Aeroporto Jornal - 196 - Balneário Camboriú

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Seu exemplar de cortesia

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No 196|ABRIL 2016 | Ano XX

Balneário Camboriú Test Drive

Renault desbrava nicho de mercado com a Oroch

Viagem

Roteiro percorre cinco países e passa por fiordes da Noruega


No 196 | Abril 2016 | Ano XX

Nesta Edição

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e existe uma cidade que se preparou para receber turistas no país, uma delas é Balneário Camboriú. No Litoral Norte catarinense, Balneário respira turismo. A cidade tem acomodações de inúmeros padrões e restaurantes que fazem bem ao paladar. E suas atrações, vão além das praias. Há, também, muitos passeios bons para se fazer nas proximidades, como Beto Carrero World e Itajaí. E, para quem é adepto ou apenas curioso, vale visitar a Praia do Pinho, primeira praia brasileira exclusiva para naturistas. Na alta temporada, Balneário é uma “ferveção”; na baixa, o agito diminui e favorece quem quer aproveitar as suas praias e prefere uma estadia mais calma. Leia nas páginas 4 e 5. Boa leitura e boa viagem!

Le Yule

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Val d’Isère, na França, é o paraíso dos esquiadores e os motivos são muitos: as pistas são desafiadoras, a neve é constante, uma grande rede de teleféricos está à disposição dos visitantes e a vida pós-esqui é invejável. As festas começam cedo, ainda no alto da montanha, e se transferem para os restaurantes e bares da histórica vila, que conta com uma charmosa rede hoteleira. Para esta nova temporada, um novo 5 estrelas inicia operação: o hotel Le Yule que tem uma das melhores localizações em Val d’Isère (www. valdisere.com): ele fica na base da encosta, com fácil acesso à montanha, meios de elevação e escola de esqui. A decoração é inspirada no estilo escandinavo vintage mesclado ao clássico francês. São 41 quartos e suítes, incluindo uma espaçosa suíte familiar. Muitos deles com varanda e vista para a icônica pista que abriga eventos e várias competições da modalidade. O wi-fi é gratuito em todo o hotel. O Le Yule conta com uma equipe de monitores qualificados que cuidam das crianças enquanto os pais podem aproveitar o dia nas várias pistas. Para as saídas noturnas ainda há opção por uma babá. As instalações incluem brasserie, restaurante, lounge bar, loja para aluguel de equipamentos, sala de reunião e de jogos e um spa que recebe os esquiadores para um momento de relaxamento após um dia de grandes desafios, e frio. www.leyule.fr

Witbier

Thales Seabra, sommelier

A escola cervejeira americana tem como enfoque muito mais a qualidade e inovação de seus produtos do que somente seguir à risca as receitas tradicionais. É esta ideologia que também serve de guia à cervejaria Way Beer. Com sede em Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) e com mais de trinta rótulos em sua história, lançou em novembro o chope de sua nova cerveja, uma Witbier. Tendo esse estilo um perfil mais refrescante, foi lançada especificamente no verão para averiguar sua aceitação pelo público. Após o sucesso obtido, agora é lançada a cerveja em garrafa. As Witbiers são cervejas de trigo belgas, com o nome significando “cerveja branca” no original holandês. Como é um país bilíngue, o estilo também é conhecido lá como Bière Blanche. O estilo tem como características serem turvas, refrescantes, de baixo amargor, condimentadas, com aroma e sabor condizentes de casca de laranja e coentro. Como é marca da Way Beer, fizeram modificações à receita tradicional e deram uma personalidade “Way” ao estilo. Ao invés dos ingredientes costumeiros, na produção fizeram uso de limão siciliano, capim limão e camomila, e a cerveja foi filtrada, ficando assim cristalina. Interessante notar que apesar de a Way Beer adotar a ideologia da Escola Americana seus rótulos não se limitam somente aos estilos dessa escola. Alessandro Oliveira e Alejandro Winocur, os sócios-fundadores da cervejaria, explicaram a razão de escolherem esses ingredientes: limão siciliano por ter um sabor tão refrescante quanto o da laranja e ter se popularizado na culinária atual; capim limão por gosto pessoal e por considerarem remeter a refrescância e a camomila por ser muito utilizada em receitas de Witbiers nos Estados Unidos. De fato, a cerveja ficou muito refrescante, equilibrada, com os ingredientes escolhidos casando muito bem e com sabor e aroma condizentes. Em suma, uma cerveja muito agradável e bem feita. Apenas um porém: apesar de ser tradicional da Way enriquecer e personalizar suas cervejas, a questão do estilo poderia confundir, pois neste rótulo, os cervejeiros não somente inovaram neste sentido, mas modificaram totalmente a receita original, podendo-se até dizer que o lançamento, se comparado a outras Witbiers, não se encaixaria no estilo. Mas este é um fato que interessaria mais aos aficionados por cerveja, e dificilmente irá afetar a apreciação do novo rótulo pelo público. Com o recente boom no surgimento de cervejarias em todo o mundo, a Way Beer consegue se diferenciar no quesito inovação. Enquanto a maioria das cervejarias artesanais nacionais tende a produzir somente Pilsens e Weizens, de acordo com as receitas tradicionais, a cervejaria paranaense aposta sem medo em dar a sua cara para seus produtos. Ganhando espaço na geladeira do consumidor, a Witbier promete ser mais um sucesso a aparecer nas prateleiras dos mercados. http://waybeer.com.br

