Jornal Horta das Notícias 27

18 de Maio de 2020

Nº27

HORTA DAS NOTÍCIAS Jornal da Comunidade da Escola Horta das Figueiras feito clique a clique por miúdos e graúdos

AS MARAVILHOSAS BICICLETAS EM TEMPOS DE COVID páginas 4 e 5

vai ficar tudo bem.

Pub institucional, Sarah Rodrigues

página 2

Vai Ficar Tudo Bem Vai Ficar Tudo Bem Vai Ficar Tudo Bem

Vai Ficar Tudo Bem

Vai Ficar Tudo Bem Vai Ficar Tudo Bem Vai Ficar Tudo Bem

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HORTA DAS NOTÍCIAS

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AS MARAVILHOSAS BICICLETAS EM TEMPOS DE COVID A bicicleta é uma grande invenção.

Permite-nos assegurar uma grande parte das nossas deslocações.

Poupa-nos tempo e dinheiro.

Permite-nos ter uma percepção dos lugares ao detalhe. A bicicleta também nos aproxima das pessoas.

Vamos suficientemente devagar para pararmos quando nos cruzamos com aqueles que gostamos. Eu ando de bicicleta há muito. Mas o gosto pela bicicleta amplificou-se a partir do momento em que fui pai e o meu filho começou a andar comigo a partir dos 10 meses. Filhos amplificam tudo, não é? Mas andar de bicicleta com um bebé muda muita coisa.

Ficamos muito mais atentos. À segurança, por exemplo. Foi a partir daí que comecei a olhar melhor para a forma como a minha cidade (Évora), e muitas outras, está desorganizada.

Pensada para servir quase em exclusivo os carros. São cidades autocêntricas. Um pedagogo italiano, Francesco Tonucci, ensinou-me a olhar para as cidades de outra forma. Ele afirma que se uma cidade estiver planeada para as crianças (para andarem a pé e de bicicleta em autonomia), está organizada para todos. Cada dia que pedalo confirmo isso.

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AS MARAVILHOSAS BICICLETAS EM TEMPOS DE COVID

Em 2019, conduzi um projecto nas escolas (Évora 2.0) sobre a mobilidade em Évora. A ideia foi pôr as crianças e o jovens a pensar a cidade do ponto de vista da mobilidade. Gostei e aprendi muito. Não é todos os dias que passamos 100.000 € para a mão de um jovem para ele gerir essa verba pelos diferentes tipos de mobilidade. E demos essa oportunidade a cerca de 600 jovens! Confirmem-no. Um ciclista nunca mente. Há dois meses parece que tudo mudou. Até a necessidade de mudarmos as nossas cidades! Como acham que se assegura melhor o distanciamento social: numa cidade cheia de carros ou sem eles? Muitas cidades pelo mundo estão a transformar-se rapidamente promovendo a mobilidade ativa (andar a pé e de bicicleta). Em Évora, os cidadãos começam a juntar-se para exigir essa mudança. É isso que estamos a fazer . E no vosso lugar, é fácil andar a pé e de bicicleta?

Fernando Moital

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Página vazia por falta de contributos.

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A rua ainda é das crianças?

O poeta Ruy Belo é que tinha razão: “A rua é das crianças”: O CICLISTA Ninguém sabe andar na rua como as crianças. Para elas é sempre uma O homem novidade, é uma constante festa que pedala, que ped'alma com o passado a tiracolo, transpor umbrais. Sair à rua é para ao ar vivaz abre as narinas: elas muito mais do que sair à rua. tem o por vir na pedaleira Vão com o vento.

Alexandre O’Neill Não basta, porém, devolver a rua às crianças. É preciso, igualmente, devolver as crianças à rua, de onde À semelhança do ciclista de O’Neill, têm sido afastadas, quer por excessos as crianças têm o porvir nos pés, talvez muito mais do que o futuro nas automobilísticos, quer por excesso de zelo. Uma investigação divulgada mãos. Muitos adultos é que ainda não recentemente conclui que o facto de as perceberam isso! É preciso dar uma crianças brincarem menos na rua as guinada no cliché e no paradigma! impede de aprender a lidar com o risco.

