os desafios que permeiam o atual cenário social e educacional, advindos, principalmente, de um problema que afetou o mundo (a pandemia da Covid-19), que não tem uma intencionalidade pedagógica, mas nós como seres de aprendizagem podemos aprender com tudo o que vivemos (CF, 2022, p. 34). O AGIR tem consequência e se consolida a partir da prática da escuta e do discernimento. O agir, pode-se dizer, é sinal de que a mensagem foi eficazmente assimilada e interpretada. Ao pedir à pecadora que siga seu caminho, com a condição de não mais pecar, Jesus, de certa forma, educou todos que a condenaram, acendendo em cada um a centelha da esperança, convocando-os a uma autoavaliação. O Papa Francisco, em sua infinita sabedoria, diz que “não há misericórdia sem correção”. Livres do peso do pecado, o ser humano quebra as correntes que o amordaça e o liberta para uma nova e transformada existência. “Educar é um ato de esperança no ser humano” (CF 2022, p. 138). Logo, falar com sabedoria, ensinar com amor é abrir portas para uma educação transformadora, acolhedora, renovada, permitindo resultados concretos, que renda bons frutos. ‘‘A terra boa semeada é aquele que ouve a palavra e a compreende, e produz fruto: cem por um, sessenta por um, trinta por um’’ (Mt 13,23). Dessa forma, uma educação em que nela estejam intrínsecos o amor e a sabedoria, os resultados são os bons frutos a serem colhidos. Educar é, portanto, pôr-se a serviço do outro sem desprendimento. Jesus, educador por excelência, é o verdadeiro sinal de inspiração para educadores, que nas suas mais cotidianas práticas pedagógicas devem, assim como Cristo, promover uma educação baseada na escuta para, consequentemente, adotar e praticar ações eficientes que suscitam a sede por um pleno e libertador conhecimento, capaz de tornar homens e mulheres convictos de suas ações nos tempos atuais.

Elian Maria Bantim Sousa 18

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/missão

As missões no ideal do Beato Francisco Jordan O Beato Francisco Jordan, desde o início, quando teve a inspiração de fundar uma Sociedade Apostólica, teve em mente evangelizar – tornar o Evangelho mais conhecido para ser mais bem vivenciado. Notava a grande falta que fazia o Evangelho na vida das pessoas. Muitos tinham fé, mas de maneira superficial, pois bastava um contratempo no caminho para facilmente aderirem à ideologias. Vendo a situação dos cristãos em sua terra natal, e olhando a realidade do mundo, sentiu que algo devia ser feito para fortalecer a fé, para que ela se tornasse um alicerce seguro para a vida. Inspirado pelo Evangelho de João em tornar conhecido ‘‘um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste”, moveuse na organização de um trabalho coletivo, envolvendo diferentes níveis de participação na divulgação e proclamação do Evangelho. Foi assim convidando padres, leigos e leigas para formar uma sociedade com ampla atuação. Encontrou muitas barreiras, mesmo dentro da Igreja, para pôr em prática suas inspirações, mas não desistiu. Diante de cada dificuldade que surgia, buscava uma resposta nova para os apelos que sentia. Seu ideal era de que o Evangelho chegasse a todos os povos, invadindo todos os recantos. Foi nesse contexto que as missões entraram em seus horizontes e fizeram parte integrante de seu projeto. Sua preocupação com a missão da Igreja levou-o a aceitar logo de início o pedido do Papa para enviar missionários para a Índia, Assam. E não parou aí atendendo a solicitação de bispos, começou a enviar seus religiosos para várias partes do mundo. Foi assim também para o Brasil, Colômbia, Estados Unidos, para países da África e da Ásia. Seu ardor missionário não poupava esforços para responder as demandas de missionários que eram sempre insuficientes diante dos clamores que existiam. Embora pessoalmente nunca estivesse trabalhando em uma missão estrangeira, seu coração estava lá junto com seus missionários. Sua oração fervorosa era força pedindo a Deus pelo êxito das missões. Formar novos missionários e seus incentivos aos religiosos

