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CA P" : R IU Ped ro Alvarn Cabral I'OTO : Crist iano 'Ia~caro L \ Y路Ol I : h :rnando Frank Cabral
PREFEITUR A DO M U N I C I PI O DE sA O PAU LO SEC RETARIA "tUNICIPAl DE CULTURA D EP A R T A \It: ~ T ()
D O r AT R I\lc) S IO IIIST OR ICO
DIVISAO DO ARQU\,O IIISTORICO
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SEGUN DO p R拢 MIO DO VIII CONCURSO DE ~I ONOG RAFlAS SOBRI:: A HIST6RIA DOS BAIRR QS DE SAO PAULO, PR O~tO路 Vl DO PELA D1VISAO DO ARQUI VO II1ST6 RICO DA SI::CRI::TARlA MlJ?<,1 ClPAL DE CULTURA DA PREFEITURA 00 MUNI01' 10 DE SAO PAULO.
LAIS DE BARROS MONTEIRO GUIMARA ES
Natural de Assis, Estado de Sao Paulo . Pro fessora Primaria e Secundarta, Advogada , prcsentcmente e Professora Univcrsitaria das Faculdades Mctr opoluana s Unidas e ccupa a Diretor ia da Divistc Tdcnica de Controlc de Pessoal do Departamento de Administracao da Prefcitura do Munici pio de Sao Paulo .
"Na cidade, forces e inJ1uencias remotas
se [undem com 0 local .. - Munford -
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CAPit u LO I - ANTELOQUIO
I. PALAV R AS E XPLICATIVA S
17
CAPItU LO 2 - ORIGEM 2. NOTlClA HISTOR ICA. CAP EL A DE N. SF.NHORA DA LUZ . 2. 1 - Re oonh ecime nt o geografico . 2.2 - Destaq ucs de avcnidas, ruas c funcdcs do Bairro da Luz .
23 37
19
CAPITU LO 3 - EXPANSAO
3. BAIRRQ DA LUZ MONUMENTAL E ARTISnCO . . . . . . . . . . .
SS
3.1 - 0 Jardim da Lua . Hist6rico e posi~io social . . . . . . . . . . . . . . .
3.2 - A
Esta~ao
da Luzcln stalacdo. 0 Grande Incendio
. . . . . .
55
7J
CAPI'rULO 4 - ENTIDADES CULTURAIS 4. MUSEU DE ARTE SACRA DE SAO PAULO.
.
.
77
4 .1 - Pinacoteca do Estado . • • • • . • • • • • • •• • . . . . . . . . . .
83
4 .2 - Escola Pobtecntca. Sua participacao na revolu~io ccnstttucionateta .
84
4.3 4.4 4 .5 4 .6 4.7 4 .8
-
Pol{cia Militar . . . . . . . . . . . . Service National de Aprend izagem Presfdio T iradentes. quartel. . . GEC Prudente de Moraes Metropo litano de Sio Paulo Real BeneflCincia Po rt uguesa . . . 4 .9 - Igreja de Sio Crist6vio ... . . ..
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. . . . . . . . - SENAC . . • . . • . .
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90 9l 92 93 94 99
CAPITU LO 5 - DESENVOLVlMENTO CARTOGRAFICO
5. COMENTARIOS· GERAIS SOBR E CARTAS GEOGRAFICAS DA REGIAO
.
.. ... . . . . .......
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10]
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II ]
BIB L I OGRAF I A . .• • • • • • . • . • . . . • . • • • • • • • • • • • : .
117
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CAPJ'l'ULO 6 - POSF ACIO 6. PR OJ ETO DE UR BA NlZAc;AO DO BAIRRO DA LUZ
C AP( T U LO
I
- ANTEu'>QUIO -
1. PALAVRAS EXPLICATIVAS
I. P AL AV R AS EXPLI CA T IVAS
Em bo a hera a Secretara Municipal de Cunura da Prefeitu ra do Municipio de Sao Paulo . instit u iu urn con curso monograflco sobre a historia dus bairro s da Cidade de Sao Paulo. A medtda. ajem de despe rtar no coracso des paulistas. legitimo sentimenl o patri6lico pelas cotsas do passado, ted ainda , o condao de perpetuar nos arqu wos muntcipats. fate s. usos, costu mes, pcrsonagens e data s epis6dicas relevanres ou pitor escas legadas a evolucso metr opolitana desta Terra. que de urn ano para outre mae se dcsfigura de suas caract ensttcas originais, primiti vas ou provin cials. lI ist6ria e tradlcro sao aqui analisada s, quando Sao Paulo entre no qu into seculo de sua existdncia, grayas a cssa iniciativa do Podcr Publico, lancand o mao de todos os recursos e meios dc comumcacr c , com o objcuvc de despertar nos cidadaos de Piratininga frut o s de complexa nu scjgcnacr o cultural, a ide'ia de que a Patria nao e' simplesmente a terra de nosscs pais, o u aquela em q ue vivemos e nascemos. Na sua conceuuacso sent imental - geograflca e cultura l, e' precise que os individuo s que vivem neste pedaco asencoado de terra. se persuadam de que a existe ncia social de cada urn e de todos. esta ligada ao solo. ao passado conium. e a grandeza mo ral dos antepassados, do s homens e aconrecimentos de onrem. a tod os cingindo na estrururacro da raca a que se propuseram o rganizat . A grandeza do Sao Paulo ccnremporaneo nso e obra exclusiva des paulist ano s de hoje, mas, produ to de esforco, dedicacao e o perosidade das geracces pretcrttas. atravcs dessa jomada que ja sc cstende pOT quatrocentos
c vinte anost Sao Paulo , nascida sob 0 signa da fe, floresceu como urn nulagrc, especie de balu arte entre dois no s e 0 T iele que corria do lite ral para 0 scrtdo . Ale'm do planaIto , 0 in6spito sertao. Os velhos paulistas. cuja fibra foi tem perada na rudeza geografica local. cu idaram e dcfcndcram sua Terr a. Desbravararn-na em todos as senudos. e a n6s legaram sob a inspuacac do douto Manuel de N6brega - "csta terra e
a nossa empress . . : .
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o
() BAIRRO DA l UZ
Conquistas pcla tcas. vanragens ecorcrmcas, seguranca familiar, uveram de penosos sacnfrclos. e. poT " C/ CS. de lutas scm treguas!
pr~o
Dcvemo-lhes. pais. profunda solidariedade moral. como autenricos e patoot e mo, a pred estm acro
sucessc res seus, inco rpora ndo em nossas almas de esCOUI 3 de cammhos no rumo de vida.
I': 0 que ocorre 30 auto r , no mom ent o de iniciar a s despretensiosos comentanos que fad . sobre urn des mais ant igos e hist6ricos bairros de Sao Paulo. conscientc dos prop6sitos da Secretarta Municipal de Cult ure, certamente envolvida poT nova f6rmula de propaganda crvica que se institu iu nos o rgaos publicos municipais, e. sem duvida alguma, muito procedente e fecund a - fixar 0 passado , no memento em que a urbc criada sob a tnspiracao da cruz, rnetarnorfoseia-se para sc transformer no mllagrc do novo m undo .
Escolhemo s para lema de nossa monografia, urn des bairro s mais
arulgos de Sao Pau lo. teccndo dados de dominies varies, e proeurando const ruir uma narrative coerente. visando Iocaliza-lo na sua rea lidade pr6pr ia,
c identificando scus esUgios de desenvolvimento . por meio de srmbclos caracrensticos, Nito foi. nem pod eria ser nossc designio relacionar aqui, todos a s vatores e for mosu ras que h~ rnuito reclar uam a devido inventano . Os seus caracterrsncos, suas poucas construcees senho riais, sua pitoresca beleza. e, principalmcnt e sua pcja nte at ua~io na estruturacro mo ra' de sao Paulo, merecem a sutileza e acuidade de pena ma is hAbil. Assim, de modo assistemauco a u impresslonista. procuramos mostrar quant a ~ nobre e antigo 0 Batrro da Luz,
C A PrTU L O II - OR IGEM -
2.
NOT(CIA HISTQRICA. CAPELA DE NOSS A SENHORA DA LU Z
2 .1 R econh ecim e nt o Gt'ogra fico 2 .2 Desta que s tie Avenid as. R uas e Fun ea es do Hai rr o da
Luz
2. NOTic lA HIST ()RI CA
o di<i rio
de Pero Lo pe s de Sou za registra que seu irmio , ~lartim Afonso de So uza . lniciandc a cclcmz acro do Brasil. " fez uma vila na ilha de Sao vtcenre e o utre- a no ve ~g u as c ent ro pelo sertso. a borda de urn rio que se chama Piralininga e rcparnu a geme rcstas duas vilas. E fez ne las oflctais e pOs tu do em boa ordcrn e just k a . E todos ficaram satisfeit os po r ser cad a urn scnhor do Seu c tcr tod os os out ros bcns da vida e conscrvavcl". A vila de Piratininga, parece rcr se sit uado na couftusnca des nos Anh agabau e Tamanduat ef, q ue a epoca tin ha um per curso mats lange qu e hoje cm da . Essa vesta regi:io, que conespondia a do atu al bairr o da Luz, permancceu durante mu itos anos, toralm cm e despovoada e distante dos hens da eivilizacao. No s prim eiros tem pos da lustona. talvez devido as difi cu ldades de sob revivcncia no loca l, os co lon izador es po rtugue ses retomaram a Sao Vicente , fica ndn tod a aquela ump liddo geogr:ifica el}!Jegue a Tibiricd. Com a fundacr o do Colegio de Sao Paulo em 1554, concentricarncntc em to rno dele. ccmeco u a se est ruturar a povoacao, sendo certo que a configuracio geografica regiona l, dclimirou e subordinou tal organizacdo eos seus capric hos natu rais. Relevo agreste e aspero. Ilao perrnitia urn arruamento a " moda ponuguesa". q ue se caractcnzava pela sua regular idade e co nti nuidade , alem do que, durante mu itos enos. a cidade roo pcssuiu urn oficial arruador . Assim, ate 1828. Sao Pau lo de Piral ininga possuia restrita area urba na, como sc podc apr eciar 113 planta da imper ial cidade, de au tcrta do Ca pnao de Engen bana . Ru fino Felizardo e Costa . lcvantamcnto urbane de 1810 , mostra-nos um a povoacro modeste. talvez bern mello r que a arual freguezta cia S~ , tendo seu ce ntro urbane encaixado no tradicional tr iingulo setscer msra. Para o s lados do Gua re - sigmfi cardo em lingua tu pi, "cotsa" q ue Ioi e nao e mais - 0 loca l estava ainda , totalm ente despovoado, mos tra ndo sim plesmcnte 0 delinc amcnto do Jardim Botantco e a lgrcja e Con vcnto de
o
o BAIRRO DA LUZ
24
Nessa Senho ra da Luz, em posiceo dcstacada na imensidao daqu e les campos. o caminho do Cuare ou Cu ar epe, cc nsta ntcmc nte rcfcrtdo nas Ala s do Govemo de Sao Pau lo , intcrligava as campos da Luz ao centro urb ano da povoacro . serpenteando na planrcle. juntc 3 0 rio ou barranco actma. chet c de
barrocas e fundos grotces. Era a unica ascensrc dos campos distantes. que com 0 COffer do tempo fo i ca kado . receben do outras denormnacoes. I: atualmcr ne. a R ua Flor en cic de Abreu que "foi man dada abrb pelo govema dor e ca pnso-general Francisco da Cunha Menezes, que goverllOu a Capilania em 1782 a 1786" - (M.E. Azevedo Marques - Apo nta mentos lI ist6ricos - VoL II - pegma 138). "A Rua Flo rence de Abreu, dcsdob rada pela lambada estreit issima do extre me d ivisor das aguas Anhan gabau-Tam anduat ef sofreu varies rebatxos. urn de s quais em da ta cc ntem pora nca des velhos paulistas de hoje , ainda assim, para conseguir-se tr ansite . ate mcsrno de pcdestres, tornou-se necessario 0 tevar narnento da mar gem esquerda do Anhangabau , at e junto Rua Senador Oueuoz. aterr o que em seu po r-to mais elevado atingiu altura de cerca de cinco metros" , (A. A. de F reitas - Die. Hist. de Sao Paulo). Desenvolveu-se. pois. no alto do espigio que acompanhava 0 leno do rio Tamanduatef, just amente onde hoje se situa a Rua 25 de Mar~ . 0 que, de certo modo explica a Ladeira Porto Geral, porto que se s nuava exa tam ent e no inic io dessa ladeira . â&#x20AC;˘ Entre 1828 e 18 72, Sio Paulo cresceu tt midamente e de forma irregular. As cronicas continuam a nomear a Ouare a u Guarepe como term o da Vila de Sao Paulo , local entregue ao gada que por ali pastava . Seus moradores em 1555 passaram-se para 0 povoado fundado pelos jesu itas. Em ca rtas de datas de terras aparecem refer encias freqt lentes loca liz.a~Io da aldeia de Piratminga entre os r ibeiros histc ricos - 0 Taman duatei e 0 Anhangabau. H;f tambem cont in uas refere ncia s eo caminho para Nessa Sen hora da Luz em Guarepe, e ji em outubro de 1598 encontramos alusio i capela de Nessa Senhora da luz, inaugurada em 1579 , no Ipiranga e tr ansferida para as cam po s da Lux. Tal ocorreu . quando Domingos l u iz, " 0 Carvoeiro" e sua mulhe r Ana Camacho , refo rmaram a escritura de terr as doadas cape la do "Piranga". A referlda doacsc foi en tao tr ansferida para a Guare peq uena ermida a terce des bens do piedosc casal ou Guarepe , cabe ndo para sua rnanutencro. que mais tarde se transformaria no at ual convento e igreja, no momenta em que 0 ou ro das mina s longm quas determinou a eleva~o do pedrso de vida da povo acro nascente . o do cumentc fc i lavrado a 10 de ab ril de 1603 , pelo Tabeliao
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Lourenco Vaz. o at ual ba irro da Luz, os Campo, EIIsios e a varzea do Tid e o nde "es te rio se une ao Tamanduatef", co nsnt uiam a vclha Pirati ninga, sendo
QRIG B I
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certo qu e os residentes no ou tre lado do rio etam denominado s "a lem Pu anmnga". Na medida em q ue 0 tr iingu lo setscentista Ioi se alargando em vanes direcoes, Ioi sc forcando 0 recuo das Chaceras e malagais eireunvizin hos. E muita s de las foram retalh adas para a formacao de ruas. largos c novas cons. trucoes. Alguns poucos arrua mentos iniciais prevaleceriam, ma rcando a estrut ura urbana de Sao Paulo . Par todo s os canto s. ruelas estreitas e caminhos planejados em curves. a Ilm de sc contomarem funda s barrocas. Rua s e camlnhos eventuais, tracejad e s eo gosro e interesse do s primeiro s mor ado res, que lfvremente erguiam suas casas, barravam as vias pcbhcas, nestas lancando as imundfcles dc rre sncas. Varas de w inos Iossavam Iivremente aqui e aceta. chegando a invadir ate: mesmo a Casa da Cama ra e as lgrejas, fugindo a cardo s e espinhe iros que cresctarn pelos caminhos. Os arr uamentos se faziam em fun~io das I ~Oes necessrnas com Santo Andre! ou come 0 lite ral, 0 que , aliado a prolfferacro de lgrejas nos varie s pon tos da cidade, prop ieiaram a abe rtu ra de trilhos e caminhos. Sao Paulo do Campo ou de Piratininga continuava isolada do teste do Brasil. Pobre, scm nenhuma cxpreesro econ6 mica na America Portu guese. du rante decdnics co ntinuaria mergulhada na sua solidi o geografica . _ No ano 1950 , a SARA efetuou 0 levantamento da cidade de Sao Paulo , oferecendo-nos a jmprcssso de que guardava, ainda. muito do principio do Seculo. sobret udo a part e velha. A se:, representando ainda , a feirrao da vida paulistana dos seculo s preteruos. onde apenas as garagens da Praca Clovis Bevilacqua e Joi o Mendes melho raram em alinhame nto eTetificarrao.No mais, ainda se encontra a rua q ue "da Matriz vai a Sio Bento" qu e c! a Ru a XV de Novemb ro ; a " rua Direita a Santo Anto nio" ; a que do Carmo vai a Sao Francisco", que deve ser Benjamin Constant ou Senador Feij6 , as antiga s rua s da Ereira e do Jogo de Bola . Quarenta e trss bairros sao indicados nos Inventaro s de persona lidades da provincia. (l nventanos e Testamentos; pub lica¢"o do Arquivo Hist6rico), espalhado s pela " Vila de Sio Paulo do Campo", e o nde moravam nossos antepassados, nos seus sit ios e fazenda s. Eram eles: Guapira, Ebira puera, Embu assava, Pinheiro s, Piraju ssara, Mandaqu i, Piranga, Oultauna, Jaragua, Pary, M6oc:a, Barueri, Paceembu, Nessa Sen hora do O. haqu era , lIapecerica, Acotia (Cotia), Tremembe, Nossa Senhora da Penba, Guarulhos, Carapicuiba, Ptquen . Piritu ba, para citannos os mais unportantes . Par ai viviam os velhos paulistas, que soment e vinham a Vila para as funczes religiosas ou politicas, em det erminadc s d ias da semane.
o BAIRR O DA LUZ
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Todavta, no centro , alguns peullstas possuiam suas casas com q uintais. H em 1720 ha nouctas de que os dgeis cavaleiros paulist anos sc cxibiam em pcrigosas galopadas pclas ruas e caminhos da povoacao . Bento do Amaral da Silva era urn desses ousados cavalciros. Urn po uco ma is tarde. alguma cadc irinha au uma rara traq unana dernon srram a fo rma de vida do pau listano, fosse para sair da povoact o, Fosse para deJa sair nas piedosas peregnnacces pelas igrejas ma e dista ntes . o ctescimento da area urbana acen tuou -se rnais nitida mente, a partir
de meados do secujo passado. quando 0 poder municipal ja era obrigado a pressionar os particulates 00 sentido de melhor aprovenarnent c das terras abandona das dent ro do rocio "da meia lcgua" . Entdo , nas varias zo nas da cidade se abriram novas rua s, ao rncsmo tempo que 0 nucleo ce ntral se compact ava. Abnu-se a Rua 25 de Marco . Dcsenha-se a Rua General Carneiro, comunicand o a varzea do Rio Tam anduatei com cent ro urban o da povoa路
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Com o crescimen to urba no se fazia irregularmente, desen vo lvendo-se em algumas dire\ Oesaperas, rest aram cha ceras e mata gais. Na po nte do Acu , popularmente chama da do Cisqueiro, Ioi colocado urn portae separa ndo campo e cidade. No cam po, compreendtem-se todas as terra s que urn dia constitu iriam a cidade nova, Sant a Ifigenia , Sa nta Cecil ia
e Consolecao. Alguma s atas da Camara de Sao Paulo, mo stram a tendencia de retelhamen to dessas areas. E as chdcaras foram se pulvenz and c , sobretudo a partir de meado s do oitocenti smo , dand o lugar a novas ruas, ainda com jeito de est radas, casas muito isoladas urnas das outras. Algumas delas fo ram retr atadas por Ferreira de Rezende em suas mem6r ias ( 1849路1855 ), ce rro a "rua dos Bambu s" (trech o da "Rua Visconde do Rio Branco" , e a rua que passava pelo s fundo s da lgreja de San ta IfigeIlia, tr echo da futura Aventda Ipiranga. No volume VI , pagina 97 das At as enco nt ramos referencia ii "e strada real do Ouarepe", como urn des caminhos de grande transite na pcvoacao. Era 0 " camin ho para a volta Grande " que dava acesso ao campo do Guare , passa ndc par Sao Bento (Rua Ptorsnclo de Abreu). Alguns estudtosos coruesram essa ideia de que essa regiao do Guare, hoje corres pondente ao bairTo da Luz e suas imedia~lles . tenha side 0 Iamoso cam po de Piratin inga onde se aldeava T ibir ~a e referido po r Pero Lop es de Souza. Sabe-se com certeza que em 1777 era amd a, uma regiao tota lmente despovoada .
ORIGEM
27
Urn peq ueno riacho chamado Guare pe a cort ava rumo norte , razao pclc qual passou a scr con hccida por " campo do Guare" havcndo quem tr aduza Guarepe por "ca minho dos Ouaras", as bclas e majcstosas aves aqu drlcas brasilci ras.
A Ca pe la d e N essa Senhura d a Luz
A hist6ria da regiaa sc descnvolve em tor no da pcquena crrnida que Domin gos Lui s constru iu, em cujo orago coloco u a imagem da Vtrgern de o lhos baixos, que conta cerca de Ires sdculos e meio. Em 16030 picdoso por tuguds eognom inado "0 Carvoctro" , porque era natural de Carvocira, com a colabo racso de sua rnulher Ana Camacho, trans!adou do "Plranga" uma capellnha sob a tovocecr o de Ne ssa Senho ra da Luz. As notic ias mtlagrosas da v lrgem esvaztaram a velha dcnomina cao Indigene e 0 " camin ho dos Guara s" passou a ser conhecido como "ca mpo da Luz". Pr6x imo ao Rio Anhamb i, era local de aprazrvct beleza e convidativo a medtta cao espirit ual. "De aspecto mutavel com as estacc es do ano, na cpoca dos agua ceiros peri6dicos formava a ridente planura , nos suaves dcslizes de suas orlas, vasto lenco l d'agua , inundada pelo legenda rto Anhembi, para emergir, nas esnagcns . luxuriant es de vegeteceo campezina, pontua das de capoes de mate , irrigada em todas as direcoes por uma infinidadc de regatos nascidos de Inumeras lagoas que 0 benfazcjo Tictc ao voltar ao seu leito , convertia em piscosos viseiros". " Com a dcscida das aguas. os campos cc br iam-se de bandos incontdvcis de perdizes, as legoas povoavam-sc de pernaltas desde a garca elegante ate 0 macarnbuzio ja buru , de marrecos e pato s selvagens em parccn a com as pacas. capivaras, ariranhas e outras na dist rutcro do s habtt ant es das aguas. nso. por seu tu rnc , servindo de pasto ao indigena oruvoro". Em " A Polianteia", assrrn Afonso de Freita s descrcve a beleza dos Campos da Luz. Os relate s hist6 ricos informam que os prtmetros franciscanos q ue ptsaram terras paulistanas. em 1583, recolherarn-se na Capela de Nessa Senhora da Luz, situada no melhor pont o da regiao, at rardo s. talvez pela beleza natu ral de s Campos do Guare que sc comparavam as campinas de Assis, ou
28
o BAIRRO DA LUZ
a " ermidinha " da Senhora da Luz lhes fizesse lembrar a "tgr ejin ha' de Porctancula . Alem dtsso . as alas onde SiC ab rigaram. tambem SiC assemelh avam 30 pob re abrigo des (fades do Rio I ori o! Tudo no lo cal lhes Ialava de uma santa convivencia como da Ordem de sao Fran cisco de Assis. Diz a hist6ria que esses francsscanos em 1583 se abrigaram ra Capela de Nossa Senhora da l uz. Sc assim for, 0 certo ~ que antes da lra nsla da~ao levada a cfetto pe lo " Carvoeiro" em 1603 . no local jii cxlstla a capels votiva. " Domingo s l uis estava acabando a igreja . H lhe dtssemos missa nella c6 ra ta Festa ". Quando Anchicta escrcvcu essas palavras estava lavrando a certidro de nascimcnt o da Igreja de Nessa Scnhora da Luz. Segundo Leo nardo Arroyo , era 0 ana de J 579 . Em l 60 3, ocorreu snnplc smcnte a trans ladacdo da imagem da capela do " Po r a nga~~ para a ermid a da Luz. Essa imagem, de barre clare de Sao Paulo , era obra de urn do s mats ant igos at tistas do Brasil, e reafirmava nos campos do Guare . a glor iosa devocao da v ugem Maria. Sabe-se do inicio da colomzacr o peulista, que em 1583. os Irades franctscanos chegaram a Sao Vicente na esquadra do alnura nte espanho l Diogo Flores Valdez , e que const rurram no s campos do C uarcpe. a primeira ermida em devocrc a Nessa Senhora da Luz, como nos relata 0 cro ntsta franctscano Frci Antonio de Santa ~tar ia Jaboatao . "Com muita pobreza, recolh imento e exemplo" abrigaram-se no local. onde a natureza distribu ira santos encanres. Urn dos fra nciscanos. 0 u mao leigo Fr ei Diogo , t assassinado no local. sob a bruta lidade das pun haladas do perverse soldado espanhol. ao qual hurruldemente advertira. para nao b lasfemar e comet er tanta s imp iedades. Co nsiderado marur . t sepultado no Cok glo cos Jesu itas, contando-se tcr eo ncedido aos fieis, miraculosas gracas at raves do Scnhor, em razro do q ue, logo se propa lou sua sanlidade. Durante mais de urn seculo . vanes religic scs ali residirarn, solitaria mente. destacan do -se a s ermitoes Manoe l de Atouguta e Anto nio J or o . Em 1729, urn dcscendent e ao bencment o Domingos Luis. Filipe Cardoso , ju ntamcnte com sua mu lhcr e filho, constitu tu par cscntu ra publica de s Reverendo s Ma nges Beneditm os, perpetu os administ radores da Capela, dando-lhe tambem, 0 patrim6n io territorial que a circundava. (A. E. Taunay). Nso sc tern nonce algoma de como teria sido a igreja ate 1680 e anos postertc res. pois ns o ficou dela nenhu ma descncr o . Devia. porem, ser pequena. vde certa forma rica c co lorida , por force das picdo sas doacoes de nt is e encont radas em van es testame ntos. muit os
ORIGEM
com uns 3 epoca. em louvor 3 Ne ssa Senhora da Luz. Ou trossmi , "0 ca minhc de Anhabau que vai par.. Nessa Senhora da Luz" - (Alas - volume XVI 路 paglnc 1:27) - sempre mcreceu a meth or atencro da Camara de Sao Paulo. Nso sc pe de prcctsa r pe r qua nto tempo cs bcncdtunos desem pcnharam a incu rnbdncia reccb uj a, que pot scr muito one rosa , 1130 Ioi co min uad a pclos manges de Sao Bento . Quand o D. LUIs Anto nio lie So uza yeo para Sao Paulo , como ca pttao-general, a capela estava aba ndo nada e arrutnada . j:i con tando , e ntao, mats de cern anos. a novo gover nador prov incial, homem pr orundamen te reljgo so. repa rou a cape ls , esco lhendo-a par a a reanza cao da testa da Ne ssa Senhora des Prazeres. lnicia-se 0 segundo mement o da lgreja da Luz, if qual tern sua historia , de extraordmaria sanndade e devorarnento 3 causa de Cristo . Co mccou Pvt vo lta de 1765 , quando D. lU IS Anlon io de Sou za Botelho e Mou rdo mais co nhccido como "M orgado de Mateus" apo iou aos anseios da irma Helena Mar ia do Sacramento . que assegurava ter rccebido uma revclacso sobrenatural para fu ndar um rccotlumcnt o para rnulh eres na cidade de Sao Paulo . Seu co nfessor , Frei Antonio de Sant' Anna Galvao. franciscano respcttadiss imo . accnou a revelacso cia irma Helena e com 0 bcneplacuo de D. Lu is, iniciou a obra para que "a i se perp eruasse 0 Culto do San tissi mo Sacramen to e de Nossa Senho ra do s Prazer es". (Termo de Aprovacso ). o Mo rgado de Mateus ordenou a sua cus ta. a construcro de peq ucnos cornodos j untc a capela para abrig o das futuras recolh idas. A d ois de Ievere irc de 1774 , reabz ou-se solenement e a revetada Iundacrao, assistida pelas pessoas gracias e ilustr es da terra , que se encontra em manuscrlro . ainda existente no arq crvc do Convenro . no s seguintes term os: " Foram ao reco lhunen tc de Santa Teresa, 0 General D. Luis, 0 Governador do Bispado , 0 ouvidor Jose Go mes, 0 Reverendo Cura Jo se Xavier e 0 Reverendo Frei Antoni o de Sant' Anna Galvio , com outros cavateiros e pessoa s d istinta s desta cidade , ao romper do dia , e a Regcnt e daque le Recolhimento cntr egou a Fundadora Madre Helena e por companheira sua sobrlnha Madre Ana da Conceksc : ai se embarcaram estes em duas cadet ras q ue para cste efcito sc tinham preparado. c com 0 maior segrcdo foram acom pa路 nha das petas pessoa s acun a referldas. ignora ndo tude lsto ate as pr6prias recolhidas daquele Recclhimento ". "Cnegandc a Capeja da Senho ra da Luz, gene ral ent regc u as chaves ao Reverend o Frei Antonio de Sa nt'Anna Galvso e recclheu-se com ma is a comtnva para a cidade on de assrsnram a fun~ao da be n~aod a Cera na Catedral.
