Informativo Homenagem a Mãe Iemanjá Página 2 e 3
Imagem: Ogan Junior: 02/02/2019
Aos 93 morre na Bahia a Mãe Stella de Oxossi. pág. 7 e 8
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Lavagem das escadarias da Igreja Santa Cruz em Araras, SP. (Foto:EPTV). Site G1. Data da publicação: 24/01/2014
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Luta incansável pelos direitos dos povos de matrizes africanas
FESTA À MÃE IEMANJÁ O mês de fevereiro, mas precisamente o dia 02, para grande parte dos religiosos tradicionais de matrizes africanas é extremamente importante, pois é a época do ano em que se comemora o dia de uma das divindades ícone dos costumes e tradições herdadas de nossos antepassados africanos, popularmente tratada de Iemanjá (Prandi, 2001. p. 378) ou Yemọja (Verger, 1981. p. 190) ou também de Rainha do Mar (Marciel, 1992. p. 189). Embora a maioria dos povos tradicionais de matrizes africanas relacione Iemanjá como a orişa (orixá no Brasil) do mar, ou a iyabá1 da água salgada, ou também a deusa do mar ou calunga grande2, essa relação não é reconhecida pela liturgia africana. Possivelmente tenha surgido dos vários itans3, sendo Iemanjá a filha de Olóòkun4 tratado como deus ou deusa dor mar. O dia 02 de fevereiro é comemorado o dia de Iemanjá devido ao sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora das Candeias (Verger, 1991. p. 192) isso justifica o fato da festa de Iemanjá em fevereiro não ser uma data comum em todo o país, já que em algumas regiões Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição (Verger, 1991. p. 192 e Carneiro, 1991. p. 67) logo os festejos a Iemanjá ocorrem nesses estados (ex. São Paulo) no dia 08 de dezembro. No estado do Espírito Santo o dia 08 de dezembro costumeiramente é comemorado o dia de Oxun (Ọşun [Verger, 1991. P. 174]). De acordo com Marciel (1992. p. 188) o festejo a Iemanjá ocorria no dia 31 de dezembro era grande o número de pessoas estimada para os rituais. Para atender a demanda da procura para realização do festejo tais como: barquinhos, imagens, velas coloridas, fitas, champagnes, talcos, perfumes, sabonetes, taças, banhos de descarregos, fogos de artifícios, velas encantadas e guias de contas, havia muito movimento nas casas de artigos religiosos que faziam escalas de atendimento e diversidade de produtos. Marciel também relata, que não havia apoio das prefeituras, entretanto, os festejos e sua organização eram garantidos pelos 600 templos espíritas de Umbanda apenas em Jacaraípe. Já em vitória, estimou mais de 2 mil terreiros cada Imagem: Ogan Junior: Praia da Costa: 02/02/2019 um com a média de 30 médiuns por templo. (Marciel, 1992. p. 189-191). A sacerdotisa Helena Viana do Centro Espírita São Cosme e São Damião no bairro de Ilha das Flores Vila Velha, ressalta que algo semelhante aos festejos do dia 31 de dezembro, também ocorria em fevereiro, porém para a sacerdotisa a comemoração tinha cunho “mais religioso” e “mais emocionante” já que os adeptos iam com a proposta de apenas cultuar a “Mãe Iemanjá”.
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LOCAIS MAIS VISITADO NA GRANDE VITÓRIA As praias mais visitadas no dia 02 de fevereiro são: Camburí próximo ao píer de Iemanjá (Vitória), Praia da Costa em Vila Velha com a maior aglomeração, porem é possível encontrar templos em ritualística na praia de Itapuã, Coqueiral de Itaparica, Barra do Jucu e Ponta da fruta e no município de Serra as praias mais procuradas são as Praias de Jacareípe e Manguinhos. Em Camburí os rituais ocorrem logo pela manhã no píer de Iemanjá onde já é possível ver grande número de devotos levando flores, acendendo velas, fazendo pedidos e agradecimentos a Rainha do Mar. Desde 1983 o templo Nzó Musambu riá Kukuetu, que tem como zeladora a sacerdotisa Edinéa da Silva Cabral (Mãe Néia) realiza o “Balaião de Iemanjá onde os devotos, amigos e simpatizantes depositam em um balaio as oferendas que serão destinadas a Iemanjá. O balaio é levado por uma escuna até um determinado ponto onde é entregue. Após a chegada da escuna, são compartilhados os alimentos levados com os participantes e a ritualística continua no templo localizado na rua Vila Lobos, n° 11, Bairro de Fátima no município de Serra. Em companhia ao templo Nzó Musambu riá Kukuetu nos festejos a Rainha do Mar, A Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Barravento/ES também promove apresentação com roda de capoeira, maculelê e samba de roda e há 26 anos nessa tradição sempre se renovando. Em Serra a prefeitura municipal promove junto aos povos de tradição africana o festejo que costuma acontecer no Encontro das Águas no bairro de Jacaraípe, já no município de Cariacica o Fórum das Matrizes Africanas de Cariacica, Secretaria de Cultura e Gerência de Igualdade Racial realiza junto aos religiosos dos povos tradicionais de matrizes africanas as cerimônias na orla de Porto de Santana em frente ao campo do Kauê. Esse festejo é bem popular e já está na 4° edição. Em Vila Velha a visita é comum em toda a extensão nas praias de Coqueiral de Itaparica até a Praia da Costa na altura do Clube Libanês. Pequena movimentação também é possível ser vista nas praias da Barra do Jucu e de Ponta da Fruta.