Fiordes Noruega e Rússia

A viagem é de 19 dias (16 noites) para visitar a Dinamarca (Copenhague), Finlândia (Helsinki), Noruega (Bergen, Lillehammer, Lofthus e Oslo), Rússia (Moscou e São Petersburgo) e Suécia (Estocolmo). A Noruega tem a maior concentração de fiordes do mundo. Por esta razão a região é normalmente referida como a Noruega dos Fiordes. Os fiordes são um trabalho de arte da Natureza, formados quando as geleiras recuaram e a água do mar adentrou os vales em formato de “U”. Em Bergen, conhecida pelo Cais Hanseático de Bryggen, o destaque são o Mercado de Peixes e as montanhas e fiordes (foto) na área, como o Hardangerfjord e o Sognefjord. Em Moscou, na Rússia, o roteiro visita o famoso complexo amuralhado do Kremlin, antiga residência dos czares russos e da armada, um dos mais antigos museus na Rússia de arte decorativa aplicada e a câmara do tesouro, único em seu gênero, mundialmente conhecida. Inclui: uma noite a bordo do barco Silja Line (cabine externa com janela); uma noite a bordo do barco DFDS (cabine externa com janela); passagem aérea emitida localmente para o trecho Moscou-São Petersburgo; um jantar em Lofthus; visitas panorâmicas em São Petersburgo, Helsinki, Estocolmo, Oslo e Copenhague; tour em ônibus com guia acompanhante em espanhol durante o roteiro. Saídas de 21 de abril a 15 de setembro. Preço: a partir de US$ 4,060,00. (11)2669-9769 - www.butterflytur.com.br


No 196| Abril 2016 | Ano XX

RECEITA

Torta doce de castanha-do-pará

Assassinos econômicos

Torta doce de castanha-do-pará Ingredientes 150 g de castanha-do-pará sem pele e moída 200 g de farinha de trigo 1 colher (chá) de fermento 300 g de açúcar refinado 5 ovos 125 g de manteiga 100 g de ameixa em calda 1 lata de leite condensado já cozido ½ xícara (chá) de vinho do Porto tinto Modo de fazer Numa tigela, misture a metade do açúcar com a metade da manteiga, bata bem até que fique cremoso. Acrescente os ovos e continue batendo. Junte a farinha de trigo, o fermento e a castanha-do-pará moída e reserve. Bata as claras em neve e a acrescente à massa suavemente. Unte uma forma redonda e depois polvilhe com farinha de trigo. Leve para assar em forno médio previamente aquecido. Modo de fazer - Recheio da torta Bata no liquidificador as ameixas sem os caroços, o leite condensado cozido e o vinho do porto até formar uma pasta homogênea. Modo de fazer - cobertura da torta Numa batedeira, bata o restante do açúcar e da manteiga até formar um glacê. Após a torta estar assada, espere esfriar; depois, corte-a ao meio no sentido horizontal, e coloque o recheio. Então, junte novamente as duas partes, e coloque a cobertura. Reserve um pouco de castanhas-do-pará para polvilhar sobre da torta.