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o BAIRRQ DA l UZ
scm fazer a menor falta e ningudm saber desta mc danca . ate que comeco u a pubhcar-se por meio de algumas pretas que passaram pelc nosso Recolhlmem o". Assim, no segrec o da madrugada instala ra-se 0 Rccolhimento da Luz, e cntregue a onenracsc espiritual ao Fr ei Galvao . Fo i aju stado 0 recclhimento . per or dem do Papa Julo II. a Ordem das Con ccpclorustas F ranc tscanas. Consta q ue 3 religiosa Helena ~1 ar ia do Sacramento , que ali vivia em santa inlimidade com 0 Scnhor, qucna 0 Recolhimen to aj usrado a u rdem Carmelita , mas. ante a detemunacro receblda, c bedeceu prontamcnte, tro cando 0 bur el pardo do Cannelo, pclo habtto azul e brando da lr naculada Ccncctcao. A Ordem da Concctcao da Bcm-Aventurada Virgem Maria. comumenre chamad a <las Ccn ccp cionist as. fo i fundada pcla bcat a Bcatriz da Silva, em Tuicdo . 1Ia Espanha , no ano de 14~4 . Ordem de monja s contcmplativas c enclausuradas, tinha ÂŁlor objet ivo honrar a Concetcso lrnaculada de Maria Sant fssirua, verdadc quc .1 cpo ca ainda co nst ituia poldmica entre os tec logos, po rque aind a ml o fora dcfinida como dogma . 0 que s6 veto a acoruecer em 1854 , qua tro seculos ap6s a fundacrc da ordem pela nob re dama port uguesa. Pur essa ratio. recebeu ind iscriminado apoio da lgreja. A epoca, 1774 , - t res dos cinco Converuos ja exist entes no Brasil eram concepctomstas. e. como tais, franciscancs - os convento s da Lapa, 113 Bahia, de Nessa Senho ra da Aj uda no Rio de Janeiro, e de Mecaubas. em Minas Gera is. Aos poucos 0 Recolhimento da Luz foi crescendo, na medida em que a ele chegavam as novas servas da Imaculada Concercso. ~ la dr e Helena reccbeu a proflssro de fundadora, constituindo-se Regente e Mestra de suas oit o filhas espuituais. Era o dia o ito de setemb ro de 1774 , dia em que 0 Capitao General fez tarnbcr n celebrar a festa de Ne ssa Senho ra de s Prazeres. Madre Helena prornctera zelar pe r essa festividadc, cu]c estatuto rnanuscrito - "Irmandade da Nobre za" - sc enco nt ra no s arqulvos do Mosteiro.
Anto nio Egid io Mar lins, no segundo volume de scu livr e, " Sao Paulo Ant igo" , tra nscreve a noticia segui nte: "N a segunda-fctra da Pascoe la, realiza-se na igrcja do Reco lhimento da Luz, a festa de Ne ssa Senho ra dos Prazeres, a qual antigamente , co ncorrta mu ito povc da cidade, que, em rornana . seguia. nac 56 de manta, co mo a tarde, para aquele temple , a fim de assist ir as solenida dcs que nele se faziam , nr c trabalh andc nesse dia e pe r causa da mesma Festa quase todos os cida dsos. especialmente os tip6grafos empregados em npogratlas de jOH13is dtanos, os q uais nu dia seguinte, nso circulavam, pedindo os respecnvos
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proprtera no a dcsculpas aos scus asstoant cs. dessa falt a. dando , como rnottvo. a tcadicional Festa de No ssa Senhora dos Prazeres". Com 0 passar do tempo , a tes ta foi se amphflca ndo , chegando a restnn gir-sc a devocao das religiosas, em cum primento a vc ntade de D. Luis, scu instituidor. o Mor gado estabclccera ainda, ou tra condtcso , qual fosse a perpctua adoracrc do Sant issimo Sacramento , Essa, jamais sofreuqualquer lirnttacao. Dia e nottc, 300 pe do Tabema culo encon tra-sc uma monja a cumprir a sagrada rr ussrc de adcra do ra do Santfssimo , que consutut verdad eiro "c xercic io herolco'' . na exprcssr o de D. Antoni o de Melu. As monj as viviam quasc mtseravclmcnto no Recolhimento, apena s com as esmo las dos fieis, sendo certo que as coisas cornpradas se destlnavam apen..s as doentes. Nrc tlnh am fun dos ou ren da s. totatrnente entregues a Divina Providencia, sem pedir em esmolas a quem quer que fosse. Vend er ago era considerado crime! Era uma ence nrador a simplicidade suas vidas, geralmente pr ovtndas de fanulias rtcas , scrvidas po r abun dante escravaria, no Recolhimento andavam descalcas c qua ndo usavam calcados na he ra da Santa Comunhso , eram de sua Iebnc acso, com panes velhos. Temper ando a alma , com as pn vacoes constantes e 0 sofriment o ffsico. preparava-se 0 terr eno para que ali sc fizessc 0 Convento da Luz . A 14 de junho de 177 5, assume 0 governo da Provincia de Sao Pau lo, Martin Lop es Lobo Sa ldanha, em substituicao 010 Morgado de Mateu s. o fato foi causa de pc nosa pr ova para a comunidade da Luz, puis 0 novo govcrnador , contraditando a atua cao administrativa de seu antecessor, ordenou 0 fechamento do cenoblo . ordenando ate rnesm o a retirada das irmas para suas casas, exatarnente no dia de Sao Pedro do ana 177 5. Frei Oalvao . apes a distnbuiceo da Co rnunhao as lrmas, durante a Santa Missa consumiu 0 Santissimo Sacramen to. Mandou apagar a lam pada, e disse a todos que nao mais adorassem Nosso Sen hor ali, pots Elc nao estava mats presente naque le Sacrado. Permaneceram no Convent o sete Irmss. sem nenhum sinal de vida humana . Sofrem, rezam , e esperam pela Divina Pro videncia. Todosjulgavam deserta a Case . Revogada a ordem do seu fechame nto ate 1782, Mart im Lop es connnuaria hostilizando 0 Co uvento. Tao logo Fr ei Ga lV'J o soube da determinacao do vice-rei, dirlge-se para o "conventtnhc". a co-rer pela " descida da Figueira de Sao Bento" , vencendo, talvez, a dgua e a lama rcinantes. Pa r algum tempo Olinda, para pa r-se a salvo da ordem do Reina da "Alternative", Fre t Gelvao couservara 0 Recolhimento como simples casa de
o M IRRO DA LUZ reuro. c ndc sc agrupavarn senhoras devotes. mas scm vot e s para a prat ica da vida refjgiosa em lOW a plen itude. Toda via, nao cram cc nsidcradas religiosas nem 0 esubclccunc nro. urn convem o verdadeiro . A ~ de maT\o de 1846 , 0 Impera dor D. Pedro II e a lmperatr jz Dna. Teresa Crist ina visila m 0 Rcco lhimento. co ntando a hLqo ria que 0 Real v tsname permancccu na Igrcja. enqua nto sua co nsorte visitava 0 Conven to . Em 188 5, fo i a vez da Pnncesa Imperial Dna. Isabel. a Rcdcnro ra. e scu esposo a Co nde D' Eu . Conta -se que ela ficava hospe dada no palacete de s Marqucses de Tres Rim , a frent e do Co nvcnto e qu e to das as manhas vinba assistir missa na Capels de Ne ssa Senhor a da Luz. na cc m panhla do Co nde c de scus dots filhus ainda meninos . Cem o e ctnq ucuta c cinco alios rnais tard e. Madre Oliva Mar ia de Jesus, cst tmulada c apoiada pclo arccbts po D. Duarte Leopoldo e Silva. co nseguiu tncorpo rar 0 convcruo a OrJem Co ncepctor usta elevan do-o :i cond tcso de Mo steirc pontificio, LOrn votos s olenes e observancia de Regra propria 1.1,1 Ordem, a que, anlc riormcnte perte nciam por devocro e ordem do Bispo D. xta uucl da Rcssurrcicr o . E Jesus Sacram ent ado vo hou a 12 de setembrc . a habita r 0 Sacra- rio da Cape la da Luz. A me lhor ia. das condlcses do convenrc foi tratada pessoatm enre po r Frei Galvac . pots. as paredes da igreja velha estavam amcacadas de ruir com o frc ntispicio especedo e 0 dormit6 rio multo aca nhado . A nova construcrc nada tern a ver com as primitiva s casin has e a errmda da Luz ergu ida pejo "Ca rvoci ro". Situada ,10 seu lado , t inteira ment e independ enle. A venia igrejinha tinha a [rente e ent rada voltadas para d Rua Rodrigo de Barr os. A atual igreja tern sua frerue vo ltada para a Avenida Tiradentes, conforme 0 quis Frei Galvr o. porque em -eu tempo . 0 trtlhc que Iigava 0 Campo do Guare 3 ctda de, era bastant e transitado , 0 qual se tomo u rua entre 178 2 e I 7H6 , no govcrno do Ca pitdc Gener al Francisco da Cunha Menezes. Costumava dizcr que 0 "Baine da Luz", conf ormc era chamadc pelo povo . se tor naria 0 coracao da cida dc de Sao Paulo. Nao se sabe 0 dia, mes c 3110 do tancame nto de sua pedra fundamental. Outs Erei Ga lvao qu e as religiosas Iosse r nas primeiras que, lomand o a enxada, comccasscm a abrir o s auccr ccs do convento. E no dia pa r cle dete rminado, rcvestldo de sobrepele foi ,10 lugar marca.do acom panha do das religiosas, tendo a fre me a Madr e Regente . todas recobenas de capa e veu. e percorreram a quadr a delinean do a novo Sa nruarjo . A Captta nta de Sao Paulo se ac hava material e surnamen te depa upe rada
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OR1GBI
em razao do Bandems mo te-la prosuado en fraquecida, dados o s sacnfjcios que ex igira de tod os. Alcm disso , 0 Iisco portugues o primia as atividadcs individ uals C corucr ciais e 0 mlltt artsmo suhtra ia para si us ctcm crnos ma ts sadios c progrcsststas para os co loca r nas guerr as do Su i co ntra u s cspanhou. " As classes inferior es da populacac viviam em grande m isCria, com 0 atraso da agricultura e co nsequent- falt a de vrvcres {Ta u nay - A ntigo~
Aspectos Paulistanos - Pag. 98 ).
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Mesmc assim. Fre i Galvi'o pUs msos obra e. longe de bUSC31 uma constru cao mediocr e. delmeia s6lido e vasto edificio que epoca OlUSOU ad miraIf'iOaos pauh stanos (V ide iluslra-;ao ;. o pnmuiv o Recolhimemo pcrdurou a l ~ 1 90 ~ . quando foi devolvido pa ra dar lugar ac s do ts 1l0VOS tanco s, con st ru rdo s pelo Co nde de Prates. Niuguem pOIJe enuar no Co nvento. mas, sabe-sc qu e atras daq uela s par cdcs de sobdro. vivcm ccrca de u inta ou mais irrnas, sob as ordcns de uma abadcs sa e assistid as por UIll ca pelao . Scu s dcgraus estao desgastados pclo anda r das monjas qu e Ita mats de cern anos pisam suas lisas ta bua s. Em 1900. suas jan elas forarr; envidracad as. mas amda testa m Vt"stig ios da s anugas ro tulas . A lgreja tie x ossa Scn hora da luz ap resen ta dois aspectos nrucos entre tod as as dc mais i~ eja s de Sao Paulo. Tern duas frent es e a ent rada para 0 co rpo da igreja ~ lateral. sendo qu e Ol primit iva entrada a tua -se hoje nos jardins do convcn to . razao pela qual (; proibida. Chela de rctabulos. co ro gradcado, com dois confcsstonanos, mais par ccc um casarao co lonia l. em cujos jardlns cxt stc um cemi tcric particular . pccas hist 6r icas e cur iosas paisagcn s. ediffci o ~ co nsidcrado urn J us thais vahosos mo nurnentos fustoncos do Estadn de Sao Paulo e corr.o 131. cnconua-se regisrrad o no Departamento do Patr im6 nio fli sttirico e Art iSlico ~a c iolla l. ~ o decorrer de 180 a nus. presenciou 0 crcscimen to c progresso J e Sao Pau lo . pa ra ele ccncorrcndc es piritualmente de mod o in t ense, cm bc ra tmpcrcepuvel. lsolado c solita rio , a prin cipio , 110 campo do Gua re, f9 i com a pcssagcm do tempo , scndo ccrcado per Ji st inta c nohrc vizinhanca : os quartets Ja For ce Publica . a Escola Po litccnic a. u Hosp ital Mtluar , 0 Liceu de Art es e Of'rclo s. o Instit ut o de Pcsquis a Tccn ologtca. a Peni tcn ciari l .. . o Convcnt o e co mo 0 compd ndio da s at ividades de scus vtnnhos. Sua vida e disct plinad a ao som de t oques rigoro sos. de srnos que tangent por amo r ac pro ximo . :"0 seu interior. vi\'cm as irllla~ enclau suradas livremente e po r viTl ude . pr;tti can J o tlTat;'ocs , ,\ meia-noi le de cada dia. reune-se tlJda a comuni,jaJe par;: {czar parte do Ofi cio Oivino . a ~ ' lal inas, l:nqualllo Sa o Paulo Jorme. vela .r as :rmas IIC I;l cidad c!
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o IJA IRRO DA LUZ
Atualmente , a Comunidadc da Luz compoe-se de trinta e duas re ligiosas. tendo por Abad essa a Rcvrna. Madre Maria Lucia da Put ificacao c seu endenreco post al e0 seguinte : " Mc steiro da Imac ulada Conc ercao da LU l " Avenid a Tiradent es. n.o 676 - Sao Paulo . No ssos avos 0 chamaram " Yiveiro de Santas". Ternes para n6s q ue c e lc, urn oasis de pal no mete dessa inter minavel efervescencta de rurdo s e movtrnentos q ue caracte rizam Sao Paulo . Decor rtdos hoje da is seculo s de sua fundacso , conti nua 0 Mosteiro da Luz, uma forta lcza espiritual e mate rialmente inabalavel . A peque nina capela do "Ca rvoeiro" que evoluia no gover no do Morgado de Matcus para u ma casa simples e tosca , em po uco tempo. a custa de esmo las penosarnent e medigadas a POPUi3'f:lO , se tra nsfor maria no mats expresstvo temple de todos quantos restsnr am a devastado ra a~ao do progresso. Considerado pelo Prefcito Prestes Ma ia como a (mica construceo que realmente expressava um est ilc arqui tetonico conformc urn processo de construcao tip icamente paul ista , com rnarcas imperecfveis da cvoluceo de Sao Paulo. ~ urn des predios pauttstanos tombado pelo Departamento lI ist6rico c Art rstt co Nacional do Mtruster tc da Educacro.
"X dO dd:u ql'~ m~ f lrtIm. s~ m rxtrrm IrqS mil/hDs ped ros, "01 I1/~UI mu ros dt I Q/{l4, 11111 lIIi"'141 illli1grl/S robrrtQI dr o wo . IIQI mOl/iDs Qqui recoU,iJa$, estardo dt'St ruindo Q {Xl: r Qk fici4 adr dn tQ ciJQJr qu r I路; crescer , enqUQl/to rr:41/JO. re: QI/Jo ,>orl'/ll . elll'e1hecilZ . , . 路路
!'rei Gatvio
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Convcn to da Luz ( 1!ol70 , o:uja \ rd il:: lO\;I ' ..l l\ lflhuJ.ln, P3.r1<: ..la , ~""mob, que r,'Ct"b,a ll1 entre os po br..... da ctdadc. (Arq uivo <10 1>': /"In3.lI1"n IO d.路 Cultu ra,.
Re co nhect mento de Areas do Bairro da Luz
Antigo e nc bthssi mo . nao podia 0 bairro da Luz, detxar de possuu aquelas evocanva s co nstrucocs - igreja s, 0 convento. casas nob res, a cadeia ... que em cada terra sc revestem des caracrensttc as de seus const ru tores. Constit uern certarnente. vencran das rehquias que ent re n6 s 0 acaso conscrvo u. Por vet , sao hoje rnodesta s e ancntmas residencies, scm mais valor que nao scja seu tra cado pr tmu fvo. 0 11 n inte resse de scus promono res arqultc tcn tcos. Esucttas sacadas debrucadas para as ruas do bair ro, ou altas janclas com pcito ris de rcssalto elegantes por ta is. a u rare janclao de canto . atestam ainda o gosto de urna epoca . Por suus velhas ruas. - Brigadeiro To bias, Maua. Sao Caetan o ... -, essas pcu cas casas constituem motivo de en levo para os que sent em 0 misterioso odor que sc evola de tudo quanta a do brar des seculos rocam . Em plena coracso da Luz, a lgreja de Sao Crist6vao se destaca com altaneria sobre 0 casino a dcslado . De out ro lado , a Ptnacot eca do Esta dc instalada em predio da Escola de Betas Artes, que se reccmenda pela nobreza de seu aspecto ex terior , e pe la deeo rativa e apalacada escadaria de seu pat io lie entr ada . Poueo a [rente. a Velha Casa de Detencro que em fase de demolcso. mo stra-nos sea s paredes taipadas de quase urn metro de largura . Aqui e ajem . uma porta ou urn portio de rejas, como que a per mitir scus mdr adores apreciar a chegada do visita nte dcscmbarcadc nil Estacro. em verdade u a via-sacra ao sol de cada man ha . Sao imagens anngas e imagens novas , criaifocs artist teas a u da natu reza . De tu do existc ali - do vetusto Co nvento da Luz, ao casarlo parasna que a ele se achegou. o csprruo inovador do seculo que corte, indiferente ao test em unho de outros te mpo s, sense impicdoso para eles. nao respeita 0 que hoje po derta constltuir-se padrao de feil;ao hist6rica. As demolicoes sucesstvas, desfiguraram sua area de 1.804 .700 .000 metros quadrados de te rra . As demobcoes sao sempre rnais Iacets e c6modas para a continua e crescerue passagem des carros e das gentesl Des velhos Cam pos do Guare, 0 Convento t 0 unico e precioso docu menta no da Luz quinhem tsta , q ue em mete a cida dc moderna e progr ess tsta de hoje. e como que uma rubrica do passado, a prender a atencr o des passantes e a inte resse do s art istes. Os descalebros ..10 te mpo e a injur ia de s
o BAIR RO DA L1': Z
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hornens 1150 co nscguiram atin gf-lo. 1130 co nseguindo artancar -lhe a da ce
poesta que sc evola de sua rnajcstadc serena. Oflciatmcnte. 0 Municipio de Sao Paulo comprccnde sete distritos e quarenta sub distr itos. To deve . nem semp re 0 que a Lei d:l. como subdis truo correspo nde ao que a populacro ter n co mo bairro . . I: comum encomrar-sc da is a u ruais bair ro s induidos em uni co subd istrue. O U. entac . urn s6 bairra em da is subdistntos. E h:i ainda . as zonas de tT3 nsi~3o em que e qua se unpossrvel det erminar on de comeca urn bairr o e termina outre . An im c a Luz! A Zon a Nort e por excrnplo, d istin gue-se por dois grupos de ba irros : as localizado s aq uem do Ticle (para 0 obscrvador local izado no centro da cidade). co mo Sa nta lfigcnia. Campo s Ehsco s. Born Rctlro c Luz, cos bairros agcnciadcs alcm do T ictd. nas culi nas da Serra da Carua rcira. cndc apareccm Sa ntana. Tucuruvi, Casa Verde c Freguesla do O. A Ilstcnonn a urba na de Sao Pau lo. 56 cornccou a se dclincar hi po uco mais de urn seculo. Iniciado 0 povoamento . durante t rczcn ros alios a cidade nao foi ma is que 0 Tridngulc Serscenusta no tope da celina . ab racada pelo Vale do Anhangabau e pelo Rio Tamanduate f. So rnente por vo lta de 1810 e que a cida de de Sao Paulo transpo s a vale. e. a partir de 1800 . vadeou 0 Tamanduatei rurno ao Bras. A partir de 1900 . passou a ganhar paula tinamente, a sua co nfigurafjao urb ana atual. porem. ainda 110 seculo passado a cidade em toda a sua extenssc nao ultrapassava dois quijometros do centro. Seu primeiro surto urba nist ico ocorreu no Co verno do Dr. Jose Th eodor o Xavier - 1872 /1 8 75 - sendo tal a remc delacs o havida que cs histor iado res paul istas apoma m essa adrrurustracsc co mo responsavel pela "segu nda fundaeac da cidade". Quanto ao bairro da Luz, e 0 quint o subdistrilo de Santa lfigenia, sendo que para flns de registro de jmovets, "San Ephigenia era apendlce da Se, que se apresen ta va ainda como vasto descam pado , com 0 co nvemo e a Igreja da Luz, altanc irame nte destacados. Prescnter nent c. sua s areas estdo assim distribu idas: Areas verdes Esta do
Prefeitura Ou tras entidades Avenidas, Ruas e Pracas Area to t al
123.9 15.000 metro s quad rado s 120AOO.000 metro s quadr ados 144.575.000 metros quadr ados 76.115.lXX) me tros quadrados 639 .1:!O.OOO met ros quadrado s l . oO~ . 700.QOO
metro s quad-ados
An nitJas . ru as e
p ra~a s
do Bain o da Luz
A regrao entrou em surto de desenvolvtmem o na medida em que 0 jardim ganhou significa(f3o social e a partir da proje(f30 cc mercial da rnesma. A co nstrucao da ferrovia "Sao Paulo Railway" , a rransformacr o da Capela da Luz em temple de rcco lhimento para Senhoras e a instalacro do se minarlo. consti tu iram mot ivalfOcs de progresso. o que antes era dcscampado , local temldo. tr an sforrna- se em logradouro de passetos. de com das de cavalos e de estudo da populacr o paulistana . A dif erenciacao entre a cidade propriamente dita e o cam po, nso signiFicava dcscontinuidade abrupta. Os campos da Luz sempre co nstitutram mot ive d e preocupacao para a Camara Municipa l. Como 0 cent ro urbane cstevc sujeitc a urn crescimento espontsneo, ocorreu paulatino ent rosamento ent re urn e outre , na medida em que os paulistano s convergam para a regiio. movidos po r roma rias piedo sas o u per interesses cornerciab. A co lonizecso da s terras de Sao Paulo, no seu todo, foi empreendiment e levado a efeltc pelos habita ntes do cent ro urbane , tendo como pon to de partida 0 nucleo inicial. Seguiram arbitdria se l~o dos rumos a serem trtlhados. De tal sorte. a cidade politicamen te se ident ificou ao campo, sendo cerro que a pr6pria Municipalidade inc1uia areas rurais. o desenvolvimento da rede urbana foi lento , porque as barr eiras geograficas eram form ida veis e tambem potque a pol iti ca mercannhsta de Portugal. po uco ou q uase nada fez para estimular 0 cresciment o da povcecsc nascente . que em poucos seculos se Iransfo rmaria em metropole de realidade pr6p ria. Os arruamentos, as rot as seguidas, a construcso em geral, 0 processo de cultivc da terr a, Coram eventualmc nte de lineados pelas condiezes arnbientats. sujeitan do-se a insignlflcant es mo diflcacoes durante to do 0 perfodo co lo nial. Segundo 0 Engen hciro Luis Saia, Sao Paulo no seu funclonamento oca sio nal, se constuuta mais propriamente em uucleo stmbcltcc que em nucleo atuante. A cidad e atual. eck tica e imensa, perpetua ainda e pedrso de cornunicacao insta urado nas SUH or igens. Situ ada nas proximtdades da crista da Serra do Mar , ponte de distrib uilfiio para am pla regi:io interjorana, Dutra pod eria ter sido sua or e r uacao. Entreramo, algumas passagens e rotas apresentaram inte resse fugae e temporano.