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O Fórum FONSAN POTMA organizou campanha para nacionalização do feriado reivindicando ao nacionalização do dia de Kaia, Aziri e Yemonja constituído este dia como patrimônio imaterial dos Povos Tradicionais de Matriz Africana. Tramita um abaixo assinado com objetivo de ser alcançado 10.000 assinatura com intuído de colaborar com a meta nacional. Contato: Mãe Yara Marina
CARTA ÀS ÁGUAS SAGRADAS Povos Tradicionais de Matriz Africana (PTMA),aos pés das Mães (Inkise) Kaia, (Vodun) Azirie (Orixá) Yemonja. Nos alimente de esperança e força, para alimentar nossos ancestrais e todos os seres vivos. As Mães-Águas são vivas, são alimento e se alimentam para garantir o ciclo da vida. Nos dê sabedoria para garantir um lugar para onde possamos voltar. Mães todo dia uma terra é queimada,invadida e seus ensinamentos destruídos; Não sabemos se estaremos vivos amanhã, não porque findo naturalmente o ciclo da vida, mas porque muitos de nós são assassinados. Nos últimos cinco anos, mais de 100 autoridade se lideranças tradicionais de matriz africana,foram brutalmente assassinadas; Não sabemos se estaremos livres a cada dia se criam leis que criminalizam a forma de nos alimentar, vestir, ensinar, cantar e, finalmente, viver. Não sabemos se a próxima geração vai saber seus nome seus costumes já que nas escolas são discriminados e criminalizados e nas ruas são mortos. Perdoem aqueles que acreditam estar a lhe presentear, mas estão a lhe sujar,pois estes são vítimas do Genocídio físico e cultural dos Povos Tradicionais de Matriz Africana. Perdoe os muitos homens que lhe agridem e violentam,assim como fazem com todas as mulheres no mundo. Ajude-nos a lembrar que TRADIÇÃO ALIMENTA NÃO VIOLENTA. Aos seus pés, damos graças por serem sagradas, viva se alimentam-se. E pedimos: abrace-nos e nos acalente como seus filhos peixes. Estamos lutando para que o alimento hoje entregue seja limpo, sem veneno e de qualidade. Para que todos os amigos e admiradores das Senhoras sejam radicais com a nossa tradição e as presenteie com alimentos. Por todos esses motivos, junto às nossas orações e rezas REIVINDICAMOS aos ancestrais e ao mundo que crie A Nacionalização do dia de Kaia, Aziri e Yemonja constituído este dia como patrimônio imaterial dos Povos Tradicionais de Matriz Africana. Estamos recolhendo assinaturas e pedindo que criem e compartilhem textos, fotos e vídeos que demonstram que Tradição Alimenta Não Violenta e compartilhe em redes sociais COM #FeriadoKaia #FeriadoAziri #FeriadoYemonja #feriadoaguasagradas #sagradasmulheres aguas e poste no www.tradicaoafricana.blogspot.com.br, envie para o site fonsanpotma.com. br- idealizador da campanha.
Texto: Comitê Nacional pela nacionalização do Feriado das Mães (Inkise) Kaia, (Vodun) Aziri e (Orixá) Yemonja Rua barão de Itapetininga 273 11º sala 03
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OS RITUAIS DAS ÁGUAS DE ÒṢÀLÁ Texto: Babalorixá Paulo Cesar Jagger
Pelas diversas observações feitas, podemos entender o cerimonial das Águas de Oxalá sob três aspectos : o de reviver as festas agrárias de origem dos ancestrais afrobrasileiros, pois o ritual é feito na mesma época da colheita dos inhames novos, na Nigéria; o de determinar a abertura do período das grandes festas de todos os demais Orixá; e o terceiro aspecto é o da purificação a que todos se submetem, a partir da limpeza e arrumação de todo o terreiro até o Òsè geral de todos os símbolos e insígnias Babalorixá Paulo Cesar Jagger do Candomblé. É sobre estes três aspectos que este resumo deterá, que este resumo se deterá, analisando-os emsetoda a sua extensão de atividades. São dias de cerimonial intenso, não considerando os momentos anteriores de preparação, pois tudo muda no Candomblé por ocasião das Águas, a começar por todos os integrantes, que adotam um comportamento reservado, cauteloso e de muita concentração. No seu início, o Candomblé toma ares tristes e silenciosos, pois Oxalá será dado a uma aventura em que virá a ser preso e maltratado, por força de sua insistência em viajar quando as determinações eram contrárias. A partir da quinta-feira anterior às Águas, todo o terreiro estará revivendo uma odisseia assentada num mito consagrado e de forte expressão religiosa. Neste período todas as obrigações com o uso do azeite de dendê são suspensas. Não se toma café. Todo o terreiro sofre uma transformação visível. Nada de lixo ou sujeira. Todo o terreiro é repintado e limpo. Todos usam roupas brancas nas tarefas a serem feitas. Um clima de silêncio paira sobre todos, não se fala alto e pouco se conversa. O jogo vai determinar o que será feito no tocante às oferendas. Se Oxalá não comer bicho de quatro patas, nenhum outro Orixá comerá, pois é ELE que abre o Ọdún, o calendário anual do Axé. Do lado de fora do Barracão é armada uma palhoça revestida com folhas de pindoba. O local é denominado de Baluwè, literalmente casa de banho, pois é ali que Oxalá será instalado durante o preceito das Águas. E ali será banhado por três vezes em sucessivas procissões formadas por todos os membros do Candomblé.