Páru Inkas Sushi & Grill

O primeiro Páru Inkas Sushi & Grill no Brasil abriu mês passado no São Conrado Fashion Mall. Cozinha nipo-peruana, tem menu especialmente criado pelo chef Jann Van Oordt. A palavra páru vem do quechua, língua falada pelos incas que significa “dorado al fuego o al sol”, uma referência à abordagem do chef. Seus pratos misturam ingredientes tradicionais, além de aromas e técnicas de cada tradição para criar uma dinâmica variedade de sensações. Com pimentas típicas do Peru como o aji panka, aji rocoto e aji amarillo, além dos exóticos milho de campo e quinoa peruanos, os pratos do Páru

Inkas Sushi & Grill foram criados para serem compartilhados. Já os pratos clássicos peruanos são apresentados no cardápio com uma roupagem nova, inspirados pelos saborosos ingredientes brasileiros. Estão no menu o Ceviche Yellow (cortes de atum ou salmão fresco marinado em limão, aji amarillo peruano e pimenta dedo de moça, na foto), o Tempurá (camarões em tempura e cream cheese, coberto de abacate e banhado em molho amatare) e o Parma Especial (abacate e camarão furai no interior, coberto com sementes de gergelim, coroado com viera al parmesão em manteiga de Ménière). A lista de coquetéis é assinada pelo mixologista argentino Tato Giovannoni e apresenta coquetéis de pisco como o Nissei (saquê, pisco acholado, umeshu e pitaya) e Dos Maices (pisco, chicha de maiz cancha, xarope de ajies peruanos). Estrada da Gávea, 899 - Loja A - São Conrado Fashion Mall - Rio de Janeiro www.parusushi.com

Amanda Chain

“Assassinos econômicos” (AE) são profissionais altamente remunerados cujo trabalho é lesar países ao redor do mundo em golpes trilionários. Suas ferramentas de trabalho são relatórios financeiros adulterados, pleitos eleitorais fraudulentos, extorsão, sexo e assassinatos. Com relatos que beiram a ficção, John Perkins conta boa parte de seu trabalho e das artimanhas usadas por ele durante sua atividade como AE. Normalmente, a linha de conduta era estabelecer projetos de desenvolvimento para o país, como um moderno sistema de abastecimento elétrico, estradas e portos. O aspecto velado de cada projeto sempre foi a dependência externa de manutenção e tecnologia, além dos elevados custos de juros do empréstimo necessário para a execução. Normalmente as projeções eram distorcidas, extremamente otimistas, o que exigiria mais investimento e acarretariam mais juros. No final, a dependência de tecnologia externa, os elevados custos de juros e a falta de unidade nacional transformavam o país em um fácil fantoche manipulável, seja para votos na ONU, concessões de extração mineral, manipulação de preços de commodities, entre outras questões. É um livro para quem deseja conhecer a história por trás da história mundial. Perkins revela os mecanismos de controle em acontecimentos como a queda do Xá do Irã, a morte do presidente do Panamá, Omar Torrijos, e as invasões americanas no Iraque. A impressão que temos ao ler Confissões de um Assassino Econômico, uma narrativa vertiginosa, é a de que estamos com uma obra de ficção. “Mas essa história não é ficção. É a história da minha vida” já esbraveja o autor nas primeiras páginas. O livro não expõe documentos, sendo exatamente como o título propõe. Editora Cultrix. R$ 44,00. www.livrariadochain.com.br