o BAIRRO OA lUZ Arenas a rota Sao Paulo - Santos . fosse no tempo do burro de carga ou da fcrrovia o u rodo via. eonslitui a j ugula r do planalt o . Por issc , 0 plano de ma s de Sao Paulo nortc ou-sc a principia pelc rota do Caminho do Mar ou "Ca r nin ho do Padre Jose" , q ue dcix ava a cidadc rumo a San tos e em dire,ao SuI. X o seculo XIX essa one nt acsc sc alterara quando ocorrcu a impla nta,30 das ferrovia s na Provincia. que passuu a definir a forma linear de povoa mento . Por volta de 1890. a per iferia urbana ja apresen ta va a forma circular, distendida a este. ao Iongo da rota para 0 Rio de Ja neiro e a oeste, rumo as tet ras roxas do cafe . No secuto XX, 0 et xc cste - oeste ganha projccao . Ainda em l H20 , quem vtslumbrasse Silo Paulo a dtstan cta. podcria admire r a cidade aglomerada no tope da colma. A stlhuet a de igrcjas mc ocstas alteando-se de sob radoes colo n do s e circuudados pela Imcnsiddo de s campo s. ernbelezados aqu t e ali de capoes de ma to e araucana s e palrne tras. e jem de muitas cbaca ras vcsndas de pomares e flor es. Chegava-se ao centro de Sao Paulo , submdo-se de qualque r lade, a elevacso central. No triangu lo urbano pisava-se rusticc calcamento de pedras desigua is. e se bebia egua nos chafarjzes pubhcos. sob a algazarra da cscravar a espa rrar nada pelas ruas e pra,as.â&#x20AC;˘ No maximo , uma duzia de mas! Nao havia qualquer ordcnacao e nao eram seq uer margeadas de casas, havendo lo ngos trcchos de q uintais mura do s. So brado s de taipa com telhados inclinado s nas suas quat ro faces, se cste nd iam pctas pracas e rue s, aqui c acola ... Hav ia os de urn ou do ts andares que cram residencia das classes ncas. enquanto os ma is humiJdes habitavam as casas ter reas. ap inhada s a marge m das ladeiras empinadas e escorregadias que davant acesso cidade . Os mosteiros de Sao Bento , Carmo e Sao Francisco delimitavam 0 penmetro urbane . c nde se dest acava tambem 0 Colegjo des Jesu u as. na epoca usado como "Palacio do Oovem o". Havia a inda 0 Palacio da Camara , tar nbern cadeia : 0 q uartel-general das tropas (urn quadrado de cascma s); a hurnildc Catedral da SC, de 174 5, bern como as igrejas da Boa Mortc c Sao Oonc alo. Ja cm 1856, a area urbana paulista na era empiricamente defi nida como se estende ndo ao longo da est rada de Santo Amar o, ate a chaca ra do Capuro Bcnjamim Jose Gonca lves pe la estrada de Cam pinas att a do Brigadeiro Pereira Leite da Gama Lobo. I! que nos relata Jose Candido de Azevedo \t arques. Fo i a cc nst rucso da f err ovia "Sao Paulo Railway" que acelerou realmente o. crescimento da Luz. Paralelarnente. 0 quarrel da Fo rce PUb lica. 0 Ho spital !dilitar. a Cadeia
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ORIGEM
Publica co mo co mpleme nto da or dem . aca bana m put transfo rme r 0 antigo caminhc para os Cam pos do Cu are em Avenida Tiradentes, ape s que, ccor rcu uma succssso de mclh orias ur banas. o Scmtnano Ep iscopal , a urn canto do cr uza mento da Rua Sa o Cactano, teve ::'i sua [re nt e d urante muitos ancs, a eststua de Ramos de Azevedo , voltada para a belcza arquiteto nica neo-classica do predio do ent so Liceu de Artes e Offcio s. hoje Putacoteca do Estad o e Escola de Betas An es de Sao Paulo . Urn d ia, porem, 0 progresso . a fhndez do rrafego or denou a safda da est arua do norave l engenbcu c . O nde C5 tara~ A frente da Esracr o da LUl levantou-se urn hot el cujo predio, pela sua amphdsc e co ofon o nao teve rival d ura nte muito tem po na cidade. Ficava na R ua da Bstaceo (r..laua) . Co m 0 temp o , comecou a cstorvar a modcr niz acao do local, ant e a necessida de do alargamcn to da rua . Urn comcrcio prospcro sc instalou no s a ndares terreos des sobrado s da Luz. na rnedt da em que 0 descam padu se
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povoa. Quando a cultura e a tecnica se inslalaram na senhoria l residencta do Marques de Tres Rio s, a tecno logia se unip lant aria no bairro co mo po lo de irrad ia¢o geral . E Sao Paulo nio mais parana. pois dati partiri3m cngenheiros e arquiteto s que ergueriam Sao Paulo para 0 alt o ! A Rua Marques de Tres Rios avancarta na d ir e~ao do Born Rcnro e nela se instalarla, em breve , a Faculdade de Parm dcia e Odcn tologia da U5 P c o tra d icional Colegio Santa lues. Quando se co nstruiu pouco alem, a Igreja do 55. Corac so de Jesus, desta se divisava toda a parte baixa do sui da cidade . mas ja em 1900, do esp igao da Avenida Paulista e dos dema is pont o s e jcvados da cidad e, avistava-se a torre i1uminada da Estacrc da Luz. cujo tel6gio marcava 0 cornpasso didrio de milhares de paulistanos. Sua s ma s e pracas represent am curiosa heranca. podendo-se nelas observat 0 ve jho, 0 novo e per vezes, 0 estranho . Ha restdenctas que ostentam aind a pat ios e entra das colontats em cont rapostcso a com pridos e escurcs co rredo res, escada s Ingremes. aguas fur tadas, te lhados de ard6sia e fro ntispfcio s rcbu scado s. 0 reb uscedo vitoria no sc encontra Irequenternentc com 0 fut i! ou grotcsco da " belle epoquc". E unindo tudo isso . 0 Metr opo litano de Sao Paulo, em vias de fun cionamcnto no bairro , hgando passado e fut uro em uaccjedo un ico . Sua es t a~ ao LUl sera junto a Rua \laua co m Hnga dcirc Tobias. A Luz POSSUI um earner parti cular. f. esse silencio sa magia que prende a tod o s q ue po r ail passam e q ue scntem de algoma fo rma. q ue sell presenre a li sc o rigmou ou unpregncu.
o M IRRO DA ll'Z Como cram encarnados os anngos passeios no Jard im da Luzl A bicha. rada , 0 velho lagc , 0 teatrtnho Jose Minhoca, os quic squcs de doces c 0 tetra to u ad tcro nal . . . Apesar da rransforrnacao havida, muitas de suas rues guardam originalidades caracten'sticas do passado. pais 0 ba irro ainda nau sofreu as conse quenctas da desapropracro. Par Isso. nao ~ diffcil imaginar como rena side outrora . 0 Bairro da Luz.
No me ncla t u ra das ru a s
Ant iga dellberacf o do Exccu nvo Mur ucipat deterrruna que das placas identificadoras das ruas de Sao Paulo , ccn stc aba ixo de s nomes respecnvo s, a sua signiflcacdo histcrica c u biografica. Ent retanro, nem sernpre 0 dtsposmvo tern sido cumpndo. Murtas de nossas ladeiras. praljas e ruas apenas sao co nhecidas por urn nome ou uma data : Rua Maua , Rua 25 de Janeiro . . . Sro etas. vftimas pecientes de nosso transit e q uot id iano q ue se individuahz am por suas part tcularfdadcs cspccrnces, seus accnt ecimentcs notaveis, seus moradores a u msplradores de projelj3o histcrica . A sua esrrut uracro segue um fatalismo com um . Pn rnc uamcnre, 0 pisar co nt inuado do viandant e e das troptlhas. abrem o s trilhos de terra ba nd a lIO relvado . 0 trUho sc alarga e cede 0 passu ao camin ho talhad u pela enxada q ue apara a mato e oferece ao passante urn terradc tratado. Depots ~ a estrada . em cujas laterais as cercas. algum pedaco de mu ro. uns po ucos cascbres anunciam a propr iedade. F inalmente aparece co mo rua, muit as ruas ccn vcrglndo para 0 largo na Matrizl o q uinto subd istr ito do ~lun icip io de Sao Pau lo, sc co mpoe de dots bair ros d ist mtos: Santa lfigenia e Luz. Este ulumo lema de nossos comentanos. se circunscreve no pen metr o scguinte : Canal do Rio Tama ndu atej, Rua Maua, Rua Prates, Rua Ribeiro de Lima e Rua Afonso Pena. que vai tcrminar j unto a Avcnida do Estado . Par vezes, urna rua sc continua em o utre ba irro , como ~ 0 caso da Rua Jose Tecd oro. que comunica a Luz com 0 Pari. 0 mesmo secede com a Rua Joao Caetano o u com a Avcnida T lradcmes. que vai atingir a Avenida Castelo Branco. ju nto a A.A. Sao Paulo. Toda cssa irradialjao co meco u com 0 primit ive caminho do Gu are q ue teve o unas dc nornmacees : " caminho direito de Guar epe" ou "carninho de Anhabau".
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OR IGEM
Constitu ia urn dos cinco caminhos da Vila de Sao Pa ulo , no ano 1583. . A Rua XV de Novcmb ro . j unt a ndo Rua de Sao Bento, dando saida pcla desctda da Ladeira do Acu, transpondo 0 leuo do Rio Anhangabau, tomava a direl;;io dos Campos do Ouarepe. a saida para 0 sense. Assim, podemos afirmar que 0 Caminho do Guare corn ecava ria atual ladeira da Avenida Sse Joao, em local o nde hoje se insula 0 Banco do Brasil a u 0 Predlo America (Martinelli) at~ atingir 0 local que conheccmos por Rua do Scrninar io. Auavcssava 0 lotto do rio na ponte do Acu c prosscguia pe la Rua Alegre, Beco do Sapo e chcgando aos Campos do Guarepc. Em todo 0 scu percu rso. pouscs e moradas cobertas de talpa. o caminlio seguia poe. tangendando a colina onde se stuava 0 burgo Ilo rescente . :-';0 " canto da rua que vai a Cua re" (Volume 10 - Inven ranos e Testamentos) , ficava a casa de Pedro Jacome. A polite do Acu au do Guarepe. vivu m damficadas pelo trafego inte nso de boiadas. tro pas e tropilhas de burros. carros de bois c Indios andarilhos
a
COlli
scus carguctros. :\'0 caminho havia uma ponte chamada de Ne ssa Scnhora do Cua ra ou
das Almas, ou da Cruz. das Almas que urn dia consnr uu a a Ponte Peq uena. Atualmente as ma s que integrarn 0 ba irro da Luz. 530 as seguintes :
I. 2.
J. 4.
5. 6. 7.
8. 9.
/0. / /. 12. /3. 14.
15. 16. 17. 18. 19.
Rua Stiu Caetano A venida Timdentcs Rua Maud Rua Jvao Tcodara Rua Jorge Jliral/du Rua Odete Sa Barbosa Rua MatiJJe Sa Barbosa Rua Francisco sa Barbosa Rua A me/ioSa Barbosa Rua Rena/ito Sa Barbosa Rua Guitncrme Maw Rua Dutra Rodrigues Rua Dialma DUtra Rua POsSid6nio t ndcio Rua Sao Lazaro Rua Centareim RuaPedro AlJ'Qln Cabral Rua Pallia Souza A I'. Preues
staia
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0 BAI RRO DA L UZ
20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 28. 29.
Rua Washingtoll /.llis Rua Casper l.ibcro Rua Aurora Rua General Couto Magrllhiln R ua dot Gllsmoi!f Rua Brigadeiro To bias Rua Dum A ntonio de Mello Rua R odrigo de Barros Rua A lfredo Maia Rua I tapi1lapCs
30. 31.
R ua Santos Dumont Rua dos Bandcirantes
2 7.
32.
R lla Jorxe Vclho
33. 34. 35.
traca Coronel ltcmanao Irestes Largo Generat Osorio Rua General Osorio
36.
Rua Phnio Ramo s
3 7. 38.
Rua Anto nio Paes
39.
Rua Votorantim Rue .lUgll el Corlos
40. 41. 42.
Rue Ileocleciana Rua 25 de Janeiro Rua 25 de Marro
Pod cnamos classificar possui vana s funczes:
0
bairro da l uz como urn bairro misto . porque
l. F un e a u C u ll u ra l Sob cste aspccto . dcstacum-sc os scguintcs cent res: Escofa Po litccnica da Universidade de Sao Paulo . Inst ituto de Pesquisas Tccuolo gtcas: Facul. dadcs de Farmacia e de Odolomo logia da Universidadc de Sao Pau lo . Dcstacanamos ainda 0 predio que pcrtenccu ao Liccu de Artcs c Ofic io s onde hoje esta i ns talada a Pinaco teca do Estado e a Faculdadc de Be las Artes. Ao lado v o GEG " Pru dente de Moracs" e. mais rccentc mcnt c, 0 "'luseu de Artc Sacra de Sao Paulo . de destaquc interna cional. quando em maio de 19 73 a "Fundacr o Cebouste (iulbcnkia n" pr omoveu uma expo sicio do Barraco Brasilciro , em Lisboa, com 0 patrocuuo da Emba ixada do Bra!>il.
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OR IGEM
2. Fu ncao Re siden ci al Coni predominancia de residencias de-ti pn medic para modesto, embora algumas ruas ostentem ainda . alguma habi tacdcs Iocadas a hcteis e a escnto rte s ou consutro nos. qu e cspc thum 3 riqueza de uma epoca .
3, F uneso Co me rcial Nro a prcsc nt a a significaceo tjue podcria ofcreccr , dada a proximidade da s cst acdcs Icrrcus e rodoviana . Possut rcdu zido numcro de indu strias. mas urn co nt ingente consideravel de pcqucnas oftcrna s. al<.'111 des "pones de areia ", margens do Rio Tictc. na Po nte Grande. Desdc sua o rigem. fui pont e de reunt r o de fciran tcs c t ropciros, or iunde s principalmcnte de Atibaia c Braganca que caracrcrtzou a indole comcrcta ! do bairru . ainda atuantc nos tempos que co rrcm com ruas totalmc nt e entregucs ao alto comcrc!o. co m dcstaque para as ruas Brigadeiro To b ias, Vinte e Cinco de Marco e Sao Caetano. As rues Maud, Brigadeiro To bias, do Triun fo , Ge neral Osorio, Avenida Coucctcao. em ar ea incluida no Ba irr o de San ta Iflgs nta sao tomadas por grande ndmcro de ho te ls. pcn soes, restaurantcs e bares. Dcfron te Bstacao da Luz, a vasnssima area verde do .lardim da Luz e sua csqucrda a Avcni da T iradent es. A complexidade de suas funcces rcflcte-sc na sua paisage m urbana . Aos gran des edif'icios pubhcos gcra lmen te instala dos em antig as residencias de particulates e a reas amplame nte aja rdinadas como 0 ja rdim publico e pracas publicas. con traoccrn-se q uaetcirc es dcnsamen te ocupados po r urn casario modesto, cujo estado de conservacao revela pe lo me nos rnais de meio secuto de existencia . Sao numerosas as vilas de casas no bair ro , dtssemtnadas a part ir de 1920 au 1930 c construrdas onde antes existiam grandes quintals.
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4. I n du s t r ia e Come rcto Processo de
mdustrtahzacro:
Presentemente, 0 bairro da Luz nao e urn ba irro industrial, en t reta nto , em 1888, Major Diogo de Barros instalava na regiac , cen to e cinqilenta teares e urn motor a vapor Carliss. de trezentos H.P ., cujas caldeiras eram aquccidas a carvso Cardiff. Struava -se na Rua Flore nc io de Abreu .
o BAIRRO DA l UZ A tint uraria dcssa indu stria era dotada de dois ~os artesianns, urn des quais atingia a profundidadc de duzcntos met ros (" A Notte", Sao Paulo , rcportagcm). Segundo o bscrvacao desse indu strial, em 188 2, a urn visira nte da cidad e, sua indust ria excre ta benefice tnfluencta sobre a s operar los da mesma . ~ilCllLlo que " rnuuos aprenderam ali as scrvrcos que hoje execu tam com dcsr reza e adq uiriram habitos de orde m e regularidade de cond uta que Ihes tern aproveitado na vida domesnca . 13 ao terrnlnc da penuluma decada oirocc nus ta. a indust ria possuia ccnro e quarenra e uesoperanos. Per outre lado. per vo lta de 1890 , ja cram comuns em t odo s as bairros da pro vincia. as serrarias rnecanlca s movtdas a vapor, geralmente bem menta. des e r nunidas de ruaqul nas aperfckoadas, util izadas inclusive no corte de lenha em pcdac os de igual volume. Ent retantc . a Luz ja mais se caractcrizar ia como bairrc fabril, com o ocorreu com 0 Bras. MOnca, Belenzinho ou Vila Prudente . dentre outros .
DESTAQUES
R u a S ao Caetano Aberta po r ordem do C ovemador Joso Teodoro Xavier, entre 1872 e 1875, contr ibuiu para a elim ina(fao das famosas raias de parc lheiros exisrentes oos velho s Camp os da Luz . Sua denomma cr o fo i conflrmada pcla At o Oficial num erc 972 do ano 1916 e. dada sua sitw lfio de a r t~ r ia de comunlcacso inter-bairres, no seu trajeto logo se instalou eclen co cornercic ataca dista e varehsta . Ali se encorura desde ricos vest idos de noivas e maqu inaria pesad a ate o humilde saco de bat atas. Ainda hojc c lfteralmente do minada por Mercunot Hou ve tempo em que era co nhecida como Ru a do s Alfaiates, pelo fato da oficialidade da epoca Iazer suas compras e confecc tona r seus fardame ntos ali. Nas imedialfoes existi u urn bo tequim famoso . 0 " Infant me", onde a mcsma oficialidade to mava aper itivos em reservado s especiais e a soldadesca no prop rio botequ im. Esses aperitivos ganharam fama na Provfncia. Era a pinga com losna, a carapa, a canelinha para curar calor . . . rotulando o s Irascos .
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ORIGBI
Era cornum a pedida de uma pmga para "curar urucuba ca"
R ua J o i o T eodor o Ete mizav a num preito de ver dadeua grandso Ci VIC3. 0 nom e do Dr. J030 Tecdoro Xavier de Malos. govema do r da Provincia no ano de 1872 . A rua Iiga 0 baino do Bras ao bairr c da Luz. Com urn scntldo urbamsnco realm ente nc to nc para a epoca . remodclo u a cidade . Cons truiu a Rua do Co nde O-EU (hoje Glice rio) ; rcgular izou 0 Largo uo s Curros (de po ts 7 de Abr il de hoje Praca da Republica): abnu a Rua do Hosprcio atd a Ponte da
Mooca. Embelczo u c scgurou as rcrras do Morro do Carillo . alent de tr ansformar os terrenos mselubrcs da velha v erzca do Carmo , em [rent e ao anti go mcr ca. do . na Jendana "llha des Amo rcs' localizada onde SÂŁ" situava 0 merca do de pcixc da Rua Vinte e Cinco de Marco . alern de rcahz ar out ras facanhas urbamsucas c inaugurar prcd ios pub licos. Xo Jard tm da L UL. mandou colocar urn o bservaro no que uonicamen tc o povo batjzou de -Ca nudo de J030 Teodoro". Fo r. ennm . 0 primciro presidente que realmcntc sc unercssou pc jos pro blemas urbamsucos da provin cia. Temperamer no vigorosc e energtco. aureolando sua jovia hd ade bu rgucsa . ingenue e com unica tiva, descritas em var tas cro r nces a seu respen o. Fo i prude nte e patr iota , mo rrendo pobrement e como urn paladmo do progressc paulisrano .
Rua
~t au 3
Nu s pr jmeiros te mpo s havia. pa is. 0 grande dcscampado que sc cste ndu ate os co nfins do Norte da Provmca de Sao Pau lo . A lgrcja e o Convento de Nessa Se nho ra da Luz. 0 Jar dim Botanico . . . Estc co r necava na entdo Ru a da Alegria [da Estacao e Maua) e avancava pela unenstdao . 110 fo rma te de um pcntagono. Os rrtlhos das Ierrovias. primei raruente os da " Th e Sao Paulo Ra ilway Co mpany" - hojc Estrada de Ferro Saruos-J undiar e depots o s da Estrada dc Ferr o So rocabana trou xcr am 0 proeresso para 0 Bairro da Luz. Descnvolveu-se COlli a sua ex pansro e d CC3lU co m 0 seu ost racisr no . A pt imetra Icrrovia rcbaixou 0 solo em sete metros c nivelou seus trilhos abaixo do nrvel da fila . A Sorocabana em I Bn ttn ha sua Esta\3o na Ru a ~Ia u a , mudando-se para 0 Largo General Osooo (OOPS) em 1917 e
o BAIRR O DA LeZ
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finalmente para 0 local o nde hoje se encontra. em 1929 . Scmpre viveu em fun~ao das fer rcvias. A Rua Maw por exem plo. nos fundos da ESI3l;30 , da Luz ~ por assim dizer, 0 pon te de con vergencia e divergencia de quantc s chegam asEsracc es. Por isso mesmo e grande-mente mo virnentada nessc trechc . 0 mesmc nao ccorrendo co m sua parte terminal. No inicio. 0 comerco varcjista que vai dcsdc 0 o ferecimcm o aos nanscuntcs des ma ts rudimentarcs instrumentos de caca e pesca ate 3. utuma gravacr o de s " Ne ves Baianos". Nos bares. as guloscimas da cidadc grande . Sao bares. hotels . bazarcs. uma confusio at ordcantc, mo strando ccndicdcs dcstinadas 300 Iat alismo de rim cerro. No ter rmno da RU3. 0 comcrcto ata cadista . Em ambo s us trechos, a
mcsma nostalgia. A Rua Maua. hojc em dia tr ansitada pa r urna muludr c mcoru avcl de pessaa s e par urn trafcgo de verculcs pesados. em 1900 era corta da por bon des pux ado s a burros. ligando a Estrada de Ferr o Sorocaban a e a Avenid a do Estado. Mais ta rde. esscs bo ndes foram substit ufdos pelos ektricos. Scus predio s ainda sao o s mesmo s do corneco do Seculo . Arenas 0 asfalto c uma o u ou tra inovacdo arq uitet c nica alreraram a paisagem da " be lle epo que" de toda a rua. X as proximidades do nu rnero 800 . existc ainda uma vila de casas co m telhadc s quase vcrncas e duplos. com :iguas furt adas prote gidas por vidracas encardid as e escurecidas pelo tempo . Esses tclha dc s con tinuam a espe rar uma nevas.ca eventual . .. Refletern 0 vitorianismo do gosto estenco des eogenheiros ingleses que mon taram cs Iri UIOS da "S dc Paulo Ra ilw ay"", Co nta-se que cssas casas Ioram co nstr ufdas para suas resldencas. Adiante dcssa vila. os annaze ns at acad istas. ate seu encontro com a Rua da Cantareu a. IH enrdo . u rn silcncio quase bucolic o comra sta nte com o bu lieio reinant e :) Rua Paula Souza. sua paralela :) esq ucrda. com trafego scm prc atravancado por caminhocs de carga . Bern no meio dessa rua. ent re as Avcn idas T iradent es e Prestos Mala, csquina da Rua Br igadciro Tobias. h:i urn espaco (hoje em ob ras) que nos pcrm itc cnt rcvcr 0 antigo Largo que ante s exist ira ali. Em 1900 , quando sc mud ou a frente da E st a ~ ao para 0 lado do Ja rdim da Luz, a Rua da Estacdo j:i mio servia mais como pont o de referenda . Passou eruao a charnar-se Rua Maua , horncna gcando a Inn cu Evangelista de Souza - 0 Batao de Mau<i - q ue abriu a primcira Estrada de Ferro no Brasil.
a
Aven ida Tirad entes No passado reve
va nas
denominacoes: Campo da Luz, Campo do
OR IGI-:M
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Co rnercto da Luz, Campo do Cu arepe ou Cam po do Gua rd. A cxtcnsa plaruc ic, q ue sc estendia a margcm esquerda do hist6r ico Anhcm b i. coruprccudcndo os bairros da Luz, Campo s Eh sco s c Bom Retir o fo i constdcrada por alguns h istoriadores como a lendar ia Ptraunlnga. rcglsc fertilfssima e de ubcmmas terras. Em tempos imemor iais a cidade seguiu a d ire~o dos campos do Guare para ai se desenvolvendc . o pnmida que esta numa celin a mcd ue rranea. E ali se con strutu a ermida a Nossa Senhora da Luz de Guarepe. seguida do -Convenunbo da Luz". At ualment e tern-se 0 Convent o da Luz, como uma das mais vivas tradilj:oes da cidade de Sao Paulo. Em 1853. ali se funda a velh o Scmina rio Episcopa l, aberto em 1856 po r D. Ant on io Jc aqu im de Melo. Na esquma do Campo da Luz com a Rua da Estalj:ao (hoje Rua Maua}, o velho "Jardim Botanico ". inicio do Jard im da Luz . A Estacr o da Luz. a Rua Jose Paulino no scu c om e ~o, os IriUlOS da Ierrova e 0 atual ed u rcto do Liccu de Artes e Oficios [hojc Praca da Luz n.c 2), formavam umcc bjoco , isto C. urn cam po rasa . Na csqulna pr6xi ma, a gra nde chacara do Comendador Joaquiru Egfdio de Souza Aranha. 0 Barao de Tres Rio s. checara essa " iniciadora do desmcmbramen to da propr icdade part icular na rede u rbana do Born Retire " (Sao Paulo de Ourrora. pag. 163 - P.C. Moura). Em 1860 . Policarpo Lopes, entso president e da Provincia de Sao Paulo , emrcga a Companhia de Ferro Inglesa "vi nte braces de terrene em [rente ao jardim", para ali se construtr uma estacao ferrea. o mart ir da lndepcndencia do Brasil, tern seu nome pcrpctuado ncssa imporla nHssima via pub lica de Sao Pau lo. Sua amplitude , postcsc. remin iscencias da cidad e velha se co nfund tdo com a ccnstrucio do Mct ropoluano numa desnortea nte combmacr o de passado e lecnologia, a sombra de frondo se arvoredc bern representa a alma da cidadc. A escole. a cascrna, a cadeia publica tern pur denominador co mum a lgreja qu e em cada mome nta da hisl6ria fo rjou a inteligencia e 0 carater de cada um e de to do s. A Aven ida T iradent es reprcscma . pais. uma vitalidade de cam btantes vara das. Seu movtrncnt o tncomum cmprcsta a Avcnida Tiradeutes, extraordtnarto cxcmplo de trab alho e empr ceudtrue nto .
