Eskrítica 12 ª edição

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Revista Eskrítica 12.ª Edição 2018

Janeiro de

«Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas.» Federico Lorca «A poesia é ao mesmo tempo um esconderijo e um altifalante.» Nadine Gordimer «A palavra quando é criação desnuda. A consciência das palavras leva à consciência de si: a conhecer-se e a reconhecer-se.» Octavio Paz «Um grão de poesia basta para perfumar todo um século.» José Martí «Se a poesia não surgir tão naturalmente como as folhas de uma árvore, é melhor que não surja mesmo.» John Keats «Seja em que poesia for, o caos deve transparecer sob o véu cerrado da ordem.» Friedrich Novalis «O poema não é feito dessas letras que eu espeto como pregos, mas do branco que fica no papel.» Paul Claudel «A ciência desenha a onda; a poesia enche-a de água.» Teixeira de Pascoaes «O meu poema é a resposta da alma ao apelo do universo.» Rabindranath Tagore «A poesia é tudo o que há de íntimo em tudo.» Víctor Hugo «A poesia é um fogo cuja chama faz arder o espírito de quem ama.» Pierre Ronsard «Nunca encontrareis a poesia se não a tiverdes dentro de vós.» Alexandre Puskin «As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade.» Johann Goethe «A poesia não voltará a ritmar a ação; ela passará a antecipar-se-lhe.» Arthur Rimbaud «O prestígio da poesia é menos ela não acabar nunca do que propriamente começar. É um início perene, nunca uma chegada seja ao que for.» Herberto Helder «Todo o homem saudável consegue ficar dois dias sem comer - sem a poesia, jamais.» Charles Baudelaire «Quem quer que seja que não viva em poesia não consegue sobreviver no mundo.» Haldór Laxness «A poesia é sempre um pouco misteriosa, e tu tentas encontrar a tua relação com ela.» Heaney Deamus «A poetização das coisas não é senão o aperfeiçoamento delas. É para isto que se faz poesia e não para com ela se fazer literatura.» Natália Correia «A poesia é a emoção expressa em ritmo através do pensamento.» Fernando Pessoa «A poesia é uma religião sem esperança.» Jean Cocteau «A verdadeira poesia mantém a mesma distância da insensibilidade e do sentimentalismo.» Hugo Hofmannsthal «Ao contato do amor, todos se tornam poetas.» Platão «Eu não forneço nenhuma regra para que uma pessoa se torne poeta e escreva versos. E, em geral, tais regras não existem. Chama-se poeta justamente o homem que cria estas regras poéticas.» Maiakovski «Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.» Cecília Meireles «A poesia é a arte de materializar sombras e de dar existência ao nada.» Edmund Burke «Os poetas são os legisladores do mundo, não reconhecidos.» Percy Shelley

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Para vocês vou escrever, para dizer o quanto me fizeram crescer! Uma amizade surgiu e em vocês pude ver pessoas que nunca imaginaria conhecer … Sorrisos, amores e desamores … Acreditei, caminhei e sonhei e não desisti do que lutei. Ao vosso lado brinquei, amei e com vocês na minha vida, acreditem…nunca vos esquecerei. Tu, com o teu sorriso, ombro amigo, em ti confio. E tu? Única, feliz, divertida, a definição de uma amiga. E agora termino e com tudo escrito, espero que esteja explícito o quanto vos admiro e a sorte que tenho em ter-vos conhecido.

Inês Campana, 8.ºA

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O que eu quero ser Eu quero ser futebolista Fintar, saltar e correr Ou então artista, Para desenhar, pintar ou escrever. Futebolista famoso Em todos os mundiais! E aparecer na primeira página, Dos livros, revistas e jornais. O meu desporto favorito É mesmo o futebol, Mas também aprecio bem Um jogo de andebol. Sou benfiquista, É o meu clube do coração! Mas pela minha equipa também tenho uma grande paixão.

Diogo Nobre, 6.º B

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O Mar Pequenas gotas de água Que me põem a pensar: - Qual será o seu destino? - Onde irão parar? O seu rebolar agitado Bailando sem parar Lá vão as gotinhas Correndo rumo ao mar… Mar fundo e sem fim De um azul tão bonito Que esconde tesouros No seu infinito. Mar bravo, mar nosso Mar de Portugal Que nos abriu as portas do mundo Um mundo sem igual… Para o mar não há fronteiras Foi caminho de aventura, expansão e glória Dobrar o Cabo das Tormentas Foi a sua maior vitória.