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Marcos Schaefer

Muito mais que praia Da Redação

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alneário Camboriú pode ser dividida em quatro partes: Barra Sul, Centro, Barra Norte e praias mais afastadas. Se acrescentar mais duas (Itajaí e Beto Carrero World), pode programar pelo menos uma semana para curtir um dos pontos turísticos mais requisitados de Santa Catarina. Cidade que tem 46 km² e quase 115 mil moradores, Balneário Camboriú, na alta temporada, recebe um fluxo médio de seiscentas mil pessoas. Mesmo esta agitação, que se percebe no trânsito, hotéis, lojas, praias e restaurantes, não afugenta argentinos (Buenos Aires fica a 1.900 km) e brasileiros (Navegantes, a apenas 17 km tem um aeroporto que facilita o acesso à cidade). A cidade, até na baixa temporada, está preparada para receber você e sua família, com mais de cinco mil pontos de comércio (só as opções gastronômicas passam de seiscentas) e 22 mil leitos, em todos os tipos de hospedagem. E talvez, exatamente por isso, a agitação no verão, e a tranquilidade com infraestrutura viva na baixa temporada, ela é o sonho de vida de milhares de aposentados. Muitos, o conquisMarcos Schaefer

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Balneário Camboriú atrai turistas de todas as idades pela beleza e diversidade de opções taram. Entre eles, que formaram os clubes de bocha. Por este motivo, há canchas espalhadas pela orla, onde diariamente se reúnem para praticar e conversar. Quando você chega a Balneário Camboriú – e aqui vai um alerta: não confunda a cidade com Camboriú que fica a 6 km, mas do outro lado da BR-101 – de cara percebe que está ali para relaxar. É a “aura” da cidade. Por isso, quando for escolher um lugar para ficar, procure um em que você possa deixar o carro (se este for seu meio de transporte) porque Balneário convida a andar a pé. Ali o pedestre tem vez. É impressionante, mas basta colocar o pé numa faixa de travessia que os motoristas param para deixá-lo passar. E o respeito contamina motoristas de outros Estados ou países, o que lança a pergunta: “Será que fazem o mesmo nas suas cidades?” Voltando às partes de Balneário. Na Barra Sul há três atrações: o Parque Unipraias, o passeio no Barco Pirata e a pesca de peixe espada. O Parque Unipraias (www.unipraias.com. br) une várias atrações ao mesmo tempo. Tem o Youhooo!, um trenó que desce 210 metros entre a mata de montanha (R$ 28,00/pessoa), trilha ecológica, o ZipRider, uma tirolesa que começa no Morro da Aguada numa altura de 240 metros, tem 30º de graus de inclinação, faz um percurso de 750 metros e pode chegar a 60 km/h (R$ 45,00/pessoa) e um bondinho/teleférico que vai até a Praia de Laranjeiras num trajeto de 3.250 metros (R$ 39,00/adulto). Em dezembro abriu a Fantastic Forest destinado à diversão de crianças de 3 a 10 anos (R$ 15,00). Aberto das 9h às 20h. O Barco Pirata oferece três opções de pas-

seios: Ilha das Cabras e Praia das Laranjeiras (passeios contemplativos) e Piratas a Bordo (com show interativo de piratas). Saídas de hora em hora. Na alta temporada, das 9h às 18h; na baixa, às 10h, 14h e 16h. www.barcopirata.com.br. À noite, no molhe da Barra Sul a atração é ver os pescadores lançarem suas iscas luminosas para capturar um tipo de peixe espada. Muito interessante. E, na Barra Sul, aliás, está sendo erguido um edifício de 275 metros de altura, o Yacht House, um dos maiores do Brasil, com 74 andares. No lado oposto desta faixa litorânea de quase 10 km de extensão, a Av. Atlântica, fica a Barra Norte e a Passarela Pontal Norte que leva à Praia do Buraco e do Canto. São 500 metros de deck que margeiam o Morro do Careca. E é ali, no alto do no Morro que você pode entrar numa outra atração radical de Balneário: voo de parapente. De 104 metros acima do nível do mar, você salta para um voo de até 20 minutos para ver, lá do alto, Balneário e a Praia Brava. Você decola e aterrissa no Careca. O voo é com instrutor, a partir das 13h, e custa R$ 220,00. Não é perigoso, dizem os instrutores, mas antes de saltar, você assina um contrato... www. morrodocareca.org. Na costa Sul de Balneário estão seis praias acessíveis pela rodovia Interpraias, de 16,5 km, cada uma com seu encanto. A primeira é a de Laranjeiras, aquela que você pode alcançar pelo Bondinho do Unipraias, tem águas calmas e é ideal para crianças pequenas. A próxima é Taquarinhas, com natureza preservada, depois Taquaras e suas águas transparentes, a do Pinho (leia adiante), Estaleiro, a segunda maior praia do Balneário e Estaleirinho, onde os jo-