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Durante a madrugada o Babalorixá/Iyálorixá, com um Àdjá na mão, a sineta dupla, dará três voltas acompanhada por todos os integrantes do Axé, todos vão em fila apanhar água na fonte, de volta, ao entregar o pote com a água ao Babalorixá/Iyálorixá, ficará de ajoelhada fazendo “pawó”, batendo palmas , enquanto a água é derramada sobre todos os assentamentos e a sua cabeça. Representa aí o banho que Oxalá teve de tomar quando ficou sujo com os óleos e o pó de carvão, segundo o mito. Na terceira ida à fonte, o Sol já está nascendo ( Oxalá passa a reger o dia a partir do nascimento do Sol, antes a regência pertencia às Ìyámi), e os potes retornam com uma folha de Pèrègun e uma flor branca , e esta água não é derramada. Os potes ficam no Baluwè para serem utilizados mais tarde, lembrando o banho tomado no Palácio de Xangô (conforme o mito). Neste momento são colocadas esteiras no chão e todos prestam reverência à Oxalá, em seguida todos se ajoelham na mais profunda reverência para fazerem o ritual do Pawó, três vezes, a seguir entoam as rezas. Esses ritos são de suma importância nas casas de rito Nagô/Ketú, pois representam o início do Ano Litúrgico do Axé, onde todos os membros do Egbé estarão iniciando o ano, livres de suas máculas e “puro” , e neste momento , é determinado por Oxalá todo o processo e procedimento ritualístico para o Ano Litúrgico (Odún) do Axé. Em outra oportunidade falaremos sobre os Mitos , para um entendimento melhor do Ritos. Texto: Babalorixá Paulo Cesar Jagger Ilê Asé Olúwa Mim Ògún
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SAUDADE QUE NÃO TEM FIM
Foto- Danutta Rodrigues – Site Geledes
Aos 93 anos de idade à Iyalorixá do Ilê Opô Afonjá Mãe Stella de Oxossi (Maria Stella de Azevedo Santos) nos deixa causando grande comoção a comunidade do Candomblé. Mãe Stella era formada em enfermagem e autora de livros consagrados como E daí Aconteceu o Encanto (1988) em parceria com Cléo Martins, a coleção Meu tempo é agora (1993), narrativas mística com o titulo de Òsósi – O caçador de alegria (2006), ditos em Iorubás e Brasileiros Òwe-Provérbios (2007), literatura infantil Épe Laiyé – Terra viva (2009), e crônicas publicadas na impressa Baiana pelo titulo de Opinião (2012), rituais com folhas sagradas As Folhas Que Cantam. Todas essas obras literárias garantiu a Mãe Stella, uma posição na Academia de Letras da Bahia (primeira Iyalorixá a ocupar uma cadeira na Academia) no número 33 cujo patrono é o poeta Castro Alves.