Rua Bri gade iro T o b ias Lu.."as Anton io ~"" ;t ei r o .lc Barros. 0 Visco nde de Co ngontas, foi 0 primciro govemado r nomeado da Pr ovincia de Sao Paulo. A SU<l norueacdo oco ncu a I de abril de IM24, e a partir de entao. e
o BAIRRO DA LUZ
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durante 108 an os , Sao Paulo fo i gc vem ada pe r sesscnta e cinco cidadaos, aldm des 26 vicc-prcsidcn tes q ue ascendceam ao pod er. Dcnt re esscs govcrn adorcs dcs taco u-sc 0 nome do Bngadciro Tob ias. que por dua s vczes. dignamente drngfu o s des tines polit icos de Sao Pau lo.
Sl.'U nome - Bngadeiro Rafael To bias de Aguiar - . banz arta uma das ma ts impo rl ant es arterias urbanas da cidade. A rua emerge de urn ca nto da Ru a do Semina no. sob 0 Yiadu tc de Santa Ifigenia . dai subm dc para a
Luz, Sua traje tc na parece flxar a 3flCClI(,30 do home m vindc de Soro caba . sua terra na ta 1. como simples bu rgues e na cidade fo i impo ndo sua persona lidade' ao conceno publico des pauh s tanos. Em po ucc tempo se transforrnara no balua rt c da fibr a dos horne ns de Sao Paulo . cingido de uma Filantro p ia hugualdvcl.
Fi lho do Coronet Anto nio Fr anci sco de Agu iar, um sorocabano Iabulo s:lIl1C nIC ric o . "a rmou c cq uipou :i sua custa mais de ccm homens que marcharam pa ra 0 Rio de Ja neiro a f un de combater as ir opas port ugucsas qu e pretcndcrarn entorpccer a marcha da mdepcndencia do Brasil" . Pelos services pr estados ;i Pam a . foi no meado brigadeiro do Excrcito Xackmal. chcg an do a scr 0 seXIO e n decimo prime iro governador da Provrncia dc Sao Paulo - de 183 1 a 1835 c dc 1K-ÂŤ) a I M4 1. res pec uvamc ntc . Por dive rsas VC/CS crnp rcstou somas cnor mcs ac s co f'res pub hcos. scm coor ar ju ro algum. I'm ocasieo du " F ico" , subscrcvcu euormc quant ia para cob rir as dcspesas do movnncnto scparatista.
Fill 1840 recebcu
0
Te-SOUTO Publico. scm 0 suficicnte erario 010 paga-
memo uu s fun cio ua rios, de bito (IUC cle saldou com rec ursos pessoas. Ao transrcnr u govcmo ao scu substi tute. as cofres pob hco s ja possuiam saldo . I or ua-sc assirn. pa radigma do altruismo c modele de home rn publ ico, scndo cerro q ue 0 q ue 0 marcava car ac rens ucame nre. era a sua hab itua l. peculia r c nohre rCJci\ :io ao or de uado de Prcsrdcnre. para apli ca\ao em ob ras pubhcas. insl iIUi,oL'l. de bcncmcrcn cu c cscolas. rcvc tau do-sc co mo ho mcm C cstad istu. si hio ccononusr a e ftlam ropo. Fomcurou ainda a incipic utc industria paulistanu. c csum ulou :I lavonra.
<'aSHU-S{'
CO lli
Domuila de Castro Canto c
~ ' (' l o .
com quem tr w quat ro
unios:
o Dr. Rafael Tobias de Aguiar e Castro : o Dr. Joso Tob ias de '\ ~ u ia r c Ca stro : o Dr. Anto nio Francisco TlIbi;r\ de AgU tH c Castro c Hr:1Sl1il) de ,\ gu iar c ra mo.
OR IGB I
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o casal viveu no casarso :i csquina da R ua Alegre e no vetusto casarso do Bcco do Pint o , na csquma da Rua do Carm o . que mats tarde ab rfgarja o Palacio Ep iscopal de Sao Paulo . Scu nome esta gravado na "Rua Brigadeiro Tob ias" , para glonficar o notavcl po lit ico pau lista. Nessa arte ria ja estivctam instalad os scrvtcos lmportantes. como a Heneficdncia Portuguese . ur na das mais antiga s instituicdcs de Sao Paulo , constru ida em 187 3 c inaugurada em 1876 , na antiga Rua Alegre. dcpo is do Serrnnario . Tambcm a Tribunal da Rcla, ao de Sao Pau lo, criado pelo Dccreto numcro 1341 de b de agosto de 1873 e mstalad o 3. Rua Boa Vista. pcgado ao velhc Teat rc Sam'Ana . Da f sob a denommacro de T ribunal dc J usuca. mudou-se para a Rua Jo se Bonifacio . onde futuramcnt c se mstalana a J unia Comercial de sao Paulo . Fm almcnte . transferiu.sc para 0 atual C suntuoso Palacio da J ust ~a , na Praca Cl6vis Bevilacqua . Prescnt crncnte. nela sc jnsralam vanes services pubh cos imponarues. com o 0 dc Scgura nca Publica.
C A P f TU L O II I E XP ANS AO -
3. BAIRRO DA LUZ MON UMENTAL E ARTfsTI CO
3.1 0
Jardim da l uz . His t o r tco e
POS i ~3 0
So ci al
3.2 A Es taed o da Lu z, l ns ral aes n . 0 Gra n de In ce ndi o
3 . LUZ - MON UM E NTAL E A RTISTI CO
"Amiquo
nobtlssiruo". anterior a propria uacjonalidadc 0 bairro pdgina histonca que sua s vclhas ccnsrrucocs documcnlam. SUJ Iisiononua guarda hannomosamcute. dc is aspectos drstmtos: f'.l :>s.1' do e prescurc. rradlcao e progres sc . o solcnc Ccnvcrno da LUI . a monumenta l Est uctlu c 0 famasnco melril. em feliz enlace. rcvclam u scgrcdo dcssc bau ro . csparramado na distdncia do da LUL noio
1.'1
e allCnas J
centro urbane . Silas pla nura s ainda hojc dctxam sob rcssair as tor t es do
Co nvcnto e da Estacuo, dcm tnandc simbolicamcntc . todo 0 agkuuc rudo au rcdor.T) pnmcir o, e vcrdudciru area gramtica. " rcposttorto das mais bolas c vcnc ran da s fo nnosuras da unc br usileira. aur coladas de infuuta cspir uu uliJ ade. A sua frcmc. a cing f-lo num prirnci ro abraco. (I Jardim Ccuten drio. c mars ruclas cstrci tas. pcqucuas pracas. prcd ios ruodcstos de verandas corr idas. cnuncntcs ;i rua com janclas IJuJdJ s. rcstos de uns po ucos solares uob rcs de anstoc ranca fachada . ~-IJ is JO longe. as novas cousuucocs. casano novo. arrua mcnt os 1100·OS. ba u ros 1I00'OS • • • c ja \;i for a. 0 scrpc mcar das grnudes artdrias mu nicipals. com un s po ueos campos adjacent ...>s. Os dcsca lahros .10 tempo I.' as inju rias des hom cns. nao arraucaram ainda. a doce pocsta I.' 0 hnsmo que se esola de suus con strucoe s rcstaurcs. lmagcn s umigas c uuc gcus novas despon tam de tod os os lados para rctrat ar a anc o u a natureza - do: tud o ha la. 0: tud u ~ I. U/.!
3.1. Ex pa nsdo A Avcmda Tiradcntes. arleriJ cent ral do bair ro. ern fins do scculo passado "parcc ta a jnda urn pat io de fazenda' L tcnd c de cada lade do scu lcn o. Irondosas arvorcs. como se 110de observar em uma foto grafi;] do album de Gustavo Koe nigswat ( S.P. ISQ5 ); o ndc anu s hcuvcra mata frondosa C grande .
o BAIRRQ DA l UZ
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E ccrto que em tod as as dpocas 0 ba irro da Luz Io i bern visto pelas ad mmlstraco cs paulistanas e pelo povo em geral. Era ai que se rcalizavam as pdrnciras corridas de parel heiros de puro-sangue (caminho quesc abria 3 0 J oquei Clube ), e o nde se reunta a ertstocracia provincial. Urn aviso regia datado de 19 de novembro de 1798. indicava a construcso de urn Jard im Bodnico nesse local. Pretendeu-se cultivar e cnar ali. aflora e a fauna paulista. plano que nunea chcgou a efet ivar-se. 0 Jardim da luz nunea chegou a ser "parque botanico e zoologico". pois 0 govemo da provincia nao cbcgou a tanto. Em retan ro;o Senado da Camara concedeu vuu e dares de terras com a testada de 173 b races contadas. des "muros do padre Capeuo ale 0 angulo defrontc do Espaldso" (Sao Paulo Antigo - pi g. 133 - A.E. Mart ins), para nelas se lnstalar;o Jardim Botanico. 0 Hosp ital Militar e a Casa do Trem. Em 1797, 0 capuso - Genera l Anton io Ma noe l de Melo Castro c Mend onca. cognominado de " General Pilato s", proje tou e iniciou no local, urn qua rte l para 0 Cor po de Arti lhar ia de Volu ntarie s Reais, cujos muros se conservaram ate 1844 .
3 .2 Ca sa d o Trem e
Se~io
d e Bo mbet ros
Criada pelo Capit eo-General luis Telles da Silva - 0 Marques de Alegrete - , que governo u Sao Paulo de 1.0 de novembro de 1811 ate 20 de agosto de 18 13. Funcio no u no pred io cn de j:i se aquartelara 0 Corpo de Bombeiros, a Rua do Tr em, arteria que mais tarde se tra nsformaria na Rua Anita Garibaldi. Foi 0 Dr. Laurind o Abe lardo de Brito, presldente da Provincia, que organizou, anexa a Companhia de Urbanos, mais tarde Guarda Crvtca. uma seeto de bo mbeiros para e xt ~ao de incendios na cidade de sao Paulo, a qual fo i rcgulamentada a 7 de julho de 1880 . Seu primeiro comandante fo i 0 cidadao Jose Severino Dtas. que chegou a ser agraciado com a pat cnte de alfcrcs e Instruto r da sccro.
3.3 Ja r dim da lu z: Pode-se d izerque 0 bairro da LU1_ se expandiu . a partir de s campos tmensos. q ue ficavam Irent e da lgreja e do Convem o de Ne ssa Scnhora da Luz. 0 Jardim da Luz , sob a dencrmnacao inicial de "H orto Botdnico" , foi iniciado mediante su bscr~ao pub lica ,
a
EXPAN SAO
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Contr ibui ram com va uo sos dona tives, os r tcos home ns da e poca. de nt re os q ua is des tacaram-se e nt re ourro s. 0 - Corone l J ose Floren cio de Olive ira, doand o 1.000 5000 : - Coro ne l Be nt o Man oel de Alme ida Paes, dcando 1.000 5000 : - Ten ent e-Co ro ne t Anto nio Per eira da Costa , do a nd o 500S 000; - Tencntc-Coron cl Man oc l Ant o nio Range l, doa ndc 500$ 000. As contr ibuieocs arrecad a das totalizaram 6.906 5000. tendo 0 Governo Imperia l concedido aos sub sc r tror cs, as pat en tes de oficiais militares. construcso do Jard im Bot antco c Pa rte da arrccad acdo sc dcstinou par te . constr uctlo do cdiffcio do Hosp ital Milit a r, on de, du rante rn uitos a nos , rnais tard e functc nana 0 Sem tnano de Ed ucan das. criado em 1825, Esse rncsmo prcdio , situado na R ua do Scmtnarlo . em frentc ao Mercado de Sao J oao . cstcvc ar rcnda do pela Un iao. par 5005000 mcns ats. ao Dr. An tonio Carlos Me lc hert . ( 0 Jurdim da LuI., 0 muts antigo ja rd im paultstano. te ndo ficado pro nto em 1~~5, qua ndo fo i Inaugurudo c cnt rcguc vtsnacro pu blica , passando a scr dcnominado "Jardim Pu blico" , a part ir de 18 38 , ganhando 11016ria popula rid adc na cidadc. em b reve esr eco de tem po . Supo c-sc qu e as tcrras do ja rdim tenham side doadas ao governo provincial, pclas irma s Arou c hc . mats conhccid as pc lu a lcun ha de "M eninas da Casa Verde" . Toda via. ja em 1830 csta va 0 rnclborarnento publico t ransformado em paste de gado. tendo havtdo mcsmo, urn clemro que planta ra ca pim no ja rd im . :i c usta da Fa zcnda PUblica . Bo is de carro c cavalos pastavam livrcmcnt e. sendo q ue , somcntc apes 1850, passo ll 0 ja rdim a rncrccer maiores at cn cocs do Podcr Pub lico . Em 185~ foi inteiremcntc ccrcado, com fixacao oficial do horarto de abcrt ura c fcchamcnt c ao publico . A co nst r ucao da "Est rad a de Ferro Ingtcsa". ex igiu urn co rte nas tet ras do ja rdim, q uando era presidcntc da Prov rncia de Sao Paul o, 0 Dr. Pol yca rpo Lo pes de Les e . Est c o rdcnou a c nt rcga dq ucla Companhia. de vinic bracus de terrene elll [rente uo ja rd im para a li sc cons t ruir a cstaceo Ie rrca. Essu con ccssro pr ejud ico u a cstetica e simet ria do te rrene, aldm de a ltcrar a d tsposicro o rigina l de silas r uas e avenidas intcrio rcs . Fo i 0 Prcsident c Lucas Anto nio Mo nt eiro de Barr o s, de pots Ba rao e vtscondc de Co ngonhas do Ca mp o , q ue entregou 0 ja rd irn :i rc creacr o puhlica. nomcando para SC' U prbnctro tnsp ctcr , 0 Marecha! Dr. Jo S(! Arou chc de cp oca residia em sua vasta pro priedade :i R ua Sa nta Tol edo Rend o n . <11lC' Isa be l. 11 . 0 3. a pri nc ipa l en t rada para 0 futuro La rgo do Arouche. A ~ I de ab ril de 1827, ror ordem do Go verno Im peria l bra sileiro , fo ! rcalizada a scguintc avalecs o do pro pr io paulistano: "I) Ja rdim Bot anico. snua dc no Cam po da L Ul , por dctra z do edif icio
a
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o BA]RRO DA LUZ
principiado que se dcst ina para Hospital Milita r, com [rente para 0 mesmo Campo da Luz, cujo te rrene pclo lado da fre nte co rnpreende cincoe nta c nove braces c meta . at e dar na cstrada que segue do Campo da Luz para a chacara do Brigadeir o Bannan. ondc fonn a ndo urn ::i ngulo obt use pelo lade csquerdo fazcndo Ircrnc para a cha cera do Coron el An tonio Leite, com -
prccndendo cento e tr inta c o ito braces. c pclos fundus, formando outre dngulo obtuse . e fazen do frent e COIl1 os vale s da cbecnra do falccido Marechal Gaviao . noveuta c Ires braces c meta. e dah l em linha rcta. fazendo frcntc corn a tr avcssa que sat para a rua Alegre COIll novent a e nove braca s ate encontrar COlli os muros do Ediff cio pr i ncipiado para Hos pital Militar , e pclcs qu aes scgumdo em llnha ret a ate feixar a quadra comprc hcnde-se 0 namero de ccn to e ctncocnta bracas, cujo terrene acha-sc to do cercado de r nurcs HOVOS. de qu atorzc palmu s de alto ; 0 que tude sendo visto pelos dit o s avaliado rcs. avaltar au : 0 tcr rono em 1I qu antia de urn conto de rcts; c os r nuros em a quantia de urn COIII O c scisccnt o s mil rets. que tudo soma a quant ta de dots cen tes C sclsccn tos mil reis." Eis as dimc nsdcs e valor do maim jardirn publico paulistan o , a urn te mpo que mu ros custavam ma is que te tras ! No ana de 1838 , a Asscmbldia Lcgjslativa Pro vincial mudou seu nome - de Janlim Botanico para J ardim Pub lico , atra ves da Lei orcamentarta do ano . Logo 0 povo com ecou a charna-lo J ardiru da Luz, e ja em 1845 0 rcla tor te do prcstdcntc da provi ncia relata retterados desmoronamentos dos terr enos latera is. alem de extravios Ircq ucnt cs de aguas, por que o encanamen to cntso ex istente , "das aguas do tanque do reuno para a bacia da Pyramide do Piques, e dall i para 0 Jardim Bctanico l! 0 r nen os regular e bern feito que se pede obsc rvar.c, em tra ba lho da cspecie . Em 1869 0 Barac de ltauua , 0 Sc nado r Candido Borges Monteiro , a frcnte do s dest inos da Provi ncia, me lho rou grandemente 0 Jardi m da Luz, ma ndando reco nstrutr as pared es do lago ali existente e cimentar sua superficie . Substituiu tam bem 0 ca no bruto de pedra , por uma cabeca de lese . recon struiu a escada . transformando-a no centro de uma cascata desdob rada sab re um pcqueno tanq ue , em cujas parcd cs later ais rnandou constr uir essentos atijolados. Tambcrn a s pedesta ls das esta tu as foram reconstrufdos, e urn mu ro de vedacao fO I Ievan tado em pon tos diversos do perimetro do jardim . Suas grades foram consertadas, bem como seu portae solcne. Ao centro do lago , uma ilho ta com rustica casinhola para abrigo das aves aqua t lcas. Em 1874 ent rava-se no recin to por tres port6es - pela Rua Jose Paul ino, pcla Praca Vtsco nde de Congon has e pela Avenida T tradent es. que era a principal entra da, tendo ii sua frente belo cha fariz de o nde jo rrava dgua po r
EXPANSAO
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oi to to rneiras de suas q uatro faces . Era prestden te da Provi ncia, 0 Dr. Jose Theodora Xavier. Esse chafariz era abastecido pelas aguas do Ribeirao Saracu ra. que nascia na baixada da Aven ida Paulista, sendo que no loca l c nde hoje se sit ua 0 Via duto Martinho Prado , f ormava-se urn tanque de on de part ia uma valera ate 0 jardim. Seus cant eiros ador nados de fuchsias. epc meias enrodilhada s nos ca ules, de prim averas da India. libc lias, violetas c do ratas e mcolores. echesemas. saxifragas e balsamin as, q ue brotavam em prcfusro. Obede eiam ac "sistema ingles", atraves do q ual Joaqui m Gaspar dos Santos Pereira se obrigara a cu idar do jard im pelo espaco de cincoe ma anos. Segundo os cro, nistas cia epoca. ha uma solidao agradavel. onde passarinhos 'loam e revoam alegremente . A co pa do arvoredo . de tao dense . e umida e refresca r ne. pen路 dia para 0 chao. permit indo que 0 transeunre solita rio sentese urn silencio perfumado . Koveru z, em 1883 comentanoo 0 ja rd im revejou-no s que e1e " reune o carate r de ja rdim ornamen tal ao de jardi m botan ico". co m arranjos ao gusto dos jard ins patsagrsnco s. co m grupos de arvores e arbustos ra ro s, cuidadosamente tratado s. Ate esse ano. era ilumina do a gas. quan do reeebeu a eletricidadc. A beir a do [ago ce ntral, em for ma de cruz de Sab6 ia, bancos co nvid at ivos me di ta ~ ao , c ndc certamente scntaram-sc Raul Po mpcia , Alvares de Azevedo. Luis Gama .. . O ito estat uas circu nda ndc urn repuxo . lem brando Versa illes. c. entre ve lhas arvores e mquet as e sibila ntes po nta s de bambus, sobressaia-sc cilfndnca tor te. que era famoso observatono loca l. Os joccsos do ultimo quarrel do o itocen t ismo chama varn-na de "ca nudo do Dr. Jo ao Theod or a" . Dessc obscrvat6 rio feitu de ujolos. e a cujo to po Sf' chegava por uma escada em caracol de quat ro andar es, de ferr o bau do . descort inava-sc 0 panora ma da rcdon deza : 0 Semtneno . 0 Hospita l, 0 casano baixo e espalhado da Ru a Tristc e Rua Alegre. e 0 va l-e-vern de s trcns da vel ha "Iug jcsa"! No scu parapcito . bem ao alto , aves de grande porte se acorn oda vam ao anoitcccr des campos, una idas pela sornbra e soltdao rcinantes. Eram as sutvtdaras. ba nidas da ca pela do Semtnano ou do Conve nt o da Luz , Nas converses de salao 0 "Canudo" gozava de rna fama por sc tcr Iransfon nadu em ponte de cnco nt ros escusos o u eq u rvocos ate que no ana 1900, fo i de mo lido. Duran te largos dccenios foi por no de enc oru ro da eh te provincial, enqua nto no coteto extsreme. a "bandmha" da Forc e Pub lica aracava as mcjodias da epoca .
a
o BA IRRO DA
60
LUZ
Nas ulttmas decades do ouocenusmo. lodes as governos provinciais fizeram a lgo em favor do ja rd im trad icional. Da cidade do Rio de Janeiro. unportou-sc grande variedad e de nOTeS e arvores para plant io do velho Jardim Publico. 0 presidente, Dr. Laurindo Abelardo de Brito . rnandou Iazer a be la gruta que ado rna 0 Jardim e ja em 1881.0 senador Florincio Carlos de Abreu e Silva mandou fazer fechos novos, o rganizando urn projeto que anexava 3 0 ja rdim, todos a s terreno s a sua (re nte, ficando a s fech os no alinhamcnto da Case de Correcso. Como a Camara discordassc , ficou resolvtdo que as novas co nsrr ucces se fizessem dez metros alc!m do antigo muro . dividido em lances de pttastras de rnarmore verde do Pantoja . scndo entfo delineado urn portio suruuoso fianqueado por quatr o pilastras de ma rmore verde e preto . 0 gradiJ e 0 portso foram feitos na antiga "Fabrica de Ferr o de Sao Jose do l panerna", cujo orcamcn tc elevou-se a 2 1.884$ 730 ! Em marco de 1908 por ordem do Prefeito Municipal, esse portae foi ret irado e rebaixadc 0 gradiL Urn ato oflctal de 28 de ou tubr c de 1882 declarou de ut ihdade pub lica provincial e Municipal, urn ter rene da propriedade de De. Maria Marcolina Monteiro de Barro s, necessaria ac aumento e regulanz acr o da area do Jardim da Luz e para a achmatacso de planta s e abert ura de nova rua - hoje, a Rua Ribeiro de Lima, onde atualmente se situa uma das grandee garegens Mumeipais - em cont in ua~ao da Rua Dr. Jose Theodoro . o alemao Jacob Frjedenchs, proprtetano de anl iga ccnfeitana na Rua Direita - "Confeitaria Stat Coblcnz" - ma ndo u constr uir urn pavtlhr o no jardim qu e foi inaugurado a 6 de setem bro de 1874 . Em 1880 . Ioi contrat ado por cinco anos como jardineiro , 0 cidadao fran ces Ant onio Fou rchon que dur ant e dezessete anos tra balh ou nas oficmas da Inglesa e cc nstruiu a foote antiga que existia no Largo de Sao Bento.
P o si ~ i o
So ci al do Ja r d im P ubli c o d a Luz :
Durant e vanes decentos. ainda 0 Jardim da Luz co nt inuaria a rcpresent ar urn ponto de reu nidc e encontro da socicdade paulistana. Os Interioranos t inham no ve uio jardim, uma visita obrigat6ria e urn not 6rio ponte de atracso tunstica. A sstm. foi ali que se realizou a prime ira querm esse havida em Sao Paulo, fato que ocorreu entre as ancs de 1882 e 1884 . Pot patroctnada pela colonia francesa aqui resldente, na qual teve atuacro destacada 0 Scnhor Alberto Thiebaut. ant igo "g uarda-livros" da tradicio nalissima " Livraria Garraux" (fundada em 1860) , 0 veUIO "sebo" de sao Paulo .