Barra norte

Pesca do peixe espada no trapiche

Marcos Schaefer

especializada em música eletrônica, como o Melhor Clube do Mundo nas Américas. E, para quem for de carro, na volta passe na Peixaria Oliani (R. 3.700, 500, praticamente ao lado da BR) e compre peixes, camarão, ostras ou mariscos. Lá embalam tudo para viagem, com gelo. Dependendo da duração da viagem, não há problema, e os preços valem a pena. Baixe o app BCoAnoTodo para Android e iOS: www.secturbc.com.br/tb2013/pt-br/ mobile www.secturbc.com.br/tb2013/pt-br/home Onde comer Balneário tem gastronomia para todos os gostos. Não é difícil encontrar um local para se fazer uma boa refeição. •Mundo Selvagem Café & Bistrô (Av. Atlântica, 2.186) – buffet natural. •Moustache (Av. Atlântica, 3.640) – buffet. •Rancho do Renato (R. Dom Diniz, 29) – frutos do mar e buffet. •Macarronada Italiana (R. Dom Afonso, 160) – italiano. •Wrulenbac (Av. Atlântica, 2.334) – carnes, alemã e petiscos. •Voo Livre Petiscaria (Av. José Medeiros Vieira, 15) – petiscos, frutos do mar •Chaplin (Av. Atlântica, 2.200 e 2.200) – o primeiro é um bar e outro, restaurante Hospedagem São mais de cem opções para todos os gostos e bolsos. •Parnaso Hotel (Av. Central, 321) www.parnasohotel.com.br •Mercure (Av. Atlântica, 2.010) www.mercure.com.br •Hotel Villa do Mar (Av. Atlântica, 2.420) www.villadomar.com.br •Hotel Vieiras (R. México, 25) www.hotelvieiras.com.br •Infinity Blue Resort e Spa (Av. Rui Barbosa, 1.000) www.infinityblue.com.br •Hotel Bhally – (Av. Atlântica, 3.250) www.hotelbhally.com.br

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Jean Féder

vens se reúnem. A praia do Pinho (com 500 metros) foi a primeira praia naturista do Brasil. Sim, é lá que você deixa a roupa na entrada e pega somente na saída. Pode parecer, à primeira vista, local de sacanagem, mas você se surpreende sabendo que famílias inteiras adeptas desse estilo de vida frequentam o local sem qualquer problema. Na entrada um folheto relata o Código de Ética do local. Tem pousada, chalés, cabanas, camping para duzentas barracas e um bar. Se ficou curioso, arrisque. Você pode entrar, com roupas, e ir ao bar para “sentir” o local. Mas não estranhe se praticantes entrarem sem roupas. A praia é dividida: à direita, ficam os casais; à esquerda, solteiros. www.praiadopinho. com.br Camelódromo Antes de ir para o fervo, que é a área central de Balneário, vamos para as outras duas opções que de Balneário você pode curtir: Itajaí e Beto Carrero. O Beto Carrero World é o maior parque temático da América Latina. Fica a 35 km de Balneário. Então, bate e volta de um dia, sem problema. Se for com os filhos, a visita pode ser cansativa: eles não vão deixá-lo parado porque há muitas atrações e atividades a se fazer... Passaporte no www.betocarrero.com.br. Ao seguir pela Av. Atlântica, no final, chega-se à Estrada da Rainha que transpõe o Morro do Careca para dar acesso a Itajaí. Bem-vindo à Praia Brava, point de agitação e bom para pegar ondas. A Av. José Medeiros Vieira, à beira-mar, foi recentemente remodelada e ali se concentram restaurantes, bares e vários edifícios residenciais. É um bom passeio para quem está em Balneário. Vamos, então, à ferveção. Na alta temporada o centro de Balneário fica apinhado de gente que quer ver e ser vista e de gente que vai às compras. Não chega a ser uma preocupação se você