Mãe Stella foi iniciada aos 14 anos e por 30 anos, trabalhou como enfermeira e aos 51 anos (1976) passou a liderar o Ilê Axé Opô Afonjá fundado por Eugênia Anna dos Santos (Mãe Aninha) em 1910 no bairro de São Gonçalo do Retiro em Salvador sendo então a quinta a assumir o posto de Iyalorixá do Ilê. Odé Kayodé como também era chamada, Mãe Stella recebeu o titulo de Doutor honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (2005) e Universidade do Estado da Bahia (2009) a Comenda Maria Quitéria pela prefeitura de Salvador, Ordem dos Cavaleiros do Governo do Estado e Ordem ao Mérito do Ministério da Cultura. Conhecida como grande militante da cultura afro-brasileira, Mãe Stella participava de conferencia e discussão sobre o assunto ligado a africanidade e as religiões afrodescendentes, criou c
Foto: Alan Tiago Alves/G1
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o primeiro museu aberto em uma casa de Candomblé em que é possível ver objeto comum ao cotidiano dos candomblecistas, criou a biblioteca itinerante que leva livros de várias religiões, pois defendia o conhecimento e a convivência pacifica entre os religiosos. Seu falecimento ocorreu no dia 27 de dezembro de 2018 decorrente de uma infecção urinária, insuficiência renal crônica e hipertensão arterial sistêmica e o velório ocorre no sábado dia 29 de dezembro por volta de 12h30min (horário de Brasília) no Opô Afonjá após determinação judicial e o corpo segui em grande cortejo para o cemitério Jardim da Saudade também em Salvador. Segundo o presidente da Sociedade Cruz Santa do Afonjá também responsável pela manutenção do Ilê Axé Opô Afonjá o enterro de Mãe Stella ocorre tudo dentro da tradição da religião.
Foto- Phael Fernandes: G1
Reprodução TV Bahia - G1 - Bahia
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OXOSSE NA UMBANDA Oxosse na Umbanda, apresenta o arquétipo do caçador que para os adeptos da religião é uma metáfora para a busca do conhecimento e assim, Oxosse atua nos mais diversos aspectos da vida humana auxiliando na própria evolução e no esclarecimento ao próximo. Verger (1981. p. 112) destaca que no culto a Ọ̀ṣọ́ọ̀sí, a importância deste Oriṣa para as religiões de nações permeia a fato que Verger organizou sendo de ordem material por ser considerado junto a Ògún o protetor dos caçadores; de ordem médica já que na condição de ọdẹ1 vivia muito na mata a companhia de Ossain (Ọ̀sanyìn [Verger, 1981. p. 122]) e portanto precisava conhecer o uso de ervas medicinais; ordem social já que o hábito de caça geralmente torna conhecedor de locais favoráveis para instalação de novas roças e vilarejos permitindo também ser tratado de onílè2; e por último, ordem administrativa e policial, pois os caçadores eram os únicos que podiam possuir armas nos vilarejos servido também de guardas noturnos (ọ̀ṣọ́). Não afastado das idéias de Verger, na Umbanda os rituais com folhas e frutos é bem comum e Oxosse é classificado como sendo o Orixá do reino vegetal e também aquele que trás a fartura, a cultura e a arte. Como a figura de Ossain não é popular ou até mesmo desconhecida para muitos adeptos da Umbanda, os encargos desses Orixás são atribuídos a Oxosse debitando a esses Orixás grande poder de cura pelas plantas e pela alimentação. O campo de atuação de Oxosse é bem explorado na literatura de Saraceni (2003. p. 154) em que o autor o classifica como sendo a qualidade de Deus na condição de divindade unigênita do conhecimento divino, pois Oxosse é em si mesmo o conhecimento que parte de Deus uno. É comum a idéia que a Umbanda é regida por forças astrais organizadas em sete vibrações divinas que conduzem a espiritualidade chamadas de 7 linhas de Umbanda. Sem entrar na discussão do número sete, essa organização permite os mais diversos tipos de trabalhos orientados pelos Orixás em que as entidades espirituais orquestram a caridade para os chamados filhos de fé. Em todas as propostas das Sete Linhas de trabalhos, Oxosse ganha espaço atuando em geral como Orixá sustentador da Linha de Trabalho3 de Caboclo. No possível primeiro livro de Umbanda, escrito pelo jornalista e sacerdote da Casa São Jorge uma das filiais da Tenda Nossa Senhora da Piedade fundado no estado do Rio de Janeiro em novembro de 1908 pelo
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Caboclo das Sete Encruzilhadas Oxosse é organizado na terceira linha onde é chamado de Linha de Euxoce, São Sebastião (Souza, 1933). De acordo com Cumino (2015 [?]) na proposta de Pai Linares e Lourenço Braga (1942), Oliveira Magno (1950), Aluízio Fontenele (1951), Florisbela Franco (1953), Oxossi (Oxosse) está organizado na quarta linha (p.9), no primeiro congresso de Umbanda (1941) o senhor Josué Mendes da Cabana do Pai Tomé do Senhor do Bonfim e Matta e Silva (1956) organizaram Oxosse na 5° linha, enquanto Benjamim Figueiredo (1952) apresenta na 3° linha. Até esses autores, Oxosse só é alterado na posição entre as linhas, quando muito variando o sincretismo que horas era a São Sebastião, horas a São Jorge. a proposta que mais se diferenciava das demais foi apresentada pelo Sacerdote Rubens Saraceni em que as sete linhas representam 7 tronos originais em que se manifestam 14 Orixás formando 7 pares em que cada par é organizado pela sua essência, sentido e elemento correspondente (Cumino, 2015 [?]. p. 31). Para Saraceni, Oxosse ocupa a 3° linha formando par com Obá no sentido do conhecimento e elemento correspondente o vegetal. Oxosse em todos os aspectos apresentados torna-se um dos patronos dentro dos cultos de Umbanda estando presente em várias linhas de trabalhos. Já que as plantas estão presentes em rituais de defumação, banhos, bebidas, remédios além das oferendas que são atribuídas para outros orixás também. Em geral, todas as entidades de Umbanda que recebem o nome de Caçador, ou tem como segundo nome “Mata”, independente de qual linha de trabalho que esteja, possui o campo de atuação de Oxosse. TEXTO: Alan Christian Moreira
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O POVO DE MATRIZ AFRICANA E FÓRUM CHICO PREGO NA LUTA POR QUEIMADO NA CIDADE DE SERRA Texto: Ogan Marcos de Odé
Queimado hoje, local de resistência e simbolismo histórico do nosso povo negro, já pertenceu a Vitória e também a Santa Leopoldina, atualmente é município de SerraES. Este local tem este nome por ser uma região que era uma área muito quente e acontecia grandes queimadas.Nestas terras hoje em ruínas, existe a ruína de uma igreja com um cemitério atrás, onde aconteceu no ano de 1849 no mês de março, com duração de 5 dias, uma revolta chamada de INSURREIÇÃO DE QUEIMADO, que se deu pelo motivo de que o povo negro estavam em busca da sua liberdade prometida. Podemos afirmar que foi um ato do povo oprimido e enganado na época.