6\ Dar por d a nte ,
0
cost ume se generalizar ia resist indo att as dias presen-
res. Por outre lade , a sociedade particular "e ute rpe Comerctal", mtegrada pol imsmeros cidadjos pc rtugueses, costumava toca r no Jar dim PUblico ao entardece r para gaudio lias antigas Iamrl a s da aristocracia de sao Paulo e grande qu ant idade de pub lico. Apesar do ost recisrno q ue cairia no Seculo XX, 0 Jardim PUblico de sao Paulo sempre mereceu a atencs o do poder publico. Pela Lei n.c 41 de 11 de julho de 1892 combin ada com 0 Decreta
n.c 145 de S de janeiro de 1893
fo i transferido a competencia municipa l. passando sua entrada principal Ii Rua J ose Pau lino , dcsde 1890 . Foi tarnbem cenartc de famoso s leiloes pauhstanos e ourros acom ecir uentos sociais. Em 1876 , por exemplo, efetuou-sc a ascensso do aeronauta Zcba lo s, ante a adnnracac gcral. No ana 1910 . procedente s da Floresta Bussaco, proxim o de Colmbra, chegaram para 0 Ja rdim Publico. dois cedros ofertados pela moc idade academica portuguese e nesse mesmo anc . jnaugurou-se ali. 0 busto de Garibaldi . pot Olavo Bilac. Na decade de 1930. q uando era Prefeito de Sao Paulo 0 Dr.Pues do Rio . os muros e portoes do Jardim da Luz foram derrubados. Ilcand o SIlas aver udas. arvored o e cantei ros entregues ao publico em geral, epoca em que os animais ali exposes foram transferido s para 0 Parque da Agua Branca. Fo i 0 inicio do declin io de seu velho esplend cr, quan do passou a ser pont e de perrnanenca e atuacrc de vadio s e marginais que ate! perncitavam pe r ali. Chegou mesmc a se constit u ir urn lugar perigoso e jl nao se podia sequer qualificl-Io de jard im . .. abando nado pe lo poder publico , 0 mate a tudo invad iu e nem seq uer uma folliinha l o pessoal do interior p nao t inha mais onde passar seus domingos paulista nos e 0 Jard im flcou esquecldo . Em 19 72 , a Prcfeitura do Municipi o de Sao Paulo , atraves da Secretar ia do Turismo e do Fome nto programou a reabe rtura do Jardim da Luz, pretendendo reco nstituir ali a " belle epoque'' paulistana . Planejaram-se diversee s a moda da epo ca. Bailes popu lates promovidos por orquestras e solistas cantando velhos maxixes, " charlestons" e ta ngos . . . E Serenatas ao luar sob arvores centenaries do velho parque l Para tanto, 0 Jardim da Luz foi remod e ladc . Consertadas as alarnedas e rebo cados seus bancos e qui osques. Novas plantas foram plantadas nos seus cant eiros. E restaurantes, sal6es de cha ao inicio do seculo. o est udicso q ue a tudo assist iu, sent iu que a amblentacao realizada Ilio representou a verdade ira realidade e fllosof ia do tradicional Jard im da
6~
o BAIRRO DA LUZ
Luz, na vida de Sao Paulo. Quand o muito, serviu de cenarto oj fugitiva cvocacro da " be lle epoque" de sao Paulo. once grupos folclo ncos. jogadores de fut ebol caricaturaram a autent icidade de uma epoca - a projelf3o de filmes do cinema mud c, 0 teat rc de marionetes, lembra ndo 0 saudoso "Jose Minhoca" , A remodetacso cusrou trezentos mil cruzeiros aos cofres Municipais e foi processada por uma cquipc de arqun etos. dcsenhistas e decoradores. sob 0 pscud6nimo de "Sao Paulo Antiga". Apesar dos esto rcos cmpreendidos, 0 Jard im da Luz apenas ganhou vida C rnovtment o por uns po ucos dias, porque sua projecao e signiflcacac na vida de Sao Paulo n50 Ici revivida ou reconquistada . Ent retantc . regradeado po r ord cm do Prefen o Figueiredo Fer raz, conti nua franq ucado ao publico .
FE R RO V IA S - ESTA f;AO DA lUZ - OS BO N DES DE BURR OS
Es racao da Lu z
"Segura
mo"nl tit'
velho.
Quem al'isoamigo e. Quem quner dar bans pan eios. Tem camnnos sem receios. B ern bara to s iii
/IQ
Sf! "
A 16 de abril de 1856 foi prmulgado 0 Decreto Imperial n.c 1754, concedendo :i: co mpanhia a ser organizada por lrineu Evangc hsta de Souza amio de Maua - Jose da Costa Carvalho - Marques de Sao Vicente - privt ICgio para a construcso . usc e gozo de uma esrrada de ferro, pe jo penodo de noven ta ancs. Essa estrada. parl indo de Sant os. passaria pOI Sao Paulo e se prolonga ria all~ a entao vila de J undiai. o Barso de Maua, graces an seu presugio e poder econorruco conseguju mteressar capitais mglescs no emprcendimento. Subscrevendo a maior ia das aczcs. fundou a "The Sao Paulo Railway" , com sede em Londres. A 1.0 de maio de 1860 se iniciou a construcr o da ferrovia, adotando-sc urn sistema funicular num percurso de 8 quil6metros de cxten sro, tam pa de 10% ut ilizando-sc cabos de al;o co m duas po ntas em 4 lances cada urn acionado por mcio de maqutna f ixa e carga maxima de 60 toneladas. Assim sc venccria a altitud e de 800 metro s da Serra do Mar. dia 16 de fcvereiro de 1867. foi inaugurada a linha ferrea no total de 139 quilcrnettos. liga ndo Santos a J uudia r Ent re 1896 e IYO) 101 construida nova linha na Serra, de tracado diferente com dcz q uilOmetws de exrensso, 8% de tampa, dividida em cinco pianos mclinados, uuhzando 110\-0 sistema funicular - 0 cabo scm fim. Este sistema e 0 usado att:' hoje. cunhecido como siste ma "Se rra Nova" . A "The
o BA IRRQ DA U :Z
bb
Sao Paulo Railway" , co nhcclda pclos paulistanos como a " lnglcsa' o u ''S.P.R: ', em ~946 enca mpada pelo Co verno da Undo. passandu a chao
rnar-se Estra da de Ferro San tos a lundiai c. maa recem ememe quando
0
Brasil assiste ao ressurgimemo das estradas de ferro com a divisac da Rede Perrovrana Federa l S.A. em Regionais , ganhou 3 denomina cao de 9.3 Divisse Sa nros-J undiai.
ttt ualmente essa divisao que co ma com urn efe uvc de 7000 homens esra se prepa rando para nova rase de mten sificacao de trafego. Saindo do Largo des Curros chegava-se Avenida Sao Joao. enla-
a
deirada e estreita com passeios que em determinado s locais chegavarn a at ingir meia brace de altura. Por um a de suas transver sais, a Rua Alegre. chegava-se diretarncnte 010 local rJa Estacao cuja construcao i nicial era muito sim ples. nao passandc de co mprida plataforma coberta por te lhciro de z.inco . co m abas para resguardar sua sombru. trcm quando parado . Te rrninava numa linha de lambrequins. A csta cro era baixa c pequena .
a
inteiramente caada. com suas sere vtdracas frontemcas e dun laterals que sob 0 nevoeiro des manbas paul istana s de txavem transparecer a galhana copada do arvoredc do jardim publico que Ihe Ficava aos fundos. Na platafor ma . te uros somdentes embucados na farda azul-marinho de botoes dourado s. sacu dindo grosse mo UIO de chaves. Os rrens compunha rn-se de dots carros de passagetros _ 1.20 e ::! .a classe -', alem do carro-correic . destinado a correspondencta e bagagem. Sues pcrtas late rais se abr iam para a platafocma onde passageiros apressados embarcavam, uns empunhando gordos malotes de couro c outros. grandes tr ou xas alvas porque soara a campainha do embarque. Pclas janelas do trem aprecave-se a cidade que se dista nciava ja , do centro urbane para todos os lades. Ruas sulcavam as lombadas dos monos como lanhos vermelhos e com alguns barrancos latera is ainda ado rnados de espinheiros Ilondos. Aqui e la, amoreiras stlvestres. Um cheiro agradave l de maravilha, cor-de-rosa forte , misturado com 0 de serragern. penetra m a sensibilidade do expecta dor absorto . Par vezes, apitos agudos da locomot iva cortam 0 ar enquanto 0 honzome distante ainda t! visivel sob um ceu muito azul cheic de elves nuvens que a distancia parecem gdnlcs desengarrafados por mdos feiticeiras. Tao densas essas nuvens que 0 sol precisa lutar para se fazer notad c , enq uanto a "fatal friul" tao decantado por Castro Alves, vai ficando para tras ... Assim, nos vimos a ESlalj:aO da l uz que pode ser considerada verdadeirc simbolo da cidade de sao Paulo. A epcca da realiza~ao do projeto era monument al 0 seu plano. Assistiu solenemente ao tremendo crescimento da cidade que em 1867, ano da inaugurayio da ferrova possuia apenas 20 mil habitant es.
EX PASSA Q
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Sua cdulcacto mo numen tal dcspenc u a cun ostdade gerat. nso se cntc ndendo porque a " Sao Paulo Railway" lcvant ava lao im pone nte edi frcio numa rcgi.io em que a populacao Iocal uao podia esgota r a terce parte de suns possibilidade s de bern servir, Em POliCO tempo porem. 10rllUU 路SC 0 local de comparcctr ncnro o brigatono do mundu oficial. soc ial e tunsn cc . close de apreciar a harmonia de scu co nj unt o arqutte tor uco . sua iluminalf30 fee rica enfeitad a na austeriJ ade do
esulo vuorano. A Esta cao da Luz era parte de urn prujeto de du plicaca o da Imha ferrea e dcma ls msralacccs da " lnglcsa", apresernadc ac Governo da Repub lica em 189 5. Apo s tr abalhos arduos cons tames de fu ndas escavacoes em tetras do J ardim da Luz cedidas para 0 [jill e ou de sc cncravava a velha estacro com COlli Ir ent e para a cmso Rua da Esta,ao . hojc Rua Maua. 0 pr ojeto pod e ser e laborado . As obras foram d irigidas pclo Enge nheiro F . Ptorte. da propria Estrada . Tod o 0 mater ial emprcgado foi unpor tado da lngtaterra. prolo nga ndo-se ate 190 1. ano em que sc deu sua inau guracao on crat. no primeiro dia de marco. est ando porern en tregue ao pub lico dcsde feveretro para observa, ao de eventua is falh as. A magnifica connrucao. a primeira do genera na America Lat ina . custou cento e cinqucnta mil libras cstcr buas ou ccrca de 4 5 500 ,000 50001 In a cpoca. quatr o mil e quinhent os cont os de reis). POT ocasiao da viagcm ina ugural do trcm da via fcrrea . ocorrcu peq uenc dcsasrrc que possibilito u ao povo saurizar a tnaugu racao. verscjand o troves
iromcas. Esse dcsast re ocorreu a 6 de sete mbr o de 1865 ' Sao Paulo Ant igo - A. E. :\Iart ins - pag. 143, na pan e da Estra da de Ferro lnglesa. no trecho entre a :\106ca e a Estacao da luz. Muilas pessoas importa ntes da Pro vincia Iicaram fc nd as, te ndo ocorrido a morte do maq uinista. A Camara Municipal pret endcu co nferir 3 inau guracao grande solc mdade de mo do que a cmpr esa permi t iu que 0 tr em de mater iais rcccbesse n estalf:io da M06 ca. us co nvidado s do legislative provincial , ccrca de cer n. a fim de asstsrircm na Estacso da Luz , 3 bcncao das locomotivas que se ba tizariam COlli os no mcs de "Ypiranga" e "Maud". A vc joctdadc excessive da s loco mo tivas cnsejou 0 dcsastre c 0 Go vcmo lm pcr tat respousabtbzou o cngenhctro fiscal. Dr. Emesto Diniz Str eet . de minndo-o dcssa fu n~ao . Para soconcr os fcndos. os rehgo sos cap uchinhos do Sem in:irio Episcopal ~ apr cssaram mccuuuen u. muuidos de medicament os em cheg ar ao loca l do Suust ro - frei E U ~ l11 u de Rum tlly, frci F irm ino I' ent clhas. frei
o U,\ IRRO
DA LL'Z
Generoso de Ru milly dcnt rc muitos o ut ros.
Conta-sc q ue cstuvam entre os feridos. 0 Harao de ltapc tinlnga. Dr. Joaq uint J usto da Silva, conse lhciro padr e Dr. Vicent e Pires da Motta . tcnent ccorone t Ant onio l ose Osono da Fo nseca C 0 Con selhcuo Dr, Joaq uim In:icio Ramalho. o J ardi m da LUL csrava pt c parado para part icipar de tao importan tc ma uguracao . A Ca ma ra Municipal rna udo u ptcparar em suas dcpcnddncias um grande banque te. u qual nao chc gou a se rcaljzar. em vinudc do dcsastrc. Con ta-sc que no J ia segurnte. mdo cstava inta ct o. cooforme for a prepa rad o ... A Esta cro d a LUl simbohzava 0 arroj o fcr rovid ric de uma cidadc nasccrn c. Su a ednt cacao. das mais perfcitas no gcncro em todo 0 m undo, antes de 18 73 , nrc possuia cobena pa ra ahrigo de s passa gciros. de modo qu e por impmi\ :ill das aut oridadcs trscal izudorcs do Covc rno Im perial, a "Sao Paulo Ra ilway" oruencu tal construcao. Eram dcpcndcn cias adequ adas j admin istrJ\:Io c aos usudnos coundas num sobrado npi carnentc provinciano. co nfo rme toda a Pauhccia da epoca. Qu ando em 1900 a tudo sc dcmohu pa ra sc iniciar a con st rucao da nova Estacao. S50 Pau lo pa ssana a coruar com maruvilhosa obra arquucrontca . mi ll sobrepujada po r ncnhuma outre. Ncm menno as lgrejas de Sao Paulo po ssutram o u pO SSUClll tao bela te rre ad ornada por gra nde rel6g ill , q ue du ran te dccadas ITliIr COU a hor a uncial da cid adc. Emrctanm fo i a consuucso dcssa terr e que dc rcntunou a dernolcso do ubscrvatorio do Jardim da Luz que 0 pov o a pclldara "C anudo do Dr. Je r e T hcod ur o". scu con strut or . em IH74 , q ue t inha vinte metros de altu ra e a
cujo ctmo S(" atin gia por ingremc escadana mtcma . r\ [ stil\i"ao da LUT csta const rurda sob re uma area de 7500 met ro s quadrado s scndo cerro que ap6s sua inauguracao, 0 bairro da Luz cmrou em ritmo do:' acelorado dcscnvolvimcnto. Em suas platafonna s cmbarcavam c dcscm harcavam milhu rcs de pcssoas. bern como alias pcrsonabdadcs do mundo cultural e socia l da dpoc a, como pur exemplo . 路路0 rei soldado" - Sua Majcstadc \1 Rei Alberto da Bclgjca. E ao seu rcdor fo ram se abrindo ruas. e ncssas rua s S(" Ioram levantando casas. mui tas da s qu ais uvcr am vidus mais curta, qu e as des pr6p rios homc ns por estes as dcrrubavam para alargar c rcfuzc r aquclas " .
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Gra n de ln ce n d iu
Dia () de novc mbro de 1946 . a Estacdo da Luz foi quasc totnlmcntc destrufda por urn pavoro so incdndio. ~ao acont cccu sua to tal destruicdo. porque sua clcgame terre func ionou com o aspiradou rc . atravcs do qual as labarcdas e Iumaca sub iam e pcrd iam sua force destruidora . o fogo urompeu :is duas horas e vinte e cinco minut es da madruga da c durante Uinta m inutos agiu livremcrue. destru indo :i vontade. Soment c apes meta hora as mangucira s func iona ram . mas. ao raiar do dia. cstava a ES13,<50 da Luz rcduzida a esccmbros. acusando urn preju rzo o rcaco em dcz milhccs de cru zet rcs anngos . No "hall" principal havia uma placa comcmo rauva que conscguiu rcsist ir ao fogo, a qual . Iamcu tavclrncn te nao foi repar ada e recolocada no seu IUg'H. Pcrdeu-se, co mo arquiv ado . fo i 0 tnqueruo sobrc as ca usas do incen dio . AliOS mais tarde, jd rcconsm nda . cum scnsrvcts rcfo rmas em sua cst rutura . co m 0 acre sctmo de U1l1 andar aos dots exls tcruc s. cum 0 grande sahrc em cstilo "Renasce nce " rasgado ate 0 segundo andar, ganhou dois coujuntos de grossos pilurcs nas rcspcct ivas sarda s de passagetros. A tradicional Estacao da Luz volta agora a assum ir as dirnc nsze s de o utr or a. Counn ua a scr local de Ireq ucncia numcrosa c de qua nt os visua m a cidadc de Sao Paulo . c rea boe nre. urn cspetacuto de arq uitctura do: lmpressioua nte belcza. E. a ma is importante esracs o de passageiros UO !lrasil.
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C A P f TU L O -
4.
IV
ENTIDAI> ES CU LT UR Al S -
MUSE U DE AR TE SAC RA DE S,\O PAU LO
4 .1 Pin acu tccu do Estu dc 4 .2 Esc ula Poli tecnica . Su a Pa rtfclpaceu na R e vulu cdo Co nstn ucion afista 4 .3 Policia i\lilit ar
4.4 Ser vice Na ci on al de Apren di zagem - SE NA C
4 .5 Pre sfdio Tirad entes. 0 Quartel 4 .6 . GEC Pr ude n te de Moree s 4 .7 Metropolitano de Sao Paulo
4 .8 Real Ben eftcencta Po rtuguese 4 .9 Igrej a de Sao Crtstovao
\ t USEU DE A RTE SACRA DE SAO PA UL O
o Museu de Artc Sac ra de Sao Paulo , cnc crrado no mais repr esent ative r uonume nto arquitetcnico da ctdad c, const itui no scu genera, lim dos mais nobrcs c hisroricos do Brasil. Em cdifi cio { I UC rcrnonta an scculo XVI, no vc lho "ca minho de Anhabau que vat para Ne ssa Senhora da Lu z", ou " cam inho direito de Cuarepe" ~ (Atas. vol. XVI 127 ) - , ap resen ta atualmcnt e, do is aspectos untcos en t re todos os templos de Sao Paulo : tern duas frcntcs. scndo que a entrada para 0 adro da igreja l! late ral. A prim itiva entrada loca hza -sc nos jar dins do Co nvemo. e scu accsso e pro ibido . Possui duas to n es ro mdntcas encima ndo ve lho casarso co lonial. e seu inte rio r se cnobrcce pelo se ll cam gradeado. scus retebulos preciosos e seus confesstonanos. Vasto ed ifieio. a dcspe uo das vicissitudes a que 0 tempo 0 sujeitou. nada sofreu 110 seu aspecto ex tcncr severo e desnudo de lavor es. 0 mesmo que Ute im prim iram h:i centcnas de anos. seus pedosos alvandis. Sua nobreza decorrc de sua pr6pria mon umc ruahdad e. Guarda em seus au ar es prcciosa estat uar ta. Com o . pe r exe mplo. a mtagem de Nessa Scnhora da l.uz. que. segundo a Ira di~:io l! a mcsrna qu e sc vene rava na antiga ermida des Cam pos da LuI.. Aldm dcssa. I;{ se venera tarnhem. a imagcm da mdrfir San ta Fau stina. J oada pclo Papa Pio lX. Arras de scus muros de talpa . a soltdro das monja s. Um ccuute rio part icular. aspe ctos arquitctonicos inus itados. pe~as histcricas dc valor incalcuhlve l. ale nt de valioso s oocumcntcs sobrc a cdiflcacao do ccnvcmo. scus csta tutos c relatonos de s trabalhos de seus srndtcos. Sua fro nta ria crcctu entre duas to rres stnct ras. jauclas rctangularcs. balaustrada s e zimborios, constituem co njunto de rara harmo nia, no gencrc talvez, 0 ma is belo . 0 ma ts grandiose, 0 mais evoceuvo de Sao Pau lo, milagrosamcntc poupado 010 dcscammho do progresso. Essa rclfquia sctsce nusta guarda a inda , hem mais precioso. (lll.:' ~ 0 corecso da Luz!
rag.
o BA IRRO DA L L'Z
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Acervo Ar tis l i c o ;-';0 ano !')73 foi aprcscntada em Lisboa. uma cXJ"Osi~ao do "barroco bras ncuo". cornu micranv a cultu ral de mte rcambio entre Itrasil e Port ugal a qual conlou com 3 prCSC'II, a de s chefes de Estado cos dais r aises. ,\ e xposicdn for urgaruzada pc la Sccretana de Cuh ura. Esportcs c Tun s1TI0 e pelo Museu de " fie Sacra de Sao Pau lo. e aprcsc ntada pela "F undacao Caloust c Gulbcnk mu", sob 0 pauoc mto da Embarcada do Brasil. As obras arusncas cxposta s pcnc ncem 01 0 Museu de Ar1(' Sacra de S:io Paulo . com cxcccro de umas poucas. de pro pncdadc s dos ' t USl' US pon ugue. scs. Rcvcstcm -sc tais ob ras da ma ier significa, ao arusuca . dada sua tra dtcso . rcquintc c rtq ucza .
A rada
imagcm
de :'\ O SS<l Scnhoru da s Maravilhas.
Ill 1(
CXC 1l1 p]o ,
que era vcnc.
alta r da Catcdral du Bah ia. c ce lebre por scr npon tada como respullsave! pclo es tate na ca bcca do Padre ViCH a_da ndo-lhc intcligencia c sabcdo ria . Tcrta cssa imagcm vindo para 0 Brasil em 1550 . scndo rcvcst tda de prat a ern I (1 ~8. pefos ancs.ros ba ianos. Outra prcciosida dc e uma unagcrn de ~ o~ Scnhora da Espe rau ca. em pcdra IiOL, portuguese de 1500. semclhautc a que Cabral trazia na sua viagcm as tcrras brasileiras \I edindo HO cc unmerro s de altura. c recobcrta por urn mant o preso par um fermal qumhenusra. tendo na cabcca uma core a real. Pnmitivament c cncomrava-sc na fronta na da lgreja de Sdo Pedro de s Ckr fgos. no Largo da ~ de Sse Paulo . ( am a dem ol iij:ao dew lgreja . for rcnuwida para a L Ul . digno de at cnca o ncssa imagcm. a \I enino Jesus ca trcgand o nas maos urn ccrvc . si mbo lo da sabcdoria c da esperance . Para alguns cstud josos. c a propria imagcm do Espiru o Santo . Esclarcca-sc que essa prccrostdadc foi doada ao \ Iuscu. pelo Dr. Olive ira Ribeiro Xeto [ada peca do xtu scu C inc rivclmcntc bela. no movimcntc de seus floroes. des scus vidros. de s scus qucrubins . seus santos trabalhado s a mao, seus 'utros e volut as. num a pol icrouria e cs togo singu lar. Scu acervo lao magnificamc ntc conse rvado. comc cou a ser rcun ido nos pnmordios do seculo XX pcfo Hust rc Arceblspo de Sao Paulo , Dom Duart e Lcopoldo c Silva. Erum pccas sacras dus vcthas capela s c Igrcjas paultst as. da capital c do interi or do latado . c de o utros pont e s do Brasil. que comc caram a scr reunidas c guardadas para a posrcnda dc. c hojc () Museu de Art e Sacra cxpoc ern caratc r pcrmauent c juntamcnte com o ntr as jle~a s ali chegadas em doalfa\l o u adq uiridas. U prcJ io ondc ta is prcciosidade estao guar uJd as. e um dm mais am igos di,.' 550 Paulo. sendo que SUJ con stnu;:ao S(' I'ro longou por l!UairO a n o~ aproximadamcn le. -Possui esllCssas paredes. algumas com ma is de lim nWlTo de 110
I:
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ENTIDADES CUL T UR AI S
espessura. nas quais se encaixam po rta s e janelas de madeira rnacica , pesadrssima, qu e se movem em dobradica s em fo rma de pino que gira den tro de pequeno cilindro . As fechadura s e cha ves. no tamanho e solidez, fazem seis ou sete das atuais. As rabua s do assoalhc , de madeira escu ra. medem quas e meio met ro de largura , e tu do 0 que e pregado , e por meio de crave s de quase dez cen umetros de comprimento, quadrangular es, com cebe ca acha tada e irregular. Suas escadas chamam a at encro por que seus degraus cstao oesgastado s pelo continuo e prolongado passer das mu njas em ma s duplas, dura nt e qca se duzentos ano s! A construcao or iginal sofreu algumas mod tttcac oes e muitos repa ros. entre as quais as que foram realizadas pelo Co nde de Prate s, si ndic o do Mosteiro :i epoca. Asstm. a part e que vat desde a portaria ale a ex tre rnidade, co ntin uando lateralrnen te at e cnco nrrar 0 anti go pu xado que havia . Dcve-se ao mesmo con de, a co nstrucao do mur o que circunda todo 0 terre no ext er no do Con vcnto . As porta s e janelas ainda sao as mesmas coustruidas em 1777 , mas as vidracas foram colocadas em 1900 , por iniciariva do Co nego Augusto, tam bern sm dico. e 0 atual piso de lajotas, pnnut ivament e for a de terra bat ida . Por volta de 190 5, a iluminacao eletrica fo i levada , para 0 Convento . para finalmente a 29 de jun ho de 1970 ser ali instala do 0 Museu de Art e Sacra de Sa o Paulo . A Inaugu racao c corrcu ao som de "Missa", de autorta do Padre Andre da Silva Gomes, mestr e das lgrejas de Sao Paulo, em 177 5, e cuja partitura orig inal sc const itui numa das reliquias do Museu , encontrando-se numa das vitrinas da sala Dom Duarte Leopoldo e Silva. As de pendencies do Museu foram restauradas pe lo Estado, na med ida po ssrvel de conservaceo do ambient e original. Assim , as modernos taco s e o s ladrtlho s imitando rnarmo rc, toram substi tuidos por made ira de lei, em largas tabuas de ipc, com craves da epo ca, e lajotas de barre qu eimado . Todo o ma dciramen to, portais e guarnicc es fora m rcstaurados, os quais tinham side mutilados pela colocacao de roda pes. A pintura das paredes, sobreposta em cores dife rentes , foi eliminada . A part e elet rtce e 0 sistema de segura nea fora m adaptados aos rnais modernos metodos, em conson ancia co m 0 estilo arq uitctouico . o projeto c a cxccucao da mon tagem do Museu cstiveram a cargo do Senhor Artu r Jor ge de Carvalho. o Museu se abre com a Sala charna da Madr e Helena do Espirito Sant o. homenagem tu nda do ra do Mostetro. e esquerda urn alta r setscent tsta em talha de madeira poli cro mada e dour ada, proce dente de Itu , da Fazen da Piraf do s Camargo, tendo no scu nicho a imagem de Nossa Scnhor a des
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HAI R RO DA
t.uz
Prazcrcs. do Scculo XVII , em bar ro C07j UO poh cromado c do ur.ado. provement e da zona de Sorocaba . Um rochciro de prat a portug uese. enviado em 174 5 por D. J030 V para a SCde Sao Paulo . ostenta as arrnas reais. i1uminam
a imagem de Sao Paulo, de barro condo. qumheruista, e proccdcute da lgrcja do Coleglo . Ada ma m a inda , a sala , urn grande crucifixc do Seculo XVIII. de Reccllurnem o de Sa nta Ter esa. uma imagcrn de Sao Pedro Pap a. tam bcm onocent ista e da an nga igreja pau lista na de S3'o Pedr o de s Ctengos. Ita tambem , uma area da Bah ia. sct ecent ista . mesa de bolachas e Ire-mida s do Seculo XVIII e urna cadeira da ant iga Se ; lima cruz de proci ssdo sctscennsta .
de prata lisa. e tres Iampadano s de prata. ostentaud o 0 central. as armas do pnrnetro lm pet io Brasneirc q ue fo i oferectdo :i. Se de Sao Paulo pOT D. Pcdro I, em corocmo racro da mde penddncia do Brasil. A sala d:l para 0 co rredo r de Sao Jorge, coloca do no r uche da escada . adomado tambcm pelas imagens das Santas \ laes, Sao Bento e Sao Francisco de Pau la. cucim adas par dois cam pauatio s de prata . do ano 17(XJ, O chama do "Corrcdor do Fret Calvao", era a ant iga en trada do Mu steiru de Luz, em cujas paredes latcrais encostarn-sc buncos de veuras igrej as ouocem tstas. urn grande Cristo cruciflcado. rcta bulo s de altar, sctsccnttstas. e na parede urn quadro da Anunctacsc da v lrger u que pertenceu ac tete da antiga Igreja des Remedios (18 13 ), q ue sc situava na Prace 1000 vtcndes. Ourras imagens sao vistas ; Ne ssa Senhora do Ro sano. S;io Pedro Papa, Sam'Ana. - a segunda padr oe ira de Sao Paulo, per decre ta papal de 1 78 ~ - e ma is uma v ero nica e dots scraf ms de madei ra da autor ia de Mestr e va lcnnm no Rio de Janeiro . o corr edor de Ne ssa Sen ho ra da Luz ostcnt a mesas e cncont ros de D. Jose v, da Se de Sao Paulo. vanas unagens setsccnns tas de barr e e paulislas, centre as q uais a de Nessa Senhora ua luz de auto na de Frci Agostin ho de Jesus; um a Santa Luze , Sao Francisco reccbendo as est rgmes - 1630 - , S ow Senhora co m 0 Menino . e Ull13 coroa em prata, do Divino , co m salve e cerro. da Irma ndade do Esp irito Santo da Se . Cadciras o itocent istas de jacar and a da auriga SC, adornam as vdrias dc pcndcncias do museu , num tot al de 48 . o pati o inte rno c! atin gido por esse co rrcdor. E ajardinado . e si sc cncont ra a Pia Bensmal de Sao Paulo, do Seculo XVIII , de granito e marmc rc. Vinic e tres lampadanos de prate adornam 0 altar de Nossa Scnhora da Luz, intcgrante da estrutura do Mosteiro. que o stenta a imagem do vclho OTago de Domingos Luis, 0 Carvoetro. e trazida para ali da Capela do Poranga. 0 Sen ho r Mcrtc ottocenusta. toc hetros. litnl . palmas e pcq uenas imagens se dtspecrn harrnoruosarncurc por sobre 0 mesmo .