Vivemos uma excelente ocasião para O investigador Rui Matos alerta: a educação (eco)cívica de crianças e "Resguardá-las do perigo é bom, o adultos, tanto na família, como na problema é que [os pais] os resguardam escola e, claro!, na rua. Numa época de uma coisa mais simples que é o risco em que, nas nossas cidades, sempre […] uma criança que não experimenta, se esbarra nos passeios muito mais que não arrisca um pouquinho [...], em carros que em miudagem, não podemos ignorar esta oportunidade de mais tarde, quando precisar na vida real começar a devolver a rua às crianças. de se libertar de alguma situação eventualmente até perigosa, talvez não Precisamos, todos, de reconverter as tenha as capacidades motoras para o ruas, de lugar de perigo, novamente em espaço de crescimento. O pedagogo fazer, não tem equilíbrio, agilidade". É claro que a acção pedagógica de Rubem Alves reivindica para as devolver as crianças à rua implica um crianças o direito a esse lugar lúdico: processo gradual e persistente que “Toda a criança tem o direito de envolva condutores que se tornem, brincar na rua e na praça e de andar livremente pelos caminhos, sem medo cada vez mais, peões e pais/avós que se recordem da liberdade de ser atropelada por motoristas que de quando eram crianças. pensam que as vias lhes pertencem.”

Joana Portela

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Arca de Noé para um tempo novo Ficava à janela da cozinha quanto muito a olhar para as palmeiras e imitava os pintassilgos que chilreavam por lá, bem como outra passarada que ao menos lembrava à pessoa que a Terra ainda existia com o reino animal de pé.

Lídia Jorge, Notícia da Cidade Silvestre, 1983

PASSEIO DE BICICLETA Domingo, eu, a Sarah, a Laura, a Rita e o Tobias fomos andar de bicicleta.

Partimos do Burger King e fomos sempre ao pé da linha de caminho de ferro.

Quando saímos do Burger King, atravessámos a linha. Depois passámos uma ribeira e continuámos. Mas, de repente, vimos o comboio a passar por nós.

Como estávamos numa zona de caça ouvimos tiros.

Entretanto, a meio do nosso passeio, páramos. O Tobias tinha um drone e voou com ele. Alguns pais estavam cansados. Por isso, fizemos dois grupos: um que voltou logo ali e outro que continuou até a um portão.

O meu grupo quis continuar. Mas como foi só um adulto não passámos do tal portão.

Eu e o Tobias, como íamos à frente, chegámos primeiro à Ribeira da Torregela. Ali, o Tobias aproveitou para andar na água.

Depois voltámos para o Burger King, cansados, e despedimo-nos.

Fizemos 12 km todos juntos e despedimos-nos.

João M. (HF4)

Imagem do percurso que fizemos

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Queres saber que altura vais ter quando tiveres 20 anos?

Primeiro: a matemática existe para nos ajudar a resolver problemas em muitas situações. E pode ser muito divertida. Tenta ler este artigo até ao fim e depois diz-me se concordas. Topas?

Agora vamos ao que interessa. Gostavas de saber que altura vais ter quando fores grande? Então pega no teu boletim de saúde e abre a página 7. Vais encontrar um gráfico de leitura aparentemente complicada.

Se fores menino, o gráfico aparece a azul. Se fores menina, o gráfico terá a cor rosa.

Sabes a tua altura? Se não, encosta-te à parede e pede ajuda a um adulto para te ajudar a saber.

Agora que sabes a tua altura, procura no gráfico a tua idade ( 1 no gráfico) . A do António e da Rute, nos exemplos em baixo é de 10 anos. Depois na linha das alturas encontra a tua altura (2 no gráfico).