em formação eram transmitidos pelas suas “palavras e exortações” no cotidiano da formação. Buscar benfeitores que colaborassem com sua obra foi uma estratégia, bem como que sua luta para buscar recursos para sustentar a vida dos missionários, fazia parte de seu “ser missionário”. Seu corpo físico estava em Roma onde implementou a vida salvatoriana, porém o coração estava com os missionários nas terras distantes. Muitas ideias de Jordan não foram bem compreendidas na sua época, por isso, por fidelidade à Igreja a quem jurara servir, abriu mão de muitas intuições. Não obstante, isso não esmoreceu na sua busca e, com criatividade, conseguiu implementar a maioria delas. O problema das missões nunca saiu de seu foco, pois fazia parte da essência de sua obra. Para realizála, aconselhou-se com outros fundadores também dedicados às missões. Discernindo constantemente a vontade de Deus, trabalhava incansavelmente para a realização de sua vocação missionária. Escreveu uma “regra de apostolado”, onde o foco era anunciar o Evangelho a qualquer custo, sem descanso, enquanto houvesse gente que não conhecesse o Salvador: “não percam nenhuma oportunidade adequada para anunciar e ensinar a todos a Salvação de Deus, publicamente e de casa em casa”. Nenhum sofrimento físico, psíquico ou espiritual o abateu. A cruz era sua companheira inseparável e, à sombra dela, dizia que florescessem as grandes obras, e assim foi com a sua. Deixou como legado a seus filhos e filhas espirituais o ardor missionário e o exemplo de sua vida santa. Bem-aventurado Francisco Jordan, roga por teus filhos e filhas espirituais para que sejam fiéis dedicados à causa do Evangelho, onde quer que sejam chamados.

Pe. Deolino Pedro Baldissera, sds

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/comunidades

Instituto Doze Apóstolos (IDA) O Instituto Doze Apóstolos – IDA surgia no horizonte do tempo quando, durante as reuniões das Comissões Provinciais, na manhã do dia 07 de agosto de 1984, manifestou-se a imediata construção do Seminário Maior, na Vila Fachini, em SP. Assim, pela inspiração dos ares celestiais do alto, inspirou-se a feliz ideia da dita construção. Porém, outras inspirações apontavam para a descentralização geográfica, menos nesta grande metrópole paulista. Folheando as páginas e linhas da memória manuscrita sob os dedos ágeis do “scriba”, na página 32 da 50ª Ata da Reunião do Conselho consta: “(...) O Instituto Doze Apóstolos, o novo seminário destinado aos estudantes de filosofia, constituirá uma nova comunidade. Houve a consulta ao Sínodo Permanente, que aprovou a criação desta comunidade por 26 votos a favor e 01 contra”. “(...) A data oficial do início de funcionamento do IDA é o dia 8 de setembro de 1985. A nova comunidade compor-se-á do Pe. Sérgio R. Binotto (Reitor, diretor e tesoureiro), Pe. Antônio Amaro (vice-diretor e orientador espiritual), Ir. Germano Ferri (tesoureiro auxiliar) e dos seminaristas professores que cursam Filosofia”. Caro leitor, eis aí a prova material do surgimento deste quarto Instituto. Antes, “Instituto Videirense” (1967), “Instituto Padre Jordan” (1973), “Instituto São José” (1977) e “Instituto Doze Apóstolos” (1985). Parafraseando o bem-aventurado Francisco, ‘outros Institutos virão para continuar’’, tanto é verdade que muitos outros Institutos surgiram no Brasil e em Moçambique. Antes, como eram os nomes? Buscando refrescar a memória, tirando a poeira de alguns escritos, encontramos o “Mater Salvatoris”, “Salvator Mundi”, “Instituto Nossa Senhora da Assunção”, “Nossa Senhora de Fátima”, “Nossa Senhora das Graças”, “Santa Cruz”, “Centro Rural São José” e muitos outros. Os primeiros estudantes de filosofia, com seus diretores, deixaram o ‘Instituto Padre Jordan’’ para ocupar a nova casa ‘’Instituto Doze Apóstolos’’ em 30 e 31 de agosto de 1985.

