Histórias da época de Dom João V

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8.º A (Articulação de Português, História e Ed. Visual)

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Histórias do tempo de D. João V 8.º A - AE Elias Garcia 2016/17

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1. Uma manhã atribulada Era a manhã do dia 10 de Setembro de 1712. Levantei-me, vesti-me com uns sapatos dourados, um fato vermelho, umas calças de renda e coloquei uma peruca grande, branca. Quando fui tomar o meu pequeno almoço, ouvi o Barrabás, o meu fiel serviçal, a gritar: - Meu amo,

roubaram-nos!

Saltei da mesa e fui a correr, mas, quando cheguei, vi que a cavalaria e ouro

chegados do Brasil tinham desaparecido. Vi então que havia um rasto de pegadas na lama. Gritei por Barrabás e andámos, andámos, andámos, até que encontrámos uma aldeia. Aproximámo-nos de uma velha estalagem e, nesse momento, vi o homem que me tinha roubado: alto, magro, olhos verdes e cabelo negro. Estava a alimentar os meus cavalos!! Corri atrás dele, empurrei-o. O ladrão caiu. Deixei-o ficar na lama. Trouxe a minha cavalaria e regressei a casa para terminar o meu pequeno-almoço. Alessandro Aguiar, n.º 1 Histórias do tempo de D. João V - 8.º A - AE Elias Garcia 2016/17

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2. Os dois frades e o mendigo Era uma vez dois frades, Paulo e José que viviam no

mosteiro

de São Vicente de Fora. O frade Paulo estava a rezar

junto da sua cama, enquanto o frade José estava sentado na sua poltrona, pensando como iria ganhar dinheiro para comprar um hábito novo. De repente, ouviu um ruído. Alguém estava a tentar bater à porta apesar daquela chuva e frio imensos. Sem pensar, o frade Paulo foi ver quem era

mendigo

e deparou-se com um que lhe pediu um pouco de comida. Mal o frade José o ouviu, foi direito à porta e disse: “Não quero pedintes à minha porta” e fechou-a, sem hesitar.

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O frade Paulo não gostou da atitude do frade José, mas não pode fazer nada. Entretanto, viu pelo postigo que o mendigo entrara num velho alpendre junto à entrada do convento. Assim que voltou para dentro, foi buscar uma maçã e um pouco de pão que era tudo o que podia dar. Quando chegou ao barracão onde o mendigo tinha entrado, deu-lhe a comida e o hábito que usava e disse: “é tudo o que tenho para te dar”. E o mendigo ficou muito agradecido e pediu a Deus que o abençoasse. O frade Paulo, muito contente por ter ajudado, voltou para casa debaixo de uma pesada chuva e quase sem roupa, mas, para ele, compensava ter ajudado.

André Regalo nº2 8ºA

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3. O grande amor de D. Maria Ana, arquiduquesa de Áustria Era uma vez uma bela mulher, que acabara de chegar ao porto de Lisboa vinda da Áustria, D. Maria Ana arquiduquesa de Áustria. Pelos rumores que ali se ouviam, vinha casar-se com D. João V. Pobre mulher! Não parecia nada feliz por ficar para toda a vida com aquele homem, mas o que poderia ela fazer? D. Maria Ana acabara de chegar aos aposentos de D. João V e ficou surpreendida com o que os seus olhos avistava: pensara que ia casar com um homem gentil e simpático, mas, quando ela lhe viu o rosto, viu um homem amargo, oportunista, que só pensava em si mesmo. Era tão amargo que nem cumprimentou a pobre senhora! D. Maria Ana ficou muito triste com o que acabara de ver. Estaria a viver um pesadelo? …

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Desalentada, passava os dias a vaguear pelos claustros do Palácio. Certo dia, avistou um lacaio com um rosto bonito e simpático que lhe levou as malas para os seus aposentos. O lacaio ficou encantado com a beleza e simpatia que avistara no seu olhar e eis que começa uma história de amor inigualável! Tanto ela como ele se apaixonaram com um simples olhar, sem mais palavras. Catarina Rato, 8ºA