está ali para passear e relaxar. Mas é no centro que as coisas acontecem, porque os restaurantes e barzinhos estão concentrados, como o comércio e hotéis, em poucas quadras. Aqui, o melhor é ficar a pé. De carro, você arrisca, na alta temporada, ficar mais tempo parado que trafegando. Na baixa, além de ser muito mais tranquilo, com tudo funcionando, ainda dá praia. E você, com certeza, vai conhecer o Bondindinho, um ônibus turístico adaptado que circula pelo centro, a R$ 4,50. Com um detalhe: sem ponto fixo. Basta acenar que ele para. Funciona das 6h às 2h. Aliás, toda a orla, na Av. Atlântica, tem via especial para bicicleta, skatistas e praticantes de corrida. Uma das atrações do comércio de Balneário é o Camelódromo da Matriz. São vários boxes oferecendo os mais diversos tipos de produtos (muitos de segunda linha, mas como os de primeira, made in China). Funciona de domingo a domingo, das 9h às 22h e fica na R. 1.520, em frente à praça da Igreja Santa Inês. É só perguntar, todos conhecem. Em poucas quadras, a partir da Avenida Central, você encontra à direita e à esquerda na Avenida Brasil inúmeras lojas de grife: Arezzo, Carmen Steffens, Jorge Bischoff, Intimissimi e Kevingston. Não deixe de conhecer a Clip Acessórios (no nº 1.508), a Iria (moda feminina, no 1.500). Nas travessas você também terá surpresas, como a Ideias Moveis de Bali (na R. 1.300, 102), a Dajo Moda Íntima (na R. 51, 30) e a Paulo Marca (moda masculina e feminina, na R. 1.200, 181). Estando acompanhado da esposa, e cansado de carregar sacolas, pare para um café no Café 1100 (Av. Brasil, 1708). Ao final da tarde, início da noite, um passeio bem legal é ir ao Cristo Luz. No alto do um morro de 154 metros de altura, desde 1997. Há uma estátua de um Cristo de 528 toneladas, com 33 metros de altura e 22 metros de largura. Ali, num mirante você vai poder ver o pôr do sol chegar a Balneário e imaginar que a imagem poderia ser muito mais bonita se não tivesse tantos prédios na paisagem. Verifique os dias e horários de funcionamento no www.cristoluz. com.br. Depois, prepare-se, porque a noite é longa em Balneário Camboriú, principalmente nas temporadas de férias. Na Av. Atlântica quem quer badalar se encontra nos inúmeros bares, como o Taj (no número 5.710), Woods (4.450) e o 1007 (5.200). Na vizinha Camboriú está o Green Valley (www.greenvalley.art.br) que foi eleito pela Dj Mag, revista mensal do Reino Unido

Não é preciso ser pescador para gostar do que se vê no trapiche da Baía Sul, em Balneário Camboriú. Após o pôr do sol, lá pelas 19h, começam a chegar os pescadores munidos de varas, iscas e demais apetrechos. Enquanto se posicionam e começam a preparar-se para pescar, vão chegando dezenas de pessoas para assistir. Realmente é um espetáculo ver a pesca de peixes espada. As iscas e boias luminosas de cores variadas iluminam o mar escuro a esta hora da noite. Fica-se na expectativa e vez e mais outra levanta-se um vozerio na multidão enquanto o pescador sortudo é visto levantar e acondicionar no seu isopor um exemplar de peixe espada, que, parece unanimidade, dizem ser muito saboroso. Pescado durante todo o ano esta espécie é abundante na região e, não raro, alguém consegue pescar um dos grandes (em certas épocas é possível conseguir exemplares de até 2 metros de comprimento). Mas, pela destreza que se observa naqueles que mais têm sucesso nas tarefas, é preciso uma boa dose de experiência. Edmilson Tomio, natural de Brusque, frequenta o local há vinte anos. A pesca é seu lazer e a família adotou, também, o esporte. Seus dois filhos o acompanham sempre e, às vezes, também amigos, como desta vez. “Todo ano venho passar as férias aqui”, diz ele, que tem uma casa de veraneio na Vila Real e não dispensa o prazer de pescar no trapiche e de preparar, ele mesmo, a iguaria quando chega em casa. Segundo Tomio, o sabor do peixe espada é “fantástico” e, sobre os outros pescados aponta, ainda, outra vantagem: seu cheiro não é forte e, durante o preparo, não há aquele problema de ficar rescendendo peixe pela casa. Ponto para o peixe espada. Que tal experimentar?