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Rodrigo Esteves,6.ºB

Último Adeus Já

vos

conheço

dois

anos, Guardo-vos

no

meu

coração Minha grande turma Minha grande paixão.

Está quase a acabar E não vos vou conseguir largar Lágrimas escorrem dos olhos A saudade aumenta aos molhos.

Tenho que vos dedicar Amor à beira-mar Não vos esquecerei E jamais vos largarei.

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Quando cheguei … Quando cheguei ao 5.° ano, ainda tinha muito para aprender tinha muito para dar tinha muito para crescer. Quando cheguei ao 5°ano não sabia às vezes sonhar não sabia com o fazer não sabia talvez amar. Mas já no 6.°ano tudo foi diferente já tinha muitos amigos já estava mais contente E agora que já está tudo a acabar já não estou a conseguir sonhar talvez seja pela tristeza de nunca mais vos ver ou talvez pela alegria de alguns não perder.

Carolina Ferreira, 6.°A

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Os Reis Que viviam na pobreza Esta história de Portugal Tem muito que se lhe diga Temos um rei num pedestal D. Afonso Henriques que o diga Afonso, o conquistador Conquistou a independência Na batalha de Ourique foi vencedor Contra os Mouros sem prudência Os reis são muitos Até já lhes perdi a conta Estou farto de contar Que já pareço uma barata tonta Foram quatro as dinastias No reino de Portugal Com muitas monarquias E cartas de foral Os reis fizeram as leis E foram muito deslumbrantes Com joias e anéis Foram eles os comandantes A sociedade desenvolveu Com rei, clero e nobreza Pobre coitado do plebeu

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Tiago Machado, 5.º C

L de Lisboa Lisboa com seus labirintos, Lisboa com sua luz, seus largos, suas lojas, seus locais luxuosos, sua língua, suas lutas, seus lamentos. Lisboa com seus lisboetas ladinos a lembrar suas lendas e suas lágrimas.

Joana Reis, 5.º C

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As Bruxas

As bruxas dão-me pesadelos Quem me dera não tê-los! Umas são novas e feias de pasmar Outras são velhas e carrancudas Umas vivem em grandes palácios de admirar Outras em grutas de dragões profundas. As que vivem debaixo da terra Andam sempre em guerra Escondem-se enquanto não é de noite E fazem as suas poções Mil ingredientes utilizam E põem nos seus caldeirões. Vestem-se com grandes vestidos pretos E utilizam amuletos Os seus chapéus são de bico E tem vassouras para voar Seria tudo magnífico Se a sua função não fosse assustar. Os seus poderes são terríveis E quase sempre infalíveis Gostam de tudo baralhar E armar confusão Pessoas vão transformar Em animais como o cão.

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Com as suas varinhas no ar Sempre, sempre a agitar Dizem as palavras mágicas Para tudo acontecer São mesmo diabólicas Estas bruxas de temer. Gostam de pregar partidas E assim ficar conhecidas Pois se não fizessem bruxedos Fadas poderiam ser Assim ninguém teria medo E felizes poderiam viver.

Joana Reis, 5.º C

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O CANTO N A

N T

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O U

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à Ç

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Joana Reis, 5.º C

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Futebol

A palavra guarda-redes agarra a bola A palavra defesa defende o guarda-redes A palavra médio finta E a palavra avançado faz golo. A palavra treinador treina A palavra jogador joga A palavra médico ajuda E a palavra árbitro arbitra. A palavra estádio tem adeptos A palavra adepto torce pela equipa A palavra equipa tem jogadores E os jogadores jogam futebol.

António Gonçalves, 5.º A

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Voar Um dia queria ter asas Asas para poder voar, ser livre Ter liberdade para descobrir novas terras e novos mundos Voar para além do que eu conheço E descobrir o que desconheço Descobrir do que são feitas as nuvens As pessoas não iriam acreditar... Feitas de algodão doce ou de pipocas? E poder andar na imensidão do ar Dormir em cima das nuvens E simplesmente acordar... Mas já não tinha a minha mãe A acordar-me com um beijinho O meu pai a pegar-me às cavalitas E eu a rir... Essa felicidade iria acabar.

Ana Alves, 5.º A

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Como vou saber… Como vou saber se as pedras falam? Se eu nunca as escutei! Como vou saber se a água sente? Se eu nunca a acariciei! Como vou saber se a lua anda? Se eu nunca a caminhei! Como vou saber se as estrelas ouvem? Se eu nunca pronunciei! Como vou saber se a arte nasce? Se eu nunca a criei! Como vou saber se os livros sorriem? Se eu nunca os olhei! Como vou saber se o silêncio escreve? Se eu nunca o ensinei! Como vou saber o segredo da vida? Se eu nunca o procurei!