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4. O misterioso homem da nobreza de toga Sou um homem da nobreza de toga, vivo e trabalho na

baixa de Lisboa. Quando ainda pertencia à burguesia, trazia riquezas, que vinham da Índia, do Brasil, e de África, mas, agora tudo acabou, sou da nobreza, tenho de permanecer longe de Lisboa, nas minhas 5 terras. Ainda tenho muita riqueza e pessoas que me ajudam a cuidar das terras. Não posso falar mal do rei, porque ainda me queimam na fogueira, ou vendem as minhas terras e tiram-me a casa e as riquezas que tenho. Diogo Henriques, nº 7

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5. Jovem a estudar para ser padre Chamo-me Drake. No dia 15 julho do século XVII, entrei para a igreja, porque queria estudar para ser padre. O meu professor era um bispo que já dava aulas há 6 anos. Logo no primeiro dia obrigou-me a decorar o nome das contas que estavam no terço, no segundo dia tinha de saber de memória metade da bíblia, no terceiro dia tive passar o dia todo a rezar, no quarto dia, como não havia aulas, ia para o campo ajudar na agricultura, no quinto dia, como cheguei cinco minutos atrasado, fui castigado e tive de limpar os livros todos da igreja, no sexto dia tinha de estudar mais um pouco da bíblia …

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Até que chegou o sábado. Dormi até tarde, quando ia estudar, reparei que deixara o meu livro na igreja. Fui até lá e vi o bispo, que estava a chorar! Aproximei-me dele e tentei perceber o que se passava e ele disseme que todos os anos chorava naquele dia, porque os dois filhos tinham morrido com a peste negra. Disse-me que ia deixar a igreja, porque cada vez que entrava lá, lembrava-se dos filhos e que não valia a pena estar naquele sofrimento. E assim, o bispo despediu-se e consegui arranjar um professor mais bondoso e realizar os meus sonhos. Fernando Félix, nº 8

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6. O último dia da vida de António José Da Silva Este relato descreve o último dia de vida de António José da Silva, cristão-novo convertido do Judaísmo 8:00 -Estava ele em casa, muito tenso, porque semanas atrás, fora avisado que naquele dia tinha de se apresentar ao tribunal da inquisição, ao entardecer. 9:11- A cada segundo que passava, ficava mais preocupado, a sentir um aperto no coração que quase de certeza ia morrer naquele dia. 13:35 - Foi almoçar com a família, com a esposa e filhas. Enquanto comiam, as suas filhas perguntavam o que se passava pois parecia diferente. 15:30 - Saiu de casa e percorreu pela última vez os bairros onde tinha passado a sua vida quase toda. 16:00 - Apresentou-se ao tribunal da inquisição onde foi feito um julgamento com base nas obras que tinha feito. No fim do julgamento, foi declarado culpado e, ao fim de alguns dias, foi queimado em auto-de-fé no Rossio. Histórias do tempo de D. João V - 8.º A - AE Elias Hugo n.º 9 16 Garcia 2016/17 3/3/2017


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7. Diário de um Bispo Maléfico Mafra, 15 de Julho de século XVII Sou um bispo e chamo-me Nathan. Esta semana os meus alunos vão trabalhar arduamente. Esta semana os meus alunos vão aprender o nome das contas do terço, vão decorar metade da bíblia. Hoje Drake apanhou um castigo dos valentes de que nunca mais vai se esquecer: vai limpar e polir todos os livros da Igreja!

