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DIÁRIO DO GRANDE ABC

QUARTA-FEIRA, 26 DE OUTUBRO DE 2011

6 AUTOMÓVEIS ARTIGO ▼ LUIZ CARLOS ANDRADE JUNIOR

Divulgação

SERVIÇO

Consórcio cresce 27,6% Antes de investir no sistema é preciso planejar e poupar Celso Luiz 30/11/2009

Modalidade é a menor entre as formas de negociações

Alexandre Calisto Especial para o Diário

O

▼ Como

garantir a sustentabilidade dos processos industriais sem comprometer os volumes de produção? Essa é uma equação desafiadora para todas as empresas neste século 21. É preciso repensar o conceito atual de produção industrial. A preocupação com o meio ambiente, até pouco tempo atrás vista como um diferencial para ilustrar campanhas publicitárias, passa a ser indispensável. Este respeito pelo meio ambiente está inserido no DNA da Toyota, que busca constantemente a sustentabilidade do seu negócio, harmonizando o ciclo da indústria com o ciclo da natureza. Recentemente, a empresa foi eleita a “marca mais verde do mundo” de acordo com o último relatório Best Global Green Brands (Melhor Marca Verde do Mundo), divulgado pela Interbrand – maior consultoria em gestão de marca do mundo. No Brasil, a Toyota se posicionará na vanguarda do respeito ao meio ambiente com a construção de sua nova fábrica em Sorocaba (SP). A nova unidade será a primeira da montadora na América do Sul projetada sob o conceito Ecofactory, o mesmo utilizado na matriz da empresa, no Japão, que estabelece critérios de alto padrão de eficiência ambiental. A metodologia Ecofactory consiste em reduzir a emissão de resíduos, compostos orgânicos voláteis (VOCs) e CO2, (dióxido de carbono, o principal responsável pelo efeito estufa), além de reutilização das águas pluviais, otimização de recursos e preservação da área. Tomando como base os processos de reutilização e reciclagem de água implantados na fábrica da Toyota

em Indaiatuba (SP), cuja operação começou em 1998, por exemplo, a nova planta de Sorocaba deve deixar de consumir 95,2 milhões de litros de água por ano. Essa quantidade é suficiente para abastecer a população de uma cidade do porte de Florianópolis, capital de Santa Catarina, por dois dias. Uma empresa, porém, não se resume aos processos industriais. O maior ativo de uma companhia são seus colaboradores. Se eles não estão envolvidos, um conceito como o Ecofactory não se sustenta. É aí que entra o Projeto Morizukuri, um dos pilares do Ecofactory. Morizukuri é uma palavra japonesa que significa “criar floresta”. O projeto, que já aconteceu em unidades da Toyota no Japão, Índia e Tailândia, formará um cinturão verde ao redor da nova fábrica, composto por árvores nativas, fazendo ressurgir a mata original da região. O plantio será feito em esquema de mutirão pelos próprios colaboradores da Toyota e suas famílias, mobilizando cerca de 7.000 pessoas. O objetivo é contribuir, simbolicamente, para o desenvolvimento da consciência ambiental em nossa equipe e suas famílias. A primeira fase do Projeto Morizukuri aconteceu neste mês, quando foram plantadas 80 mil árvores. O desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, a construção de fábricas que estejam em sintonia com o meio ambiente e o engajamento dos colaboradores são fatores fundamentais para a desafiadora equação que temos pela frente: manter os níveis atuais de produção com o menor impacto ambiental possível. ▲

Luiz Carlos Andrade Junior, 53 anos, economista, é graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Com passagens pelo Grupo General Motors e Banco Toyota, é vice-presidente sênior da Toyota Mercosul desde 2001

Mesmo com a alta registrada e entre tantas formas de pagamentos, o uso do consórcio para adquirir um veículo leve ainda é modesto no País. De acordo com os números do primeiro semestre deste ano da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, o consórcio representa apenas 6% entre as modalidades disponíveis. O ranking é liderado pelo financiamento, com 47%. A segunda maneira mais usada é o pagamento à vista, que representa 40%, seguido do leasing, conhecido como arrendamento mercantil, com 7%. O balanço mensal também revela que as negociações por meio do consórcio para compra de motocicletas estão avançando. Uma em cada três motocicletas comercializadas no mercado interno é entregue pelo sistema de consórcio. Essa forma de negociação representa 28% das vendas, sendo 51% financiadas e 21% à vista. AC ▼

Consórcio pode ser boa opção para compra de veículo

Saiba como funciona o plano ▼ Comprar

por meio do consórcio exige planejamento e paciência. É um bom negócio para quem quer investir e pode esperar para ter o bem material. Mas antes de procurar a financeira é necessário levar em conta que o veículo não será retirado imediatamente. O primeiro passo para o consumidor é procurar uma financeira que seja autorizada pelo Banco Central para atuar. Para isso, basta conferir no site da instituição federal (www. bcb.gov.br). Resolvido isso, procure um representante oficial, nada de intermediários. Lá, confira as taxas de negociações e verifique o valor da mensalidade.