ENTID ADESCUtTURAlS
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A urn canto, sob 0 Espirito Santo de Ara~r igua ma , do Seculo XVI II, Ne ssa Senhora da Co nceicro trazida do antigo Palacio des Bispos., do Rio de Janeiro, admira vejho armanc da Sacristia cia igreja do Patrocinio de lt u, que guarda mitras, barretes e soltde us de s rehg tosos de Sao Pau lo, inclusive de Diogo Feij6 . Centralizando tanta bc leza, entre vitrina s q ue guardam objetos de ouro e prata de velhas igrejas paulistas, a urna do Sant rsstmo. ottocennsta, e da Se de Sao Pau lo , em branco e ouro pcrfumada a sl ndalo. Na Casa Forte, as duas sales sao prol egidas per urna por ia de banco, e guardando objetos de alto valor dtsposros e arrnanos e vitrina s ao longo das paredes. ~ ai q ue se encont ra a imagern de Nessa Sen hora de s Prazeres, do s 1600, ernbasada pa r doze querubins, de aut oria de Frei Agostinho de Jesus, bern como Ne ssa Scnhora das Dorea e Sant 'Ana Mestra, em madeira e esculpidas pelo Aleijadinho. Cruzes de procisseo, oste nsonos de prata e o uro, Cnstc s Crucificados, de marfim e madeira, e urn peq ueno quadro de Veronesi. A cruz peito ral e ancl, do primeiro Cardeal brasileiro - Cardca\ Arco verde - de ouro, rubi. esmeraldas e brilhantes, rebc enos de prata, ouro e pcrJrarias em mem6rias de varios santos, sao dtsposrcs ai. Ha ainda 0 ''Co nedor des Btspos' no qua l sc observe a mesma consta me de beleza e riqueza: lmagens e rochetros de prata , atandelas de madeira tra balhada, cujos entalh adcs proceden tes da s Miss3es do Rio Grande do Sui, esta nte de coro do Seculo XVIII de Sio Luis do Maranhao. urn pu lpito citocenusta com pint ura barr oca mineira , e urna cruz de procissio do Seculo XVII, que pert enceu i ant iga Capcla da famil ia Pires, de Sio Bernardo. Esse corredor termina na Sala Dam Duarte Leopo ldo e Silva, com S\l3 S paredes adomadas com os retrato s. a 6leo , dos bispos de sao Paulo, desde 1745 , q uando foi criada a diocese de sao Paulo. Do teto, pe:ndem cinco lampadanos de prate , do Seculc XVIII, procedentes da St. Vitrinas C1'p6em objetos de ouro e prate: 0 Sacraric da Matriz de Guarulhos., do 1600, em talha de madel ra po licrornada e dourada, a mesa do altar da Matriz de Santo Amaro (1700), imagens, cadetras e retabulos de altar da epoca barroca . A Sala Da m Jose de Camargo Barros, nome do fldalgo bispo de Sao Paulo , falecido em 1906 nurn nau fragio, tern inscrito, em urna de suas paredes, 0 brasao de armas desse ilustre pastor, em talha policromada, enctmando urn cadeiral D. Joao V da antig a St. Seus lampedanos venezianos do secu10 XVIII , procedem de urna colecs o paulista ; urn carrilhao ingJes com catxa de xarso, um areal baiano e urn quadro italiano do 16lXl completam a sala, cuja porta ~ encimada po r quadro e figuras de urn Calvaria mineirc do Seculc XVIII. o antigo refeit6 rio des freiras ~ hoje a Sala Dom Bernardo Nogueira, 0
o BAIRRO DA LUZ primc iro bispo de Sao Paul o . Ap resenta eta mc tas pare des divisorias fo rradas de ima gens peque ninas de ora torio s pamc ula rcs. alem de vttr tnas co m j6ias e obje tos sacro s, pia ba t ismal de made ira color ida , seiscentista, altar de Santo Amaro de talha barroca. c cinco orato rios. Dcstcs. urn pre cede da Igrcja do Colcglo . e out re em forma de armano . da casa de Bor ba Gato em Parna iba. Urn ric o tocheiro de pra ta co m as armas de D, Joao v , qu atro lampada nos de prata do scculc XVIII , ccmplc tam a sala. Urn monumenta l toch ciro pro ccde nte da S ~ de Sao Pa ulo , desp erta a atencso na sala scgutme, qu e da para 0 "Corredor dos Reis", assim cha rnado em virtude de expor a gale na a ole o des refs port ugueses. Em urn nicho, a imagcm de Ne ssa Scnbora da Bspera uca. do Seculo XVI, de pc dr a portuguosa do Alll{a, vinda para 0 Brasil co rn os pr imciros colonizadorcs, c que tarnbem csuv era na fro nta ria da lgreja de Sao Pedro dos Clcrfgcs. c numa des parcd cs . (J " Naufragio do S mo". de Ben ed ito CaJixto. Ulna cnormc po rta e duas janela s de trel ica no "C o rredor de l-rei Galvan". sc abrem pa ra 0 antigo Cenuteno das religiosas da Luz, com chao rusn co c carnciras nas poredcs. Con tu -se que durante rnuito tempo as "pcdrinhas" de revestu ncmo do tumulo de Fr ei Galva-a, cra m dtsputad as . pu is cur avam, sc colocadas nos filtrcs de ague para heber. No extreme do Ccnureno e xiste lim altar orato rio do Seculo XVII I. e proccdcntc da Capels da Fazcnda da Fcit iccir a ou ,IC' Sao Mat ias, na Hila Be la (anuga Vila Bela), no literal nortc de Sao Paulu. Paredes t' ptso da Sala Fret Galv30 110S rcvetam a cstr ut ura do Mosteiro da Luz, de talp a socada e de sopapo . da q ual 0 vencrando monge tot 0 autor princi pal. Nessa sate. vtrrinas guardam objctos que pe rtenceram ao santo sacerdote .. Sells rosa rtos. co rduo do hab uo, tc rcos. amhula . callce de co munhao. o crucifixo de sua cc lu. lllll chicot c de pcnitdncia c a cha vc de seu csqulfc mo rtuurio . De modo geral . as paredes de tod as <IS satas do Museu sao adornadas de noravc! colccro de pintura co lonial re ligio sa brasncua . com destaque das o bras do Pad re Jcsum o do Mo nte Cannclo 0 muio r pintor colon ial de Sao P<lulo . Como parte do programa de festcjos do 150 .0 universario da l nd epcnde ncia do Brasil. algumas dessas pccas Ioram sclccionadas para divulgacao de s valores trad icio na is da cultu ra <' de senvolvimcm o do Pats, entre as nacoes anug as. fato q ue dcspertou rca! interesse pcla mais tradtcio nal art e brasilcirn.
L ~ TI [)A [)l-S
cut.TlRA IS
P inn cot e c a d o Evtndo
Sit uada a [rente do Conve mo de Nessa Scnhora da Lux. instalou-sc em prec ho coustruido em Ig9 5 c que pcrtcncc u all Liccu de Artcs e Offcio s, hojc 113 Rua J oao Tcodoro. Fo i dcsaprc priado corn dcst in a~ ao cspccffica a Instalaceo da l' inaCO!CC3 , Fiscalizac do Art fstica c Faculd adc de Belas Anes de Silo Pau lo . Sao seus Iund ado res. (l Dr. Carlos de Cam pos. Ramos dc Azevedo . Freitas Vale, Surnpa to Viana c Ado lfo Pinto . Apb s 1930 , pcrmanc ccu fccha da dur ante algum temp o, quando a Pinacot oca fo i sediada no antigo predio da Imprensa Oficial do Esrado. f Ruu XI de Agosto . Em 1946. cntrctanto. volt ou ao seu nasccdc uro. em plene coracs c dol. Cam pos da Luz. ja sc inicia ndc 0 funcionamcnto da Faculdad e de Bolas Artcs de Sao Paulo , Durante muitos anos esteve a [rent e. a cstatua de Ramo s de Azevedo , que a unpiedadc do progresso dcsalojou para outr as paragens. A Pinacoteca possui sets salas c urn corrcdor, luta ndo con sequc memente, com a falta de espa"O. Nesse rectnto. situam -se 1874 ob ras, a ma ior ia de 1850 a 1900 , representauto um patrimunio valiosissimo , qua sc todo ele procede nte de doacoes de part icular es. inclusive do Ministro Azevedo Marques e do s lrmaos Bern ardelli. Guarda tambc m. 1148 fo tos c fotogravu ras de art e francesa. colccso de moldagens, rcpro ducces e originals de rncstres franccses dos seculos XVIII e XIX, paineis a 6 leo , estampas. gravures, bron zes, cstatuas em rndrrnorc . As Salas de cxp ostca o foram batizadas com o s no mos de pa tronos das artcs em Sao Paulo - Fr eitas Vale, Azevedo Marqu es, Bcnedu o Caltxto. Pedro Alexa ndrino . . . A galena de escultura s aprcscnt a notavel traba lho do escultor helga A. Pune nann , bern como "C raysus". origin al em marmore de Ferout. Dcstacam-se ainda esculruras de Vict or Brccheret , Rap hael Galvez e Vicente Larro ca. Quante a Calera de pintura, 0 acervo mostra ob ras de Di Cavalcann "Os Amtgc s": Hcnedit o talixto - "Bma de Sdo Vicente" ; Pedro Alexandrui o - "As pargos": Ailllcida J unio r ~ "Caipira picando fum o": den tr e os mais nota vcts trabalho s prctortcos . A dtrccro do Museu rcscrvou uma Sala para expostcc es event uais de Il OVOS pintorcs. c possui tambcm. sala de tcat ro de arena e biblioteca.
o BAIR RO
DA LUI
A es trurura exter ior do predto ainda nac esta revcsttda. e 0 projeto de iluminacdo artificial co nferiu ao local. uma personalidade difere nciada em dcstaq uc no fundo negro do velho J ardtm da Luz .
ES COLA PO LIT ÂŁCN IC A
"Aqui ninguem em ra que luio
seia geometra " - Pia lao -
A Escola Poltt ccntca da Universidade de Sao Paulo corn pletou oitcn ta e urn anc s de exi stdn cia no dia 15 de fevcreir o do ano cone nte . tendo side sole neme nte inau gurada a 15 de fevererro de 1894. contando ja 3 1 alun os matriculado s e 28 ouvtntes . Congregan do lnstttutos Anexos - Institu to de Pesquisas Tecnol6gicas e Inst itute de E jetr o tec nica , par exernplo , fo rma urn conj un to de justificado orgulho no ce mirio intejectual de Sao Paulo e do Brasil. Foi crada pe la Lei n.c 19 1 de 24 de agosro de 1893. pr omulgada por Bernardino de Ca mpos. Dispunha a Lei qu e a Escola de Engenharia dcvia formar cn genh ctro s prdt icc s, ccnstrutores e cond utores de maqu tnas. mestr cs de ofic inas c diretores de ind ustrias, mediante ensi no tc orfco e prance . A Esco la Polit ecnica se dispun ha aos cursos segu int es: engenharia civil: em 5 alios de est udcs engenharia indu str ial: com 5 anc s de esrudos enge nharia agrico la: com 3 ano s de estudos cu rso anexo de artes rneca nicas: com 3 anos de est udos . o Govern o do Estado adq ui riu na Avenida Teadem es. na esquina da Rua Tres Rtos. urn predio espacosc . com vasto terrene ancxo , ant iga rcsiden cia do Comendador F idelis Prates. qu e passou sucessivamente :i propricda de do Marq ues de Trcs Rios e de uma crnpresa in dustrial, a Empresa Sao Paulo Hot e l em cujo dominic se cfctuou a aq uisicdc , pela impo rtdncia de cit cnta com e s de n~ i $ ' Fo i nomeado seu pnm eiro dire to r, 0 Dr. Ant onio Francisco de Paula Souza. Primeiro esra belccuneruo de en sino supe rior. fun dado pelo Esta dc de Sao Paulo Repub lic.a no . sempre 51: constit uiu cami nho aber to :i atividad e int eligente da mo ctdade. um foco inexti ngu ivel de luz a aclarar-lhes a inteligdncia .
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ENTI DADES CUlTIlRAIS
o
Ensino da Escola Po litecnica, em cont inuo progresso, depo is da instala짜30 dos Inst itute s Anexos. desenvolveu-se ma is favor avelmente. o Institu to de Pesquisa s TccnoI6gicas - I.P.T. - e 0 Inst itute de Eletrotecntca, com os seus problema s industria is e as sues equipe s tecmcas em regime de tempo integral. num ritmo de trabalh o ate a pou co tempo nesconhecido no Pats, criaram urn ambicnte extraord inariamente benefice para os estu da ntes. Esses passam pelos labo rat6rio s de s lnsn rutos onde realizam os trabalhos prattco s das cadeiras arms. ajem de pode rem en tregar-se a traba lhc s de pesqutsas na qualidade de asststenres-alunos. Sem duvida algoma a fu nda~o de ta is lnsut u to s Ane xo s Escola Po litecnica co nsu t uem-se 0 in(cio real da pesquisa tecmca no Brasil. o Ediffcio Velho, como era chamado 0 palacete Tres Rtos, arcou com :I orgaruzacao e funcioua ment o da Esco la durante largo tempo . Sua demol icso foi iniciada com a sedicao militar de 1924, quando canhoneiros e met raIhas au ngiram seus tefhados. que aca baram por ruir. As pressas, mudo u-se a Escola Potuecn lca para 0 " Novo Predio' c "xovrssrmo Predio". Pe r voila de 19::!8. nada ma ts restava do Palace te Tr es Rio sl 0 pred io novo , co nstruido po r Ramos de Azevedo. ch ama-se hoje em dia " Edificio Paula So uza" . e ficava nos fundo s do velho ed iffcio . Co m a instalalfio do Curse de engenheiros eleu icistas, 0 Go vemo Estadual co nstruiu 0 predio novissimo , e, posteriormente, entre 0 Novo e o Novrsstmo ediffcio s, crgueu-sc 0 mtponente ediffcio do I.P.T. o Prof essor Francisco de Pau la Ramo s de Azevedo, segundo Diretor da Escola Politccnica. e lido como 0 consolidado r da Escola. d irigindo-a de 191 7 a 192 8. Os est udanres de t:io renomada Escola se agremiam representau vemente no " Gremio Po litecnicc", entidade q ue anualmente promove com os estudanres da Faculdade Pau lisla de Medicina , maratona espcrtiva. 1:. a cejebre Pauli-Poll que ja ehcgou a em polgar os meios es tudant is de Si o Pau lo. Dessa compencao resulta a MAC-POll que reane os vencedores da MAC-MED e PAULI-POll .
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A Re vol uca o Co ns t it uci o nalis ta e a Escu la P nlire cntca Em 1 9 3 ~ . 3 1<:11S:iO na Capital e quase incontida . Co nspua-se abenament e co ntra a peasca ~ 0 regune do drtado r Vargas. '\0 me., de marc . era-se a mist ic:a do \t.M.D.C., e a 9 de julho do rnesmo ano , deflagra-se a Guerra Constu ucionals ra, ado tando prop6sitos ngorosamem e naeionalistas.
o BAIR RO DA l UZ
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o M.\I.D.C.
invade e ocupa 0 vasto casarao da Faculdad c de Dlreno (' primeiro con un genre de paisano s arma dos que comeca m a operar ao lado do Exe rcit c c I1a Fo rce Publica e a 10 de ju lho. 0 entaa i nterventer de 530 Paule . Pedro lie Toledo . ~ detuar uerner ne acLamado Govemador de Sao Pau lo . " na mais vibra ntc manifestacdo de civismo . na mais pujantc prova de amor ao Brasil e a Sao Paulo ..... Volt a urna vez mais. 0 bairro da LUL, a dcsem pcuha r sua funcao hist6rica. Deflagradc 0 mo vimcnt o con sutucionahsta . a q de julho de 19 3.:! , foi a Escola Po litecnica c todos os scus laborat 6rios rcquisita dos pelc Governo do Estadc de Sao Paulo . para cons ttt utrcrn 0 Service de Engcn har ie da Perea Pub lica . lrrcst rua solidaricdadc foi unanimcmcntc votada pc la C O l1 g n:ga ~ao c rodo curpo doccntc J a Escola . no dia 12 de j ulho . Su b a o ricutacdo gcral do Pro fesso r Mario What ely. a quem cou be, ua qualidadc 0.11: delegado do Govcrno. dirigir as atividades bcucas da Escola . c sob a Chene dircta do Engenh eiro Adr iano Marchin i o s tecnicos do L.E.M. levaram a cabo varias reanz ccoes. Ali forarn estudad os, projctado s e executados: pcnscomc s de trmcheira. co rretorcs de nr c para mctra thadoras anu-ae rcas. tclCmetr os e binoculos milimetrado s para art ilharja . Fora m amda pre paradus, IM.U am plu cro 1010graflca. Jelenas de pranchas cauografi cas em grande escala lias varus freutes de luta, e ensaadc s e estu dados mate riais para chapa s de bllndagem . capa ceres. mo rt eiros de tt incheiras, etc.. __ No s laboratcnos foram fabncada s granadas de mao c municao de an ilharia, equelas adapta das ascond iljo es de sao Paulo na oca stdo . Ao s labo rat6rios Ioram cngajados 300 volu nta no s dada a necessidade de maier procucto. os qua is num ambie nte de absolute disciplina, c trabaIhanJ o none e dia po t rurnos que sc revezavam. u L. E .~1. chegc u a produzn urn total de 150000 granadas de mao . Nos ulurno s dias de luta . a prodocao diana aun gja a ItMJOO. cuja pro duIfjo to tal era siste manc amc ntc submct tda a contro les cxpcr tmentats. Apesar da caut ela mantida. cssa fabrtcacs c cust ou algumas vit imas: os cngcnhc tros Douglas Me Lea n, Joaqutrn Bohn c o est udant e Jose Greff Borba . tod os vo luntaries. e que ali dcixaram suas vidas. o Engenheiro Adriano J ose March ini. responsavc t pe la transforrnacao do I.P.T. em autarqu ia em 1944 c seu supe rtnt endentc, fo i mutilado ua realiza\=ao daqueles trabalhos. Tambc!m 0 voluntano Mario Bertacht teve igual
:Iii se o rganiza
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sene. Os engen heiros Cyrillo F lorence c Rornul o de Lemo s Roma no . sofreram graves lewes orgarncas pclo anu cn al. sendo q ue 0 ulttmo velo a falecer
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(;:'Ii Ti DA DLS CUl T UR,\ IS
prema tu ramcnte. em 1936 . At uatmcme . J. E~'O I:1 Poludcmca da Umversidade de sao Pau lo instalou-se ua Ctdade Ul1iv(niUria, no distrito do Butant:i, em area superior a cern alqucircs, dos quais ::!40000 m J , fica ram rescrvados ao l.R'L, consntumdo ali. u chama do "B loco Potnecnico".
Po lici a Mili t ar - Ge ne ra lida des
Criada na antjga Provrnca de Sao Paulo, como modesto "Cc rpc de G uardas Pcrmancntcs" . inst ituidc para garantia e ma r uncncec da ordem pub lica. 0 cnvolvcr de s anos. imprimiram-lhe nova cstrut ura e conststencta. Corn scus 141 alios de exislcllcia. SU:J Iamu c noronc dad c. utrra passou J~ frontcr ras do ESI;J do c du Brasil. dcvido sua or gantzacr o. disciplina e mtc gran tcs itust tcs. SIlJ ~ trad lcocs st u verdadciru s csrandancs de coufja uea . dignidadc. 路 rcspeito c respcn sabihdade em favor do bern estar da colctividade gerat. Unifieadas as pclfc ias fardadas de s Estados, suas muralhas se tcmaram amda mars s6lidas ua defcsa da pal . da familia e do patri m6nio paulistano. ,\ Pohcta ~l ilil :tr do Estado C produto da u m nca~;ia da Pe rea Publica e da GuarJa Civil de Sao Paulo.
NoHcia Hist 6ri ca "C onscjho da Presidencia
da Provincia de Sao Paulo. - (J.3 Sesst o
OnJillaria,a 15 de Dczembro dc 183' ''.
Rcunido 0 Exm.v Cousclho . Je d arada abcrta a scssro . Ioi IO TnJ da publica a Ca rla de l ei J~ 10 de o utubro Je SSI: mesmo auo. uutorizandn a c r ia ~ ao de lim I' c rpo de tiuarda Muntctpats, voluntartos a I,l! c a cavnlo no memento julgado oportuno. Verdad ciramente. as prnnctras nouctas sob rc rrc pas auxiliarcs em 550 Paulo, remontam ao inl'cio do Scculo XVIII, tor nand o.sc mais prcctsas depo ts da cr a cao da Ccpn anla c da etevacso da Vila de Sao Paulo a Cap ital, em 1721. Ent re 1748, 1765, a Govem o da Capitania estevc sujelto uc governo do Rio de J aneiro. 030 havendo . consequentemente . progresso de tais corpos rnilit ares.