(Alguns dias depois)

Este sábado estive a chorar, pois os meus dois únicos filhos morreram com peste negra. E sempre que chegam os sábados lembro-me da sua morte. Mas hoje irei vingar as suas mortes. Hoje irei tentar um ritual satânico. Trabalho realizado por: Lucas Pina nº11 8ºA 3/3/2017

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8. D. João V, Rei de Portugal Nasci a 22 de Outubro de 1689 e 19 anos depois casava com Maria Ana de Áustria. Governava com poderes ilimitados, isto é todos os poderes se concentravam em mim, sejam sociais ou políticos. Logo no início do meu reino, foi descoberto o ouro do Brasil e também os diamantes. Como podem imaginar, a maior parte vinha para mim, o que me deixava cada vez mais poderoso. Na corte, eram frequentes os luxuosos jantares e os encantadores bailes formosos e elegantes. Tenho camponeses embora uns mais esforçados do que outros, pois trabalhavam de sol a sol sem parar, para me alimentar. E à minha corte. Possuía escravos que me arrumavam tudo, tudo e mais alguma coisa, sem eu dizer um único “obrigado”. Trabalhavam por mim tinha tudo o que eu queria melhor vida para mim não existiria!

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9. O dia a dia de uma mulher da Burguesia Era uma vez, uma casa situada perto do porto de Lisboa. Tinha uma porta feita de madeira e janelas da cor do carvão. Na parte de trás da casa havia um jardim com árvores verdes e toda a espécie de flores. Nessa casa, morava uma mulher chamada Isabel. Tinha cabelos castanhos e olhos azuis e não era feliz. Era uma mulher da burguesia, que ficava em casa a fazer limpezas à casa, enquanto o marido ia trabalhar. Isabel tinha um sonho, que era poder sair de casa e passear entre os prados de Lisboa. Infelizmente esse sonho não se podia realizar por causa do egoísta do marido: um homem alto, gordo e mau que, como era habitual entre casais desta época, não a deixava sair de casa.

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Um dia, Isabel decidiu arriscar e saiu de casa sem permissão do marido. Foi a um lindo jardim (porque ela tinha uma grande paixão por jardins) e sentou-se num banco de madeira que lá havia. Ao seu lado estava um homem, de cabelos loiros e olhos verdes, e por quem rapidamente se apaixonou. Meteram conversa um com o outro e o amor foi crescendo. Começaram a encontrar-se às escondidas, às horas em que o marido dela ia trabalhar, até que um dia… o marido chegou um dia mais cedo do trabalho e a mulher não estava em casa e ficou furioso. Isabel voltou a casa depois de mais um encontro e ficou assustada quando encontrou o marido, sentado numa mesa, à sua espera. Tiveram uma grande discussão e o marido acabou por trancá-la no quarto, depois de ela dizer que, ao contrário do marido, o jovem respeitava-a. Mas Isabel conseguiu fugir por uma janela do quarto que estava aberta e foi viver com o jovem. O marido nunca mais voltou a saber dela. Marta Figueiredo, nº16, 8ºA

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10. O dia a dia de uma mulher da Burguesia Sou uma senhora da nobreza de toga filha de Mãe nobre e de Pai burguês rico. Casada com homem nobre … Quando era pequena, andava no comércio com o meu pai, enquanto a minha mãe ficava em casa a costurar com as criadas. Vivo em Mafra numa propriedade do meu pai. É divertido ver os camponeses a trabalhar nos campos, enquanto nós, os nobres ficamos em casa a ver o bobo a fazer bobices. O meu sonho era viajar de barco até ao Brasil, pois, quem já lá esteve, contou que era muito bonito e tinha uma temperatura muito quente e relaxante. O meu pai sempre me disse que havia muitos lugares bonitos para além de Mafra e Portugal. Histórias do tempo de D. João3/3/2017 V - 8.º A - AE Elias Garcia 2016/17