Para quem iniciará em grupo ainda em formação, saiba que é possível escolher entre os participantes o tempo exato para quitar as prestações. Especialistas recomendam cautela com promessas verbais. Leia com atenção o contrato e saiba que só vale o que está escrito e registrado. O sistema de consórcio não possui juros, porém é necessário considerar a taxa de administração na hora de contratar o serviço, o que varia de acordo com cada instituição financeira. É importante também levar em conta as condições de pagamento antecipado das prestações. Algumas financeiras abatem o valor

Passo a passo para adquirir

CONSÓRCIO

Fábricas verdes

número de cotas negociadas para compra de veículos por meio do sistema de consórcio registrou aumento de 27,6% nos oito primeiros meses do ano, se comparado com o mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. O presidente da Abac, Luiz Fernando Suvian, aponta três fatores que colaboraram para o aumento e movimentaram o mercado nos últimos anos. “A credibilidade que o sistema vem conquistando após a Lei n˚ 11.795, aprovada em 2008, que deixou os consorciados mais seguros, é um fator muito importante.” Os outros dois motivos ressaltados pelo especialista são o desenvolvimento econômico do País e o crescimento da renda das classes C e D. Os consumidores já sabem que o consórcio está entre as formas de pagamento para comprar uma casa ou carro. Segundo o especialista em indústria automobilística da consultoria ADK Automotive Paulo Roberto Garbossa, as pessoas estão mais informadas economicamente e também sobre o sistema de compra. “O fato de as montadoras e os grandes bancos trabalharem com o consórcio faz com que, além de conhecido, o sistema se torne mais confiável”, argumenta. Outro ponto é que o investidor tinha receio de comprar as cotas com medo que outro integrante do grupo não pagasse, tendo que arcar com as contas. Hoje, segundo o especialista, o banco se responsabiliza caso haja atraso no pagamento, de acordo com a Lei n˚ 11.795. Garbossa explica que o consórcio pode ser comparado com a poupança. Você deposita aquela quantia e, ao longo dos meses, acumula o dinheiro. Futuramente, é só retirar a carta de crédito para realizar a compra. Além de novas cotas, houve aumento de 9,4% nas contemplações, ou seja, consorciados que tiveram oportunidade de negociar a compra de bens, com salto de 575,6 mil para 629,6 mil. Os números comprovam que o brasileiro começa a planejar mais detalhadamente suas aquisições, levando em conta o salário, os juros e os valores das prestações. A compra programada sai mais em conta do que financiar. Segundo Suvian, os juros que o consumidor paga para ter o bem por meio do financiamento são relativamente altos, enquanto no consórcio há apenas a taxa de administração (entre 0,3% e 0,5% ao mês). O prazo médio dos contratos de consórcio é de 80 meses. ▲

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Procure uma administradora autorizada pelo Banco Central.

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Ao escolher a financeira, você poderá participar de um grupo em formação ou que esteja formado, operando.

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Confira os valores e a taxa de administração. Ao assinar o contrato leia atentamente as cláusulas.

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Há duas formas de contemplação: sorteio ou lance.

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O último passo é utilizar a carta de crédito. Se contemplado com o lance, o valor oferecido será abatido no preço mensal do consórcio, o que varia de acordo com cada financeira.

Agostinho/Editoria de Arte

do lance nas prestações a serem quitadas. Já com a cota negociada, o consumidor poderá participar dos sorteios e realizar os lances. Para quem planeja não retirar o veículo durante o período de contrato, é possível até cancelar a participação nos sorteios e apenas concluir o tempo negociado para retirar o carro. Com a carta de crédito na mão, o consumidor avisa a financeira e formaliza o pedido de compra, informando as características do veículo desejado. Além disso, o investidor poderá utilizar até 10% de seu crédito para pagamentos de despesas vinculadas à transferência e tributos. AC

veja no dgabc.com.br PERSONALIZADO Quem passar pela Fenatran, no Anhembi, em São Paulo, verá o Shelby Truck, inspirado no Mustang, e o Black Truck, com pintura de efeito camaleão. Essa são algumas atrações especiais que a Ford preparou para a feira deste ano. O Shelby Truck, novo Cargo 1932 com visual esportivo, tem pintura especial na cor laranja e faixas pretas inspiradas no Mustang Shelby. O interior apresenta novidades. É todo revestido na cor preta, com bancos e volante esportivos, além de tapetes bordados. http://www.dgabc.com.br/ News/5922191


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