A ~O de maio de 1702 , Attu r de Sa Menezes concede a Jose de Goes. a patente de capn so " ad hono reur" e. a 10 de junho do mcsmo ano. iddntica
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o BAIRRO DA LUZ
patente de capitdo de cavalana e concc dida a D. Francisco Ron don , propri etadc de muitas terr as na cap ttanta . Par oca str c da revolra em Minas Gerais. em 1720 e prcvocada pOT Felipe dDS Sant o s. soldados de sao Pau lo foram ma ndados para la. e ja em 1722 0 Provedor da Fazenda Real na Provincia , Sebasnso Fernandes Regc , prontutcou-se a formar :i sua CUSla, uma compant ua rnontaca. provtdenca que parece naa let side accn aua . Entre 172 7 e 1730, tercos ou companruas de auxtna res j :i estavam o rganizadas, finalment e. Cou be. cut retanto. a D. Luiz Antonio, reorganfzar os cor pos auxiliares, 0 qua l se cntusiasmou com os projetos militates , acaba ndo por declarer que orgamzana urn regirnent o de cavalana formadc da melhar
genie de sao Paulo. Para i nsl ru~3o da Milieia. prc ntificou-sc 0 proprio governador a ensind-lo aos domingos , em San to s e 550 Paulo. Data dessa epoca 0 Reghneuto de Dragoes da Capit a nia, Iormado da " melhor gente e de mais uotono luzimcnto". A 29 de agosto de 176 5, D. Lutz ordcnou a allstamcnto de tod os os pardcs forro s da vila, a fim de aumentar quan to possivc l a Mi]{cia. ate cor n. pletar cern home us. Cart a do governado r relata a 5 de ja neiro de 1767 , que cinco companhias de mulatos. armados de co mpnd os chucos, estavam disl ribuidas ent re Samos. Sso Vicent e, Sao Sebast u o. Tau bate e Pindamonha ngaba. Em 177 5, D. Luiz Antonio cnou o utre eompanhia de mulatos na Ca pita l. Em 1796. intcgruu -se 0 chama do "Rcgimcnm des Uteis" . e em 1798 , surge a "Rcgunent o de Scrtanejos" de Itu. Quando ocorreu a rransrnigracsc da fam ilia real port uguese. em 1808 . D. J030 VI ordcno u a reorgaruzecao das milicias da Capttania . nrc apenas para atcnder as no vas lutas co m os espanh6is do Sui. como para oc upar o s Campos de Guarapuava. (no arual Estado do Parana) que amenormente ti nham sido atravessados pelos bandeirantes. Cnou-se emso. urn Corpo de votunranos de Milicias a cavalo. com 502 homens com elemenlOS dos Ires rcglmentos cxtstentes na Capitania. e um esquadrso de curitibauos. Em 1822. per ordcm do principe D. Pedro, 0 Govemo Provtsorto de Sao Paulo orgauizou lim corpo de mil homens sob a legenda de -Lea ts Paulistauos", que part iu para 0 Rio de Ja neiro. Em maio de 181:!, 0 Regunent o des Ute ts passou a co nst ituir 0 3.0 Regimento de Infanraria de Milicias da Cidade de sao Paulo. Po r ocastso da chegada de D. Pedro .i Pro vincia. a 15 de agosro de 18:!:!. ho uve formatura solene sob 0 comando do Co ronel Jose J oaquim Cesar de Ccrqucira Sene , dcsde a "pont e do Carma ale a lgteja da Sc c pcla
ENTI DA DES CL:l Tt)RAIS
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rua da Fundjcao ate 0 Palacio do Govemo". ESS3S legi6es mais tarde se co nstituiriam nas legities consolidadcras do vasto patnmor uo territoria l brasileiro. Da mdependencta ate 1831. foram esscs milicianos que guat daram e garantiram a tranqiiilidade des Provmca s. sendo cerro q ue 0 regime Imper ial centralizador. encom rava nos rnesmos. 0 esteic de sua scguranca. disciph n a. c espmto nacional. Acon tecida a abdlcacl c imperial. e conseq uents cstabelecun ento do governo Regencial. fez-se o portuna reorgamza cao das forces armadas brasitetras. rernodetacso essa que fora imcu da com a Lei de \ 8 de agosto de 1831. que mandava criar no Brasil. as Guardas Nactonas . an rncsmo tempo que exnng uia todos a s Cc rpo s de :\Iilici:l , Gua rdas Municipais c Ordcnancas. ak m de estatuir 0 scu rcgulamcnt o. As Guardas Nacionals forum crtadas para defender a Const tn ncro brasileira. a libcrdadc e a intcgridadc do Imperio. lnvcst idas de tao clevados encargos, nao cram, to davia, cficicntc s ao cxcrcrclo des suas funccc s. e nem mesmo disciplinadas ou provides do necessaria mater ial be hco. Assim. lorneu-se urgente a organiza'fi u de novas forces com 0 objenvo principal de po liciar os cen tre s povoados do Pais. As tropes regulates foram convocadas pela Rcgencla para pcrmanecerem na Capital. enq uanro que nas provincias ficaram as Cua rdas xacionals. para cumprimento de event ua l 3\;10 rniluar. A 10 de outubro de 1831 foi prornulgada a lei que instituia 0 primeiro nucleo encarregado da or dem inte ma, e ja a 15 de dczembro. reuna -sc em sessro ord inaria 0 Con selho da Provincia de Sao Paulo, sob a presidencia do Brigadeiro Raphael Tubias de A;;uiar . que apresento u a ja citada Carta de Lei. bern co mo 0 Dccreto de 11 do mesmo meso No dia 1.0 de marco de 1831, 0 celebre Brjgadciro comunicava a orgaruzacs o da Gua rda Municipal Perrnanente da Provincia de Sao Pau lo , que cmbora Fosse modesto nucleo de mihcianos, um dia sc rransformar ia na Force Publica. mais tarde intcgrada :i Guarda Civil de Siio Paulo.
" O s Morceg os" Em 1873, dado 0 descnvolvimento da cidadc de Sao Paulo. tc rno u-sc nccessario urn servtco de scguranca. que 0 Corpo Policial Pcnnanente nao podia realizar. Asslrn. 0 Dr. Joaqunn Jo se!" do Amaral, Chefe de Pohcia da Provincia, pro pos a cria'fi o de uma com panhia de guardas urbano s,
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IR RO IJA LUZ
o povo da ctdade. eomcc e mordaz. alcunh ou tal guarda de "Os Marcegos". Em var ias rodas da cidadc SoC cantava ironica mcnte a atua cdo de t35 guardas . Havendo mesmo uns versos atr ilmidos a Alvares de Azevedo q ue assrm os tratava: " Sou Kuarda urba no, petas rue s wgo. de ('spada Ii chua . p OT nd o fer empngo. E a s fra ll5C'lJll rcs. qual/do 1'01 / /)(ISSlJ.1Idu
d izcm rosnando - so;daqu! morcego."
() regulamcnto dce a Guarda Urbana fora expcdid o pclo l. ovcrno da Provincia a 30 de junho de 1876. Seu pr tmetro coma ndaute to t () major honoraria do Exercit o . Trist:io Firmino de Almeida, q ue :".C aq uartelava na Casa do Trem. Sua rnissro em 1886 co nstst c no pat rulharnonm das freguesias remote s do Bras, Po nte Grande, e Sant a Ifige nia com pra~as de cavalar ia, quando , devido 30 gra nde progresso da clda de, foi transfer ida para grande predio assobradado da rna do Carmo .
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Raino da Luz e as
R ev o lu ~ 6 e s
d e S i o Paulo
Em 1924, dura nte a Revolu~o de Sio Pau lo, movimento iniciado a 5 de serem bro de 1924 . tendo a [rente 0 major-fiscal Miguel Costa . 0 bairro da Luz se transf or mo u em redut c mexpugnavel do ideal revctuctcneno. Suas casemas fla m logo em podcr dos msurretos. com excecso do 4 .0 Batalhac da Fo rce. que suportava os ataques de Miguel Costa. Sues ruas e avemdas di o passagem as tropas que convergent para 0 centro de Sao Paulo , sob lntensa fuzilaria. Em 193 2. durante a Revolu cso Cons t itueionali sta , um a vez mais se rrausformou em campo de luta aberta, agora, quando na Escol a Politecnica e dcpcnden cias do J.P.T. se precede a fabrlcacs o de armamento belico c capacct cs de ace .
Service Nac io nal de Apren d izagem Co me rci al - SEN AC Com preen dcndo na Capita l. tres Centre s de Ensino . um deles se situa no Bairro da Luz, na Avenida T u adentes. numero 8 ~ 2 . Edificio J030 Nunes Junior. Com pree nde o ito escolas . para 0 atend tmento de 2500 alun os - Artes
lO NTI DADES CUl ITRAIS
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Come rcrats. Administracao Comerctal, v endas, Hc tclara , C lassifica~o de Merca dor a s, Higjene e Beleza. Tur ismo e a de A prendizagem Comerciat. o Scnac surgiu pur Iorca do Dccrcto-ki nu rnero 86 21 de 10 de ja neiro de 1946 , q ue estabejeceu a co mpetencia da Confederaceo Nacional do Comercto. para o rganizar e administrar urn sistema de escolas de aprendiz.agem
comerctal. Sao assistidos pete Serv ice. pnncipalmcnt e os cc mercranos me nores de 14 a 17 a nos. Basea ndo-se em progra mas de cultura gcral, em nivel de prirneiro ciclc do ensino med ic . o bjet iva 0 Scnac. 0 dom inio mctodico des tecnicas comerciais de trabalho . Cumpre notar que as "salas-ambiente" de cstudo, sao dcvidamente aparclha das para as atividades de Bscrttc no -Mode to, Loja-Modclo, DatilograIta. Ctsncias c Artes Ccmcrciais. funcionalizando 0 aprcndizado. Os alunos do curso de Aprcndizado Cornercial reecbem os beneffcios da one nt acao educative-profissiona! co m intense at ividade (acooselharnemo. farto material dtdauco. cinema. teatro. exposlcoes. cc rncmoracocs. premios. bibhotecas, Olimpiada Inter-Escolar, Tor nelo Cunu ral. etc. . . .). Entre as ocupacoes que 0 Senac prepara situam-se as de Iatunsta, caixa. balco nista. daulografo. pracista. arquivista, protoco hsta, almoxar ife, corrent ista, estoq uista. nous ta . cardexista. auxiliar de escrit6 rio e de contabilidade . Os adu ltos tam bem sao treinados pelo Senac em curse de aperfe iccamen lo e for macao acelerada para uma sene de ocupacoes comcrciais.
Pr es fd i c T ira de nt cs Inscrtcao existente no seu portal. reveta-nos ter side construido em 1851. Sua poria principal enco ntra-se fechada atuajrncu te. Const a ter side deposito de escravc s. do que erureta nto . nao se tem not fcia uficial. No in icio do seculo XIX fo i a Cadeia PUblica de Sao Paulo. sendo mais tarde ehamada de " Case de Dctencdo v elha". . Construida pelc sistema de 'taipa. barre socado e entremeadc de ripado de made ira, ter n suas jane las vedadas poc grades sclda das pelo antigo sistema de caldearnen tc , prcc essado pela junc;ao de ferros a Ic rjc sob temperatura de qua sc fusro , e seguidamente aspergido com areia comu m. Essa pranca empregada. revela-nos que ao tempo mi o sc conhecia a solda auto geruca. oxi-acetileno ou a eletnca. Ha noticias de sua locacrc 3 0 E stado. h;l cerca de cmcoem a ano s. desconhecendo-se seu prop rleteno. Encont ramos referencias datadas de 191 4, noticiando a rna q ualidade
o BAIRR O DA LUZ da a limen t a~o no presidio Tiradentes. Qua ndo interventor de sao Paulo. 0 Dr. Armando Salles de Oliveira, em 193 4. fez uma visita oj "Case de Dctencao Velha", co ncluindo da nccessidade de sc rctormar 0 presid io . cis que sc apr esen tava obsolete as suas finalidades , sent condlcc es ideais oj in s tala ~ao de urn estabelec un eruc penal. â&#x20AC;˘ Atua lme nte esta parcia lmen te destr uido , j;i ndo mas servindo como presidio penal. Q ua rt el Sua co nstrucso foi ordcnada juntamente co m 0 Jardim Bota ntco. 0 Hospital Militar e a Casa do Tr em. Po t inaugurado em 1831 , pclo cx-prcsidcntc da Provin cia de Sao Paulo, Brigadciro Rafael To bias de Aguiar. o arquuet o respc nsavel pela sua co nstrucr o fo i 0 Dr. Fra ncisco de Paula Ramos. Durant e a Revo lulfio de 1924, fo i dar que partiu 0 moviment c revolucic naric . 1\:0 dia 5 de jullio dessc ana , a unidade mon teda da Pe rea PUb lica, com a totalidade de seu efeuvo com po sto de 600 hom ens tendo oj frente 0 ~I ajo r Migue l Costa, inicio u 0 hist6r ico movtmenro revcluciona no . o bair ro da l uz transforma-se em reduto da Revolucao , sendo que suas casernas ficam logo em poder os insurretos, com excecsc do 4.0 Batalha o da Force, que suportava aos ata que s do Major Miguel Cos ta. Em 1932. em dcccrrencta de s bornbsrdelos pelos avtoes ditatoriais, 0 quarrel foi destruido por explosro e incendi o. o predic restante, ~ considerado patrim6n io hist6rico da cidade de Sio Paulo .
GE e " Prudente de Moraes" Situa-se na Avenida Tira dentes na mer o 273, atendendo a 1821 alunos res tden tes no s bairr os da Luz , Born Ret iro e Par i. Mant em 28 classes de primeiro grau e dezessete de segun do grau, aldm de onze classes para defi cientes auditivos e mentais. Possui tambem , urn curse prc-primar io com tr es classes. A principio chamava-se Escola Modelo Prud ente de xtoraes. que era conhecida pelo povo, s m plesmente co mo " Esco la da Luz". Sua ped ra fu nda mental fot la ncada pelo Dr. Cesereo Motta J unior a 28 de sete mbro de 189 3, sendo nomeada sua pr imeira diret ora, Miss Marcia Perella Bro wne, qu e to mou a si 0 enca rgo da org anizalf3o escolar.
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FNTI OADl :S CUL Tl IRAI S
A esse tempo. cada Orupo Escclar possuia seu csta ndartc . de modo lju,,: a da Escola da Luz. rep rcse nrava UIlU prccetara a lurar cont ra os ven tos . r\ ber ea do cn smc douuuando U ma r da ignordncia. luta ndo cont ra todos a s actdcnrcs - os vagathoc s. os mau s vcnt c s e as tcmpcstades - Tu de vcnccnd o para cntrcgar a Nal,':<i" o. o s co nd utc rcs do pcvc c luminares que pregariam a
10000s a scmenre do proercssoEm 1l130. 0 predio foi requisitado para ali se instalar 0 quarte l general da Fo rce PUblica do Estadu . e 0 grupo passou a funcionar em sales do cdificio do Liceu de Arres e Oucios. Algum tempo dep ots . um eno rme inccndio dcst ruiu complctnmcnte 0 cdtffciu cscolar. que Heave entre 0 Jardim da Luz c a Cadcia Publica. com urna area de 6 7750 Ill: . Atua lmen te. o GEC " Prude nte de \I or acs", co nt inua ali na Avcmda rr radcn res. mas q uem passar par ali i ica ra surpreend tdo sc soubc r llue aq acla Escola tc vc urn dia sua arqu ne tura planejada pelo Dr. Ramus de Azevedo . Tcm-sc a impr cssau de urna casa tic lIa muito ahandonadal
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:\t et ro d e Sa o Paulo
Sao Pau lo. que tcrritortahncnte C sets vczes maier que Par is. para SL'r me lhor udminist rada. Ioi dividida ern rt'gil)cs drsnmas. que irao scnd o l!CSUO路 brudas c ampliadas. na modida c xigida pclo crescimento da ctdaoc. scndo ccno qu e cada Regio nal. uma subp rcfcitura de Into, rcspons dvcl por todos o s services J o s ba irros sob sua J u risdi~ao. e dir etarucnt c ligadas ao Gabmctc do Prefeito de Sao Paulo . pu r services de 'tele x. Apc sar de SU3 vasn dac atual. 3S du ranctas crcscc m COlli 3 cidadc. que dianamcntc dcvern scr ven cidas por milhocs de pessoas. O ~ ombus c o s tax is. de hoi mult o sto insuficicntcs prcstacrc ruciona l de services. E a necessidad c de const rucao do \ Ielro . mergu lho na terra que CUS.t3 tempe c din heiro . IOrllOU-SC UIlU premd ncia na cole nvidade pa ubstana. proble ma j;i vinha scndo cstudad o dcsdc 19! 7, pu is a capital pa ulista figurava entre as Ires gran dee cidades do mundo. com rnais de cinco milhoes de habitantes. que nee tinham seque r projcto de co ust rucao de :\le tro . Assun . a pnmcira proposra l)ara consuucto do ~.Ietro Pa ulstau o dat a de 19 :!7. q uando se pret endeu implantar uma linha de alguns qunome trcs. o que nao fo i fei to , porque a rccei ta ~'un ici p al era bai xa . Em 196 5, com a refor ma tnb urana nactonal. crtaram-sc coud lcoes flnanccira s que pcr mitira m a Administracdo cnfrcntar 0 probl em a. c ja em agosto de 1966 fo i criadc urn grupo exec utive para cstudar e sugcrt r provtJ en cias :i. implantaci o e opera ~:io do Mel ro pa ulislano .
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o IJA IRR Q DA
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Dczcsscte orgamzacoes tecnica s de dcz r aises ofcrcccram sugcstecs, escolhendo -se duas empre sas alemas e uma brusileit a, q ue em consorcic claboraram 0 cstudo da viabilidade do Met ro, fixando , ent ao. a redc bastca e a Iinha prioritana . Planeja-sc que em dcz anos a re de basica esta ra impl ant ada c fu nc ionando , co m uma cap ac idade de transp ort c de o itcnta mil passagctro s po r hora : urna composc ao a cada 90 segundcs, que custarÂť urn bilhao de dola rcs! Recursos nacionais e estrangeiros gara ntem a cxccucac do pr ojcto nos prazos prcvtstos. contando os Ilnanciam ent os cxtem os C01l1 0 aval do govemo federal. q ue atento a impor tanc ia de Sao Pau lo na realid ade brasilcira, vern apo iando lncondtctonatmentc as iniciat ivas que visam 0 bcrn-cstar da colctividadc , c pnnctpatmcnt c 0 progresso soctal-ccononuco do Brasil. Oua tro linhas cruz arao a Cap ital de Sao Paulo em varias dtrecces. as qua is f utura mcn te. sc acrcsce nta rro rama is: I. A Linha Nor te-Sui - tSantana -Jabequare) . atu almen te em fase fin al de cons uucao. to talizando 2 1.4 quilorncrros. incluiJo ur n ra mal do Paraiso ate Mocma. Tcr a 15,3 quilo mctros subtcnaneos e 6,1 em elevado. 2. A Linha Lcstc-Ocste (Casa Verde-Vila Maria ) q ue tcra 13,3 qu itometro s, des quais 9 scrao subtc mi neo s, 2.2 em efevado e 2, 1 em superfjcie. 3. A Lin ha Sudeste-Sudoeste (Pin heirc s-Via Anchieta) , qu e ted 23,8 quilomct rc s: 2 1 em tunct, 2, 1 em elevado e 0 ,7 em supcrffcic. 4 . A Linha Paulista - (Paratso-vtla Madalena ) qu e ted 8, 1 quilornct ros em subte mi nco. A Linha Norte-Sui (San tau a-Jabaquar a) e a que vem sendo constru ida subrerran camcn te sob os an t igos cam po s do C uerc . Atualm cnte . em frcnte ao Mosteiro da Luz e ate a Rua Sc nador Quciroz, Iazem-se con stru cc es alt amentc tecntcas, de fo rma a modifica r 0 velho panorama da tradicio nal Luz. A Linha Norte-Sui po ssuiea : 198 carros ro dantes. que ao q ue se anu ncia , a lnda ent rara em funcion aruento cfcttvo, ainda na atual gestae municipal. Metro de Sao Pau lo possui impo rt ant e carac tenst tca: seu tracado permit ira succ ssivas ampliac ocs. puden da 0 siste ma ex pandir-se ate os limites da cidade, confo rme as ncccssidad cs, de modo que a linha bestca e apena s seu corneco. qu e se diga. nada mod esto. porque, concluido. se interhga ra redc ferroviaria que atravcssa e con torna a cidade, estabelecen do. assim , um sistcma raptdo de tra nsporte de 4 50 qut tomc tro s.
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R e a l Bene fic e ncia Portu gu e sa
Const nut-se uma das instuutcoes mars antfgas de Sao Paulo . co nstru ida
ENTI DADES cut ITRAIS
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em 18 73 e inaugurada em 18 76. Ficava na Rua Alegre. Pela televancia dos services prestado s, 0 rei de Portugal. D, Carlos J. em 1904 . conferiu-Ihes os ut ulos de " real e benernerua". Seu pnrne uo presidente foi 0 socto fundador, Joaquim Lopes Lebre. 0 Conde de sao J oaquim, que hoje tern seu nome imortahzad o numa das ruas de sao Paulo . Atualmente a Real Bcncficencia Po rtuguese sc acha instalada em predlo Iomudavel a Rua Maestro Cardrrn, co nstit uindo-se no ponte de convergenca da ciencia medica brasileira.
lgreja de Sio CnsI6~io. no 8,)11'':0 ..1:1 Lee , Rcmlniscencia do an llgO Semmario E piscopal,
l-:Nn[)A Dl~S
n ':LTURA IS
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Igr eja de Sao Cri st 6va 0 [Igreia dos Principes] Sao Paulo possui numerosas igrcjas. Segundo Leonardo Arroyo , mais de cern temples, cspalha dos po r todcs os ca ntos da cidade, grandes ou peq uentnos , rico s e pobrcs. ate stando 0 esprr tt c religiose do seu povo . No bairrc da Luz dcstacam-sc trcs: a de Nessa Scnhora da Luz que sc orig inou da remota crmtda da Luz: cc nst rurda por Domingos Luis; a de Nessa Scnhora Aux iliadora da Luz: e a de Sao Crist6v:io , nas proxtmtda dcs da Luz, rcnun iscencia do an tigo Scmtnartc Episcopal. Esta igrcju, quase paupen-ima ho]e em dia, ~ talvcz a majs humilde des tgrejas de Sao Paulo . Fica dcfrontc ao pre dio cndc atualmcnte esta instala da a Ptnacot cca do Estado c a Escola de Betas Art cs. c que , corn suas tab uas racha das. sell cora gradcado. lcgou.n os to da lima tradfcao de fe. Sao Cristovao c scu pad rocrru. Conta a histo ria, que de port e giganresco . 0 santo no fim de sua vida tentou cruzar a rio com 0 Scnhor -Mentno ao s scus ombros, trac assando lurnino samcntc ! Com 0 peito j :i cob erto pelas riguas, scnua-sc dcsfalcc cr sob 0 peso cnonnc daqucla crtan ca que lhe parcccra tao fragil. quan do scnt iu que subia . lcvado pela mao . . Senhor asccndia-o gl6r ia do n u l temple en cimado per duas tor rcs late ra is rccobcrtas ao alto por ard usia. possui cinco jan c locs cuvid rucados c tr cs pones - lima central, nobrc. c dues laterais. Muno prox ima da bst acao da Luz c des trilhos rJa ferr ovia situ a-se em area de movun ento Intense - onibus, automcvc ts, povo , a ccnstrucao do Metr opolnano sua frcntc . Apesar de sua humildadc . ~ uma igreja tradicional, cis que do sell pulpito pregaram no tavcis pnnctpcs da Igrcja. ets que , durante muitos ano s foi a capcla do Semtnartc Episcopal , fundado em setembro de 1853 c inaugurado a 9 de novembro de 18:56 por D. Antonio J oaqui m de Mc lo . Ccnto c dczo ito anos de pteces. est lidos c sildncio . D. Antonio solicitou a Pic IX autortaacso pa ra organizar 0 cc rpc doccnte do Scmiuaric , rccai ndo a prcferdnct a papal. sobre us frade s capuchinho s, que foram cscolhid cs para professores. Vieram da prov incia de Sab 6ia, frci Eugenio de Rumilly ot tmc cantor. c Frc i Firmlno de Centelhas qu e logo inicia ram funcces doccntcs 110 palacio Episcopal de Silo Paulo. Logo a seguir, vieram outr os pr ofcssorcs da Europa , Em 11:\ 57 chcgava Frei Ger mano de Ane ci, "notdvcl matcma ttco c astr6nomo que se acha va missionado no Chile". A presence deste religiose na lgrcja de Sao Cnstovao. par si so, dignifica o rcspcito do pa ulistano ao temple. Aman te do s cstudo s. aldm de tcr abcrto 1I11l colcgto em Fran ca . 1.'111
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1 88~ . e te r tecion ado . no Dbservatonc ASlronom ico existe urn rel6gio de sol. fcno par elc. Coma-nos Leonardo Arroyo {lgrejas de S3"o Paulo . peg. :!68 ). que fre i Germa no , ja famoso professor, do (amm o ter race que sera de obse rvato rto do Palacio E piscopal. "fazia cxpene nctas co m a luz clctrica . projctan do-a sobre a cidade tranquila daquclcs tempo s" , Scu telesco pic tin ha 7 metro s e 38 cennmc tros de co mprirnento . Nessa igreja. que lao ativamen te part icipou da fo rmacao cultu ral do povo paulista no , casaram.sc ilustr es pcrsonahdadcs no seculo passado . Assim, a 8 de scte mbrc de 1883 , casou-se Luiz Gonza ga da Silva Lemc (au l OT da Genca logia Paulista na], com Maria Fausta de Macedo Leme. o velho Scmma rlo Episcopal comp rccn dta duas alas e no sell ocaso. esteva expcsto Sant o lnacic de Lo iola. A diretta . alojavarn-se os seminaristas que cstudavam clence s e faziam os preparat 6rios (fuosofa . geograna. mat ernat ica, latim e linguas). o s quais podcnam dedicar-se a qualquer prof iss:io. A csqucrda. at ualme nte inteiramente dcsaparcctda. residiam os alunos teologos ou seja . os que se dedicariam a vida clerical. Clemente Falcao de Souza Filho nos descreve 0 semindrjo como urn "edificio cuja Irente olha para 0 poen te, ~ dividido em dois lances. urn a direita e outro i esqucrda da ca pela . Est a e de urn gosto simples e mod esto . scm o rnatos de pompa , e por isso mcsmo convida 0 espirito a ruedttacao". (0 scmlnar to E piscopal de Sao Paulo" . in Archivo Ptttor csco - Vol. VI. peg. 266) . F uncio nou 0 Scmtnarlo Episcopa l ali. ate 1927. quando foi transferido para a Freguesia do O. o nde permareceu ate 1934. e dai para 0 Ipir anga, c nde sc encontra ate 0 present e. Co m a sarda do Serrunarto. 0 pred to Ficou fechado ate 1940 , anc em que foi criada a Par6quia de 530 Cns rcvso. por D. Jose Gaspar de Afonscca e Silva. Arcebispo de sao Paulo . A padroei ra da capela atl!" entso. era Ne ssa Senhora da Imaculada Conceicro . Co mo Sao Cnstovro eo padroeiro dos mot ori stas, no dia I S de julh o de cads ano, na lgrcja realtza-se a festejada bcn~ao de carros. A a ntiga ala esquerda do Sem tnarto Episcopal esta hoje em dia alugada para 0 "Hotel Tiradent es" e " Ho tel Paraguacu", alem de outras locaczes para fins come rciais - bares, restaurantes, farmacia , armar inhos ... A par6quia e dir igida pelos padres seculare s diocesanos. e seu peroco atual e 0 Padre Jo se Jair de Nascimen to do Val. desde 19 70 .