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Marta Conceição, nº15, 8ºA

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11. Uma vida de camponesa Sou uma camponesa com orgulho apesar de não tenho roupas nem condições. A vida de camponesa não é fácil, aliás é bastante complicada… A minha pele está escurecida de tanto trabalhar nos campos de Mafra, é um campo cheio de comida e com cheiro deslumbrante a ar puro e com magnificas plantas plantadas por nós. Todos os dias trabalhamos ao máximo para manter este campo prefeito, pois aquilo que lavramos serve para alimentar as classes mais elevadas como a nobreza e o nosso vistoso rei D.João V. Como a comida é pouca e as pessoas por alimentar são muitas e quase não sobra nada para nós. Os impostos estão cada vez mais altos, estão tão grandes que quando os pagamos ficamos sem nada para nós. Estas são as nossas condições e nós não podemos mudá-las, apenas pagar. Todos os dias quando me levanto parece que há menos comida e mais obrigações. Se continuar assim nem aos meus dezoito anos irei chegar. 3/3/2017

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12. A vida dura de um camponês Sou camponês desde sempre, sempre fui, sempre serei. A minha vida não é muito interessante, nada interessante. Ando o dia todo de um lado para o outro com uma enxada. Ainda nem me apresentei, chamo-me Zé. No final de cada mês temos de entregar 80% das colheitas ao rei. O meu sonho desde sempre foi atirar as sementes à cara daquele forreta rico e mandão, o rei. A idade já tinha passado por mim e sabia que não ia durar muito mais tempo. Certo dia, ouvi que o rei decidira fazer uma festa reservada apenas a nobres, e decidi que, já que me restava pouco tempo de vida, seria aquele o dia. E portanto dei tudo o que tinha na minha casa à minha vizinha e parti para a festa do rei. (Diz a lenda que o Zé partiu para a festa e nunca mais voltou). Pedro Marto nº19 8ºA 3/3/2017

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13. A vida dura de Sofia Foi numa bela manhã de Primavera que D. Maria Sofia de Neuburgo, anunciou aos seus criados que, no dia seguinte, iria haver uma festa bastante importante, porque sua alteza e o seu esposo iram comunicar uma notícia. Para quem não sabe quem sou, eu sou D. Maria Sofia de Neuburgo, esposa de D.Pedro II, o rei de Portugal. Nasci a 6 de Agosto de 1666. O meu pai era Filipe Guilherme e a minha mãe Isabel Amália de Hesse-Darmstadt. Agora que já disse quem sou, voltarei ao assunto inicial. No dia seguinte, acordei com uma dor de cabeça horrível, insuportável, melhor dizendo. Sofia, nº 22

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Passei todo o dia a arranjar-me para tão importante evento. Decidi usar o meu vestido longo e a peruca castanha. Era para mim uma noite muito importante. Nessa noite iria anunciar à corte a minha gravidez. À noite juntamente com meu esposo, D. Pedro II entrámos na sala onde nos conhecemos e deslumbrámos toda a corte com a boa notícia: o herdeiro da coroa portuguesa! Sofia, nº 22

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14. O dia de um mercador Era uma vez um mercador que ia do Brasil para Portugal num barco cheio de especiarias. Um dia, o mercador foi apanhado a roubar especiarias e ouro. Meses depois, recebeu uma carta a ordenar que comparecesse no tribunal às três da tarde, daquele mesmo dia. Sem saber o que fazer compareceu no tribunal para ser julgado. No tribunal, o juiz decidiu que ele seria condenado à morte e que seria levado para a praça às seis da tarde para ser executado na guilhotina. No dia seguinte, o mercador acordou nervoso. Quando chegaram as seis horas, foi recebido pelos guardas e foi levado para a guilhotina e foi executado. Tiago Viegas, 8ºA

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15.Tal como a mãe

Nasci no dia 1 de novembro de 1740 e sou uma senhora da nobreza de toga, filha de mãe nobre e pai burgês, casada com um homem nobre, muito rico. Quando era pequena, andava com o meu pai no comércio com o meu pai. Viajava em barcos, enquanto a minha mãe ficava em casa a costurar com as criadas e com os escravos. Hoje em dia passo o dia em casa a fazer corpetes e tapetes enquanto o meu marido vai para a guerra para conquistar territórios em África e na América do Sul. Vivo na parte alta da cidade de Lisboa com o meu marido e com as minhas 4 criadas e 7 escravos.

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