Do "choque) (intersecção) da linha da altura com a tua idade encontras um ponto (a vermelho em baixo). Esse ponto coincide com uma das linhas do gráfico. Segue essa linha até ao fim e agora lê a tua altura (aos 20 anos) na escala da alturas (lado esquerdo do gráfico).

Conseguiste? Vais ser alto ou baixo? Não te preocupes com o resultado. Ser alto ou baixo não te vai tornar melhor pessoa nem mais feliz. Mas perceber de matemática se calhar vai!

Fernando Moital (166 cm de altura e 51 anos).

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SECÇÃO HISTÓRIA HF

ELEIÇÕES DE 29 DE MAIO DE 2019

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Está quase a fazer um ano que se disputaram as primeiras eleições a sério na Escola Horta das Figueiras. Foi a 29 de Maio de 2019. Se quiseres recordar esse dia, clica AQUI.

HORTA DAS NOTÍCIAS MEME HFENEANO

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Fica a três minutos [a pé] da escola. Sabem onde é?

HORTA DAS NOTÍCIAS 12 IMAGENS FANTÁSTICAS HF ELEIÇÕES MAIO 2019 Foram uma eleições que contaram com a ajuda de muita gente. E as crianças foram ouvidas pelos adultos.

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LISTA DE MIMOS QUE CHEGARAM AO HORTA DAS NOTÍCIAS O jornal feito clique a clique por miúdos e graúdos já vai na 26ª edição. Ao longo destas edições já brincámos, já nos preocupámos, já mimámos e já fomos mimados. Lista incompleta das pessoas que nos mimaram até agora.

Adel Sidarus Ana Batalha Soares Ana Paula Candeias Anjo Grilo Ana Soares Bruno Pessoa Carlos Reforço Celida Salume Dulce Damas Elisete Sepanas Elsa Oliveira Ema Pires Esther Portela Eva Leal Fabienne Pessoa Filipe Sousa Francisca Fragoso Gloria Alhinho Helena Figueiredo Helena Zuber Henrique Sim-Sim Ilda Coelho José Carlos Santos José Francisco Banha José Russo Lino Bicari Ludovina Padre Manuel Malheiros Manuel Piçarra Maria Galego

Mariana Emídio Mário Alves Nelito Orlanda Alhinho Paula Soares Pedro Branco Sara Fernandes Susana Lopes Teresa Tiago Porteiro Takis Tó-Zé Bexiga Túlio Cunha Wouter Delée

E outros cujo nome não nos lembramos agora.

Bem hajam todos.

Quem faz o jornal?

FICHA TÉCNICA Crianças: Breno Pessoa (HF4), Carlota (HF3), Duarte Roque (HF4), Filipe Cid (HF4), Gael (Uberlândia), Guigui (HF2), Inês Sepanas (HF2), João Moital (HF4), Madalena (HF2), Laura (HF4), Madalena Casquinha (HF4), Madalena Romero (HF2), Manuel (HF1), Maria Casquinha (HF4), Mariana Baião (HF4), Matilde (HF3) Martim Macau (HF4), Rita Borges (HF4), Sarah Brabec (HF4), Sarah Rodrigues (HF4), Xavier (HF1) e Vasco Cunha (HF4).

Adolescentes: Tobias Rodrigues (EB Santa Clara) E pelos adultos: Ana Soares, professor Campeão, Eugénia Alhinho, Fernando Moital, professora Ilda Coelho (HF2), Joana Portela, José Francisco Banha, professora Maria José Percheiro (HF4), Patrícia Tira-Picos, Sofia Batista, Sandra Gazzoni , Túlio Cunha e Vasco Serrenho.

Design gráfico e paginação (com canva.com): Fernando Moital, Filipe Cid, João Moital, Sarah Rodrigues e Tobias Rodrigues .

Olhos de lince (revisão dos textos): Joana Portela