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C A P I" T U LO
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- D ES E NVOL V IM ENTO C A RT OG R A F IC O ~
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C O~IEN TA R I OS G ERAIS SOBR E CARIAS GEOG RAF I-
C AS DA R EG IAO
Desenvol vime nl o Car togdifi eo
Ainda em fins do Seculo XVIII. decon ida a epopcta do Duro. Sao Pau lo era uma peq ucnina e estagnada cidade . lsolada do s dcmais nucleo s urba nos brastletros. vivia em nuserr uuo estado. Sua evolu cro pede ser apr eciada atraves de difer ent es plantas que ancxemos ao presem e cstud o rnonografico. a pr imeira das qua is, datada em 18 10 . Trata-se da "P janta da Imperial Cidade de Sao Paulo" , lcvantada nesse ana , pclo Capitao de Engcnhciros. Rufino J. Fclizardo e Co sta, e co piada em 1841 com todas as altcracoes havidas - [Revista do Insti tute Hist6r ico c Geograftco de Sao Paulo - Vol . XVI - 191 1). Observa-se no seu delineament o que a cidade ainda no tradiciona l tr i3ngulo, com alguns pou cos mo nu mentos pdb licos.
- A Catearat do St A lgreie de Sio Pedro - 0 Coltgio dos Jesuitas - 0 Paldcia do Govemo - 0 Convento de Santa Terezo - A 19reja do MisericOrdia - 0 Convento do Carma - A tgreia dos Remedios - A 19reja de Sio Goncoto - 0 QUOTle! MililaT - 0 Convento de Sio Bento - 0 Converao de Sio Francisco - A A cademia
- A Cadeia
- A Igreia do Rosario - A Igreia de Santo Antonio
- A Igreia cia Boa MOTte -
0 Cemnerto
- A Pirdmide I /O Piques - 0 Convemo da tuz
- A Casoda P6lvora - A Casa do Correrio - 0 Hospital dos Ltizaros
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o BA IRRO DA LUZ
Cor tando 0 centro urbane no sent jdo lcstc-oesre. 0 Rio An hengaba u. rcun indo suas agua s .10 Tamandua tcf na altura da "R ua Miguel Carlos" , que cont inuava a Ru a de Sao Bento, passando par tras do velho Mo steiro de igual nome. Para aldm da " Ponte Miguel Carlos", 0 Guare c nde !>C de staca m: 0 dcltn eament o do Jardim Bo tanico. a Casa de Corrccro. a Casa da Polvora , 0 Co nveuto da Luz, e 0 Hospi tal des Lazaru s. A cida de s nuava-se. cn tso . a 230 , 33', 36" de lati tude sui e 33 10. :!4', 30" de longit ude pelo Meridiana da IIha de Ferro ! Sers o ainda. ancxadas outras plantas. co mo a elabor ada por C.A. Dresser ret ratan do a cidade de Sio Paulo e scus suburbios, Em J84::!, Jo se Jacques da Costa Ounq ue (a t r ib ui~ao ), tam bem tornbou em planta geral, a Capita nia de Sao Paul o. Em 1855. temo s a mapa da Imperial Cidade de Sao Paulo. de Carlos Rath a out ra atrfbu fda ao rucsruo cart6grafo. da tada de 1868 . F. de Albuquerque c Ju les Mart in em 18 77. rambem fizera m urn mapa de Cap ital da Provincia de Sao Paulo e em 1881 . a Companhia Can tare ira de Esgot os, dcdicou-sc a iddnuca tarefa.
Em 1890 . Ju les Martin voila a cartografar a capital de Sao Paulo e seus arrabaldes para que finalmente , ac temun o do Seculo XIX. em 189 7. Gomes Cardim traca sse a pla nt a gerat da Capital de Sao Pau lo. A plan ta elaborada pclo Engenheiro Rufino Fe lizardo e COSI a. mo s. tra-nos estrerto conjur uo de mas SC dtste ndendo para as paragens de Santa ltlgenia. Luz e Cc nsolacro. Casas. gcralme nre terreas. uns poucos ediffc ios pub ltcos e vdrias Igrejas e co nvcnt os pulvcrizadcs na distancia. Proclama da a In dependencia. com a tenue fort alecimento da economta local. obsc rvam-sc methonas generallzadas, a cria~ao da Facul dadc de Dircitc . a ex panss o das ferr ovias impulsionada pcla econo mia cafeeira . A cidade sohterta crcscta devagar. ainda hesttante na d ir~ao a scgu ir. A planta de 1868 revels-nos a d irecr o Oeste. qua ndo 0 Anha ngabac t ultrapassado. 0 Lar30 dos Curros t vencido e urn fragil progresso avanca em direlj"io a Lapa. Em 1877. Sao Pa ulo ja possui 30000 habita ntes! U agora a Largo do s CurIOS chama -so Sct e de Abril e 0 oeste co meca a ser insistentemente dcsbravado. A Ru a de Sao Jor o (! prolongada ate a R ua do General Osorio . scndo 0 Largo de s G uaianazes, 0 limite extrem e do cent ro urbane provincial para o s lade s dessas paragcns. Em 1886. elabora-sc 0 pnrneiro C6digo de Postu res, quando a cidade crescta pachorren ta mente ao acaso. l: em 1890 que oco rre 0 impulso acelerado r do progresso e. a part ir de emso, nmguem e nada conseguiu dete-lo. Em 1900 sao 25()(X)() habita ruea. Em 1975 seriam o tto rnilhoes _ . _ A planta de 189 7 mostra-nos uma Sao Paulo cxpandida por sobre vales
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DESENVOLVlMENT O CARTOGRAnc o
e ja enraizada nas coh n as. 0 caft provocaee a ediflcacio de luxu osas mansoes para as lados do Oeste e 0 vclho trjingulo enrtqcccc -se de urn co mcrcio luxu oso. A eclcsio da Primeira Grande Guerra - 1 914·1 ~ - Sio Pau lo conta co m 500000 habltames. agora ja espalhados pelos quadrantes da cidade - LaPe-Santana. Sant o Amar o, Penha, LUI . . . A industrtalizacdo e imperi osa, ditando necessrdades prementes com 0 Iecharnento dos porto s naciona is aos fomecedo res habituars. Os bondes que transttam pelas ruas paulistana s passarn a ostentar 0 d u t ico Iamoso de que " Sao Paulo e 0 major centro industrial da Ameri ca do Sui". Em 1930 , com a deflagra cdo da crtsc mun dial. aportam Ita terr a, levas de imigrantes que viriam impulsionar novas atividades indus tria is e dar no vo color ido aos caractercs somancos de s homens da Terra. A Segunda Grande Gue rra descortina horizontcs novos para 0 grande centro , apes a qua l, Sao Paulo sc denom inaria " Met r6pole" Metr6pole do Cafe , do trabal ho . sua princ ipal atracso turfstica e profissional para tod os os homens da Terra. Projet a-se assim no cenano inte rnaci ona l. Canaliza m-se rio s e nbeuos. Povoam-se a s suburbtos e arrabaldes. Rasgam-se ruas e largas avenidas em todas as direcoes. Levantam-se pontes.
Constroem-sevadutos e elevados. encurtando distancias e integrando reg toes distanciadas. Seus ho mens mult iplicam -se geome tr icame nte . As planta s certograf'icas, sao agora. complicado emaranhad o de traces. e tal sua expansro que as remod elaeoes urbanfst lcas nao puderam acompanhar seu ritmo desenvolvimentista . Sua pujance material se patenteia em cada canto sob a moldura de majest oso censn o. E sua topografia acidentada enriqueceu-se de angulos inespcrados. donde se destacam ed ificio s rnajestosos. enquanro pelas suas ruas, aventdas. largos e pracas se acotovelam rnilhares de homens de todas as racas e tod os as credos .. . Nesse cresctmento vertlgmoso. como terta sc comportado 0 bairro da Luz? Em 1877. F. de Albuquerque e J ules Mart in pub licaram urn mapa da Capital de Sao Paulo , tombando seus edificlos publtcos. hotefs.Hnhe s fdrreas, lgrcjas , estacoes de bo ndes e de ferro , bern como scus locals de recrea~ao . Atraves dele podemos reconhccer antigo e trad iciona l ba irro da
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LUI . Destaca -se a Avcnida da Luz. arborizada em toda a sua exte nsao. com arvore s frondosas. A. [rente do Jardim PUblico , dupla asen ida de arvores, temuuando em frente ao alto gradil de ferro . A sua direita , de q uem ia para a Po nte Grande. a 99 5 metro s da "Correcro", Con vento da l uz.ja demo nstrando sua solenidade peculiar que at ravessare os seculos. A esquerda .
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RAIKRO Il" U 'Z
Jardim Pu blico , cuu e as Ruas da Cor recao. Pau la Souza c a Via r-er rca para J undiai c Campmas. ;\ 0 cruzam cuto da Avcn tda da LUI: C os trtlhos da 5;\0 Paulo Railway, a J ll t ig;! Estacao da Lu1.. ac lado da qual sc situa va a FunJ ifjao da Luz. fc. chandc a cumprida Ru a da Con cc tcto. :\0 mcsmo qua dril:itcro irregular , a velha Esta cdo de Bondes da Luz, voh ada pa ra os fund os da Puudict o . j unto a Rua do Bo m Rcuro . Alras dcla . a I ~rc.,a Evaugdlica . colocada em " W" , entre as Ruas do General Osori o tcr miuando 113 rua do s trilhos ferrcos c a Ru a do BOlli Retire ern ven ice com a Rua do Triun fu . Aids do Jar Jim Publico . rente ao s I riUlOS para SorUC3b;J C l pauema. as ofi cina s da Cia . l ngfesa. Bern no imcio da Ave uida da LUl , entre a Rua dos Laza ru s c o s tr ilhos paru San tos, 0 Scminar io Episcopa l. da frcntc do qual punta duple alameda de Jrvor cs ale 0 Obscr varono Astron omtco . cousrruulu J mauc ira de um qutosquc. Bcm d (rente do Scmuuirio. tcmunava a R ua da r~llls iitu ilf:i~l . em cuja dircita ficava a Ca sa do bispo c uma fabnca de tccrd os. cujo quintal ccrcado chcgava ale a nban cerra do s muoso Tumanduatc i , cu cha rcando toda a rcguto. Paralct a :i R ua da Ccncctcso. a com prid a Rua Alegre [ dcpois Scmindno c bojc Brigadciro Tobias]. co mccava no Cha far iz da Rua Alegre. frcu te do pa lacetc de D. Ant o nio Tobias. no Lar gu de Sant a Jrigcnia. qual ch cgavam as ma s. da Bc ncficdncia Pon ugucsa c Ha rao de Piracicaba. Entre cssas duas ruas. as antiga s mstalucocs da Real Hcncficenciu Portuguese. que ttnha urn po uco a sua frcnt c . 0 Consula do Po n ugncs. ,\ sua dir eita. a Rua Scnacor Ouctroz c a Rua Episcopal. coutinu ada em cctove lo pcla rua Aurora . .. :\'0 dcs tcn ado largo triangular. entre as Ru as da Concctcro. Santa lfigdma c do l pu anga, a vcncrdvel lgreja de Santa lfigCllia que ti uha sua dircita. a pcqucna distancia. uma cscola de pat inncdo . A R ua de Santa lfigc nia cOlllc,ava na lateral da igrcja de e ual no me e tcrmiuava bern J f'rcntc do anngo Co legio Ipir anga . situad o na R ua Duque de Cax ias. Rua Aurora . vuor ta. nrlo tinham aiuda siguificacac. I WIO - Planta de J ules Marl in : J:l cncontramos a Avcnid a da Luz, bc m ao no rte . junto J POlHe Grande. co m 0 ate rra do d... Sa ntana . Ju nto ;i Pont e Pcq ucua . 0 Largo do Comercto da Luz. amda urn arra bald e diname . completam ent e de spovoado . Ja nr c ma ts chama da Avcnida. Bcm !"rent e da Casa de Co rre,ao c defini da "C:llll POS da Luz"'. A d irclta. II 1I0VO qu artel e 0 (Ollvento da Luz. At r:is Ja (a sa de Corrc,ao surgem novas ruas: a Rua do Dulley. a Rua Alegre d3 Luz e a Rua do Ja rdim . scpa rando a r asa 1.1... ( orre,Jo do JarJim puhhcn .
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DI'Sl NVOl V1Ml NTO CARTOGRAn c o
As velhas arvorcs Coram removidas. Somente
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a [rente do jardim , etas se
conservam em fila indiana. 13 sao vista s as tnlhos da Estr ada de Ferro Soroca bana e da SPR. os novos Armazens Ingleses - n.OS I e 2 C' de inf'la maveis, bern como escrit6 rios se instala m, como 0 escnrcrto " Lacerdo e Camargo" . A esq uina do
Semmano E piscopal, a Rua sao Caet ano , paralela a Rua
Dr. Joeo Teod oro. chegando
at ~ a Rua Monsenhor Andrade, no Braz. A Rua da Co nsut ulcro pa SS3 a chamar-se do " Dr. Elorencio de Abreu " , e a Rua Alegre ja t:! "Rua do Brigadciro Raphael Tobias" , amba s terrnina ndo na Rua da Estacso . En tre a Rua Aurora e General Oscno. a rua Vit6 ria e de s Gusmoes, ja agora atravessadas pelas ruas (em ordem) dos Andradas. de Santa lfigenia , Visconde do Rio Bra nco , dos Guaanazes e Cons.elheiro Neba s. Entre a Rua do Born Retiro e 0 " Largo do Duque de Caxtas". (f rente da Estal;30 Sorocab ana], a Rua dos Prot estantes. Para os lades do Nord este. esparrama-se 0 Born Ret ire . 189 7 - Plante Geral da Cap ital de Sao Paulo . Neste ana, na qualid ade de intendente de obras, 0 Dr. Gomes Cardim organizou a planta da cidade de sao Pau lo . na escala de 1:20 .000 . Nessa ja aparece a Avenida Tiradentes. iniciada no " Largo do Jardim", transpon do a PUl;3 Robert o Penteadc mais ao norte , a Ponte Pequ ena e chegando aPonte Grande. Novas ruas chegam a t~ cia: Rua Rodr igo de Barros. des Bandeirantes, Marques dos Tres Rios e Ribeiro de lima. A sua direita , no venice com a Rua Dr. Joao Teodc ro , a "Bst acao da Ca ntaretra". Para 0 lado do marco zero , a part ir da Rua da Estacao . urn emaranhado de ruas.
C ,\PfT ULO
VI
- POSF..\C10 -
6.
PR OJ ET O
DE
BIBLIO G RAF IA
U R HANIZA yAO
DO BA IRRO LJ A LUZ
Po sfacio - Pr njet o de Ur ba nizaca o do Ba irrc da LUI . A Il l es IIUSestuddvam o s os passar o s: A g o ra eSIQmoS
tentanda salver 0
CSI'f!c;C Iw mQIIQ"
Dr . S Ol m a n vt o o rc.
o prcseruc cnsaio nao pretcndcu tco rtzar novos lincamcntos gerais para a hist6ria de Sao Paulo. lnspirado em doc umcntos sc bcjarncntc conhectdos dus cstuutosos do assume . reflctira singclarncutc, nossa tntcncao de rcunir mformacocs csparsas. csqucc tdas pe r ar. em dOCUIIlCllto S oficiais, ou numa ltter atura de dificil accsso . Consuttamos alas munic ipais. rclatortos de prcstdcntcs da Provincia. obras tncranas. plant as. alman aqucs . guias turrsnco s. jo rnais c revistas ant fgos, vclhas cront cas colontat s. cartas. versus ant igus. pe~as reat ra ts da epoca em que sc "est udavam os passaros .. : . A pcsquisa do passado de uma cidadc o u de um bairro . co mo e o caso prcscutc. demanda urn sent ido . ao mesmo tempo socio l6gico e ps cot ogtco. 1': precise esrar aten to a int imo s mas stgr nncauvos porm enores de s fates c da vida diaria . Por vezes, deve-sc. ate mesrno. parnctpar-sc cessa mesma vida e dos mesmos fates o u da mc sma cuh ura. pois. 0 passado nunca morrc COI11pteta ment e para 0 hom em . Passagens apa rent eme ntc pttorcscas ou aned oucas, na verdadc sao sccialmente exprcss rvas de uma rcalidadc at uantc o u de um passado q ue sc ptet end eu anahsa r como UII13 unida de. Tanto esfor co ex.igiu pacicntcs pesquisas de arqutvc s c bihhotccas, para que sc pudessc tracr r 0 rotciro lJue tcvc como pouto de pari ida os velhos ca m po~ da LUL. alC a con dict o preser ue de cston tcaute e Ian tastica cidade rncsstantca. ~' . Consutui 1l0SS0 cscopo. 0 ressurguncnto do passado em consonanc ta corn 0 presem e, de urn rccam o paulistano . rcconsutumdo-o. nao com o urn rnorto digno de figurar em museus. mas sim como imagem "capaz de govcrnar us vivos" . Assm fo i porque entcndemos que o passado dcvc ofcrcccr-nos () cardtcr de utilidadc e nan u de set stmptcsmcnt e pitorcsco nos scus conccit os cs te ucos. scut imcntais c ~ I k路{l s. Muito s de nO ~,{l , \'u lll<: nlarios sc firmaram em cronic as cspectaltzadas 110 assume. Gunavo Bcycr . \I awe . xtarun s. Sa int Hilaire ou Kidder. lcgarant-nos nnpr cssocs valicsav. Denn e os nactona ts. Taunay, Almeida Nogueira. Arroyo . Af varcs de Azevedo. Bruno , dcstacaram-se pcla concisao de scus relates.
o llA II~R O DA LUZ
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Assim. Almeida Noguei ra nos ap rescnta Sao Pa ulo em 1840 , co mo "pcqucnina c mcdcsta prov incia de tristonho cspccto . scm movtmcnto. scm antmacro . .. de pcp ulacro rctraida .. . so brc t udo em rclacilo :lOS forastrims", Todavia . suas ruas cst rcitas c compndas vro sc cnchcndo de sobrados haixos c de casas de rotula. rnutt o prccoc c mcnte t ranstormacas em centro de civilldade e civismo , onde baiancs como Rui Ba rbo sa c fidalg os como Joaq uirn Nab uco. sc tmprcgnaram de inu sitado amor Terra, c se CO IllC<;O U a a prcndcr a scr cidadrio brasileiro. Co m Alvares de Azevedo nos de pa ramos co mo uma "Pa uliceia ", cantada em to ns so mbrios e carregados . Afirma cle, a t raves de sua far ta cortespo nddncia familiar, nunca tc r vista "luger tao ins i pido como hoje esta Sao Pa ulo , Nunes vi coisa lao tcdtosa c mats inspiradora de S pleen . a vida aqui c urn bocejar inflruto , . . nao ha passeios q ue entrctc nha m. nern bailcs. ne rn sociedadcs. pa rece isto uma cid ade de monos". Um dcscnvolvimcnto e crcsctmc m o scm nenh uma planificacao ur bams tica. separa 0 ottoccnusmo dcsc rito' da cid adc utu al, t ransrnudada par vcrdadclra rncta mcrfosc . No auo q ue co ne. Sao Paul o se ap rcscnta com o a primeira cidadc do Brasil. e uma lias dcz pnmciras do mundo ! Muit o em br eve po ssutra o ito mi lho es de habita ntes, distnb u idos pelos scus 144 8 qu ilomet ros qua d rados de supe rf fcic. tot al que the assegu ra a pol uente denstdadc dcrnognlfica de 4377 .76 habit an tes por km 2 ! G ilbert o Fr eyr e cntende Sao Pa ulo co mo "a un ica area do Brasil de ho jc. e m q ue os cc on o mis tas cncontram uma cco no mta ruaduramcntc capita lista". S ua arrccad acao qu e c a terce ira do Brasil . supc rada apcnas pela da Um ao e a do proprio Esta do de Sao Pa ulo, chega ndo a eq uivale r-se soma das rcccit as de outros estad os brasilc iros ! Na SU:l area . segun do 0 Professor Tullio Ascar elli. c o nde mats sc accnt un a " nat ura l prcdo mindncia psicologica da espcr anc a no f ut uro sob re a tradtcso de um breve passado". Bceco c supo rtc da indust ria nacional, po ssui var iado com plexo de vias publicas. cscola s. pra cas de csportes. cdifrcios nobres. service de t ran sporte de ma ssa, viadut os. elevades, bairros paupcmrn os em c pos tcso a bairros op utenros. rea tros. bib liutecas. area s ve rdes . . . Toda sua turbilhonante vida , parece fun cio nar co mo se fora rnovida pe r um a int cllgencta colet iva no co man do das aczes. q ue rcccbem a pe nas . 0 endosso da gcncro stdad c des tnt e ressados. , Por isso, 0 plaueja mer no da area cent ral da cida de e dctemunacao im pcriosa , e nessa programacro o bairro da Luz desponta co mo 0 lo cal indi cad o par a iniciar 0 pro cesso de ur bantzacro do centro de Sao Pau lo. Seg undo os arq uttetos rcsponsaveis - Alb erto Bo tt i, Mario R ubin e
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POSI路ACIO
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Luis Roberto de Carvalho Franco - 0 bairro da Luz apresenta condieoes que o indicam como area prioritaria para a cxpansao do centro atual. visando a constituicao do futuro Centro Mctropolitano da Grande Sao Paulo. Esta pralicamcnte ligado ao Centro, atravcs de grandes arterias, como a Avenida Prcstes Maia, Casper Lrbero c Rua Florcncio de Abreu. A Rua Mana c a Estacao da Luz. aproxtmaram 0 nucleo central do tradicional bairro paul istano. o bairro da LUl utcrccc atnda. outras vantagens cstruturats. E tangenclade ao Norte pela marginal do Ttcte, com possibilidadc de conexao ferro' vidria. COlli a pretendida rcfonnulacao des rrcns de suburbia e mtcgracsc de vartes fcrrovias. as ligayClCs mtiltiplas scr.Io grandcmcntc Iavorccidas. principalmentc corn a area industrial do ABCD, Osasco e outros populusos nuclcos da Central do Brasil. Detalhando 0 planejamcutc. tcmos 11<1 Estacao da Luz. 0 centro do sistema, onde ocorrer a a concx ao tom 0 Metro. As condlcoes topograficas sao multo tavoravcts 11<1 acidcntada area da cidade. A area dos "Campos da Luz", otcrccc ainda. a vantagern de scr uma rcgido que nolo foi atingida pela dcscomunal vatorfzacro das terras. Grande parte da area c de propriedade do Estado c do Municipio, guardando instala<;:6es obsulctas em materia dc construcao C iuadequadas quanto a sua localizacao. Dessa forma , 0 problema de cxpropriacfio da area, para sua posterior reurbunizacao Iicaria simpliflcado o 0 invcstimento rcduzulo. A. pro posta cornprccndc trss setorcs principais: I. Centro Administrativo Municipal: sttuado ao Norte. junto a marginal do Ttete, ocupando a area compreendida entre esse rio c 0 Turuanduatc r. Essa area sera servida especialmente pcla Estacro da Ponte Pcqucna do Metropolitano de Sao Paulo, e compoe-sc de dois conjuutos principais: 0 Paeo Municipal c 0 Edifieio do Executive Municipal. 2. Sctor Cultural: compreendora a atual area ocupada pela Casa de Dctcncao, Comaudo da Polfcia Militar, Museu de Arte Sacra de Sao Paulo c Piuacotcca do Estudo, junto a flitlira "Estaceo Politecnica" do Metro. Os prcdios da Pmacotcca. Escola Politccnica c Convcnto de Nessa Scnhora da Luz scnio prcsc rvados. Prcvc-sc a construcao de um Auditorio Municipal para grandes concertos sinfonicos. c aprcscntccac de Corals. Havera ainda. Hihliotcca Publica c Sala para Confcrdncias. 0, cdiffcios da Escola Poltrccntca c Instituto de Pcsquisas Tccnologicas - IPT - scrao rcscrvados n instalacao do futuro "Museu Teenolog ico".
o BAIRR O DA LUZ
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3. Setor Comerca l e Administrativ o : este setor ocupara a part e restante da area, cujo tot al ~ de 1804 700 000 metr os quadrados.
Sera ocupada pelos grandes ediffcios administrativos. redes de empresas particulates e estatais ow para-estata is, cinemas, bares, restaura ntes e "S hopping-Center",
o projeto a ser executado devers ser supervisionado pela Empresa Municipal de Ur baniza~o - EMUR B - segundo os autores do projeto , cis que essa empresa foi criada com 0 prop6sito de renovar areas <fa cidade que apresentem tal possibilidade.
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Aque!es cue-urn dia estudamm os passaro!, gostariam e se dariam por (elees. se oudessem associar 0 teitoe aDS seus enseios, que :lifo os do Autar.
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ESTA OBRA n R.'fINOIJ.SE DE n,tpRlMlR NO M拢S DE MAR<;O DE HUM MIL NOVECENTOS E SEnNTA E SEn, PEU Novos HORIZONTES. E DITORA LTDA., SENOO PRF.FEITO 00 "'UNlcmo DE SAO PAULO 0 DOUTOR OLAVO EC YDIO S ETOBAL. SECRETARIO MUNICIPAL DE CULTURA 0 PROFESSOR SABATO ANTONIO MACALDI. D1RETOR DO DEPARTAMENTO DO PATRI路 MONIO H!STOR ICO 0 ARQUInTO MURILO DE A ZEVEDO MARX E DlRETOR DA D1VISAO DO ARQUJVO HISTORICO PROFESSOR EDUARDO DE J ESUS MORAES DO NASCIMENTO.
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