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Renault Duster Oroch

Carlos Fernando Schrappe Borges

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o mercado há pouco mais de seis meses, a Duster Oroch ainda chama a atenção por onde passa. A Renault desbravou com sucesso um novo nicho de mercado posicionando-se entre a GM S-10, Ford Ranger e VW Saveiro e Fiat Strada. Aeroporto Jornal testou a versão Dynamique 1.6 (R$71.700,00), ideal para o uso familiar e semiurbano. Seu câmbio tem relações bem curtas buscando agilidade e economia. A direção hidráulica é adequada ao tamanho e porte do carro. Seu volante é revestido em couro com boa empunhadura e traz os comandos do piloto automático, mas sem iluminação. Tem ajuste de altura, mas não de profundidade. Os controles de som/telefone estão em um comando satélite. Seu rodar é macio, estável e pouco lembra uma picape, mérito dos pneus Michelin 215/65/r16 e da suspenção traseira Multilink. Também destaco a qualidade das borrachas de vedação que ajudam até no isolamento acústico. Interior Espaçosa e segura, traz bancos de couro (opcional) e cinto de três pontos para todos os passageiros. Painel tem boa visualização e o computador de bordo tem até dez funções. Falta, no entanto, um reostato e o medidor de temperatura do motor. No console central com acabamento black piano, destaca-se a excelente MEDIA Nav Evolution com

tela touch screen 7”, navegação GPS e 3D Sound by Arkamys com conexões USB e Auxiliar. É rápida intuitiva e funcional, mas poderia estar posicionada em melhor ângulo para o motorista. De todos os vidros elétricos

somente o dianteiro do motorista tem a função one touch. Sentimos a ausência do espelho retrovisor eletrocrômico e das luzes de cortesia nos para sois, pois não seriam nenhum excesso nesta faixa de preço.

Exterior Destaca-se pelo seu porte robusto, 4,7 m de comprimento e pelo acabamento bem cuidado. Não há diferenças de simetria nos encaixes. A caçamba vem de fábrica com protetor e tem oito ganchos para amarras. Sua tampa é basculante e comporta um rack extensor (opcional) que permite até levar uma motocicleta na diagonal. Possui sensor de estacionamento de fábrica, mas falta a câmera de ré. O conjunto ótico possui luzes diurnas automáticas, mas não de led. Motorização O 1.6 16 v 110/115cv já é um velho conhecido que recebe agora um pouco mais de tecnologia para melhorar seu rendimento. A função Eco-Mode quando acionada faz o motor se adaptar a um regime de giro reduzido, proporcionando até 10% de economia. Interessante para ser usado quando não há pressa alguma ou se o combustível está acabando e você não sabe quando verá um outro posto, pois há perda de potência e agilidade bem superior ao ganho de consumo. Ao abrir o cofre do motor você depara com o auxílio de um amortecedor telescópico muito bem-vindo. Ainda conta com o tanquinho de gasolina para partidas a frio, mas com uma evolução: ao invés de um motor elétrico ele tem um bico injetor exclusivo garantindo precisão de partidas a frio. Faz falta, tal como no Duster, o acabamento plástico (grade/churrasqueira) entre o para-brisa, carroceria e os limpadores. Após 350 km em um percurso misto cidade/estrada fizemos 9,5 Km/l, com gasolina. Também disponível na versão 2.0, por cerca de 5% a mais no preço você leva para casa a versão ideal que alia desempenho com economia. Esperamos pelo lançamento da versão 2.0 automática para enfrentar sua nova concorrente, a Fiat Toro. Para o test drive, a Oroch cedida pela fábrica foi retirada na concessionária Fórmula Renault. www.renault.com.br


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CRÔNICA

Por que latem os cães?