Rodrigo Oliveira, 3.º A

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LÁPIS Maldito lápis, Que deixou de escrever. Começou a falhar do nada Sem eu querer! Não sei o que fazer, alguém me pode dizer? No final da aula, quando a professora vier ver, no caderno tenho tudo por escrever. A razão pelo qual ele faz isto, eu não sei Mas, deve ter sido do beijo do afia Que nunca vai esquecer. Aquele beijo apaixonante Que ninguém quer perder. Maldito lápis Que deixou de escrever Deixa o amor, lapinhos Pois tenho muito para fazer.

Beatriz Jacinto, 6.º F

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O dia da criança Hoje é o dia da criança Um dia de alegria Há muita esperança Neste belo dia. Vê-se muita cultura Pois há muita aventura No dia da criança Ficamos todos contentes Jogos, brincadeiras. E todos sorridentes … Hoje é o nosso dia, Há grande alegria. Dia um de junho o dia porque esperamos Felizes e que felicitamos

Hoje é o dia da criança Como disse atrás Dia da felicidade E de muita paz.

André Lopes, 6.º E

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O Duendes Os duendes são bichinhos E até são amiguinhos Passam o tempo a trabalhar Até o dia acabar

Eles vivem em castelos Que são muito belos Outros em cabanas Onde comem bananas

Eles utilizam sapatos bicudos E seus gorros miúdos Vestem-se maravilhosamente Convencidos na sua mente

Têm brinquedos perfeitos Que estão muito bem feitos Têm de os preparar Antes de o natal chegar

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Estão sempre a brincar E a todos assustar Só sabem atrapalhar E com todos resmungar

Mas com isto os duendes Gozam com tudo, tu entendes São muito resmungões Mas gostam de balões

Inês, 5.º C

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Família

Criar uma família não é fácil É preciso amor e felicidade, Sem isto é volátil, Mas, em abundância, é receita para a eternidade. Um pai e uma mãe é preciso. A sua relação é um rastilho Que acendido com carinho, Ao fim de nove meses nasce um filho. Do primeiro ao último minuto, Não há nada igual, Como o amor em bruto De uma família normal. É algo que o dinheiro não pode comprar, Mas todos podem ter. Basta saber amar E amor vais receber.

Diogo Ramos, 9.º C

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A família do contrário Neste poema vou declamar Uma história diferente De uma família de encantar Que nem sempre está contente

Cada caso é um caso E tudo é o oposto Um encontro ao acaso Fez algo mal composto

Apresento o Bartolomeu Um rei de primeira Queria ter o céu Mas à sua maneira

Entretanto conheceu a Paula No jardim zoológico no verão A beleza ao pé da jaula Arrebitou o seu coração

Esta troca de sentimentos Originou algo especial E a partir desses momentos Nada era normal

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Assim nasceu a Diana Com as mesmas características Seguida da Ana Cheia de reações místicas

Em caso de não perceberem Este conto extraordinário É para conhecerem A família do contrário.

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A Família Perfeita Vou aqui contar uma história de uma família que se achava feliz. Tinha uns lindos quatro membros: dois pais, uma filha e uma pequena perdiz Esta família acreditava que o amor era o ingrediente para a família perfeita, mas não era o caso deles: esta família tinha outra receita: Um pai com um mau emprego, que nem 5.º ano tinha, passava a maior parte do tempo fora para sustentar a mulher e a sua menina A mãe trabalhava em casa e o dinheiro era um recurso escasso mas mesmo com tantas dificuldades desistir da vida seria um fracasso Uma filha peculiar que aos catorze anos era toxicodependente e apesar de com gente má andar só queria saber dessa má gente

Uma perdiz cantadora e contente que era a felicidade daquela família, sentia a sua tristeza permanente mas seria ela que o destino mudaria

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Um dia sentados à volta da mesa A perdiz deu à triste família um beijo e que o destino mudasse era o seu desejo Parece que foi de propósito de repente tudo mudou Na vida desta família uma dádiva calhou Do ninho da perdiz saía um brilho cintilante, quando foram ver mais perto era um grande diamante Riqueza não significa felicidade Mas esta família é a exceção venderam o diamante e compraram uma grande mansão Mudaram de cidade e a vida desta família mudou uma mudança com prosperidade E a perdiz feliz ficou

Gonçalo Coelho, 9.º D

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