Todo ano neste mês, o FÓRUM CHICO PREGO com uma luta a mais de 20 anos para preservação da história e da memória de nossos antepassados, nossos irmãos, vem demarcando aquele espaço com eventos de resistência e preservação territorial, com atos interreligiosos com a participação do Povo Tradicional de Matriz Africana e outros movimentos parceiros. O Fórum de forma plural e imparcial tem capitaneado está luta sempre de forma coletiva, compartilhada e interativa. As atividades também formados por atividades de luta contra a intolerância religiosa, /
de luta contra a intolerância religiosa, extermínio da juventude negra, violência familiar, feminicídio e respeito aos direitos humanos de todos, respeito a natureza, direito a alimentação adequada e outros.
Nosso povo participa a vários anos de forma bem tradicional, com atabaques, alguidares comidas sagradas, danças, vestimentas tradicionais, cânticos e representações teatrais, culminando no partilhamento de todos os alimentos ali presentes levado por todos os grupos participantes. O Povo Tradicional de Matriz Africana vê no Fórum Chico Prego, um dos mais importantes parceiros para com nossa luta contra o fascismo e racismo religioso, a “desendemonização” bem como a manutenção de nossa cultura no estado. Assim, todo mês de março acontece este encontro macroecumênico, onde temos que participar para manter nossa história junto com o Fórum para manutenção deste espaço que foi um marco na luta dos negros pela liberdade e rememorar grandes mártires negros que por essa está causa morreram, como: Chico Prego, Eliziário, João da Viuva e os trezentos que se revoltaram e outros 20 que morreram. Afinal, o Povo Tradicional de Matriz Africana, vem de Mãe África, África negra. Religião que pluralizou-se etnicamente em terras brasileiras e vem se mantendo apesar dos enfrentamentos no dia-a-dia politicamente e socialmente. Este ano acontecerá no terceiro final de semana de março/2019. Vamos participar, vamos manter nossa história, nossa cultura.
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POVOS TRADICIONAIS OU POVO DE TERREIRO? O MARCO CONCEITUAL E NECESSÁRIO PARA SOBREVIVÊNCIA EM UM PAIS CAPITALISTA E RACISTA. Nosso Povo Tradicional de Matriz Africana, tem em sua oralidade o espaço sagrado chamado de TERREIRO por outras ASÉ, CASA DE SANTO e outras nomenclaturas. Isto é tradicional passado pelos mais antigos. Certo. Mas temos que nos ater aos momentos sociais e políticos, e tratar desta fala em momentos diferentes. Para nós entre nós podemos até tos dardiferentes. continuidade a esta posição, mas a realidade e muito diferente quando se trata das questões políticas externas, cultural e social. Aos olhos dos gestores do poder executivos, políticos e judiciário, quando formos tratar de assuntos relacionados as nossos espaços sagrados, não e visto assim. A visão da lei e dos agentes públicos, vai depender de como nos abordamos e assumimos nossa religião e nossos espaços. De forma tradicional religiosa? Tradicional Cultural e política? Devemos repensar. Quando vamos para o enfrentamento social se abordarmos como religião pode ser, mas quando se tratar do enfretamento político a situação muda. Os benefícios nunca chegaram por via da religião, pois, é de se saber que apesar de um Estado laico, ele altamente conservador e cristão e muito bem articulado neste sentido. Com isto percebe-se que religião no pensamento coletivo de grande número de pessoas e das bancadas políticas evangélicas e outras não é CANDOMBLÉ. Atrelados a tudo isto compõem o racismo religioso, intolerância religiosa, preconceito, homofobia e tantas outras coisas. Partindo desta análise, o meio de nos fortalecer e nos conscientizarmos de que somos POVOS TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA e nossos espaços sagrados são UNIDADES TERRITORIAIS TRADICIONAIS, assim elevamos nossos espaços como continuidade de nosso sagrado de África de nossos ancestrais e que somos herdeiros de uma cultura milenar. Temos tradição como o alemão, intaliano, pomerano e o povo cigano. Temos leis que nos garante esta posição. Precisamos é garantir nossa existência e nossa cultura como tal. No caderno de debate do Povo Tradicional de Matriz Africana tem o seguinte texto. (...) A expressão