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urante muito tempo me ocupei com uma questão insolúvel: por que latem tanto os cães do Jardim das Américas? Eu morava naquele bairro sossegado e quieto que ao final da tarde lembra uma fazenda bucólica. Silêncio, canto de pássaros que se preparam para dormir, algum som de conversa que se escuta ao longe. Mesmo assim, caindo a noite, os cães latem sem parar. Digamos que parem durante certos momentos, diminuindo a produção de latidos em volume e frequência, mas latem com regularidade canina. E, como são muitos os cães, os latidos não cessam. Há aqueles que latem forte, em reclamações poderosas e cheias de fúria. Parecem se jogar contra as grades do portão, a tela do canil. A julgar pelo escândalo que fazem, lutam com algum invasor e estão correndo sérios riscos. Mas acho que não são levados a sério, pois, tendo latidos tão fortes e tamanha fúria, devem ser cães poderosos, que não carecem de ajuda. Outros cães latem de forma estridente, latidos agudos, estalados, metálicos – vozes de soprano.

Roberto Gomes, escritor

Estes latidos explodem em nossos ouvidos, ecoando longe. Típico de cães pequenos, pois, quanto menor, mais barulhento e metido a valentão é o cachorro. Os baixinhos humanos costumam confirmar essa regra. Fazem um alarde histérico e, após começarem, nada os detém. Latem por horas. E assim ficamos. Na direção Norte está um pequeno cão que late sem parar há mais de quinze minutos. Faz apenas algumas paradas estratégicas. Imagino que vá tomar água para limpar a garganta, fazer um gargarejo, e, quando já me acostumo ao silêncio, ele recomeça. E, de um momento para outro, todos voltam a latir. É inútil tentar entender por que latem os cães. Somos seres de outra espécie, jamais saberemos. Eles, por seu lado, devem pensar lá com suas categorias caninas, com juízos de valor baseados em sua capacidade olfativa, que também não entendem os homens. Andam de um lado para outro, entram em automóveis, buzinam, gritam com as crianças, batem as portas, passam o dia inteiro diante da televisão ou segurando junto à orelha um aparelho através do

qual falam, falam, falam. Portanto, não tentemos entender os cães – eles também não nos entendem. Estamos quites. Aqueles que não tentam se entender, não se desentendem. O fato é que, no conjunto, eles tecem uma sintonia de latidos. É possível distinguir uns e outros, tentar adivinhar a raça de alguns deles, a sua ferocidade relativa, o espalhafato de que são capazes. Mas um deles me preocupa. Agora que todos pararam de latir, fico esperando para ouvi-lo, distante, na direção Leste. Deve ser um cão muito sofredor. O que produz como parte da sinfonia geral nem chega a ser latido. É um rosnar profundo, doloroso. Uma reclamação surda, imóvel, inconformada com a própria paralisia. Deve ser um cão de grande porte. Deve ter um ar cansado e olhos caídos. Imagino que esteja trancafiado num canil minúsculo. Quando cansa de rosnar, uiva por detrás dos latidos de sopranos e de tenores dos outros cães, enchendo o fundo da noite com toda a dor de que um cão é capaz. Lembra um contrabaixo sinistro, conduzindo a música rumo a uma catástrofe. Mas não vou ser injusto. Há um

momento em que se calam. Agora, por exemplo. Posso ouvir o som dos carros, o pio dos pássaros, sem qualquer intervenção dos latidos dos cães. Fico me divertindo com o silêncio, ainda sem sono e sem paciência de me jogar na cama. É quando descubro que o silêncio dos cães talvez seja coisa pior do que a arruaça sonora que produzem. A noite, que a insônia me obriga a acompanhar aqui desta janela, se revela ainda mais tensa. Este silêncio é ainda pior do que os latidos. Pesa toneladas. Uma ameaça surda e desesperada. Mas, súbito, estou salvo. Eles voltam a latir. A sinfonia ocupa os ares do bairro novamente. Não estamos sozinhos. Os cães zelam por nós seja lá qual for o perigo que esteja nos rondando. www.gomesroberto.blogspot.com

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Ano 20 | No 196 | abril 2016 | www.aeroportojornal.com.br AEROPORTO JORNAL® circula mensal e gratuitamente no Aeroporto Internacional Afonso Pena.

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