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São 37 anos de intensa atividade formativa. É verdade que o IDA abrigava, às vezes e por alguns anos, jovens com votos religiosos, e em outros períodos jovens sem os votos religiosos. Até a data de hoje, foram 146 jovens que receberam orientação, formação e fizeram uma profunda experiência para um dia professarem definitivamente na SDS. Dos 146 jovens, 36 tornaram-se Religiosos e Sacerdotes Salvatorianos, isto representa uma taxa significativa de perseverança de 24,66%. O IDA tornou-se, a partir de 2015, uma casa internacional para os Estudantes Religiosos de Teologia de várias Províncias Salvatorianas presentes em outros Países Americanos. Bem antes, em 2013, o IDA recebia nossos primeiros formandos da Missão em Moçambique para cursarem Teologia. Atualmente o Pe. Edgar Augusto Casallas Saavedra, sds, e Pe. Selvino Baldissera, sds, são os formadores de nove religiosos em formação teológica. Em escrito de Crônicas, por ocasião da criação do IDA, dizia “(...) aqui está mais uma esperança”. É verdade, a esperança está se realizando e haverá de continuar produzindo muitos e muitos frutos das sementes semeadas nas Promoções Vocacionais. Padre Bruno Retore, sds


/Salvatorianos

Uma experiência de graça e de amor “Que todos conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo que enviastes.” (Jo 17,3) A força do carisma Salvatoriano vivenciado pelo Beato Francisco Maria da Cruz Jordan e pela Beata Maria dos Apóstolos, como um sol que ilumina e irradia a sua luz a todos, foi minha inspiração durante estes 25 anos de vida religiosa. Nosso Pai Fundador tem me ensinado nestes anos que a minha única herança é a confiança em Deus; por isso, posso afirmar que foi um tempo de plena confiança. Apesar de tantos desafios, aflições, sofrimentos e trabalhos, próprios do avanço, sócio-político-cultural, das relações de gênero e dificuldades pessoais próprias da natureza humana, nunca me desanimei, pois, de alguma forma bem visível, a Divina Providência estava ali, lado a lado comigo. O sol sempre brilhando e Jesus sempre me falando no ouvido: “levante-se e não tenha medo” (Mt 17,7). Foram 25 anos vividos num estado de pura graça divina. Deus é sempre misericordioso e amoroso. Pude perceber, olhar, tocar e sentir o bom odor de s ua graça, seja em minha vida, seja na vida do outro, nas realidades por onde passei, nas culturas que conheci, nas diversidades encontradas, nas perdas e sofrimentos… Deus, em seu silêncio, se manifesta claramente quando abrimo-nos para a escuta.

Jesus nos ensina a amar: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.” (Jo 15,13) “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.’’ (Jo 6,35) “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.’’ (Jo 8,12) “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê, ainda que esteja morto, viverá.’’ (Jo,11,25)

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/Salvatorianos

Esse Jesus fiel até o fim é o meu farol. Ele redime sempre a minha fidelidade, pois tem perdoado meus muitos pecados cometidos nestes 25 anos de vida consagrada. Como é difícil deixar de ser egoísta para amar o outro em suas fraquezas e necessidades, em sua ira, em seu rancor, em seu mau humor, em sua dependência... A reta intenção é uma graça a ser adquirida através de muitas renúncias. Ocupar-me-ei, de agora em diante, dos 25 anos; que Jesus me anime, junto a minha comunidade, a viver esse amor autêntico, a fazer tudo para a maior glória de Deus. Que Ele me dê a graça de reconhecer minhas limitações, os traços fracos, os instintos egoístas, e acreditar sempre na redenção. Que eu tenha uma justa autoestima, acreditando em meus potenciais para a missão, na medida certa, que Deus me dá a cada dia. Nem para mais, nem para menos. A cada um Deus dá o que lhe cabe de modo que ninguém fique acima de ninguém, mas ao lado. Tudo é graça de Deus. Sigo com minha consagração colocando-me a serviço da Igreja e do Reino de Deus, com amor e gratuidade. Peço ao bom Deus que me dê a graça de acolher os sinais dos tempos e ser luz na dinâmica do caminhar juntos, em espírito de Sinodalidade. Repito as palavras de São Paulo para levar luz à Família Salvatoriana, especialmente aos leigos que sempre fizeram parte da minha missão, e das minhas queridas e amadas Irmãs Salvatorianas que são luz na minha vida. ‘’Dou graças a meu Deus, cada vez que de vós me lembro. Em todas as minhas orações, rezo sempre com alegria por todos vós’’ (Fl 1,3-4).

“Deus, em seu silêncio, se manifesta claramente quando abrimo-nos para a escuta.’’ Irmã Maria Cleonice dos Santos. (Salvatoriana - Fortaleza Ce)

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/infantil

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