Povos Tradicionais de Matriz Africana traz, em si, o sentido de tradição "não como uma fixação no passado ou a elementos anacrônicos, mas sim como 'lugar que se ritualiza a origem e o destino, ou seja, tradição como ritualização da origem de todos', ressaltando que 'nem todos ritualizam' origens e destino'" .A palavra tradição tem a sua origem etimológica traditum que significa transmitir, passar a outrem, dar para guardar. Eduard Shils diz que tradição funciona como um padrão orientador, uma forma de conhecimento transmitida entre gerações, passível de algumas mutações (SHILS, 1981, p. 12). Sobre isso, Doné Kika de Becen enfatiza: "É importante a gente manter as tradições dos mais velhos, mas entender que também nós precisamos dos mais novos para dar continuidade na nossa luta." Para Paulo Cesar Pereira de Oliveira : "a tradição está intimamente ligada ao conceito de àsèsè, origem e passagem, contido nesse cântico usado pelo povo yorùbá nos ritos de morte, significando o retorno à própria origem.". Ìyá mi, àsèsè! Minha mãe é minha origem! Bábà mi, àsèsè! Meu pai é minha origem! Olódùmarè un mi àsèsè o! Olódùmarè é minha origem! Ki Ntoo bò Orìsà à è. Portanto, adorarei as minhas origens. Nesse sentido, "tradição é invenção e reinvenção, tradição se inventa e reinventa", afirmação que dá a dimensão da dinâmica, do caráter de movimento, do aspecto vivo da cultura que não se prende de forma fixa ao passado nem vive do "apego ao passado" , mas o reinventa sem perder raízes, origens e sem perder a perspectiva do
do "apego ao passado" , mas o reinventa sem perder raízes, origens e sem perder a perspectiva do movimento da história na construção do presente e do futuro. Dessa forma, tanto no território brasileiro como de outros países das Américas, não ocorre uma criação e uma recriação a partir de um vazio ou de uma simples artimanha subjetiva, mas a retomada de uma realidade histórica vivida concretamente e em todas as suas dimensões da cultura e da transcendência, uma reconstrução a partir da própria história montando em novo contexto o que foi destruído, fragmentado, sufocado, mas que permanece vivo para a nova experiência. Muniz Sodré afirma que povo é um conceito político, o que nos dá a dimensão de uma definição que é ampla. Ainda que "em movimento" a definição de povo nos permite identificar conjuntos de sujeitos, individuais e coletivos, em uma perspectiva que envolve a história, a cultura e as ações políticas desse agrupamento humano, na sua afirmação e expressão da vida em contextos diferentes. Trata-se de uma concepção histórica e cultural, portanto, carregada dos sentidos étnicos e geográfica, mas que transcendem esses pela sua característica eminentemente política, aberta, ativa, enfim dinâmica (...) (...) buscando uma estratégia para o diálogo sobre as políticas públicas para o segmento da população negra conhecido no Brasil como Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, remetemos ao decreto nº 6040/2007, que estabelece a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável para Povos e Comunidades Tradicionais, cujas definições e objetivos respondem às pautas colocadas pelas lideranças tradicionais de matriz africana. O artigo 3º, inciso I, do referido Decreto define como Povos e Comunidades Tradicionais os "grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam território e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição". Em todo o território tradicional, os valores de organização coletiva e tradições, incluindo a relação com o universo sagrado oriundo de diferentes contextos culturais africanos são vivenciados nos chamados "terreiros" ou "roças". As práticas tradicionais de matrizes africanas reafirmam a dimensão histórica, social e cultural dos territórios negros constituídos no Brasil dos quais a religiosidade e a religião – relação com o sagrado – são algumas de suas facetas, o que nos remete aos princípios do Decreto nº. 6.040/2007: "(I) reconhecimento das comunidades tradicionais, levando-se em conta os recortes raciais, de gênero, [...] e religiosidade e ancestralidade" (...) Para poder exigir as execuções das leis existentes temos que nos reconhecer como Povo Tradicional de Matriz Africana e nossos espaços como Unidade Territorial Tradicional. O Estado laico sempre será um argumento dos gestores políticos para negar e afirmar a negação a qualquer ato ou pedido em nome da religião do nosso povo. Em um resumo para 5ª CONFERÊNCIA MUNDIAL em que participamos ativamente, a nossa coordenadora nacional, Kota mulanji coloca muito bem esta questão quanto ao CONCEITO, ECONOMIA, MANUTENÇÃO DA TRADIÇÃO E SOBERANIA ALIMENTAR. Diz o resumo: (..)Diante da real conjuntura política no destaque ao recorte para negros e povos e comunidades tradicionais de matriz africana dentro das questões econômicas e inclusão social, podemos observar a necessidade de um fortalecimento no sistema de cooperação como o dos nossos antepassados, além de uma formação de uma cultura econômica e sustentável de forma cooperada, sempre de forma há manter as tradições em todos os seus troncos que aqui chegaram. Dentro de deste contexto, percebemos que precisamos reinventar os modos de viver para sobreviver neste espaço capitalista posto, assim como racista cultural a fim de um extermínio epistemológico. Estamos sempre tendo que reafirmar nossa história através do conceito refazendo os nossos se reconhecerem como herdeiros de um povo, com admiráveis culturas, modos e língua. Nosso povo tem tradição. Nosso povo tem modos econômicos, sociais próprios, dentro de um País que nunca quis reconhecê-los como parte da criação desta pátria, que deram forçadamente suas vidas, a sua cultura o seu suor, sem nada em troca, nem terra, nem segurança alimentar, sem meios de uma sobrevivência econômica de direito, mas reconhece a cultura de povos convidados de outros Países, a receberem terras, dinheiro e respeito a sua cultura. Fomos milhões aculturados, escravizados, classificados como objetos, torturados, exterminados.(...) Temos que nos reenventar e nos unir para uma luta muito dura e duradoura. Juntos podemos.
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Walquiria Duarte de Oliveira (Mãe Walquiria) iniciou no Candomblé em 1960 pela Iylorixá Simplicia de Ogun Dekisse e fo Mãe Walquiria também se destacava pela sua voz que segundo Leandro Encarnação da Mata (Babá Egbé filho e assesso Mãe Walquiria também fazia parte do Conselho Religioso da Casa de Oxumaré Araka Axé Ogodo dos Orixás e fundadora
Nota de Falecimento Pai Eurico 14/03/1955 – 01/01/2019 Eurico Ferreira Junior (Pai Eurico) nasceu em 14 de março de 1955 e aos 14 anos ingressou na Umbanda. Pai Eurico ficou um período afastado das práticas religiosas, mas precisou retomar a religião procurando assim em 1999 “Pai Milton do Catiço” (como era conhecido, in memorian), Pai Eurico em 2001 fundou oTemplo Espírita Fé, Amor e Caridade “Caboclo Pena Verde” e em 2009 foi iniciado no Candomblé, hoje sua filha carnal Iyalorixá Lis Maria Prates está dando continuidade ao Ile Oni Ode Ase Baba Layo.
Mãe Marta 14/04/1956 – 19/01/2019 Iyalorixá Marta Janete Conceição (nascida em 14/04/1956) conhecida como Mãe Marta, foi iniciada no candomblé no dia 29 de agosto de 1994 no bairro de São Torquato pela Iyalorixás Vilma de Iansan de Brasília como dofonitinha de Oya. Sua Obrigação de 7 anos, Mãe Marta tomou com o Babalorixá Vanderley Rosa Viegas (Pai Arô) do Ilê Asé Igbo Logun Edé onde permaneceu exercendo algumas funções entre elas de Jibonan. Mãe Marta tinha 25 anos de santos e estava iniciando seu Ilê no bairro de Pontal das Garças. A Sacerdotisa faleceu no dia 19/01/2019 em decorrência da tromboembolismo pulmonar. Relato da Ekedi Rebeca (Filha carnal de Mãe Marta)
Mãe Walquiria de Oxun Walquiria Duarte de Oliveira (Mãe Walquiria) iniciou no Candomblé em 1960 pela Iyalorixá Simplicia de Ogun Dekisse e foi integrante de um dos mais antigos barcos da Casa Oxumarê. Mãe Walquiria morre nessa última quinta-feira (21/02/2019) aos 76 após complicação de uma cirurgia de hérnia de disco. Mãe Walquiria também se destacava pela sua voz que segundo Leandro Encarnação da Mata (Babá Egbé filho e assessor do Babalorixá Pecê) era uma das mais belas vozes do Candomblé. Mãe Walquiria também fazia parte do Conselho Religioso da Casa de Oxumaré Araka Axé Ogodo dos Orixás e fundadora do Ilê Axé Omim Dewa em 1996 que atua na preservação da cultura e religiosidade de matriz africana com os mesmos dogmas e diretrizes da casa Matriz.
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Nota de esclarecimentos O informativo Orixás e Cultos foi criado inicialmente para promoção e a valorização da cultura dos povos tradicionais de matrizes africanas e suas ramificações, gerando interesse em diferentes públicos e exercer a liberdade de expressão, respeito à diversidade de entendimento e opiniões relacionado ao afrodescendente e posteriormente o reconhecimento do Informátivo Orixás e Cultos em diferentes espaços de saber por meio de estudos e pesquisa que venham atender as demandas dos seus leitores oferecendo sempre um trabalho de excelência. Atualmente o informativo Orixás e Cultos é organizado pela Associação de Cultura afrodescendente OMÒM LOLÁ (Ogan Junior), Atelier Ode (Yasmim Ferreira) e o Coletivo Orixás e Culto (Alan). FESTA À MÃE IEMANJÁ 1 Termo usado para orişa feminino relacionadas a água. 2 Termo comum usado pela comunidade Umbandística. 3 Termo em Iorubá que se refere a história. 4 Em Benim Olóòkun é referido como deus do mar e em Ifé era tratada como deusa do mar (Verger, 1981. p. 190). REFERÊNCIA CARNEIRO, Edison; Candomblés da Bahia. 8° edição, editora Civilização Brasileira S.A, Rio de Janeiro, 1991. 144 p. MARCIEL, Cleber; Candoblé e Umbanda no Espírito Santos; Práticas cultural religiosas afro-capixabas. Vitória, 1992. 232 p. PRANDI, Reginaldo; Mitologia dos orixás. Editora Companhia das Letras, São Paulo. 2001. 591 p. VERGER, Pierre; Orixás. Editora Corrupio. São Paulo. 1981. 295 p. 34° balaião de Iemanjá em Camburi. Disponível em> http://descubraoespiritosant o.es.gov.br/pt/evento/34o-balaio-de-iemanja-em-camburi.html< acessado em 08/01/ 2019. Festa de Iemanjá em Serra. Disponível em> http://descubraoespiritosanto.es.gov. br/pt/evento/festa-de-iemanja.html< acessado em 08/01/2019.
Texto e pesquisa: Alan Christian Moreira. Revisão: Lis Maria Prates Imagens: Natalício Junior CARTA AS ÁGUAS SAGRADAS Texto: Comitê Nacional pela nacionalização do Feriado das Mães (Inkise) Kaia, (Vodun) Aziri e (Ori-xá) Yemonja Rua barão de Itapetininga 273 11º sala 03. Contato: Mãe Yara Marina
OS RITUAIS DAS ÁGUAS DE ÒSÀLÁ Texto e pesquisa: Babalorixá Paulo Cesar Jegger Imagem: acervo pessoal do Babalorixá Paulo Cesar Jegger. MAE STELLA DE OXOSSI Texto: Alan Christian Moreira Pesquisa: Ogan Junior. Imagem: 1 - Danutta Rodrigues – Site Geledes, 2 - Alan Tiago Alves/G1, 3 - Phael Fernandes: G1 – 4 - Reprodução TV Bahia - G1 – Bahia
REFERÊNCIA Site G1 - https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2018/12/27/morre-aos-93anos-mae-stella-de-oxossi.ghtml Site Correio 24 horas - https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/aposmorte-de-mae-stella-opo-afonja-suspendera-atividades-por-um-ano/ Site Brasil/Estado - https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,referenciado-candomble-mae-stella-de-oxossi-morre-aos-93anos,70002659661?utm_source=estadao:whatsapp& utm_medium=link OXOSSE NA UMBANDA 1 termo em Iorubá usado para caçadores. 2 termo em Iorubá que significa dono da casa, senhor da terra. 3 termo usado para definir a organização de entidades de mesma qualidade espiritual também chamadas de giras.
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REFERÊNCIA SOUZA, Leal: O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda. Rio de Janeiro. 1933. Disponível em<http://mataverde.org/arquivos/livro_leal_souza.pdf> acessado em 10/01/2019. CUMINO, Alexandre: Orixás na Umbanda. Umbanda EAD. 2015 (?). disponível em < https://kupdf.net/download/7-linhas-daumbandapdf_59a942fedc0d60e571568ee1_ pdf> acessado em 10/01/2019. Texto e Pesquisa: Alan Christian Moreira Revisão: Lis Maria Prates
O POVO DE MATRIZ AFRICANA E FÓRUM CHICO PREGO - NA LUTA POR QUEIMADO NA CIDADE DE SERRA. Texto: Ogan Marcos de Odé.
POVOS TRADICIONAIS OU POVO DE TERREIRO? O MARCO CONCEITUAL E NECESSÁRIO PARA OBREVIVÊNCIA EM UM PAIS CAPITALISTA E RACISTA. Contato: Ogan Marcos de Odé.
Equipe Organizadora Alan Chistian Moreira Texto, pesquisa, edição. Ogan Junior Texto, pesquisa, edição. Iyalorixá Lis Maria Prates Texto, pesquisa e revisão. Babalorixá Paulo Cesar Jegger Texto, pesquisa e consultoria.